Lista de Exercícios Bioquímica

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1)

2) Por mais que ambos sejam ácidos nucleicos que possuem diferentes estruturas e funções, DNA e RNA
são polímeros os quais as funções são armazenar, transportar e utilizar as informações genéticas. O
DNA tem a função de transmitir a informação genética de um ser para a sua descendência,
determinando as características de um indivíduo não dependendo da idade ou ambiente do mesmo.
Já o RNA é o elemento que conecta a produção de proteínas e o DNA, sendo este reestruturado para
formar o RNA e codificar a produção de proteínas.

3) As funções do RNA são subdivididas em três tipos: ribossômico, mensageiro, e transportador. Também
chamado de RNAr, o RNA ribossômico é responsável pela fabricação da cadeia polipeptídica de acordo
com a descodificação da mensagem recebida pelo RNA mensageiro; já o RNA mensageiro, ou RNAm,
transmite a mensagem genética aos ribossomos, mostrando como as proteínas devem ser compostas
e quais aminoácidos vão ser direcionados pelo RNA transportador, que tem a função de levar os
aminoácidos vindo do interior das células, para o local de síntese de proteínas.

4) Replicação gênica é o processo de duplicação do DNA, onde a transmissão do material genético


acontece ao ser dividido de forma igual entre as células-filhas seguido da divisão das cadeias de
nucleotídeos e a formação de cadeias complementares. Nesse processo a enzima chamada helicase
auxilia a hélice de DNA a se desenrolar e dar início ao processo da duplicação onde as duas novas
moléculas serão formadas, parte pela original e parte pela molécula sintetizada na replicação, assim
formando duas hélices completas de DNA.

5) Expressão gênica é o processo em que toda a informação que está armazenada no DNA é convertida
em algum produto funcional, dando origem aos fenótipos do organismo. Tudo se resume as duas
etapas deste processo: transcrição e tradução. A transcrição é a etapa em que o gene duplica as
sequências de DNA e as transcreve em RNA, sejam elas codificantes ou não codificantes. Já a relação
do processo de expressão gênica e as proteínas se dá na etapa de tradução, onde o RNA que foi
transcrito da sequência de DNA duplicada, é usado para a síntese dessas proteínas.

6) Os carboidratos têm a função energética como sua principal área de ação nos organismos, porém
também atuam na formação dos ácidos nucleicos, e tem função auxiliar estrutural nas células. Eles são
encontrados, em sua maioria, em alimentos de origem vegetal; o leite também é um alimento rico em
carboidratos, expandindo sua ocorrência a todos os alimentos derivados do mesmo. Já nos animais a
reserva de carboidrato é o glicogênio, sendo armazenados nos músculos e no fígado, sendo
transformado em glicose quando necessário.

7) Existem três grandes classificações dos carboidratos: monossacarídeos, oligossacarídeos, e


polissacarídeos. Os monossacarídeos, ou açúcares simples, tem sua classificação baseada na
quantidade de carbono na sua molécula. Moléculas com três, quatro, cinco, seis, e sete átomos de
carbono, são chamadas de trioses, tetroses, pentoses, hexoses, e heptoses, respectivamente. Os
oligossacarídeos são formados quando, de duas a dez, moléculas de monossacarídeos são
conectadas por uma ligação
glicosídica, sendo assim solúvel em água. Oligossacarídeos com duas moléculas podem ser chamados
de dissacarídeos. O maior exemplo de um carboidrato dissacarídeo é a sacarose, que é o resultado de
uma molécula de glicose com uma de frutose. Assim como os dissacarídeos, os polissacarídeos são
formados pela junção de monossacarídeos, porém, neste caso, são necessários vários destes para a
formação desse tipo de carboidrato. Diferente dos dissacarídeos, os polissacarídeos não são solúveis
em água, o que ajuda vários organismos que tem seu exoesqueleto formado pela quitina, que é um
polissacarídeo que ajuda a manter as partes destes organismos unidas e evita a dissecação.

8) Ambas as aldoses e as cetoses são monossacarídeos, o que diferenciam essas cadeias são os grupos
que são apresentados nelas. As aldoses apresentam o grupo aldeído, e as cetoses apresentam o grupo
cetona. Exemplos de aldoses são as hexoses glicose e galactose; já as cetoses têm como maior
exemplo a pentose ribose.

