Cap1-Concreto Armado (Parte 1)

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Departamento de Infra-Estrutura e Construção Civil

ESTRUTURAS DE
CONCRETO ARMADO

Curso: Técnico de Edificações


Disciplina: Técnicas de Construção Civil II
Professor: Hildeberto Junior

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ASPECTOS GERAIS DA INDÚSTRIA DA


CONSTRUÇÃO CIVIL

Nenhuma atividade humana prescinde de ambientes


construídos;

O setor da Construção Civil é o maior consumidor de


recursos naturais do planeta, estima-se que consome
entre 14% e 50% destes recursos (SJOSTROM 1996);

O consumo de agregados naturais varia entre 1 e 8


toneladas/habitante.ano. No Brasil o consumo de
agregados naturais somente na produção de concreto e
argamassas é de 220 milhões de toneladas anuais;

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ASPECTOS GERAIS DA INDÚSTRIA DA


CONSTRUÇÃO CIVIL

A produção de cimento e cal hidratada é responsável por


lançar grandes volumes de CO2 na atmosfera,
contribuindo para o efeito estufa.

èPara cada tonelada de cimento produzido,


dependendo do processo de fabricação, é liberado
aproximadamente 800 kg de CO2;

èNo Brasil a contribuição do CO2 liberado pela


fabricação do cimento contribui entre 6% e 8% do
total emitido.

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CARACTERÍSTICAS
§Uso intensivo da mão-de-obra;
§ Baixo grau de mecanização;
§ Predomínio de condições de trabalho adversas;
§ Baixa produtividade;
§ Alta incidência de problemas de qualidade no
produto final;
§ Ocorrência significativa de desperdício ao longo
da produção.

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CONCRETO

Definição:

“O concreto é um produto da mistura de


aglomerante, agregados, água e aditivos.”
(Alves,1982).

• A mistura deve ter características que permitam


seu processamento em misturadores, ser
transportada, lançada e compactada sem ocorrer
a segregação dos materiais.
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Elementos do Concreto Simples

AGREGADOS
Aglomerante

cimento Água Areia Brita

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Concreto Simples
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CIMENTO

A história do cimento inicia-se no Egito antigo, Grécia


e Roma, onde as grandes obras eram construídas com
o uso de certas terras de origem vulcânicas, com
propriedades de endurecimento sob a ação da água.

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CIMENTO

Apenas em 1824, Joseph Aspdin, um químico e


construtor britânico, queimou conjuntamente pedras
calcárias e argila, transformando-as num pó fino.
Percebeu que obtinha uma mistura que, após secar,
tornava-se tão dura quanto as pedras empregadas
nas construções. A mistura não se dissolvia em água
e foi patenteada pelo construtor no mesmo ano, com
o nome de Cimento Portland.

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O cimento é produzido a partir da moagem do clínquer,


que consiste essencialmente em módulos de 5 a 25mm
de diâmetro, obtido pela calcinação de uma mistura
calcário-argilosa.

Mina de Calcário Mina de Argila

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FABRICAÇÃO DO CIMENTO

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ADIÇÕES
•O gesso é adicionado ao cimento para controlar o
tempo de pega, sendo assim, este é adicionado a todos
os tipos de cimento Portland, em geral na proporção de
3% de gesso para 97% de clínquer;
•As escórias de alto forno tem propriedade de ligante
muito resistentes, adicionadas à moagem do clínquer e
gesso, esta melhora a resistência final e durabilidade;
•Os cimentos enriquecidos com materiais pozolânicos
adquirem maior impermeabilidade;

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Cimento Portland

• O cimento é o principal elemento dos concretos e é o


responsável pela transformação da mistura de
materiais que compõem o concreto no produto final
desejado.

• Atualmente tem-se no Brasil cinco tipos de cimento.

