Mitose Meiose Gametognese - Thompson Cap 2

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paternamente herdadas dessa posição particular da sequência Fig Embora muitas dessas diferenças alélicas envolvam

simplesmente um nucleotídeo grande parte da variação consiste em inserções ou deleções de geralmente trechos curtos de
sequência variações no n mero de cópias de elementos repetidos incluindo genes ou inversões na ordem de sequências em
uma determinada posição locus no genoma Cap
Atualmente sabe se que a quantidade total do genoma envolvida nessa variação é substancialmente maior do que
inicialmente estimado e aproxima se de entre quaisquer dois indivíduos escolhidos ao acaso Como será abordado em
capítulos posteriores todo e qualquer tipo de variação pode in uenciar a função biológica e portanto deve ser contabilizado
em qualquer tentativa de compreender a contribuição da genética para a sa de humana

T
A base cromossômica da hereditariedade reside na cópia do genoma e na sua transmissão de uma célula para sua progênie
durante a divisão celular típica e de uma geração para a próxima durante a reprodução quando cópias nicas do genoma de
cada um dos pais se re nem em um novo embrião
Para alcançar essas formas de herança do genoma relacionadas mas distintas existem dois tipos de divisão celular a
mitose e a meiose A mi o e é a divisão de células somáticas que regula o crescimento do corpo a diferenciação e os efeitos
da regeneração tecidual A divisão mitótica normalmente resulta em duas células lhas cada uma com cromossomos e genes
idênticos aos da célula mãe Pode haver dezenas ou mesmo centenas de mitoses sucessivas em uma linhagem de células
somáticas Ao contrário a meio e ocorre apenas nas células da linha germinativa A meiose resulta na formação de células
reprodutivas game a sendo que cada uma delas possui apenas cromossomos um de cada tipo de autossomo e ou X
ou Y Dessa forma enquanto as células somáticas possuem um conte do cromossômico diploide diploos duplo ou n i e
cromossomos os gametas possuem um conte do haploide haploos nico ou n i e cromossomos As alterações no
n mero ou na estrutura dos cromossomos as quais em geral são clinicamente signi cativas podem se originar tanto nas
células somáticas quanto nas células germinativas por erros na divisão celular

OC C
O ser humano inicia sua vida como um ovócito fertilizado igo o uma célula diploide a partir da qual todas as células do
corpo estimadas como sendo de aproximadamente trilhões em n mero são derivadas por uma série de dezenas ou
mesmo centenas de mitoses A mitose é obviamente crucial para o crescimento e a diferenciação mas ela constitui apenas
uma pequena parte do ciclo de vida de uma célula O período entre duas mitoses sucessivas é chamado de in erfa e estado
no qual uma célula passa a maior parte de sua vida
Imediatamente após a mitose a célula entra em uma fase chamada G em que não há síntese de DNA Fig Algumas
células passam por esse estágio em horas outras despendem um tempo longo dias ou anos em G De fato alguns tipos
celulares tais como os neurônios e as hemácias não se dividem uma vez que estão totalmente diferenciadas em vez disso
elas permanecem presas em uma fase distinta conhecida como G G zero Outras células tais como as células do fígado
podem entrar em G mas após uma lesão no órgão retornam à G e continuam por todo o ciclo celular
FIGURA 2­8 Um ciclo celular mitótico típico, descrito no texto.
Os tel meros, o centr mero e as cromátides­irmãs estão indicados.

