Indisciplina Escolar Na Educação Infantil

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 12

A INDISCIPLINA ESCOLAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL:

DESAFIOS E POSSIBILIDADES NA SALA DE AULA

Maria Madalena de Melo Feliciano¹

¹Instituto Superior de Educação São Judas Tadeu-ISESJT-


[email protected]

RESUMO

A indisciplina na educação infantil tem sido fonte de discussões abrangentes no meio escolar,
pois se trata de um problema vivenciado cotidianamente, onde a indisciplina torna-se mais um
empecilho na aprendizagem do aluno. As causas são diversas e neste sentido a família e a escola
estão em constante embate atribuindo uma à outra a responsabilidade pela exibição de regras
para as crianças. A presente pesquisa tem por objetivo analisar a indisciplina no contexto
escolar na educação infantil. Por esse motivo foi utilizado o método de pesquisa qualitativa, em
que foram utilizados questionários com perguntas objetivas, os quais foram entregue na escola
para dez professores. Os resultados desta pesquisa indicaram que os professores não são
valorizados nem respeitados, a ausência da família contribui para a indisciplina, e o problema da
indisciplina afetar a aprendizagem dos alunos.

Palavras-chave: Indisciplina, Família, Dificuldades de aprendizagem.

INTRODUÇÃO

A etapa fundamental de ensino da Educação Infantil é o primeiro espaço escolar


no qual as crianças têm seu principal contato com o meio educacional, adquirindo as
primeiras noções de convivência com o coletivo. Essa elementar etapa da Educação
Básica é o momento em que as crianças dão início ao seu desenvolvimento social, a
expansão de suas relações, como também da vida escolar, visto que os subsídios de
disciplina já começam a ser apresentadas nesta fase e os atos de indisciplina já podem
começar a aparecer.
No contexto da educação Brasileira a indisciplina na educação infantil tem sido
fonte de discussões abrangentes no meio escolar, pois se trata de um problema
vivenciado cotidianamente, sem que se consigam soluções eficazes para soluciona-lo.
Sendo um grande desafio para a instituição de ensino lidar com esse impasse,
principalmente o professor que convive com essa realidade na sala de aula, onde a
indisciplina torna-se mais um empecilho na aprendizagem do aluno, sendo também
fonte de diversa preocupação devido à gravidade dos acontecidos.
De acordo com Garcia (2006, p.123) “A indisciplina estaria desenhando um
cenário indesejável, sobretudo nas salas de aula, onde persiste disputando e
conquistando um espaço considerável do currículo escolar”.
Desta forma o acompanhamento da família na vida escolar do estudante nesta
etapa inicial da educação básica é de suma importância, pois a família mostra-se cada
vez mais alvo de contribuição para a construção da disciplina, dos principais processos
motivacionais e de incentivo à aprendizagem dos alunos considerados indisciplinados
na escola.
Diante do exposto, o presente estudo teve por objetivo analisar a indisciplina no
contexto escolar na educação infantil. Como também identificar os principais fatores
que favorecem a indisciplina escolar e verificar até que ponto a indisciplina prejudica o
aprendizado e desenvolvimento do estudante.
Para fundamento do tema abordado, foi realizada uma pesquisa bibliográfica,
com abordagem qualitativa, a partir de leituras de livros, artigos, teses e dissertações
que ajudaram a nortear esta pesquisa, tratando sob diferentes perspectivas a questão da
indisciplina na escola através da visão de teóricos como Aquino (1996), Garcia (2006),
Oliveira (2005) dentre outros, por mostrar aspectos relevantes para o entendimento do
tema e para o desenvolvimento deste estudo. Além disso, para dar subsídios a esta
pesquisa foi feita uma pesquisa de campo acerca dessa temática.

