Apostila 2 Adjetivos Substantivos

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Aula 01

SEE-MG - Língua Portuguesa - 2023


(Pós-Edital)

Autor:
Equipe Português Estratégia
Concursos, Felipe Luccas

10 de Junho de 2023
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 01

Índice
1) Noções iniciais de Classes de Palavras I
..............................................................................................................................................................................................3

2) Classes variáveis e invariáveis


..............................................................................................................................................................................................4

3) Substantivo
..............................................................................................................................................................................................5

4) Adjetivo
..............................................................................................................................................................................................
17

5) Expressões com Substantivo e Adjetivo


..............................................................................................................................................................................................
23

6) Advérbio
..............................................................................................................................................................................................
31

7) Artigo
..............................................................................................................................................................................................
40

8) Numeral
..............................................................................................................................................................................................
44

9) Interjeição
..............................................................................................................................................................................................
46

10) Palavras especiais


..............................................................................................................................................................................................
48

11) Questões Comentadas - Substantivo - FGV


..............................................................................................................................................................................................
53

12) Questões Comentadas - Adjetivo - FGV


..............................................................................................................................................................................................
59

13) Questões Comentadas - Expressões com substantivo e adjetivo - FGV


..............................................................................................................................................................................................
68

14) Questões Comentadas - Advérbio - FGV


..............................................................................................................................................................................................
71

15) Questões Comentadas - Artigo - FGV


..............................................................................................................................................................................................
74

16) Lista de Questões - Substantivo - FGV


..............................................................................................................................................................................................
76

17) Lista de Questões - Adjetivo - FGV


..............................................................................................................................................................................................
80

18) Lista de Questões - Expressões com substantivo e adjetivo - FGV


..............................................................................................................................................................................................
86

19) Lista de Questões - Advérbio - FGV


..............................................................................................................................................................................................
88

20) Lista de Questões - Artigo - FGV


..............................................................................................................................................................................................
90

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NOÇÕES INICIAIS
Olá, pessoal!
Vamos dar início ao estudo das Classes de Palavras.
Ressalto que essa aula é fundamental para entendermos análises sintáticas e semânticas mais elaboradas.
Se você não entende o uso das classes de palavras, fica muito mais difícil aprender Sintaxe e Interpretar
textos, por exemplo.
Atualmente, as palavras da Língua Portuguesa são classificadas dentro de dez classes gramaticais, conforme
reconhecidas pela maioria dos gramáticos: Substantivo, Adjetivo, Advérbio, Verbo, Conjunção, Interjeição,
Preposição, Artigo, Numeral e Pronome.
Uma palavra é enquadrada numa classe pelas suas características, embora existam muitas palavras que não
são enquadradas nas classes tradicionais, pois não funcionam exatamente como nenhuma delas. Um
exemplo são o que denominamos de "palavras denotativas": parecem advérbios, mas não fazem o que o
advérbio faz, isto é, não modificam verbo, adjetivos ou outro advérbio.
Há também uma estreita relação entre a classe da palavra e sua função sintática. Por exemplo, a palavra
“hoje” é um advérbio de tempo, da classe dos advérbios. Qual é sua função sintática? É expressão de uma
circunstância de tempo, um adjunto adverbial de tempo.
Além disso, estudaremos que um conjunto de palavras pode equivaler a uma classe gramatical e, assim,
substituir essa palavra sem prejuízo à correção ou ao sentido. Esses conjuntos são chamados de locuções e
serão classificadas de acordo com a classe que substituem. Por exemplo, podemos ter uma pessoa “corajosa”
(adjetivo) ou uma pessoa “com coragem” (locução adjetiva).
Não se desespere! Traremos detalhes sobre isso e faremos muitas questões...
Grande abraço e ótimos estudos!

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CLASSES VARIÁVEIS X CLASSES INVARIÁVEIS


Algumas classes são variáveis, seguem regras de concordância, ou seja, flexionam-se em número e gênero,
como o substantivo, o adjetivo, o pronome, o numeral e o verbo.
Outras classes permanecem invariáveis, sem flexão, sem concordância, como advérbios, conjunções e
preposições.
Observe:
“João é bonito, Joana é feia e seus filhos são medianos”
“João anda apressadamente e Joana, lentamente”.

Na primeira sentença há concordância de gênero e número. Isso porque “bonito” é adjetivo, “seus” é
pronome e “filhos” é substantivo, todas classes variáveis.
No segundo, o termo “lentamente” não varia, porque é advérbio, uma classe invariável.

A diferença é simples, mas deve ser lembrada sempre que formos estudar cada uma das classes de palavras,
ok?!

Resumindo....

Classes variáveis Classes invariáveis


• Substantivo • Advérbio
• Adjetivo • Conjunção
• Numeral • Preposição
• Pronome
• Verbo

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SUBSTANTIVOS
O substantivo é a classe que dá nome a seres, coisas, sentimentos, qualidades, ações (homem, gato, carro,
mesa, beleza, inteligência, estudo...). Em suma, é o nome das coisas em geral, é a palavra que nomeia tudo
o que percebemos.
É uma classe variável, pois se flexiona em gênero, número e grau: um gato, dois gatos, três gatas, quatro
gatinhas, cinco gatonas...

Classificação dos substantivos


Relembremos rapidamente as classificações dos substantivos.

CLASSIFICAÇÃO DEFINIÇÃO EXEMPLOS

PRIMITIVO Não se origina de outra palavra da pedra, mulher, felicidade


língua e, portanto, não traz afixos
(prefixo ou sufixo).

DERIVADO Deriva de uma palavra primitiva, pedreiro, mulherão, infelicidade


traz afixos (sufixos ou prefixos).

SIMPLES É constituído por uma única homem, pombo, arco


palavra, possui apenas um
radical.

COMPOSTO É constituído por mais de uma homem-bomba, pombo-


palavra, possui mais de um correio, arco-íris
radical.

COMUM Designa uma espécie ou um ser mulher, cidade, cigarro


qualquer representativo de uma.

PRÓPRIO Designa um indivíduo específico Maria, Paris, Malboro


da espécie.

CONCRETO Designa um ser que existe por si pedra, menino, carro, Deus, fada
só, de existência autônoma e
concreta, seja material, espiritual,
real ou imaginário.

ABSTRATO Designa ação, estado, criação, coragem, liberalismo


sentimento, qualidade, conceito.

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COLETIVOS Designa uma pluralidade de seres tropa (soldados),


da mesma espécie. cardume (peixes),
alcateia (lobos, animais ferozes),
frota (veículos).

A classificação de um substantivo não é fixa e absoluta, depende do contexto. Observe:


Ex: Judas foi um apóstolo (Próprio) x O amigo revelou-se um judas (Comum => traidor)
A saída é o estudo (Abstrato => solução) x A saída de incêndio é ali (Concreto => porta)

Os substantivos ainda podem ser classificados de acordo com a sua flexão de gênero (masculino/
feminino).

BIFORMES Mudam de forma para indicar lobo x loba


gêneros diferentes. capitão x capitã
ateu x ateia
boi x vaca

UNIFORMES São os que possuem apenas uma o estudante / a estudante


forma para indicar ambos os o artista famoso/ a artista
gêneros. famosa

Os substantivos uniformes ainda subdividem-se em:

EPICENOS Referem-se a animais que só têm A águia, A cobra, O gavião.


um gênero para designar tanto o A variação de gênero se dá com
masculino quanto o feminino.
acréscimo de “macho/fêmea”: a
cobra macho, o gavião fêmea...

SOBRECOMUNS Referem-se a pessoas de ambos A criança, O cônjuge, O carrasco,


os sexos. A pessoa, O monstro, O algoz, A
vítima.

COMUNS DE DOIS GÊNEROS Apresentam uma forma única O chefe, A chefe, O cliente, A
para masculino e feminino e a cliente, O suicida, A suicida.
distinção é feita pelo “artigo” (ou

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outro determinante, como


pronome, numeral...).

Formação de substantivos
Para reconhecer um substantivo, ajuda muito saber como podem ser formados e quais são suas principais
terminações.
Quanto à sua formação, os substantivos podem ser classificados em primitivos e derivados:
Os primitivos são a forma original daquele substantivo, sem afixos: pedra, fogo, terra, chuva.
Os derivados se originam dos primitivos, com acréscimo de afixos (prefixos ou sufixos): pedreiro, fogareiro,
terrestre, chuvisco. Esse processo é chamado de derivação sufixal e ocorre também com verbos que recebem
sufixos substantivadores:
pescar > pescaria;
filmar > filmagem;
matar > matador;
militar > militância;
dissolver > dissolução;
corromper > corrupção.

Veja um quadro com as mais comuns terminações formadoras de substantivos.

Faca>facada Pena>penugem Bom>bondade Avaro>avareza


Sorvete>sorveteria Advogado>advocacia Velho>velhice Alto>altitude
Banco>bancário Delegado>delegacia Grato>gratidão Jovem>juventude
Contabilidade>contabilista Apêndice>apendicite Calvo>calvície Eufórico>euforia
Açougue>açougueiro Brônquios>bronquite Imundo>imundície Feio>feiura
Obra>operário Dinheiro>dinheirama Insensato>insensatez Alegre>alegria
Folha>folhagem Negro>negrume Belo>beleza Amargo>Amargor

Há também o processo inverso, chamado derivação regressiva, em que um substantivo abstrato indicativo
de ação é formado por uma redução:

CANTAR CANTO

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ALMOÇAR ALMOÇO

Além disso, destaco que substantivos podem surgir por processos de nominalização de outras classes. Os
verbos têm formas nominais:
Verbo Fazer: gerúndio (fazendo), infinitivo (fazer) e particípio (feito).
Ex: Feito é melhor que perfeito.
Mesmo não fazendo perfeito, o fazer é melhor que não o fazer.

Note que o artigo tem o poder de substantivar qualquer classe:

Ex: O fazer é melhor que o esperar. (verbo “fazer” foi substantivado pelo artigo “o”)
O porém deve vir após a vírgula. (conjunção “porém” foi substantivada pelo
artigo “o”)

Esse processo acima possibilitado pelo artigo se chama “derivação imprópria”, pois utiliza uma palavra de
uma classe em outra classe, da qual não é “própria”, ou seja, à qual não pertence.
Conhecer esses mecanismos ajuda a ‘reconhecer’ os substantivos nas questões de prova.

(CRMV-DF / AGENT ADMINISTRATIVO / 2022)


É a infelicidade como algo real e concreto, alguma coisa que podemos acompanhar com os olhos ali,
desfilando pelas ruas, um ser que podemos tocar ao estender a mão.
Analise a afirmativa a seguir:
A palavra “ser” (linha 6) está empregada como substantivo.
Comentários:
Lembre-se da regra: o artigo ("um") tem o poder de substantivar qualquer classe: "ser", a princípio é verbo.
Questão correta.

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(PREF. SANTA MARIA DA BOA VISTA (PE) / NUTRICIONISTA / 2020 - Adaptada)


Analise a afirmativa a seguir:
Substantivo abstrato é o que designa ser de existência independente: prazer, beijo, trabalho, saída, beleza,
cansaço, por exemplo.
Comentários:
A definição acima se refere a substantivo concreto. Substantivo abstrato é aquele que designa ação, estado,
sentimento, qualidade, conceito. Questão incorreta.

(SEDF / 2017)
Mesmo sem insistir em tal ou qual ação secundária das novas condições de vida física e social e de contato
com os indígenas (e posteriormente com os africanos), é obvio que a língua popular brasileira tinha de
diferençar-se inelutavelmente da de Portugal, e, com o correr dos tempos, desenvolver um coloquialismo.
Os vocábulos “africanos” e “correr”, originalmente pertencentes à classe dos adjetivos e dos verbos,
respectivamente, foram empregados como substantivos no texto.
Comentários:
Sim. O artigo é o substantivador por excelência. A palavra “africano” pode ser adjetivo, se estiver ligada a
um substantivo. No entanto, foi usado como substantivo, como se comprova pela presença do artigo “os”.
O verbo correr também foi substantivado pelo artigo, e, como substantivo, até recebeu uma locução adjetiva
“dos tempos”. Questão correta.

Flexão dos substantivos


Como vimos, o substantivo é a palavra que se flexiona em gênero e número.
Os substantivos podem ser simples, formados por apenas uma palavra, ou, mais tecnicamente, um só radical;
ou compostos, formados por mais de uma palavra ou radical.
Em geral, os substantivos simples normalmente têm seu plural formado com mero acréscimo da letra /S/:
Carro(s), Menina(s), Pó(s)...
Contudo, também podem ter outras terminações:
Reitores, Males, Xadrezes, Caracteres, Cônsules, Reais, Animais, Faróis, Fuzis, Répteis, Projéteis.
Palavras como “ônix” e “tórax” não vão ao plural.
Outras palavras, por sua vez, só são usadas no plural:
NÚPCIAS FEZES FÉRIAS ARREDORES

De modo geral, palavras terminadas em “ão” basicamente recebem o /S/ de plural (mãos, irmãos, órgãos)
ou fazem plural em “es” (capelães, capitães, escrivães, sacristães, tabeliães, catalães, alemães).
Contudo, há palavras que admitem duas e até três formas de plural:

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Charlatão: charlatões — charlatães Vilão: vilãos — vilões — vilães


Corrimão: corrimãos — corrimões Aldeão: aldeãos — aldeões — aldeães
Cortesão: cortesãos — cortesões Ancião: anciãos — anciões — anciães
Anão: anãos— anões Ermitão: ermitãos — ermitões — ermitães
Guardião: guardiões — guardiães Cirurgião: — cirurgiões— cirurgiães
Refrão: refrãos — refrães Vulcão: vulcãos — vulcões
Sacristão: sacristãos — sacristães
Zangão: zangãos — zangões

Plural dos substantivos compostos


A regra geral é “quem varia varia; quem não varia não varia”. O que isso significa na prática?
Significa que se o termo é formado por classes variáveis, como substantivos, adjetivos, numerais e pronomes
(exceto o verbo), ambos variam.
Ex: Substantivo + Substantivo: Couve-flor => Couves-flores
Numeral + Substantivo: Quarta-feira => Quartas-feiras
Adjetivo + Substantivo: Baixo-relevo => Baixos-relevos

Por consequência, as classes invariáveis (e os verbos) não variam em número:


Ex: Verbo + Substantivo: Beija-flor => Beija-flores
Advérbio + Adjetivo: Alto-falante => Alto-falantes
Interjeição + Substantivo: Ave-maria => Ave-marias

Essa é a regra geral. Contudo, há exceções quando falamos em plural de nomes compostos. Vamos ver as
mais importantes e que caem com mais frequência em sua prova:

Quando o segundo substantivo especifica o primeiro


Na composição de dois substantivos, se o segundo especificar o primeiro por uma relação de tipo,
semelhança ou finalidade, é mais comum que o segundo termo, por ser delimitador, não varie, fique no
singular. Contudo, é também correto flexionar os dois!
Ou seja, nesses casos são corretas as duas formas!

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Ex: banhos-maria OU banhos-marias


pombos-correio OU pombos-correios
salários-família OU salários-famílias
peixes-espada OU peixes-espadas
licenças-maternidade OU licenças-maternidades

Note que o “pombo” tem a finalidade de ser correio, o “peixe” parece uma espada e assim por diante...

Estrutura “substantivo + preposição + substantivo”


Se a estrutura for “substantivo+preposição+substantivo”, apenas o primeiro item da composição se
flexiona:
Ex: Pé de moleque => Pés de moleque
Mula sem cabeça => Mulas sem cabeça
Mão de obra => Mãos de obra
Pôr do sol => Pores do sol ( “pôr” é visto de forma substantivada, não como verbo)

Guarda (verbo) x Guarda (substantivo)


Em "Guarda-chuva" e "Guarda-roupa", "guarda" é verbo e por isso somente o segundo item
se flexiona: Guarda-chuvas e Guarda-roupas.
Em "Guarda-noturno", "Guarda-florestal" e "Guarda-civil", “guarda” é substantivo, ou seja,
o próprio sujeito, o homem. Por isso, nesse caso, como temos substantivo + adjetivo, os
dois termos são flexionados: Guardas-florestais, Guardas-civis e Guardas-noturnos.

Lembre-se ainda que o plural de “mal-estar” é “mal-estares”, pois "estar", nesse caso, é sua forma
substantivada (e não verbo). Assim, como temos a estrutura "advérbio + substantivo", o segundo termo é
flexionado.

Por outro lado, "louva-a-deus" não varia.

Para finalizar, lembre-se que o plural de “arco-íris” é “arcos-íris”.

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(CÂMARA DE LAGOA DE ITAENGA-PE / 2022)


Os substantivos terminados em -ão presentes no excerto “Através da arte o ser humano expressa ideias,
emoções, percepções e sensações.” (6º parágrafo) fazem plural apenas com a terminação em - ões, como se
contata. Assinale a alternativa em que o vocábulo abaixo admite só duas possibilidades de formação de
plural:
A) aldeão.
B) ermitão.
C) tabelião.
D) capelão.
E) charlatão.
Comentários:
A questão pede o substantivo que admite plural de duas formas diferentes. De acordo com o VOLP
(Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa), capelão (capelães) possui apenas uma forma de plural; já
ermitão (ermitãos, ermitões e ermitães), aldeão (aldeãos, aldeões e aldeães) e tabelião (tabeliães, tabeliões
e tabeliãos) possuem três formas de plural. Assim, por exclusão, temos "charlatão", que apresenta apenas
suas formas de plural (charlatães e charlatões). Portanto, gabarito Letra E.

(TRF 1ª REGIÃO / 2017)


Haveria prejuízo gramatical para o texto caso a palavra “procedimentos-padrão” fosse alterada para
procedimentos-padrões.
Comentários:
Não haveria prejuízo para o texto caso se efetuasse a referida troca, pois há duas regras válidas: flexionar os
dois substantivos pela regra geral, ou flexionar somente o primeiro pela regra específica de delimitação por
tipo/finalidade/semelhança. Questão incorreta.

