Livro Diretrizes BIOTA
Livro Diretrizes BIOTA
Livro Diretrizes BIOTA
a conservação e
restauração da
biodiversidade
no estado de
são paulo
Instituto de Bo tâ n i c a
Programa biota / fa p e sp
Secretaria do
Meio Ambiente
Secretário Francisco Graziano Neto
Fapesp - Fundação de
Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo
Presidente celso lafer
Diretor Científico Carlos Henrique de Brito Cruz
Autores
Coordenação Geral
Aprende-se com Louis Pasteur que não existe “ciência aplicada”, mas sim “aplicações da ciência”.
A ciência bem feita torna o ser humano mais sábio e, muitas vezes, permite o tratamento racional,
e por isso bem sucedido, de problemas práticos.
Este volume apresenta uma bela aplicação da boa ciência a problemas práticos urgentes do
Estado de São Paulo. Trata-se dos mapas temáticos e de integração produzidos a partir dos resul-
tados de pesquisa do Programa de Pesquisa BIOTA/FAPESP. Os mapas permitem a definição de
estratégias para a conservação da biodiversidade remanescente no Estado de São Paulo e para a
restauração dos corredores ecológicos interligando os fragmentos naturais na paisagem.
Três mapas-síntese foram produzidos. O primeiro indica que fragmentos devem ser transfor-
mados em novas Unidades de Conservação de Proteção Integral no Estado de São Paulo, através da
desapropriação das áreas pelo poder público. Nas várias formações naturais, o mapa indica mais de
25 áreas a serem preservadas. O segundo mapa orienta a proteção dos demais fragmentos naturais
(aqueles cujos descritores de tamanho, de dados biológicos disponíveis, não justificavam a transfor-
mação em Unidades de Conservação de Proteção Integral) através de estratégias legais envolvendo o
setor privado, como a indicação de algumas dessas áreas para serem protegidas como Reserva Legal
das propriedades rurais. O terceiro mapa foi produzido para identificar as chamadas regiões “com
lacunas de conhecimento” – regiões do estado sobre as quais se quer incentivar estudos biológicos
pelos órgãos financiadores, pelas universidades e pelos institutos de pesquisa.
O Programa BIOTA/FAPESP, uma iniciativa da fundação, das três universidades públicas es-
taduais – USP, UNICAMP e UNESP – e dos institutos de pesquisa do estado, foi criado em 1999
com o objetivo de estimular e articular projetos de pesquisa que pudessem contribuir para mapear
e analisar a biodiversidade do Estado de São Paulo. O escopo do Programa inclui a fauna, a flora
e os microrganismos. O Programa se desenvolve por meio de uma rede virtual que interliga mais
de 500 pesquisadores paulistas participantes de quase uma centena de projetos de pesquisa finan-
ciados pela Fundação.
É com satisfação que a FAPESP vê os resultados do Programa BIOTA contribuírem, mais uma
vez, para o futuro do Estado de São Paulo. Mais um caso feliz de ciência de qualidade internacio-
nal que alcança resultados de impacto local e mundial.
8
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Introdução
Sumário
1. Introdução......................................................................................................................................... 11
5. Procedimentos metodológicos.................................................................................... 57
6.1. Mamíferos...................................................................................................................... 72
6.2. Aves..................................................................................................................................... 77
6.3. Herpetofauna............................................................................................................... 82
6.5. Invertebrados.............................................................................................................. 99
8. Conclusões..................................................................................................................147
10
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Introdução
c a pí t u lo introdução
1 11
CAPÍTULO 1 introdução
S ão Paulo, o estado mais industrializado do País e atualmente coberto por imensos canaviais,
ainda conta com fragmentos florestais significativos de sua flora original, que somam 3.457.301
ha, correspondendo a 13,94% de sua superfície. Apesar do histórico intenso de degradação, estes
fragmentos ainda abrigam uma flora e fauna muito diversas, incluindo até onças-pintadas e pardas,
além de muitas outras espécies ameaçadas de extinção. No entanto, apenas cerca de 25% desta área
total, está protegida na forma de Unidades de Conservação administradas pelo poder público, estando
o restante sob domínio do setor privado paulista, com grande destaque para o setor agrícola.
Cientes da necessidade premente de se estabelecer estratégias efetivas de proteção dessa biodiversidade
remanescente, que está atualmente sob a guarda do setor privado; cientes de que a definição destas estratégias
deveria estar sustentada em dados biológicos, disponibilizados em trabalhos científicos de qualidade; e
cientes de que a efetivação destas ações dependeria do envolvimento comprometido do poder público
estadual nesse processo, o Programa BIOTA, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
(BIOTA/FAPESP), numa parceria com a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SMA), com o
Instituto de Botânica (IBt), com o Instituto Florestal (IF), com a Fundação Florestal (FF), com a Conservação
Internacional - Brasil (CI-Brasil), com o Laboratório de Ecologia da Paisagem (LEPaC) da Universidade de
São Paulo (USP) e com o Centro de Referência em Informação Ambiental (CRIA), realizou o Workshop
“Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade do Estado de São Paulo”, que teve duração
de aproximadamente 18 meses, finalizando essa etapa com a publicação dessa obra.
Com o intuito de proteger e restaurar a biodiversidade paulista, aproximadamente 160
pesquisadores, entre eles biólogos, agrônomos, engenheiros florestais e outros, de universidades
públicas e privadas e de institutos de pesquisa do Estado de São Paulo, se envolveram intensamente
no processo de estabelecimento de diretrizes de conservação e restauração da biodiversidade paulista
remanescente, sob a coordenação do Programa BIOTA/FAPESP, o que resultou na elaboração de 27
mapas temáticos e três mapas-síntese, detalhadamente apresentados e discutidos nesse livro.
O trabalho fundamentou-se no propósito de disponibilizar informações biológicas geradas com
cunho científico para sustentar políticas públicas na área ambiental no Estado de São Paulo. Estes
dados biológicos foram gerados em projetos de pesquisa vinculados ao Programa BIOTA/FAPESP e
armazenados no banco de dados do programa (SinBiota) nos seus nove anos de existência. Esse banco
de dados biológicos foi complementado por outros bancos de dados disponíveis no Estado de São
Paulo, identificados e qualificados pelos pesquisadores envolvidos no processo, e pelas informações
biológicas de coleções científicas informatizadas do Estado de São Paulo, disponibilizadas pelo projeto
“SpeciesLink”, coordenado pelo CRIA e também financiado pela FAPESP. Todas essas informações
biológicas foram espacializadas no mapa produzido pelo “Inventário Florestal do Estado de São Paulo”,
que também foi desenvolvido dentro do programa BIOTA/FAPESP (www.biota.org.br), coordenado
pelo Instituto Florestal, incorporando nesse processo, as áreas naturais não florestais.
Todos esses dados foram verificados e corrigidos pelos pesquisadores envolvidos, e aqueles que
geravam incertezas de identificação, vícios ou lacunas de coleta ou de precisão de localização foram
descartados, o que resultou num total de 179.717 registros de coletas de plantas e animais em São
Paulo. Este trabalho de verificação dos dados para os diversos grupos animais e vegetais teve a duração
aproximada de um ano, e certamente foi o trabalho mais árduo do processo.