METODOLOGIA
Este artigo é o resultado de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que teve
como tema de pesquisa: A indisciplina escolar na educação infantil: desafios e
possibilidades na sala de aula. A pesquisa foi desenvolvida em uma escola da rede
pública no Município de Monte das Gameleiras/RN, realizada com dez professoras
regentes de classe, com formação em Pedagogia, sendo que três pós-graduadas.
A coleta de dados se deu apartir de um questinário, segundo Cervo et al (2007,p.
53) “forma mais usada para a coletar dados, pois possibilita medir com exatidão o que
se deseja‟‟. Sendo assim foram elaboradas questões apartir das necessidades e dúvidas
sobre o assunto, o questionario foi aplicado com os professores que atuar com esse
público, sendo esta de abordagem qualitativa.

REFERENCIAL TEÓRICO

A indisciplina no contexto da educação infantil

Nos últimos anos, tem sido possível perceber que a indisciplina se torna cada dia
mais corriqueira nas salas de aula das escolas brasileiras. Quando nos deparamos com o
tema indisciplina no espaço escolar, isso implica em avaliar acerca de diversos fatores
que colaboram para tal complexidade.
O tema em questão tem sido discutido cada vez mais no cotidiano escolar e vem
se tornando um desafio constante para professores que se depara com o problema. Na
visão de alguns autores a indisciplina na Educação Infantil esta ligada à falta de limites
no qual as crianças estariam apresentando com mais intensidade nas ultimas décadas, e
que seria causa de preocupação entre pais e educadores.
De acordo com o dicionário Aurélio: (1986, p.938) “Procedimento, ato ou dito
contrário á disciplina; desobediência; desordem; rebelião.” A palavra indisciplina está
bastante ligada á disciplina, enquanto a primeira é entendida, pelo senso comum, como
quebra de regras, desobediência, a segunda significa ordem, observância de preceitos ou
normas.
Dessa forma quando falamos em indisciplina, é importante destacar a falta de
respeito que há pelas regras mínimas de convivência com outras pessoas, é tão imensa
que os alunos passam a se comportar de maneira violenta diante dos professores e
demais colegas. Se manifestando entre as mais variadas formas, desde jogar papeizinhos
no colega, conversas que atrapalham o bom andamento da aula, e vandalismo no espaço
escolar.
Nessa perspectiva Aquino (1996, p.40) diz que a indisciplina é traduzida como:
“bagunça, tumulto, falta de limite, maus comportamentos, desrespeito às figuras de
autoridade, etc.” Esta definição de indisciplina mostra a realidade das salas de aula
frequentadas por alunos de diferentes comunidades do Brasil.
Nesse sentido, a indisciplina dos alunos é algo tão antigo quanto à própria escola
e tem se tornado uma reclamação inevitável entre a maioria dos educadores. Adentrando
na pré-escola, a criança se depara com um conjunto de novas regras estabelecidas pelas
instituições escolares, o que acaba afetando outras áreas da sua vida, como, por
exemplo, sua rotina; acordar e dormir cedo, fazer as tarefas de casa, e inúmeras outras
situações que a criança ainda não está acostumada.
(...) crianças precisam sim aderir a regras e estas somente podem vir de seus
educadores, pais ou professores. Os „limites‟ implicados por estas regras não
devem ser apenas interpretados no seu sentido negativo: o que não poderia
ser feito ou ultrapassado. Devem também ser entendidos no seu sentindo
positivo: o limite situa, dá consciência de posição ocupada dentro de algum
espaço social – a família, a escola, e a sociedade como um todo. (La Taille
1996, p.9)

Conforme o autor, as regras são de grande importância para impor limites e não
devem ser vistas de forma negativa, pois é através delas que as crianças aprendem o que
é certo e errado. Desta forma pais e educadores são fundamentais nesta fase para ajudá-
las a refletir a respeito disto, e ensinar sobre os limites.
Desde muito pequenas as crianças querem saber o porquê de tudo, fazem
perguntas e vão além, querem saber como funciona, exploram tudo que esta a sua volta,
e muitas vezes são surpreendidas por um não, e sem saber o motivo continua tentando
fazer aquilo que não lhe explicaram ser proibido. Na verdade:

(...) as crianças de hoje em dia não tem limites, não reconhecem a autoridade,
não respeitam as regras, a responsabilidade por isso é dos pais, que teriam se
tornado muitos permissivos. (AQUINO, 1998, p.7).

