Apostila Instal Prediais Parte1

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APOSTILA DE

INSTALAÇÕES PREDIAIS
Normas e simbologia para instalação predial
Introdução

Se observarmos a natureza, será possível perceber que existem, no ambiente em que


vivemos, elementos que se repetem. Exemplos disso são os movimentos dos astros, os formatos
das folhas, a estrutura cristalina de determinas substâncias. Seguindo essa tendência natural,
quando o ser humano começou a viver em comunidade, precisou usar normas de convivência, de
linguagem, de padrões de comportamento.
Conforme foi descobrindo ou inventando armas, ferramentas, objetos de uso doméstico, o
homem percebeu também as vantagens de usar normas e procedimentos uniformizados.
Isso se tornou ainda mais necessário quando a Revolução Industrial, que começou no fim
do século XVIII, fez surgir a produção em massa, ou seja, a fabricação de um mesmo produto
em grandes quantidades. Para racionalizar custos de produção e facilitar o uso e manutenção dos
produtos fabricados, começaram a surgir critérios de padronização que reduziram a variedade de
tamanhos e formatos das peças, diminuindo a quantidade de itens de estoque e facilitando a vida
do consumidor.

O que é normalização

A padronização foi o primeiro passo para a normalização. Esta nada mais é do que um
conjunto de critérios estabelecidos entre as partes interessadas, ou seja, técnicos, engenheiros,
fabricantes, consumidores e instituições, para padronizar produtos, simplificar processos
produtivos e garantir um produto confiável que atenda às necessidades de seu usuário.
Do processo de normalização surgem as normas que, são documentos que contêm
informações técnicas para uso de fabricantes e consumidores. Elas são elaboradas a partir da
experiência acumulada na indústria e no uso, e a partir dos avanços tecnológicos que vão sendo
incorporados à criação e fabricação de novos produtos.
Atualmente as normas englobam questões relativas a terminologias, glossários de termos
técnicos, símbolos e regulamentos de segurança entre outros. Por causa disso, os objetivos atuais
da normalização referem-se à:
• Simplificação, ou seja, à limitação e redução da fabricação de variedades desnecessárias
de um produto;
• Comunicação, ou seja, ao estabelecimento de linguagens comuns que facilitem o
processo de comunicação entre fabricantes, fornecedores e consumidores;
• Economia global, isto é, à criação de normas técnicas internacionais que permitam o
comércio de produtos entre países;
• Segurança, quer dizer, à proteção da saúde e da vida humana;
• Proteção dos direitos do consumidor, isto é, à garantia da qualidade do produto.

Normas técnicas brasileiras

O atual modelo brasileiro de normalização foi implantado a partir de 1992 e tem o


objetivo de descentralizar e agilizar a elaboração de normas técnicas. Para isso, foram criados o
Comitê Nacional de Normalização (CNN) e o Organismo de Normalização Setorial (ONS).
O CNN tem a função de estruturar todo o sistema de normalização, enquanto que cada
ONS tem como objetivo agilizar a produção de normas específicas de seus setores. Para que os
ONS passem a elaborar normas de âmbito nacional, eles devem se credenciar e ser
supervisionados pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
A ABNT é uma entidade privada, sem fins lucrativos e a ela compete coordenar, orientar
e supervisionar o processo de elaboração de normas brasileiras, bem como elaborar, editar e
registrar as referidas normas (NBR).
Para que os produtos brasileiros sejam aceitos nos mercados internacionais, as normas da
ABNT devem ser elaboradas, de preferência, seguindo diretrizes e instruções de associações
internacionais de normalização como a ISO (International Standard Organization, com sede em
Genebra, na Suíça, e que significa Organização Internacional de Normas) e a IEC (International
Eletrotechnical Commission, que quer dizer, Comissão Internacional de Eletrotécnica) utilizando
a forma e o conteúdo das normas internacionais, acrescentando-lhes, quando necessário, as
particularidades do mercado nacional.
A ABNT é responsável pela elaboração dos seguintes tipos de normas:
• Normas de procedimento que fornecem orientações sobre a maneira correta de
empregar materiais e produtos; executar cálculos e projetos; instalar máquinas e equipamentos;
realizar controle de produtos;
• Normas de especificação que fixam padrões mínimos de qualidade para os produtos;
• Normas de padronização que fixam formas, dimensões e tipos de produtos usados na
construção de máquinas, equipamentos e dispositivos mecânicos;
• Normas de terminologia que definem, com precisão, os termos técnicos aplicados a
materiais, máquinas, peças e outros artigos;
• Normas de classificação que ordenam, distribuem ou subdividem conceitos ou objetos,
bem como estabelecem critérios de classificação a serem adotados;
• Normas de métodos de ensaio que determinam a maneira de se verificar a qualidade das
matérias-primas e dos produtos manufaturados.
• Normas de simbologia que estabelecem convenções gráficas para conceitos, grandezas,
sistemas ou partes de sistemas, com a finalidade de representar esquemas de montagem,
circuitos, componentes de circuitos, fluxogramas, etc;

Normas para eletricidade/eletrônica

Para existir, uma norma percorre um longo caminho. No caso de eletricidade, ela é
discutida inicialmente no COBEI - Comitê Brasileiro de Eletricidade. O COBEI tem diversas
comissões de estudos formadas por técnicos que se dedicam a cada um dos assuntos específicos,
que fazem parte de uma norma.
Estes profissionais, muitas vezes partem de um documento básico sobre o tema a ser
normalizado, produzido pela IEC. Como este documento é elaborado por uma comissão
internacional, ele precisa, como já foi dito, ser adaptado para ser aplicado no Brasil.
Feitos os estudos, tem-se um projeto de norma que recebe um número da ABNT, é
votado por seus sócios e retorna à comissão técnica que pode aceitar ou não as alterações
propostas na votação.
Se aprovado, o projeto transforma-se em norma ABNT que, em seguida é encaminhada
ao INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (órgão
federal ligado ao Ministério da Justiça), onde receberá uma classificação e será registrada.
Esta norma poderá ser uma NBR1, o que a torna obrigatória; uma NBR2, obrigatória para
órgãos públicos e chamada de referendada; ou uma NBR3, chamada de registrada e que pode ou
não ser seguida.
Periodicamente, as normas devem ser revistas. Em geral, esse exame deve ocorrer em
intervalos de cinco anos. Todavia, o avanço tecnológico pode determinar que algumas normas
sejam revistas em intervalos menores de tempo.
O Eletricista, o Técnico em Eletricidade, o Engenheiro Eletricista, ou seja, todos os
profissionais da área de Eletricidade devem conhecer e utilizar simbologias de acordo com
normas vigentes, já que seu uso padroniza e facilita a interpretação de um esquema ou circuito
elétrico predial e residencial. Isso garante a qualidade e a segurança do serviço prestado.
Normas Técnicas para o eletricista predial

As normas que servem de base para as informações deste curso são:

• ABNT – NBR 5410/2004 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão


Esta Norma devidamente revisada e em sua segunda edição de 30/09/2004, válida a partir
de 31/03/2005 fixa as condições que as instalações de baixa tensão devem atender, a fim de
garantir seu funcionamento adequado, a segurança das pessoas e animais domésticos e a
conservação de bens.
É aplicada para instalações elétricas de baixa tensão, ou seja, inferior a 1000V em
corrente alternada, com frequência inferior a 400 Hz, ou a 1500V em corrente contínua.