O ciclo celular é orientado por uma série de pon o de con role que determinam o tempo despendido em cada etapa na
mitose Além disso os pontos de controle monitoram e controlam a precisão da síntese de DNA bem como a montagem e
xação de uma rede elaborada de microt bulos que facilita o movimento dos cromossomos Caso seja detectada uma lesão
no genoma esses pontos de controle mitóticos interrompem a progressão do ciclo celular até que reparos sejam realizados
ou se o dano for excessivo até que a célula seja instruída a morrer por morte celular programada um processo chamado de
apop o e
Durante G cada célula contém uma cópia diploide do genoma À medida que começa o processo de divisão celular a
célula entra na fa e S a fase da síntese programada de DNA conduzindo à replicação precisa do DNA de cada cromossomo
Durante essa fase cada cromossomo que em G era uma molécula nica de DNA é duplicado e consiste em duas
crom ide irm Fig sendo que cada uma contém uma cópia idêntica da dupla hélice de DNA linear original As
duas cromátides irmãs são mantidas juntas sicamente no cen r mero uma região de DNA que se associa a um n mero
especí co de proteínas para formar o cine ocoro Essa estrutura complexa serve para ligar cada cromossomo aos
microt bulos do f o mi ico e orientar o movimento dos cromossomos durante a mitose A síntese de DNA durante a fase
S não é sincrônica em todos os cromossomos nem em um cromossomo nico em vez disso inicia se em centenas até
milhares de locais ao longo de cada cromossomo chamados de origen de replica o do DNA Os segmentos de um
cromossomo individual possuem um tempo característico de replicação de a horas durante a fase S As extremidades de
cada cromossomo ou cromátides são marcadas por el mero que consistem em sequências especializadas de DNA
repetitivo que garantem a integridade do cromossomo durante a divisão celular A manutenção correta das extremidades dos
cromossomos requer uma enzima especial chamada elomera e que assegura que as extremidades de cada cromossomo
sejam replicadas
A natureza essencial desses elementos estruturais dos cromossomos e o seu papel em assegurar a integridade do genoma
são ilustrados por uma série de condições clínicas que resultam de defeitos em elementos do telômero ou cinetocoro ou da
maquinaria do ciclo celular ou da replicação imprecisa de porções até mesmo pequenas do genoma Quadro Algumas
dessas condições serão apresentadas em mais detalhes nos capítulos seguintes

Con eq ncia cl nica de anomalia e aria o na e r ra e mec nica do


cromo omo
Condições clinicamente relevantes decorrentes de estrutura ou função anormais de elementos cromossômicos durante
a divisão celular incluem
Um amplo espectro de anomalias congênitas em crianças com defeitos hereditários em genes que codi cam
componentes essenciais dos pontos de controle no fuso mitótico no cinetocoro
Uma série de defei o de na cimen o e ran orno do de en ol imen o devido à segregação anômala de
cromossomos com centrômeros m ltiplos ou ausentes Cap
Uma variedade de cânceres associados a um excesso de replicação ampli cação ou alteração do tempo de replicação
em regiões especí cas do genoma na fase S Cap
S ndrome de Rober de retardo do crescimento encurtamento dos membros e microcefalia em crianças com alterações
em um gene necessário para o alinhamento adequado das cromátides irmãs e coesão na fase S
Fal ncia o ariana prema ra como uma das principais causas de infertilidade do sexo feminino devido à mutação em
um gene meiose especí co necessário para a coesão correta das cromátides irmãs
As chamadas ndrome do el mero uma série de dist rbios degenerativos que se apresenta desde a infância até a
idade adulta em pacientes com encurtamento anormal dos telômeros devido a defeitos nos componentes da telomerase
E na outra extremidade do espectro variantes gênicas comuns que se correlacionam com o n mero de cópias das
repetições nos telômeros e com a expectativa de vida e a longevidade

No nal da fase S o conte do de DNA da célula está duplicado e cada célula nova contém duas cópias de genoma
diploide Após a fase S a célula entra em um estágio breve chamado de G Ao longo de todo o ciclo celular a célula aumenta
gradualmente e em seguida duplica a sua massa total antes da próxima mitose A fase G é nalizada por mitose que
começa quando cromossomos individuais tornam se condensados e visíveis ao microscópio como lamentos estendidos
nos um processo que é discutido detalhadamente na seção seguinte
As fases G S e G constituem juntas a interfase Em células humanas típicas em divisão as três fases levam um total de
a horas enquanto a mitose dura apenas a horas Fig Há uma grande variação no entanto na duração do ciclo
celular que se estende de poucas horas em células que se dividem rapidamente tais como aquelas da derme da pele ou da
mucosa intestinal até meses em outros tipos celulares