Portanto pais e educadores devem deixar claras as regras impostas para evitar
confusões na cabeça das crianças. Se hoje é possível fazer algo, amanhã o mesmo já não
é permitido, sem que exista clareza a criança pode tornar-se confusa, e ainda sem limite,
o que intervém em sua educação acerca da importância dos limites nessa fase inicial.

Fatores que contribuem para a indisciplina no ambiente escolar

A indisciplina no contexto escolar permanece na proporção dos acontecimentos


cotidianos, as preocupações de professores, pais e todos envolvidos neste processo
educativo, referentes aos comportamentos escolares dos alunos, tem sido uns dos
assuntos mais discutidos atualmente.
A sala de aula se tornou um local de confronto, onde os alunos dificilmente se
adéquam ás regras impostas pela instituição, que contrariam os valores que eles trazem
do meio externo. Nesta circunstância, o papel social da escola se perde, e as práticas
educativas tornam-se ineficientes, não surtindo efeitos. Deste modo a indisciplina é
gerada no momento em que os próprios alunos não estão preparados para estar ali e
participar ativamente do processo de ensino-aprendizagem. Em diversos casos, a
indisciplina vai além de uma conversa paralela, ou um objeto alheio á aula. Sendo
assim, neste contexto são aceitáveis as palavras de Gentile (2002):
A indisciplina é uma das maneiras que as crianças e adolescentes têm de
comunicar que algo não vai bem. Por trás de uma guerra de papel podem
estar problemas psíquicos ou familiares. Ou um aviso de que o estudante não
está integrado ao processo de ensino e aprendizagem (GENTILE, 2002, p.
30).

Geralmente o mau comportamento pode ser reflexo de que há algo de errado


com os alunos, mas nem sempre os professores dão a devida atenção a isto. Conforme
Oliveira (2005, p. 65), se o professor souber ouvir o aluno sobre suas dificuldades,
pessoais ou escolares, já favorecerá em muito o relacionamento e o clima de sala de
aula. No entanto, não se trata de aceitar as vontades dos educandos, mas de aproximar-
se deles e conhecer suas dificuldades para desempenha melhor sua função de educador.
Além disso, o problema da indisciplina na maioria das vezes é uma resposta ao
autoritarismo do docente, o estudante nem sempre concorda com as exigências que são
feitas em sala de aula.
Outro aspecto relevante a ser observado é a forma com que foi estabelecida:
se imposta coercivamente, ou estabelecida com base em princípios
democráticos. Se imposta autoritariamente, o sujeito pode não se sentir
obrigado a cumpri-la, e a indisciplina pode ser um protesto em relação à
autoridade. (AQUINO, 1996, p. 110).

Neste contexto, pode-se assegurar que a relação professor-aluno é repleta de


desafios, desde pequenos atos indisciplinarem até agressões verbais, mas também com
fatores que vão além da sala de aula, como a falta de estrutura social e muitas vezes
familiar, questões que influenciam diretamente nessa relação e que em alguns
momentos são pontos cruciais para o mau comportamento na escola.
Em meio a esses fatores destacar o papel da família é válido tendo em vista que
muitos professores agregam a indisciplina como uma resposta do que o aluno tem no
seu espaço familiar. “A desestruturação familiar, a falta de interesse dos pais em
conhecer a vida escolar e até mesmo a falta de valorização pela escola onde seu filho
estuda, acaba contribuindo para a indisciplina escolar”. (AQUINO, 1996).
Deste modo, a ausência da família nesta fase deixa as crianças a mercê das más
companhias, soltas no mundo aprendendo o que não presta, esta situação é muito
comum, uma vez que inúmeras crianças vêm de uma família desestruturada, vivendo em
um espaço onde não tem carinho, muitas vezes não tem com quem conversar e
considera que a sua existência é mais um problema no espaço familiar. Oliveira (2005,
p. 47) enfatizar que:

“A "educação oferecida" pela família reflete na relação da criança com os


colegas e com os professores, podendo gerar atitudes indesejáveis na escola
que culminam em desobediência, agressividade, falta de respeito perante os
colegas, professores e outros.”