Grau do Substantivo
O substantivo também pode variar em grau, aumentativo e diminutivo.
É importante lembrar que o diminutivo/aumentativo pode ter valores discursivos de afetividade e de
depreciação irônica.
Ex: Olha o cachorrinho que eu trouxe para você. (afetividade)
Que sujeitinho descarado esse! (pejorativo; depreciativo; irônico)
Queridinho, devolva o que roubou. (depreciativo; irônico)

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Há diversos outros sufixos de grau do substantivo. Vejamos também seus valores no discurso:
Ex: Então... O sabichão aí se enganou de novo? (ironia)
Não trabalho tanto para dar dinheiro àquele padreco! (depreciação)
O Porsche é um carrão! (admiração)
Achei que aquilo era uma pousada, mas era um casebre! (depreciação)
Titanic não é um filminho qualquer, é um filmaço. (depreciação/apreciação)
Kiko, não se misture com essa gentalha! (desprezo)

O plural do diminutivo se faz apenas com o acréscimo de "ZINHOS" ou "ZITOS" ao plural da palavra, cortando-
se o /S/. Assim:
animalzinho = animais + zinhos => animaizinhos
coraçãozinho = corações + zinhos => coraçõezinhos
florzinha = flores + zinhas => florezinhas
papelzinho = papéis + zinhos => papeizinhos
pazinha = pás + zinhas => pazinhas
pazinha = pazes + zinhas => pazezinhas

Em alguns casos, são aceitas como corretas duas formas. É o caso de:
colherzinha OU colherinha
florzinha OU florinha
pastorzinho OU pastorinho

(PREF. FRECHEIRINHA (CE) / PROFESSOR / 2021)


Está errado o aumentativo de um dos substantivos. Assinale-o
A) amigo – amigalhão.
B) gato – gatarrão.
C) ladrão – ladravaz.
D) mão – manopla.
E) pata – pataca.

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Comentários:
O aumentativo de "pata" é feito com o sufixo -orra, ou seja, é "patorra". Os demais aumentativos estão
corretos. Gabarito: Letra E.

(SEDF /2017)

O emprego do diminutivo no texto está relacionado à expressão de afeto e ao gênero textual: carta familiar.
Comentários:
O diminutivo, aqui formado pelo sufixo “-inha”, pode ter valor afetivo, subjetivo, carinhoso. Esse uso é
perfeitamente coerente com a linguagem familiar e cheia de afeto usada pela avó para falar com seu neto
numa carta. Questão correta.

Papel Sintático do Substantivo


A partir de agora, veremos como a “classe” da palavra e “função sintática” se comunicam. Veremos,
inclusive, que são indissociáveis.
Para isso, será necessário fazer referência a algumas funções sintáticas. Se você por acaso não recordar em
absoluto dessas funções, não se preocupe: aprofundaremos esse ponto em “Sintaxe”. Vejamos...

Para identificar o substantivo, devemos saber: quando tivermos uma função sintática nominal (centrada em
um nome), como sujeito, objeto, adjunto adnominal e complemento nominal, o substantivo será
normalmente o núcleo dessa função, o elemento central e principal, e será modificado por termos “satélites”
(orbitam, ficam “em volta”), como artigos, numerais, adjetivos e pronomes.
Muito gramatiquês junto?! Vamos ver isso num exemplo:

Os seus cinco patinhos amarelos nadam na lagoa


Sujeito Adj. Adv.

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Vejamos as classes de cada uma das palavras do exemplo acima:


Os: artigo, variável, se refere ao substantivo "patinhos" e concorda com ele em gênero (masculino) e número
(plural).
Seus: pronome possessivo, variável, se refere ao substantivo "patinhos" e concorda com ele em gênero
(masculino) e número (plural).
Cinco: numeral adjetivo, variável, também se refere ao substantivo "patinhos".
Patinhos: substantivo, núcleo da função sintática "sujeito" e é responsável pela concordância das classes que
se referem a ele.
Amarelos: adjetivo, variável, se refere ao substantivo "patinhos" e concorda com ele em gênero (masculino)
e número (plural).
Nadam: verbo, variável, se refere ao substantivo "patinhos" e concorda com ele em terceira pessoa (eles) e
número (plural).
Na lagoa: locução adverbial de lugar. Exprime circunstância e equivale a um advérbio (classe), que é
invariável e tem função sintática de adjunto adverbial de lugar.

Vejamos agora um segundo exemplo


“O1 meu2 violão3 novo4 quebrou”.

Qual termo dá nome ao objeto? A resposta deverá ser: Violão.


Se eu perguntar: “o que quebrou?”, a resposta será O1 meu2 violão3 novo4. Dessa expressão inteira, a palavra
central é “violão”, que é especificada por termos acessórios (o, meu, novo). Por isso, “violão” é o núcleo do
sujeito.

O substantivo é classe nominal variável e ocupa sempre o núcleo de qualquer função sintática
nominal.

Na expressão: “tenho medo de bruxas”, o complemento nominal “de bruxas” tem como núcleo
o substantivo “bruxas” e completa o sentido vago da palavra “medo”.

Se o substantivo é “núcleo”, há classes que são “satélites” e “orbitam” em volta dele e concordam
com ele.
Essas classes que se referem ao substantivo são o artigo, o numeral, o adjetivo e o pronome
(veremos essas classes adiante).

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Então, já podemos perceber que o “substantivo” é o núcleo dos termos sintáticos sublinhados nos exemplos
abaixo:
1As meninas ricas do Leblon compraram 2muitos vestidos.
O muro 3de concreto é resistente.
Eles têm consciência 4de meus defeitos.

Em 1, “meninas” é o núcleo do sujeito, que está sublinhado.


Em 2, “vestidos” é núcleo do objeto de “compraram”, complemento desse verbo ("Quem compra, compra
alguma coisa". Nesse caso, compra “muitos vestidos”).
Em 3, o termo “de concreto” qualifica o substantivo “muro” e está “junto” a ele. Então, temos uma função
chamada “adjunto adnominal” e seu núcleo é justamente o substantivo “concreto”.
Em 4, o termo “de meus defeitos” complementa o nome “consciência”, porque "quem tem consciência tem
consciência de alguma coisa". No caso, consciência “de meus defeitos”. Observe novamente como o núcleo
é um substantivo.

Por outro lado, algumas classes de palavras também podem vir classificadas como “substantivas” (função ou
papel de substantivo), se puderem substituir um nome, ou seja, se puderem vir no lugar de um substantivo,
como “núcleo”.
Vejamos o exemplo abaixo
Minhas mãos estão limpas, lave as suas [mãos].

Note que "suas" é pronome possessivo substantivo, pois substitui o substantivo “mãos”, que está implícito.

Tranquilo?! Não se preocupe, aprofundaremos tais funções futuramente. Mas já fica registrada a relação
básica entre a classe e a função sintática.

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ADJETIVO
O adjetivo é a classe variável que se refere ao substantivo ou termo de valor substantivo (como pronomes),
para atribuir a ele alguma qualificação, condição ou estado, restringindo ou especificando seu sentido.
Ex: homem mau, mulher simples, céu azul, casa arruinada.

É classe variável, que “orbita” em torno do substantivo e concorda com ele em gênero e número.

Ex: homens maus, mulheres simples, céus azuis, casas arruinadas.

O adjetivo pode também ser substantivado:


“Céu azul” => “O azul do céu”.

É comum também substituir o adjetivo por “locução” ou “oração” adjetiva:


Ex: “Cidadão inglês”x “Cidadão da Inglaterra” x “Cidadão que é nativo da Inglaterra”.

Classificação dos adjetivos

CLASSIFICAÇÃO DEFINIÇÃO EXEMPLOS

SIMPLES Possui apenas um radical. Estilo literário.

COMPOSTO Possui mais de um radical. Estilo lítero-musical.

PRIMITIVO Forma original, não derivado de Homem bom.


outra palavra.

DERIVADO É formado a partir de outra Ele é bondoso.


palavra.

EXPLICATIVO Indica característica inerente e Homem mortal.


geral do ser.

RESTRITIVO Indica característica que não é Homem valente.


própria do ser.

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GENTÍLICO Relativos a povos e raças. israelita

PÁTRIO Relativos a cidades, estados, israelense


países e continentes.

Vejamos alguns exemplos de adjetivos pátrios, atenção à formação.


Vou destacar as terminações típicas dos adjetivos que indicam origem.
/ês/: português, inglês, francês, camaronês, norueguês
/ano/: goiano, americano, africano, angolano, mexicano
/ense/: estadunidense, fluminense, amazonense
/ão/, /eiro/: afegão, alemão, catalão, brasileiro, mineiro
/ol/, /eta/, /ita/: espanhol, mongol, lisboeta, vietnamita
/ino/, /eu/: argentino londrino, europeu, judeu
/tico/: asiático
/enho/: panamenho, costa-riquenho, porto-riquenho

Cuidado: esses adjetivos são grafados com letras minúsculas.

Como apresentado na tabela, os adjetivos chamados de “uniformes” têm uma só forma para masculino ou
feminino e normalmente são os terminados em /a/, /e/, /ar/, /or/, /s/, /z/ ou /m/:
Ex: hipócrita, homicida, asteca, agrícola, cosmopolita
árabe, breve, doce, constante, pedinte, cearense
superior, exemplar, ímpar
simples, reles
feliz, feroz
ruim, comum

Flexão dos adjetivos compostos


No plural dos adjetivos compostos, como luso-americanos, afro-brasileiras, obras político-sociais, a primeira
parte do composto é reduzida e somente o segundo item da composição vai para o plural.
Essa é a regra para o plural dos adjetivos compostos em geral. Contudo, vejamos algumas exceções que são
recorrentes em sua prova:

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Adjetivo composto formado por “adjetivo + substantivo”


Se houver um substantivo na composição do adjetivo composto (adjetivo + substantivo), nenhuma das
partes vai variar:
Ex: amarelo-ouro => camisa amarelo-ouro; camisas amarelo-ouro
verde-oliva => parede verde-oliva; paredes verde-oliva
vermelho-sangue => caneta vermelho-sangue; canetas vermelho-sangue

Adjetivos compostos invariáveis


Alguns adjetivos, no entanto, são sempre invariáveis. Vejamos:
azul-marinho => camisa azul-marinho; camisas azul-marinho
azul-celeste => parede azul-celeste; paredes azul-celeste
furta-cor => calça furta-cor; calças furta-cor
ultravioleta => raio ultravioleta; raios ultravioleta
sem-terra => povo sem-terra; povos sem-terra
verde-musgo => almofada verde-musgo; almofadas verde-musgo
cor-de-rosa => jaqueta cor-de-rosa; jaquetas cor-de-rosa
zero-quilômetro => caminhonete zero-quilômetro; caminhonetes zero-quilômetro

Valor objetivo (fato) x Valor subjetivo (opinião)


Os adjetivos podem ter valor subjetivo, quando expressam opinião; ou podem ter valor objetivo, quando
atestam qualidade que é fato e não depende de interpretação.
Os adjetivos opinativos, por serem marca de expressão de uma opinião, são acessórios, podem ser retirados,
sem prejuízo gramatical.
Veja:
Adjetivos opinativos X Adjetivos objetivos
carro bonito carro preto
turista animado turista japonês

Os adjetivos chamados “de relação” são objetivos e, por isso, não aceitam variação de grau e não podem
ser deslocados livremente, posicionando-se normalmente após o substantivo.
São derivados de substantivos e estabelecem com o substantivo uma relação de tempo, espaço, matéria,
finalidade, propriedade, procedência etc.
Tais adjetivos indicam uma categorização “técnica”, “objetiva” e tornam mais preciso o conceito expresso
pelo substantivo, restringindo seu significado.

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O gramático Celso Cunha dá os seguintes exemplos:


Nota mensal => nota relativa ao mês
Movimento estudantil => movimento feito por estudantes
Casa paterna => casa onde habitam os pais
Vinho português => vinho proveniente de Portugal

Observe que não podemos escrever “português vinho” nem “vinho muito português”. Ser “português” é
uma categorização objetiva do vinho, não expressa opinião.

Essas características vão nos ajudar em questões sobre a inversão da ordem “substantivo + adjetivo”,
estudada adiante.

(PREF. MANAUS / 2022)


O artigo 9º do Estatuto do Idoso diz:
“É obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde, mediante efetivação de políticas
sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável e em condições dignas.”
Entre os cinco adjetivos sublinhados, aqueles que mostram valor de opinião, são
(A) saudável / dignas.
(B) idosa / sociais.
(C) públicas / dignas.
(D) sociais / públicas.
(E) idosa / saudável.
Comentários:
Aqui, "idoso" é um adjetivo meramente classificatório, objetivo, não tem "julgamento" embutido, não traz
subjetividade, valoração. Só a título de curiosidade:
"Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), idoso é todo indivíduo com 60 anos ou mais. O mesmo
entendimento está presente na Política Nacional do Idoso (instituída pela lei federal 8.842), de 1994, e no
Estatuto do Idoso (lei 10.741), de 2003."
O mesmo vale para "sociais e públicas" que apenas descrevem objetivamente a função das políticas. Uma
política pode ser social, ser econômica, ser fiscal. Tudo isso é objetivo.
Por outro lado, "saudável" e "dignas" são adjetivos valorativos, indicam julgamento, opinião. Pode-se de
discutir o que é mais ou menos saudável ou digno para cada pessoa. Gabarito letra A.

(TCE PB / 2018)
Maus hábitos cotidianos muitas vezes são, na verdade, práticas antiéticas e até ilegais, que devem, sim, ser
combatidas.
Os termos “antiéticas”, “ilegais” e “combatidas” qualificam a palavra “práticas”.
Comentários:

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“antiéticas” e “ilegais” qualificam sim o substantivo “práticas”. Contudo, “combatidas” é um verbo numa
frase em voz passiva: “devem ser combatidas” (ver aula de verbos), não é um adjetivo. Questão incorreta.

(TRE TO / Analista / 2017)


No início da Idade Média, as monarquias germânicas continuaram sendo teoricamente, e por vezes
praticamente, eletivas, como a monarquia visigótica.
Julgue o item: o adjetivo “germânicas” expressa um atributo negativo de “monarquias”.
Comentários:
Adjetivo que indica origem é objetivo, não expressa opinião, negativa ou positiva. A Monarquia era
germânica, em oposição a inglesa, americana, espanhola... Não é um atributo, é uma categoria objetiva, um
fato. Questão incorreta.

Papel sintático do Adjetivo


Aqui, novamente a morfologia e a sintaxe se mostram indissociáveis.
Por seu sentido “qualificador” e por se ligar a “substantivos”, o adjetivo pode ter duas funções sintáticas:
Predicativo (João é chato /Considerei o filme chato)
Adjunto adnominal (O carro velho quebrou).

Ser um Adjetivo x Ter “valor/papel” adjetivo


Apesar de “adjetivo” ser uma classe própria, outras classes serão chamadas também de “adjetivas” se
tiverem o papel que o adjetivo tem, ou seja, se referirem-se a substantivos para especificá-los. Então há
diferença entre “ser um adjetivo” (classe) e ter “papel/função” adjetiva.
Observe:
“O1 meu2 violão novo3 quebrou”

Os termos 1, 2 e 3 têm “papel” adjetivo, pois se referem ao substantivo “violão”.


Podemos dizer também que tais termos são “adjuntos adnominais” de “violão”, palavra substantiva que tem
função de núcleo.
Veja também que “papel” ou “função adjetiva” NÃO SIGNIFICA QUE A PALAVRA SEJA DA CLASSE DOS
ADJETIVOS: os adjuntos "o", "meu" e "novo" são, respectivamente, artigo, pronome possessivo e adjetivo.
Ou seja, somente “novo” é um adjetivo de fato.
Portanto, lembre-se que “papel adjetivo” está diretamente ligado a “adjunto adnominal”.

Vejamos outro exemplo:


Seus filhos são bonitos

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Na frase acima, o pronome “seus” é classificado como pronome possessivo “adjetivo”, porque se refere ao
substantivo “filhos”, como um adjetivo faria.

Assim, temos que ter em mente que uma classe por exercer funções ou papéis de outras classes, a depender
da sua ocorrência.
Vejamos o exemplo abaixo:
Ex: Minhas mãos estão limpas, lave as suas [mãos].

"Minhas" é pronome possessivo adjetivo, pois se refere ao substantivo "mãos" e "suas" é pronome
possessivo substantivo, pois substitui o substantivo “mãos”, que está implícito. O mesmo ocorre com os
numerais:
Ex: Dois irmãos estão doentes, ajudarei os dois [irmãos].

Da mesma forma, o primeiro "dois" é um numeral adjetivo (tem papel adjetivo), o segundo "dois" é numeral
substantivo, pois substitui o substantivo “irmãos”.

Em algumas questões, a Banca pode pedir qual palavra tem “valor adjetivo” ou “exerce papel adjetivo”.
Quando isso ocorrer, não se limite a procurar adjetivos propriamente ditos, pois a resposta pode estar em
outra classe que modifique o substantivo, em função de adjunto adnominal.
Esse tipo de análise também é fundamental para estudarmos a função sintática dos termos, já que uma
mesma palavra pode ter diferentes funções sintáticas, dependendo do termo a que ela se refere ou de
funcionar ou não como núcleo da expressão. Fique ligado!

(TCE-PB / AGENTE DE DOCUMENTAÇÃO / 2018)


[...] Em primeiro lugar, deve-se ter em mente o aspecto que se está comparando e, em segundo, deve-se
considerar que essa relação não é nem homogênea nem constante.
Julgue o item. O vocábulo “constante” foi empregado para qualificar o termo “aspecto”.
Comentários:
Aqui temos o adjetivo “constante” qualificando o substantivo “relação”, não aspecto. Questão incorreta.

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ORDEM DA EXPRESSÃO NOMINAL “SUBSTANTIVO +


ADJETIVO”
Agora veremos o efeito da troca de ordem em algumas palavras.
Uma expressão formada por substantivo + adjetivo é uma expressão nominal (ou sintagma nominal), porque
o núcleo é um nome (substantivo). A ordem “natural” do sintagma é essa. Quando trocamos essa ordem,
poderemos ter 3 casos:

1) Não muda nem a classe nem o sentido.


Ex: Cão bom x Bom cão
(Sub. + Adj.) (Adj. + Sub.)

2) Muda o sentido sem mudar as classes.


Ex: Candidato pobre x Pobre candidato
(Sub. + Adj.) (Adj. + Sub.)
Mudança no sentido: "pobre" é um adjetivo objetivo relativo a recursos financeiros. Na
segunda expressão, "pobre" significa coitado, digno de pena.

Vejam os pares principais que se encaixam nesse segundo caso.


simples questão (mera questão) único sabor (não há outro, só um)

questão simples (não complexa) sabor único (sabor inigualável)

grande homem (grandeza moral) alto funcionário (patente)

homem grande (grandeza física) funcionário alto (altura física)

novas roupas (roupas diferentes) pobre homem (coitado)

roupas novas (roupas não usadas) homem pobre (sem recursos)

nova mulher (outra mulher) bravo soldado (valente)

mulher nova (mulher jovem) soldado bravo (irritado)

velho amigo (de longa data) falso médico (não é médico)

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amigo velho (idoso) médico falso (não é verdadeiro)

3) Muda a classe, e muda necessariamente o sentido.