• ABNT – NBR 5444/1988 – Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais


Esta norma estabelece símbolos gráficos para instalações elétricas prediais.

• NR-10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade


Norma Regulamentadora 10 que estabelece os requisitos e as condições mínimas,
objetivando a implementação de medidas de controle e sistema preventivos, de forma a garantir a
segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações
elétricas e serviços com eletricidade.

• NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão


A NBR 5410 regulamenta dispositivos de segurança que devem ser utilizados em uma
instalação, as cores de condutores, a bitola de condutores, o diâmetro de eletrodutos, e deve ser
consultada sempre que um profissional da área elétrica for projetar, adequar ou efetuar uma
instalação elétrica predial ou residencial de baixa tensão.
Esta norma aplica-se às instalações elétricas de:
• edificações residenciais, comerciais e pré-fabricadas;
• estabelecimentos industriais, de uso público, agropecuários e hortigranjeiros;
• reboques de acampamentos (trailers), locais de acampamentos (campings), marinas e
instalações análogas;
• canteiros de obra, feiras, exposições e outras instalações temporárias.

Aplica-se, também, às instalações novas e a reformas em instalações existentes.

Observação
Deve-se notar que modificações destinadas a, por exemplo, acomodar novos
equipamentos ou substituir os existentes não implicam necessariamente reforma total da
instalação, porém devem ser realizadas de acordo com a NBR 5410.

De acordo com a NBR 5410, toda a instalação elétrica nova ou reformada deve ser
submetida a uma verificação final antes de entrar em operação. Este tipo de providência está
previsto na 5410, no capítulo 7. O capítulo 6 exige que o projeto de instalação elétrica de baixa
tensão seja constituído, no mínimo, por:
• Plantas, em escala conveniente, contendo a localização dos quadros de distribuição, o
percurso e características das linhas elétricas de distribuição, bem como a localização
dos pontos de luz, tomadas e equipamentos fixos diretamente alimentados (por ex.:
chuveiro);
• Esquemas que devem indicar a quantidade, destino e sessões dos condutores, bem como
a corrente nominal dos dispositivos de proteção;
• Detalhes de montagem, quando necessário, dependendo da complexidade da edificação;
• Memorial descritivo, que deve apresentar uma descrição sucinta da instalação e, se for o
caso, das soluções adotadas, utilizando, sempre que necessário, tabelas e desenhos
complementares;
• Especificação dos componentes, que deve indicar, para cada componente, uma
descrição sucinta, suas características nominais e as normas a que devem atender.

NBR 5444 – Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais

Esta norma, por sua vez, rege os símbolos gráficos para instalações elétricas prediais.
Nela, o profissional da área de Eletricidade encontra toda a simbologia necessária para seu
projeto. É imprescindível que ele conheça os símbolos contidos nessa norma para projetar uma
instalação elétrica, para efetuar adequações em instalações já existentes ou para realizar reparos.
Veja a seguir uma tabela que contém os símbolos mais comumente usados em projetos de
instalações elétricas.
Tabela de símbolos mais usuais
Esta tabela apresenta apenas os símbolos mais utilizados. Uma tabela completa com todos
os símbolos apresentados pela NBR 5444 pode ser encontrada nos textos complementares desta
unidade.
É imprescindível que você aprenda a identificar cada um dos símbolos constantes da
tabela completa, já que são constantemente usados em projetos elétricos.

NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

A Norma Regulamentadora 10 fixa as condições mínimas exigíveis para garantir a


segurança dos profissionais que trabalham em instalações elétricas em suas diversas etapas,
incluindo projeto, execução, operação, manutenção, reforma, ampliação e a segurança dos seus
usuários e terceiros.
Ela obriga que todos os profissionais da área de eletricidade que direta ou indiretamente
interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade devam estar qualificados e
treinados em suas respectivas áreas de atuação (baixa tensão, alta tensão, segurança e primeiros
socorros) até a data limite de 8 de dezembro de 2006.
Os profissionais que não estiverem devidamente qualificados e treinados até esta data não
poderão atuar como profissionais da área elétrica, pois esta norma regulamentadora tem como
objetivo diminuir significativamente o número de acidentes com eletricidade que na maioria das
vezes são fatais.

A norma é constituída dos seguintes itens:


1- Objetivo e campo de aplicação;
2- Medidas de controle;
3- Segurança em projetos;
4- Segurança na construção, montagem, operação e manutenção;
5- Segurança em instalações elétricas desenergizadas;
6- Segurança em instalações elétricas energizadas;
7- Trabalhos envolvendo alta tensão (AT);
8- Habilitação, qualificação, capacitação e autorização dos trabalhadores;
9- Proteção contra incêndio e explosão;
10- Sinalização de segurança;
11- Procedimentos de trabalho;
12- Situações de emergência;
13- Responsabilidades;
14- Disposições finais.
Diagramas Elétricos

Para a execução de uma instalação elétrica, o eletricista deve ter à sua disposição, uma
série de dados importantes tais como: a localização dos elementos na planta do imóvel, a
quantidade e seção dos fios que passarão dentro de cada eletroduto, qual o trajeto da instalação, a
distribuição dos dispositivos e circuitos e seu funcionamento. A ferramenta para o eletricista ter
todas essas informações reunidas de maneira prática e fácil de ser interpretada é o diagrama
elétrico.
Diagrama elétrico é a representação de uma instalação elétrica ou parte dela por meio de
símbolos gráficos, definidos nas normas NBR 5444, NBR 5259, NBR 5280, NBR 12519, NBR
12520 e NBR 12523. De todas, a que mais interessa e que será usada em todas as atividades
deste curso é a NBR 5444 que estabelece os símbolos gráficos para instalações elétricas prediais.
Dos diagramas existentes, serão estudados os seguintes:
• diagrama multifilar;
• diagrama funcional;
• diagrama de ligação.
• diagrama unifilar;

O diagrama multifilar é usado somente para os circuitos elementares, pois é de difícil


interpretação quando o circuito é complexo. É um diagrama que representa todo sistema elétrico
em seus detalhes e todos os condutores.
O grande diferencial deste tipo de diagrama é a facilidade de representar com clareza a
distribuição de cargas pelos circuitos, detalhe que só pode ser especificado em um diagrama
multifilar.
Na Figura abaixo temos o diagrama multifilar de uma lâmpada acionada por um
interruptor simples:

Figura 1

Na figura 1 estão identificados os condutores para melhor visualização do funcionamento


do circuito.
O diagrama funcional é usado quando há a necessidade de demonstrar um circuito com
clareza e rapidez até para fins didáticos. O esquema funcional não se preocupa com a posição
física dos componentes da instalação.
Figura 2

O diagrama de ligação é utilizado para representar como a instalação é executada na


prática.