A partir do banco de dados completo e corrigido por especialistas dos diversos grupos taxonômicos,
que resultou em 10.491 espécies, foram definidas as espécies-alvo, utilizando critérios selecionados
pelos especialistas, a partir de um conjunto comum de critérios estabelecidos para todos os grupos
12
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Introdução
taxonômicos. Os grupos taxonômicos considerados neste processo foram: mamíferos, aves, herpetofauna
(répteis + anfíbios), peixes, invertebrados, flora fanerogâmica, flora criptogâmica (incluindo briófitas,
pteridófitas, algas, fungos e líquens), além das características da paisagem.
Este trabalho resultou em 3.326 espécies-alvo de animais e plantas dos sete grupos taxonômicos
e os dados de ocorrência dessas espécies-alvo e de todas as espécies de cada grupo taxonômico foram
associados aos dados de paisagem para sustentarem a elaboração dos mapas aqui publicados. Os
mapas foram gerados em três escalas de trabalho, para cada grupo taxonômico, a saber: por fragmentos
florestais remanescentes, representando 92.183 fragmentos de diferentes tamanhos e estados de
degradação; por microbacias de 5ª. ordem, que somaram ao todo 350 unidades no estado; e por
Unidade de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (UGRHI), que é uma divisão administrativa, mas
que considera as grandes bacias hidrográficas, somando 22 UGRHIs no Estado de São Paulo.
Cada um dos temas foi analisado considerando-se três aspectos principais: a) os melhores fragmentos
remanescentes, em termos de tamanho (proporcional para cada tipo vegetacional), de conservação e/ou
de características da paisagem, que ainda não estivessem protegidos como Unidades de Conservação,
seriam indicados para serem protegidos pelo poder público, como Unidades de Conservação de
Proteção Integral, ampliando assim o sistema de conservação estadual; b) as regiões que ainda não
dispunham de dados biológicos suficientes para sustentarem a adoção de estratégias de conservação da
biodiversidade remanescente, representando, portanto lacunas do conhecimento biológico, deveriam ser
espacializadas, permitindo que o poder público e os agentes de financiamento científico priorizassem
esforços de pesquisa direcionados para essas áreas; c) dado o estado atual de degradação do Estado de
São Paulo, os demais fragmentos remanescentes, que não foram indicados para desapropriação pelo
poder público para serem protegidos como UCs de Proteção Integral, deveriam ser protegidos usando
outras estratégias de conservação junto ao setor privado, inclusive com respaldo legal, como a averbação
destes fragmentos na figura de Reserva Legal. Os maiores e mais diversos fragmentos nesta condição
deveriam ser indicados como Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), e todos os fragmentos
remanescentes deveriam ser interligados na paisagem com corredores ecológicos, através da restauração
das matas ciliares (Áreas de Preservação Permanente) com elevada diversidade vegetal, sendo que para
os de maior valor biológico, esta interligação poderia ser feita com o alargamento da mata ciliar, e este
excedente também poderia ser compensado como Reserva Legal das propriedades agrícolas locais.
Além de existirem poucos remanescentes naturais no Estado de São Paulo, estes remanescentes
ainda têm a sua função de conservação da biodiversidade comprometida, em função da intensa
fragmentação e da recorrência de perturbações oriundas das áreas agrícolas e urbanizadas do entorno.
Dentre estes, as diferentes formas de Cerrado do interior paulista foram as mais atingidas historicamente
neste processo de degradação, por pressão agrícola. O mangue e a restinga, na região litorânea do
estado, também foram atingidos, por pressão imobiliária. Desta forma, o propósito deste esforço é que
consigamos, além de proteger estes remanescentes, adotarmos ações de restauração e de manejo, que
potencializem o papel de conservação da biodiversidade.
Se todas as recomendações apresentadas neste livro forem adotadas, conseguiremos proteger
e interligar os 3.500.000 ha de fragmentos florestais remanescentes do Estado de São Paulo, além, é
claro, da proteção das áreas naturais não florestais, numa ação integrada de proteção da biodiversidade
remanescente do Estado de São Paulo, tanto com o setor público, mas, principalmente, com o setor
privado, que muitas vezes está ávido para participar desse processo, ou por própria consciência
ambiental, mas, na maioria das vezes, por questões de mercado.
13
Marco Aurélio Nalon
Isabel Fernandes de Aguiar Mattos
Geraldo Antônio Daher Corrêa Franco
capítulo Meio físico e
2
Aspectos da
Fragmentação
da Vegetação
CAPÍTULO 2 Meio físico e Aspectos da Fragmentação da Vegetação
O Estado de São Paulo tem uma área total de 248.808,8 km2, divididos em 645 municípios e com po-
pulação de 36.966.527 habitantes.
Seus principais limites naturais são: o Rio Grande, ao norte; o Rio Canoas a norte e nordeste; a
Serra da Mantiqueira e a Serra do Mar, a leste; a Serra do Taquari, o Rio Pardo, o Rio Ribeira de Iguape
e o Rio Itapirapuã, ao sul; o Oceano Atlântico, a sudeste; o Rio Itararé, ao sul; o Rio Paranapanema, a
sudoeste; e o Rio Paraná, a oeste e a noroeste.
Cobertura (%)
Bacia Hidrográfica Superfície (ha) População Municípios Vegetal Natural de remanescentes em
(ha) relação à superfície
Aguapeí 965.700 347.323 32 68.543 7,1
Alto Paranapanema 2.064.300 677.782 34 338.002 16,4
Alto Tietê 665.700 17.671.798 34 134.260 20,2
Baixada Santista 237.300 1.471.778 9 207.293 31,1
Baixo Pardo Grande 709.100 311.576 12 43.870 6,2
Baixo Tietê 1.871.700 683.983 42 54.040 2,9
Litoral Norte 197.700 223.037 4 159.080 80,5
Mantiqueira 68.600 60.805 3 22.827 33,3
Médio Paranapanema 1.752.200 618.529 42 107.326 6,1
Mogi-Guaçu 1.306.100 1.196.354 37 95.780 7,3
Paraíba do Sul 1.422.800 1.767.522 34 306.350 21,5
Pardo 960.900 1.064.095 24 72.149 7,5
Peixe 845.300 417.279 26 66.166 7,8
Piracicaba/Capivari/Jundiaí 1.373.500 4.305.359 57 105.403 7,6
Pontal do Paranapanema 1.336.500 457.319 21 79.704 6,0
Ribeira de Iguape/Litoral Sul 2.177.200 358.018 23 1.163.515 53,4
São José dos Dourados 614.200 214.480 25 22.310 3,6
Sapucaí Mirim Grande 1.002.500 608.682 22 60.615 6,0
Tietê/Batalha 1.238.400 464.637 33 75.927 6,1
Tietê/Jacaré 1.598.700 1.322.130 34 77.064 4,8
Médio Tietê/Sorocaba 1.209.900 1.557.644 33 133.039 11,0
Turvo/Grande 1.712.800 1.109.070 64 64.039 3,7
16
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Meio físico e
Aspectos da
Fragmentação
da Vegetação
Sua rede hídrica está distribuída por todo seu território, subdividida em 22 Unidades de Geren-
ciamento de Recursos Hídricos (UGRHI), sendo que 86% de suas águas drenam para o interior (Rio
Paraná) e 14% para o litoral (Tabela 1 e Figura 1).