M
Durante a fase mitótica do ciclo celular um aparelho elaborado assegura que cada uma das duas células lhas receba um
conjunto completo de informação genética Esse resultado é alcançado por um mecanismo que distribui uma cromátide de
cada cromossomo para cada célula lha Fig O processo de distribuição de uma cópia de cada cromossomo para cada
célula lha é chamado de egrega o cromo mica A importância desse processo para o crescimento celular normal é
ilustrada pela observação de que muitos tumores são invariavelmente caracterizados por um estado de desequilíbrio
genético resultante de erros mitóticos na distribuição dos cromossomos para as células lhas
FIGURA 2­9 Mitose.
Somente dois pares de cromossomos são mostrados. Veja mais detalhes no texto.

O processo de mitose é contínuo mas cinco estágios ilustrados na Figura são distinguidos prófase prometáfase
metáfase anáfase e telófase
Prófase Este estágio é marcado por condensação gradual dos cromossomos a formação do fuso mitótico e a formação de
um par de cen ro omo a partir dos quais microt bulos irradiam se e subsequentemente assumem posições nos polos
da célula
Prometáfase Aqui a membrana nuclear se rompe possibilitando que os cromossomos se dispersem dentro da célula e se
xem pelos seus cinetocoros aos microt bulos do fuso mitótico
Metáfase Nesta fase os cromossomos são maximamente condensados e alinham se no plano equatorial da célula
Anáfase Os cromossomos separam se no centrômero e as cromátides irmãs de cada cromossomo agora se tornam
cromo omo lho independentes que se dirigem para os polos opostos da célula
Telófase Agora os cromossomos começam a se descondensar do seu estado altamente contraído e uma membrana
nuclear começa a se formar novamente em torno de cada um dos dois n cleos lhos que retomam o seu aspecto da
interfase Para concluir o processo de divisão celular o citoplasma é clivado por um processo conhecido como ci ocine e
Existe uma diferença importante entre uma célula que entra na mitose e aquela que acabou de completar o processo Uma
célula em G tem um genoma totalmente replicado i e um complemento n de DNA e cada cromossomo consiste em um
par de cromátides irmãs Em contraste após a mitose os cromossomos de cada célula lha tem apenas uma cópia do
genoma Essa cópia não será duplicada até que uma célula lha por sua vez atinja a fase S do próximo ciclo celular Fig
Todo o processo de mitose garante assim a duplicação e distribuição ordenadas do genoma através de divisões celulares
sucessivas

OC H
Os cromossomos condensados de uma célula humana em divisão são mais facilmente analisados na metáfase ou
prometáfase Nessas etapas os cromossomos são visíveis ao microscópio como uma di per o cromo mica cada
cromossomo consiste em suas cromátides irmãs embora na maioria das preparações de cromossomos as duas cromátides
sejam mantidas unidas de modo tão rme que raramente são visíveis como entidades separadas
Conforme a rmado anteriormente existem tipos diferentes de cromossomos humanos sendo que cada um deles pode
ser distinguido citologicamente por uma combinação de tamanho total de localização do centrômero e do conte do da
sequência este ltimo com um re exo de vários métodos de coloração O centrômero é evidente como uma con ri o
prim ria um estreitamento das cromátides irmãs devido à formação do cinetocoro Este é um marco citogenético
reconhecível que divide o cromossomo em dois bra o um braço curto designado p para petit e um braço longo designado
q
A Figura mostra uma célula em prometáfase na qual os cromossomos foram corados com o método de coloração
Giemsa bandeamen o G Cap Cada par de cromossomos cora se em um padrão característico de bandas claras e
escuras alternadas bandas G que se correlaciona grosseiramente com as características da sequência de DNA subjacente
tais como a composição de bases i e a percentagem de pares de base que são GC ou AT e a distribuição dos elementos de
DNA repetitivo Com tais técnicas de bandeamento todos os cromossomos podem ser distinguidos individualmente e a
natureza de muitas alterações estruturais ou numéricas pode ser determinada como vamos examinar com mais detalhes nos
Capítulos e

FIGURA 2­10 Dispersão cromoss mica preparada a partir de uma cultura de linfócitos que foi corada pela
técnica de bandeamento de Giemsa (bandas G).
O n cleo corado mais escuro adjacente aos cromossomos é de uma célula diferente em interfase, quando o
material cromoss mico está difuso por todo o n cleo. Veja F e & Ag adecime .