Figura 3

O diagrama unifilar apresenta as partes principais de um sistema elétrico e identifica o


número de condutores. O trajeto dos condutores é representado por um único traço. Esse tipo de
diagrama geralmente representa a posição física dos componentes da instalação, porém não
representa com clareza o funcionamento e a sequência funcional dos circuitos. É o tipo de
diagrama mais usado em instalações elétricas prediais.
A figura 4 a seguir apresenta um diagrama unifilar do circuito elétrico composto por um
interruptor simples, uma tomada e uma lâmpada.

Figura 4

O mesmo circuito elétrico, composto por um interruptor simples, uma tomada e uma
lâmpada, é representado pelos quatro tipos de diagramas para que você observe atentamente a
diferença de representação entre eles.
Diagrama Multifilar Diagrama Funcional

Diagrama de Ligação Diagrama Unifilar


Figura 5

A utilização do esquema unifilar atende a todas as necessidades do eletricista. Com esse


tipo de planta, o profissional tem a possibilidade de identificar todos os componentes, como
devem estar ligados, os tipos de iluminação, a quantidade de condutores e respectivas bitolas etc.
Quando há necessidade de detalhes específicos, o esquema multifilar deverá ser usado. Veja
exemplos a seguir.

Figura 6

Observe que são utilizadas como ponto de iluminação no teto, duas lâmpadas
fluorescentes de 40 W cada, alimentadas pelo circuito 1 e comandadas pelo interruptor “a”. A
tomada de 300 VA é alimentada pelo circuito 2 composto por condutor fase, neutro e terra.
Figura 7

Na figura 7, além das lâmpadas fluorescentes no teto, há uma arandela de 25 W


comandada pelo interruptor “c”. A caixa de telefones está ao lado do quadro geral de força e luz,
interligado ao ponto do telefone interno na parede pelo eletroduto embutido no piso. É
importante observar que no projeto existem duas lâmpadas de 40 W no cômodo 1 e uma lâmpada
de 40 W no cômodo 2.

Figura 8

Na figura 8, observe que agora estão indicadas as dimensões dos condutores diferentes de
1,5 mm2 e dos eletrodutos diferentes de 15 mm. A bitola (seção) do condutor pode ser descrita
sem a abreviação “mm2”, bastando apenas colocar um ponto após a dimensão do condutor.
Assim, ao invés de 2,5 mm2, indicar 2,5•.
As lâmpadas são comandadas por interruptor paralelo. As identificações dos condutores
não precisam estar dentro da planta, devido ao pequeno espaço do desenho. Por isso, pode-se
traçar uma linha de indicação para fora da planta e indicar as dimensões dos condutores e
eletrodutos.

Leitura e interpretação de projetos de instalações elétricas prediais e residenciais

Além de conhecimentos dos conceitos básicos de eletricidade como corrente, tensão,


circuito, potência etc., a leitura e interpretação de um projeto estão diretamente ligadas ao
conhecimento das simbologias empregadas neste projeto e ao conhecimento de plantas prediais e
residenciais.
Para ajudar você a conseguir essas competências, vamos colocar passo-a-passo em uma
planta todos os elementos de uma instalação elétrica. Para fazer isso, vamos imaginar uma
situação em que um cliente encomenda o projeto de instalação elétrica para um projetista. O
cliente expõe suas exigências e o projetista começa a trabalhar.
A primeira coisa que eles decidem é que a instalação deverá possuir um quadro de luz e
força representado na planta de acordo com a seguinte tabela de símbolos da NBR 5444:

O proprietário da casa explicou ao projetista o que desejava e este o orientou a escolher o


quadro geral de luz e força embutido na parede. A planta contendo a indicação do quadro de luz
é a seguinte:

Figura 9

Para a indicação da localização do quadro de luz o projetista levou em consideração


alguns cuidados interpretados da NBR 5410. Eles são:
• O local deve ser de fácil acesso e, no caso de se escolher a cozinha, deve-se observar que o
quadro não atrapalhe a instalação de armários.
• O quadro deverá ser instalado, de preferência, o mais próximo possível do medidor e/ou no
local onde há bastante concentração de componentes com potência elevada.
• Em função da alta umidade o quadro de força nunca deve ser instalado no banheiro.
• Como o acesso ao quadro deve ser facilitado, ele não deve estar localizado em locais fechados,
como porões, sótãos ou depósitos.

Circuitos de iluminação

O próximo item que o projetista coloca na planta são os pontos de iluminação. Ao


localizá-los na planta fornecida, ele considera a área do cômodo, o tipo de lâmpada e a posição
de instalação. À sua disposição ele tem a seguinte tabela de símbolos indicada pela NBR 5444.

Ainda de acordo com as exigências do cliente, desses símbolos ele escolhe os que estão
na planta a seguir:
Figura 10

Observação
Quando se trata de residência ou prédio residencial, normalmente os projetistas preveem
iluminação com lâmpadas incandescentes. As lâmpadas fluorescentes geralmente são indicadas
em projetos de edifícios comerciais.
Para os interruptores, a NBR 5444 apresenta a seguinte lista de símbolos:

Desta lista, o projetista inseriu na planta os seguintes símbolos:


Figura 11

Observe que nesse momento, o profissional tomou o cuidado de colocar os interruptores


em locais de fácil acesso, ou seja, junto à porta, porém não atrás dela.
Uma vez colocados os interruptores, colocam-se os eletrodutos que formam o circuito de
iluminação. A tabela que o projetista consultou foi a seguinte:

A planta ficou assim:


Figura 12

Observe que a norma exige que os eletrodutos com diâmetro superior a 15mm devem ter
a medida de seu diâmetro indicada. Isso é comum para os eletrodutos que saem da caixa de
distribuição. Isso pode ser constatado na planta mostrada acima, na qual o eletroduto de diâmetro
maior acomodará um número maior de condutores.
Em relação ao diâmetro do eletroduto, a NBR 5410 exige que haja uma “folga” de espaço
para acomodar os condutores com segurança. Dependendo da quantidade circuitos alimentados,
essa folga varia entre 40 % e 60 %. Ela é chamada de taxa de ocupação.
O simples símbolo do eletroduto apenas indica sua posição na planta. Para sabermos o
que vai colocado dentro dele (quantidade de condutores, sua função e bitola) é necessário usar
símbolos específicos. Eles estão indicados na tabela a seguir:
A planta ficou assim:

Figura 13

Tomadas

As tomadas são classificadas em dois tipos, uso geral e uso específico. Entende-se por
tomadas de uso geral (TUGs) como sendo aquelas que normalmente são destinadas à
alimentação de aparelhos portáteis e/ou para aparelhos que, embora com posição definida,
utilizam uma corrente inferior a 10 A.
Tomadas de uso específico (TUEs) são aquelas destinadas a aparelhos de potência
elevada (acima de 1200 W em 127 V ou 2400 W em 220 V) que necessitam de corrente igual ou
superior a 10 A.

São exemplos de tomadas de uso geral:


• Tomadas da sala e quarto que alimentam a televisão, aparelho de som, telefone e similares;
• Tomadas da cozinha, banheiro, varanda e corredor com potência abaixo de 1200 W em 127 V e
2400 W em 220 V;

São exemplos de tomadas de uso específico:


• Tomada do chuveiro, torneira elétrica, secadora de roupa, micro-ondas, ar condicionado e
outros equipamentos que tenham corrente elétrica igual ou superior a 10 A.