Ex: alemão comunista x comunista alemão
(Sub. + Adj.) (Sub. + Adj.)
Mudança no sentido: "Alemão", no segundo sintagma, se tornou característica,
especificação, do substantivo comunista, ou seja, um
comunista nascido na Alemanha. No primeiro caso, temos um
alemão que é "comunista" (em oposição, por exemplo, a um
alemão guitarrista, turista, generoso).

Sempre que houver essa alteração morfológica, ou seja, troca de classes, haverá mudança de
sentido, porque muda o foco, ainda que pareça coincidir bastante o sentido.

Esse critério salva sua pele em questões em que fica difícil enxergar a sutil mudança semântica
que ocorre.

Lembre-se da famosa frase de Machado de Assis:


“não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor”.
No primeiro caso, temos “um autor que veio a falecer”. No segundo, temos um “defunto que
passou a escrever”.

Vejamos agora alguns pares desse tipo, para você reconhecer na hora da prova:

O presidente foi um preso político. (substantivo + adjetivo)

O presidente é um político preso. (substantivo + adjetivo)

Um amigo médico me disse que comer não é doença. (substantivo + adjetivo)

Um médico amigo não supera um médico competente. (substantivo + adjetivo)

O carioca fumante soprou fumaça nas crianças. (substantivo + adjetivo)

O fumante carioca soprou fumaça nas crianças. (substantivo + adjetivo)

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Em alguns casos, pode ser difícil detectar quem é o substantivo (Ex: sábio religioso), então a gramática nos
diz que a tendência lógica é considerar o primeiro termo substantivo e o segundo adjetivo.

Locuções Adjetivas
Como mencionei, locuções são grupos de palavras que equivalem a uma só.
As locuções adjetivas são formadas geralmente de preposição+substantivo e substituem um adjetivo.
Essas locuções funcionam como um adjetivo, qualificam um substantivo, e desempenham normalmente uma
função chamada adjunto adnominal.
Ex: Homem covarde => Homem sem coragem
Cara angelical => Cara de anjo

Porém, algumas expressões semelhantes, também formadas de preposição + substantivo não podem ser
vistas como um adjetivo, nem substituídas por adjetivo, pois serão um complemento nominal, um termo
obrigatório que completa o sentido de uma palavra.
Ex: Construção do muro = ***múrica, murística, mural???

Por que falaremos disso agora?


Porque a Banca do seu concurso explora essa diferença entre adjunto adnominal (equivale a adjetivo) e
complemento nominal justamente perguntando ao candidato qual é o termo que exerce ou não papel de
adjetivo, ou seja, qual é adjunto adnominal (locução adjetiva) ou complemento nominal, respectivamente.

Esse assunto será detalhado na aula de Sintaxe. Contudo, vamos logo acabar com sua ansiedade e ver a
diferença entre os dois nesse contexto das locuções adjetivas.

Seguem exemplos de locuções adjetivas, expressões preposicionadas que tem função de adjetivo (vêm
adjuntas ao substantivo, com função de adjunto adnominal).
Ex: A coluna tinha forma de ogiva x A coluna tinha forma ogival.
Comi chocolates da Suíça x Comi chocolates suíços.
Tenho hábitos de velho x Tenho hábitos senis

As expressões preposicionadas acima são morfologicamente classificadas como locuções adjetivas (na
função sintática de adjuntos adnominais), pois se referem a substantivo, podem normalmente ser
substituídas por um adjetivo equivalente ou trazem uma relação de posse ou pertinência: a ogiva tem
aquela forma, a Suíça tem aqueles chocolates e os hábitos são do velho.

Alguns exemplos de outras locuções e seus adjetivos correspondentes:

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de irmão fraternal de frente frontal

de paixão passional de ouro áureo

de trás traseiro de ovelha ovino

de lago lacustre de porco suíno ou porcino

de lebre leporino de prata argênteo ou argírico

de lobo lupino de serpente viperino

de lua lunar ou selênico de sonho onírico

de macaco simiesco, símio ou macacal de terra telúrico, terrestre ou terreno

de madeira lígneo de velho senil

de marfim ebúrneo ou ebóreo de vento eólico

de mestre magistral de vidro vítreo ou hialino

de monge monacal de leão leonino

de neve níveo ou nival de aluno discente

de nuca occipital de visão óptico

de orelha auricular

Cuidado: nem sempre teremos ou saberemos um adjetivo perfeito para substituir a expressão nominal. Por
isso, atente-se à relação ativa ou de posse entre o termo preposicionado e o substantivo a que se refere.
Ex: As músicas do pianista são lindas.
Nesse exemplo, não podemos substituir propriamente por um adjetivo, mas observamos que
temos uma locução adjetiva, pois temos termo com sentido ativo/de posse: o pianista toca/
tem as músicas). Além disso, músicas não pede complemento obrigatório, o que é
acrescentado é apenas qualificação, determinante de valor adjetivo.

Em outros casos, teremos uma expressão que “parecerá” uma locução adjetiva, mas será um termo de valor
substantivo, complementando o sentido de um substantivo abstrato derivado de ação (Complemento
Nominal), em vez de apenas dar a ele uma qualificação/especificação.
Ex: A invenção do carro mudou o mundo.
Nesse exemplo, a expressão “do carro” não é uma qualidade, é um complemento necessário
de “invenção” (pois ficaríamos nos perguntando: “invenção do quê?”). O carro foi inventado,
então temos sentido passivo e uma complementação de sentido. Portanto, não temos
locução adjetiva e o termo não funciona como adjetivo.

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Então, se o termo preposicionado tiver valor de agente ou de posse, teremos uma locução adjetiva e o
termo funcionará sim como um adjetivo.
Ex: O processamento do computador é muito rápido.
Temos aqui novamente o sentido de posse/agente: o computador processa os dados, então
temos uma locução adjetiva (uma expressão que funciona como adjetivo).

Essa distinção separa o Complemento Nominal (passivo/completa sentido) do Adjunto Adnominal


(ativo/posse).

Ainda, como regra geral: com substantivo abstrato derivado de ação, o termo seguinte, iniciado pela
preposição “de” e com sentido passivo, não será uma locução adjetiva, será um complemento nominal.

Grau dos adjetivos


Basicamente, qualidades podem ser comparadas e intensificadas pela via da flexão de grau comparativo
(mais belo, menos belo ou tão belo quanto) e superlativo (muito belo, tão belo, belíssimo).
Vejamos a divisão que cai em prova:

Comparativo:
O grau comparativo pode ser de superioridade, inferioridade ou igualdade.
Ex: Sou mais/menos ágil (do) que você => grau comparativo de superioridade/inferioridade
Sou tão ágil quanto/como você. => comparativo de igualdade

Perceba que o elemento "do" é facultativo nas estruturas comparativas.

Algumas palavras têm sua forma comparativa terminada em /or/. No latim, essa terminação significava
“mais”, por essa razão o “mais” não aparece nessas formas: “melhor”, “pior”, “maior”, “menor”, “superior”.
Por suprimir essa palavra, a gramática o chama de comparativo sintético.

Temos que conhecer também o grau superlativo, que expressa uma qualidade em grau muito elevado.
Divide-se em relativo e absoluto:

Superlativo relativo:
Ex: Sou o melhor do mundo.
Senna é o melhor do Brasil!

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Gradua uma qualidade/característica (“bom”) em relação a outros seres que também têm ou podem ter
aquela qualidade, ou seja, em relação à totalidade (o mundo todo).

Superlativo absoluto:
Indica que um ser tem uma determinada qualidade em elevado grau. Não se relaciona ou compara a outro
ser.

Pode ocorrer com:


1. uso de advérbios de intensidade (absoluto analítico): “sou muito esforçado” e
2. de sufixos (absoluto sintético):
difícil => dificílimo;
comum => comuníssimo;
bom => ótimo;
magro => macérrimo.

Assim, quando as Bancas falam em variação do adjetivo em grau, querem dizer que o adjetivo está sofrendo
algum processo de intensificação, ou seja, terá seu sentido intensificado, por um advérbio (tão bonito), por
um sufixo (caríssimo) ou por um substantivo (enxaqueca monstro), por exemplo.

Há outros “recursos de superlativação”, formas estilísticas que também conferem a ideia de uma qualidade
em alto grau.
Vejamos alguns deles:
1. Repetição: Maria é linda, linda, linda.
2. Prefixos intensificadores: Maria é ultraexigente.
3. Aumentativo ou diminutivo intensificador Ele é rapidinho/rapidão/rapidaço.
4. Comparação breve: Isso é claro como o dia.
João é feio como um cão.
5. Expressões fixas, cristalizadas pelo uso: O sociólogo é podre de rico.
Esse é um pedreiro de mão cheia.
6. Artigo definido indicativo de “notoriedade”: Ele não é um médico qualquer, ele é o médico.

Para esquematizar, vejamos um quadro resumo:

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Normal Alto

Superioridade Mais alto

GRAU DOS
Comparativo Inferioridade Menos alto
ADJETIVOS

Tão alto
Igualdade
quanto/como

Superioridade
o mais alto
Relativo
Inferioridade
o menos alto
Superlativo
Sintético
Altíssimo
Absoluto
Analítico
muito alto

(TRT 9ª Região / 2022)


Alterada a ordem do adjetivo na expressão, observa-se, de modo mais significativo, a mudança de sentido
em:
A) necessária reflexão.
B) interesses alheios.
C) vantagens fantásticas.
D) verdadeiro produto.
E) falsas notícias.
Comentários:
A única alternativa em que se observa mudança de sentido é na letra (D): "verdadeiro produto" tem o sentido
de "produto certo", "o melhor produto" (superior aos concorrentes); já "produto verdadeiro" denota que é
genuíno, original, não falsificado.
As demais alternativas não apresentam mudança de sentido quando há troca de posição da palavra.
Portanto, gabarito Letra (D).

(PGE-PE / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2019)

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A própria palavra “crise” é bem mais a expressão de um movimento do espírito que de um juízo fundado em
argumentos extraídos da razão ou da experiência.
Os sentidos e a correção gramatical do texto seriam mantidos se fosse inserido o vocábulo do imediatamente
após a palavra “espírito”.
Comentários:
Sim, nas estruturas comparativas, o “do” é facultativo.
A própria palavra “crise” é bem mais a expressão de um movimento do espírito (do) que de um juízo fundado
em argumentos extraídos da razão ou da experiência. Questão correta.

(TCE PE / 2017)
Auditoria consiste na análise, à luz da legislação em vigor, do contrato entre as partes...
O sentido original e a correção gramatical do texto seriam preservados caso a expressão “em vigor” fosse
substituída por vigente.
Comentários:
Uma legislação vigente (adjetivo) é uma legislação que está em vigor (locução adjetiva). São apenas duas
formas diferentes para a mesma função. Questão correta.

(TELEBRÁS / 2015 - Adaptada)


”(...) se destaca a criação de uma agência reguladora independente e autônoma, a ANATEL (...)”
A substituição de “autônoma” por com autonomia prejudicaria a correção gramatical do texto.
Comentários:
Vejam caso clássico de adjetivo com função de adjunto adnominal, pois está ligado ao nome “agência”, que
pode ser substituído livremente por uma locução adjetiva equivalente. No caso, “agência reguladora
autônoma” e “agência reguladora com autonomia” se substituem sem prejuízo à correção gramatical do
texto. Questão incorreta.

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ADVÉRBIO
O advérbio é classe invariável que se refere essencialmente ao verbo, indicando a circunstância em que uma
ação foi praticada, como “tempo, lugar, modo...” .
Porém, o advérbio também pode modificar adjetivos (você é muito linda), outros advérbios (você dança
extremamente mal) e até mesmo orações inteiras (Infelizmente, o Brasil não vai bem).

Quando modifica adjetivos e advérbios, o advérbio tem função de intensificar/acentuar o sentido.


Quando se refere a uma oração inteira, normalmente indica uma opinião sobre o conteúdo daquela oração.

Apesar de invariável, existe um advérbio que aceita variação, é o advérbio TODO:


Ex: Chegou todo sujo e a esposa o recebeu toda paciente.

Em suma, o advérbio é termo invariável que se refere a verbo, adjetivo e advérbio:


Quando se refere a verbo, traz a “circunstância” da ação.;
Quando ligado a adjetivo e advérbio, funciona como intensificador.

Usados em interrogativas, onde, como, quando, por que são advérbios interrogativos, justamente porque
expressam circunstâncias como lugar, modo, tempo e causa, respectivamente.
Vejamos esse uso nas interrogativas diretas (com ?) e indiretas (sem ?).
Onde você mora? => Ignoro onde você mora.
Quando teremos prova? => Não sei quando teremos prova.
Como organizaram tudo? => Perguntei-lhes como organizaram tudo.
Por que tantos desistem? => Não disseram por que tantos desistem.

Rigorosamente, “por que” é considerada uma locução adverbial interrogativa de causa.

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(DPE-RS / 2022)
Nessa sociedade líquido-moderna de hiperconsumidores, o desejo satisfeito pelo consumo gera a sensação
de algo ultrapassado; o fim de um consumo significa a vontade de iniciar qualquer outro. Nessa vida de
hiperconsumo e para o hiperconsumo, a pessoa natural fica tentada com a gratificação própria imediata,
mas, ao mesmo tempo, os cérebros não conseguem compreender o impacto cumulativo em um nível coletivo.
Assim, um desejo satisfeito torna-se quase tão prazeroso e excitante quanto uma flor murcha ou uma garrafa
de plástico vazia.
No último período do quarto parágrafo, o vocábulo “Assim” é um advérbio que se refere ao modo como um
desejo satisfeito torna-se prazeroso e excitante.
Comentários:
O vocábulo “Assim” é um advérbio que se refere ao modo como um desejo satisfeito DEIXA DE SER prazeroso
e excitante.
Leia novamente: Assim, um desejo satisfeito torna-se quase tão prazeroso e excitante quanto uma flor
murcha ou uma garrafa de plástico vazia. (ou seja, não há prazer mais). Questão incorreta.

(SEDF/ 2017)
Ver você me deu muito prazer.
A menina está muito engraçadinha.
Como modificadora das palavras “prazer” e “engraçadinha”, a palavra “muito” que as acompanha é, do
ponto de vista morfossintático, um advérbio.
Comentários:
Observe: “muito prazer”. Aqui “muito” se refere a substantivo, é pronome indefinido, indica quantidade
vaga, imprecisa. Já em “muito engraçadinha”, “muito” se refere ao adjetivo “engraçadinha”. O advérbio é a
única classe que modifica adjetivo. Portanto, somente nesta segunda ocorrência temos advérbio. Questão
incorreta.

Circunstâncias adverbiais (valor semântico)


Quando uma ação for praticada, ou melhor, quando um verbo for conjugado, podemos perguntar como,
onde, quando, por que aquele verbo foi praticado.
As respostas serão circunstâncias adverbiais, que podem ser expressas por advérbios, expressões com mais
de uma palavra (as locuções adverbiais) e até orações (chamadas por isso de “orações adverbiais”). Veja:
Ex: Estudo sempre (“advérbio” de tempo).

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Estudo a todo momento. (“locução adverbial” de tempo).


Estudo sempre que posso. (“oração adverbial” de tempo).

Vejamos como essas circunstâncias adicionam “sentidos” ao ato representado pelo verbo:

•de fome: causa


o •fuzilado: modo
corrupto •na cadeia: lugar
morreu •com sócios:
companhia

•demais: intensidade
o •sempre: frequência
•hoje e ontem: tempo
corrupto
• com fraudes: locução
roubou adverbial de
meio/instrumento

•provavelmente:
o dúvida
corrupto •decerto: certeza
cairá •pelo partido: locução
adverbial de motivo

Viram como as expressões dão uma circunstância de como a ação é praticada?

Vejamos mais algumas, muito cobradas:

Dúvida: talvez, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, casualmente, mesmo,


por certo.
Intensidade: muito, demais, pouco, tão, bastante, mais, menos, demasiado, quanto, quão,
tanto, assaz, que (= quão), tudo, nada, todo, quase, extremamente, intensamente,
grandemente, bem...
Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco, de jeito
nenhum.
Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efetivamente, certo, decididamente,
deveras, indubitavelmente, com certeza.
Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima,
onde, perto, aí, abaixo, aonde, longe, debaixo, algures (em algum lugar), defronte,
nenhures (em nenhum lugar), adentro, afora, alhures (em outro lugar), embaixo,
externamente, a distância, à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à
esquerda, ao lado, em volta.
Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, amanhã, cedo, dantes, depois, ainda,
antigamente, antes, doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim, afinal,
amiúde (frequentemente), breve, constantemente, entrementes, imediatamente,

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primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de


repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em
tempos, em breve, hoje em dia.
Modo: bem, mal, assim, adrede (de propósito), melhor, pior, depressa, acinte (de
propósito), debalde (em vão), devagar, calmamente, tristemente, propositadamente,
pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente, bondosamente,
generosamente.
às pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito,
desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão...

Essa lista é apenas ilustrativa, mas não há como decorar o valor de cada advérbio, pois só o contexto dirá
seu valor semântico.
Na sentença “nunca mais quero ser eliminado”, o advérbio “mais” tem sentido de tempo. Já na sentença
“cheguei mais rápido”, o advérbio traz ideia de intensidade/comparação.
Não decore, busque o sentido global, no contexto!!!

99% dos advérbios terminados em "-mente" são de modo, mas nem todos.
“Atualmente”, por exemplo, é advérbio de “tempo”; “certamente” é de afirmação; “possivelmente” é de
dúvida...
Analise sempre o contexto.

O advérbio também tem função coesiva, isto é, pode ligar partes do texto, fazendo referência a trechos do
texto e ao tempo/espaço.
Ex: Embora não queira, ainda assim devo estudar.

Fui à Europa e lá percebi que somos felizes aqui.

A terminação “-mente” é típica dos advérbios de modo, contudo pode ser omitida na primeira palavra
quando temos dois advérbios modificando o mesmo verbo:
Ex: Ele fala rapidamente. Ele fala claramente => Ele fala rápida e claramente.

Atenção! O “rápida” continua sendo advérbio. Não é adjetivo, pois não dá qualidade, mas sim modifica um
verbo, dando a ele circunstância (de modo rápido).

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Advérbio com “aparência” de adjetivo


O adjetivo é classe variável, mas pode aparecer invariável se referindo a um verbo; nesse caso, dizemos que
ele tem “valor ou função de advérbio”.
Ex: A cerveja que desce redondo...
Ele fala grosso.

Para você ter certeza de que se trata de um advérbio, tente mudar o gênero ou número do substantivo para
ver se atrai alguma concordância...
Ex: As cervejas que descem redondo...
Elas falam grosso
Confirmado, a palavra em negrito é um advérbio e, portanto, permanece invariável.