• Os diferentes tipos de cimento têm uma nomenclatura


própria e são fabricados segundo as resistências à
compressão de 25, 32 ou 40 Mpa.
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TIPOS DE CIMENTO PORTLAND

CP è Cimento Portland

Algarismos Romanos è I, II, III, IV, V

Resistência a Compressão (Classe MPa) = 25, 32, 40

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RESISTÊNCIA MPa

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Tipo de Cimento Adições Sigla Norma

Escória, pozolana ou fíler (até CP I-S 32


Cimento Portland Comum 5732
5%) CP I-S 40

CP II-E 32
Escória (6-34%)
CP II-E 40
Cimento Portland Composto Pozolana (6-14%) CP II-Z 32 11578
CP II-F 32
Fíler (6-10%)
CP II-F 40

Cimento Portland de Alto- CP III 32


Escória (35-70%) 5735
Forno CP III 40

Cimento Portland Pozolânico Pozolana (15-50%) CP IV 32 5736

Cimento Portland de Alta Materiais carbonáticos (até


CP V-ARI 5733
Resistência Inicial 5%)

Cimento Portland Resistente Estes cimentos são designados pela sigla RS.
5737
aos Sulfatos Ex.: CP III-40 RS, CP V-ARI RS

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Agregados

• Os agregados são definidos como os “materiais


granulosos e inertes que entram na composição das
argamassas e concretos” (BAUER, 1979).

• Quanto às dimensões os agregados são chamados de


MIÚDO, (areias), e GRAÚDO, ( pedras ou britas).

• O Agregados miúdo pode ser obtido de fontes


naturais, como leitos de rios, ou industrializada ;

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• Os Agregados miúdos são partículas cujas o


diâmetro equivalente estão compreendidos entre
0,05 e 4,8 mm.

• Quanto ao tipo, as areias são divididas em


GROSSA, MÉDIA E FINA:

i. Areia grossa Þ 2 mm ≤ Ø ≤ 4 mm

ii. Areia média Þ 0,42 mm ≤ Ø ≤ 2 mm

iii. Areia fina Þ 0,05 mm ≤ Ø ≤ 0,42 mm


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• Os agregados graúdos (BRITAS) são geralmente

obtidas pela trituração de rochas, como basalto,


gnaisse e granito;

• Os agregados graúdos têm a seguinte classificação


comercial;
brita nº 0 Þ 4,8 a 9,5 mm;

brita nº 1 Þ 9,5 a 19 mm;


Agregado
graúdo brita nº 2 Þ 19 a 38 mm;

brita nº 3 Þ 38 a 76 mm;

pedra-de-mão Þ > 76 mm 21
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Água de Amassamento

•É o componente que realiza a reação de


hidratação do cimento para conseqüente união e
solidificação da mistura do concreto.

• A água deve ser ISENTA de sais, óleos, graxas,


matéria orgânica, gás carbônico, materiais sólidos.

• A presença destas impurezas prejudica as reações


químicas do cimento.
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• A água deve ser analisada se não vier da rede


pública.

• A NBR 6118 estabelece os limites máximos das


substâncias contidas na água de amassamento do
concreto.
substância teor
pH 5,8 e 8
Matéria orgânica 3 mg/l
Resíduo sólido 5.000 mg/l
sulfatos 300 mg/l
cloretos 500 mg/l
açúcar 5 mg/l
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Efeitos adversos da utilização de águas agressivas


no amassamento do concreto

i. queda de resistência;

ii. alteração do tempo de pega;

iii. aparecimento de manchas;

iv. corrosão da armadura;

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Dosagem do Concreto

• Dosagem: estudo do proporcionamento dos


materiais que compõem o concreto.

• Traço: é a proporção entre os materiais.

Cimento,areia,brita1,brita2,a/c

1:a:p:a/c
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Relação Água/Cimento (A/C)

• É a relação entre a massa de água e massa de


cimento utilizada na dosagem.

• É o principal fator que influência o valor da


resistência do concreto (fc).

• Deve ser definido para garantir a resistência


desejada e assegurar a durabilidade do concreto.