A NBR 5444 estabelece os seguintes símbolos para tomadas:


Observe que as saídas para telefone, relógio elétrico, som e campainha fazem parte do
mesmo grupo de símbolos.
A planta com a localização das tomadas de uso geral e respectivos condutores ficou
assim:
Figura 14

Observe que as tomadas do banheiro, cozinha, lavanderia e garagem são de 600 VA e as


tomadas da sala e dormitório não possuem identificação de potência, portanto, são de 100 VA
conforme a NBR 5444. O porteiro eletrônico em função da sua baixa potência, foi projetado
utilizando o circuito 1 como alimentação.
A NBR 5444 não indica a simbologia do porteiro eletrônico, ficando então, sob
responsabilidade do projetista, criar um símbolo e indicar na legenda do projeto o seu
significado.
Vamos imaginar que o proprietário dessa casa, além dos pontos de iluminação e tomadas
de uso geral e específico exigidas pela NBR 5410, explica ao projetista que ele quer instalar os
seguintes equipamentos:
- Ar condicionado no quarto;
- Bomba para recalque de água do poço;
- Chuveiro;
- Torneira elétrica.
Em função da sua demanda de potência, todos os aparelhos listados exigem tomadas de
uso específico (TUE). A planta com a localização das tomadas de uso específico ficou assim:
Figura 15

Observe que agora, os eletrodutos e condutores possuem as indicações de diâmetro e


bitola (seção) conforme exige a NBR 5444. Essas indicações são fruto de cálculos de
dimensionamento que você estudará nas próximas unidades.
Para acomodar os condutores de alimentação da bomba do poço, foi projetado um
eletroduto embutido no piso. Para o porteiro eletrônico foram projetados dois eletrodutos
diferentes entre a parte interna e a parte externa da casa, para acomodação dos condutores de
energia e elétrica e para os condutores de comunicação separados conforme NBR 5444.

Erros mais comuns em projetos

A planta que você acabou de ver, está perfeitamente de acordo com as exigências das
normas e, ao mesmo tempo, atende às necessidades do cliente, resultando em um projeto com
qualidade técnica e, portanto, segurança. Isso porque nosso projetista, sendo um profissional
consciente, aplicou nela todas as orientações contidas nas NBRs 5410 e 5444.
Mas infelizmente, isso nem sempre acontece. A desatenção, a inexperiência, o
desrespeito e o desconhecimento das NBRs e suas atualizações levam à elaboração de projetos
que apresentam erros, às vezes, bastante graves e que atrapalham o trabalho do instalador,
deixam o cliente insatisfeito e comprometem a segurança do imóvel.
O que você acharia, por exemplo, de entrar em um cômodo qualquer em sua casa e não
conseguir encontrar o interruptor, porque ele está escondido atrás da porta? Acredite se quiser,
existem projetos que apresentam esse tipo de erro.
Vamos, então, listar os erros mais comuns e às vezes, até graves que os projetistas mais
desatentos podem cometer:
• Troca de símbolos, como, por exemplo, indicar no lugar de uma tomada alta (chuveiro), uma
tomada baixa.
• Localização inadequada dos componentes do circuito, como, por exemplo, indicar a localização
do quadro de distribuição no banheiro, que sendo um local de muita umidade é impróprio para
essa instalação.
• Ausência de indicação das dimensões do eletroduto e respectivos condutores.
• Utilização de símbolos não normalizados sem indicação em legenda apropriada.
• Indicação errada da função do condutor como, por exemplo, indicar dois neutros e um terra
para a tomada do chuveiro.
• Troca de identificação do interruptor em relação à sua respectiva lâmpada.
• Ausência de indicação da alimentação de determinado componente da instalação, por exemplo,
o símbolo da campainha não tem a indicação do circuito ao qual pertence (falta de eletroduto e
respectivo condutor).
• Ausência de indicação junto ao componente do circuito ao qual ele pertence. Essa indicação é
feita por meio de um número entre dois traços. Assim, se encontrarmos em um projeto de
instalação junto a uma lâmpada, a indicação -3-, isso significa que essa lâmpada pertence ao
circuito 3.
• Ausência da indicação da potência dos componentes da instalação.
Dimensionamento de instalações elétricas prediais
Introdução
Para melhor compreender a necessidade e a função do ato de ‘dimensionar’ é conveniente
saber exatamente o que significa tal verbo.
Conforme indica o Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa: dimensionar “é o ato de
calcular as dimensões ou proporções de um objeto em função do uso. Isso significa que a chave
de tudo está na frase ”...em função do uso”, pois é adequando a utilização de cada objeto que
fazemos seu correto dimensionamento.
Comparativamente, é possível imaginar como seria difícil atravessar a rua se o semáforo
para pedestres abrisse durante apenas três segundos, ou como seria complicado carregar um
caderno com 100.000 folhas que fosse previsto para durar do curso primário até concluirmos o
curso superior. Ou ainda, como poderíamos nos alimentar utilizando talheres com cabos que
tivessem 2 metros de comprimento?
Todas as situações acima são exageradas e elas não acontecem justamente devido ao fato
de alguém haver planejado ou feito um projeto “dimensionando” quanto tempo necessitamos
para atravessar a rua, quantas folhas um caderno pode ter ou o tamanho adequado de cada talher.
Isso significa que projetar, que dizer “arquitetar uma ideia, planejar”, é a maneira mais correta de
realizar algo, pois, dessa forma, são reduzidos o custo do material e o tempo de mão-de-obra
para executar o projeto dimensionado.
Graças ao progresso trazido pelas normas que padronizam processos e procedimentos,
todos os itens a serem considerados em uma instalação são, de algum modo, calculados
empiricamente ou por meio de fórmulas. Devido à experiência de outras pessoas que estudaram,
quantificaram, pesquisaram e adotaram procedimentos para estimar as necessidades em
instalações prediais, é possível verificar alguns métodos de instalação, especificar
adequadamente as emendas e conexões, dimensionar o nível de iluminação num ambiente,
calcular a potência elétrica necessária para uma carga específica ou cargas genéricas e projetar o
circuito adequado para cada aplicação” em função do uso”.

Métodos de instalação

Basicamente existem dois métodos de instalação:

1 - Com eletroduto embutido em que os eletrodutos são instalados dentro de paredes,


pisos ou lajes e, posteriormente cobertos com massa de cimento, ficando embutidos e, portanto,
invisíveis em virtude do acabamento nas paredes e pisos. O eletricista só tem cesso a eles em
seus pontos de partida e chegada nas caixas de passagem.

Figura 16

2 - Com eletroduto aparente em casos em que é mais fácil realizar a instalação aparente
dos eletrodutos, como em uma casa já pronta ou em galpões comerciais ou industriais. Esse
método utiliza canaletas, eletrodutos, perfilados ou eletrocalhas instalando-os diretamente sobre
paredes ou pisos de maneira que não há a necessidade de quebrá-los.
Figura 17

Os dois métodos são possíveis e viáveis quando empregados de acordo com cada
necessidade específica.
Não se deve esquecer que, por razões de segurança, é imprescindível utilizar eletrodutos
nas instalações prediais, pois estes facilitam quaisquer manutenções ou acréscimos posteriores
que sejam necessários. O emprego de eletrodutos evita riscos de acidentes ou interrupção do
circuito que acontecem quando alguém tropeça ou se enrosca em cabos largados em pisos ou
forros.