(TCE-PB / AGENTE DOCUMENTAÇÃO / 2018)


Quando nos referimos à supremacia de um fenômeno sobre outro, temos logo a impressão de que se está
falando em superioridade.
O vocábulo “logo” tem o sentido adverbial de imediatamente.
Comentários:
Exato. A impressão vem imediatamente após a referência à supremacia...Correta!

(IPHAN / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2018)


Ainda que circunscritas a determinados limites, essas ações de resistência, aparentemente insignificantes,
colocam em movimento as relações e podem alterar a realidade de uma ordem imposta ou dominante, em
um jogo vivido cotidiana e mais ou menos silenciosamente.
No período em que aparece, o vocábulo “cotidiana” (ℓ.4) expressa uma característica de “uma ordem
imposta ou dominante” (ℓ.3).
Comentários:
A banca quer que o candidato pense que “cotidiana” é um adjetivo, mas é na verdade um advérbio, ligado a
“vivido”, com sua terminação (-mente) omitida:
Ainda que circunscritas a determinados limites, essas ações de resistência, aparentemente insignificantes,
colocam em movimento as relações e podem alterar a realidade de uma ordem imposta ou dominante, em
um jogo vivido cotidiana(mente) e mais ou menos silenciosamente. Questão incorreta.

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PALAVRAS E EXPRESSÕES DENOTATIVAS


São palavras/expressões que parecem advérbios, muitas vezes até são classificadas como tal, mas não o são
exatamente, porque não se referem a verbo, advérbio ou adjetivo.
Adianto que é uma polêmica gramatical: as listas variam entre as gramáticas, alguns listam certas palavras
denotativas como advérbios.... Porém, há algumas informações claras que precisamos saber e que caem em
prova.
O sentido é a parte mais importante!
Vamos aos exemplos:
Designação: eis
Ex: Eis o filho do homem.

Explicação/Retificação: isto é, por exemplo, ou seja, a saber, qual seja, aliás, digo, ou antes,
quer dizer etc. Essas expressões devem ser isoladas por vírgulas.
Ex: Comprei uma ferramenta, isto é, um martelo.
Vire à direita, ou melhor, à esquerda, aliás, melhor ir reto mesmo.
Os defeitos são dois; aliás, três.

Expletiva ou de realce: é que (ser+que), cá, lá, não, mas, é porque etc. (CAI DEMAIS!)
A característica principal das palavras denotativas expletivas é: podem ser retiradas, sem
prejuízo sintático ou semântico. Sua função é apenas dar ênfase.
Ex: São os pais que bancam sua faculdade, mas têm lá seus arrependimentos.
Eu é que faço as regras.
Sabe o que que é? É que eu tenho vergonha...
Quase que eu caio da laje.
Naturalmente que eu neguei a proposta indecente.
Quanto não vale um diamante desses?
Vão-se os anéis, ficam os dedos.
O homem chega a rir-se da desgraça alheia.
Ele riu-se e tremeu-se por dentro.
Não me venha com historinhas!
Reforço que a retirada dessas expressões não altera o sentido nem causa erro gramatical,
apenas há uma perda de realce/ênfase.

Situação: então, mas, se, agora, afinal etc.

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São verdadeiros marcadores discursivos, expressões que introduzem, situam um comentário,


muito comuns na linguagem falada.
Ex: Afinal, quem é você?
Então, você vai ao cinema ou não?
Mas quem é essa pessoa que insiste em me ligar?
Observem que “afinal e então” não têm sentido de tempo, tampouco o “mas” tem sentido de
oposição; tais expressões apenas introduzem/situam uma fala.

Exclusão: somente, só, salvo, exceto, senão, sequer, apenas etc.


Ex: Só frutos do mar estão à venda, exceto lagosta, que ninguém compra.
Todos morreram, salvo um.

Inclusão: até, ainda, mesmo, também, inclusive etc.


Ex: Qualquer pessoa, até/mesmo/ainda o mais ignorante, sabe isso!
João é bombeiro, lutador também...

A posição da palavra pode determinar sua classe e seu sentido, de acordo com a “parte” da frase que está
sendo modificada pela palavra. Compare:
Só João fuma charutos. (palavra denotativa de exclusão)
João só fuma charutos. (advérbio de exclusão)
João fuma só charutos. (palavra denotativa de exclusão)
João fuma charutos só. (adjetivo)

No primeiro caso, “só” restringe “João”, excluindo outras pessoas: apenas João faz isso, mais ninguém. Trata-
se de palavra denotativa de exclusão.
No segundo, “só” restringe o verbo “fumar”, então João só pratica essa ação, apenas fuma, não faz outra
coisa. Trata-se de advérbio de exclusão.
No terceiro, “só” restringe “charutos”, então João apenas fuma “charutos”, não fuma outra coisa, não fuma
cigarro, nem baseado, excluem-se outros “fumos”. Trata-se de palavra denotativa de exclusão.
No quarto, “só” indica que João fuma “sozinho”. Trata-se de adjetivo.

Essa é a lógica que deve ser aplicada às questões, especialmente quando a Banca pede “deslocamento” de
palavras.
Veja mais exemplos, para “sedimentar”:
Ex: Até o padre riu de mim. (pessoas riram, inclusive o Padre riu)
O padre até riu de mim. (inclusive riu)

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O padre riu até de mim. (riu inclusive de mim)


Isso não pode ser verdade. (certeza de que não é verdade)
Isso pode não ser verdade. (dúvida, pode ser verdade ou não)

Como disse antes, há muita semelhança entre palavras denotativas e advérbios e mesmo grandes
gramáticas e bancas misturam um pouco essas classificações. Não cabe ao candidato tentar resolver essa
polêmica, mas sim estudar O SENTIDO das expressões. Certo?

(PREF. SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP / 2021)


Expressão expletiva ou de realce: é uma expressão que não exerce função sintática.
(Adaptado de: BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa, 2009)

Constitui uma expressão expletiva a expressão sublinhada em:


(A) Conheço-o desde menino, e sempre esteve para morrer (5º parágrafo)
(B) Espantei-me que o atingisse a morte de alguém tão distante de nossa convivência (3] parágrafo)
(C) Esta cólica é que é o diabo, se eu fosse mulher ainda estava explicado (6º parágrafo)
(D) Foi operado de apendicite quando ainda criança e até hoje se vangloria (9º parágrafo)
(E) consta que de uns dias para cá está de namoro sério com uma jovem (14º parágrafo)
Comentários:
Expressão expletiva é aquela que pode ser retirada sem prejuízo ao sentido ou à correção. É utilizada como
recurso estilístico, de ênfase, realce. Aqui a banca cobra a expressão expletiva mais típica: a locução
"ser+que":
Esta cólica é que é o diabo, se eu fosse mulher ainda estava explicado
Esta cólica é o diabo, se eu fosse mulher ainda estava explicado.
Gabarito letra C.

(PRF / POLICIAL / 2019)


Mas e antes dos sensores, como é que se fazia? Imagino que algum funcionário trepava na antena mais alta
no topo do maior arranha-céu e, ao constatar a falência da luz solar, acionava um interruptor, e a cidade
toda se iluminava.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso se suprimisse o trecho “é que”, em “como
é que se fazia”.
Comentários:
A expressão “é que” é expletiva, foi usada apenas para realce, ênfase. Portanto, pode ser retirada sem
qualquer prejuízo sintático ou semântico:
“como é que se fazia”
“como se fazia” (como era feito). Questão correta.

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(IPHAN / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2018)


Essa estranha “margem de manobra”, ou, em melhores palavras, essa interseção entre um profundo
pessimismo e a utopia de se construir um mundo melhor, é que mobiliza os homens para a ação.
Seria mantida a correção gramatical do último período do texto caso o trecho “é que” (ℓ.2-3) fosse
suprimido.
Comentários:
A expressão “é que” é expletiva, sua supressão não causará erro nem mudança de sentido.
.... Essa estranha “margem de manobra” é que mobiliza os homens para a ação.
... Essa estranha “margem de manobra” mobiliza os homens para a ação. Questão correta.

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ARTIGO
O artigo é classe variável em gênero e número que acompanha substantivos, indicando se o substantivo é
masculino ou feminino, singular ou plural, definido ou indefinido.
Por sempre estar modificando um substantivo, sempre exerce a função de adjunto adnominal. Pode ocorrer
aglutinado com preposições (em e de): “no”, “na”, “dos”, “das”.

ARTIGOS DEFINIDOS ARTIGOS INDEFINIDOS


O, A, OS , AS UM, UMA, UNS, UMAS

O artigo definido se refere a um substantivo de forma precisa, familiar: “o carro”, “a casa”, nesse caso,
indicando que aquele “carro” ou aquela “casa” são conhecidos ou já foram mencionadas no texto.
Ex: Na porta havia um policial parado. Assim que me viu, o policial sacou sua arma.

Observe que na segunda referência ao policial, ele já é conhecido, já foi mencionado, é aquele que estava
parado na porta. Isso justifica o uso do artigo definido, no sentido de familiaridade.
Por essa razão, a ausência do artigo deixa o enunciado indefinido, mais genérico:
Ex: Não dou ouvidos ao político (com artigo definido: político específico, definido)
Não dou ouvidos a político (sem artigo definido: qualquer político, em geral)

O artigo definido diante de um substantivo indica que este é familiar, conhecido ou que já foi mencionado.
Por essa razão, quando tratamos de um nome em sentido geral, sem especificar, não deve haver artigo e,
consequentemente, não haverá crase (artigo “a”+ preposição “a”).
Por outro lado, se um termo já trouxer determinantes que o especifiquem, não poderemos considerá-lo
genérico, então deve-se usar artigo definido.
Esse fato explica várias regras de crase, como diante da palavra casa e de alguns nomes de lugares
(topônimos) que não trazem artigo (Portugal, Roma, Atenas, Curitiba, Minas Gerais, Copacabana).
Observe:
Ex: Estou em casa (sem artigo).
Estou na casa de mamãe (a casa é determinada, então deve ter artigo definido).

Pelo mesmo raciocínio, temos:


Ex: Vou a Paris (sem artigo).
Vou à Paris dos meus sonhos (“Paris” está determinada => artigo definido)

Após o pronome indefinido “todo”, o artigo definido indica “completude”, “inteireza”:

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Ex: Toda casa precisa de reforma. (todas as casas, qualquer casa, casas em geral)
Toda a casa precisa de reforma. (a casa inteira)

Por sua vez, o artigo indefinido se refere ao substantivo de forma vaga, inespecífica:
“um carro qualquer”
“uma casa entre aquelas”

Pode também expressa intensificação:


“ela tem uma força!”

Ou ainda aproximação:
“ela deve ter uns 57 anos”.

Assim como os definidos, também pode ocorrer aglutinado com preposições (em e de): “duns”, “dumas”,
“nuns”, “numas”.

Por outro lado, o artigo, ao lado de substantivo comum no singular, também pode ser usado para
universalizar uma espécie, no sentido de “todo”:
“o (todo) homem é criativo”
“o (todo) brasileiro é passivo”
“a (toda) mulher sofre com o machismo”
“uma (toda) mulher deve ser respeitada”
“uma empresa deve ser lucrativa” (toda/qualquer empresa).

O artigo definido, na linguagem mais moderna, também é um recurso de adjetivação, por meio de um realce
na entoação de um termo que não é tônico:
Ex: Esse não é um médico, esse é o médico.

O sentido é que não se trata de um médico qualquer, mas sim um grande médico, o melhor. Este é o chamado
“artigo de notoriedade”.

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(TJ-PB / 2022)
“As intervenções autorizadas são a minoria, apesar de a gravidez nessa idade apresentar alto risco à saúde
da gestante e de o aborto legal ser previsto em lei nos casos de estupro, o que automaticamente inclui
meninas engravidadas antes de completar 14 anos.”
No período acima, há
A) cinco artigos.
B) seis artigos.
C) sete artigos.
D) oito artigos.
Comentários:
São artigos, os termos sublinhados:
“As intervenções autorizadas são a minoria, apesar de a gravidez nessa idade apresentar alto risco à saúde
da gestante e de o aborto legal ser previsto em lei nos casos de estupro, o que automaticamente inclui
meninas engravidadas antes de completar 14 anos.”.
Apenas um comentário sobre "à saúde": quando há o fenômeno da crase é porque temos um "a" preposição
e um "a" artigo.
Gabarito: Letra (C).

(PRF / POLICIAL / 2019)


Mas e antes dos sensores, como é que se fazia? Imagino que algum funcionário trepava na antena mais alta
no topo do maior arranha-céu e, ao constatar a falência da luz solar, acionava um interruptor, e a cidade
toda se iluminava.
A substituição da locução “a cidade toda” por toda cidade preservaria os sentidos e a correção gramatical do
período.
Comentários:
O artigo faz toda a diferença no sentido:
“a cidade toda”— a cidade inteira, a cidade por completo.
“toda cidade”— todas as cidades, qualquer cidade. Questão incorreta.

(SEDF / 2017)
O aspecto da implantação do português no Brasil explica por que tivemos, de início, uma língua literária
pautada pela do Portugal contemporâneo.
O emprego do artigo definido imediatamente antes do topônimo “Portugal” torna-se obrigatório devido à
presença do adjetivo “contemporâneo”.
Comentários:
Compare:
Vou a Portugal / Vou ao Portugal contemporâneo.
O primeiro “Portugal” não pede artigo; já o segundo “Portugal” está sendo determinado: não é um
“Portugal” qualquer, é um “Portugal” específico, é o “contemporâneo”. Por essa razão, por estar diante de
um substantivo definido no texto, o artigo definido se torna necessário.
Esse tipo de questão cai “igualzinho” na parte de crase, a única diferença é que usam topônimos femininos,

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como Bahia, Recife, Brasília. Fique esperto! Questão correta.

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NUMERAL
O numeral é mais um termo variável que se refere ao substantivo, indicando quantidade, ordem, sequência
e posição.

Como sabemos, ter “papel adjetivo é referir-se a substantivo”. Então, podemos ter numerais substantivos e
adjetivos.
Ex: Duas meninas chegaram [numeral adjetivo, pois acompanha um substantivo], eu conheço as
duas [numeral substantivo, pois substitui o substantivo "meninas"].

Os numerais são classificados em:

Ordinais: primeiro lugar, segunda comunhão, terceiras intenções... septuagésimo quarto,


sexagésimo quinto...

Cardinais: um cão, duas alunas, três pessoas...

Fracionários: um terço, dois terços, quatro vinte avos...

Multiplicativos: o dobro, o triplo, cabine dupla, duplo carpado...

“Último, penúltimo, antepenúltimo, derradeiro, posterior, anterior” são considerados meros adjetivos, não
numerais.
Os numerais também podem sofrer derivação imprópria e funcionar como adjetivos em casos como:
“Este é um artigo de primeira/primeiríssima qualidade.”
“Teu clube é de segunda categoria.”

Substantivos que expressam quantidade exata de seres/objetos são chamados de “numerais coletivos” ou
“substantivos coletivos numéricos”:
a) par, dezena, década, dúzia, vintena, centena, centúria, grosa, milheiro, milhar...
b) século, biênio, triênio, quadriênio, lustro ou quinquênio, década ou decênio, milênio, centenário
(anos); tríduo e novena (dias); bimestre, trimestre, semestre (meses).

Então, palavras como “milhão, bilhão, trilhão” podem ser classificadas como substantivos ou numerais.

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Aula 01

Se indicar posição numa ordem, uma letra pode ser usada como um numeral ordinal:
Na opção a o erro de concordância é visível
"a" => primeira letra, numeral ordinal

Flexionam-se em gênero os numerais cardinais um, dois e as centenas a partir de duzentos (um, uma, dois,
duas, duzentos, duzentas, trezentos, trezentas...).

Por fim, acrescento que “ambos” e “zero” são considerados numerais.

(CÂMARA TABOÃO DA SERRA-SP / 2022)


Assinale a alternativa que apresenta um numeral:
A) Eu estava triste, até que um certo alguém cruzou o meu caminho.
B) Uma boa educação é importante para formar o caráter do indivíduo.
C) Foi um presente te encontrar!
D) Fui à livraria e comprei somente um livro, embora eu quisesse comprar mais.
E) Hoje faz um lindo dia!
Comentários:
Questão trata da diferença entre numeral e artigo indefinido. Quando há nítida indicação de quantidade, o
termo é numeral; já, se há sentido de indeterminação, é um artigo indefinido. Assim, a única alternativa que
traz o sentido de quantidade, ou seja, que é um numeral é a Letra (D). Gabarito: Letra (D).

(PREF. SÃO CRISTÓVÃO / 2019)


"Se os ministros da Fazenda de Israel e do Irã se encontrassem num almoço, eles teriam uma linguagem
econômica comum e poderiam facilmente compartilhar agruras".
A respeito das propriedades linguísticas do texto 9A2-I, julgue o item subsecutivo.
O vocábulo “num” (l.9) é formado pela contração da preposição em com o numeral um.
Comentários:
Observem que na expressão "num almoço" ocorre, na verdade, a contração da preposição em com o artigo
indefinido um. Trata-se de um almoço qualquer, indefinido. O texto não está quantificando o substantivo
"almoço". Questão incorreta.

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INTERJEIÇÃO
Interjeição é classe gramatical invariável que expressa emoções e estados de espírito. Servem também para
fazer convencimento e normalmente sintetizam uma frase exclamatória (Puxa!) ou apelativa (Cuidado!):
Olá! Oba! Nossa! Cruzes! Ai! Ui! Ah! Putz! Oxalá! Tomara! Pudera! Tchau!

Não reproduzo aqui as tradicionais listas de interjeições e seus sentidos, porque não vale a pena decorar.
Dependendo do contexto, o valor semântico da interjeição pode variar:
Ex: Psiu, venha aqui! (convite)
Psiu, faça silêncio! (ordem)
Puxa! Não passei. (lamentação)
Puxa! Passou com 3 meses de estudo. (admiração)
Ufa! (alívio/cansaço)

A lista é infinita, então é preciso verificar no contexto qual emoção é transmitida pela interjeição.

As locuções interjetivas são grupos de palavras que equivalem a uma interjeição, como: Meu Deus! Ora
bolas! Valha-me Deus!

Qualquer expressão exclamativa que expresse uma emoção, numa frase independente, com
inflexão de apelo, pode funcionar como interjeição.

Lembre-se dos palavrões, que são interjeições por excelência e variam de sentido em cada
contexto.

(CRMV-MA / 2022)
Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e
delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz
magnífico.
Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item.

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No texto, o termo “oh!” (linha 11), pertencente à classe das interjeições, exprime surpresa e admiração por
parte do autor.
Comentários:
De fato, "oh" é uma interjeição, mas não exprime surpresa, apenas admiração. Portanto, questão incorreta.