De sua cobertura vegetal original, em 1962 o Estado de São Paulo contava com 29,26%, passan-
do para 17,72% em 1971/73 e 13,43% em 1993. Atualmente, a cobertura vegetal natural do estado é
de 3.457.301 ha, o que corresponde a 13,94% de sua superfície.
As bacias com maiores índices de cobertura vegetal natural são as que compreendem as regiões
serranas do litoral e do Vale do Paraíba, onde o relevo atua como agente de grande importância para
sua conservação. À medida que nos afastamos para o oeste do estado, os índices de cobertura vegetal
natural diminuem e a vegetação se encontra altamente fragmentada devido à ocupação histórica pela
agropecuária, hoje principalmente pela presença de pastagens e cana, que causam grandes impactos.
17
CAPÍTULO 2
O Estado de São Paulo apresenta clima tropical superúmido na baixada litorânea e escarpas da Serra
do Mar; tropical de altitude na região do Planalto Atlântico; tropical quente e úmido na região noroeste
do estado; subtropical úmido na região sul; e subtropical com inverno seco e verão quente/úmido no
Planalto Ocidental.
O relevo do estado compreende um gradiente altimétrico que vai de 0 m no litoral a 2.797 m na
Serra da Mantiqueira (Pedra Mina). O território paulista é dominado quase que totalmente pelo Planal-
to, estando assim distribuído (Figura 2):
FLORESTA COMPLEXO
FLORESTA ESTACIONAL E CERRADO OMBRÓFILA DE RESTINGA
DEPRESSÃO PLANALTO
PLANALTO OCIDENTAL CUESTA PERIFÉRICA ATLÂNTICO 2.797 m
0m
18
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Meio físico e
Aspectos da
Fragmentação
da Vegetação
O estado pode ser compartimentado em cinco províncias geomorfológicas que refletem basica-
mente o seu contexto morfo-estrutural (Figura 3).
A Província Costeira, definida como a área drenada diretamente para o mar e compreendida
entre o rebordo do Planalto Atlântico e o Litoral, subdivide-se em Serrania Costeira e Baixada Litorâ-
nea. A Serrania constitui-se basicamente por rochas granito-gnáissicas, sendo que na bacia do Ribeira
ocorrem xistos, quartzitos, mármores, metaconglomerados, metabasitos e outras rochas da série São
Roque, onde dominam os Cambissolos. Essas áreas possuem fragilidade potencial muito alta e sujeita
a processos erosivos intensos e movimentos de massa. Na Baixada Litorânea ocorrem os sedimentos
detríticos e depósitos mistos de baixos terraços marinhos, dunas, mangues, aluviões e coluviões, onde
predominam os Espodossolos, Organossolos e Gleissolos. Caracterizam-se por serem potencialmente
frágeis, com lençol freático pouco profundo, inundação periódica e sedimentos inconsolidados. O
Litoral Norte é representado por pequenas planícies e enseadas e relevo de escarpas mais íngremes,
enquanto no Litoral Centro-Sul as planícies são mais extensas, havendo na bacia do Ribeira de Iguape
um recuo das escarpas em até 100 km.
O Planalto Atlântico caracteriza-se por extensa área dissecada com grande diversidade de formas
topográficas e estrutura heterogênea. Abrange a faixa de rochas cristalinas que ocorrem desde a região
sul do estado (Planalto do Guapiara) até a divisa com Minas Gerais (Planalto de Campos do Jordão).
Apresenta relevo de morros altos, morros, morrotes, colinas e serras alongadas. Essa área contém um
conjunto de 12 planaltos com diversos tipos de solo, entre os quais Cambissolos, Neossolos Litólicos,
Argissolos e Latossolos. O Planalto Atlântico, de modo geral, apresenta fragilidade de média a alta,
sujeita a fortes atividades erosivas.
Em direção ao oeste do estado, o Planalto Atlântico desgasta-se até a Depressão Periférica,
área rebaixada pela erosão e influenciada pelas descontinuidades estruturais que controlam tanto
a drenagem como o relevo. Trata-se de área deprimida entre as Cuestas Basálticas e o Planalto
Atlântico e localiza-se quase totalmente nos sedimentos Paleo-mesozóicos da bacia do Paraná.
Apresenta vários modelados, como formas onduladas ou tabuliformes, com vales amplos e suaves,
destacando-se, no conjunto, os morros testemunhos e pequenas cuestas. Nesta província ocorrem
principalmente os Latossolos e os Argissolos. A fragilidade é de média a baixa sendo a área sus-
ceptível a processos erosivos.
Na seqüência, encontra-se o relevo escarpado e alinhado, com cortes abruptos e íngremes em
sua parte frontal e declive suave em seu reverso, que caracteriza as Cuestas Basálticas. São sustentadas
pelos remanescentes erosivos das camadas de rochas vulcânicas basálticas e de rochas areníticas da
Bacia do Paraná, que ocorrem desde Ituverava e Franca, a nordeste do estado, até Botucatu e Avaré, a
sudoeste. Neste setor, dominam os Latossolos Férricos, Nitossolos e Neossolos Litólicos.
19
CAPÍTULO 2
O Planalto Ocidental se estende para Noroeste das Cuestas Basálticas, sendo caracterizado por
relevo suavizado e monótono, com alguns destaques topográficos até chegar à calha do rio Paraná.
Apresenta-se ligeiramente ondulado, sob a forma de colinas amplas e baixas e com topos aplainados,
e corresponde a praticamente 50% da área do estado. A litologia é representada pelo Grupo Bauru,
composta por arenitos, lentes de siltitos e argilitos, além de depósitos areno-argilosos, onde dominam
Argissolos e Latossolos. Esta Província possui, de modo geral, fragilidade de média a baixa, porém,
dependendo das características dos solos e das declividades, alguns setores podem ser extremamente
frágeis quanto aos processos erosivos.
Traçando-se um transecto a partir do litoral do estado de São Paulo em direção ao interior, temos, primei-
ramente, a restinga, sobre a qual se desenvolve um complexo vegetacional ameaçado principalmente
pela especulação imobiliária e pela expansão da malha viária. Apenas uma pequena parte dela está pro-
tegida na forma de Unidades de Conservação de Proteção Integral; quando próxima ao mar, a restinga se
apresenta com hábito herbáceo (formação pioneira de influência marinha) e, à medida que se aproxima
do sopé da região serrana, adquire a fisionomia florestal (Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas).
