Instituto Superior de Ciências e Educação À Distância
Instituto Superior de Ciências e Educação À Distância
Instituto Superior de Ciências e Educação À Distância
MAXIXE
AGOSTO, 2023
Indrodução.......................................................................................................................................2
Objectivo geral.................................................................................................................................4
Objectivos específicos..................................................................................................................4
Metodologia..............................................................................................................................4
Desenvolvimento.............................................................................................................................6
A gestão estratégica.....................................................................................................................6
Formulação de estratégia...............................................................................................................12
Implementação de estratégia......................................................................................................15
Conclusão......................................................................................................................................19
Bibliografia....................................................................................................................................21
Indrodução
Para que consigam implementar os seus projectos, as empresas públicas terão de estabelecer uma
boa relação com o meio envolvente, uma vez que a gestão empresarial não deve centrarse na
própria empresa, mas sim, numa gestão aberta consistindo nas relações efectivas e intensas com
o meio, com as actividades oficiais e privadas além das normais relações com os órgãos da
estrutura do estado de que dependem. A gestão empresarial só constitui um sistema aberto,
quando for capaz de variar o grau e a natureza das trocas regulares com o seu meio envolvente.
A gestão estratégica dos recursos é importante, para a vida de qualquer organização e o seu
impacto no processo do desenvolvimento do país torna-se um campo de actuação e de pesquisa
fundamental para o sucesso de qualquer organização.Uma das principais características da
sociedade actual é a intensidade das mudanças. Estas são frequentes, dinâmicas, inesperadas e
muitas vezes profundas desafiando as organizações empresariais. Factores económicos, sociais,
políticos, tecnológicos e culturais têm afectado o desempenho das organizações.
2
os objectivos são definidos, estratégias são estabelecidas e recursos são alocados, visando a sua
implementação. Na prática este processo reveste-se de grande complexidade, ocorrendo uma
distância entre a programação estratégica e sua implementação nas instituições.
Por outras palavras, para se ter sucesso na gestão empresarial, é importante a criação de um
ambiente para uma democracia participativa na gestão das empresas públicas. Uns dos
ingredientes para uma gestão eficaz de uma empresa são as boas relações públicas. Com efeito, a
gestão de uma empresa requer relações e comunicação com a comunidade, uma vez que a
empresa é uma comunidade dentro de uma comunidade maior (a vila e o concelho) e da
sociedade em geral (o estado, a nação). E não uma gestão de rotina em que a grande parte das
decisões são baseadas em suposições e intuição. Na gestão de rotina o planeado éde curto prazo,
baseado no ciclo orçamental. Os produtos ou serviços são definidos de forma sequencial por
departamentos isolados. Gestão Estratégia –estabelece uma relação entre o planeado e as
actividades operacionais. As decisões são baseadas em factos, a partir dos dados concretos e
procedimentos científicos. Exige envolvimento de todos os intervenientes no processo de gestão.
É planeado no médio ou longo prazo com o objectivo em melhorar o desempenho da missão das
instituições.
3
Objectivo geral
Este projecto de investigação tem como objectivo geral verificar se a Electra -empresa pública
moçambicana elabora ou não estratégias para gerir os seus recursos (humanos, financeiros,
materiais e tecnológicos) existentes. Dependendo dos resultados, caso revelar oportuno,
poderemos eventualmente, apresentar sugestões de políticas alternativas.
Objectivos específicos
Metodologia
4
No que diz respeito aos objectivos ou motivação para a realização da pesquisa, combinaram se os
tipos de pesquisa (exploratória e descritiva).
A pesquisa exploratória é interpretada como aquela que é realizada numa área na qual há pouco
conhecimento acumulado e sistematizado ou seja, procura-se essencialmente, proceder ao
reconhecimento de uma realidade ainda pouco estudada em Cabo verde, enquanto que a
investigação descritiva permite a percepção de maiores detalhes sobre o assunto, objecto
de investigação.
