Proteção Contra Incêndio NR 23

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PROTEÇÃO CONTRA

INCÊNDIO

NR 23
SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
S.C.I

PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

COMBATE AO INCÊNDIO
PREVENÇÃO
DE
INCÊNDIO:
Conhecimento
da natureza da
combustão
como forma de
aplicar métodos
preventivos;
COMBATE A
INCÊNDIO:
Equipamentos
e técnicas de
extinção de
incêndios.
O FOGO
Foi a maior conquista
do homem pré-
histórico. A partir
dela o homem
aprendeu a utilizar a
força do fogo em seu
proveito, extraindo a
energia dos materiais
da natureza ou
moldando-a em seu
benefício.
Incêndio: um perigo constante
O fogo que tanto
constrói pode
transformar-se
em um terrível
agente de
destruição. Ele
mesmo pode
destruir tudo o
que, por sua
própria ação,
foi possível
construir.
TRAGÉDIAS DOS INCÊNDIOS

Edifício Andraus, São Paulo,


24 de fevereiro1972.
16 mortos e mais de duzentos
feridos, outros 10 prédios
foram atingidos.
TRAGÉDIAS DOS INCÊNDIOS

Edifício Joelma, São Paulo.


1 de fevereiro de 1974.
179 mortos e mais de 300
feridos.
TRAGÉDIAS DOS INCÊNDIOS

Edifício da CESP, São


Paulo, 1989.
1 vítima fatal.
A COMBUSTÃO
 “Reação química
capaz de produzir
calor,
acompanhada ou
não da produção
de luz”
 Lavoisier
REAÇÃO DE COMBUSTÃO
A reação de combustão é
exotérmica e
autossustentada, após a
partida inicial, é mantida
pelo calor produzido
durante o processamento
da reação.
C + O2 => CO2 + 97,2cal/Mol
ELEMENTOS ESSENCIAIS
DA COMBUSTÃO
 COMBUSTÍVEL
 COMBURENTE
 CALOR
 REAÇÃO EM
CADEIA
Reação em Cadeia
No desenvolvimento da reação de combustão
formam-se radicais livres, resultantes da
decomposição das moléculas nos átomos que
lhes deram origem.

OS RADICAIS LIVRES:
• Possuem muita energia,
• Reagem com outras moléculas,
• Criam mais radicais livres.
COMBUSTÍVEL
 Qualquer material capaz de queimar,
ou seja, entrar em combustão;
 Combustíveis sólidos: Papel, madeira, fibras
em geral;
 Combustíveis líquidos: Gasolina, diesel, álcool,
querosene;
 Combustíveis gasosos: GLP, metano, acetileno;
COMBUSTÍVEL
 PONTO DE FULGOR

 PONTO DE
COMBUSTÃO

 PONTO DE
IGNIÇÃO
PONTO DE FULGOR
 PONTO DE FULGOR -
É a temperatura mínima,
onde os corpos
combustíveis
 começam a liberar vapores
capazes de entrar em
combustão através do
contato com uma fonte
externa de calor.
Entretanto, a chama não se
mantém devido à
insuficiência de vapores.
PONTO DE COMBUSTÃO
 PONTO DE
COMBUSTÃO - É a
temperatura mínima, na
qual os gases
desprendidos dos corpos
 combustíveis, ao entrarem
em contato com uma fonte
externa de calor, entram
em combustão e
continuam a queimar.
PONTO DE IGNIÇÃO
 PONTO DE IGNIÇÃO -
É a temperatura
mínima, na qual os gases
desprendidos dos
combustíveis, entram em
combustão apenas pelo
contato com o oxigênio do
ar, independente de
qualquer fonte externa de
calor.
TENDÊNCIA PARA LIBERAÇÃO DE VAPORES

 Muito inflamável: O ponto de fulgor é igual ou


inferior a 21ºC. Estas substâncias liberam
vapores à temperatura ambiente.

 Inflamável : O ponto de fulgor está entre 21 e


55ºC. Estas substâncias liberam vapores em
locais não protegidos.