Normalização

Todos os serviços realizados e os projetos criados devem obrigatoriamente estar de


acordo com as normas que se referem aos assuntos correlatos, porque não basta que as
instalações funcionem bem. Elas precisam manter o perfeito funcionamento pelo maior tempo
possível, para não correrem risco de ser danificadas ou ainda pior, de prejudicar a saúde e a vida
de clientes e usuários.
Como você já sabe, a entidade brasileira que controla e coordena as normas em nosso
país é a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e as principais normas que
envolvem as instalações elétricas são:
• NBR 5410/04 – Instalações elétricas de baixa tensão que abrange as instalações elétricas de
baixa tensão (até 1.000 V) e é voltada basicamente à segurança e à proteção dos usuários e dos
equipamentos instalados.
• NBR 5413 – Iluminância de interiores – procedimento que especifica como deve ser o
procedimento para definir a iluminância de interiores e as cargas de iluminação necessárias.
• NBR 5419/01 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas – que define as maneiras
pelas quais estimamos as instalações adequadas para a proteção de estruturas contra descargas
atmosféricas.

Cálculos de Dimensionamento

Todo dimensionamento envolve cálculos e fórmulas através dos quais é possível definir
precisamente quais são as cargas necessárias para cada aplicação. Por meio dos cálculos, são
definidos os parâmetros para que seja possível optar pelo método adequado de instalação
(aparente ou embutida), definir a seção e o material do eletroduto, a bitola e o tipo de isolação
dos condutores ou cabos e se os dispositivos de proteção dos circuitos (disjuntores) serão simples
ou com alguma proteção adicional.
A prática indica a sequência de dimensionamento, que é a seguinte:
1 – Estabelecer a quantidade mínima de pontos de iluminação
2 - Dimensionar da potência de iluminação.
3 – Estabelecer a quantidade de tomadas, de uso geral e específico.
4 – Dimensionar da potência das tomadas de uso geral e específico.
5 – Dividir a instalação em circuitos terminais.
6 – Calcular a corrente dos circuitos.
7 – Dimensionar os condutores.
8 – Dimensionar os eletrodutos.
9 – Dimensionar os dispositivos de proteção dos circuitos.
10– Dimensionar o quadro de distribuição de acordo com a quantidade de circuitos da instalação.

Dimensionamento da potência de iluminação

Quando se faz um projeto de instalação predial, é preciso, inicialmente, estabelecer a


quantidade mínima de pontos de iluminação a serem considerados por ambiente. Para definir
qual deve ser a quantidade de pontos e a potência a ser instalada, é primordial seguir as
recomendações das normas: NBR 5410 e NBR 5413.

Observação
De acordo com a norma NBR 5410/04 “pontos” são as localizações de aparelhos fixos de
consumo destinados à iluminação e tomadas de corrente que são os locais onde são alimentados
os aparelhos eletrodomésticos, eletroindustriais e as máquinas equipamentos de escritórios.

Conforme as recomendações das normas deve-se considerar o seguinte:


• Cada ambiente deve possuir pelo menos um ponto de luz no teto, controlado por um
interruptor de parede.
• Nos banheiros, as arandelas devem ficar a 60 cm, no mínimo, do limite do boxe.

A potência mínima de iluminação deve ser considerada em função da área de cada


ambiente, ou seja:
• Para áreas externas em residências não há critérios definidos na NBR 5410, portanto, os
pontos de iluminação vão ser determinados de acordo com as necessidades do cliente que as
indica ao projetista.
• Em ambientes com área de até 6 m², o valor mínimo é de 100 VA.
• Para ambientes acima de 6 m², o valor mínimo de 100 VA é válido para os primeiros
6 m². A partir daí, são acrescentados 60 VA a cada 4 m² inteiros considerados.

Para compreender melhor essa determinação da norma, são apresentados alguns


exemplos a seguir.
Exemplo 1
Consideremos um quarto com a largura (L) de 2,2 m e o comprimento (C) de 3,5 m. A área (A)
desse cômodo é obtida multiplicando-se a largura (L) pelo comprimento (C) ou seja:
A=LxC
Substituindo os valores na expressão, tem-se:
A = 2,2 x 3,5
A = 7,7 m².

Portanto, a área a ser considerada é de 7,7 m2. O problema é que esse valor ultrapassa os
6m2. Como resolver esse problema?
A NBR 5410 determina que, para os primeiros 6 m², são considerados os 100 VA. Mas,
restam, ainda, 1,7 m². Como esse valor não chega a 4 m², não são acrescentados os 60 VA,
ficando previsto para a sala apenas 100 VA, o que corresponde ao valor mínimo estabelecido
pela norma.
É preciso observar que, esse valor estimado de 100 VA não é necessariamente o valor
total da potência de uma lâmpada. Para iluminar o ambiente, duas lâmpadas de 50 VA podem ser
instaladas, ou até mesmo quatro lâmpadas de 25 VA, pois elas estarão perfeitamente dentro do
valor mínimo previsto pelas normas.

Exemplo 2
Consideremos, agora, uma sala com a largura (L) de 3,0 m e o comprimento (C) de 3,8 m. Sua
área será:
A = L x C + 3,0 x 3,8 = 11,4 m².
A = 11,4 m2

Já sabemos que para os primeiros 6 m², a potência mínima de 100 VA. Como 11,4 m2
correspondem a uma área maior do que 6 m2 (valor máximo de área permitido pela norma para
estabelecer um ponto de iluminação com potência de 100 VA), é preciso descobrir a área que
sobra, que é:
11,4 m2 – 6 m2 = 5,4 m2

Como 5,4 m² correspondem a um valor superior a 4 m², acrescenta-se mais 60 VA de


potência ao circuito. O valor restante, ou seja, 1,4 m² está abaixo de 4 m² e não é considerado.
Por isso, considera-se como valor mínimo de potência de iluminação neste ambiente, apenas os
dois primeiros valores:
100 + 60 = 160 VA

Observações
1 - As indicações da norma referem-se sempre a valores mínimos para cada ambiente. Isso não
impede que sejam acrescentados outros pontos ou maior potência em cada ambiente, dependendo
do uso e das preferências dos moradores da residência ou usuários do prédio comercial ou
industrial.
2 - Para o dimensionamento de iluminação em prédios não-residenciais, ou seja, áreas de
trabalho comerciais ou industriais, usa-se o método de lumens, descrito em norma própria (NBR
5413 – Iluminação de interiores – procedimentos).

Dimensionamento da potência de tomadas

Da mesma maneira que é preciso considerar a área de cada ambiente para prever sua
iluminação mínima, também é necessário tomar como referência as dimensões de cada ambiente
a fim de definir a potência de tomadas.
Devido ao grande número de aparelhos eletrodomésticos presentes até nas residências
mais simples, hoje mais que ontem, utiliza-se muito mais energia elétrica em todos os ambientes.
Assim, um bom projeto de distribuição das tomadas de força torna-se essencial.
A NBR 5410 estabelece que as tomadas dividem-se basicamente em dois tipos:

1. Tomada de Uso Geral ou TUG - na qual podem ser ligados os aparelhos móveis ou
portáteis que funcionam algum tempo e depois são removidos.