9) Os oligossacarídeos e os polissacarídeos são formados pelos monossacarídeos que fizeram uma


ligação glicosídica, essa ligação acontece quando um grupo hidroxila de um dos carboidratos
monossacarídeos interage com qualquer grupo hidroxila de outro monossacarídeo. Quando essa
conexão é feita com o oxigênio do grupo hidroxila a ligação é chamada de N-glicosídica, esta ligação é
muito comum no meio farmacêutico como nos O-glicopeptídeos. Se essa ligação for feita por um
nitrogênio de um grupo amina, é chamada de N-glicosídica, essas ligações são muito comuns nas
moléculas de DNA.

10) Em açúcares, como a glicose, os carbonos 1 e 4 estão envolvidos na formação de uma ligação
glicosídica. Isso ocorre na condensação entre o carbono 1 e o grupo hidroxila no carbono 4 de outra
molécula de glicose ou de outra molécula de carboidrato. A ligação 1-4 é típica em polissacarídeos
como o amido. Além disso, alguns polissacarídeos, como a amilopectina, também podem ter ligações
1-6. Isso significa que, além das ligações 1-4, há também uma ligação entre o carbono 1 de uma
molécula de glicose e o carbono 6 de outra molécula.

11)
a. A maltose é um dissacarídeo composto por duas moléculas de glicose, sendo sua fórmula
química C12H22O11. A maltose é formada por uma ligação glicosídica entre o carbono 1 de uma
molécula de glicose e o carbono 4 de outra molécula de glicose. Essa ligação ocorre entre os
átomos de oxigênio nos grupos hidroxila desses carbonos, resultando na formação de uma
ligação glicosídica beta (β), pois o grupo OH no carbono anomérico está orientado para baixo.

b. A sacarose, que é outro dissacarídeo composto por duas moléculas de monossacarídeos, é


formada por uma molécula de glicose e uma molécula de frutose. A fórmula química da
sacarose é C12H22O11. A ligação entre glicose e frutose ocorre através de uma ligação glicosídica
específica chamada de alfa (α), que ocorre entre o carbono 1 da glicose e o carbono 2 da
frutose. Essa ligação é muitas vezes referida como uma ligação glicosídica alfa 1-2.

c. A lactose é outro dissacarídeo formado por duas moléculas de monossacarídeos, neste caso,
glicose e galactose. A fórmula química da lactose é C12H22O11 e sua ligação entre glicose e
galactose também ocorre por meio de uma ligação glicosídica específica. A ligação glicosídica
na lactose é uma ligação glicosídica beta (β) que ocorre entre o carbono 1 da glicose e o
carbono 4 da galactose. Essa ligação é frequentemente referida como uma ligação glicosídica
beta 1-4.
12)
a. O amido é um polissacarídeo formado por repetições de dois monossacarídeos específicos:
glicose, amilose, e amilopectina. Ambas amilose e amilopectina são componentes importantes
do amido encontrado em plantas, que servem como uma reserva de energia. Quando
consumimos alimentos ricos em amido, como batatas e grãos, nosso corpo quebra o amido
em glicose para obter energia.

b. A celulose é outro polissacarídeo composto por repetições de um monossacarídeo específico:


a glicose. No entanto, a celulose difere do amido em sua estrutura e nas ligações glicosídicas
presentes. A celulose é uma cadeia linear de moléculas de glicose, mas, ao contrário do
amido, as ligações glicosídicas na celulose são do tipo beta (β) 1-4, modificando, assim, a
disposição dos átomos da molécula. As moléculas de celulose se empacotam de forma
eficiente para formar microfibrilas, que, por sua vez, constituem as fibras de celulose
encontradas nas paredes celulares de plantas. A celulose é um componente estrutural
importante e fornece rigidez e suporte às células vegetais.

c. O glicogênio é um polissacarídeo formado por repetições do monossacarídeo glicose. É uma


forma de armazenamento de glicose em animais, incluindo seres humanos, e é armazenado
principalmente no fígado e nos músculos. As ligações alfa 1-4 formam a estrutura principal da
cadeia, enquanto as ligações alfa 1-6 ocorrem nas ramificações. Essas ramificações são
importantes porque permitem uma rápida liberação de glicose quando necessário. O
glicogênio é uma reserva de energia imediata para o corpo, que pode ser mobilizada em
resposta a necessidades metabólicas, como durante o exercício físico.

d. A quitina é um polissacarídeo que serve como componente estrutural em muitos


exoesqueletos de artrópodes, como insetos e crustáceos, além de ser encontrado na parede
celular de alguns fungos. A quitina é formada por repetições de um monossacarídeo chamado
N- acetilglicosamina. A estrutura básica da quitina é uma cadeia linear de unidades de N-
acetilglicosamina unidas por ligações glicosídicas beta (β) 1-4. A principal diferença entre a
quitina e alguns outros polissacarídeos, como a celulose, é o tipo de monossacarídeo e de
ligação glicosídica utilizado. A quitina fornece suporte estrutural e resistência à compressão
nos exoesqueletos dos artrópodes e na parede celular dos fungos.