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PALAVRAS ESPECIAIS
Como vimos ao longo dessa aula, certas palavras podem apresentar mais de uma classificação morfológica
ou sentido. Sistematizaremos aqui as principais funções de algumas delas, muito cobradas em prova.
Classes como pronomes e preposições serão estudadas nas próximas aulas, mas é importante que já se
familiarizem com elas.

O a é uma vogal.
Substantivo O o é uma letra redonda.

A menina comeu as balas.


O menino comeu os bolos.

Artigo definido
João não ama Maria. Ele a odeia!
João não ama Mário. Ele o odeia!

Pronome *Entre as camisas, comprei a que estava mais barata.


oblíquo átono
*Entre as camisas, comprei a de menor preço.
O, A, Os, As
*Entre os ternos, comprei o que estava mais barato.
Pronome *Entre os ternos, comprei o de menor preço.
demonstrativo
Fui reprovado algumas vezes, o que me fez valorizar a
aprovação.
João finge que é generoso, mas não o é!

Preposição
Ele se referiu a João.
Você está disposto a sacrifícios?
Faz compras a prazo.

Nos exemplos com *, gramáticos como Bechara e Celso Pedro Luft consideram O, A, Os, As como artigo
definido diante de palavra subentendida, em elipse.
Vejam um questão com esse entendimento.
(CESPE / TRE TO / 2017)
No trecho “em uma época anterior à dos dinossauros”, o emprego do sinal indicativo de crase decorre da
regência do adjetivo “anterior” (ℓ.3) e presença do artigo feminino antes do termo elíptico “época”.

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Comentários:
Temos crase pela fusão entre “anterior A+A (época) dos dinossauros. Esse A foi considerado artigo diante de
substantivo eliptico. Questão correta.

Advérbio: Você só reclama.


modifica verbo Só bebe vinho fino. (exclusão/restrição)

Palavra Só você reclama.



denotativa (exclusão/restrição)

Estou só/estamos sós.


Adjetivo
(=sozinho)

Fui até a última parte.


Preposição
(limite tempo/espaço)

Palavra Até o padre riu de mim.


Até
denotativa (inclusão/reforço)

Ele até riu de mim.


Advérbio
(inclusão/reforço)

Sentido de tempo Depois de tanto tempo, você ainda não entendeu.

Valor enfático Cheguei ainda agora.

Sentido de adição Ela cuida de sete filhos e ainda faz faculdade de


Ainda medicina.
= (Além disso)
Sentido de ressalva Ele vive atrasado, se ainda fosse competente, não o
= (Ao menos) demitiria.

Sentido de oposição
Seu filho só faz bobagem e você ainda o recompensa.
= (Apesar disso)

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(TRT 4ª Região / 2022)


Aonde o homem ia, o peixinho o acompanhava a trote, que nem um cachorrinho. (1º parágrafo)

Considerando o contexto, os termos sublinhados constituem, respectivamente,


A) um pronome, um artigo, um artigo e uma preposição.
B) uma preposição, um pronome, um pronome e um artigo.
C) um pronome, um pronome, um pronome e um artigo.
D) um artigo, um artigo, um artigo e uma preposição.
E) um artigo, um artigo, um pronome e uma preposição.
Comentário
Vejamos cada uma das ocorrências em separado
o homem ia = artigo
o peixinho = artigo
o acompanhava = pronome oblíquo
a trote = preposição. Gabarito letra E.

(PREF. PIRACICABA-SP / 2020)


Os termos destacados na frase “A rede pública carece de profissionais satisfatoriamente qualificados até
para o mais básico, como o ensino de ciências; o que dizer então de alunos com gama tão variada de
dificuldades.” expressam, respectivamente, circunstância de
a) dúvida e de afirmação.
b) tempo e de modo.
c) inclusão e de intensidade.
d) intensidade e de modo.
e) inclusão e de negação.
Comentário
"até/inclusive" para o mais básico (sentido de inclusão); "mais básico" - aqui "mais" intensifica o adjetivo
"básico". Gabarito letra C.

(TJ-SP / 2019)
No trecho do último parágrafo – quem controla o robô ainda é o ser humano –, o termo destacado apresenta
circunstância adverbial de tempo, como em: “Hoje médicos pedem muitos exames”.

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Comentários:
“Hoje” é um advérbio de tempo. “Ainda” também é advérbio de tempo e tem sentido de “até o presente
momento”. Questão correta.

(FUNPAPA / 2018)
Ainda que os produtos e os resultados sejam importantes, os processos e o valor agregado são ainda mais.
Julgue o item a seguir.
A palavra “ainda” expressa ideia de tempo.
Comentários:
Nesse caso, temos “ainda” com mero valor enfático, como em: chegou ainda agora (acabou de chegar),
estudou mais ainda (mais e mais). Questão incorreta.

Eu mesma cozinho.
(reforçativo=própria, em pessoa)

Pronome Elas falam do mesmo modo (comparativo =exata, duas


demonstrativo entidades, duas coisas iguais)

Somos da mesma cidade.


Pronome demonstrativo (especificativo=aquela/tal cidade; há
apenas uma entidade)

Palavra Todos morreram, mesmo a mãe.


denotativa (inclusão)
Mesmo
Advérbio de Ele canta mesmo!
afirmação (=de fato)

Preposição Mesmo cansado, não desisto.


acidental (sentido concessivo)

Locução Mesmo que eu falhe, não desanimarei.


concessiva (sentido concessivo)

Evite usar “o mesmo” retomando pessoas/objetos, como se fosse “ele”, em construções como:
Ex: O suspeito chegou ao local. O mesmo fugiu dos policiais sem que os mesmos pudessem
perceber. (troque por “ele” e “eles”)
Contudo, é correto usar “o mesmo”, invariável, quando significa “a mesma coisa/o mesmo fato”.
Ex: Todos têm dificuldade com essa matéria, o mesmo ocorrerá com você. (a mesma coisa
ocorrerá com você, isso também ocorrerá com você)

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QUESTÕES COMENTADAS - SUBSTANTIVO - FGV


1. (FGV / PREF. MANAUS / 2022)
“Todas as atividades do espírito cessariam se os jovens ficassem, um dia, contentes com o que
existe.”
Muitas palavras desse pensamento estão no plural. Assinale a opção que apresenta a forma
errada de plural.
(A) coração / corações.
(B) cidadão / cidadões.
(C) situação / situações.
(D) vulcão / vulcões.
(E) publicação / publicações.
Comentários:
Questão direta: o plural de "cidadão" é cidadãos. Gabarito letra B.

2. (FGV / PREF. MANAUS / 2022)


“A doença é o preço que a alma paga por ocupar o corpo, como o aluguel que o inquilino paga
pelo apartamento em que mora.”
O termo “por ocupar o corpo” fica corretamente substituído na seguinte opção:
(A) para ocupar o corpo.
(B) para a ocupação do corpo.
(C) pela ocupação do corpo.
(D) conforme ocupa o corpo.
(E) enquanto ocupa o corpo.
Comentários:
Questão de regência com substantivação: quem paga para POR algo. No texto original, temos
verbo: pagar por ocupar; na reescritura, com substantivação, temos pagar POR + A
ocupação=pela ocupação.
Em suma, apenas manteve a preposição obrigatória e trocou "ocupar" por "ocupação".
Gabarito letra C.

3. (FGV / TJ-RS / OFICIAL DE JUSTIÇA / 2020)


Observe a frase a seguir.
É importante aprender muitas coisas / É importante o aprendizado de muitas coisas.

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O mesmo processo de substituição de um verbo por um substantivo correspondente foi feito de


forma adequada em:
A) É impossível ocultar a desonestidade / É impossível o ocultismo da desonestidade;
B) Morrer é o ato final da existência humana / A mortandade é o ato final da existência humana;
C) Enfrentar as dificuldades é o caminho da felicidade / O enfrentamento das dificuldades é o
caminho da felicidade;
D) Oferecer amizade é atitude rara / O ofertório de amizade é atitude rara;
E) O mais difícil é viver / O mais difícil é a vivacidade.
Comentários:
Note que o processo de nominalização que ocorre no exemplo do enunciado (aprender =>
aprendizado) está expresso na Alternativa C: enfrentar => enfrentamento.
Nas demais alternativas, por mais que haja uma relação de derivação, não há relação de sentido
mantida. Gabarito letra C.

4. (FGV / DPE-RJ / TÉCNICO MÉDIO DE DEFENSORIA / 2019)


“Até mesmo de um corpúsculo disforme pode sair um espírito realmente forte e virtuoso”.
Nessa frase, há uma forma diminutiva de corpo; a frase abaixo em que o diminutivo sublinhado
perdeu o sentido original de diminutivo e passou a significar outra realidade é:
(A) Havia na parede uma portinhola por onde se compravam as entradas para o jogo;
(B) Era uma revistinha francesa que cabia no bolso da camisa;
(C) Os alunos verificaram na folhinha as datas previstas para as provas finais;
(D) Comeu muitos biscoitinhos de araruta, gostosíssimos;
(E) Apesar de ser um vidrinho bem diminuto, o preço era alto.
Comentários:
Questão direta. A banca pede o caso em que o diminutivo não indica redução do tamanho, mas
sim indica um sentido totalmente diferente. Isso ocorre com “folhinha”, que não é uma folha
pequena, mas sim um calendário, uma agenda. Gabarito letra C.

5. (FGV / TJ-CE / TÉCNICO JUDICIÁRIO / 2019)


“O fim das penas não é atormentar, perseguir e afligir um ser sensível... Seu fim é apenas impedir
que o réu cause novos danos aos seus concidadãos e dissuadir os outros de fazerem o mesmo”.
Se quiséssemos nominalizar todas as ações sublinhadas, deveríamos trocar os verbos por
substantivos; nesse caso, a substituição inadequada seria:
A) atormentar um ser sensível / atormentação de um ser sensível;
B) perseguir um ser sensível / perseguição de um ser sensível;
C) afligir um ser sensível / aflição de um ser sensível;
D) impedir que o réu cause novos danos / impedimento de o réu causar novos danos;

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E) dissuadir os outros / dissuasão dos outros.


Comentários:
Vejamos o processo de nominalização dos verbos das alternativas:
Atormentar => atormentação
Perseguir => perseguição
Afligir => afligimento
Impedir => impedimento
Dissuadir => dissuasão
Note que "aflição" ânsia, agonia, angústia. Gabarito: Letra C.

6. (FGV / DPE-RJ / TÉCNICO / 2019)


Uma reportagem que abordava a delinquência juvenil trazia a seguinte frase: “A maioria desses
jovens vivem à custa dos pais”.
A palavra custa traz sentido diferente de custas no plural, empregada na linguagem jurídica; o
exemplo abaixo em que a possível mudança de sentido NÃO ocorre com a passagem do singular
para o plural é:
A) ferro / ferros;
B) féria / férias;
C) cobre / cobres;
D) humanidade / humanidades;
E) motivo / motivos.
Comentários:
Questão que envolve conhecimento de plural e de semântica.
A única alternativa em que não há alteração de sentido é a Letra E: "motivo" e "motivos" tem o
sentido de razão.
Em (A), "ferro" é entendido como material e metal, mas "ferros" tem a conotação do lugar onde
as pessoas ficam presas (cadeia, prisão, cárcere); em (B), "féria" significa remuneração,
pagamento, enquanto que "férias" é o período de descanso; em (C), "cobre" é o metal, cor e
"cobres" é a flexão do verbo cobrir. Por fim, em (D), "humanidade" é a maneira de se tratar
alguém, de forma humana, já "humanidades" é a disciplina ou o estudo das literaturas,
Gramática e Filosofia. Portanto, Gabarito Letra E.

7. (FGV / MPE-AL / TÉCNICO / 2018)


“No caixa, outras freguesas perguntaram se ela tinha restaurante.”
Nesse trecho, o termo “caixa” passou a ser aparentemente masculino, mas, na verdade, ocorreu
aí uma elipse de um termo masculino “o funcionário da caixa.”

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O substantivo a seguir em que ocorre uma idêntica elipse que causa aparente mudança de
gênero é:
A) o celular / o telefone celular.
B) o Municipal / o teatro Municipal.
C) a capital / a cidade capital.
D) o Palmeiras / o time do Palmeiras.
E) a lava-jato / a operação lava-jato.
Comentários:
Questão que gerou muita dúvida na época, mas atente-se ao enunciado: idêntica elipse que
causa aparente mudança de gênero. Em (A) e (B), todos os termos são masculinos, sem aparente
mudança de gênero. O mesmo ocorre com a Letra (C), mas no gênero feminino.
Em (D), "palmeiras" é originalmente um substantivo feminino, mas como time é substantivo
masculino.
Na alternativa (E), "lava-jato" originalmente é um substantivo masculino, mas como nome da
operação, acaba levando o artigo feminino por extensão de "operação".
Veja que, a princípio, tanto a Letra (D) quanto a (E) poderiam ser a resposta correta, mas o
enunciado pede a "idêntica elipse" do enunciado: palavra feminina que aparentemente passa ao
masculino. Por isso, Gabarito letra D.

8. (FGV / CÂMARA DE SALVADOR-BA / ANALISTA LEGISLATIVO / 2018)


A opção em que a nominalização do segmento sublinhado está INCORRETA é:
A) “busca garantir aos cidadãos o acesso pleno” / busca a garantia aos cidadãos do acesso
pleno”;
B) “estabelecendo políticas públicas autoritárias” / com o estabelecimento de políticas públicas
autoritárias;
C) “investindo poucos recursos” / com o investimento de poucos recursos;
D) “envolvendo civis em conflitos armados” / com o envolvimento de civis em conflitos armados;
E) “proporcionar uma atuação transparente” / proporção de uma atuação transparente.
Comentários:
Nominalizar é o processo de tornar uma palavra substantivo ("nome"). Dentre as alternativas, a
Letra (E) não traz o processo correto:
"proporcionar" significa dar a oportunidade de algo a alguém; oferecer, promover, propiciar.
"Proporção" tem o sentido de extensão, intensidade, tamanho; dimensão.
Note que o significado do verbo e do nome na alternativa (E) são diferentes. Portanto, gabarito
letra E.

9. (FGV / PREF. BOA VISTA-RR / PROFESSOR / 2018)

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A frase em que a palavra sublinhada NÃO corresponde a uma forma diminutiva é:


A) Certos lugarejos portugueses estão quase sem população masculina;
B) Devem-se usar os palitos com cuidado;
C) Anemia é a pouca quantidade de glóbulos vermelhos;
D) O riacho da pequena Tiradentes estava muito poluído;
E) A jovem mãe cercava o filho de carinho.
Comentários:
Vejamos as alternativas:
A) CERTA. "Lugarejo" é diminutivo de "lugar".
B) CERTA. "Palito" é diminutivo de "pau".
C) CERTA. "Glóbulo" é diminutivo de "globo".
D) CERTA. "Riacho" é diminutivo de "rio".
E) ERRADA. "Carinho" não é derivada de nenhuma forma diminutiva. Gabarito letra E.

10. (FGV / PREF. BOA VISTA-RR / PROFESSOR / 2018)


“O conceito de direitos humanos está sendo transformado num palavrão”. (Boris Casoy)
Nessa frase, o vocábulo “palavrão”, formado com o sufixo -ão, perdeu o valor de aumentativo,
passando a significar “palavra chula”. Indique a opção em que todas as palavras receberam um
novo significado na forma aumentativa:
A) cartão – papelão – portão;
B) homenzarrão – garrafão – caixão;
C) panelão – colherão – facão;
D) jarrão – casarão – pratão;
E) pezão – cabeção – fardão.
Comentários:
Algumas palavras perderam a noção de grau (diminutivo e aumentativo) com o uso. É o caso de
cartão, papelão, portão, caixão, facão. Por isso, gabarito letra A.

11. (FGV / ALERJ / ESPECIALISTA / TI / 2017) Adaptada


Cidadãos e opiniões são substantivos formados com o sufixo -ão, que fazem seus plurais,
respectivamente, como:
A) escrivão / vulcão;
B) cristão / mão;
C) anão / corrimão;
D) chorão / ancião;

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E) cartão / aldeão.
Comentários:
Esse tipo de questão é uma covardia, feita só para eliminar. Porém, queremos aprovação e temos
que estar prontos para tudo.
A banca pede as palavras com plural “ãos” e “ões”. Uma forma mais prática de resolver era
eliminar de cara as alternativas A, D e E, pois sabemos que não existem as formas “escrivãos”,
“chorãos” e “cartãos”... Então ficaríamos entre B e C. O plural de “mão” é “mãos” (nada de
“mões”!). Assim eliminaríamos a B.
Então, o gabarito só poderia ser a C, que traz dois substantivos com mais de uma forma possível,
entre elas “ãos” e “ões”.
Vejamos agora todos os plurais:
A) escrivão (escrivães) / vulcão (vulcões ou vulcãos);
B) cristão (cristãos) / mão (mãos);
C) anão (anãos anões) / corrimão (corrimãos corrimões)
D) chorão (chorões) / ancião (anciãos anciões anciães);
E) cartão (cartões) / aldeão (aldeãos aldeões aldeães). Gabarito letra C.

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QUESTÕES COMENTADAS - ADJETIVO - FGV


1. (FGV / PREF. MANAUS / 2022)
O artigo 9º do Estatuto do Idoso diz:
“É obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde, mediante
efetivação de políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável e em
condições dignas.”
Entre os cinco adjetivos sublinhados, aqueles que mostram valor de opinião, são
(A) saudável / dignas.
(B) idosa / sociais.
(C) públicas / dignas.
(D) sociais / públicas.
(E) idosa / saudável.
Comentários:
Os adjetivos podem ser subjetivos, quando refletem opinião, valoração, subjetividade por parte
do autor; ou podem ser objetivos, quando indicam caracterização concreta, impessoal.
Aqui, "idoso" é um adjetivo meramente classificatório, objetivo, não tem "julgamento"
embutido, não traz subjetividade, valoração. Só a título de curiosidade:
"Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), idoso é todo indivíduo com 60 anos ou mais. O
mesmo entendimento está presente na Política Nacional do Idoso (instituída pela lei federal
8.842), de 1994, e no Estatuto do Idoso (lei 10.741), de 2003."
O mesmo vale para "sociais e públicas" que apenas descrevem objetivamente a função das
políticas. Uma política pode ser social, ser econômica, ser fiscal. Tudo isso é objetivo.
Por outro lado, "saudável" e "dignas" são adjetivos valorativos, indicam julgamento, opinião.
Pode-se de discutir o que é mais ou menos saudável ou digno para cada pessoa.
Gabarito letra A.