2. Tomada de Uso Específico ou TUE que alimenta os aparelhos estacionários que,


embora possam ser removidos, trabalham sempre em determinado local, como por
exemplo, o chuveiro, a máquina de lavar roupa, o aparelho de ar condicionado etc.
Dimensionamento de Tomadas de Uso Geral (TUGs)

Os aparelhos utilizados nas tomadas de uso geral são eletrodomésticos em geral, tais
como: aspirador de pó, secador de cabelos, furadeira etc.
O dimensionamento das tomadas de uso geral depende não só do tamanho de cada
ambiente, mas também do tipo de utilização de cada tomada. As orientações contidas na NBR
5410 indicam sempre o procedimento que atendem às necessidades mínimas de cada ambiente.
Para elaborar o projeto de distribuição das tomadas, deve-se considerar o seguinte:

• Em subsolos, varandas, garagens ou sótãos, recomenda-se pelo menos uma tomada por
ambiente.
• Para ambientes com área até 6 m² deve-se instalar, no mínimo, uma tomada.
• Para ambientes com área maior que 6 m², calcula-se o perímetro, que é a soma do
comprimento de cada lado do ambiente, e divide-se o valor resultante por 5 (uma
tomada a cada 5 m). O resultado corresponde à quantidade de tomadas do ambiente.
Elas devem ser espalhadas o mais uniformemente possível;
• Em copas, cozinhas ou combinação delas, deve-se ter uma tomada de uso geral a cada
3,5 m de perímetro ou fração de perímetro. Acima da bancada da pia devem ser
previstas, no mínimo, duas tomadas de corrente, no mesmo ponto ou em pontos
distintos.
• Nos banheiros deve haver, no mínimo, uma tomada junto ao lavatório a uma distância
de 60 cm do limite do boxe.

Observação
Para ambientes tais como banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço,
lavanderias e locais semelhantes, deve-se atribuir, no mínimo, 600 VA por tomada, com limite
máximo de até 3 tomadas, adotando-se 100 VA para as tomadas excedentes.

Para compreender melhor essas orientações, a seguir são apresentados dois exemplos de
dimensionamento de TUGs.

Exemplo 1
Consideremos, inicialmente, uma sala com a largura (L) de 2,2 m e o comprimento (C) de
3,5 m. Seu perímetro será a soma das medidas das quatro paredes do cômodo, ou seja:
P=L+L+C+C
Simplificando a expressão, tem-se:
P = (2 x L) + (2 x C)
P = (2 x 2,2) + ( 2 x 3,5)
P = 4,4 + 7
P = 11,4 m

Em seguida, divide-se o valor obtido por 5:


n = 11,4 / 5 = 2
Esse resultado indica que deverão ser instaladas 2 tomadas: uma a cada cinco metros.
Porém, como ainda sobram 1,4m, mais uma tomada deverá ser instalada, totalizando assim três
TUGs.
Este valor estimado de 3 tomadas não é necessariamente o valor final, porém é, segundo a
NBR 5410, o número mínimo admissível para esta área. Por conveniência, pode-se estabelecer
que o comum seria ter uma tomada por parede, no mínimo, pois é normal mudar a disposição dos
móveis em uma sala. Por esse motivo, fica bem dimensionado o valor de 4 tomadas de uso geral
para esse ambiente.
Exemplo 2
O segundo exemplo considera uma cozinha com a largura (L) de 3,0 m e o comprimento
(C) de 3,8 m.
Tem-se, então:
P = 2L + 2C
P = (2 x 3,0) + (2 x 3,8)
P = 6 + 7,6
P = 13,6 m
Em relação a cozinhas, a NBR 5410 orienta que as tomadas sejam instaladas a cada 3,5 m
ou fração de perímetro. Assim, o valor do perímetro (13,6 m) será dividido por 3,5.
n = 13,6 / 3,5
n = 3,88
Esse resultado indica uma tomada para cada um dos três primeiros 3,5 m do perímetro, o
que resultará em três tomadas e mais uma para os 0,88 m (fração) restantes, totalizando assim
quatro TUGs na cozinha.
Deve-se considerar 600 VA para as três primeiras tomadas e 100 VA para cada uma das
tomadas excedentes:
P = (3 x 600) + 100
P = 1.800 + 100
P = 1900 VA

Observação
Para cada tomada prevista, a potência deve ser de, no mínimo, 100 VA em cada uma. Esta será a
carga mínima de potência nos demais cômodos ou dependências.

Seguindo as normas e a boa prática das instalações elétricas, não se deve esquecer que em
todo e qualquer projeto, o cliente deve ser consultado e, sempre que possível, deverá ser
instalada uma quantidade maior de pontos de tomada de uso geral que o valor mínimo calculado
indica. Assim, evita-se a utilização de extensões e benjamins, reduzindo o desperdício de energia
e evitando comprometer a segurança da instalação.

Dimensionamento de tomadas de uso específico (TUEs)

A quantidade de aparelhos que utiliza tomadas de uso específico é determinada de acordo


com o número de aparelhos cuja utilização conhecemos, antecipadamente, e que estarão fixos
numa determinada posição no ambiente. Os aparelhos utilizados nestas tomadas são, em geral,
chuveiro, torneira elétrica, secadora e lavadora de roupas, micro-ondas etc.
O dimensionamento da potência de cada tomada vai depender, então, diretamente da
potência nominal do equipamento a ser alimentado.

Observação
A potência nominal é a potência indicada na identificação do aparelho, ou em sua especificação
contida no manual de instalação.

Veja alguns exemplos:


• Torneira elétrica: 3000 W a 5000 W
• Geladeira: 500 W a 800 W
• Chuveiro: 5600 W a 6500 W
• Máquina de Lavar: 600 W a 2000 W
• Secadora de roupas: 2500 W a 5000 W
• Torradeira: 500 W a 1200 W
• Ferro de passar roupa: 400 W a 1600 W
• Secador de cabelos: 500 W a 1600 W

Como em cada cômodo, estes aparelhos já possuem local pré-determinado, deve-se


prever suas tomadas instaladas a, no máximo, 1,5 m de cada equipamento.
Deve-se lembrar, ainda, que para circuitos que contêm chuveiros, torneiras e
aquecedores, é conveniente considerar uma potência maior, pois estes podem ser facilmente
trocados pelo usuário da residência.

Divisão dos circuitos

Para fins de estudo desta unidade, consideraremos o circuito elétrico como sendo o
conjunto de condutores e cabos, ligados ao mesmo equipamento de proteção. Assim, cada
conjunto de condutores, eletrodutos, tomadas, luminárias e disjuntores constitui um circuito
elétrico.
Em uma instalação predial, existem dois tipos básicos de circuito:
• Circuito de Distribuição – liga o quadro do medidor, na origem da instalação, ou da
entrada de energia ao quadro de distribuição.
• Circuito Terminal – é aquele que parte do quadro de distribuição e alimenta diretamente
lâmpadas, tomadas de uso geral e tomadas de uso específico.

Observação
A instalação elétrica seja ela residencial, comercial ou industrial, deve ser subdividida em
circuitos terminais, pois isso facilita a manutenção e reduz a interferência entre eles.

