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Porto Alegre
Junho 2012
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AUDITORIA E FRAUDES: ANÁLISE SOBRE A PRODUÇÃO CIENTÍFICA DAS
REVISTAS ACADÊMICAS NO PERÍODO DE 2000 A 2010.
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AUDITING AND FRAUD: ANALYSIS OF SCIENTIFIC PRODUCTION OF
ACADEMIC MAGAZINES FOR THE PERIOD FROM 2000 TO 2010.
Abstract: Abstract: With the growth of world economy and markets, the competition
between companies has become fiercer. Thus, to improve their results against
competitors or benefits for themselves, some companies end up using fraudulent
acts in their business, especially in the accounting area. Therefore, the role of the
audit, both internal and external, has gained increasing importance and relevance
with respect to the issue of fraud. This present study aims to analyze how academic
publications addressing the issue of audit and fraud in the period 2000 to 2010. For
that researched the articles published between 2000 and 2010 periods, a total of 16
publications dealing with the issue. Completed the survey, carried out a content
analysis on the articles collected in order to describe what each publication mentions
on topic. After analysis we can conclude that the articles surveyed have significant
contributions on the issue of audit and fraud in organizations.
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1. INTRODUÇÃO
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financeiros, e fazer com que as informações divulgadas sejam distorcidas,
demonstrando uma situação que seja favorável a seu interesse.
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Para Silva, Braga e Laurence (2009), à medida que as informações contábeis
inserem-se nas escolhas dos agentes econômicos, todas essas decisões relativas à
política contábil terão resultados na economia. Desse modo, os usuários
comportam-se como se o resultado contábil fornecesse informações sobre o valor
econômico da empresa. Para Santos, Schmidt e Gomes (apud Menegussi e
Ianesko, 2008) tanto usuários internos como externosnecessitam de informações
contábeis fidedignas, exatas, apresentadas honestamente e isentas de distorções.
Para Gil (1999) a pesquisa descritiva tem como principal objetivo descrever
características de determinada população, ou fenômeno, ou o estabelecimento de
relação entre as variáveis.
Trivinõs (apud Raupp e Beuren, 2006) esclarece que este tipo de estudo
exige que o pesquisador delimite de maneira precisa as técnicas, populações,
amostras e objetivos da pesquisa.
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Gil (2008, p. 44), “menciona a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base
em material já elaborado, constituído principalmente de livros, dissertações, revistas
e artigos científicos”.
Dessa forma, a pesquisa bibliográfica não é mera repetição do que já foi dito
ou escrito sobre certo assunto, mas propicia o exame de um tema sob novo enfoque
ou abordagem, chegando a conclusões inovadoras (LAKATOS; MARCONI 1995).
Em consonância, Trujillo (1974, p. 230) “permitem ao cientista o reforço paralelo na
análise de suas pesquisas ou na manipulação de suas informações”.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 AUDITORIA
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adequação dos registros, dando à administração, os fisco e aos
proprietários e financiadores a convicção de que as demonstrações
contábeis refletem, ou não, a situação do patrimônio em determinada data e
suas variações em certo período.
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Conforme as Normas Brasileiras de Contabilidade – NBC TI 01;
2.4 FRAUDE
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Conforme o Dicionário Aurélio: fraude. (Do lat. Fraude) S. f. 1. V. logro (2). 2.
Abuso de confiança; ação praticada de má-fé. 3. Contrabando, clandestinidade 4.
Falsificação, adulteração.
Como já dito antes, a Lei Sarbanes-Oxley foi assinada nos EUA no dia 30
dejulho de 2002, Pelo presidente George W. Bush. Ela foi originada de projetos de
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lei elaborados pelo senador americano Paul Sarbanes e pelo deputado federal
Michael Oxley, sendo oficialmente intitulada: Sarbanes-Oxley Act 2002, também
conhecida por Sarbox ou Sox e considerada por muitos a maior reforma da
legislação societária dos EUA desdeos anos 1930 (Clark et al., 2003).
Para Oliveira (2006), a Lei Sox tem como base princípios de Governança
Corporativa e foca principalmente a responsabilidade penal da diretoria, sendo,
portanto obrigatória sua adequação por todas as empresas americanas de capital
aberto. No Brasil a adequação à Lei não é obrigatória, mas as empresas que
desejarem entrar ou se manter no mercado americano através do lançamento de
ações, devem se adequar e passam a estar sujeitas às suas implicações.
3. ANÁLISE DE CONTEÚDO
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palavras-chave; auditoria interna, auditoria externa, fraude, corrupção. Foram
examinados os acervos digitais das seguintes revistas científicas: Contabilidade
Vista e Revista - UFMG, Revista Contabilidade e Finanças, Revista ConTexto -
UFRGS, Revista de Administração e Contabilidade da Unisinos - BASE,
Contabilidade, Revista Gestão e Governança – UNB, Pensar contábil – CRC – RJ,
Revista Brasileira de Gestão de Negócios, Revista de Contabilidade e Organizações
- RCO, Revista Eletrônica Lato Sensu – UNICENTRO, Revista Eletrônica - FTEC e
Congresso USP de Contabilidade e Controladoria (www.congressousp.fipecafi.org).
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Desta maneira, para uma melhor análise, os respectivos artigos foram
agrupados de acordo com o enfoque que cada um aborda, sendo divididos pelos
seguintes tópicos: auditoria interna; auditoria externa; fraudes; e Lei Sarbanes-
Oxley.
a) Auditoria Interna
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auditor interno sobre a entidade como um todo e, também, que os avanços
tecnológicos nem sempre são acompanhadas no mesmo ritmo ela entidade.
c) Fraudes
No que tange a questão propriamente das fraudes, sobre como estas ocorrem
e as suas características, foram abordados quatro artigos. O primeiro deles, o artigo
8º – A Auditoria de Fraudes - Prevenção e Detecção de Fraudes Internas – tem
como enfoque os tipos e os componentes da fraude, além dos fatores de risco.