Em alguns dos setores da restinga, há uma relação muito forte com o fluxo de cheias; nas regi-
ões ribeirinhas, onde ocorrem áreas alagadas quase o ano todo, são comuns os caixetais (populações
densas de Tabebuia cassinoides); em outras áreas com alagamentos intermitentes, formam-se os gua-
nandizais (predomínio de Calophyllum brasiliense Camb.). São ecossistemas ricos em epífitas e muito
sensíveis que, quando perturbados, podem ser facilmente alterados de maneira irreversível.
Fortemente associados à restinga, estão os mangues (formações pioneiras de influência flúvio-
marinha), que se formam nas desembocaduras dos rios no mar, onde há uma condição salobra com
flora e fauna próprias e em equilíbrio muito tênue, que não suporta a urbanização.
Na encosta da Serra do Mar e em trechos do Planalto Atlântico, particularmente na Serra da Man-
tiqueira, a vegetação está relativamente protegida por suas declividades. Abrigam em sua manta e em
suas maiores altitudes, áreas de campos naturais (Estepe), florestas nebulares (Floresta Ombrófila Densa
Alto-Montana) e a floresta mista de Araucaria e Podocarpus (Floresta Ombrófila Mista). Porém, devido
ao seu isolamento, estas vegetações, se perturbadas, correm grande risco de extinção local.
No interior do estado, temos o Cerrado e a Floresta Estacional. O Cerrado, equivocadamente
considerado de qualidade inferior, teve sua área original muito reduzida, cedendo lugar à agropecuá-
ria. A Floresta Estacional, devido ao seu porte robusto e riqueza, foi fortemente explorada e reduzida
a fragmentos que se encontram isolados e empobrecidos. Suas “jóias”, como a cabreúva (Myroxylon
balsamum), o pau-marfim (Balfourodendron riedelianum) e a peroba (Aspidosperma polyneuron),
estão ameaçadas.
20
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Meio físico e
Aspectos da
Fragmentação
da Vegetação
De forma geral, a vegetação natural remanescente está altamente fragmentada, com exceção dos gran-
des maciços nas regiões serranas (Tabela 2).
Classe Fragmentos
(ha) Número %
< 20 85.290 80,2
20 a 40 10.433 9,8
40 a 60 3.723 3,5
21
Ana Fernandes Xavier
Beatriz Morais Bolzani
Sílvia Jordão
capítulo Unidades de
3
Conservação
da Natureza
no Estado de
São Paulo
CAPÍTULO 3 Unidades de Conservação da Natureza no Estado de São Paulo
As Unidades de Conservação da Natureza (UCs) constituem áreas de especial relevância para a preser-
vação e conservação ambiental, desempenhando papel altamente significativo para a manutenção da
diversidade biológica. Ao permitirem a manutenção dos ecossistemas e habitats de espécies em seus
meios naturais de ocorrência, resguardam a autenticidade que o planeta possui, a fim de que possamos
vislumbrar nossas origens. As UCs estão no centro do processo conservacionista e a proteção que asse-
guram é muito mais do que preservar as espécies ameaçadas de extinção, é preservar a vida em todas
as suas formas de expressão.
Até pouco tempo atrás, dava-se prioridade somente às questões relacionadas ao desenvolvimento
econômico na ocupação dos territórios. Hoje, dado o grau de bio-simplificação e devastação dos ecos-
sistemas naturais - de cujos bens, diretos e indiretos, dependem as populações humanas - é necessário
considerar os aspectos ambientais no planejamento e ordenamento territorial, a fim de que o aproveita-
mento econômico dos recursos naturais não inviabilize a biodiversidade, que é patrimônio de todos.
A implementação de UCs é uma estratégia adotada mundialmente como a forma mais efetiva
para a conservação in situ da biodiversidade. Em seu contexto mais amplo, elas protegem não apenas
a biodiversidade de flora e fauna, mas também os processos ecológicos de interação entre ambas. Pro-
movem igualmente a conservação de valores históricos, arquitetônicos, arqueológicos e culturais das
populações e das comunidades tradicionais que vivem no seu interior e no seu entorno, integrando-as
assim ao patrimônio natural.
Além das funções de conservação dos ambientes que as compõem, as UCs devem também de-
senvolver suas funções sociais por meio da integração às regiões onde se inserem, participando do
processo de desenvolvimento econômico sustentável. O aprimoramento de mecanismos e estratégias
na gestão de UCs deverão igualmente garantir o respeito e reconhecimento dos povos indígenas, das
comunidades quilombolas e das comunidades tradicionais. Desta integração dependem, inclusive, os
apoios políticos e econômicos indispensáveis para a manutenção das mesmas.
As UCs prestam ainda serviços ambientais, tais como: fixação de carbono e manutenção de seus
estoques, regularização e equilíbrio do ciclo hidrológico, purificação da água e do ar, controle de
erosão, conforto térmico, perpetuação dos bancos genéticos, fluxo gênico da biodiversidade, controle
biológico, manutenção da paisagem, áreas para recreação, lazer, educação e pesquisa científica, além
do valor de herança para as futuras gerações.
A diversidade de ambientes e das diferentes inter-relações em seu interior, levaram à necessidade
de criação de diferentes categorias, ou tipos de UCs, com diferentes objetivos, manejos distintos, e
numa perspectiva de complementaridade.
No ano de 2000 foi instituído o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), por
meio da Lei Federal n° 9.985 que regulamenta o art. 225 da Constituição Federal. Essa lei estabelece os
princípios básicos para a estruturação do Sistema Brasileiro de Áreas Protegidas e apresenta os critérios
24
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Unidades de
Conservação
da Natureza
no Estado de
São Paulo
e normas para a criação, implantação e gestão das Unidades de Conservação da Natureza, compre-
endidas como: “o espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com
características naturais relevantes, legalmente instituído pelo poder Público, com objetivos de conser-
vação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequa-
das de proteção”. O SNUC passa, assim, a ser constituído pelo conjunto das UCs federais, estaduais e
municipais existentes no país, criadas por ato do Poder Público.
As UCs tipificadas pelo SNUC dividem-se em dois grandes grupos, com características específicas
e graus diferenciados de restrição:
I. Unidades de Proteção Integral - voltadas à preservação da natureza, admitindo apenas o uso
indireto dos seus recursos naturais. Destinam-se à preservação contra qualquer interferência
ou exploração de seus recursos naturais, bem como de suas peculiaridades, garantindo seu es-
tado natural e perpetuidade. Compreende as categorias: Estação Ecológica, Reserva Biológica,
Parque Nacional, Monumento Natural e Refúgio de Vida Silvestre.
II. Unidades de Uso Sustentável - que objetivam compatibilizar a conservação da natureza com
o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais. As intervenções no ambiente devem
garantir a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos, manten-
do a biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economi-
camente viável. É composto pelas categorias: Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante
Interesse Ecológico, Floresta Nacional, Reserva Extrativista, Reserva de Fauna, Reserva de De-
senvolvimento Sustentável e Reserva Particular do Patrimônio Natural.
Considerando as diversas tipologias de UCs e a disponibilidade de áreas naturais, é viável e pos-
sível atender aos requisitos de proteção à biodiversidade e, de maneira integrada, às necessidades das
comunidades locais.