Diante deste contexto os pais muitas vezes, sem saber como agir diante da
indisciplina de seus filhos, creem que todos os problemas serão resolvidos na escola.
Com medo de perder o afeto dos filhos, toleram qualquer atitude, sem compreender que
esse comportamento será agravado na escola, quando o estudante precisar se adequar ás
regras impostas pelos docentes.

(...) É muito comum ouvirmos dos professores a queixa de que os pais não
estabelecem limites, não educam seus filhos com princípios básicos como
saber se comportar e respeitar os outros, saber esperar sua vez.
(VASCONCELOS, 2009, p. 240).

Nota-se que a questão da indisciplina está associada à falta de participação dos


pais nas atividades escolares, dificilmente os mesmos vão à escola, como também não
participam das reuniões e muito menos tomam conhecimento do comportamento dos
filhos.
Desta maneira, a escola e a família precisam caminhar juntas, pois uma
depende da outra, e não colocar a culpa no outro, o que acaba prejudicando o aluno,
ambas trabalhando juntas será mais fácil constituir soluções que possam colaborar para
amenizar ou resolver o problema, não esquecendo que o aluno precisa ser prioridade de
todos neste processo.
A indisciplina na sala de aula: um obstáculo no processo de ensino-aprendizagem

Os problemas de indisciplina na Educação Infantil agregam as dificuldades na


alfabetização, ou seja, crianças indisciplinadas tendem a apresentar baixo rendimento e
insucesso escolar, e isso pode levá-los a não fazer as tarefas escolares e a ficarem
desinteressados pela instituição, provocando emoções negativas, além de problemas no
desenvolvimento social e moral.

Conforme nos aponta Oliveira (2005 p. 21): Além de a indisciplina causar danos
ao professor e ao processo ensino- aprendizagem, o aluno também é prejudicado pelo
seu próprio comportamento: ele não aproveitará quase nada dos conteúdos ministrados
durante as aulas, pois o barulho e a movimentação impedem qualquer trabalho
produtivo.

Diante deste contexto o primeiro a sofrer com as consequências da indisciplina é


o próprio aluno devido seu rendimento escolar fica comprometido, na medida em que a
sala de aula não é mais um ambiente de adquirir conhecimentos e ter prazer, mas de
conflito e medo. Por consequência disto compromete também a aprendizagem do resto
da turma, já que um aluno indisciplinado geralmente rouba toda a atenção na sala de
aula, tirando o foco das outras crianças.
De acordo com Garcia (2008, p. 371) “um aluno indisciplinado seria não
somente aquele cujas ações rompem com as regras da escola, mas também aquele que
não está desenvolvendo suas próprias possibilidades cognitivas, atitudinais e morais”,
considerando que o aluno indisciplinado acaba, também, prejudicando seu próprio
desenvolvimento.

Dessa forma o papel da família e o meio em que o aluno esta inserido, acarretam
para uma série de fatores que contribuem para a dificuldade da aprendizagem no
contexto escolar, e que carece ser visto como um problema que requer uma atenção
pedagógica eficiente e adequada, para que a relevância de suas ações educacionais
possa produzir resultados mais eficazes na construção de uma escola melhor para todos
que fazem parte do processo de ensino-aprendizagem da criança.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Este tópico aborda a análise dos resultados coletados a partir de uma pesquisa
qualitativa, realizada com dez professoras regentes de classe, com formação em
Pedagogia, sendo que três pós-graduadas, lecionando para crianças no município de
Monte das Gameleiras/RN, tendo como finalidade conhecer e compreender sobre a
indisciplina no meio educacional. Através dos questionários apresentados, obtiveram-se
os seguintes resultados.
No primeiro gráfico 1 em relação ao o que é indisciplina mostra um percentual
de 60% das professoras afirmam que a indisciplina esta relacionada a não cumprir
regras impostas pela a escola, já 30% das respondentes alegam que a indisciplina
relaciona-se com a falta de respeito, e 10% menciona como a falta de participação das
aulas.