e. Os peptidoglicanos, também conhecidos como mureína, são componentes estruturais


importantes encontrados nas paredes celulares de bactérias. Eles desempenham um papel
crucial na manutenção da integridade estrutural das células bacterianas. A estrutura básica
dos peptidoglicanos é formada por cadeias alternadas de dois açúcares, N-acetilglicosamina
(NAG) e N-acetilmurâmico (NAM), unidos por ligações glicosídicas beta (β) 1-4. Além das
cadeias de açúcares, os peptidoglicanos também contêm cadeias laterais de peptídeos que se
ligam ao N- acetilmurâmico. Essas cadeias laterais conferem uma dimensão tridimensional ao
peptidoglicano e são essenciais para a estabilidade e resistência da parede celular bacteriana.
13) Os lipídeos desempenham diversas funções biológicas essenciais em organismos vivos. Algumas das
principais funções dos lipídeos são a reserva de energia, onde eles servem como uma importante
forma de armazenamento de energia, mobilizando essas reservas dependendo da necessidade do
organismo;

Componentes estruturais, onde esses lipídeos formam a bicamada lipídica que compõe as membranas
celulares, proporcionando uma barreira semipermeável que é essencial para a integridade e função
celular;

Isolamento térmico, funcionando como isolantes térmicos e mantendo a temperatura corporal da


camada de gordura subcutânea, isolando contra perdas de calor;

Proteção orgânica, onde os lipídeos também têm um papel de proteção, especialmente em órgãos
vitais, criando uma proteção ao redor dos órgãos internos;

Transporte de nutrientes, chamados de lipoproteínas, estes são complexos formados por lipídeos e
proteínas que transportam lipídeos insolúveis em água, como triglicerídeos e colesterol, no sangue;

Mensageiros químicos, atuam como mensageiros no organismo, desempenhando papéis importantes


em processos inflamatórios, resposta imunológica e regulação de funções celulares;

Absorção de vitaminas lipossolúveis, como as vitaminas A, D, E e K, que são absorvidas eficientemente


por conta dos lipídeos;

Participação em reações metabólicas, fosfolipídeos, por exemplo, são importantes na sinalização


celular e na regulação de enzimas. Essas funções destacam a diversidade de papéis que os lipídeos
desempenham na biologia, sendo cruciais para a estrutura, função e regulação dos organismos vivos.

14) Óleos e gorduras são tipos de lipídeos que compartilham propriedades químicas semelhantes, mas
diferem principalmente em sua consistência física à temperatura ambiente. A distinção entre óleos e
gorduras é geralmente baseada no estado físico em condições normais, sendo líquido o óleo em
temperatura ambiente e sólida a gordura. Outras diferenças entre óleos e gorduras são suas fontes,
seus usos, como afetam a saúde do organismo, e sua composição de ácidos graxos.

15) Os ácidos graxos são moléculas orgânicas que consistem em uma cadeia longa de átomos de carbono,
geralmente ligados a átomos de hidrogênio. Eles são componentes fundamentais dos lipídeos, que
incluem triglicerídeos, fosfolipídeos e outros tipos de gorduras e óleos. Existem três tipos principais de
ácidos graxos, os saturados que não possuem ligações duplas entre os átomos de carbono em sua
cadeia e tendem a ser sólidos à temperatura ambiente (ácido palmítico e o ácido esteárico); os
monoinsaturados, que possuem uma única ligação dupla em sua cadeia e tendem a ser líquidos a
temperatura ambiente (ácido oleico); e os poli-insaturados, que possuem duas ou mais ligações duplas
em sua cadeia, que também são geralmente líquidos à temperatura ambiente (ácido linoleico e o
ácido alfa-linolênico). Os ácidos graxos são vitais para diversas funções biológicas, incluindo a
produção de energia, a formação de membranas celulares, a síntese de hormônios e a regulação de
processos metabólicos.