Para fortalecer as medidas e a importância da conservação da natureza, o Plano Estratégico Nacio-
nal de Áreas Protegidas (PNAP), editado em 2006, pelo Decreto nº 5.758, estabelece os princípios, dire-
trizes, objetivos e estratégias para orientar as ações que deverão ser desenvolvidas para o estabelecimento
de um sistema abrangente de áreas protegidas ecologicamente representativo, efetivamente manejado,
integrado a áreas terrestres e marinhas mais amplas, até 2015, dando enfâse ao compromisso assumido
pelo Brasil na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, em 1992.
Integra o patrimônio natural paulista um importante conjunto de UCs, criadas não apenas pelo governo
estadual, mas também por instituições federais, municipais1 e por iniciativa da sociedade civil. Distribuídas
1
As Unidades de Conservação municipais não foram consideradas neste trabalho.
25
CAPÍTULO 3
por inúmeras regiões, sua criação deve-se à sua importância ecológica e científica excepcional, e à função
de abrigar ambientes, animais e plantas, muitos dos quais tornaram-se raros ou em vias de extinção.
Tendo como referência as categorias de proteção preconizadas pelo Sistema Nacional de Unida-
des de Conservação da Natureza, encontramos em território paulista UCs de proteção integral (Parque
Nacional e Estadual, Estação Ecológica, Reserva Biológica e Refúgio de Vida Sivestre) e UCs de uso
sustentável (Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante Interesse Ecológico, Reserva Extrativista,
Monumento Natural, Reserva Particular do Patrimônio Natural, Reserva de Desenvolvimento Sustentá-
vel e Floresta Nacional e Estadual). Somam-se ainda outras modalidades de conservação reconhecidas
no nível internacional pela UNESCO, denominadas Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, Reserva da
Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo e o Sítio do Patrimônio Mundial Natural. Além des-
sas, existem outras modalidades de categorias que são objeto de proteção especial, também voltadas à
conservação do patrimônio natural e cultural definidas como Parques Ecológicos, Reservas Estaduais,
Áreas sob Proteção Especial e Áreas Naturais Tombadas. Outras categorias conhecidas como unidades
de produção, representadas por Estações Experimentais, Hortos e Viveiros Florestais, estão voltadas
à experimentação florestal para o desenvolvimento de pesquisas, restauração de áreas degradadas,
conservação de recursos genéticos in situ e ex situ e melhoramento genético. No entanto, é preciso
salientar a existência de várias sobreposições territoriais entre elas, entre categorias distintas e mesma
categoria e entre diferentes instâncias de governo. Muitas UCs têm abrangência interestadual e estão
sob a responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade; outras são regio-
nais, e algumas abrangem um município integral ou parcialmente.
As UCs e demais áreas especialmente protegidas do Estado de São Paulo são administradas por di-
ferentes instituições da Secretaria do Meio Ambiente (Fundação Florestal, Instituto Florestal, Instituto de
Botânica), pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP), pela Universidade Es-
tadual Paulista, pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), Instituto de Zootecnia da Secretaria
de Estado da Agricultura e Abastecimento, Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Ar-
tístico e Turístico (CONDEPHAAT) da Secretaria da Agricultura, Conselho Nacional da Reserva da Biosfera
da Mata Atlântica (CNRBMA) e Instituto Chico Mendes de Biodiversidade e Conservação. Preservam áreas
de extrema importância biológica do Bioma Mata Atlântica (Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila
Mista, Floresta Estacional Semidecidual) e ecossistemas associados (Formações Pioneiras sobre restingas
e manguezais), remanescentes do Bioma Cerrado, além de ambientes costeiros e insulares, monumentos
geológicos e geomorfológicos, recursos hídricos, entre outros atributos naturais.
Existem 237 áreas naturais protegidas no Estado de São Paulo (tabela 1), divididas em 24 catego-
rias de manejo de âmbito federal, estadual e particular (considerando Unidades de Proteção Integral,
Unidades de Uso Sustentável e outras áreas especialmente protegidas).
Esforços importantes têm sido feitos para ampliar a rede de áreas protegidas, assim como implantar os
Conselhos Gestores, Consultivos e Deliberativos, conforme a exigência de cada categoria e de acordo com
o SNUC, presididos pelos órgãos responsáveis por sua administração e constituídos por representantes de
órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e das populações tradicionais, quando couber.
26
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Unidades de
Conservação
da Natureza
no Estado de
São Paulo
Unidades de
Conservação
Diploma Área Aprox.
e outras Áreas UGRHI Municípios
Legal (ha)
Especialmente
Protegidas
DE nº 35.697/1992
2 EE de Assis 1.760,64 (17) Médio Paranapanema Assis
DE nº 47.097/2002
DE nº 43.193/1964
3 EE de Bananal 884,00 (2) Paraíba do Sul Bananal
DE nº 26.890/1987
DE nº 8.346/1976
5 EE dos Caetetus 2.178,84 (17) Médio Paranapanema Gália e Alvinlândia
DE nº 26.718/1987
DE nº 12.327/1976
6 EE de Chauás 2.699,60 (11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul Iguape
DE nº 26.719/1987
DE nº 33.261/1958
7 EE de Ibicatu 76,40 (10) Tietê/Sorocaba Piracicaba
DE nº 26.890/1987
DE nº 29.881/1957
8 EE de Itaberá 180,00 (14) Alto Paranapanema Itaberá
DE nº 26.890/1987
DE nº 21.363D/1952
9 EE de Itapeti 89,47 (6) Alto Tietê Mogi das Cruzes
DE nº 26.890/1987
DE nº 18.997/1982
12 EE de Jataí DE nº 20.809/1983 9.074,63 (9) Mogi-Guaçu Luís Antônio
DE nº 47.096/2002
DE nº 24.646/1986
(7) Baixada Santista
13 EE de Juréia-Itatins LE nº 5.649/1987 92.223,00 Peruíbe, Itariri, Miracatu e Iguape
(11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul
LE nº 12.406/2006
15 EE do Noroeste Paulista LE nº 8.316/1993 168,63 (15) Turvo/Grande São José do Rio Preto e Mirassol
27
CAPÍTULO 3
Unidades de
Conservação
Diploma Área Aprox.
