Leolina Psicomotricidade
Leolina Psicomotricidade
Leolina Psicomotricidade
Contracapa
Indice
Introdução
A aprendizagem da criança vai acontecer pela soma de factores genéticos com a sua relação
com o meio que ela estiver inserida, e o meio físico e social é o que coloca as necessidades
que ela precisa ir aprendendo para conseguir sobreviver, esse desenvolvimento vai ocorrer
ao longo de toda a vida do sujeito. Considera-se que, a direcção do desenvolvimento
começa e sai do motor e vai indo para a parte mental, Por tanto, é nessa relação do motor
para a psique, que se estabelece a importância e a necessidade de trabalhar a
psicomotricidade em prol da aprendizagem.
Objectivos
Geral:
Específicos:
Para Goretti (2009) a psicomotricidade é uma ciência que está tendo cada vez mais
importância no desenvolvimento do indivíduo como um todo.
Fonseca (2010) salienta o mesmo, uma vez que a psicomotricidade pode ser entendida
como um funcionamento mental total, exactamente por trabalhar o psiquismo de forma
corporalizada, e a importância dada a psicomotricidade se desenvolve exactamente porque
a neurologia, psicologia, psicanálise e pedagogia precisam da psicomotricidade, logo, ela
está articulada com ambas as áreas.
Henri Wallon diz que a aprendizagem da criança vai acontecer pela soma de factores
genéticos com a sua relação com o meio que ela estiver inserida, e o meio físico e social é o
que coloca as necessidades que ela precisa ir aprendendo para conseguir sobreviver, esse
desenvolvimento vai ocorrer ao longo de toda a vida do sujeito. Considera-se que, a
direcção do desenvolvimento começa e sai do motor e vai indo para a parte mental, Por
tanto, é nessa relação do motor para a psique, que se estabelece a importância e a
necessidade de trabalhar a psicomotricidade em prol da aprendizagem.
Com isso, cabe a psicomotricidade desenvolver o corpo motor, por conseguinte, o trabalho
com esse motor afectará positivamente a psique. Além disso, podem ser aplicadas
actividades que permitem um trabalho efectivo da relação da mente com o corpo,
estimulando essa relação como um campo circuito. Exactamente porque quando um factor
é estimulado, o mesmo pode vir a estimular outros, com isso, o trabalho psicomotor vai
reunir esses factores que em uma conectividade e sintonia irá gerar uma determinada
reacção.
Goretti (2009) defendem que para isso acontecer, é necessário que seja trabalhado essa
relação em jogos e actividade lúdicas envolvendo movimentos corporais, o que vai permitir
a criança explorar suas capacidades. Um dos benefícios resultantes do trabalho do
movimento é o fato de que essas reacções ajudam a construir as premissas psicofisiológicas
afectivas, cujo estarão presentes ao longo de toda a vida do indivíduo.
Sobre esse benefício Kishimoto (1996) defende que o jogo é também factor de
desenvolvimento orgânico e funcional porque é através do movimento desencadeado no
jogo que acontece a mielinização dos nervos e as conexões que interligam estas
comunicações multiplicam-se, favorecendo o enriquecimento das estruturas cerebrais.
Actividades como desenhar trabalha também o contexto social, do qual, a criança saindo do
ambiente que esteve desde o nascimento para um ambiente onde não está familiarizado,
com contextos sociais diferentes, culturas diferentes, aprendendo a lidar com o espaço do
outro e criando vínculos afectivos. Assim, a criança estando inserida constantemente neste
contexto, esses movimentos vão desencadear a melhoria, o desenvolvimento e a qualidade
da aprendizagem.
Sobre essas actividades supracitadas, deve ser levando em consideração as dificuldades
que algumas crianças com determinadas especialidades podem ter. Com isso, é importante
conhecer a definição da praxia e dispraxia.
Para estimular o processo de aprendizagem dentro do âmbito escolar, existe uma pessoa
fundamental que deve deter o conhecimento de como manusear as brincadeiras que
trabalham o corpo: o professor. Ele deve planejar os aspectos mais importantes para deixar
as crianças expostas ao desenvolvimento e aprendizado nos momentos mais estimulantes
(GORETTI, 2009).
Além de todos esses benefícios que essa criança poderá desenvolver através de sua
vivência trabalhada pelos estímulos inseridos no ambiente, as actividades que envolvem a
mente e corpo são importantes porque será possível trabalhar a representação simbólica da
construção de forma branda e aceitável na colocação de limites e combinações que darão
subsídios à socialização e à criação das regras colectivas, com isso a criança conseguirá
compreender as regras de jogo, respeitá-las ou não, e isso estará interligado com a sua
formação. Pelo fato de que o desenvolvimento motor estará como uma influência para o
desenvolvimento da psique, do qual ela também estará relacionada com o desenvolvimento
emocional.
Essas actividades com regras colectivas e com a imposição de limites, poderá auxiliar no
desenvolvimento das emoções complexas. Com isso, é importante destacar que para as
actividades corpóreas devem ser tratadas como uma prioridade básica para a sobrevivência
ao longo da vida, principalmente pelo fato de auxiliar na criação de um equilíbrio na vida
pessoal nas relações entre o corpo, mente e espírito.