A norma NBR 5410 estabelece alguns critérios para a divisão da instalação elétrica em
circuitos terminais. Segundo esses critérios, deve-se:
• Prever circuitos de iluminação separados dos circuitos de TUGs, procurando limitar a
corrente total do circuito a 10 A.
• Prever circuitos independentes, exclusivos para cada equipamento que possua corrente
nominal superior a 10 A.
• Limitar a potência total para 1270 VA em instalações 127 V e 2200 VA em 220 V.
Em linhas gerais, pode-se dizer que deverá haver, no mínimo, três circuitos terminais em
uma instalação predial:
• Um para iluminação;
• Um para tomadas de uso geral
• Um para tomada de uso específico (chuveiro).

Uma boa recomendação é separar um pouco mais os circuitos terminais utilizando os


seguintes critérios:
→ Para os circuitos de iluminação, pode-se separá-los em área social e área de serviço:
• Social: sala, dormitórios, banheiro, corredor e hall.
• Serviço: copa, cozinha, área de serviço e área externa.
→ Para os circuitos de tomada de uso geral, tem-se:
• Social: sala, dormitórios, banheiro, corredor e hall.
• Serviço 1: Copa.
• Serviço 2: Cozinha.
• Serviço 3: Área de serviço.
→ Para os circuitos de tomada de uso específico, deve-se ter:
• Uma tomada para o chuveiro elétrico.
• Uma tomada para cada equipamento que possua corrente maior que 10 A.
Para resumir, pode-se dizer que haverá um circuito independente para cada carga que
possua corrente nominal superior a 10 A, havendo, portanto, apenas uma tomada e um
dispositivo de proteção para o referido circuito.
Nas instalações alimentadas com duas ou três fases, as cargas devem ser distribuídas
entre as fases de modo que se obtenha o melhor equilíbrio possível.
Para melhor compreender como fazer essa distribuição de circuitos, estude
cuidadosamente os exemplos a seguir.

Exemplo 1
Consideremos uma casa com dois dormitórios, uma sala, uma copa, uma cozinha, uma
área de serviço e um banheiro, cujo proprietário é muito preocupado com segurança e uso
responsável de energia. Por isso, solicitou que o projeto da instalação elétrica seja realizado
dentro dos parâmetros da norma, sem economias “porcas”. Quais cargas de tomada específica
são possíveis prever nesta residência e quantos serão os circuitos correspondentes?
Antes do início do projeto, o dono da residência informou ao projetista a previsão dos
seguintes equipamentos que o profissional anotou em sua planilha:
1 - Nos dormitórios haverá um aparelho de ar condicionado em cada um (220V, 5A) e um
computador (127 V, 4 A) em um deles.
2 - Na sala e na copa não haverá nenhuma tomada de uso específico.
3 - Na cozinha haverá uma geladeira (127 V, 4 A), um forno de micro-ondas (127 V, 7 A)
e uma torneira elétrica (220 V, 20 A).
4 - Na área de serviço serão instaladas uma lavadora (127 V, 6 A) e uma secadora
(127 V, 12 A).
5 - No banheiro haverá um aquecedor para a torneira da pia (220 V, 20 A) e um chuveiro
(220 V, 32 A).
Seguindo as exigências da NBR 5410, o projetista concluiu que haverá um circuito para
cada equipamento que possua corrente acima de 10 A, ou seja:
Circuito 1 - Uma torneira elétrica da cozinha (20 A);
Circuito 2 - Um chuveiro elétrico no banheiro (32 A);
Circuito 3 - Um aquecedor para a torneira da pia do banheiro (20 A);
Circuito 6 - uma secadora (12 A);
Os circuitos restantes foram assim agrupados:
Circuito 4 – dois aparelhos de ar condicionado para os dormitórios (2 x 5 A);
Circuito 5 – uma geladeira (4 A) e um forno de micro-ondas (7 A) na cozinha.
Circuito 7 - uma lavadora (6 A), na lavanderia.
Circuito 8 – Computador (4 A) e demais TUGs dos dormitórios;
Circuito 9 – TUGs da sala e copa.

Observe que cada cliente terá gostos e necessidades específicas. Assim, o exemplo dado
acima é apenas uma sugestão. Em uma residência com a mesma quantidade de cômodos, é
possível eliminar alguns circuitos e cargas conforme seja conveniente ou, ainda, acrescentar mais
alguns circuitos, de acordo com as necessidades do cliente.

Cálculo da corrente elétrica dos circuitos

Considerando que cada circuito alimentará uma determinada carga, correspondente à


soma dos equipamentos ligados ao circuito, dizemos que cada circuito terá sua potência total a
ser suprida.
Não se deve esquecer que a potência elétrica tem uma relação direta com a tensão e a
corrente utilizadas, sendo obtida pela fórmula:
P=VxI
Nessa expressão:
P = Potência elétrica
V = Tensão elétrica
I = Corrente elétrica

Isto significa que basta multiplicarmos o valor da tensão pelo valor da corrente para que
se obtenha o valor da potência.
Todavia, é preciso lembrar que, normalmente, nos equipamentos são indicados apenas os
valores de tensão e potência, isso significa que para se obter o valor da corrente deve-se utilizar a
uma outra expressão:
I=P/V
Por exemplo, se o cliente tiver um forno de microondas que consome 900W, com tensão
de 127V, a sua corrente elétrica será:
I=P/V
I = 900 / 127
I=7A
A partir do valor da corrente de cada circuito é que se define a bitola do condutor e o
dispositivo de proteção – nesse caso, um disjuntor – mais adequado para a proteção desse
condutor.
Para calcular a corrente elétrica dos circuitos procede-se da seguinte maneira:
1. Determina-se a potência total do circuito.
2. Determina-se a tensão de utilização no circuito, aplicando-se a fórmula I = P / V.

Exemplo 1
Imaginemos, em uma residência, um circuito de iluminação que atenda:
1 – a dois dormitórios: 2 x 160 VA
2 – a sala: 100 VA
3 – ao banheiro: 100 VA
4 – ao hall: 100 VA
O valor total da potência deste circuito será:
P = (2 x 160) + (3 x 100)
P = 320 + 300
P = 620 VA.
Como normalmente os circuitos de iluminação residenciais são alimentados em 127V, a
corrente do circuito será:
I=P/V
I = 620 ¸ 127
I = 4,9 A

Exemplo 2
Um banheiro deverá ter um TUE para um chuveiro dos mais modernos e completos que
possui um regulador de temperatura que atinge a potência máxima de 7500 W. Para determinar
sua corrente, é preciso lembrar que todo circuito alimentador para chuveiros tem a tensão de
220 V. Assim:
I=P/V
I = 7500 ¸ 220
I = 34,0 A
Apenas após calcular a corrente de cada circuito é que é possível especificar os
condutores e o disjuntor adequados.
Observação
Dimensionar a fiação de um circuito é definir a bitola dos cabos alimentadores do circuito de
forma que seja garantido que a corrente que circular por ele, durante um tempo ilimitado, não
provocará superaquecimento.