e outras Áreas UGRHI Municípios
Legal (ha)
Especialmente
Protegidas
19 EE de Santa Bárbara DE nº 22.337/1984 4.371,97 (17) Médio Paranapanema Águas de Santa Bárbara
DE nº 38.957/1961
21 EE de São Carlos 75,26 (13) Tietê/Jacaré Brotas
DE nº 26.890/1987
EE Sebastião Aleixo da DE nº 38.424/1961
22 287,98 (16) Tietê/Batalha Bauru
Silva (Bauru) DE nº 26.890/1987
DE nº 45.967-D/1966
23 EE de Valinhos 16,94 (5) Piracicaba/ Capivari/Jundiaí Valinhos
DE nº 26.890/1987
DE nº 28.153/1957
24 EE de Xituê DE nº 24.151/1985 3.095,00 (14) Alto Paranapanema Ribeirão Grande
DE nº 26.890/1987
RB Experimental
3 DE nº 12.500/1942 470,40 (9) Mogi-Guaçu Mogi-Guaçu
Mogi-Guaçu
Parques Nacionais
DF nº 68.172/1971 104.000,00 (2) Paraiba do Sul Cunha, São José do Barreiro, Areias e Ubatuba,
1 PN Serra da Bocaina
DF nº 70.694/1972 (SP e RJ) (3) Lit. Norte no Est. de São Paulo
Parques Estaduais
DE nº 43.269/1998 Monte Castelo, Nova Independência, São João do Pau
1 PE Aguapeí 9.043,97 (20) Aguapeí
DE nº 44.730/2000 d’Alho, Castilho, Guaraçaí e Junqueirópolis
PE Alberto Löefgren
2 DE nº 335/1896 174,00 (6) Alto Tietê São Paulo
(Horto Florestal)
PE Assessoria da Reforma DE nº 51.988/1969
3 64,30 (5) Piracicaba/ Capivari/Jundiaí Valinhos e Campinas
Agrária (ARA) DE nº 928/1973
LE nº 8.873/1994
4 PE Campina do Encantado 2.359,50 (11) Ribeira de Iguape/ Lit. Sul Pariquera-Açu
LE nº 10.316/1999
DE nº 41.626/1963
6 PE da Cantareira 7.900,00 (6) Alto Tietê São Paulo, Caieiras, Mairiporã e Guarulhos
LE nº 10.228/1968
(11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul Sete Barras, Tapiraí, Capão Bonito e
7 PE Carlos Botelho DE nº 19.499/1982 37.644,00
(14) Alto Paranapanema São Miguel Arcanjo
8 PE Caverna do Diabo LE nº 12.810/2008 40.219,66 (11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul Eldorado, Iporanga, Barra do Turvo e Cajati
28
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Unidades de
Conservação
da Natureza
no Estado de
São Paulo
Unidades de
Conservação
Diploma Área Aprox.
e outras Áreas UGRHI Municípios
Legal (ha)
Especialmente
Protegidas
9 PE Chácara da Baronesa LE nº 10.861/2001 34,09 (6) Alto Tietê Santo André e São Bernardo do Campo
DE nº 52.281/1969
10 PE Fontes do Ipiranga 543,00 (6) Alto Tietê São Paulo e Diadema
LE nº 10.353/1969
11 PE Furnas do Bom Jesus DE nº 30.591/1989 2.069,06 (8) Sapucaí Mirim/ Grande Pedregulho
DE nº 40.135/1995
(11) Ribeira de Iguape/ Lit. Sul Iporanga, Eldorado, Sete Barras, Ribeirão Grande e
15 PE Intervales DE nº 4.293/1999 LE nº 41.704,00
(14) Alto Paranapanema Guapiara
10.850/2001
(7) Baixada Santista (11) Ribeira
16 PE Itinguçu LE nº 12.406/2006 8.148,00 Peruíbe e Iguape
de Iguape/Lit. Sul
DE nº 10.877/1939
17 PE Jaraguá 488,84 (6) Alto Tietê São Paulo e Osasco
DE nº 38.391/1961
DE nº 12.185/1978
19 PE Jurupará DE nº 35.703/1992 26.250,47 (11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul Ibiúna e Piedade
DE nº 35.704/1992
PE do Lagamar de
20 LE nº 12.810/2008 40.758,64 (11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul Cananéia e Jacupiranga
Cananéia
PE Mananciais de
21 DE nº 37.539/1993 502,96 (1) Mantiqueira Campos do Jordão
Campos do Jordão
PE Marinho da
22 DE nº 37.537/1993 5.000,00 (7) Baixada Santista Santos
Laje de Santos
DE nº 12.279/1941
23 PE Morro do Diabo DE nº 14.649/1979 34.441,08 (22) Pontal do Paranapanema Teodoro Sampaio
DE nº 25.342/1986
DE nº 29.181/1988
24 PE Nascentes do Tietê 134,75 (6) Alto Tietê Salesópolis e Paraibuna
DE nº 37.701/1993
DE nº 40.991/1962
25 PE Porto Ferreira 611,55 (9) Mogi-Guaçu Porto Ferreira
DE nº 26.891/1987
27 PE Rio do Peixe DE nº 47.095/2002 7.720,00 (21) Peixe Dracena, Ouro Verde, Piquerobi e Presidente Venceslau
28 PE do Rio Turvo LE nº 12.810/2008 73.893,87 (11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul Barra do Turvo, Cajati e Jacupiranga
29
CAPÍTULO 3
Unidades de
Conservação
Diploma Área Aprox.
e outras Áreas UGRHI Municípios
Legal (ha)
Especialmente
Protegidas
PE Turístico do Alto do DE nº 32.283/1958
30 35.712,00 (11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul Apiaí e Iporanga
Ribeira (PETAR) LE nº 5.973/1960
DE nº 52.546/1970
31 PE Vassununga 1.675,32 (9) Mogi-Guaçu Santa Rita do Passa Quatro
DE nº 52.720/1971
32 PE Xixová-Japuí DE nº 37.536/1993 901,00 (7) Baixada Santista Praia Grande e São Vicente
1 APA Estadual do Banhado LE nº 11.262/2002 9.100,00 (2) Paraíba do Sul São José dos Campos
30
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Unidades de
Conservação
da Natureza
no Estado de
São Paulo
Unidades de
Conservação
Diploma Área Aprox.
e outras Áreas UGRHI Municípios
Legal (ha)
Especialmente
Protegidas
LE nº 4.023/1984
DE nº 43.284/1998
(5)Piracicaba/ Capivari/Jundiaí
4 APA Cabreúva RSMA nº 45/2003 36.924,00 Indaiatuba, Salto, Cabreúva e Itú
(10) Tietê/Sorocaba
RSMA nº 02/2004
LE nº 12.289/2006
DE nº 20.956/1983
LE nº 4.105/1984
7 APA Campos do Jordão 28.800,00 (1) Mantiqueira Campos do Jordão
RSMA nº 42/2003
RSMA nº 03/2004
8 APA Haras São Bernardo LE nº 5.745/1987 34,09 (6) Alto Tietê Santo André e São Bernardo do Campo
(13) Tietê/Jacaré
9 APA Ibitinga LE nº 5.536/1987 64.900,00 Ibitinga
(16) Tietê/Batalha
DE nº 26.881/1987
10 APA Ilha Comprida DE nº 30.817/1989 18.200,00 (11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul Ilha Comprida
RSMA nº 32/2004
LE nº 10.100/1998
LE nº 11.579/2003 Ibiúna, São Roque, Piedade, Mairinque, Vargem Grande
11 APA Itupararanga 93.356,75 (10) Tietê/Sorocaba
RSMA nº 43/2003 Paulista, Alumínio, Votorantim e Cotia
RSMA nº 22/2004
LE nº 8.274/1993
12 APA Mata do Iguatemi 30,00 (6) Alto Tietê São Paulo
RSMA nº 29/2004
APA Morro de
13 LE nº 6.131/1988 1,93 (4) Pardo Ribeirão Preto
São Bento
LE nº 6.409/1989
APA Parque e Fazenda do
14 DE nº 37.678/1993 867,60 (6) Alto Tietê São Paulo
Carmo
RSMA nº 08/2004
Área I: Analândia, Corumbataí, Itirapina, Ipeúna e
Rio Claro. Área II: Campinas, Charqueada, Amparo,
APA Piracicaba e Juqueri- (5)Piracicaba/ Capivari/Jundiaí Bragança Paulista, Holambra, Jaguariúna, Joanópolis,
DE nº 26.882/1987
15 Mirim 387.926,00 (6) Alto Tietê Monte Alegre do Sul, Morungaba, Nazaré Paulista,
LE nº 7.438/1991
(áreas l e ll) (9) Mogi Guaçu Pedra Bela, Pedreira, Pinhalzinho, Piracaia, Santo
Antônio de Posse, Serra Negra, Socorro,Tuiuti, Vargem
e Mairiporã.