Gráfico 1- Para você o que é indisciplina

Falta de participação
10% nas aulas
30% Falta de respeito
60%

Não cumprir regras


impostas pela escola

Fonte: Dados da Pesquisa (2018).


O gráfico a seguir demonstra a opinião das profissionais sobre o relacionamento
professor-aluno na sala de aula. Todavia a maioria das respondentes, ou seja, 70%
afirmam que o aluno nem respeita e nem valoriza o professor, outros 30% asseguram
que há respeito mútuo entre professor e aluno.

Gráfico 2- Como anda o relacionamento professor-aluno

Há respeito
mútuo entre
30% professor e
aluno
O aluno nem
70% respeita e
nem valoriza
o professor

Fonte: Dados da Pesquisa (2018).

O Gráfico 3 expõe a opinião das professoras em relação a reação dos pais


quando é chamado para tratar de questões de indisciplina dos filhos na escola. Diante
disso constou-se que a maioria significativa, 60% das profissionais afirmam que os pais
reagem de forma indiferente sem saber como proceder, 30% dos pais é omissos não
comparecendo a escola, e 10% colocam a culpa no professor.

Gráfico 3- Qual é a reação dos pais quando é chamado para tratar da questão da
indisciplina de seus filhos
Colocam a culpa no
professor
10%
30%
Reagem de forma
indiferente sem saber
60% como proceder
São omissos não
comparecendo a
escola

Fonte: Dados da Pesquisa (2018).


O gráfico seguinte revela a opinião das docentes sobre o que gera a indisciplina
na sala de aula. Dessa forma a maior parte delas 70% afirma que o convívio familiar e
social conturbado é uma das causas, já 20% das respondentes alegam o desinteresse dos
alunos. Apesar disso, o restante 10% asseguram que a falta de imposição de regras
como um fator contribuinte. È notório a influência que a família tem no comportamento
dos filhos, tanto em sociedade como também na escola.

Desta forma a participação da família nessa fase é de grande importância para


contribuir com o desenvolvimento da criança, sendo necessária a relação escola e
família para promover ações eficazes que possam sanar os problemas de indisciplina e
garante também a participação familiar neste contexto em prol da construção de uma
educação melhor para seus filhos.

Gráfico 4- Para você o que gera indisciplina na sala de aula

10%
A falta de
20% imposição de
regras
70%
Desinteresse dos
alunos

Fonte: Dados da Pesquisa (2018).


No gráfico 5 revela a opinião das professoras faz diante de atos indisciplinarem
dos alunos em sala de aula 60% dos professores afirmam que buscar conversar e chamar
os pais para resolver, outros 30% conversar com os alunos buscar entendimento, e 10%
alegam conversar, chamar a direção.

Gráfico 5- o que você faz diante de atitudes de indisciplina dos alunos

Conversar,chamar
10%
a direção
30%
Conversar,chamar
os pais

Conversar com os
60% alunos, buscar
entendimento

Fonte: Dados da Pesquisa (2018).

No gráfico 6 mostra a indisciplina na sala de aula sendo um fator que prejudica o


aprendizado dos alunos, dessa forma é notório que 80% das professoras afirmam que
sim e outros 20% das respondentes alegam que não. Desta forma, apartir dos dados
coletados na pesquisa, observou-se um percentual crescente em relação a indisciplina e
as dificuldades de aprendizagem das crianças.

