PCR em Adulto

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ATENDIMENTO DE PCR EM ADULTO

Se um paciente não receber atendimento - RCP - em até 10 minutos, a chance de sobreviver é


quase zero.
RESPOSTA CORRETA: C

Sempre deve chamar ajuda e


solicitar um DEA antes de atuar
na paciente.

American Heart Association (AHA):

Parada cardíaca respiratória intra-hospitalar (PCRIH).

Parada cardíaca respiratória extra-hospitalar (PCREH).


Quando se fala em RCP ocorre a inversão do ABC, sendo necessário utilizar CAB. Dando ênfase
nas compressões torácicas e desfibrilação precoce.

O ABC é utilizado em PCR por hipóxia, mas é exceção.

Caso o leigo não tiver conhecimento sobre suporte ventilatório, deve-se preconizar as
compressões cardíacas.

O pulso deve ser avaliado apenas por quem é treinado e não deve demorar mais que 10
segundos para isso (carotídeo, femoral ou central).
1 - Paciente desacordado: a primeira coisa a se fazer é chamar o paciente e tocar
vigorosamente no seu ombro.

2- Se não respondeu, chame ajuda imediatamente e solicite um desfibrilador

3- Se o paciente tiver em decúbito ventral, coloque-o em decúbito dorsal (barriga para cima).
4- Se o socorrista for treinado, cheque o pulso deve demorar de 5 a 10 segundos para isso.

5- Inicie as compressões torácicas, essas devem ser MUITO eficientes.

Uma compressão torácica eficiente consegue fazer 25 a 30% do débito cardíaco original e a
pressão arterial sistólica de no máximo 60 a 80 mmHg. O que é o suficiente para manter uma
circulação mínima dos órgãos nobres do paciente.

6- Se tiver mais de um socorrista, deve alternar as posições a cada 2 minutos e não deve
demorar mais de 10 segundos para realizar essa mudança.
Sempre deve realizar 30 compressões para 2 ventilações.

Deve realizar 100 a 120 compressões por minuto.

*A profundidade das compressões deve ser de 5 a 6 cm e deve permitir o retorno da caixa


torácica para realizar a próxima compressão.

6- Para realizar a abertura das vias aéreas, se não houver trauma deve hiperestender a cervical
do paciente e elevar o queixo (CHIN LIFT):
Em casos de trauma, deve manter a cervical estática e apenas anteriorizar a mandíbula do
paciente (JAW THRUST):

7- Cada ventilação deve durar 1 segundo e é necessário permitir a expansão completa do


tórax.

Quando tiver apenas 1 socorrista = ele deve colocar uma mão em forma de letra C na máscara
e a outra mão em forma de letra E na mandíbula:

Quando tiver 2 socorristas = um socorrista deve apoiar os dois polegares na máscara e os


outros dedos nas mandíbulas (ou faz o duplo C e o duplo E) e o outro socorrista realiza a
ventilação:
DESFIBRILAÇÃO:

1º: DEA (desfibrilador automático externo) – muito fácil utilizá-lo, pois foi feito para leitos
conseguir manuzear.

2º: DESFIBRILADOR – utilizado por médicos.

*Ritmos chocáveis: fibrilação ventricular (FV), traquiventricular sem pulso (TVSP). Sua principal
causa é injúria cardíaca.

*Ritmo não chocável: qualquer “atividade elétrica organizada sem pulso” (AESP).

*Assistolia: não tem atividade elétrica.


Quando for realizar a desfibrilação, deve
realizar uma pressão sobre as pás de 10
a 15kg.

Após o DEA ser instalado, será analisado o ritmo – se for chocável deve realizar o choque. Após
realizar o choque, deve reiniciar a RCP imediata (30:2).

Há preferência para IOT se a PCR for causada por hipóxia. Caso contrário, dispositivo bolsa
válvula máscara ou máscara laríngea é preconizada.

A primeira opção de acesso é o venoso periférico, preferível realizar 2 acessos periféricos. A


segunda opção é acesso intraósseo.
Após a pandemia, foi priorizado a ventilação mecânica no lugar do ambu.

Com a IOT realizada, deve realizar 1 ventilação a cada 6 segundos. E a compressão será
independente, por 2 minutos seguidos cada ciclo.

Capnógrafo: a cada compressão torácica é emitida uma onda no capnógrafo, isso mostra se a
força e a velocidade da compressão está sendo eficaz. De preferência a onda deve ficar
próximo a 20.
Dar preferência ao acesso intravenoso (IV) para administração de medicação. Quando o IV não
estiver acessível (já esgotou todas as tentativas), é aceitável optar pelo acesso intraósseo (IO).
Mas se o paciente já tiver acesso central, deve utilizá-lo.
Observação: após a administração das medicações necessárias na RCP, deve ofertar
bolus/flush de solução salina 20 ml + elevação de membro puncionado. Isso é feito para que as
drogas chegue no seu destino de forma mais rápida.