16 APA do Planalto do Turvo LE nº 12.810/2008 2.721,87 (11) Ribeira de Iguape/Lit.Sul Barra do Turvo e Cajati
31
CAPÍTULO 3
Unidades de
Conservação
Diploma Área Aprox.
e outras Áreas UGRHI Municípios
Legal (ha)
Especialmente
Protegidas
LE nº 11.262/2002
APA São
21 RSMA nº 30/2004 11.559,00 (2) Paraíba do Sul São José dos Campos
Francisco Xavier
RSMA nº 28/2006
DE nº 43.285/1998
22 APA Sapucaí-Mirim RSMA nº 42/2003 39.800,00 (1) Mantiqueira Santo Antônio do Pinhal e São Bento do Sapucaí
RSMA nº 03/2004
DE nº 22.717/1984
Barra do Turvo, Eldorado, Iporanga, Juquiá, Juquitiba,
DE nº 28.347/1988 (11) Ribeira de Iguape/Lit.Sul
23 APA da Serra do Mar 489.000,00 Miracatu, Pedro de Toledo, Sete Barras, Tapiraí, Capão
DE nº 28.348/1988 (14) Alto Paranapanema
Bonito e Ribeirão Grande
DE nº 43.651/1998
1 ARIE Buriti Vassununga DF nº 99.276/1990 149,87 (9) Mogi-Guaçu Santa Rita do Passa Quatro
ARIE da Ilha
2 DF nº 91.889/1985 400,00 (11) Ribeira de Iguape/ Lit.Sul Peruíbe
do Ameixal
ARIE Ilhas
3 Queimada Pequena e DF nº 91.887/1985 33,00 (7) Baixada Santista Itanhaém e Peruíbe
Queimada Grande
ARIE Mata de Santa
4 DF nº 91.855/1985 251,77 (5)Piracicaba/ Capivari/Jundiaí Campinas
Genebra
6 ARIE Pé-de-Gigante DF nº 99.275/1990 1.060,03 (9) Mogi-Guaçu Santa Rita do Passa Quatro
Florestas Nacionais - FN
1 FN Capão Bonito Portaria IBDF nº 558/1968 4.344,33 (14) Alto Paranapanema Capão Bonito e Bur.
2 FN Ipanema DF nº 530/1992 5.179,93 (10) Tietê/Sorocaba Iperó, Capela do Alto e Araçoiaba da Serra
32
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Unidades de
Conservação
da Natureza
no Estado de
São Paulo
Unidades de
Conservação
Diploma Área Aprox.
e outras Áreas UGRHI Municípios
Legal (ha)
Especialmente
Protegidas
Florestas Estaduais
1 FE Águas de Santa Bárbara DE nº 44.305/1964 3.979,88 (17) Médio Paranapanema Águas de Santa Bárbara
1 RESEX da Ilha do Tumba LE nº12.810/2008 1.128,26 (11) Ribeira de Iguape/ Lit. Sul Cananéia
2 RESEX Taquari LE nº12.810/2008 1.662,20 (11) Ribeira de Iguape/ Lit. Sul Cananéia
33
CAPÍTULO 3
Unidades de
Conservação
Diploma Área Aprox.
e outras Áreas UGRHI Municípios
Legal (ha)
Especialmente
Protegidas
RPPN Fazenda Agro-Pasto-
4 Portaria nº 102/99-N 60,91 (11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul Tapiraí
ril Gonçalves
RPPN Fazenda
5 Portaria nº 062/99-N 86,14 (2) Paraíba do Sul Cruzeiro
Bela Aurora
6 RPPN Fazenda Horii Portaria nº 108/99-N 34,40 (14) Alto Paranapanema Guapiara
RPPN Fazenda
9 Portaria nº 150/01 72,60 (10) Tietê/ Sorocaba Ibiúna
Meandros III
RPPN Fazenda Relógio
10 Portaria nº 56/02 111,44 (16) Tietê/Batalha Cafelândia
Queimado
RPPN Fazenda
11 Portaria nº 84/99-N 560,02 (2) Paraiba do Sul Santa Isabel
Rio dos Pilões
RPPN Fazenda
12 Portaria nº 57/01 40,97 (2) Paraíba do Sul São José dos Campos
San Michele
13 RPPN Fazenda Vista Bonita Portaria nº 38/04-N 1.069,10 (22) Pontal do Paranapanema Sandovalina
14 RPPN Floresta Negra Portaria nº 104/01 7,00 (10) Tietê/Sorocaba Araçoiaba da Serra
RPPN Morro do
15 Portaria nº 087/99 22,80 (3) Litora Norte Ubatuba
Curussu Mirim
16 RPPN Parque dos Pássaros Portaria nº 60/02 174,90 (5)Piracicaba/ Capivari/Jundiaí Bragança Paulista
RPPN Parque
17 Portaria nº 120/02-N 187,63 (9) Mogi-Guaçu Mogi-Mirim e Mogi-Guaçu
São Marcelo
RPPN Reserva Ecológica
18 Portaria nº 19/00 142,88 (13) Tietê/Jacaré Jaú
Amadeu Botelho
19 RPPN Rizzieri Portaria nº 05/03-N 12,82 (3) Litoral Norte São Sebastião
20 RPPN Sítio Capuavinha Portaria nº 31/01 5,00 (6) Alto Tietê Mairiporã
21 RPPN Sítio Curucutu Portaria nº 102/95-N 10,89 (6) Alto Tietê São Paulo
RPPN Sítio
22 Portaria nº 116/94-N 8,70 (2) Paraíba do Sul Monteiro Lobato
do Cantoneiro
23 RPPN Sítio do Jacu Portaria nº 52/01 1,59 (3) Litoral Norte Caraguatatuba
26 RPPN Sítio Ryan Portaria nº 112/93-N 19,47 (6) Alto Tietê Itapevi
34
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Unidades de
Conservação
da Natureza
no Estado de
São Paulo
Unidades de
Conservação
Diploma Área Aprox.
e outras Áreas UGRHI Municípios
Legal (ha)
Especialmente
Protegidas
29 RPPN Voturuna II Portaria nº 123/94-N 58,45 (6) Alto Tietê Santana do Parnaíba
30 RPPN Voturuna V Portaria nº 113/94-N 56,85 (6) Alto Tiête Pirapora do Bom Jesus
33 RPPN Vale do Corisco Portaria nº 83/99-N 137,90 (14) Alto Paranapanema Itararé
6 RDS dos Pinheirinhos LE nº 12.810/2008 1.531,09 (11) Ribeira de Iguape/Lit.Sul Barra do Turvo
Reservas da Biosfera
Integra parte de 16 estados que se estendem do Ceará
Reserva da Biosfera da Reconhecida pela UNESCO cerca de ao Rio Grande do Sul, além de Minas Gerais e Mato
1
Mata Atlântica entre 1991 e 2002 35.000.000,00 Grosso do Sul. No Estado de São Paulo abrange parte de
113 municípios. Encontra-se em fase de ampliação.