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Principais tipos de Concreto

Tipo Aplicação
Convencional Uso corrente
Bombeável Vencer alturas elevadas
Projetado Reparo,revestimento túneis,contenção de taludes
Peças delgadas, congestionamento de armaduras,
Fluido
difícil acesso de vibração
Submerso Plataformas marítimas
Resfriado Blocos de Fundação com elevado volume
Alto
Alta Resistência, pré-fabricados, protendidos
Desempenho

Rolado Barragens, pavimentos

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CENTRAL DE CONCRETO

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CENTRAL DE CONCRETO

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CENTRAL DE CONCRETO

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Tipos de Concreto

Figura: Concreto Compactado Rolo - CCR

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Figura: Concreto Alto Desempenho - CAD
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Concreto Armado

• O concreto simples é um material que apresenta


alta resistência às tensões de compressão,
porém,apresenta baixa resistência à tração;

• Devido aos esforços de TRAÇÃO na estrutura de


uma edificação houve a necessidade de juntar ao
concreto um material com alta resistência à tração.

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Concreto Armado

• O concreto armado pode ser definido como “a


união do concreto simples e de um material
resistente à tração (envolvido pelo concreto) de
tal modo que ambos resistam solidariamente aos
esforços solicitantes ”(Bastos,2006).

Concreto armado = concreto simples + armadura + aderência.

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Estrutura de Concreto Armado

• É a parte resistente da construção e tem a

função de suportar as cargas(solicitações) e

transmiti-las para o solo.

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Principais elementos estruturais

i. Lajes: são placas que além das cargas

permanentes, recebem ações de uso e as

transmitem para os apoios;

ii. Vigas: são barras horizontais que delimitam as

lajes, suportam paredes e recebem ações das

lajes ou de outra vigas;

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iii) Pilares: são barras verticais que recebem ações

da vigas ou lajes, e dos andares superiores e as

transmitem para elementos inferiores ou para

fundação

iv) Fundação: são elementos como blocos, sapatas e

estacas que transferem os esforços para o solo;

v) Complementares: são considerados elementos

estruturais complementares: escadas, marquises,

caixas d`água, etc. 38


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ü A estrutura de concreto armado constitui-se de

um conjunto monolítico, ou seja, que funcionam

como uma PEÇA ÚNICA.

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Aço

• Quando se alia o ferro a uma pequena


porcentagem de aço carbono, obtem-se o aço

• Armadura é o componente estrutural de uma


estrutura de concreto armado formado pelas
diversas peças de aço (Fusco, 1975);

• Os produtos de aço para concreto estrutural


podem ser divididos nos seguintes tipos:
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• vergalhões e arames para


concreto (barras e fios);

Aço para • telas de aço galvanizados;

Concreto • fios e cordoalhas para concreto


protendido;

• fibras de aço;

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Barras
üobtidas por Laminação a quente ou Trefilação
üdiâmetro ∅ ≥ 5 mm
üFornecimento: Barras retas até 12 m

Fios
üobtidos por Trefilação ou Laminação a frio
üdiâmetro ∅ < 10 mm
üFornecimento: Em rolos de 35 e 60 kg

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Vergalhões (fio) Telas de aço


Vergalhões (barra)

Cordoalhas
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Classificação segundo as características mecânicas

Tensão de Escoamento

CA 25 25 kg/mm² = 250 Mpa = 2500 kg /cm²

CA 50 50 kg/mm² = 500 Mpa = 5000 kg /cm²

CA 60 60 kg/mm² = 600 Mpa = 6000 kg /cm²

Classe do aço

Aço CA 50 - A

Concreto armado Tensão de escoamento (Kg/mm²)

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Classe do Aço

• A separação em classes é feita pelo processo


de fabricação das barras ou fios;

i. Classe A - laminação a quente;

ii. Classe B - deformação a frio ou trefilação;

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Aço CA 50 (barras nervuradas)

Aço CA 60 (fios)

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ü Os feixes (barras) e fios (rolos)devem trazer


obrigatoriamente, o NOME DO FABRICANTE,
CATEGORIA, CLASSE E DIÂMETRO DO AÇO;