Embora os especialistas possam frequentemente analisar cromossomos metafásicos diretamente ao microscópio um


procedimento comum é cortar os cromossomos de uma imagem digital ou fotomicrogra a e organizá los em pares em uma
classi cação padronizada Fig O quadro completo é chamado de cari ipo A palavra cari tipo é utilizada também para
se referir a um conjunto de cromossomos padronizados de um indivíduo um cariótipo masculino normal ou de uma
espécie o cariótipo humano e como um verbo para o processo de preparação dessa gura padronizada cariotipar
FIGURA 2­11 Cariótipo humano masculino com bandeamento de Giemsa (bandas G).
Os cromossomos estão no estágio de prometáfase da mitose e estão dispostos em uma classificação
padronizada, numerados de 1 a 22 em ordem de tamanho, com os cromossomos X e Y mostrados
separadamente. Veja F e & Ag adecime .

Ao contrário dos cromossomos observados em preparações coradas ao microscópio ou em fotogra as os cromossomos de


células vivas são estruturas uidas e dinâmicas Durante a mitose a cromatina de cada cromossomo da interfase condensa se
substancialmente Fig Quando está em máxima condensação na metáfase o DNA cromossômico é de cerca de
em relação ao seu estado totalmente estendido Quando os cromossomos são preparados para revelar as bandas como nas
Figs e até ou mais bandas podem ser reconhecidas em preparações coradas de todos os cromossomos Cada
banda citogenética contém portanto até ou mais genes embora a densidade de genes no genoma como mencionado
anteriormente seja variável
FIGURA 2­12 Ciclo de condensação e descondensação conforme um cromossomo prossegue pelo ciclo celular.

M
A meiose o processo pelo qual as células diploides dão origem a gametas haploides envolve um tipo de divisão celular que
é exclusivo de células germinativas Em contraste com a mitose a meiose consiste em uma etapa de replicação do DNA
seguida de duas etapas de segregação cromossômica e divisão celular veja meiose I e meiose II na Fig Como delineado
aqui e ilustrado na Figura a sequência geral de eventos nas meioses masculina e feminina é a mesma no entanto o
momento da gametogênese é muito diferente nos dois sexos como iremos descrever de modo mais completo adiante neste
capítulo
FIGURA 2­13 Representação simplificada das etapas essenciais na meiose, consistindo em uma rodada de
replicação do DNA seguida por duas rodadas de segregação cromoss mica, meiose I e meiose II.
FIGURA 2­14 A meiose e suas consequências.
Um par cromoss mico nico e um c e nico são mostrados, levando à formação de quatro gametas
distintos. Os cromossomos replicam­se durante a interfase e começam a se condensar à medida que a célula
entra na prófase da meiose I. Na meiose I, os cromossomos fazem sinapse e recombinam­se. Um c i g e é
visível à medida que os homólogos se alinham na metáfase I, com os centr meros orientados para polos opostos.
Na anáfase I, a troca de DNA entre os homólogos é evidente, pois os cromossomos são puxados para polos
opostos. Após completar a meiose I e a citocinese, a meiose II prossegue com uma divisão semelhante à da
mitose. Os cinetocoros­irmãos separam­se e movem­se para polos opostos na anáfase II, obtendo­se quatro
produtos haploides.