Segundo os autores, consideram a existência de dois tipos de fraudes; nos
demonstrativos financeiros e na apropriação indevida de ativos. Na primeira delas, o
objetivo do ato fraudulento é o de enganar os usuários externos sobre a situação
dos demonstrativos informados, enquanto que no segundo tipo ocasiona perdas de
ativos da entidade, uma vez que ocorre dentro dela. Como componentes para
ocorrência das fraudes, destaca-se três motivos: a insatisfação com o emprego,
pressões financeiras e a oportunidade de cometer e ocultar esses crimes. Quanto
aos fatores de risco, temos os incentivos para funcionários cometerem atos
fraudulentos, além de controles internos falhos.
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Em consonância com o estudo acima, o artigo 10º – A Importância da
Auditoria e Perícia para o Combate a Fraudes e Erros na Contabilidade das
Empresas – os autores também citam motivos que levar a ocorrência de fraudes nas
empresas, como já citados a insatisfação com o emprego, pressões financeiras e
oportunidade, como também irregularidades generalizadas e pelo prazer que alguns
funcionários sentem em burlar leis e normas. Deste modo, o artigo também cita
formas de prevenção, que vão desde a contratação dos empregados, passando pelo
controles internos eficientes, juntamente com a atuação da auditoria interna e
externa de forma integrada, destacando assim o papel destas duas, além da pericia
contábil, no combate aos atos fraudulentos. Por fim menciona, que a não
observância de erros ou fraudes, impacta nas tomada de decisões da empresa, e
logo, no futuro da empresa, como no caso das empresas Enron, Xerox, WorldCom
entre outras.
d) Lei Sarbane-Oxley
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Commission), nas empresas situadas nos Estados Unidos da América e em suas
filiais espalhadas pelo mundo, bem como em empresas estrangeiras comtítulos
negociáveis no mercado financeiro norte-americano. Na SEC, os grandes impactos
foram à criação da PCAOB (Public Company Accounting Oversight Board), uma
comissão supervisionada pela SEC, tem como função fiscalizar as auditorias
independentes para que elas cumpram as exigências da Lei. Ainda tratando das
mudanças na SEC, temos a edição de regulamentos que estabeleçam padrões
mínimos de condutaprofissional para os advogados das empresas, como também a
criação de uma regulamentação específica para reduzir os conflitos deinteresses no
trabalho de analistas de mercado, além do desafio de conciliar o Sarbanes-Oxley Act
com os interesses e as jurisdições internas de países em todo o mundo. Já para as
empresas, legislação impacta nos seguintes pontos: Certificações pelo CEO (Chief
Executive Officer) e CFO (Chief Financial Officer) dos relatórios anuais contendo as
demonstrações financeiras das companhias sob pena de responsabilidade civil e
criminal; proibição de empréstimos para conselheiros e diretores; proibição de
prestação de certos serviços pelas empresas de auditoria externa; penalidades para
diretores e conselheiros por violações do dever de conduta; limitação aos planos de
benefícios para empregados da alta administração entre outras. A autora conclui que
em suma, a Lei Sox visa à transparência nas operações e nos relatórios financeiros,
coibindo e penalizando a prática de atos fraudulentos.
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presidente e o diretor financeiro da companhia devem divulgarum relatório sobre a
efetividade dos controles internos, não existindo essa obrigatoriedade na legislação
brasileira. Por fim, ressalta que as diferenças entre as legislações são significativas,
porém as empresas brasileiras já estão se “mexendo” para se adequar as novas
exigências da nova lei.
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substituído em 2005 por um novo comitê de auditora a fim de atender as
normatizações da Lei Sox, exercendo funções de função analisar questões
relacionadas à integridade dos relatórios financeiros em US-GAAP e à eficácia dos
controles internos, assim como supervisionar os auditores externos e internos e
ações da ouvidoria.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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pelos relatórios financeiros divulgados pela organização. Ressalta-se também, que
apesar de ser uma lei americana, toda a empresa que negocia no mercado
americano, necessita a sua adoção.
5. REFERÊNCIAS
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino, SILVA, Roberto da. Metodologia
Científica. 6ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
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CUNHA, Paulo Roberto da; BEUREN, Ilse Maria; HEIN, Nelson. Procedimentos de
Auditoria Utilizados pelas Empresas de Auditoria Independente Estabelecidas
em Santa Catarina. Revista de Administração e Contabilidade da Unisinos. 2(3): p.
53-62, janeiro/abril 2006.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. São Paulo:
Atlas, 2008.
SILVA, Aline Moura Costa da; BRAGA, Eliane Cortes; LAURENCEL, Luiz da Costa.
A Corrupção em uma Abordagem Econômico-Contábil e o Auxílio da Auditoria
como Ferramenta de Combate. Revista Contabilidade Vista & Revista, v. 20, n. 1,
p. 95-117, jan./mar. 2009.
SILVA, Karina L. da; OLIVEIRA, Marcelle C.; MENDES, Marcia M.; ARAÚJO, Osório
C. A Implementação dos Controles Internos e do Comitê de Auditoria Segundo
a Lei SOX: o Caso Petrobras. Revista Contabilidade Vista & Revista. v. 20, n. 3, p.
39-63, Jul./Set. 2009.
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