Emergências
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Passo 1
Avaliação de gravidade:
- Identificar fatores de risco para complicação ou gravidade: DM, idoso, imunossupressão, CA
- Diagnóstico: SIRS (2+ de: T> 38°, FC > 90, FR > 20, Leuco > 10K ou < 4K ou 10% bastão) + possível foco infeccioso
+ Disfunção orgânica (qSOFA 2+: FR > 22, PAS < 100, Glasgow < 15)
Passo 2
Solicitar exames:
Os exames não devem atrasar o início do tratamento!
- Hemograma completo, Lactato, gasometria, função renal (creat e ureia), função hepática (bilirrubinas),
eletrólitos (Na e K), EAS, 2 hemoculturas, urocultura e cultura de provável foco infeccioso se possível;
- Quantificar diurese: diurese ideal > peso do paciente em ml/h (>1 ml/kg/h) - paciente de 70kg deve
urinar > 70 ml/h. Considerar sonda vesical. Diurese aceitável > 0,5 ml/kg/h.
Passo 3
Pacote de 1ª hora:
- Sala de emergência + MOV - monitorização, oxigênio se SatO2 < 94%, acesso venoso e cabeceira
elevada
- Ressuscitação volêmica: SF 0,9% (ou ringer lactato de preferência) 30 ml/kg em 30-60min (faz uns 2L)
- Antibioticoterapia:
Opção: Ceftriaxona 2g EV agora e depois de 12/12h (em 250ml de SF em 30min) + Azitromicina
500mg EV agora e depois de 1x/dia (em 205 SF 0,9% em 30min) - por 7-14 dias.
Opção: Ciprofloxacino 400mg EV 12/12h (em 60min) + Metronidazol 500mg EV 8/8h (em 40min)
- Bolsa de sangue - principalmente para pacientes com choque hipovolêmica e FC > 120, PAS < 80, TEC > 3, sudorese,
agitação ou letargia, perda > 1500 ml.
- Avaliar necessidade de IOT - se necessário, preferir Cetamina ou Etomidato com fentanil. A opção Midazolan +
fentanil causa muita hipotensão e, nestes pacientes, pode culminar em parada.
Passo 3
Tratar a causa base:
- Se TEP deve trombolisar, se hemorragia deve ir para o centro cirúrgico, etc...
Parada
cardiorespiratória
Pré Hospitalar
1 - Garantir segurança do local
- Retirar pessoa de local perigoso, não se expor também.
2 - Examinar paciente
- Chamar vigorosamente. Se não responder, checar pulso carotídeo.
3 - Chamar ajuda
- Conseguir ajuda para a RCP, ligar para emergência e alguém para conseguir um DEA
4 - Iniciar RCP
- RCP no esquema 30:2; ~ 120bpm, mas se não tiver dispositivo para ventilar então só faz a massagem.
Trocar massagista e checar pulso a cada 2 min. Continuar nesse rodízio até chegada do DEA ou resgate.
5 - Chegada do DEA ou resgate
- Colocar dispositivo de reanimação no paciente sem interromper as massagens, verificar ritmo e aplicar
choque se chocável. Iniciar novo ciclo de massagem.
Passo 1
Confirmar parada e pedir ajuda:
- Diagnóstico: chamar vigorosamente a pessoa desacordada. Se não responder chegar pulso carotídeo.
- Chamar ajuda
Passo 2
Massagem e ventilação:
- Preparar local: 1- assegure-se de que o local é seguro; 2- assegure-se de que a superfície de apoio é
sólida (utilize uma prancha se necessário).
- Iniciar massagem cardíaca o mais precocemente possível (cada segundo é importante)! De preferência
pedir para alguém massagear para você ficar coordenando.
Deve ser feito no esquema 30:2 (30 massagens, 2 ventilações) a uma frequência de 100-120 /min
até instituição de via aérea definitiva e depois de forma contínua. O massagista deve ser trocado a cada
2min. Em crianças é preferível 15:2. Verificar se o massagista está fazendo diástole.
Passo 2
Massagem e ventilação:
- Visualizar via aérea e desobstruir ou aspirar se encontrar algo.
- Ventilação: hiperextender a cabeça do paciente, abrir a boca, colocar cânula de guedel se possível,
acoplar bem a máscara segurando-a em C (dedo no queixo e indicador e polegar prendendo a máscara
- hiperextender), fazer ventilação com O2 a 100%, certificar-se que o tórax está expandindo.
- Via aérea definitiva: sempre avaliar a possibilidade de IOT e preferir!
Se ritmo chocável a IOT é recomendada após o 2º choque
Se não chocável a IOT deve ser feita o quão antes possível
- Após a intubação a frequência respiratória deve ser 1 a cada 6s (10 irpm).
- Controle da temperatura < 36º (deixar dipirona de horário), glicemia 140-180, diurese > 0,5 ml/kg/h
- UTI
Gestante
PCR:
- Mesma coisa tudo igual. Se for barriga volumosa empurrar pra esquerda para descomprimir veia cava.
Se nada resolve, após 5min de parada realizar cesárea para retirada do bebe.
- Lidocaína é uma opção melhor que amiodarona pois não faz mal ao bebe.
Reanimação neonatal
Ao nascer:
Se neonato a termo, chorando ou respirando, com tônus muscular → Entregar pra mãe + realizar cuidados
neonatais junto a mãe (secar, prover calor, manter vias aéreas pérvias, avaliar vitalidade)
Senão → Reanimação neonatal inicial com prover calor, secar, posicionar vias aéreas, aspirar vias aéreas se
necessário, avaliar vitalidade (FC)
- Após 30 segundos: se FC < 100, apneia ou respiração irregular → ventilação com pressão positiva (FR
40 irpm “aperta, solta, solta”) + monitorização
- Após +30 segundos: se FC ainda < 100 → rever técnica e ligar O2 com FiO2 > 60%
- Após ++30 segundos (agora 2min do nascimento): se FC < 60 → IOT com FiO2 100% + massagem 3:1 (3
massagens, 1 ventilação)
- Após +++60 segundos (agora 3min do nascimento): se FC < 60 → Adrenalina 0,01 mg/kg EV (as vias de
escolha são 1ª cateterizar o cordão umbilical; 2ª intra óssea) + pensar em fazer uns 30ml de SF0,9 pra
hipovolemia
Anafilaxia
Passo 1
Diagnóstico e avaliação da gravidade
- Sintomas (por sistema):
Pele/mucosas: edema, eritema, angioedema, prurido
Respiratório: espirro, tosse, dispneia, rouquidão
TGI: náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia
Cardiocirculatório: taquicardia, hipotensão, arritmias, dor precordial, choque distributivo com
perda de volume pro 3º espaço pela vasodilatação
Neurológico: cefaléia, sono, confusão mental
- Diagnóstico: 2+ sistemas afetados, se for só 1 é alergia simples.
- Elevar MMII
- Adrenalina 0,5mg IM (coxa) 5/5 min (criança < 50 kg faz 0,01 mg/kg) (ampola 1 mg/1ml)
Passo 3
Outras medidas:
- Hidrocortisona 250-500 mg + SF0,9 100ml em 20min
- Anti histamínico (não é necessário, pois já tem corticoide e adrenalina): Prometazina 50mg IM (causa
sono)
Prescrição de alta:
- Prednisona 20mg 1cp VO 1x/dia por 5 dias
- Loratadina 10mg 1cp VO 1x/dia por 5 dias