Relatório Força Centrípeta

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FORÇA CENTRÍPETA

Grupo 05 — Lucas Gabriel Bage (20240102), Diliam Andrei Moraes


(20243856), Leonardo Anastácio (20243857)
Curso de Bacharelado em Física, Universidade Federal do Paraná, Curitiba,
Brasil.

1. Introdução
Dizemos que um corpo encontra-se em movimento circular uniforme (MCU)
quando percorre uma curva com velocidade constante. Para que o corpo
mantenha-se em movimento circular uniforme é necessário agir sobre ele uma
força, voltada para o centro da circunferência. A esta força damos o nome de
força centrípeta. A força centrípeta causa uma aceleração de módulo constante,
também voltada para o centro do movimento. A esta aceleração denominamos
aceleração centrípeta. Conforme nos mostra [1], Podemos encontrar uma
equação para o cálculo do módulo da aceleração centrípeta por meio de
decomposição dos vetores velocidade e aceleração, utilizando relações
trigonométricas e aplicando-se a derivada sobre a velocidade obtemos:

a= (1)
R

Sendo v a velocidade escalar da partícula (tangencial à trajetória e perpendicular


a reta que traça o raio R e ao vetor da aceleração centrípeta) e R o raio descrito.
Da segunda lei de Newton podemos deduzir uma fórmula para a força centrípeta.

mv ²
Fcp= (2)
R

Como a massa é constante, a força centrípeta tem módulo constante. No nosso


experimento, buscamos calcular a força centrípeta que incide sobre um corpo em
movimento circular. Utilizaremos, como será mostrado a seguir, uma mola para
medir e comparar as forças. Sabemos que sobre uma mola fora do seu estado
de repouso atua uma força elástica:

Fel=−kx ( 3)

Sendo k a constante elástica da mola e x o deslocamento da mola. A velocidade


escalar do corpo em MCU por ser entendida como a razão entre a distância de
uma volta (2 π R ¿e o período T (tempo para uma volta completa). Assim,
2π R
v= (4)
T

Adicionalmente, procederemos a uma análise da velocidade angular ω do objeto,


que é a razão entre a velocidade escalar e o raio:

v
ω= ( 5)
R

Utilizamos para nosso experimento uma plataforma rotacional, uma base para a
plataforma rotacional, acessórios de força centrípeta, cronômetro com sensor
óptico, nível e balança eletrônica.

Seguiu-se o método conforme indicado em [2]. Um corpo de massa m é


colocado em movimento circular uniforme. A força que mantém este corpo em
movimento é determinada diretamente e comparada com a previsão da
dinâmica.
2. Procedimento experimental
Em nosso sistema, contamos com o auxílio de uma plataforma rotacional, uma base
para sustentá-la, um cronômetro com sensor óptico para obter uma medição mais
precisa do teste, um medidor de nível para verificar possíveis diferenças de altura que
pudessem alterar os resultados finais, uma balança para medir todos os acessórios
utilizados e os pesos necessários para o procedimento experimental.

Abaixo, apresentamos a plataforma rotacional e seus pequenos acessórios, que mais


adiante serviram de referência para o procedimento.
Após medirmos o valor de M para nosso estudo, separamos e montamos a base da
plataforma, tomando cuidado ao fixá-la ao tripé com a ajuda de um medidor de nível
para verificar qualquer desnível. Ajustamos a polia e os pilares, posicionando o pilar
lateral paralelo ao peso M e o pilar central sobre o zero da escala da plataforma
rotacional. A mola do pilar central depende da massa m, o que modifica a posição da
mola e, consequentemente, a marca que usamos como referência, conhecida como
"base indicadora", um pedaço de plástico que nos ajuda a marcar a elasticidade da
mola.

Com cuidado, medimos o valor de R do procedimento e escolhemos com atenção o


peso a ser utilizado para m para não sobrecarregar a mola. Após as medições, o peso
m foi colocado no sistema e, com isso, ambos os pilares tiveram que ser reajustados:
o pilar lateral foi movido até ficar paralelo ao M e o pilar central foi ajustado para
marcar, com a ajuda da "base indicadora", a distância que a mola se deslocou com o
peso m em seu apoio, para futuras referências. Com esse novo peso m e os reajustes
feitos, anotamos o novo valor de R.

