Relatório Movimento Circular
Relatório Movimento Circular
Relatório Movimento Circular
.
2. INTRODUO
Mecnica a parte da Fsica que estuda os movimentos dos
corpos e seu repouso. A Cinemtica a rea da Mecnica que procura
entender os movimentos dos corpos sem se preocupar com as suas causas e o
Movimento Circular e Uniforme (MCU) um tpico bastante trabalhado nesse
tipo de estudo. A anlise do movimento de um mvel em MCU realizada
observando-se principalmente, o comportamento de cinco grandezas fsicas: a
fora centrpeta, a velocidade de rotao, o tempo necessrio para que ocorra
cada rotao, a massa do corpo em estudo e o raio da trajetria.
Especificamente no Movimento Circular e Uniforme, temos uma
velocidade constante em mdulo, mas varivel em direo e sentido em cada
ponto da trajetria. Para tanto existe acelerao tangencial, mas h uma
acelerao centrpeta, que tem por funo variar a direo da velocidade
tangencial, mantendo o mvel sobre a circunferncia, produzindo o movimento
circular. Em todo o movimento, o vetor acelerao centrpeta (
)
perpendicular ao vetor velocidade tangencial (), e dirigido para o centro da
circunferncia.
O mdulo da acelerao centrpeta constante e dado por:
,
onde a velocidade escalar e o raio da circunferncia. Nesse tipo de
movimento, a velocidade escalar a mesma em todos os instantes,
coincidindo, assim, com a velocidade escalar mdia, qualquer que seja o
intervalo de tempo considerado. Portanto, o mvel percorre distncias iguais
em intervalos de tempos iguais.
Nesse trabalho foi analisado o Movimento Circular e Uniforme
com o objetivo de verificar experimentalmente tais proposies, por meio da
realizao de vrios testes com um corpo sujeito a foras centrpetas de
diferentes intensidades. Os resultados foram comparados a fim de verificar a
relao entre as grandezas fsicas encontradas no movimento.
3. OBJETIVOS
Este experimento tem por objetivo analisar o movimento de um corpo de
massa M em trajetria circular e caracterizar o tipo de movimento circular.
4. FUNDAMENTAO TERICA
Quando uma partcula se move ao longo de uma circunferncia com
velocidade escalar constante, diz-se que est em movimento circular uniforme
(MCU). Nessa situao a velocidade escalar, que o mdulo do vetor
velocidade, permanece constante, pois no h componente da acelerao
paralelo (tangente) trajetria. A acelerao atua totalmente perpendicular
(normal) trajetria e tem sentido apontado para o centro da circunferncia,
causando mudanas apenas na direo do vetor velocidade.
Essa acelerao radial chamada acelerao centrpeta pode ser
relacionada de forma simples com o raio da trajetria e com a velocidade
escalar da partcula, sendo seu mdulo igual
. A segunda Lei de
Newton expressa por , assim, como no movimento circular uniforme
existe uma acelerao, obrigatoriamente dever existir alguma fora resultante
que atua no sistema responsvel por essa acelerao. Tal fora chamada
fora centrpeta tem mesma direo e sentido da acelerao centrpeta e
calculada atravs da expresso:
.
A posio instantnea P de uma partcula em MCU fica definida pelo
ngulo entre o vetor deslocamento, , e o eixo (Figura 01). O arco
correspondente do ngulo (medido em radianos), e dado pela relao:
A velocidade angular () definida como a variao do ngulo
percorrido em certo intervalo de tempo:
A velocidade linear () a razo entre a variao do espao percorrido
pela variao do tempo (t):
Como depende de e de , a equao anterior da velocidade linear,
pode ser relacionada com a velocidade angular:
Sendo que no movimento circular uniforme a velocidade linear
constante, podemos constatar que a velocidade angular tambm
constante.
Todo movimento peridico que se repete em intervalos de tempos
iguais, como o MCU, tem caractersticas para as quais se definem grandezas
fsicas prprias, como o perodo e a frequncia. O perodo T do movimento o
tempo necessrio para dar uma volta completa, realizar um ciclo, e definido
por:
Onde o comprimento de uma volta. A unidade de T o segundo
(s).
A frequncia f o nmero de ciclos realizados por unidade de tempo, ou
o inverso do perodo, definida por:
A unidade de frequncia o Hz (hertz). Utiliza-se tambm como unidade
prtica de medida do RPM (rotao por minuto). Convm ressaltar a relao:
1RPM 60Hz.
5.DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL
5.1 MATERIAIS UTILIZADOS
- Conjunto experimental Azeheb, contendo uma plataforma rotatria com
roldana, massa de aproximadamente 0,15Kg (corpo em estudo), contra peso,
dinammetro de 2N;
- Fonte de alimentao;
- Fios condutores com conectores;
- Fio inextensvel;
- Nvel;
- Rgua ou trena.