Na mesma linha, Bullinger (2011), afirma que através dessas actividades que trabalham o
psicomotor da criança, será possível fazer com que o indivíduo venha a vivenciar
experiências sociomotoras, e como resultado dessas vivências, ele vai criar representações e
emoções, porque essas emoções e representações serão solicitadas pelo imaginário e pelo
seu corpo real.
Desde o início da vida, ainda no ventre da mãe, e, por todo o caminho que percorre até o
momento de sua morte, todo o ser humano sempre estará em processo contínuo de
aprendizado, transformação, adaptações e a essas transformações sofridas. Onde estas
partem de simples situações do dia-a-dia, como o tirar ou colocar um casaco, conforme a
temperatura do ambiente em que se encontra, às situações que geram grandes mudanças no
modo agir ou pensar de um indivíduo.
Quando crianças e adolescentes adoptam a prática regular de exercícios físicos desde cedo,
eles têm mais chances de ter uma vida adulta activa. O sedentarismo infantil é uma
realidade contemporânea resultante de factores sociais, organização familiar e crescimento
do lazer digital, dai que promover a actividade física na infância e na adolescência significa
estabelecer uma base sólida para redução da prevalência do sedentarismo na idade adulta,
contribuindo desta forma para melhor qualidade de vida.
Aparentemente, o pular corda é uma habilidade simples de ser executada, porém uma
análise mais detalhada desta habilidade motora nos leva a afirmar que esta é uma habilidade
relativamente complexa, uma vez que ela exige estabilização postural tanto das
extremidades superiores quanto das inferiores, e antecipação do momento em que a corda
irá tocar o solo para a determinação do início da fase de voo do salto- momento em que a
corda passa sob os pés. Além disso, os saltos precisam ser ajustados frequentemente já que
a trajectória da corda sofre pequenas mudanças de um ciclo a outro, portanto, o exercício
passa de uma simples concepção de brincadeira.
Há muito tempo o pular corda vem sendo executado pelas pessoas, por crianças em suas
brincadeiras ou por atletas no treinamento desportivo. A aquisição de padrões complexos
de coordenação motora, como o pular corda, é um desafio para os estudiosos do
desenvolvimento motor, pois crianças de tenra idade já são capazes de brincar pulando
corda.
A psicomotricidade é uma parte importante da educação física na infância, pois auxilia no
desenvolvimento da criança em seus aspectos cognitivos, motores e afectivos sociais. Esse
desenvolvimento vai acontecendo de maneira gradativa de acordo com o seu crescimento.
Dentro do contexto escolar, uma proposta de aula que trabalhe com actividades
psicomotoras auxilia no processo de aprendizagem. A execução do pular corda envolve a
coordenação e o controle dos movimentos dos braços e pernas em relação à trajectória da
corda, e estes dependem da organização das informações que o organismo capta referente à
trajectória da corda e da frequência de batida da mesma, assim, o relacionamento entre a
informação sensorial disponível e a acção motora pode indicar alteração funcional do
organismo perante o fluxo contínuo de estímulos que estão disponíveis no ambiente.
A orientação espaço temporal do corpo e de suas partes deve ser modulada durante toda a
sequência de pular corda de acordo com a dinâmica intrínseca (organismo) e com a
dinâmica extrínseca (ambiente) - exigida quando o sujeito salta batendo a corda ou quando
a corda é batida por auxiliares em igual ou em diferente frequência.
O pular corda pode ser executado sozinho ou em grupo, de diversas maneiras: com a corda
batida pelo próprio executante ou por batedores externos. Pode ainda ser executado com
base de suporte em uma ou duas pernas e em diferentes frequências de batida da corda.
O ato de pular cordas é uma actividade que envolve um grande controlo e coordenação dos
movimentos, pois o indivíduo tem que realizar os saltos em função da trajectória da corda.
Tendo em vista o gasto energético que esta actividade exige pular cordas, além de possuir
um carácter lúdico, principalmente na vida das crianças, faz parte do treinamento
desportivo de muitas modalidades esportivas, promovendo o condicionamento físico do
atleta. Essa actividade é muito utilizada pelos praticantes de artes marciais, não apenas
como um treinamento para os membros inferiores, mas também como uma forma de
melhorar o condicionamento físico e se manterem no peso ideal, muitos desses atletas a
usam como um simples aquecimento, fato muito apreciado entre os lutadores de boxe.
Na actividade de pular cordas são exigidas uma boa coordenação e sincronia do executante.
Para realizar o movimento de pular cordas, algumas habilidades motoras fundamentais são
necessárias tais como: caminhar, correr e saltar.
Pular a Corda
Execução: Pode ser utilizada no chão, em que a criança ande descalça sobre a corda, com
os braços abertos, procurando manter o equilíbrio.
Aproveitando a mesma actividade, a criança vai andar de costas sobre a corda. Ainda
esticada no chão a criança pula com os dois pés juntos para esquerda e para direita
consecutivamente. A corda pode ser erguida dez centímetros do chão para a criança pular
de um lado para o outro, deste modo, a corda pode ser utilizada pela dupla como cabo-de-
guerra. No meio do espaço utilizado deve ter uma marca no chão, assim, dá para visualizar
quem está vencendo o cabo-de-guerra.
Conclusão
GIL, António Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4º ed. São Paulo: Atlas S.A,
2009.