 Não inflamável : O ponto de fulgor é superior


a 55ºC. Estas substâncias só liberam vapores
quando sujeitas à ação de uma fonte de calor.
COMBURENTE
“Como se o fogo
respirasse, sem
oxigênio não há
combustão”
COMBURENTE
É o elemento ativador do fogo,
que se combina com os
O AR
vapores inflamáveis dos
combustíveis, dando vida às 1% 21%
chamas e possibilitando a
expansão do fogo.

Compõe o ar atmosférico na 78%


porcentagem de 21%, sendo OXIGENIO NITROGENIO OUTROS GASES
que o mínimo exigível para
sustentar a combustão é de
16%.
COMBURENTE
 RELAÇÃO OXIGÊNIO X COMBUSTÃO

 > 16% : Combustão Completa


Teor de O2
 8% < O2 < 16% : Combustão Incompleta
 Teor de O2 < 8 % : Não há Combustão
CALOR
 Energia
necessária ao
início da reação
de combustão
FONTES DE CALOR
ELÉTRICA

• RESISTÊNCIA - Aquecedor eléctrico.


• ARCO VOLTAICO (FAÍSCA) - Cabo de
alta tensão quebrado em contacto com o solo.
• ELETRICIDADE ESTÁTICA - Descarga
rápida de um extintor.
FONTES DE CALOR
MECÂNICA

• FRICÇÃO - Contacto não lubrificado entre


peças metálicas em movimento.
• COMPRESSÃO - Compressão de um gás
num cilindro.
FONTES DE CALOR
TÉRMICA

• SUPERFÍCIES QUENTES - Placa de


um fogão.
• RADIAÇÃO - Exposição intensa e
continuada ao Sol.
FONTES DE CALOR

QUÍMICA

• REACÇÃO QUÍMICA - Limalha de ferro


com óleo; algodão com óleo
TRANSMISSÃO DO CALOR

 CONDUÇÃO

 CONVECÇÃO

 IRRADIAÇÃO
CONDUÇÃO
Transmissão do calor
pelo contato direto da
matéria, de molécula a
molécula, através de
um meio material por
onde o calor se
propagará.
CONVECÇÃO
Transmissão do calor
que ocorre de baixo
para cima, provocada
pela diferença de
densidade entre o ar e
os produtos aquecidos
da combustão.
IRRADIAÇÃO
 Transmissão do
calor através de
ondas
eletromagnéticas,
irradiadas dos
corpos em
combustão.
CLASSES DE INCÊNDIO
 “A” Fogo em
combustíveis
sólidos: papel,
madeira, tecido,
couro (material
orgânico em
geral).
CLASSES DE INCÊNDIO
 “B” Fogo em
Líquidos
combustíveis:
gasolina, álcool,
diesel
(derivados de
petróleo)
CLASSES DE INCÊNDIO

 “C” Fogo em
Equipamentos
elétricos
energizados.
CLASSES DE INCÊNDIO
 “D” Fogo em
metais
pirofóricos:
magnésio,
carbureto,
zircônio, titânio...
Não usar água!
CLASSES DE INCÊNDIO
 “K” Fogo em
óleos vegetais ou
gorduras animais.
Reconhecido pela
NFPA (National
Fire Protection
Association).
MÉTODOS DE EXTINÇÃO
DE INCÊNDIO

RESFRIAMENTO
ABAFAMENTO
ISOLAMENTO
EXTINÇÃO QUÍMICA
RESFRIAMENTO
 Absorção do
calor em uma
reação de
combustão até
que a temperatura
do sistema esteja
abaixo do ponto
de combustão;
MÉTODOS DE EXTINÇÃO
INCÊNDIO CLASSE A

RESFRIAR É A
MELHOR OPÇÃO
ABAFAMENTO
 Redução do
percentual de
oxigênio em
uma reação de
combustão,
abaixo de 8%.
MÉTODOS DE EXTINÇÃO
INCÊNDIO CLASSE C