Em seguida, retiramos m e iniciamos nosso teste girando manualmente a plataforma


rotacional. Com a ajuda da "base indicadora", observamos cuidadosamente a mola
alcançar a marcação e medimos com auxílio do sensor óptico, configurado no modo
"pend" e escala "1 ms". Ao mantermos a mola e sua "base indicadora" na mesma
posição com a plataforma girando, criamos uma situação onde as forças que agem
sobre M são todas perpendiculares entre si.

Quando a mola, com a plataforma em movimento, estava alinhada com a base


indicadora, pressionamos "reset" no sensor óptico e registramos os dados. Repetimos
esse processo mais três vezes para obter diferentes resultados. Em seguida, variamos
M mantendo R constante e repetimos todo o processo mais três vezes, anotando
todos os resultados para cálculos posteriores.

Finalmente, com o objetivo de alterar R e verificar um resultado mais discrepante,


trocamos a massa m e refizemos os primeiros passos do procedimento para um único
valor de massa M.

3. Resultados
Após a realização dos procedimentos supracitados e considerando os dados a partir
deles adquiridos , obtivemos os valores dispostos na seguinte tabela.

Com os valores da tabela e suas relações físicas podemos ,levando em conta algumas
considerações que serão discutidas mais à frente, inferir hipóteses que vão de acordo
com descrições feitas pela mecânica newtoniana.Como a comparação feita na tabela
a seguir (onde m1 é a massa da primeira medida, m2 da segunda ,m3 da terceira e
m4 da quarta ):

Indicando que um aumento da massa implica em um aumento da velocidade angular


o que é condizente com a análise a seguir

Onde da equação (4) podemos mostrar que o período só depende da massa já que os
outros valores são constantes. Pode-se também depreender que as forças centrípetas
obtidas, levando em consideração erros experimentais, são equivalentes à força
exercida pela mola no experimento.Devido às citações anteriores será explicitado a
seguir as considerações tomadas para a análise dos resultados do experimento.
A diferença percentual encontrada da força da mola e da força centrípeta pode ser
justificada pela falta de precisão na aferição das massas e dos períodos causados por
erro humano e instrumental.

4. Conclusões
Com os fatos discutidos até agora, conclui-se que para um corpo com dada
velocidade permanecer em uma trajetória circular deve agir sobre ele uma força que
tem direção e sentido ao do centro do círculo cujo corpo percorre.Força esta que é
denominada força centrípeta causada,em nosso experimento, pela mola.Utilizando
mecânica newtoniana
Podemos calcular a força centrípeta e compará-la com a força exercida pela mola
chegando a resultados que ,com as considerações explicitadas na seção anterior,
foram consonantes com as teorias até aqui estudadas.
5. Bibliografia
[1] Fundamentos de Física. D. Halliday and Resnick, Vol 1 (1994). Cap. 6 Seção 6-4;
Cap. 11, seção 1-6.
[2] Apostila da Disciplina CF358 — Física Básica Experimental I, (2024).

6. Contribuição por autor/autora


Todos do grupo colaboraram em todas as etapas do projeto, desde o procedimento
experimental até os cálculos posteriores e a organização dos dados. Além disso,
participaram ativamente das discussões dos resultados e das conclusões.

Diliam foi responsável pela medição dos pesos utilizados e pela operação do sensor
óptico nos momentos exatos. Leonardo cuidou da verificação do nível da plataforma e
do movimento da mesma para garantir que o procedimento experimental pudesse
ocorrer sem problemas. Lucas foi encarregado de anotar e armazenar os dados
obtidos, incluindo as massas e os resultados dos cálculos.

Cada membro buscou ajuda de outro para garantir a precisão das suas tarefas,
especialmente na determinação do momento ideal para medir com o sensor, usando
como referência a "base indicadora" da mola. Todos contribuíram para os cálculos,
revisando e refazendo operações em caso de dúvidas, esclarecendo fórmulas e
deduzindo juntos para obter o melhor entendimento matemático.

Para a realização deste relatório, as responsabilidades foram divididas da seguinte


maneira: Diliam ficou encarregado da Introdução e Bibliografia, Lucas do
Procedimento Experimental e Contribuição de Autores, e Leonardo dos Resultados e
Conclusão.

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