2. (FGV / PREF. MANAUS / 2022)


“As grandes doenças da alma, bem como aquelas do corpo, renovam o homem; e as
convalescências espirituais não são menos agradáveis nem menos miraculosas do que as físicas.”
Sobre os componentes desse pensamento, assinale a afirmativa correta.
(A) O adjetivo “grande” mostra valor de “dimensão, tamanho”.
(B) O termo “bem como” tem valor de comparação.
(C) O termo “menos agradáveis” tem valor de inferioridade.
(D) O adjetivo “miraculosas” é o oposto de “agradáveis”.
(E) Os adjetivos “espirituais” e “físicas” se referem a dois substantivos diferentes.

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Comentários:
(A) O adjetivo “grande” mostra valor de importância, relevância. Incorreta.
(B) O termo “bem como” tem valor de adição. Incorreta.
(C) O termo “menos agradáveis” tem valor de inferioridade. Exatamente, temos o grau
comparativo de inferioridade.
(D) O adjetivo “miraculosas” é relativo a "milagres", não a ser agradável ou não.
(E) Os adjetivos “espirituais” e “físicas” se referem ao mesmo substantivo "convalescências".
Gabarito letra C.

3. (FGV / TJ-RS / OFICIAL DE JUSTIÇA / 2020)


A frase em que a substituição do termo sublinhado foi feita de forma adequada ao sentido
original é:
A) Remédio sem efeito / Remédio ineficiente;
B) Poço sem água / Poço árido;
C) Livro sem autor / Livro desautorizado;
D) Carro sem direção / Carro indireto;
E) Flor sem perfume / Flor fedorenta.
Comentários:
Aqui temos a transformação de locuções adjetivas em adjetivos, sem que haja alteração de
sentido.
O caso em que há a manutenção do sentido no contexto utilizado é a Letra A: sem efeito =>
ineficiente. Vejamos o erro das demais:
Em relação à (B) sem água => árido, em determinados contextos, poderiam ser sinônimos, mas
no caso de "poço", a ideia de estar "sem água", é não ter água, vazio. Nos casos de (C), (D) e (E)
não há relação de sentido entre as locuções e os adjetivos. Gabarito letra A.

4. (FGV / TJ-RS / OFICIAL DE JUSTIÇA / 2020)


Atribuições do oficial de justiça: “Cumprir mandados judiciais; preparar salas com livros e
materiais necessários ao funcionamento das sessões de julgamento; buscar, na Secretaria e nos
Gabinetes, os processos de cada Relator, separando-os e ordenando-os, colhendo assinaturas,
quando for o caso; atender e dar informações aos advogados, partes e estagiários presentes na
sessão, anotando os pedidos de preferência pela ordem de chegada dos interessados; auxiliar na
manutenção da ordem e efetuar prisões, quando determinado; auxiliar o Secretário de Câmara,
quando solicitado o auxílio; cumprir as demais atribuições previstas em lei ou regulamento”.
Em cada opção a seguir foi destacado um substantivo do texto acima; a opção em que o adjetivo
referente ao substantivo destacado está INCORRETO é:
A) livros e materiais / necessários;
B) advogados, partes e estagiários / presentes;

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C) pedidos / interessados;
D) auxílio / solicitado;
E) atribuições / previstas.
Comentários:
A única alternativa em que o adjetivo não se refere ao substantivo é a Letra C, pois tanto
"pedidos" quanto "interessados" são substantivos, e não substantivo e adjetivo.
"Necessários", "presentes", "solicitado" e "previstas" são adjetivos que caracterizam,
respectivamente, "livros e materiais", " advogados, partes e estagiários", "auxílio" e
"atribuições". Gabarito letra C.

5. (FGV / IBGE / COORDENADOR CENSITÁRIO / 2020)


Em todas as frases abaixo há adjetivos destacados; o adjetivo que representa a opinião do autor
da frase é:
A) O homem é o único animal que ri;
B) As grandes obras podem não ser obras grandes;
C) Os dias atuais passam mais rapidamente;
D) As provas extensas trazem muito cansaço;
E) Nuvens cinzentas anunciam chuva.
Comentários:
Note que o autor faz a distinção entre "grandes obras" e "obras grandes". Essa diferenciação,
aliada ao verbo modalizador "podem" mostram o nosso gabarito.
Nas demais alternativas, o adjetivo qualifica o substantivo, mas não há a carga opinativa do autor.
Gabarito letra B.

6. (FGV / PREF. SALVADOR - BA / PROFESSOR / 2019)


Segundo a gramática, os adjetivos podem indicar estados, qualidades, características ou
relações. A frase abaixo em que o adjetivo sublinhado indica uma relação é
A) “As borboletas mostram um voo desengonçado”.
B) “As jabuticabas são frutas brasileiras”.
C) “As goiabas estão nascendo bichadas”.
D) “As nuvens estavam carregadas”.
E) “As pitangas ficaram vermelhas rapidamente”.
Comentários:
Adjetivos que indicam relação têm algumas características marcantes: (i) dificilmente vêm antes
do substantivo e (ii) não têm grau de superioridade ou inferioridade. Vale lembrar também que
adjetivos gentílicos ou pátrios possuem essa relação. Portanto, gabarito letra B.

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7. (FGV / PREF. ANGRA DOS REIS-RJ / INSPETOR / 2019)


Texto III
“O tempo é a coisa mais preciosa que um homem pode gastar.”
O Texto III mostra uma forma de superlativo. Assinale a frase em que aparece uma outra forma
de superlativo.
A) O tempo é uma coisa bem preciosa.
B) O tempo é mais precioso que o dinheiro.
C) Nada é mais precioso que o tempo.
D) O dinheiro é menos precioso que o tempo.
E) O tempo é tão precioso quanto o dinheiro.
Comentários:
Note que "mais.... que" (B e C), "menos... que" (D) e "tão... quanto" (E) denotam comparativo, e
não superlativo. A frase que tem o sentido de superlativo (expresso pelo advérbio "bem") é a
Letra A: O tempo é uma coisa bem preciosa. Portanto, gabarito letra A.

8. (FGV / AL-RO / ANALISTA LEGISLATIVO / 2018)


Observe as frases abaixo:
O perigo nuclear iraniano
A revista mensal carioca
Nas frases há a presença de dois adjetivos de tipos diferentes; podemos deduzir que:
A) a ordem dos adjetivos é completamente aleatória.
B) no caso de dois adjetivos, um deve vir antes do substantivo.
C) os adjetivos de nacionalidade são sempre os últimos.
D) os adjetivos de relação precedem os qualificativos.
E) adjetivos mais específicos precedem os demais.
Comentários:
Questão difícil, um pouco mais teórica. Vamos analisar as alternativas para ficar mais claro:
A) ERRADA. Há uma ordem específica, pois se os adjetivos forem trocados de lugar haverá
mudança de sentido.
B) ERRADA. Não existe essa necessidade, inclusive causaria confusão se houvesse essa "regra".
Todos os adjetivos nas orações têm a função de restringir o substantivo.
C) ERRADA. "Carioca" não é nacionalidade, diferente do que acontece com "iraniano".
D) ERRADA. Adjetivos relacionais ou de relação não podem ser modulados, ou seja, não aceitam
quantificadores ou qualificativos como "muito" ou "pouco".

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E) CERTA. "Perigo iraniano" é mais amplo que "perigo nuclear iraniano". Da mesma forma que
"revista carioca" é mais amplo que "revista mensal carioca". Assim, o adjetivo que especifica
mais vem antes. Gabarito letra E.

9. (FGV / AL-RO / ANALISTA LEGISLATIVO / 2018)


Observação
Vivemos tão apressados que estamos perdendo a habilidade de observar detalhadamente o que
nos cerca. Por outro lado, somos tão bombardeados por imagens e por estímulos visuais que,
para nos proteger do excesso, aprendemos a não perceber o que está em volta, aprendemos a
nos proteger. Por isso, a propaganda fica cada vez mais agressiva. Os produtos precisam, a
qualquer custo, chamar a atenção do possível comprador, até que sejamos capazes de “ver sem
olhar”. Ou seja, mesmo sem estarmos interessados, não podemos escapar de perceber uma
imagem de propaganda.
Isso nos tem levado à autoproteção ou a uma atitude passiva, já que não é preciso fazer nenhum
esforço, pois a propaganda e as imagens se encarregam de nos invadir.
Entretanto, para apreciar a arte e saber ler imagens, uma primeira habilidade que precisamos
renovar, estimular e desenvolver é a observação. Ela deve deixar de ser passiva para tornar-se
ativa, voluntária: observo o que quero, porque quero, como quero, da forma que quero, quando
quero observar.
Se pedirmos a um amigo que descreva alguém, ele pode dizer genericamente: alto, magro, de
meia-idade: ou então ser bem específico: tem aproximadamente 1 metro e oitenta, é magro, está
vestido com uma calça azul, camisa branca, tênis, jaqueta de couro marrom, tem cabelos escuros,
encaracolados, curtos, olhos azuis, usa costeletas, tem um sinal escuro do lado direito do rosto e
cerca de 40 anos.
Essa segunda descrição é mais detalhada e demonstra mais observação. Naturalmente, se eu
estiver procurando tal pessoa, a partir dessa descrição detalhada, posso encontrá-la com mais
facilidade.
OLIVEIRA, J. e GARCEZ, L. Explicando a Arte. Ed. Nova Fronteira. 2001.

Uma das classes de palavras mais frequentes em descrições é a dos adjetivos que podem indicar
estados, características, qualidades ou relações.
Os adjetivos predominantes nos segmentos descritivos são os indicadores de
A) qualidade.
B) estado.
C) traço psicológico.
D) característica.
E) relação
Comentários:
Questão que traz teoria e interpretação de texto. Para encontrarmos a resposta da questão,
retomamos o texto:
Se pedirmos a um amigo que descreva alguém, ele pode dizer genericamente: alto, magro, de
meia-idade: ou então ser bem específico: tem aproximadamente 1 metro e oitenta, é magro, está

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vestido com uma calça azul, camisa branca, tênis, jaqueta de couro marrom, tem cabelos escuros,
encaracolados, curtos, olhos azuis, usa costeletas, tem um sinal escuro do lado direito do rosto e
cerca de 40 anos.
Note que no trecho acima os adjetivos que são utilizados na descrição são referentes a
características: alto, magro etc.
O texto não se refere a "traço psicológico" ou "estado". Além disso, "qualidade" tem relação
com juízo de valor, opinião e "relação" traz o sentido de origem. Portanto, gabarito letra D.

10. (FGV / BANESTES / ASSISTENTE SECURITÁRIO / 2018)


Na escrita, pode-se optar frequentemente entre uma construção de substantivo + locução
adjetiva ou substantivo + adjetivo (coragem de herói = coragem heroica).
O termo abaixo sublinhado que NÃO pode ser substituído por um adjetivo é:
A) A maior preocupação do homem é a morte;
B) A criação do homem é ideia de Deus;
C) A inteligência do homem é infinita;
D) Os amores do homem são passageiros;
E) É efêmera a memória do homem.
Comentários:
A ideia é identificar o complemento nominal e o adjunto adnominal. Adjunto adnominal remete à
noção de posse ou de agente da ação, por isso é possível a troca por "dele".
Já o complemento nominal passa a ideia de passividade.
Vejamos as alternativas:
A) "Preocupação do homem" => preocupação dele (Adjunto Adnominal)
B) "Criação do homem" => criação de Deus; o homem é criado (Complemento Nominal)
C) "Inteligência do homem" => inteligência dele (Adjunto Adnominal)
D) "Amores do homem" => amores dele (Adjunto Adnominal)
E) "Memória do homem" => memória dela (Adjunto Adnominal). Portanto, gabarito letra B.

11. (FGV / BANESTES / ASSISTENTE SECURITÁRIO / 2018)


A frase que NÃO apresenta qualquer forma de superlativação de um adjetivo é:
A) Sou extraordinariamente paciente desde que as coisas sejam feitas do meu jeito;
B) A lealdade a um partido reduz o maior dos homens ao nível mesquinho das massas;
C) O ouro é um metal amarelo ultra-apreciado;
D) Uma besteira menor, consciente, pode impedir uma besteira grande pra cachorro,
inconsciente;
E) Veja o meu caso: saí do nada e cheguei à extrema pobreza.

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Comentários:
Vejamos as alternativas:
A) "Extraordinariamente" exerce função de superlativo de "paciente".
B) "o maior dos homens" e "nível mesquinho" são formas de superlativação.
C) Prefixo "ultra" exerce função de superlativo de "apreciado".
D) Expressão "pra cachorro" exerce função de superlativo de "grande".
E) "Extrema" é adjetivo que qualifica "pobreza". Não há termo que exerça função de superlativo
ao adjetivo "extrema". Gabarito letra E.

12. (FGV / BANESTES / ANALISTA ECONÔMICO / 2018)


Na escrita, pode-se optar frequentemente entre uma construção de substantivo + locução
adjetiva ou substantivo + adjetivo (esportes da água = esportes aquáticos).
O termo abaixo sublinhado que NÃO pode ser substituído por um adjetivo é:
A) A indústria causou a poluição do rio;
B) As águas do rio ficaram poluídas;
C) As margens do rio estão cheias de lama;
D) Os turistas se encantam com a imagem do rio;
E) Os peixes do rio são bem saborosos.
Comentários:
A ideia é identificar o complemento nominal e o adjunto adnominal. Adjunto adnominal remete à
noção de posse ou de agente da ação, por isso é possível a troca por "dele".
Já o complemento nominal passa a ideia de passividade. Por esse motivo, não pode ser
substituído por um adjetivo
Vejamos as alternativas:
A) "Poluição do rio" => poluição que sofre o rio, ou seja, o rio é o agente passivo (Complemento
Nominal)
B) "Águas do rio" => águas fluviais (Adjunto Adnominal)
C) "Margens do rio" => margens fluviais (Adjunto Adnominal)
D) "Imagem do rio" => imagens fluviais (Adjunto Adnominal)
E) "peixes do rio" => peixes fluviais (Adjunto Adnominal). Portanto, gabarito letra A.

13. (FGV / BANESTES / TÉCNICO BANCÁRIO / 2018)


A frase em que a substituição dos termos sublinhados por um adjetivo é feita de forma adequada
é:
A) Um beijo de minha mãe fez de mim um pintor / maternal;
B) O importante na obra de arte: o espanto / arteira;

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C) Toda arte é imitação da natureza / naturalista;


D) Apreciar os defeitos do próximo é ter talento? / alheios;
E) Avalia-se a inteligência de um indivíduo pela quantidade de incertezas que ele é capaz de
suportar / individualista.
Comentários:
Vejamos as alternativas:
A) ERRADA. O pronome possessivo "minha" restringe "mãe", o que inviabiliza utilizar
"maternal".
B) ERRADA. "De arte" equivale a “artístico”, e não “arteiro”.
C) ERRADA. Note que “natureza” é o sujeito passivo da ação - a natureza é imitada. Assim, não
há como substituir a locução.
D) CERTA.
E) ERRADA. “Individualista” tem o sentido de "egoísta", que não remete a "um indivíduo".
Gabarito letra D.

14. (FGV / CÂMARA DE SALVADOR-BA / ANALISTA LEGISLATIVO / 2018)


Em todos os segmentos abaixo há dois adjetivos para um substantivo, EXCETO em:
A) “políticas públicas autoritárias”;
B) “serviços públicos essenciais”;
C) “diversas organizações internacionais”;
D) “guerra civil nigeriana”;
E) “posição política favorável”.
Comentários:
Vejamos as alternativas:
A) CERTA. políticas (substantivo) públicas autoritárias (adjetivos);
B) CERTA. serviços (substantivo) públicos essenciais (adjetivos);
C) ERRADA. diversas (pronome) organizações (substantivo) internacionais (adjetivo);
D) CERTA. guerra (substantivo) civil nigeriana (adjetivos);
E) CERTA. posição (substantivo) política favorável (adjetivos). Gabarito letra C.

15. (FGV / AL-RO / ANALISTA LEGISLATIVO / 2018)


Assinale a opção em que o adjetivo sublinhado indica uma qualidade ou um defeito do
substantivo.
A) presunto francês.
B) pintura antiga.
C) sujeito desprezível.

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D) parede descascada.
E) pele manchada.
Comentários:
Note que "desprezível" é um defeito de "sujeito". Por isso, é o nosso gabarito.
A alternativa (A) indica origem, já as alternativas (B), (D) e (E) indicam estado. Portanto, Gabarito
letra C.

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QUESTÕES COMENTADAS - EXPRESSÕES COM SUBSTANTIVO E


ADJETIVO - FGV

1. (FGV / DPE-RJ / TÉCNICO / 2019)


Texto 7
“O voo de Santos Dumont foi fruto de uma ideia revolucionária, assim como os
microcomputadores e a rede que hoje chamamos de Internet”.
No texto 7, o segmento “ideia revolucionária” poderia ter trocado a ordem de suas palavras
(revolucionária ideia) sem que isso modificasse suas classes gramaticais; a opção abaixo em que
isso também ocorre é:
A) nova escultura;
B) jovem professora;
C) imigrante trabalhador;
D) velho pescador;
E) fanático marxista.
Comentários:
Preste atenção ao enunciado: o enunciado pede para que não ocorra troca de classe gramatical:
"ideia revolucionária" (substantivo + adjetivo) e "revolucionária ideia" (adjetivo + substantivo).
A única alternativa em que essa mesma condição ocorre é a Letra (A): tanto em "nova escultura"
quanto em "escultura nova", "nova" é adjetivo" e "escultura", substantivo. Portanto, gabarito
letra A.

2. (FGV / PREF. ANGRA DOS REIS-RJ / INSPETOR / 2019)


Assinale a opção em que a correspondência adjetivo/substantivo está incorreta.
A) doce / doçura.
B) justa / justiça.
C) prudente / prudência.
D) hostil / hostilidade.
E) Indiferente / indiferência.
Comentários:
O único par adjetivo/substantivo incorreto é a Letra E: o correto é "indiferença". Pequeno
detalhe que acaba passando despercebido. Cuidado! Portanto, gabarito letra E.

3. (FGV / CÂMARA DE SALVADOR-BA / ASSISTENTE LEGISLATIVO / 2018)


A relação substantivo / adjetivo que está correta é:

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A) social / socialista;
B) complexidade / complexa;
C) organização / organista;
D) indivíduo / individualidade;
E) reino / reinado.
Comentários:
Vejamos as alternativas:
A) ERRADA. social (adjetivo) socialista (adjetivo);
B) CERTA. complexidade (substantivo) complexa (adjetivo);
C) ERRADA. organização (substantivo) organista (adjetivo). Contudo, nesta alternativa não há
relação de significado entre as palavras.
D) ERRADA. indivíduo (substantivo) individualidade (substantivo);
E) ERRADA. reino (substantivo) reinado (substantivo). Gabarito letra B.