Como organizar o dimensionamento dos circuitos

Até agora, foram fornecidos exemplos de cálculos sem a colocação dos circuitos nos
respectivos diagramas e ambientes contidos em uma planta. Nesta última parte, será
demonstrado como organizar os dados para depois transpô-los para os diagramas inseridos na
planta.

Figura 18

Os equipamentos que o cliente solicitou para a instalação são:


•·Chuveiro (5600 W/220 V/25,5 A)
•·Secadora de roupas (2200 W/220 V/10 A)
•·Torneira elétrica (3000 W/220 V/13,6 A)
•·Bomba para o poço (2400 VA/220 V/10,9 A)
Como se trata de uma planta com vários cômodos, é necessário utilizar uma tabela
auxiliar para organizar todos os valores dimensionados por cômodo. Veja a tabela, já
contemplando as tomadas de uso específico.
Agora, começaremos calculando a área e dimensionando a iluminação dos cômodos:
A sala possui largura (L) de 3,35 m e o comprimento (C) de 4,0 m. Sua área será:
A=LxC
A = 4,0 x 3,35
A = 13,4 m²
Como esse valor de área (13,4 m²) é superior a 6 m², considera-se 100 VA e efetua-se o
cálculo da área restante:
13,4 m² - 6 m² = 7,4 m²
Como 7,4 m² correspondem a um valor maior que 4 m², acrescenta-se mais 60 VA de
potência. O valor restante, ou seja, 3,4 m2 estão abaixo de 4 m² e não é considerado. Por isso,
considera-se como valor mínimo de potência de iluminação na sala, apenas os dois primeiros
valores:
100 VA + 60 VA = 160 VA
Agora que o dimensionamento foi realizado, basta completar a tabela. Veja como ficou:

Agora, veja o dimensionamento da potência de iluminação dos demais cômodos:

Dormitório: A = 3,4 x 3 = 10,2 m2. A potência de iluminação do dormitório é 160 VA.

Cozinha: A = 4,15 x 3 = 12,45 m2. A potência de iluminação do dormitório é 160 VA.

Lavanderia: A = 3,50 x 3 = 10,5 m2. A potência de iluminação da lavanderia é 160 VA.

Garagem: A = 1,75 x 2,90 = 5,075 m2. Como a área é menor que 6 m2, a potência de iluminação
a ser adotada é 100 VA.

Banheiro: A = 2,15 x 2,20 = 4,73 m2. Como a área é menor que 6 m2, a potência de iluminação a
ser adotada é 100 VA.
Corredor: A = 2,15 x 1 = 2,15 m2. Como a área é menor que 6 m2, a potência de iluminação a ser
adotada é 100 VA.
Agora veja como ficou a tabela:

Veja a planta com os pontos de iluminação identificados e localizados em seus


respectivos cômodos.

Figura 19

O próximo passo é dimensionar as tomadas de uso geral de acordo com a NBR 5410.
Para melhor entendimento, vamos analisar cada cômodo separadamente. Veja como ficou:

Sala: como a área é superior a 6m2, a potência de tomadas deve ser dimensionada através
do perímetro:
P = 2L + 2C
P = (2 x 4) + (2 x 3,35)
P = 8 + 6,7
P = 14,7 m
Em seguida, divide-se o número obtido por 5: 14,7 / 5 = 2,94
Como a NBR 5410 determina que seja dimensionada uma tomada a cada 5m ou fração de
perímetro, a sala deverá possuir no mínimo três tomadas de 100 VA. Veja como ficou a tabela.

Agora, vamos dimensionar as tomadas de uso geral para os demais cômodos:


Dormitório: como a área é superior a 6m2, a potência de tomadas deve ser dimensionada
através do perímetro:
P = 2L + 2C
P = (2 x 3,4) + ( 2 x 3)
P = 6,8 + 6
P = 12,8 m
Em seguida divide-se o número obtido por 5:
12,8 / 5 = 2,56
Como a NBR 5410 determina que seja dimensionada uma tomada a cada 5 m ou fração
de perímetro, o dormitório deverá possuir no mínimo três tomadas de 100 VA.

Cozinha: para a cozinha, a potência de tomadas deve ser dimensionada através do


perímetro:
P = 2L + 2C
P = (2 x 4,15) + (2 x 3)
P = 8,3 + 6
P = 14,3 m
Em seguida divide-se o número obtido por 3,5:
14,7 / 3,5 = 4,085
Como a NBR 5410 determina que seja dimensionada uma tomada a cada 3,5 m ou fração
de perímetro, a cozinha deverá possuir no mínimo cinco tomadas. As três primeiras de 600 VA e
as duas restantes serão de 100 VA.

Lavanderia: para a lavanderia, a potência das tomadas deve ser dimensionada através do
perímetro:
P = 2L + 2C
P = (2 x 3,50) + (2 x 3)
P = 13 m
Em seguida, divide-se o número obtido por 3,5:
13 / 3,5 = 3,7
Como a NBR 5410 determina que seja dimensionada uma tomada a cada 3,5 m ou fração
de perímetro, a lavanderia deverá possuir no mínimo quatro tomadas. As três primeiras de
600 VA e a restante será de 100 VA.

Corredor e garagem: a NBR 5410 estabelece pelo menos uma tomada de 100 VA em
cada cômodo.
Banheiro: a NBR 5410 estabelece pelo menos uma tomada perto do lavatório com
potência de 600 VA. Agora veja como ficou a tabela completa:

Figura 20

O próximo passo é dividir todas as cargas em circuitos terminais. Para isso será utilizada
uma tabela para organizar as informações. Veja a tabela:
Para estabelecer o(s) circuito(s) de iluminação é necessário calcular a potência total de
iluminação da casa:
P = 160 + 160 + 160 + 160 + 100 + 100 + 100
P = 940 VA

Como a potência não ultrapassou 1270 VA, apenas um circuito alimentará toda a
iluminação da casa: é o circuito 1. Veja como ficou a tabela.

Agora é a vez das tomadas de uso geral. Como as tomadas da cozinha e da lavanderia não
podem estar no mesmo circuito dos outros cômodos, vamos dividi-las em 3 circuitos:
• No circuito 2 ficarão duas tomadas de 600 VA e uma tomada de 100 VA da cozinha;
• No circuito 3 ficarão duas tomadas de 600 VA e uma de 100 VA da lavanderia;
• No circuito 4 ficarão uma tomada de 600 VA da lavanderia, uma tomada de 600 VA e uma de
100 VA da cozinha.

Veja como ficou a tabela.


O próximo passo é somar a potência dos demais cômodo e verificar se a potência não
ultrapassa 1270 VA:
P = sala + dormitório + garagem + corredor + banheiro
P = 300 + 300 + 100 + 100 + 600
P = 1400 VA

Como a potência ultrapassou 1270 VA, faremos a seguinte distribuição:


• No circuito 5 ficarão as tomadas da sala, dormitório, garagem e corredor;
• No circuito 6 ficará a tomada do banheiro.

Veja como ficou a tabela:

Agora, basta destinar um circuito para cada tomada de uso específico de acordo com a
previsão dos equipamentos a serem instalados na casa.
Veja como ficou a tabela completa:
Veja como ficou a planta com a divisão de circuitos, mas ainda sem o dimensionamento
dos condutores, pois esse assunto será estudado na próxima unidade.

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