16) As ligações cis e trans referem-se à orientação espacial das ligações duplas em ácidos graxos
insaturados. Essa diferença na configuração da ligação dupla tem implicações significativas nas
propriedades físicas e biológicas dos ácidos graxos. Na ligação cis, os átomos de hidrogênio adjacentes
à ligação dupla estão do mesmo lado da cadeia de carbono. A presença de uma ligação cis causa um
"dobramento" na cadeia, afetando a forma tridimensional da molécula. Isso resulta em um ponto de
fusão mais baixo, tornando os ácidos graxos cis geralmente líquidos à temperatura ambiente. Muitos
ácidos graxos insaturados encontrados em fontes naturais, como óleos vegetais, têm configurações cis
nas ligações duplas. Já na ligação trans, os átomos de hidrogênio adjacentes à ligação dupla estão em
lados opostos da cadeia de carbono. A ligação trans resulta em uma cadeia mais reta, sem o mesmo
"dobramento" causado pela ligação cis. Isso leva a um ponto de fusão mais alto, e ácidos graxos trans
são geralmente sólidos ou semissólidos à temperatura ambiente. Ácidos graxos trans também podem
ocorrer naturalmente em pequenas quantidades em produtos de origem animal, mas a maioria dos
ácidos graxos trans na dieta humana é resultado de processos industriais, como a hidrogenação
parcial de óleos vegetais.

17) Os triacilgliceróis, também conhecidos como triglicerídeos, são uma forma comum de armazenamento
de energia nos organismos vivos, particularmente em animais. O glicerol é uma molécula composta
por três átomos de carbono, cada um com um grupo hidroxila. Cada um desses grupos hidroxila reage
com o grupo carboxila de um ácido graxo durante a síntese dos triglicerídeos. Os ácidos graxos são
cadeias longas de átomos de carbono com uma extremidade carboxila. Cada uma das três
extremidades carboxila dos ácidos graxos se liga ao glicerol por meio de uma ligação éster. Essas
ligações éster são formadas por reações de esterificação, liberando uma molécula de água. Como são
uma classe de lipídeos, eles compartilham das suas funções, sendo as mais proeminentes o
armazenamento de energia, o isolamento térmico, a proteção e suporte dos órgãos, e o transporte de
ácidos graxos.

18) Os fosfolipídeos são uma classe importante de lipídeos que desempenham papéis cruciais na estrutura
das membranas celulares. Eles compartilham uma característica comum com outros lipídeos, como
triglicerídeos, que é a presença de ácidos graxos, mas sua estrutura contém também um grupo
fosfato. Sua estrutura é dividida em duas classificações, a cabeça polar e a cauda não polar. A parte
"cabeça" dos fosfolipídeos é polar e hidrofílica, o que significa que ela interage bem com a água. Essa
parte é composta por um grupo fosfato ligado a uma molécula de glicerol ou outra molécula polar. Já
a parte "cauda" dos fosfolipídeos é apolar e hidrofóbica, o que significa que ela não interage bem com
a água. Essa parte é composta por ácidos graxos (duas cadeias em fosfolipídeos bilaminares) e é não
polar. Os fosfolipídeos desempenham um papel essencial na biologia celular, proporcionando
estrutura e funcionalidade às membranas celulares. Suas propriedades únicas garantem a integridade
e a funcionalidade das células, ao mesmo tempo em que possibilitam a comunicação e a regulação de
processos celulares.

19) O colesterol é um lipídeo que desempenha várias funções essenciais nas membranas biológicas.
Apesar de ser frequentemente associado a problemas de saúde quando em excesso no organismo, o
colesterol é um componente fundamental das membranas celulares e contribui para sua estrutura e
função. Algumas das suas principais funções são a modulação da fluidez da membrana interagindo
com os fosfolipídeos, impedindo que eles se empacotem muito de perto; a estabilização da
membrana, onde o colesterol interage com os fosfolipídeos, fortalecendo as interações entre as
moléculas lipídicas e contribuindo para a resistência e a coesão da membrana; a modulação da
permeabilidade seletiva onde o colesterol influencia a forma como diferentes moléculas e íons podem
atravessar a membrana; e produção de hormônios esteroideais, sendo o colesterol é o precursor
biossintético para a produção desses hormônios.
20) Os esteroides são uma classe de compostos orgânicos que têm uma estrutura característica composta
por quatro anéis de carbono. Existem diferentes tipos de esteroides, mas os mais conhecidos são os
esteroides hormonais e os esteroides anabolizantes. Além de suas funções hormonais, os esteroides
também podem servir como componentes estruturais em membranas celulares. O colesterol, por
exemplo, é um esteroide que desempenha um papel fundamental na estrutura da membrana celular.
alguns esteroides estão envolvidos em processos metabólicos, como a regulação do balanço
energético e a síntese de moléculas importantes.

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