4. (FGV / PREF. BOA VISTA-RR / PROFESSOR / 2018)


“Mulheres de certa idade não têm idade certa”. Essa frase do Barão de Itararé mostra que a
posição de alguns adjetivos traz modificação de sentido: “certa idade” não é o mesmo que
“idade certa”.
O mesmo acontece no seguinte par abaixo:
A) bom vinho;
B) resultado fantástico;
C) sabor primoroso;
D) ódio intenso;
E) população pobre.
Comentários:
Note a diferença:
"População pobre" significa uma população carente de recursos. Já, "pobre população" tem o
sentido de coitada.
Nas demais alternativas, a alteração de posição do adjetivo não acarreta alterações semânticas.
Gabarito letra E.

5. (FGV / IBGE / ANALISTA CENSITÁRIO / 2017)


“É preciso levar em conta questões econômicas e sociais”; se juntássemos os adjetivos
sublinhados em forma de adjetivo composto, a forma correta, no contexto, seria:
A) econômicas-sociais;
B) econômico-social;

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C) econômica-social;
D) econômico-sociais;
E) econômicas-social.
Comentários:
Ao fundir dois adjetivos numa forma composta, o primeiro adjetivo fica em forma reduzida e
invariável (em gênero e número) e somente o segundo vai ao plural. Logo, teremos:
econômico-sociais. Gabarito letra D.

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QUESTÕES COMENTADAS - ADVÉRBIO - FGV


1. (FGV / TJ-RS / OFICIAL DE JUSTIÇA / 2020)
A frase abaixo em que a substituição do segmento sublinhado por um advérbio foi feita de forma
adequada é:
A) Sem que se entendesse o motivo, o convidado aborreceu-se na festa / irresponsavelmente;
B) Ia à academia poucas vezes / habitualmente;
C) Dirigia com toda a atenção / atenciosamente;
D) Mesmo sem estudo realizou a tarefa a contento / Intuitivamente;
E) Enfrentou as dificuldades com coragem / ferozmente.
Comentários:
Vejamos as opções:
A) ERRADA. "irresponsavelmente" é sem responsabilidade.
B) ERRADA. "poucas vezes" é o mesmo que "raramente".
C) ERRADA. "Atenciosamente" equivale a "gentilmente". No caso, o correto seria
"atentamente".
D) CERTA. "Mesmo sem estudo" é o equivalente a usar a intuição.
E) ERRADA. "Ferozmente" está relacionado a "feroz", "ferocidade. Gabarito letra D.

2. (FGV / DPE-RJ / TÉCNICO MÉDIO DE DEFENSORIA / 2019)


“Em todas essas profecias havia uma constante: o mundo novo não conheceria mais a liberdade,
pelo menos com a latitude e o conceito que dela então se tinha” (texto 4).
O vocábulo sublinhado aparece com o mesmo sentido em:
(A) A liberdade não mais existirá no mundo futuro;
(B) Todos terão mais liberdade que agora;
(C) A sociedade futura terá mais tempo disponível;
(D) Dois mais dois serão sempre quatro;
(E) No futuro, viajaremos mais que agora.
Comentários:
No enunciado, temos o “mais” como advérbio de tempo: já não conheceria a liberdade/conhecia
antes, não conheceria agora.
O mesmo sentido ocorre em: A liberdade não mais existirá no mundo futuro (já não existirá no
futuro)

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Em B e C, temos “mais” pronome indefinido, pois está ligado a substantivos: “liberdade” e


“tempo”, indicando quantidade vaga. Em D, o “mais” indica soma. Em E, indica intensidade.
Gabarito letra A.

3. (FGV / AL-RO / ASSISTENTE LEGISLATIVO / 2018)


Texto 1.
Do Casamento
O casamento foi a maneira que a humanidade encontrou de propagar a espécie sem causar
falatório na vizinhança. As tradições matrimoniais se transformaram através dos tempos e variam
de cultura para cultura. Em certas sociedades primitivas o tempo gasto nas preliminares do
casamento – corte, namoro, noivado etc. – era abreviado. O macho escolhia uma fêmea, batia
com um tacape na sua cabeça e a arrastava para a sua caverna. Com o passar do tempo este
método foi sendo abandonado, por pressão dos buffets, das lojas de presente e das mulheres,
que não admitiam um período pré-conjugal tão curto. O homem precisava aproximar-se dela,
cheirar seus cabelos, grunhir no seu ouvido, mordiscar a sua orelha e só então, quando ela
estivesse distraída, bater com o tacape na sua cabeça e arrastá-la para a caverna. (fragmento)
VERÍSSIMO, Luís Fernando, Comédias da Vida Privada. Ed. LPm. 1994.

Assinale a opção que mostra uma substituição inadequada para a expressão sublinhada.
A) “As tradições matrimoniais se transformaram através dos tempos ...” / sucessivamente.
B) “...o tempo gasto nas preliminares do casamento - ” / pré-matrimonialmente.
C) "Com o passar do tempo este método foi sendo abandonado,” / cronologicamente.
D) “...não admitiam um período pré-conjugal tão curto.” / abreviadamente.
E) “...mordiscar a sua orelha e só então, quando ela estivesse distraída,” / finalmente"
Comentários:
Note que as letras (A), (B), (C) e (E) trazem a circunstância de modo tanto no original quanto na
possível substituição. Contudo na Letra (D), "tão curto" refere-se a "um período", ou seja, é uma
referência de tempo. Assim, a substituição por "abreviadamente", que remete à circunstância de
modo, não pode ser considerada válida. Gabarito letra D.

4. (FGV / PREF. BOA VISTA-RR / PROFESSOR / 2018)


Nas frases abaixo foram feitas substituições de termos de valor adverbial por advérbios
equivalentes; a frase em que essa substituição foi adequadamente realizada é:
A) “A preocupação traz a velhice antes da hora” / prematuramente;
B) “Criancice a gente faz em qualquer idade” / momentaneamente;
C) “Envelhecer é o único meio que se descobriu para viver muito tempo” / eternamente;
D) “Não se pode governar as crianças hoje em dia” / diariamente;
E) “A melhor forma de emagrecer é ser mãe em tempo integral” / temporariamente.
Comentários:

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Vejamos as alternativas:
A) CERTA.
B) ERRADA. "Em qualquer idade" não diz respeito à "momentaneamente", mas sim a
"independente de idade";
C) ERRADA. "Muito tempo" e "eternamente" não são sinônimos. O correto seria "longamente";
D) ERRADA. "Hoje em dia" se refere a "atualmente";
E) ERRADA. "Em tempo integral" tem o mesmo sentido de "integralmente". Gabarito letra A.

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QUESTÕES COMENTADAS - ARTIGO - FGV


1. (FGV / IBGE / COORDENADOR CENSITÁRIO / 2019)
“...que vêm transformando as comunicações em todo o mundo”.
Nessa frase do texto 1, empregou-se corretamente o artigo definido após o pronome indefinido
todo; a frase abaixo em que esse emprego também está correto é:
A) Todo o jornal do planeta cobre acontecimentos mundiais;
B) As notícias aparecem em todas as páginas dos jornais;
C) Todo o repórter deve trabalhar muito diariamente;
D) Toda a notícia deve ser checada antes de publicação;
E) Todo o texto publicitário deve elogiar produtos.
Comentários:
Questão não muito direta, mas vamos lá!
Lembre-se que o pronome indefinido “todo” sem artigo passa a ideia de “qualquer”; já com o
artigo, significa “inteiro”, “completo”, “sem exceção”. Vejamos as alternativas:
A) ERRADA. Sentido de "qualquer". O correto seria "todo jornal".
B) CERTA. Sentido de "completo".
C) ERRADA. Sentido de "qualquer". O correto seria "todo repórter".
D) ERRADA. Sentido de "qualquer". O correto seria "toda notícia".
E) ERRADA. Sentido de "qualquer". O correto seria "todo texto". Gabarito letra B.

2. (FGV / PREF. SALVADOR - BA / PROFESSOR / 2019)


Em sua Nova Gramática do Português Contemporâneo, os autores Celso Cunha e Lindley Cintra
afirmam, sobre o emprego do artigo definido, que ele se antepõe ao substantivo para indicar
“que se trata de um ser já conhecido do leitor, seja por ter sido mencionado antes, seja por ser
objeto de um conhecimento de experiência”. A frase em que o emprego do artigo sublinhado se
deve ao primeiro caso apontado é
A) “O melhor amigo do homem é o uísque; o uísque é o cachorro engarrafado”. (Vinicius de
Moraes)
B) “Um menininho aproximou-se da estante com uma moedinha na mão e a depositou no cofre”.
(Fernando Sabino)
C) “A freira fugitiva sempre fala mal do convento”.
D) “Terceira idade é aquela em que a gente bota os óculos para ouvir o rádio”. (Woody Allen)
E) “Um corvo, após apoderar-se de um pedaço de carne, voou para uma amendoeira onde
pousou com o alimento no bico”. (Esopo).
Comentários:

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Questão que demanda interpretação de texto também, mas vamos lá!


Precisamos procurar uma ocorrência de artigo definido "que se trata de um ser já conhecido do
leitor, seja por ter sido mencionado antes.". Vejamos as alternativas:
A) ERRADA. "o cachorro" generaliza o animal.
B) ERRADA. Não podemos afirmar que "o cofre" foi mencionado antes.
C) ERRADA. Parece que "o convento" é generalizado, assim como "a freira", em especial pelo
termo "sempre ".
D) ERRADA. "os óculos" é conhecido pela experiência do leitor.
E) CERTA. "O alimento" foi mencionado anteriormente como "pedaço de carne". Gabarito letra
E.

3. (FGV / PREF. SALVADOR - BA / PROFESSOR / 2019)


Observe o segmento textual abaixo, que iniciava uma narrativa escolar: “Um carro entrou no
estacionamento com os faróis apagados, os pneus furados e um cacho de bananas no teto”.
Uma das observações do emprego dos artigos definidos e indefinidos é que os primeiros indicam
termos já enunciados no texto (conhecidos) e os segundos indicam termos presentes no texto
pela primeira vez. Assim, é correto afirmar que
A) o emprego de um artigo definido em “um cacho” não modificaria o sentido geral do texto.
B) o emprego do artigo definido em “o estacionamento” indica que esse lugar já havia
obrigatoriamente sido citado antes.
C) o único artigo de emprego correto nessa frase é o de “um cacho”.
D) o emprego do artigo definido em “o estacionamento” e “os faróis” está errado.
E) o emprego do artigo definido em “os faróis” e “os pneus” se deve ao fato de se referirem a
elementos conhecidos a partir do emprego de “um carro”.
Comentários:
Vejamos as alternativas:
A) ERRADA. No exemplo, "um" é numeral, e não artigo indefinido.
B) ERRADA. Não podemos afirmar que o termo foi obrigatoriamente mencionado.
C) ERRADA. Novamente, no exemplo, "um" é numeral, e não artigo indefinido
D) ERRADA. Ao contrário: não faria sentido o uso de "um estacionamento" e "uns faróis".
E) CERTA. Gabarito letra E.

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LISTA DE QUESTÕES - SUBSTANTIVO - FGV


1. (FGV / PREF. MANAUS / 2022)
“Todas as atividades do espírito cessariam se os jovens ficassem, um dia, contentes com o que
existe.”
Muitas palavras desse pensamento estão no plural. Assinale a opção que apresenta a forma
errada de plural.
(A) coração / corações.
(B) cidadão / cidadões.
(C) situação / situações.
(D) vulcão / vulcões.
(E) publicação / publicações.

2. (FGV / PREF. MANAUS / 2022)


“A doença é o preço que a alma paga por ocupar o corpo, como o aluguel que o inquilino paga
pelo apartamento em que mora.”
O termo “por ocupar o corpo” fica corretamente substituído na seguinte opção:
(A) para ocupar o corpo.
(B) para a ocupação do corpo.
(C) pela ocupação do corpo.
(D) conforme ocupa o corpo.
(E) enquanto ocupa o corpo.

3. (FGV / TJ-RS / OFICIAL DE JUSTIÇA / 2020)


Observe a frase a seguir.
É importante aprender muitas coisas / É importante o aprendizado de muitas coisas.
O mesmo processo de substituição de um verbo por um substantivo correspondente foi feito de
forma adequada em:
A) É impossível ocultar a desonestidade / É impossível o ocultismo da desonestidade;
B) Morrer é o ato final da existência humana / A mortandade é o ato final da existência humana;
C) Enfrentar as dificuldades é o caminho da felicidade / O enfrentamento das dificuldades é o
caminho da felicidade;
D) Oferecer amizade é atitude rara / O ofertório de amizade é atitude rara;
E) O mais difícil é viver / O mais difícil é a vivacidade.

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4. (FGV / DPE-RJ / TÉCNICO MÉDIO DE DEFENSORIA / 2019)


“Até mesmo de um corpúsculo disforme pode sair um espírito realmente forte e virtuoso”.
Nessa frase, há uma forma diminutiva de corpo; a frase abaixo em que o diminutivo sublinhado
perdeu o sentido original de diminutivo e passou a significar outra realidade é:
(A) Havia na parede uma portinhola por onde se compravam as entradas para o jogo;
(B) Era uma revistinha francesa que cabia no bolso da camisa;
(C) Os alunos verificaram na folhinha as datas previstas para as provas finais;
(D) Comeu muitos biscoitinhos de araruta, gostosíssimos;
(E) Apesar de ser um vidrinho bem diminuto, o preço era alto.

5. (FGV / TJ-CE / TÉCNICO JUDICIÁRIO / 2019)


“O fim das penas não é atormentar, perseguir e afligir um ser sensível... Seu fim é apenas impedir
que o réu cause novos danos aos seus concidadãos e dissuadir os outros de fazerem o mesmo”.
Se quiséssemos nominalizar todas as ações sublinhadas, deveríamos trocar os verbos por
substantivos; nesse caso, a substituição inadequada seria:
A) atormentar um ser sensível / atormentação de um ser sensível;
B) perseguir um ser sensível / perseguição de um ser sensível;
C) afligir um ser sensível / aflição de um ser sensível;
D) impedir que o réu cause novos danos / impedimento de o réu causar novos danos;
E) dissuadir os outros / dissuasão dos outros.

6. (FGV / DPE-RJ / TÉCNICO / 2019)


Uma reportagem que abordava a delinquência juvenil trazia a seguinte frase: “A maioria desses
jovens vivem à custa dos pais”.
A palavra custa traz sentido diferente de custas no plural, empregada na linguagem jurídica; o
exemplo abaixo em que a possível mudança de sentido NÃO ocorre com a passagem do singular
para o plural é:
A) ferro / ferros;
B) féria / férias;
C) cobre / cobres;
D) humanidade / humanidades;
E) motivo / motivos.

7. (FGV / MPE-AL / TÉCNICO / 2018)


“No caixa, outras freguesas perguntaram se ela tinha restaurante.”

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Nesse trecho, o termo “caixa” passou a ser aparentemente masculino, mas, na verdade, ocorreu
aí uma elipse de um termo masculino “o funcionário da caixa.”
O substantivo a seguir em que ocorre uma idêntica elipse que causa aparente mudança de
gênero é:
A) o celular / o telefone celular.
B) o Municipal / o teatro Municipal.
C) a capital / a cidade capital.
D) o Palmeiras / o time do Palmeiras.
E) a lava-jato / a operação lava-jato.

8. (FGV / CÂMARA DE SALVADOR-BA / ANALISTA LEGISLATIVO / 2018)


A opção em que a nominalização do segmento sublinhado está INCORRETA é:
A) “busca garantir aos cidadãos o acesso pleno” / busca a garantia aos cidadãos do acesso
pleno”;
B) “estabelecendo políticas públicas autoritárias” / com o estabelecimento de políticas públicas
autoritárias;
C) “investindo poucos recursos” / com o investimento de poucos recursos;
D) “envolvendo civis em conflitos armados” / com o envolvimento de civis em conflitos armados;
E) “proporcionar uma atuação transparente” / proporção de uma atuação transparente.

9. (FGV / PREF. BOA VISTA-RR / PROFESSOR / 2018)


A frase em que a palavra sublinhada NÃO corresponde a uma forma diminutiva é:
A) Certos lugarejos portugueses estão quase sem população masculina;
B) Devem-se usar os palitos com cuidado;
C) Anemia é a pouca quantidade de glóbulos vermelhos;
D) O riacho da pequena Tiradentes estava muito poluído;
E) A jovem mãe cercava o filho de carinho.

10. (FGV / PREF. BOA VISTA-RR / PROFESSOR / 2018)


“O conceito de direitos humanos está sendo transformado num palavrão”. (Boris Casoy)
Nessa frase, o vocábulo “palavrão”, formado com o sufixo -ão, perdeu o valor de aumentativo,
passando a significar “palavra chula”. Indique a opção em que todas as palavras receberam um
novo significado na forma aumentativa:
A) cartão – papelão – portão;
B) homenzarrão – garrafão – caixão;
C) panelão – colherão – facão;

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D) jarrão – casarão – pratão;


E) pezão – cabeção – fardão.

11. (FGV / ALERJ / ESPECIALISTA / TI / 2017) Adaptada


Cidadãos e opiniões são substantivos formados com o sufixo -ão, que fazem seus plurais,
respectivamente, como:
A) escrivão / vulcão;
B) cristão / mão;
C) anão / corrimão;
D) chorão / ancião;
E) cartão / aldeão.

GABARITO
3. LETRA C 7. LETRA D 11. LETRA C
4. LETRA C 8. LETRA E
1. LETRA B 5. LETRA C 9. LETRA E
2. LETRA C 6. LETRA E 10. LETRA A

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LISTA DE QUESTÕES - ADJETIVO - FGV


1. (FGV / PREF. MANAUS / 2022)
O artigo 9º do Estatuto do Idoso diz:
“É obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde, mediante
efetivação de políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável e em
condições dignas.”
Entre os cinco adjetivos sublinhados, aqueles que mostram valor de opinião, são
(A) saudável / dignas.
(B) idosa / sociais.
(C) públicas / dignas.
(D) sociais / públicas.
(E) idosa / saudável.
Comentários:
Os adjetivos podem ser subjetivos, quando refletem opinião, valoração, subjetividade por parte
do autor; ou podem ser objetivos, quando indicam caracterização concreta, impessoal.
Aqui, "idoso" é um adjetivo meramente classificatório, objetivo, não tem "julgamento"
embutido, não traz subjetividade, valoração. Só a título de curiosidade:
"Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), idoso é todo indivíduo com 60 anos ou mais. O
mesmo entendimento está presente na Política Nacional do Idoso (instituída pela lei federal
8.842), de 1994, e no Estatuto do Idoso (lei 10.741), de 2003."
O mesmo vale para "sociais e públicas" que apenas descrevem objetivamente a função das
políticas. Uma política pode ser social, ser econômica, ser fiscal. Tudo isso é objetivo.
Por outro lado, "saudável" e "dignas" são adjetivos valorativos, indicam julgamento, opinião.
Pode-se de discutir o que é mais ou menos saudável ou digno para cada pessoa.
Gabarito letra A.