A meiose I é também conhecida como a di i o red cional porque é a divisão em que o n mero de cromossomos é
reduzido à metade por meio do pareamento dos homólogos na prófase e pela sua segregação em células diferentes na
anáfase da meiose I A meiose I também é notável porque é a fase em que ocorre a recombina o genética também chamada
de crossing over mei ico Nesse processo como mostrado por um par de cromossomos na Figura segmentos
homólogos de DNA são trocados entre as cromátides não irmãs de um par de cromossomos homólogos garantindo assim
que nenhum dos gametas produzidos pela meiose seja idêntico ao outro As consequências conceituais e práticas da
recombinação para muitos aspectos da genética e genômica humana são substanciais e estão descritas no Quadro ao nal
desta seção
A prófase da meiose I difere da prófase mitótica de várias formas com consequências genéticas importantes porque os
cromossomos homólogos precisam parear se e trocar informações genéticas A fase inicial mais crítica é chamada igo eno
quando cromossomos homólogos começam a se alinhar ao longo de toda a sua extensão O processo de pareamento meiótico
chamado de inap e é normalmente preciso colocando sequências de DNA correspondentes em alinhamento ao longo
da extensão do par cromossômico inteiro Os homólogos pareados agora chamados de bi alen e são mantidos unidos
por uma estrutura proteica semelhante a uma ta chamada de comple o inap on mico que é essencial para o processo de
recombinação Após a sinapse estar concluída o crossing over meiótico ocorre durante o paq i eno após o qual o complexo
sinaptonêmico é degradado
A metáfase I começa como na mitose quando a membrana nuclear desaparece Um fuso se forma e os cromossomos
pareados alinham se no plano equatorial com seus centrômeros orientados para diferentes polos Fig
A anáfase da meiose I novamente difere da fase correspondente da mitose Aqui são os dois membros de cada bivalente
que se separam não as cromátides irmãs compare a Fig com a Fig Os centrômeros homólogos com suas
cromátides irmãs xadas são puxadas para os polos opostos da célula um processo denominado di j n o Assim o
n mero de cromossomos é dividido pela metade e cada produto celular da meiose I possui um n mero haploide de
cromossomos Os pares de cromossomos homólogos ordenam se independentemente um do outro e como resultado os
conjuntos de cromossomos paternos e maternos originais são organizados em combinações aleatórias O n mero possível de
combinações dos pares de cromossomos que podem estar presentes nos gametas é de mais do que oito milhões
Devido ao processo de crossing over no entanto a variação do material genético que é transmitido de mãe para lho é
realmente muito maior do que esta Como resultado cada cromátide caracteristicamente contém segmentos derivados de
cada um dos membros do par de cromossomos parental original tal como ilustrado esquematicamente na Figura Por
exemplo nessa fase um cromossomo humano típico grande seria composto de três a cinco segmentos de origens paterna e
materna alternadamente como inferido a partir das variantes da sequência de DNA que distinguem os respectivos genomas
parentais Fig
FIGURA 2­15 Efeito da recombinação homóloga na meiose.
Neste exemplo, representando a herança de sequências em um cromossomo grande típico, um indivíduo tem
homólogos distintos: um contendo sequências herdadas de seu pai (em a l) e um contendo sequências
homólogas de sua mãe (em ). Após a meiose na espermatogênese, ele transmite uma cópia completa nica
desse cromossomo para seus dois filhos. Contudo, como resultado do c i g e ( e a ), a cópia que ele
transmite para cada filho é composta por segmentos alternados das sequências dos dois avós. A criança 1 herda
uma cópia depois de dois c e , ao passo que a criança 2 herda uma cópia com três c e .