Gráfico 6- Em sua opinião a indisciplina na sala de aula prejudica o aprendizado


dos alunos

20%

Sim
Não
80%

Fonte: Dados da Pesquisa (2018).

No entanto é necessario estudos mais profundos sobre o tema para melhor


conhecimento dessa temática quanto a melhoria a respeito deste aspecto depende do
trabalho coletivo de todos os envolvidos. Portanto a pesquisa em campo foi de suma
importância para esclarecer alguns pontos referentes à indisciplina nesta fase da
educação infantil, principalmente para conhecer mais sobre essa realidade no meio
educacional.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A indisciplina na educação infantil é um tema que vem sendo discutido na
sociedade de forma cotidiana entre todos os envolvidos no processo educacional,
considerando que a indisciplina é um fator muito complexo, e se tornou a causa de
tantas adversidades na escola como também fora dela, pode-se falar que é um problema
social, já que abrange toda a comunidade.
O papel da família nesta fase é de grande importância, sendo os pais os maiores
responsáveis pela educação dos filhos, se o aluno vai bem ou não na escola o motivo
está na relação que este tem com a família, sobretudo se esta, que deveria ensinar-lhe
desde cedo a ter respeito pelo outro, incentiva-o a levar as suas ações conforme sua
vontade, sem considerar regras nem deveres estabelecidos, muitas vezes as crianças não
têm uma boa base familiar e isso acaba prejudicado o seu desenvolvimento no ambiente
escolar.

É necessário que haja uma parceria entre escola e família, de um lado a família
dar amor, carinho e principalmente limites, o amor da família não precisa esta
relacionado com a permissividade, e do outro lado temos a escola, que atualmente deve
cumprir sua função de instituição de educação dando-lhes conhecimentos teóricos e, ao
mesmo tempo, ficar atenta aos sinais de indisciplina para descobrir sua causa e se
possível, diminuir a frequência desta ação.
A relação família e escola devem andar juntas, visto que uma depende da outra,
trabalhando unidas será mais fácil construir soluções que possam contribuir para
amenizar ou resolver o problema da indisciplina não esquecendo que o aluno precisa ser
prioridade de todos.

Através desta pesquisa podem-se aprimorar as informações sobre a indisciplina


na educação infantil no contexto escolar e ainda conhecer um pouco mais das
dificuldades enfrentadas pelos professores diante desse cenário comum na escola. Os
questionários realizados foram pertinentes para complementar o que foi estudado pelos
autores.
Para finalizar, considera-se que o método utilizado na pesquisa foi adequado,
permitindo o alcance do objetivo. O resultado desta pesquisa foi satisfatório, pois
revelou dados importantes no que diz respeito à indisciplina no cotidiano escolar do
município estudado.

REFERÊNCIAS

AQUINO, Julio Groppa. Indisciplina na escola: Alternativas teóricas e práticas. São


Paulo: Summus, 1996.

LA TAILLE, Yves de. A indisciplina e o sentido de vergonha. In.: AQUINO. Julio


Groppa (org.) Indisciplina na escola: Alternativa teóricas e práticas. São Paulo:
Sammus, 1996.

AQUINO, Julio Groppa. A indisciplina e a escola atual. Ver. Fac. Educ., São Paulo,
v.24 n.2, 1998. Disponível em: <http://www.Scielo.b/scielo. php?

GENTILI, P. A indisciplina como aliada. Nova Escola. São Paulo, ed. 007, janeiro,
2002.
OLIVEIRA, Maria Izete. A indisciplina escolar: determinações, conseqüências e
ações. Brasília: líber livro, 2005.

VASCONCELOS, Celso dos Santos. Os desafios da indisciplina em sala de aula e na


escola. Disponível em http:// WWW.sinterroima.com.br//imagens/desafios indisciplinas
01 pag. acesso em 10/07/2020

Garcia, joe. Indisciplina na escola: questões sobre mudança de paradigma.


Contrapontos, itajaí, n. 3, V. 8, P. 367-380, set/dez 2008.

Você também pode gostar