2. (FGV / PREF. MANAUS / 2022)


“As grandes doenças da alma, bem como aquelas do corpo, renovam o homem; e as
convalescências espirituais não são menos agradáveis nem menos miraculosas do que as físicas.”
Sobre os componentes desse pensamento, assinale a afirmativa correta.
(A) O adjetivo “grande” mostra valor de “dimensão, tamanho”.
(B) O termo “bem como” tem valor de comparação.
(C) O termo “menos agradáveis” tem valor de inferioridade.
(D) O adjetivo “miraculosas” é o oposto de “agradáveis”.
(E) Os adjetivos “espirituais” e “físicas” se referem a dois substantivos diferentes.

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Comentários:
(A) O adjetivo “grande” mostra valor de importância, relevância. Incorreta.
(B) O termo “bem como” tem valor de adição. Incorreta.
(C) O termo “menos agradáveis” tem valor de inferioridade. Exatamente, temos o grau
comparativo de inferioridade.
(D) O adjetivo “miraculosas” é relativo a "milagres", não a ser agradável ou não.
(E) Os adjetivos “espirituais” e “físicas” se referem ao mesmo substantivo "convalescências".
Gabarito letra C.

3. (FGV / TJ-RS / OFICIAL DE JUSTIÇA / 2020)


A frase em que a substituição do termo sublinhado foi feita de forma adequada ao sentido
original é:
A) Remédio sem efeito / Remédio ineficiente;
B) Poço sem água / Poço árido;
C) Livro sem autor / Livro desautorizado;
D) Carro sem direção / Carro indireto;
E) Flor sem perfume / Flor fedorenta.

4. (FGV / TJ-RS / OFICIAL DE JUSTIÇA / 2020)


Atribuições do oficial de justiça: “Cumprir mandados judiciais; preparar salas com livros e
materiais necessários ao funcionamento das sessões de julgamento; buscar, na Secretaria e nos
Gabinetes, os processos de cada Relator, separando-os e ordenando-os, colhendo assinaturas,
quando for o caso; atender e dar informações aos advogados, partes e estagiários presentes na
sessão, anotando os pedidos de preferência pela ordem de chegada dos interessados; auxiliar na
manutenção da ordem e efetuar prisões, quando determinado; auxiliar o Secretário de Câmara,
quando solicitado o auxílio; cumprir as demais atribuições previstas em lei ou regulamento”.
Em cada opção a seguir foi destacado um substantivo do texto acima; a opção em que o adjetivo
referente ao substantivo destacado está INCORRETO é:
A) livros e materiais / necessários;
B) advogados, partes e estagiários / presentes;
C) pedidos / interessados;
D) auxílio / solicitado;
E) atribuições / previstas.

5. (FGV / IBGE / COORDENADOR CENSITÁRIO / 2020)


Em todas as frases abaixo há adjetivos destacados; o adjetivo que representa a opinião do autor
da frase é:

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A) O homem é o único animal que ri;


B) As grandes obras podem não ser obras grandes;
C) Os dias atuais passam mais rapidamente;
D) As provas extensas trazem muito cansaço;
E) Nuvens cinzentas anunciam chuva.

6. (FGV / PREF. SALVADOR - BA / PROFESSOR / 2019)


Segundo a gramática, os adjetivos podem indicar estados, qualidades, características ou
relações. A frase abaixo em que o adjetivo sublinhado indica uma relação é
A) “As borboletas mostram um voo desengonçado”.
B) “As jabuticabas são frutas brasileiras”.
C) “As goiabas estão nascendo bichadas”.
D) “As nuvens estavam carregadas”.
E) “As pitangas ficaram vermelhas rapidamente”.

7. (FGV / PREF. ANGRA DOS REIS-RJ / INSPETOR / 2019)


Texto III
“O tempo é a coisa mais preciosa que um homem pode gastar.”
O Texto III mostra uma forma de superlativo. Assinale a frase em que aparece uma outra forma
de superlativo.
A) O tempo é uma coisa bem preciosa.
B) O tempo é mais precioso que o dinheiro.
C) Nada é mais precioso que o tempo.
D) O dinheiro é menos precioso que o tempo.
E) O tempo é tão precioso quanto o dinheiro.

8. (FGV / AL-RO / ANALISTA LEGISLATIVO / 2018)


Observe as frases abaixo:
O perigo nuclear iraniano
A revista mensal carioca
Nas frases há a presença de dois adjetivos de tipos diferentes; podemos deduzir que:
A) a ordem dos adjetivos é completamente aleatória.
B) no caso de dois adjetivos, um deve vir antes do substantivo.
C) os adjetivos de nacionalidade são sempre os últimos.
D) os adjetivos de relação precedem os qualificativos.

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E) adjetivos mais específicos precedem os demais.

9. (FGV / AL-RO / ANALISTA LEGISLATIVO / 2018)


Observação
Vivemos tão apressados que estamos perdendo a habilidade de observar detalhadamente o que
nos cerca. Por outro lado, somos tão bombardeados por imagens e por estímulos visuais que,
para nos proteger do excesso, aprendemos a não perceber o que está em volta, aprendemos a
nos proteger. Por isso, a propaganda fica cada vez mais agressiva. Os produtos precisam, a
qualquer custo, chamar a atenção do possível comprador, até que sejamos capazes de “ver sem
olhar”. Ou seja, mesmo sem estarmos interessados, não podemos escapar de perceber uma
imagem de propaganda.
Isso nos tem levado à autoproteção ou a uma atitude passiva, já que não é preciso fazer nenhum
esforço, pois a propaganda e as imagens se encarregam de nos invadir.
Entretanto, para apreciar a arte e saber ler imagens, uma primeira habilidade que precisamos
renovar, estimular e desenvolver é a observação. Ela deve deixar de ser passiva para tornar-se
ativa, voluntária: observo o que quero, porque quero, como quero, da forma que quero, quando
quero observar.
Se pedirmos a um amigo que descreva alguém, ele pode dizer genericamente: alto, magro, de
meia-idade: ou então ser bem específico: tem aproximadamente 1 metro e oitenta, é magro, está
vestido com uma calça azul, camisa branca, tênis, jaqueta de couro marrom, tem cabelos escuros,
encaracolados, curtos, olhos azuis, usa costeletas, tem um sinal escuro do lado direito do rosto e
cerca de 40 anos.
Essa segunda descrição é mais detalhada e demonstra mais observação. Naturalmente, se eu
estiver procurando tal pessoa, a partir dessa descrição detalhada, posso encontrá-la com mais
facilidade.
OLIVEIRA, J. e GARCEZ, L. Explicando a Arte. Ed. Nova Fronteira. 2001.

Uma das classes de palavras mais frequentes em descrições é a dos adjetivos que podem indicar
estados, características, qualidades ou relações.
Os adjetivos predominantes nos segmentos descritivos são os indicadores de
A) qualidade.
B) estado.
C) traço psicológico.
D) característica.
E) relação.

10. (FGV / BANESTES / ASSISTENTE SECURITÁRIO / 2018)


Na escrita, pode-se optar frequentemente entre uma construção de substantivo + locução
adjetiva ou substantivo + adjetivo (coragem de herói = coragem heroica).
O termo abaixo sublinhado que NÃO pode ser substituído por um adjetivo é:

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A) A maior preocupação do homem é a morte;


B) A criação do homem é ideia de Deus;
C) A inteligência do homem é infinita;
D) Os amores do homem são passageiros;
E) É efêmera a memória do homem.

11. (FGV / BANESTES / ASSISTENTE SECURITÁRIO / 2018)


A frase que NÃO apresenta qualquer forma de superlativação de um adjetivo é:
A) Sou extraordinariamente paciente desde que as coisas sejam feitas do meu jeito;
B) A lealdade a um partido reduz o maior dos homens ao nível mesquinho das massas;
C) O ouro é um metal amarelo ultra-apreciado;
D) Uma besteira menor, consciente, pode impedir uma besteira grande pra cachorro,
inconsciente;
E) Veja o meu caso: saí do nada e cheguei à extrema pobreza.

12. (FGV / BANESTES / ANALISTA ECONÔMICO / 2018)


Na escrita, pode-se optar frequentemente entre uma construção de substantivo + locução
adjetiva ou substantivo + adjetivo (esportes da água = esportes aquáticos).
O termo abaixo sublinhado que NÃO pode ser substituído por um adjetivo é:
A) A indústria causou a poluição do rio;
B) As águas do rio ficaram poluídas;
C) As margens do rio estão cheias de lama;
D) Os turistas se encantam com a imagem do rio;
E) Os peixes do rio são bem saborosos.

13. (FGV / BANESTES / TÉCNICO BANCÁRIO / 2018)


A frase em que a substituição dos termos sublinhados por um adjetivo é feita de forma adequada
é:
A) Um beijo de minha mãe fez de mim um pintor / maternal;
B) O importante na obra de arte: o espanto / arteira;
C) Toda arte é imitação da natureza / naturalista;
D) Apreciar os defeitos do próximo é ter talento? / alheios;
E) Avalia-se a inteligência de um indivíduo pela quantidade de incertezas que ele é capaz de
suportar / individualista.

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14. (FGV / CÂMARA DE SALVADOR-BA / ANALISTA LEGISLATIVO / 2018)


Em todos os segmentos abaixo há dois adjetivos para um substantivo, EXCETO em:
A) “políticas públicas autoritárias”;
B) “serviços públicos essenciais”;
C) “diversas organizações internacionais”;
D) “guerra civil nigeriana”;
E) “posição política favorável”.

15. (FGV / AL-RO / ANALISTA LEGISLATIVO / 2018)


Assinale a opção em que o adjetivo sublinhado indica uma qualidade ou um defeito do
substantivo.
A) presunto francês.
B) pintura antiga.
C) sujeito desprezível.
D) parede descascada.
E) pele manchada.

GABARITO
4. LETRA C 9. LETRA D 14. LETRA C
5. LETRA B 10. LETRA B 15. LETRA C
1. LETRA A 6. LETRA B 11. LETRA E
2. LETRA C 7. LETRA A 12. LETRA A
3. LETRA A 8. LETRA E 13. LETRA D

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LISTA DE QUESTÕES - EXPRESSÕES COM SUBSTANTIVO E


ADJETIVO - FGV

1. (FGV / DPE-RJ / TÉCNICO / 2019)


Texto 7
“O voo de Santos Dumont foi fruto de uma ideia revolucionária, assim como os
microcomputadores e a rede que hoje chamamos de Internet”.
No texto 7, o segmento “ideia revolucionária” poderia ter trocado a ordem de suas palavras
(revolucionária ideia) sem que isso modificasse suas classes gramaticais; a opção abaixo em que
isso também ocorre é:
A) nova escultura;
B) jovem professora;
C) imigrante trabalhador;
D) velho pescador;
E) fanático marxista.

2. (FGV / PREF. ANGRA DOS REIS-RJ / INSPETOR / 2019)


Assinale a opção em que a correspondência adjetivo/substantivo está incorreta.
A) doce / doçura.
B) justa / justiça.
C) prudente / prudência.
D) hostil / hostilidade.
E) Indiferente / indiferência.

3. (FGV / CÂMARA DE SALVADOR-BA / ASSISTENTE LEGISLATIVO / 2018)


A relação substantivo / adjetivo que está correta é:
A) social / socialista;
B) complexidade / complexa;
C) organização / organista;
D) indivíduo / individualidade;
E) reino / reinado.

4. (FGV / PREF. BOA VISTA-RR / PROFESSOR / 2018)

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“Mulheres de certa idade não têm idade certa”. Essa frase do Barão de Itararé mostra que a
posição de alguns adjetivos traz modificação de sentido: “certa idade” não é o mesmo que
“idade certa”.
O mesmo acontece no seguinte par abaixo:
A) bom vinho;
B) resultado fantástico;
C) sabor primoroso;
D) ódio intenso;
E) população pobre.

5. (FGV / IBGE / ANALISTA CENSITÁRIO / 2017)


“É preciso levar em conta questões econômicas e sociais”; se juntássemos os adjetivos
sublinhados em forma de adjetivo composto, a forma correta, no contexto, seria:
A) econômicas-sociais;
B) econômico-social;
C) econômica-social;
D) econômico-sociais;
E) econômicas-social.

GABARITO
1. LETRA A
2. LETRA E
3. LETRA B
4. LETRA E
5. LETRA D

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LISTA DE QUESTÕES - ADVÉRBIO - FGV


1. (FGV / TJ-RS / OFICIAL DE JUSTIÇA / 2020)
A frase abaixo em que a substituição do segmento sublinhado por um advérbio foi feita de forma
adequada é:
A) Sem que se entendesse o motivo, o convidado aborreceu-se na festa / irresponsavelmente;
B) Ia à academia poucas vezes / habitualmente;
C) Dirigia com toda a atenção / atenciosamente;
D) Mesmo sem estudo realizou a tarefa a contento / Intuitivamente;
E) Enfrentou as dificuldades com coragem / ferozmente.

2. (FGV / DPE-RJ / TÉCNICO MÉDIO DE DEFENSORIA / 2019)


“Em todas essas profecias havia uma constante: o mundo novo não conheceria mais a liberdade,
pelo menos com a latitude e o conceito que dela então se tinha” (texto 4).
O vocábulo sublinhado aparece com o mesmo sentido em:
(A) A liberdade não mais existirá no mundo futuro;
(B) Todos terão mais liberdade que agora;
(C) A sociedade futura terá mais tempo disponível;
(D) Dois mais dois serão sempre quatro;
(E) No futuro, viajaremos mais que agora.

3. (FGV / AL-RO / ASSISTENTE LEGISLATIVO / 2018)


Texto 1.
Do Casamento
O casamento foi a maneira que a humanidade encontrou de propagar a espécie sem causar
falatório na vizinhança. As tradições matrimoniais se transformaram através dos tempos e variam
de cultura para cultura. Em certas sociedades primitivas o tempo gasto nas preliminares do
casamento – corte, namoro, noivado etc. – era abreviado. O macho escolhia uma fêmea, batia
com um tacape na sua cabeça e a arrastava para a sua caverna. Com o passar do tempo este
método foi sendo abandonado, por pressão dos buffets, das lojas de presente e das mulheres,
que não admitiam um período pré-conjugal tão curto. O homem precisava aproximar-se dela,
cheirar seus cabelos, grunhir no seu ouvido, mordiscar a sua orelha e só então, quando ela
estivesse distraída, bater com o tacape na sua cabeça e arrastá-la para a caverna. (fragmento)
VERÍSSIMO, Luís Fernando, Comédias da Vida Privada. Ed. LPm. 1994.

Assinale a opção que mostra uma substituição inadequada para a expressão sublinhada.
A) “As tradições matrimoniais se transformaram através dos tempos ...” / sucessivamente.

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B) “...o tempo gasto nas preliminares do casamento - ” / pré-matrimonialmente.


C) "Com o passar do tempo este método foi sendo abandonado,” / cronologicamente.
D) “...não admitiam um período pré-conjugal tão curto.” / abreviadamente.
E) “...mordiscar a sua orelha e só então, quando ela estivesse distraída,” / finalmente".

4. (FGV / PREF. BOA VISTA-RR / PROFESSOR / 2018)


Nas frases abaixo foram feitas substituições de termos de valor adverbial por advérbios
equivalentes; a frase em que essa substituição foi adequadamente realizada é:
A) “A preocupação traz a velhice antes da hora” / prematuramente;
B) “Criancice a gente faz em qualquer idade” / momentaneamente;
C) “Envelhecer é o único meio que se descobriu para viver muito tempo” / eternamente;
D) “Não se pode governar as crianças hoje em dia” / diariamente;
E) “A melhor forma de emagrecer é ser mãe em tempo integral” / temporariamente.

GABARITO
1. LETRA D
2. LETRA A
3. LETRA D
4. LETRA A

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LISTA DE QUESTÕES - ARTIGO - FGV


1. (FGV / IBGE / COORDENADOR CENSITÁRIO / 2019)
“...que vêm transformando as comunicações em todo o mundo”.
Nessa frase do texto 1, empregou-se corretamente o artigo definido após o pronome indefinido
todo; a frase abaixo em que esse emprego também está correto é:
A) Todo o jornal do planeta cobre acontecimentos mundiais;
B) As notícias aparecem em todas as páginas dos jornais;
C) Todo o repórter deve trabalhar muito diariamente;
D) Toda a notícia deve ser checada antes de publicação;
E) Todo o texto publicitário deve elogiar produtos.

2. (FGV / PREF. SALVADOR - BA / PROFESSOR / 2019)


Em sua Nova Gramática do Português Contemporâneo, os autores Celso Cunha e Lindley Cintra
afirmam, sobre o emprego do artigo definido, que ele se antepõe ao substantivo para indicar
“que se trata de um ser já conhecido do leitor, seja por ter sido mencionado antes, seja por ser
objeto de um conhecimento de experiência”. A frase em que o emprego do artigo sublinhado se
deve ao primeiro caso apontado é
A) “O melhor amigo do homem é o uísque; o uísque é o cachorro engarrafado”. (Vinicius de
Moraes)
B) “Um menininho aproximou-se da estante com uma moedinha na mão e a depositou no cofre”.
(Fernando Sabino)
C) “A freira fugitiva sempre fala mal do convento”.
D) “Terceira idade é aquela em que a gente bota os óculos para ouvir o rádio”. (Woody Allen)
E) “Um corvo, após apoderar-se de um pedaço de carne, voou para uma amendoeira onde
pousou com o alimento no bico”. (Esopo).

3. (FGV / PREF. SALVADOR - BA / PROFESSOR / 2019)


Observe o segmento textual abaixo, que iniciava uma narrativa escolar: “Um carro entrou no
estacionamento com os faróis apagados, os pneus furados e um cacho de bananas no teto”.
Uma das observações do emprego dos artigos definidos e indefinidos é que os primeiros indicam
termos já enunciados no texto (conhecidos) e os segundos indicam termos presentes no texto
pela primeira vez. Assim, é correto afirmar que
A) o emprego de um artigo definido em “um cacho” não modificaria o sentido geral do texto.
B) o emprego do artigo definido em “o estacionamento” indica que esse lugar já havia
obrigatoriamente sido citado antes.
C) o único artigo de emprego correto nessa frase é o de “um cacho”.

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D) o emprego do artigo definido em “o estacionamento” e “os faróis” está errado.


E) o emprego do artigo definido em “os faróis” e “os pneus” se deve ao fato de se referirem a
elementos conhecidos a partir do emprego de “um carro”.

GABARITO
1. LETRA B
2. LETRA E
3. LETRA E

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