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O que é Psicomotricidade

Psicomotricidade é a ciência que tem como objeto de estudo o homem através do


seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo. Está relacionada
ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e
orgânicas.
É sustentada por três conhecimentos básicos: o movimento, o intelecto e o afeto.

Associação Brasileira de Psicomotricidade

Caso 1

A abordagem da Psicomotricidade na infância, permite melhor compreensão de


como a criança tem consciência do seu corpo, o que permite que se desenvolva, que
explore suas habilidade e potencialidades além de aumentar a sua capacidade de
interação no meio social.

Nesse sentido trabalhar o movimento na infância é fundamental no processo de


desenvolvimento da criança. Almeida (2014), aponta que a psicomotricidade é
considerada como a junção do movimento organizado e integrado, de acordo com as
vivências dos sujeitos e resultantes da sua linguagem, socialização e individualidade.
Através da Psicomotricidade, a criança terá compreensão e consciência do seu corpo.
O professor da Educação Infantil precisa compreender que a educação ocorre
pelo movimento e pelo corpo, assim a psicomotricidade e as práticas pedagógicas estão
alinhadas aos movimentos corporais, dessa maneira, o educador deve ter como objetivo
favorecer a aprendizagem, passando a situar as responsabilidades escolares e
pedagógicas em sua prática, utilizando a interdisciplinaridade nas brincadeiras
realizadas na sala de aula durante a sua prática (CUNHA, 2016).
A escola deve ser um espaço que viabilize experiências de aprendizagem para as
crianças, por meio de práticas lúdicas, aonde o professor pode estar se utilizando de
objetos e materiais diversos para desenvolver atividades que coloquem corpo da criança
em movimento, atribuindo nas brincadeiras características de suas experiências.
Para conhecer mais e aprimorar seu conhecimento sobre os métodos de
utilização do movimento na infância e melhorar a prática pedagógica nas escolas através
da Psicomotricidade, disponibilizamos o curso Psicomotricidade: da teoria à pratica,
aonde poderá compreender os fatores psicomotores no ato de brincar, como ferramenta
no processo de educação infantil.

Caso 2

Antes de pensar em atividades é importante falar sobre o ambiente e as


intervenções psicomotoras, é de extrema importância que o profissional apresente para
as crianças um ambiente acolhedor, onde todas as dificuldades sejam acolhidas sem
julgamento ou repreensão. Para que através dessas atividades as crianças possam se
expressar e ter suas demandas acolhida e elaboradas.

De acordo com Negreiros, Moura e Souza (2018), a Psicomotricidade se


fundamenta em uma concepção de pessoa unificada, incluindo as interações cognitivas,
sensoriomotoras e psíquicas e compreendendo as capacidades de ser e de se expressar
por meio do movimento. Ela se constitui como um conjunto de conhecimentos
psicológicos, fisiológicos e relacionais, no qual o corpo é como mediador, que favorece
a integração do sujeito consigo, com o mundo e os objetos. (Apud Costa,2002)

Neste caso em especifico as atividades devem levar em consideração o eu/social,


ou seja, forma como relaciona-se com o mundo interno e externo. Nestes contextos
diversos jogos cooperativos que promovam a socialização e podem contribuir para
diminuição da agressividade. Como: brincadeiras com bola, escravo de jó, passando o
bambolê entre outros.

Caso 3

O primeiro passo é realizar uma anamnese para verificar qual deformidade


congênita a criança tem e quais problemas no desenvolvimento podem estar atrelado a
está deformidade. A partir de então pode-se elaborar um plano de intervenção. como
algumas dificuldades já foram constatadas a intervenção pode se dar desta queixa.
Dificuldade motoras na marcha e na escrita estão relacionadas com a
coordenação global que depende da capacidade de equilíbrio postural. Diversas
atividades podem ser realizadas: pular, pular corda, pular amarelinha, descer e subir
escadas, realizar circuitos psicomotores entre outros.

Segundo Benetti e Xisto (2012). Foi na obra de Henry Wallon, onde se buscou
posicionamento para a noção básica de unidade funcional e biológica da pessoa, na qual
o psiquismo e a motricidade representam e expressão das relações reais do indivíduo
com o meio. A educação pelo movimento, utilização e contribuição da ação, do
movimento, para desenvolver, facilitar e reforçar a aprendizagem escolar, se bem
integre a Educação Física, é um princípio universal reconhecido por médicos,
psicólogos, educadores e especialistas

Caso 4

Neste caso seria de extrema importância verificar qual o entendimento dos


profissionais sobre psicomotricidade, de acordo com o nível de conhecimento pode-se
montar uma palestra.

Primeiro focando a importância e beneficio da psicomotricidade para esses


idosos, e a necessidade de avaliar cada caso para que seja possível realizar uma
intervenção. Será necessário considerar as necessidades e as possibilidades de cada
idoso, auxiliando nas dificuldades e potencializando atividades funcionais.

Para Galon e Neto (2017), a gerontomotricidade visa recuperar e conservar, de


forma funcional as condutas psicomotoras; a melhorar e aprimorar o conhecimento de si
e a eficácia das ações, sobretudo das atividades de vida diária. Existem cinco
componentes que deveriam servir de marco de referência aos profissionais que atendem
idosos para melhoria de sua qualidade de vida, são eles: o bem-estar físico, as relações
interpessoais, desenvolvimento pessoal, as atividades recreativas e as atividades
espirituais e transcendentais.

Atividades de equilíbrio estático e dinâmico, alongamentos globais, exercícios


de fortalecimento, exercícios de motricidade fina, motricidade grossa, esquema e
imagem corporal, noção de tempo e espaço, lateralidade, equilíbrio, coordenação
motora, exercícios em fila e em roda, entre outros. Podem trazer benefícios
significativos para os idosos, a intervenção deve sempre respeitar a limitação de cada
indivíduo. Essas atividades podem ser realizadas com bolas, bastões, sons, texturas
entre outros.