ABAFAMENTO
AGENTE EXTINTOR
QUE NÃO CONDUZA
ELETRICIDADE
MÉTODOS DE EXTINÇÃO
INCÊNDIO CLASSE B

O ABAFAMENTO
POR ESPUMA É
O MAIS EFICAZ
ISOLAMENTO
 Retiradado
combustível
que esteja em
contato, ou nas
proximidades,
de uma reação
de combustão.
EXTINÇÃO QUÍMICA
 Interrupção da reação
em cadeia da
combustão, através da
adição de compostos
capazes de
combinarem-se
quimicamente com os
radicais livres dos
combustíveis.
MÉTODOS DE EXTINÇÃO
MAGNÉSIO
INCÊNDIO CLASSE D 

 SELÊNIO

 ANTIMÔNIO

 LÍTIO

 POTÁSSIO

 ALUMÍNIO

 TITÂNIO
ISOLAMENTO COM
 SÓDIO
PÓS ESPECIAIS:
 ZIRCÔNIO
 CLORETO DE BÁRIO
 CLORETO DE DE SÓDIO

 MONOSFOSTATO NH4

 GRAFITE SECO
MÉTODOS DE EXTINÇÃO
INCÊNDIO CLASSE K

Solução de
Acetato de
potássio
Extintor de Base Alcalina

Reação de saponificação – Incêndios Classe K


CIPA – NR05
O que é CIPA?

 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.

 É uma comissão formada por representantes do


Empregador e dos Empregados .

 Tem a missão de preservar a integridade física e a saúde


dos trabalhadores e de todos que interagem com a
empresa.
Objetivo da CIPA
 “Observar, discutir e relatar as condições de
risco nos ambientes de trabalho e solicitar
medidas para reduzir até eliminar os riscos
existentes e/ou neutralizar os mesmos”.
CIPA – NR05 – IN nº 06/04
ATRIBUIÇÕES

a) acompanhar o processo de identificação de perigos e


avaliação de riscos bem como a adoção de medidas de
- prevenção implementadas pela organização;
b) registrar a percepção dos riscos dos trabalhadores, em
conformidade com o subitem 1.5.3.3 da NR-1, por meio do
mapa de risco ou outra técnica ou ferramenta apropriada à sua
escolha, sem ordem de preferência, com assessoria do Serviço
Especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho -
SESMT, onde houver;
c) verificar os ambientes e as condições de trabalho visando
identificar situações que possam trazer riscos para a segurança
e saúde dos trabalhadores;
d) elaborar e acompanhar plano de trabalho que possibilite a
ação preventiva em segurança e saúde no trabalho;
ATRIBUIÇÕES CIPA – NR05 – IN nº 06/04

e) participar no desenvolvimento e implementação de programas


relacionados à segurança e saúde no trabalho;
f) acompanhar a análise dos acidentes e doenças relacionadas ao
trabalho, nos termos da NR-1 e propor, quando for o caso, medidas para a
solução dos problemas identificados;
g) requisitar à organização as informações sobre questões relacionadas
à segurança e saúde dos trabalhadores, incluindo as Comunicações de
Acidente de Trabalho - CAT emitidas pela organização, resguardados o
sigilo médico e as informações pessoais;
h) propor ao SESMT, quando houver, ou à organização, a análise das
condições ou situações de trabalho nas quais considere haver risco
grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores e, se for o caso,
a interrupção das atividades até a adoção das medidas corretivas e de
controle;
i) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a
Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho - SIPAT,
conforme programação definida pela CIPA.
Empresas que devem constituir CIPA

As organizações e os órgãos públicos da


administração direta e indireta, bem como os
órgãos dos Poderes Legislativo, Judiciário e
Ministério Público, que possuam empregados
regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho
- CLT, devem constituir e manter CIPA.
Constituição da CIPA
 Composta por representantes da Organização
(empregador) e dos Empregados com
dimensionamento previsto no Quadro I da NR5.

 Quando o estabelecimento não se enquadrar no


Quadro I, e não for atendido pelo SESMT, a empresa
designará um responsável pelo cumprimento dos
objetivos da NR5, podendo ser adotados mecanismos
de participação dos empregados, através de
negociação coletiva.
Constituição da CIPA
 Os Representantes da Organização, titulares e
suplentes, são por ele designados.

 Os Representantes dos Empregados, titulares e


suplentes, são eleitos por voto secreto.

 Podem participar exclusivamente os empregados


interessados independentemente de sua filiação
sindical
Presidente e Vice Presidente
 Presidente da CIPA:
será designado pela
organização.