Con eq ncia gen ica e rele ncia m dica de recombina o hom loga
A lição de casa dessa parte do capítulo é simples o con e do gen ico de cada game a nico por causa da variedade
aleatória dos cromossomos parentais que embaralham a combinação de variantes de sequência entre cromossomos e por
causa de recombinação homóloga que embaralha a combinação de variantes de sequência dentro de cada cromossomo
Isto tem consequências signi cativas para os padrões de variação genômica entre diferentes populações ao redor do
mundo e para o diagnóstico e aconselhamento de muitas condições comuns com padrões complexos de herança Caps
e
Os alore e padr e de recombina o mei ica são determinados pelas variantes de sequência em genes especí cos e
em hots spots pontos quentes especí cos diferindo entre os indivíduos entre os sexos entre as famílias e entre as
populações Cap
Pelo fato de a recombinação envolver o entrelaçamento físico de dois homólogos até o ponto adequado durante a
meiose I também é importante garantir a segregação cromossômica adequada durante a meiose A falha em recombinar
adequadamente pode levar à m egrega o cromo mica n o di j n o na meiose I e é uma causa frequente de
perda gestacional e de anomalias cromossômicas como a síndrome de Down Caps e
Grandes esforços contínuos para iden i car gene e a arian e re pon ei por ria condi e cl nica
dependem do rastreamento da herança de milhões de diferenças de sequência dentro das famílias ou do
compartilhamento de variantes dentro de grupos de indivíduos até mesmo não aparentados acometidos por uma
determinada condição A utilidade dessa abordagem que descobriu milhares de associações gene doença até o momento
depende dos padrões de recombinação homóloga na meiose Cap
Embora a recombinação homóloga em geral seja precisa áreas de DNA repetitivo no genoma e genes com n mero de
cópias variável na população são propensos a um ocasional crossing over de ig al durante a meiose levando a variações
em características clinicamente relevantes tais como resposta a fármacos doenças comuns como as talassemias ou o
autismo ou anomalias da diferenciação sexual Caps e
Embora a recombinação homóloga seja uma parte normal e essencial da meiose ela também ocorre embora mais
raramente em células somáticas As anomalias na recombina o om ica são uma das causas de in abilidade
gen mica no c ncer Cap

Depois da telófase da meiose I as duas células lhas haploides entram na interfase meiótica Em contraste com a mitose
esta interfase é breve e a meiose II começa O ponto notável que distingue a interfase mitótica da meiótica é que não existe
fase S i e não há síntese de DNA e duplicação do genoma entre a primeira e a segunda divisão meiótica
A meiose II é semelhante a uma mitose normal exceto que o n mero de cromossomos é em vez de as cromátides de
cada um dos cromossomos separam se e uma cromátide de cada cromossomo passa para cada célula lha Fig No
entanto como mencionado anteriormente por causa do crossing over na meiose I os cromossomos dos gametas resultantes
não são idênticos Fig

G
As células da linhagem germinativa que passam por meiose os espermatócitos primários ou ovócitos primários são
derivadas do zigoto por uma longa série de mitoses antes do início da meiose Os gametas masculinos e femininos têm
histórias diferentes marcadas por diferentes padrões de expressão de genes que re etem sua origem de desenvolvimento
como um embrião XY ou XX As células germinativas primordiais humanas são reconhecíveis na semana do
desenvolvimento fora do embrião propriamente no endoderma do saco vitelino A partir daí elas migram durante a
semana para as cristas genitais e associam se a células somáticas formando as gônadas primitivas que logo se diferenciam
em testículos ou ovários dependendo da constituição do cromossomo sexual das células XY ou XX conforme examinamos
com mais detalhes no Capítulo Tanto a espermatogênese como a ovogênese exigem meiose mas possuem diferenças
importantes nos detalhes e no tempo despendido o que pode ter consequências clínicas e genéticas para a prole A meiose
feminina é iniciada mais cedo durante a vida fetal em um n mero limitado de células Ao contrário a meiose masculina é
iniciada continuamente em muitas células a partir de uma população de células em divisão por toda a vida adulta do
homem
No sexo feminino estágios sucessivos da meiose ocorrem durante várias décadas no ovário fetal antes de a mulher em
questão até mesmo nascer no ovócito próximo ao período da ovulação na mulher sexualmente madura e após a fertilização
do óvulo que pode tornar se a prole daquela mulher Embora os estágios pós fertilização possam ser estudados in vitro o
acesso aos estágios iniciais é limitado O material testicular para o estudo da meiose masculina é menos difícil de ser obtido
pois uma biópsia testicular é incluída na avaliação de muitos homens que procuram atendimento em clínicas de infertilidade
Ainda há muito a ser aprendido sobre a citogenética bioquímica e mecanismos moleculares envolvidos na meiose normal e
sobre as causas e consequências das irregularidades meióticas