5
Desenvolvimento
A gestão estratégica
Num mundo caracterizado pela incerteza, pela evolução tecnológica, pela pressão do just-intimee
pelo maior dinamismo da sociedade e das suas associações, obriga as organizações a procurem
respostas estratégicas mais eficientes e eficazes que a própria inovação se tome estratégica
também dentro do princípio de que a vantagem competitiva reside na criação e sustentação de
uma diferença orientada, não já para as organizações concorrentes, mas sim, para os clientes,
uma vez que se trata de uma diferenciação ligada à vantagem concorrencial, a qual decorre, por
seu turno, da cadeia de valor da organização e do seu reconhecimento pelos consumidores, por
um lado, e por outro, procurarem alcançar a qualidade total pelo serviço ao cliente e pelo
empenhamento de toda a organização.
6
satisfazer os seus intervenientes. Ela assenta fundamentalmente em quatro níveis: estratégia de
negócios, estratégia funcional, estratégia empresarial e estratégia internacional. Todas têm como
objectivo único executar o plano-estratégico de uma organização.
A estratégia diz respeito à sobrevivência e ao êxito1. Desenvolver uma gestão estratégia significa
tomar medidas para garantir que a organização esteja preparada para enfrentar as mudanças que
ocorrem no seu ambiente, tirando partido das oportunidades que se lhe deparem, e para
sobreviver aos grandes choques que o seu sistema venha a sofrer.
A gestão estratégica de recursos humanos parte do pressuposto que as pessoas são o elemento
mais dinâmico de qualquer organização, são a razão de ser da sua existência, e tenta responder ao
principal desafio do nosso tempo que é melhorar o funcionamento das organizações e, para que
estas sejam melhoradas, a estratégia de gestão de recursos humanos tem de ser utilizada com
mais eficácia possível. Actualmente a estratégia de gestão de recursos humanos é abordado por
grande parte dos autores, numa perspectiva sistémica.
A estratégia é, nos nossos dias, absolutamente crucial para o sucesso das organizações sejam
públicas sejam privadas, lucrativas ou não-lucrativas. O seu conceito remonta às guerras antigas
e às decisões militares que lhe estão associadas, alastrando-se rapidamente às organizações.
A estratégia tem como objectivo fazer face a acontecimentos inesperados como inovações
tecnológicas ou novas regulamentações segundo Mintzberg (1955) ap. Estevão (1999), esta
7
deve “reflectir sobre o que está na base da vantagem competitiva de uma empresa” enquanto
“o planeamento, que deveria chamar-se programação estratégica, concentra-se na acção que
consiste em fazer funcionar a estratégia”.
Deste modo, estratégia é o cerne de qualquer plano, a chave para responder a todas as
perguntas que digam respeito aos rumos de uma empresa ou negócio segundo, Mary J. Parson
e Mathew J. Culligan, (1994), ap. Estêvão (1999).
Segundo Richard P. Rumelt, Dan E. Schendel e David J. Teece (1994) a gestão estratégica,
frequentemente designada por “política” ou, como ocorre actualmente, simplesmente por
estratégia, tem a ver com a direcção das organizações, e, ainda mais frequentemente, com a
direcção das empresas.
Inclui os assuntos que constituem as preocupações fundamentais para a gestão de topo ou
8
para alguém buscando explicações para o sucesso e insucesso nas organizações. As empresas,
se não mesmo todas as organizações, encontram-se em concorrência – concorrência por
factores de inputs, concorrência por clientes e, por fim, concorrência por receitas que cubram
os custos dos meios utilizados para sobreviverem.
Segundo Dos Santos (1996) a estratégia é o meio utilizado para atingir objectivos, é um plano
que está verificado para dar cobertura a todas as principais actividades da empresa e são as
decisões tomadas que determinam se uma empresa vai sobreviver ou acabar.
O conceito de estratégia aplicado aos negócios, de modo geral, aparece no final da década de
50. Até então o planeamento, dito de longo prazo, era a projecção do passado no futuro, em
que o lapso de tempo a ser considerado dependia do sector analisado.
Robert (1998) afirma que a palavra estratégia passou a significar coisas diferentes para
pessoas diferentes e que quanto mais livros lia, mais confuso ficava. Decidiu, então,
entrevistar diversos presidentes sobre o futuro de suas empresas, deparando com um
fenómeno interessante. Todos começavam a falar sobre uma certa “visão” em suas mentes (a
imagem da organização no futuro) definida pelo autor como o início do processo de
“raciocínio estratégico” que, para Hamel e Prahalad (1989), constitui a “intenção estratégica”.