A intervenção psicomotora pode promover recuperação e/ou manutenção das


atividades funcionais, promove socialização e favorece a coordenação motora e funciona
contra o envelhecimento do corpo.

Caso 5

O espaço deve ser composto por diversos objetos e jogos que possibilite explorar
o desenvolvimento psicomotor de forma lúdica e interativa. A diversidade de materiais
possibilitará a realização de atividade diversas em situações diversas, pois, a
psicomotricidade comtempla habilidade motoras, perceptuais, cognitivas e afetivas.

De acordo com Martins (2005), A origem do material pode ser muito diversa,
dependendo do contexto e espaço em que decorre, sendo que é principalmente em
contexto escolar que se encontram indicações escritas sobre esta questão. Desrosiers e
Tousignant (2005) consideram oportuno utilizar o próprio material que se encontra
disponível, nomeadamente do próprio ginásio de educação física ou da sala de aula,
destacando ainda a construção de outros materiais. Relativamente aos materiais já
existentes, os autores determinam os seguintes critérios para a sua seleção: (1) priorizar
a variedade; (2) evitar utilizar material que se possa danificar; (3) reduzir estragos no
envolvimento; (4) possuir uma quantidade suficiente de material; (5) priorizar a
utilização de material pouco volumoso e por fim (6) material que seja duradouro.

Como há diferentes graus de autismo e dificuldades relacionadas podemos


explorar alguns materiais que comtemple a maioria dos alunos como: Jogos diversos,
tapetes, módulos de espuma, colchões, circuitos psicomotores, bolas de diversas cores e
tamanhos, cordas, materiais diversos que possibilitem trabalhar: textura, cores e sons
entre outros
Martins (2005) Especificamente para a prática psicomotora, destaca que, os
materiais utilizados em psicomotricidade não devem ser considerados obrigatórios,
mecanicistas nem únicos, mas serem sim, suportes diversificados, articuláveis, flexíveis,
inovadores, coloridos e múltiplos (…) facilitadores e promotores de habilidades tónico
posturais, auto e ecognósicas e práxicas do reeducando (…) acrescentando um valor
mediatizacional à interacção reeducador-reeducando. (Apud Fonseca ,2009, p. 38)

No entanto não há material de maior valor que o imaginário e criatividade das


crianças e dos profissionais que o acompanham, pois, a psicomotricidade nasce na
relação entre os indivíduos, os materiais são recursos, mas a psicomotricidade se dá na
relação.

Para Martins (2005), Lapierre e Lapierre (2005) referem os objetos como


mediadores da relação, desde o início do processo natural do desenvolvimento.
Inicialmente utilizados como mediadores do contacto, os objetos preenchem o espaço
entre os dois corpos, permitindo sentir o corpo do outro, os seus gestos, tensões tónicas
bem como transmitir também as suas, servindo assim como mediadores da
comunicação. Progressivamente, os objetos passam a ser utilizados pelo indivíduo como
objetos substitutivos do outro (adulto), carregando-os de afetividade, substituindo ou
compensando a sua ausência. Só após esta fase natural no desenvolvimento típico, o
sujeito passa a utilizar o objeto com uma intenção mais relacional, como meio de troca e
de diálogo com o outro (e.g. dar objeto). (Apud Lapierre e Lapierre, 2005).

REFERÊNCIAS:

ALMEIDA, Geraldo Peçanha de. Teoria e Prática em Psicomotricidade: jogos, atividades lúdicas,
expressão corporal e brincadeiras infantis. 4 ed. Rio de Janeiro: WakEditora, 2014.

CUNHA, Edivan Carlos Da. Psicomotricidade na educação infantil: ressignificação de práticas


pedagógicas. Rondônia, Porto Velho: 2016. Dissertação de mestrado em Educação Escolar.
Universidade Federal de Rondônia, 2016. Disponível em
<http://www.ri.unir.br/jspui/bitstream/123456789/874/1/Edivan%20C.%20da%20Cunha_A%20
psicomotricidade%20na%20educa%C3%A7%C3%A3o%20infantil.pdf>. Acesso em 02 maio 2019.
NEGREIROS; MOURA; SOUZA. Psicomotricidade e práticas no contexto da educação
infantil: Uma etnografia escolar. Revista educação e emancipação, v11n.1.p.130-151,
São Luís.2018. Disponível em: <
http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/reducacaoemancipacao/article/
view/8910/5399 > Acesso em 06 maio 2019.

BENETTI; XISTO. A psicomotricidade: Uma ferramenta de ajuda aos professores na


aprendizagem escolar. Revistas monografias ambientais, v8 n.8.p 1824-
1836.Unipampa.2012. Disponível em: <
https://periodicos.ufsm.br/remoa/article/view/6190 > Acesso em 06 maio 2019.

GALON; NETO. Impactos das atividades psicomotoras em idosos institucionalizados.


Congresso internacional envelhecimento humano. Maringá, 2017. Disponível em: <
https://editorarealize.com.br/revistas/cieh/trabalhos/TRABALHO_EV075_MD2_SA5_I
D1796_11092017143056.pdf > Acesso em 06 maio 2019.

MARTINS. Práticas, Contextos e Materiais dos Psicomotricistas Portugueses. P1-74.


Lisboa.2015. Disponível em: <
https://www.repository.utl.pt/bitstream/10400.5/8696/1/DissertacaoAnaLidiaSilvaMarti
ns_Revista2.pdf > Acesso 2019.

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