Figura: Selo de Conformidade


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Recebimento dos Materiais

A) Aço

• Os fabricantes costumam entregar os


certificados com os resultados dos ensaios
realizados;

• A inspeção tem de ser composta das seguintes


verificações que constituem os critérios de
recebimento:
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i. Verificação visual de defeitos (fissuras,


esfoliações e corrosão) e de comprimento. O
comprimento normal é de 11 m com tolerância
de 9%

ii. Verificação de marcação das barras com


identificação do fabricante;

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iii. Ensaio de tração (resistência ao escoamento,


resistência a ruptura e alongamento);

iv . Ensaio de dobramento

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B) Agregados

• A granulometria deverá ser razoavelmente


uniforme;

• Deverão ser evitadas a presença de :

i. Substâncias nocivas: torrões de argila, matérias


carbonosas e outras substâncias nocivas (
gravetos, mica etc.

ii. Impurezas orgânicas.

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• Tipos de inspeção: visual (agregado graúdo) e


manual (agregado miúdo)

• Teste manual para areia:

i. Esfrega-se uma porção de areia entre a palma


das mãos;

ii. Caso as mãos permaneçam limpas estará em


condição de uso

iii. Caso as mãos fiquem sujas ou manchadas


estará SEM CONDIÇÃO de uso
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• Na compra da areia deverá ser pago somente o


que for efetivamente entregue na obra;

• A medição é feita enfiando-se um ferro de


construção no monte de areia, antes dela ser
descarregada;

• Deve-se também medir as dimensões internas


da caçamba (comprimento e largura);

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• O volume será a média das alturas, multiplicado


pela largura e pelo comprimento da caçamba.

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C) Cimento

ü Quando o cimento é entregue em sacos, estes


devem ter impresso de forma visível, em cada
extremidade, a sigla e a classe correspondentes;

ü Os sacos devem conter 50 Kg líquidos e devem


estar íntegros na ocasião da inspeção;

ü O prazo de validade vem impresso no saco de


cimento e nunca é superior a três meses.
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TIPO DO CIMENTO

CP XXX RR

Cimento Resistência
Composição
Portland aos 28 dias
ou
(Mpa)
qualitativo

Exemplo:

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Armazenamento de Material

I -Cimento

ü As pilhas não excederem de mais de 10 sacos,


salvo se o tempo de armazenamento for no
máximo 15 dias, caso em que pode atingir 15
sacos;

ü O período médio de estocagem do cimento é


de aproximadamente 30 dias;
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ü As pilhas devem ser feitas a 30 cm do piso


sobre estrado de madeira e a 30 cm das
paredes e 50 cm do teto.

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II - Agregados

ü Despejar os agregados em solo firme e limpo;

ü Caso não haja superfície adequada terá de ser


utilizada uma camada de 10 cm de concreto
magro;

ü Utilizar baias com tapumes laterais de madeira


(H≤1,50 m), para evitar a mistura de agregados
de diferentes dimensões.
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ü Fazer uma inclinação no solo, para que a água


escoe no sentido inverso da retirada dos
agregados,

Figura- Baias de separação de agregados

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ü A areia deve ser peneirada para que fique

isenta de sais, óleos, graxas, materiais


orgânicos, barro, detritos e outros.

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Figura: Peneiramento da Areia
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III - Aço

ü Armazenar as barras sobre travessas de madeira


de 30 cm de espessura, apoiadas em solo limpo de
vegetação e protegido com brita;

ü Cobrir com lonas plásticas;

ü Pintar as barras com pasta de cimento de baixa


consistência (avaliar a eficiência periodicamente).

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Figura- Armazenamento das barras sobre travessas de madeira

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IV - Água de Amassamento

ü A água de amassamento do concreto deve ser


guardada em caixas estanques e tampadas, de
modo a evitar a contaminação por substâncias
estranhas. (NBR 12655/2006)

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