9
estratégia aparece muito pouco na literatura gerencial. É com Ansoff (1965) e os professores
de Havard Business School que a noção de análise estratégica ganha um impulso decisivo,
contribuindo assim, desta forma para destacarem, entre outros aspectos, a noção de
competência distintiva e posicionarem o factor-chave do sucesso das organizações na
consideração do meio, entendido como uma conjugação de oportunidades e de ameaças.
A partir da década dos anos 70, a reflexão estratégica orienta-se para a análise sobretudo do
contexto concorrencial e da tipologia dos sistemas concorrenciais, falando-se agora menos de
mercado e mais de organização compreendida como um actor capaz de desenvolver uma
estratégia. Nos anos 80, aparece uma segunda geração de modelos de análise estratégica,
sobressaindo aqui o de Porter (1993), que cruza o alvo das organizações com as vantagens
estratégicas.
Não obstante a importância que estas meta-análises alcançaram, elas acabaram também por
ser alvo de dúvidas e de críticas por poderem revelar-se demasiado estáticas face a um mundo
dinâmico e imprevisível, onde, por vezes, o êxito pode emergir de decisões de gestores
intermédios ou não obedecer até qualquer estratégia escrita ou intencionalmente planeada. Daí
que outro grupo de investigadores tivesse preferido, nessa altura, “abordar a estratégia de um
modo menos formalizado, destacando-se aí o trabalho de Peters & Waterman (1987), ap.
Estêvão (1999), que numa abordagem psicossociológica, sublinha a função da cultura no êxito
das organizações. Não obstante esta nova proposta, estes autores não ficaram também imunes
a críticas, uma vez que as suas receitas para a obtenção da excelência das organizações
pareciam obedecer a um processo de nivelamento cujos efeitos reverteriam a favor da
consolidação da posição no mercado das organizações líderes, ao mesmo tempo que
reduziriam as iniciativas estratégicas”.
Quando se pretende elaborar uma estratégia deve reflectir sobre um conjunto de questões
fundamentais, a saber:
10
Quais as finalidades estratégicas da nossa organização?
Não poderíamos, ao falar de estratégia, omitir uma referência, ainda que sintética, a um dos
últimos trabalhos de Porter (1996), relaciona a estratégia com a produção de vantagens
competitivas (resultantes do conjunto de todas actividades e não apenas de algumas). A
estratégia, ou o posicionamento estratégico, implica, segundo ele, exercer actividades
diferentes das organizações rivais ou exercer actividades semelhantes de modo diferente.
11
Neste sentido, o gestor estratégico ultrapassa o papel do mero planeador profissional,
tornando-se o conselheiro e facilitador das decisões em todos os níveis da organização.
Reconhece-se então que o estratégico - chave é o gestor executivo dos programas em que a
estratégia se desdobra.
É contínua e iterativa, isto é, consiste de uma série de etapas que são repetidas de
modo cíclico, exigindo um reajustamento contínuo;
Formulação de estratégia
12
Visão porquê? Porque a visão é um instrumento que mostra onde a empresa está, aonde quer
chegar e quais os meios necessários para atingir os objectivos. Ela reflecte os ideais da
organização, sob a perspectiva dos seus principais responsáveis, servindo-lhes de inspirador
às suas decisões e de motivador a todos elementos da equipa. Ela serve para motivar os
funcionários, dar um rumo aos negócios e avaliar o progresso da empresa, comparando
resultados. Ela pode estabelecer ordem no caos e ainda fornecer um critério para medição do
êxito. Deve ser realmente eficaz, precisa e bastante coerente para criar uma imagem
identificável do futuro, ser bastante convincente para gerar comprometimento com o
desempenho, enfatizar o que pode ser e esclarecer o que deve ser.
Segundo James Collins e Jerry Porras (1996), os grandes navegadores sempre sabem onde
fica o norte. Sabem aonde querem ir e o que fazer para chegar a seu destino. Com as grandes
empresas acontece a mesma coisa: elas têm visão. É isso que lhes permite administrar a
continuidade e a mudança simultaneamente.
