Divisão Celular - Mitose

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Divisão Celular

Profª Carolina
Introdução à divisão celular
As células são a base da vida na Terra.
Para possibilitar a manutenção da vida, são necessários
processos de formação de novas células.
Na reprodução, os organismos unicelulares precisam se
dividir e os pluricelulares dependem da divisão celular,
tanto para o crescimento quanto para a regeneração dos
tecidos.
Além disso, um mecanismo de divisão possibilita a
formação de gametas nos animais e de esporos
nas plantas, permitindo a reprodução sexuada.
Introdução à divisão celular
Existem dois processos básicos
de divisão: a mitose e a meiose.
A primeira é uma divisão
equacional (E!), isto é, forma
células com o mesmo número
cromossômico da célula
parental.
A meiose, por outro lado, é uma
divisão reducional (R!), produz
células com a metade do
número cromossômico da célula
parental.
Interfase e Mitose

O período que engloba a interfase e


a mitose é o ciclo celular.
A maior parte do período é
representada pela interfase,
frequentemente correspondente a
cerca de 90% do ciclo celular.
Portanto, a mitose constitui uma
fração de tempo bem menor do
ciclo de vida da célula.
Interfase

Na interfase, a célula está em


grande atividade metabólica e é
durante essa fase que ocorre a
preparação para a mitose.
Esse período é dividido em três
etapas: G1, S e G2, sendo que “G”
vem do inglês gap, intervalo, e “S”,
do inglês synthesis, síntese.
A fase na qual ela desempenha o
papel fisiológico é durante a maior
parte de G1.
Interfase
Na fase G1, ocorre síntese de RNA e de
proteínas, o aumento das organelas e da
maior parte do crescimento da célula.
Em S, a célula continua crescendo e ocorre
o processo de replicação do DNA, levando
à duplicação de cada cromossomo e à
formação das cromátides-irmãs.
A fase G2 encerra a interfase e prepara a
célula para a mitose, com uma pequena
síntese de RNA e de proteínas necessárias
à divisão, além de ocorrer nessa etapa o
término da duplicação dos centríolos.
Mitose
A mitose é o processo de divisão celular no qual uma
célula eucariótica dá origem a duas células-filhas com
o mesmo número de cromossomos da célula-mãe.
Pode ocorrer em células com qualquer ploidia (n, 2n,
3n...) e é caracterizada pela separação das
cromátides-irmãs durante a divisão.
Mitose
A mitose permite a reprodução assexuada de organismos
eucariontes unicelulares, como protozoários, algas e
algumas espécies de fungo.
Nos organismos pluricelulares, a mitose é fundamental
para o desenvolvimento embrionário, já que um zigoto ou
esporo deve dar origem a todas as células que vão
compor o organismo. A mitose garante que todas as
células formadas tenham a mesma composição genética
da célula inicial, independentemente de sua ploidia.
Mitose
A mitose também é responsável pelo crescimento do
organismo, uma vez que mitoses sucessivas levam
ao aumento do número de células. Na maior parte dos
seres vivos, o crescimento cessa na idade adulta,
mas a mitose se mantém, possibilitando a regeneração de
tecidos e a reposição das células que os compõem.
A formação contínua de células do sangue, da epiderme e
do revestimento intestinal e a regeneração de
fraturas são exemplos da importância e da atuação
permanente da mitose para a manutenção da vida.
Regulação do ciclo celular
Ao final de cada uma das fases da interfase, a ação de
diferentes proteínas (quinases dependentes de ciclina ou
CDKs) permite que haja pontos de checagem, ou
checkpoints. Neles, é feita uma verificação do material
genético da célula.
Ao serem identificados mutações ou danos estruturais ao
DNA, o ciclo celular é interrompido até que esses erros
sejam corrigidos.
Na impossibilidade de correção, a célula entra em apoptose
(morte celular programada), impedindo que os erros sejam
passados adiante para as próximas linhagens.
Controle do ciclo e formação de tumores