E
Os estágios da espermatogénese são mostrados na Figura Os t bulos seminíferos dos testículos são revestidos com
e perma og nia que se desenvolvem a partir de células germinativas primordiais por uma longa série de mitoses e que
estão em diferentes estágios de diferenciação O e perma espermatozoides é formado somente após a maturidade sexual
ser atingida O ltimo tipo de célula na sequência de desenvolvimento é o e perma ci o prim rio uma célula germinativa
diploide que sofre meiose I formando dois e perma ci o ec nd rio haploides Os espermatócitos secundários
rapidamente entram na meiose II cada um formando duas e perm ide que se diferenciam sem mais divisões nos
espermatozoides Nos seres humanos o processo completo leva cerca de dias O enorme n mero de espermatozoides
produzidos aproximadamente milhões por ejaculação e com uma estimativa de durante toda a vida exige várias
centenas de mitoses sucessivas

FIGURA 2­16 Espermatogênese humana em relação a duas divis es meióticas.


A sequência de eventos começa na puberdade e leva cerca de 64 dias para ser concluída. O n mero do
cromossomo (46 ou 23) e a constituição dos cromossomos sexuais (X ou Y) de cada célula são mostrados. Veja
F e & Ag adecime .

Como discutido anteriormente a meiose normal exige o pareamento de cromossomos homólogos seguido de
recombinação Os autossomos e os cromossomos X no sexo feminino não apresentam di culdades incomuns nesse aspecto
mas como cam os cromossomos X e Y durante a espermatogênese Embora os cromossomos X e Y sejam diferentes e não
sejam homólogos em um sentido estrito eles possuem segmentos curtos relativamente idênticos nas extremidades de seus
respectivos braços curtos Xp e Yp e longos Xq e Yq Cap O pareamento e o crossing over ocorrem em ambas as regiões
durante a meiose I Esses segmentos homólogos são chamados de p e doa o mico re etindo o seu comportamento de
pareamento e recombinação semelhante ao dos autossomos apesar de estarem em diferentes cromossomos sexuais

O
Ao contrário da espermatogênese que é iniciada apenas na puberdade a ovocitogênese inicia se durante o desenvolvimento
fetal da mulher Fig Os o ci o se desenvolvem a partir de o og nia células do córtex ovariano que desceram das
células germinativas primordiais por uma série de cerca de mitoses Cada ovogônia é uma célula central em um folículo
em desenvolvimento Por volta do mês de desenvolvimento fetal as ovogônias do embrião começam a se desenvolver em
o ci o prim rio sendo que a maioria deles já entrou na prófase da meiose I O processo de ovogênese não é sincronizado
e tanto o estágio inicial como o tardio coexistem no ovário fetal Embora existam vários milhões de ovócitos no momento do
nascimento a maioria destes degenera os outros permanecem retidos na prófase I Fig ao longo de décadas Apenas
cerca de por m amadurecem e ovulam como parte de um ciclo menstrual da mulher
FIGURA 2­17 Ovocitogênese humana e fertilização em relação às duas divis es meióticas.
Os ovócitos primários são formados no pré­natal e permanecem suspensos na prófase da meiose I por anos até o
início da puberdade. Um ovócito completa a meiose I à medida que seu folículo amadurece, resultando em um
ovócito secundário e no primeiro glóbulo polar. Após a ovulação, cada ovócito continua até a metáfase da meiose
II. A meiose II é concluída somente se a fertilização ocorrer, resultando em um óvulo maduro fertilizado e no
segundo glóbulo polar.