Uma empresa com visão tem rumo, planeja seu futuro de forma eficiente e eficaz, cria
condições de trabalhar em conjunto que inspira, motiva, fornece orientação e promove o
êxito.
Na gestão estratégica, a visão refere-se aos objectivos de mais longo prazo e mais gerais. A
visão descreve as aspirações para o futuro sem especificar os meios para as alcançar. As
visões com mais efeito são aquelas que criam inspiração e esta inspiração é normalmente
querer mais, maior e melhor. Isso pode ser por exemplo prestar o melhor serviço ou
desenvolver o produto mais resistente, e deve ser sempre inspirativo.
Então se as visões são para inspirar, elas têm que ser comunicadas e possivelmente para
muitas pessoas. A comunicação da visão pode ser feita de duas maneiras: uma mais óbvia,
através da missão e outra menos óbvia usando a liderança. Apesar de poder parecer menos
óbvia a segunda maneira é talvez a melhor, baseia-se na capacidade de persuasão da
liderança, através do comportamento dos líderes na exposição da visão.
13
Missão porquê? Porque, missão é o propósito da organização. Uma empresa não se define pelo
seu nome, estatuto ou produto que faz; ela define-se pela sua missão. Somente uma definição
clara da missão é razão de existir da organização e torna possíveis, claros e realistas os
objectivos da empresa.
A visão torna-se tangível com a definição da missão. Esta reflecte aquilo em que um líder
pensa relativamente à organização e Às direcções que ela deve seguir. Apesar de a missão ser
específica de cada organização, a definição da missão deve conter as respostas às seguintes
questões:
Uma definição de missão que responda a estas questões tem as 3 seguintes vantagens:
Uma definição de missão sugere padrões para o comportamento ético dos indivíduos.
14
Implementação de estratégia
Como é evidente, a formulação duma estratégia não implica que esta seja realizada. A
implementação da estratégia é o processo de transformar as estratégias pretendidas em
estratégias realizadas, e composta por: integração, estrutura organizacional, controlo e
liderança.
Para a completa realização duma estratégia, são necessárias diversas formas de integração.
Uma delas é a integração dos elementos existentes dentro da organização, necessários à
implementação da estratégia pretendida. Outra forma de integração é ligar as funções aos
negócios, os negócios às empresas e as operações internacionais às multinacionais. Mas o
mais crítico é integrar os objectivos a curto prazo com os objectivos a longo prazo descritos
na missão e visão da organização.
Para à implementação duma estratégia são necessários alguns requisitos como delegação de
responsabilidades, canais de comunicação, etc. É com base nestes requisitos que os gestores
estabelecem a estrutura organizativa necessária à implementação.
Durante este processo é preciso controlar, por duas razões: manter os esforços focados no
mesmo objectivo e para proceder a ajustes sempre que necessário, devido ao aparecimento de
imprevistos. Os meios usados pelos gestores podem ser prémios (compensações), regras ou
até mesmo a cultura da organização que influencie o comportamento dos seus colaboradores.
Sujeito, se considerarmos que quem dirige faz igualmente parte dos recursos.
A gestão estratégica de recursos humanos parte do pressuposto que as pessoas são o elemento
mais dinâmico de qualquer organização2; são a razão de ser da sua existência e tenta
responder ao principal desafio do nosso tempo que é melhorar o funcionamento das
organizações e, para que estas sejam melhoradas, a estratégia de gestão de recursos humanos
tem de ser utilizada com mais eficácia possível. Actualmente a estratégia de gestão de
recursos humanos é abordado por grande parte dos autores, numa perspectiva sistémica.
Esta visão ganha força apenas nos anos 80, devido às pressões económicas a que os
americanos se encontravam sujeitos por parte do Japão. Assim. Começa-se a prestar mais
atenção aos baixos níveis de empenho verificados nas organizações anglo-saxónicas e a
encarar a necessidade de reestruturar e reorganizar as empresas com vista a fazer face ao
aumento de competitividade colocado pelos japoneses.