Tumores são grupos de células que não atendem aos


sinais normais do ciclo celular, fazendo com que
se proliferem desordenadamente. Essas células são
capazes de estimular a própria proliferação e/ou possuem
alterações genéticas que impactam diretamente a
capacidade de regulação das fases de seu ciclo
celular. Em geral, essas alterações são mutações em genes
que afetam as moléculas que controlam os
pontos de checagem ou que inibem o ciclo celular em
situações irregulares.
Controle do ciclo e formação de tumores
Fases da Mitose
Fases da Mitose
A duração da mitose é variável, dependendo do tipo de
célula ou de tecido e da atividade metabólica, podendo
levar de 40 minutos até várias horas.
Na mitose ocorre a separação do material genético,
duplicado na fase S da interfase e posteriormente dividido
em dois núcleos idênticos.
As organelas citoplasmáticas também serão divididas
igualmente entre as duas células-filhas.
O processo da mitose é contínuo, mas, para facilitar o
estudo, é dividido em quatro fases:
prófase, metáfase, anáfase e telófase.
Prófase

Fase inicial e mais longa, caracterizada por alterações


no núcleo e no citoplasma, como a preparação para a
divisão.
O núcleo aumenta o volume e os cromossomos
começam a condensação, cada um com duas
cromátides, ligadas pelo centrômero.
O nucléolo, que é formado devido à síntese de RNAs
ribossômicos, desaparece, já que a maior parte da
transcrição cessa com a condensação cromossômica.
Prófase
O envelope nuclear começa a se desintegrar,
associado a uma desorganização do retículo
endoplasmático.
Já no citoplasma, os centríolos duplicados e
cercados pelo áster (conjunto de fibras)
migram para os polos celulares.
No espaço entre os centríolos, os
microtúbulos do citoesqueleto organizam as
fibras do fuso, que se ligam aos
cromossomos e possibilitam sua
movimentação.
Prófase
Metáfase
Com o desaparecimento do envelope nuclear, os centríolos
chegam aos polos.
A condensação cromossômica aumenta ao longo de toda a
prófase, mas os cromossomos atingem o grau máximo de
condensação somente na metáfase.
Esse processo é fundamental para que seja possível
separar a grande extensão de DNA presente na célula, sem
que os cromossomos se emaranhem e possam acabar se
fragmentando nas próximas fases da divisão.
Na metáfase, os cromossomos se encontram na região
equatorial da célula, formando a placa metafásica.
Metáfase
Metáfase
Anáfase

Na anáfase, ocorre a separação dos


centrômeros dividindo cada
cromossomo e separando as
cromátides-irmãs.
O encurtamento dos microtúbulos
que formam as fibras do fuso faz com
que cada cromátide seja puxada em
direção a polos opostos da célula,
resultando em sua completa
migração.
Anáfase
Telófase
Na telófase, os cromossomos chegam aos
polos da célula.
Em seguida, ocorre a reorganização da
estrutura celular, oposta aos fenômenos
que ocorreram na prófase.
Desaparecem as fibras do fuso e reorganiza-
se o envelope nuclear.
Os cromossomos começam a se
descondensar e o nucléolo reaparece.
Por fim, ocorre a divisão do citoplasma,
processo denominado citocinese.
Telófase
Câncer e metástase

Quando uma célula sofre acúmulo de mutações, ela


pode se tornar uma célula tumoral. As células tumorais
tendem a se dividir indefinidamente por mitoses
sucessivas a uma taxa acelerada, aumentando o volume
do tumor, utilizando nutrientes do corpo e,
consequentemente, impactando na fisiologia e na saúde
do indivíduo. No entanto, os tumores podem ser
classificados em: tumor benigno ou tumor maligno.
Câncer e metástase
Um tumor benigno é uma massa anormal de células que
se proliferou no meio de outros tecidos. Em geral, essas
células não apresentam grandes alterações genéticas e
na morfologia celular, não causando, assim,
grandes danos ao organismo. Além disso, esses tumores
não possuem a capacidade de migrar para outros
tecidos, tornando muito mais fácil a sua remoção. Já os
tumores malignos, também chamados de cânceres,
normalmente são compostos de células que possuem
uma maior quantidade de alterações genéticas e
celulares.
Câncer e metástase
Câncer e metástase

Outra característica dos tumores cancerígenos é a


capacidade de metástase, que consiste na migração
de células cancerígenas do tecido de origem para
tecidos adjacentes ou de outros órgãos, pelos vasos
sanguíneos. Em geral, os tumores malignos causam
danos muito mais graves aos tecidos em que se
instalam e são mais difíceis de combater, já que
podem se espalhar para diversos outros órgãos se não
forem diagnosticados precocemente.

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