RÍTMOS CHOCÁVEIS:
Carga do choque: se bifásico (carga máxima), se monofásico (360 J).

Medicamentos na RCP:

- A partir do segundo choque: Adrenalina 1mg (1 ampola a cada 3 a 5 min) seguido de flush de
20 ml de solução salina e elevação do membro.

- A partir do terceiro choque, para FV refratária: Amiodarona OU Lidocaína (na atual


atualização, tanto faz usar uma ou a outra).

Amiodarona: 300 mg (2 ampolas), depois de 5 minutos, 150 mg (1 ampola).

Lidocaína: (1mg/kg), depois de 5 minutos (0,75mg/kg).

Após o primeiro choque, deve iniciar imediatamente a RCP por 2 minutos. Depois disso, a cada
2 minutos é necessário checar o ritmo (monitor), não é necessário checar o pulso. Se caso
olhar no monitor e o ritmo ainda for chocável, deve realizar outro choque.

RITMOS NÃO CHOCÁVEIS:


AESP (ATIVIDADE ELÉTRICA SEM PULSO):

- Como o ritmo não é chocável, não deve realizar choque. Deve realizar uma boa compressão
torácica, boa ventilação e terapia medicamentosa.

- Nesse caso, assim que tiver o acesso, o mais rápido possível, deve administrar a adrenalina:

Adrenalina 1mg (1 ampola a cada 3 a 5 min) seguido de flush e elevação do membro

- O AESP é o único ritmo que deverá checar o pulso a cada ciclo (2 min), já que está ocorrendo
uma atividade elétrica organizada.

Sempre deve lembrar das causas reversíveis (5Hs e 5Ts):

Mesmo nos casos de ritmos chocáveis, se você tomou todas as medidas necessárias e não
ocorreu a ressuscitação, também deve pensar nas causas reversíveis.
ASSISTOLIA:

Antes de afirmar que é uma assistolia, deve afirmar que é uma linha reta. Nesse caso deve
seguir o protocolo de linha reta (CA GA DA):

Quando aumenta o ganho do


aparelho (aumenta o
traçado), permite ver as
linhas com mais nitidez,
mesmo a FV estando bem
pequenininha em 12
minutos, foi possível
identificar que era uma FV e
não uma assistolia.
Em casos de
assistolia, não deve
realizar o choque.

Em casos de
assistolia, não deve
checar pulso.

- Nesse caso, assim que tiver o acesso, o mais rápido possível, deve administrar a adrenalina:

Adrenalina 1mg (1 ampola a cada 3 a 5 min) seguido de flush e elevação do membro

Situações especiais:

- aparelho que realiza as compressões torácicas.


Abuso de opióides contribui para PCR:

PCR por afogamento, geralmente a causa é hipóxia:

Antes de realizar as compressões, deve abrir as vias aéreas e realizar 5 ventilações de resgate.
A importância do uso da epinefrina precocemente é no ritmo não chocável.
ALGORITMO DE PCR PARA ADULTOS:
ALGORITMO DE CUIDADOS PÓS PCR:

Deve evitar uma nova parada e evitar mais danos ao paciente:

- se necessário, realizar a IOT.

- ofertar O2 para manter a saturação entre 92 e 98%. Manter o PCO2 entre 35 a 45.

- controle hemodinâmico rigoroso, manter a PAS maior que 90 mmHg, ou PAM maior que 65
mmHg.

- obter precocemente um ECG de 12 derivações. E se caso vier isquemia com supra de ST no


eletro ou se houver um choque cardiogênico instável ou se suporte circulatório mecânico for
necessário, considere intervenção cardíaca de urgência.

- se o paciente atende a comandos (desperto), deve realizar os manejos necessários.

- se o paciente tiver comatoso, deve lembrar de manter o controle de temperatura entre 32 e


36ºC nas primeiras 24 horas.

- após a PCR com retorno circulatório espontâneo, deve solicitar TC de crânio nas primeiras 24
horas. Só é possível dar um prognóstico neurológico após 72 horas
ALGORITMO DE PCR PARA GESTANTES:

RCP em gestante: se não houve retorno da circulação espontânea após 5 minutos da


lateralização do útero para o lado esquerdo e todos os processos da reanimação, é autorizado
realizar uma cesárea periparto, tanto para melhorar a circulação da mãe, quanto para salvar o
bebê, mas priorizando a mãe.

Possíveis causas de PCR em gestante: complicação da anestesia, hemorragia, causa


cardiovascular, medicamentos, embolia, febre, causas gerais não obstétricas e hipertensão.

Se a gestante tiver usando sulfato de magnésio, por pré eclampsia ou eclampsia, e tiver uma
parada, deve suspender de imediato e aplicar o glucanato de cálcio.

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