Depois que uma mulher atinge a maturidade sexual os folículos individuais começam a crescer e amadurecer e poucos
em média um por mês são ovulados Pouco antes da ovulação o ovócito rapidamente completa a meiose I dividindo se de
forma que uma célula torna se o ovócito secundário um ovo ou lo contendo a maior parte do citoplasma com suas
organelas a outra célula torna se o primeiro glóbulo polar Fig A meiose II começa prontamente e prossegue para o
estágio de metáfase durante a ovulação onde ela para novamente e é somente concluída se ocorrer a fertilização

F
A fertilização do ovócito geralmente ocorre nas tubas de Falópio dentro de mais ou menos dia de ovulação Embora muitos
espermatozoides possam estar presentes a penetração de um nico espermatozoide no ovócito desencadeia uma série de
eventos bioquímicos que geralmente ajuda a impedir a entrada de outro espermatozoide
A fertilização é seguida pela conclusão da meiose II com a formação do segundo glóbulo polar Fig Os
cromossomos do ovócito fertilizado e do espermatozoide formam pron cleo cada um circundado por sua própria
membrana nuclear Apenas com a replicação dos genomas parentais após a fertilização é que os dois genomas haploides se
tornam um genoma diploide dentro do n cleo partilhado O igo o diploide divide se por mitose formando duas células
lhas diploides a primeira etapa na série de divisões celulares que iniciam o processo de desenvolvimento embrionário
Cap
Embora o desenvolvimento se inicie no momento da concepção com a formação do zigoto na medicina clínica o estágio e
a duração da gravidez são geralmente medidos como a idade menstrual datada a partir do início do ltimo período
menstrual da mãe cerca de dias antes da concepção

R
A importância biológica da mitose e da meiose encontra se na garantia da constância do n mero de cromossomos e assim
da integridade do genoma de uma célula para a sua progênie e de uma geração para a seguinte A relevância médica
desses processos encontra se nos erros de um ou outro mecanismo de divisão celular levando à formação de um indivíduo
ou de uma linhagem celular com um n mero anormal de cromossomos e portanto com uma quantidade anormal de
material genômico
Como podemos ver em detalhes no Capítulo a não disjunção meiótica particularmente na ovocitogênese é o mecanismo
mutacional mais comum em nossa espécie sendo responsável por fetos cromossomicamente anormais em pelo menos uma
grande porcentagem de todas as gestações reconhecidas Entre as gestações que chegaram a termo as anormalidades
cromossômicas são a principal causa de defeitos do desenvolvimento falhas em superar o período neonatal e de ciência
intelectual
A não disjunção mitótica em células somáticas também contribui para doenças genéticas A não disjunção logo após a
fertilização seja no embrião em desenvolvimento ou em tecidos extraembrionários como a placenta leva ao mosaicismo
cromossômico que pode estar subjacente a algumas condições clínicas tais como uma proporção de pacientes com síndrome
de Down Além disso a segregação cromossômica anormal em tecidos que se dividem rapidamente tais como as células do
colo é frequentemente uma etapa no desenvolvimento de tumores cromossomicamente anormais de modo que a avaliação
do equilíbrio cromossomômico e genômico é um exame diagnóstico e prognóstico importante em muitos cânceres

R
Green E D Guyer M S National Human Genome Research Institute Charting a course for genomic medicine from base pairs to bedside
Nature

Lander E S Initial impact of the sequencing of the human genome Nature

Moore K L Presaud T V N Torchia M G The developing human clinically oriented embryology ed Philadelphia WB Saunders

Referências para tópicos específicos


Deininger P Alu elements know the SINES Genome Biol
Frazer K A Decoding the human genome Genome Res
International Human Genome Sequencing Consortium Initial sequencing and analysis of the human genome Nature
International Human Genome Sequencing Consortium Finishing the euchromatic sequence of the human genome Nature

Venter J Adams M Myers E et al The sequence of the human genome Science

Problema
Em um determinado locus uma pessoa tem dois alelos A e a
a Que alelos estarão presentes nos gametas dessa pessoa
b Quando A e a se separam se não houver crossing over entre o locus e o centrômero do cromossomo se houver um nico crossover
entre o locus e o centrômero
Qual é a principal causa de alterações cromossômicas numéricas em seres humanos
Desconsiderando o crossing over que aumenta a quantidade de variabilidade genética estime a probabilidade de que
todos os seus cromossomos tenham vindo para você a partir de sua avó paterna e da sua avó materna Você seria

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