• Vice Presidente:
será escolhido dentre os
titulares eleitos.
Os demais empregados podem ajudar na
Segurança do Trabalho?
Podem e devem:
• Participando da eleição dos seus representantes Cipeiros.

• Colaborando com a Gestão da CIPA.

• Indicando as situações de risco que o estabelecimento oferece e


apresentando sugestões para minimizar ou eliminar o risco.

• Aplicando no ambiente de trabalho as recomendações quanto à


prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho.
O que o Presidente da CIPA faz ?
 a) convocar os membros para as reuniões; e
 b) coordenar as reuniões, encaminhando à organização e
ao SESMT, quando houver, as decisões da comissão.

O que Vice Presidente faz ?


Substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos
seus afastamentos temporários.

Ao Presidente e Vice Presidente compete:


a) coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os objetivos
propostos sejam alcançados; e
b) divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento
 Cabe à organização:

 a) proporcionar aos membros da CIPA os meios necessários ao


desempenho de suas atribuições, garantindo tempo suficiente para
a realização das tarefas constantes no plano de trabalho;

 b) permitir a colaboração dos trabalhadores nas ações da CIPA; e


c) fornecer à CIPA, quando requisitadas, as informações
relacionadas às suas atribuições.

 Cabe aos trabalhadores indicar à CIPA, ao SESMT e à organização


situações de riscos e apresentar sugestões para melhoria das
condições de trabalho.
Reuniões Ordinárias
Serão realizadas mensalmente no próprio local de trabalho,
preferencialmente presencial, de acordo o calendário pré
estabelecido (durante o horário normal de expediente).
No caso de Microempresas e Empresas de pequeno porte, as
reuniões podem ser bimestrais.
A Reunião Ordinária terá atas assinadas pelos presentes e
encaminhadas cópias a todos os membros da CIPA.
OBS: Toda a documentação ficará nos estabelecimentos, pelo
prazo mínimo de 5(cinco) anos, à disposição dos Agentes da
Inspeção do Trabalho.
Reuniões Extraordinárias
Ocorrer acidente de trabalho grave ou fatal.
Houver solicitação expressa de uma das representações.

OBS: Quando não houver consenso nas decisões das reuniões,


será instalado um processo de votação, registrando ocorrência
em ata.
Dimensionamento
Considerando uma
empresa de
fabricação de
alimentos para
animais com um
número de
funcionários igual a
70.

Deve-se determinar o
Grau de Risco da
Empresa e o quadro I
da NR5 para poder
dimensionar a
quantidade de
membros da CIPA.
Processo eleitoral

Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos


representantes dos empregados na CIPA, no prazo mínimo de
sessenta dias antes do término do mandato em curso.

O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA constituirão a comissão


eleitoral, que será a responsável pela organização e
acompanhamento do processo eleitoral.
O processo eleitoral deve observar as seguintes condições:
a) publicação e divulgação de edital de convocação da eleição e abertura
de prazos para inscrição de candidatos, em locais de fácil acesso e
visualização, podendo ser em meio físico ou eletrônico;
b) inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para
inscrição será de quinze dias corridos;
c) liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento;
d) garantia de emprego até a eleição para todos os empregados inscritos;
e) publicação e divulgação da relação dos empregados inscritos;
f) realização da eleição no prazo mínimo de trinta dias antes do término
do mandato da CIPA, quando houver;
g) realização de eleição em dia normal de trabalho;
h) voto secreto;
i) apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com
acompanhamento de representante da organização e dos empregados; e
j) organização da eleição por meio de processo que garanta tanto a
segurança do sistema como a confidencialidade e a precisão do registro
dos votos.
Observações
Quando faltar mais de quatro reuniões ordinárias sem justificativa,
o membro da CIPA será substituído pelo suplente por ordem de
colocação decrescente.

É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado


eleito para cargo de direção da CIPA desde o registro de sua
candidatura até um ano após o final de seu mandato.

O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano,


permitida uma reeleição.
“ Nenhum trabalho é tão urgente e
importante que não possa ser planejado e
executado com segurança.”

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