- Cronmetro
5.2 MONTAGEM EXPERIMENTAL
Figura 1 Acima, alguns instrumentos utilizados: base metlica (1), eixo (2), suporte
central (3), suporte lateral (4), massas de contra peso (5), dinammetro (6), sistemas
para zerar o dinammetro (7), massa em estudo (8), fonte (9), roldana (10),
cronmetro (11), trena (12) e fio inextensvel (13).
5.3 DESCRIO DO EXPERIMENTO
Na realizao deste trabalho, foi utilizado um conjunto experimental da
marca Azeheb, primeiramente foi ajustado o raio da trajetria e o valor foi
anotado, a massa do corpo de estudo foi devidamente encontrada e a polia foi
alinhada. Em uma das extremidades da plataforma, na barra horizontal, foi
fixada uma massa de 100g para estabelecer o equilbrio, ou contra peso.
Ento o dinammetro foi fixado no suporte central de maneira que o
gancho ficasse situado em uma de suas extremidades, o mais prximo possvel
da roldana sem toc-la. Um fio foi conectado ao gancho do dinammetro at o
gancho lateral do corpo de prova (M) situado suspenso no suporte lateral. O
comprimento do foi devia ser suficiente para que o corpo M ficasse na vertical.
O dinammetro foi zerado segurando o corpo de prova de maneira que o
fio permanecesse na vertical, e a altura interna do dinammetro foi ajustada
at o zero soltando o parafuso que se encontra na extremidade oposta ao
gancho no dinammetro.
Aps o conjunto ter sido preparado, a fora centrpeta foi ajustada no
dinammetro, primeiramente, para 0,20N, ento a fonte de tenso foi ligada e
sua intensidade foi aumentada gradativamente para que a fora no
dinammetro permanecesse igual 0,20N. Mantendo a massa na vertical, o
conjunto permaneceu girando para que se pudesse marcar o tempo mdio
necessrio para o conjunto completar 10 voltas. Esse processo foi repetido
mais duas vezes e ento as medidas foram repetidas para as foras de 0,40N,
0,60N e 0.80N.
5.4 DADOS OBTIDOS EXPERIMENTALMENTE
Os tempos para cada intensidade de fora centrpeta, coletados com a
prtica foram anotados na tabela 01, a seguir:
F (N) 0,02 t
1
(s) 0,01 t
2
(s) 0,01 t
3
(s) 0,01
0,20 17,78 17,81 17,84
0,40 12,75 12,50 13,22
0,60 10,90 10,60 10,83
0,80 8,00 7,87 7,88
M= 0,15065 kg R= 0,15m
Tabela 01 - Dados experimentais da fora centrpeta (F) em Newton, e tempos (t) em
segundos, com seus respectivos desvios.
5.5 INTERPRETAO DOS RESULTADOS
Com os dados da tabela 01, fora calculados os valores do tempo mdio
(t
m
), do perodo mdio (T
m
) e das velocidades (V) para as respectivas foras,
por meio das seguintes equaes:
Onde F representa a fora centrpeta (N), M a massa do corpo em
estudo (Kg), V a velocidade (m/s), R o raio da trajetria (m) e T o perodo (s).
Os resultados foram anotados na tabela 02.
F (N) 0,02 t
m
(s) T
m
(s) V (m/s)
0,20 17,81 0,03 2,13 0,44
0,40 12,63 0,12 1,49 0,63
0,60 10,77 0,15 1,22 0,77
0,80 7,91 0,07 1,05 0,89
Tabela 02 - Dados de tempo mdio (t
m
) em segundos, perodo mdio (T
m
) em segundos e
velocidade (V) em metros por segundo.
De acordo com os dados da tabela 02 foi confeccionado o grfico de Fora
versus velocidade em papel milimetrado como apresentado a seguir:
Grfico 01 Fora (N) x Velocidade (m/s), confeccionado com os dados da tabela 02.
Obsevando o grfico 01, pde-se perceber que este era representado p
uma curva, dessa maneira foi necessrio um ajuste via papel dilog,
representado no grfico a seguir:
Grfico 02 - Fora (N) x Velocidade (m/s), linearizado via papel dilog.
Dessa maneira, sabe-se que a equao referente a curva do grfico 02
representada por
Efetuando uma anlise da equao
, e sabendo-se que a
relao entra fora centrpeta e velocidade dada por
, foi possvel
concluir que a constante terica, encontrada pela equao
, onde
a massa do corpo em estudo, e o raio da trajetria, portanto, tem-se:
Por meio do grfico, pode-se obter a constante experimental,
escolhendo um dos pontos do grfico FxV:
Para anlise do erro percentual gerado no experimento, efetuou-se o
seguinte clculo:
|
| |
| |
|
||
6. CONCLUSES
Pode-se concluir analisando os grficos que o movimento circular
uniforme, que apresenta e que a relao entre fora centrpeta e velocidade
escalar representada pela equao