16
A gestão financeira consiste no processo de obtenção de recursos financeiros que possibilitem
à empresa atingir e manter o seu nível de actividade desejada.
A empresa para iniciar a sua actividade necessita de adquirir equipamentos e constituir stocks
que lhe possibilitam lançar-se na sua actividade produtiva. Para que isto acontece a empresa
precisa de capital: Próprio ou alheio.
Gerir uma empresa é governá-la numa perspectiva da sistemática inventariação dos seus
problemas accionando todos os recursos humanos, materiais e financeiros, para a resolução e
satisfação dos seus anseios, necessidades e projectos, com vista ao alcance do sucesso
empresarial.
Assim como não se pode gerir o que não se mede, também não se pode medir o que não se
17
pode descrever, com base nesta máxima surgiu o Mapa Estratégico, Inovadora ferramenta
para as empresas converterem activos intangíveis em activos tangíveis na busca de resultados
notáveis. Resultados Notáveis = Mapas Estratégicos + Estratégia em Acção + Organização
Orientada para a Estratégia.
18
Conclusão
Das análises feitas dos questionários aplicados aos trabalhadores, aos utentes e os directores
sobre os modelos de gestão utilizados pela Empresa Electra, para gerir os recursos (humanos,
financeiros e matérias) depreendemos que a forma como a empresa é gerida, contraria a
filosofia dos modelos da gestão estratégica e da gestão pela excelência, que exigem que a
gestão dos recursos deve ser feita de uma forma integrada, com o propósito de maximizar os
resultados e minimizar os prejuízos e que a máxima qualidade do serviço prestado é aspiração
do cliente e deve ser uma construção permanente, pelo que a actuação de todos os elementos
da organização deve pautar-se, cada dia, pelo esforço de procura ou garantia de níveis cada vez
mais elevados de eficiência e eficácia.
Pode-se constatar que não há uma forma regular e significativa de envolvimento dos
trabalhadores no processo decisório e na fixação dos objectivos, na resolução dos problemas.
Como sabe, a gestão participativa requer cooperação, partilha de informações e confiança para
delegação de poderes, dando autonomia para atingir metas fixados.
Constata-se que, da forma como a empresa é gerida não estimula os trabalhadores, os utentes e
nem a própria sociedade a exercerem activamente o seu papel de guardiões de seus direitos e
dos bens comuns, isto é, não estimula a participação da cidadania.
De acordo com análises feitas, percebe-se que a forma como a empresa é gerir põe em causa o
princípio da gestão pela qualidade, que defende que a organização tem o dever de garantir que
os produtos e serviços satisfaçam as expectativas dos clientes e utilizadores. Também pode-se
perceber que o grau de empatia, fiabilidade, capacidade de resposta, confiança e segurança dos
utentes para com os serviços prestados pela empresa é extremamente baixo.
19
A gestão estratégica é uma proposta que está na moda, apresenta potencialidades técnicas que
podem ser recomendadas no sentido de melhorar a performance das nossas empresas públicas
cabo-verdianas, mas sem se tomar uma panaceia para todos os males de que elas padecem.
Como tecnologia, ela é aliciante, mas pode fazer esquecer o carácter eminentemente político e
simbólico da construção de um projecto estratégico ou da tomada de decisão estratégica (as
estratégias nunca são meramente funcionais e é por isso que elas ameaçam a cultura e as
posições de poder vigentes na organização).
Sem esta integração qualquer esforço desenvolvido nesta área se limita a uma programação
estratégica de alto custo, com benefícios duvidosos para a melhoria do desempenho
institucional.
Por último ainda encerra alguma observação: a avaliação de um modelo de gestão estratégica
não pode omitir também outras questões, como as éticas, que foram apenas afloradas aqui; isto
é, na avaliação da gestão estratégica devem entrar critérios que tenham a ver com definições de
cidadania, de equidade, de interesse geral.
20
Bibliografia
Alves, José Matias (1996) - Modos de Organização, Direcção e Gestão das Escolas
Profissionais. Porto Editora.
Ansoff, I. (1965), Estratégia Empresarial, McGraw-hill, S. Paulo, 1977, (Trad. ed. 1965).
21