Reserva da Biosfera do
Reconhecida pela UNESCO cerca de 73 municípios. Integra a Reserva da Biosfera da Mata
2 Cinturão Verde da Cidade
no ano de 1994 1.540.032,00 Atlântica. Encontra-se em fase de ampliação.
de São Paulo
35
CAPÍTULO 3
Unidades de
Conservação
Diploma Área Aprox.
e outras Áreas UGRHI Municípios
Legal (ha)
Especialmente
Protegidas
1 ASPE da Juréia Portaria Federal nº 186/1986 5.758,00 (11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul Iguape
4 ASPE do Costão do Navio RSMA s/n de 10/02/1987 199,30 (3) Litoral Norte São Sebastião
5 ASPE da Roseira Velha RSMA s/n de 06/03/1987 84,70 (2) Paraíba do Sul Roseira
Reservas Estaduais
36
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Unidades de
Conservação
da Natureza
no Estado de
São Paulo
Unidades de
Conservação
Diploma Área Aprox.
e outras Áreas UGRHI Municípios
Legal (ha)
Especialmente
Protegidas
1 ANT Bosque dos Jequitibás RSC s/n de 09/04/1970 Indefinida (5)Piracicaba/ Capivari/Jundiaí Campinas
2 ANT Caminho do Mar RSC s/n de 11/08/1972 Indefinida (7) Baixada Santista Cubatão
3 ANT Chácara Tangará RSC nº 10/1994 Indefinida (6) Alto Tietê São Paulo
5 ANT Haras São Bernardo RSC nº 08/1990 34,04 (6) Alto Tietê Santo André e São Bernardo do Campo.
8 ANT Jardim da Luz RSC nº 31/1981 11,34 (6) Alto Tietê São Paulo
9 ANT Maciço da Juréia RSC nº 11/1979 4.500,00 (11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul Iguape
10 ANT Morro do Botelho RSC nº 15/1984 16,78 (7) Baixada Santista Guarujá
12 ANT Nascentes do Tiête RSC nº 06/1990 4.800,00 (6) Alto Tietê Salesópolis e Paraibuna
14 ANT Parque da Aclimação RSC nº 42/1986 11,87 (6) Alto Tietê São Paulo
17 ANT Pedreira de Varvitos RSC s/n de 18/03/74 0,72 (10) Tietê/Sorocaba Itu
18 ANT Parque das Monções RSC s/n de 20/03/72 0,18 (10) Tietê/Sorocaba Porto Feliz
19 ANT Parque do Ibirapuera RSC nº 01/1992 15,84 (6) Alto Tietê São Paulo
37
CAPÍTULO 3
Unidades de
Conservação
Diploma Área Aprox.
e outras Áreas UGRHI Municípios
Legal (ha)
Especialmente
Protegidas
25 ANT Serra de Boturuna RSC nº 17/1983 1.042,00 (6) Alto Tietê Santana do Parnaiba e Pirapora do Bom Jesus
26 ANT Serra do Guararu RSC nº 48/1992 1.983,99 (7) Baixada Santista Guarujá
(5)Piracicaba/ Capivari/Jundiaí
ANT Serra do Japi, Guaxin-
27 RSC nº 11/1983 19.709,00 (6) Alto Tietê Jundiaí, Pirapora do Bom Jesus e Cabreúva
duva e Jaguacoara
(10) Tietê/Sorocaba
Cunha, Natividade da Serra, Paraibuna, Caraguatatuba,
Ilhabela, São Sebastião, Ubatuba, Biritiba-Mirim,
(2 )Paraíba do Sul Embu-Guaçu, Mogi das Cruzes, Rio Grande da Serra,
(3) Lit. Norte Salesópolis, Santo André, São Bernardo do Campo,
(6) Alto Tietê São Paulo, Bertioga, Cubatão, Itanhaém, Monguaguá,
ANT Serra do Mar e
28 RSC nº 40/1985 1.300.000,00 (7) Baixada Santista Peruíbe, Praia Grande, Santos, São Vicente, Ibiúna, Pie-
Paranapiacaba
(10) Tietê/Sorocaba dade, Apiaí, Barra do Turvo, Cajati, Cananéia, Eldorado,
(11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul Iguape, Ilha Comprida, Iporanga, Itariri, Jacupiranga,
(14) Alto Paranapanema Juquiá, Juquitiba, Miracatu, Pedro de Toledo, Sete
Barras; Tapiraí, Capão Bonito, Guapiara, Pilar do Sul,
Ribeirão Grande e São Miguel Arcanjo
29 ANT Vale do Quilombo RSC nº 60/1988 1.323,00 (7) Baixada Santista Santos
Unidades de Produção
38
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Unidades de
Conservação
da Natureza
no Estado de
São Paulo
Unidades de
Conservação
Diploma Área Aprox.
e outras Áreas UGRHI Municípios
Legal (ha)
Especialmente
Protegidas
EEx João José Galhardo DLE nº 13.812/1944 DE
11 442,09 (17) Médio Paranapanema Paraguaçu-Paulista
(Paraguaçu-Paulista) nº 40.989/1962
DE nº 12.500/1942
14 EEx de Mogi-Guaçu 2.706,28 (9) Mogi-Guaçu Mogi-Guaçu
DE de 17/08/1970
3 HF de Oliveira Coutinho Termo de Guarda - 30/10/81 12,41 (17) Médio Paranapanema Avaré
6 HF Santa Ernestina Termo de Guarda - 30/10/81 69,70 (16) Tietê/Batalha Santa Ernestina
Siglas:
DE - Decreto Estadual
DF - Decreto Federal
DLE - Decreto - Lei Estadual
LE - Lei Estadual
RSMA - Resolução da Secretaria do Meio Ambiente
RSC - Resolução da Secretaria da Cultura
UNESCO - Organização Educacional, Científica e Cultural das Nações Unidas
UGRHI - Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos
Fonte: Atlas das Unidades de Conservação Ambiental do Estado de São Paulo, 2001; Áreas Especialmente Protegidas - Coletânea de Leis, São Paulo, Secretaria de Estado do Meio Ambiente,
CPLEA, 2006. Documentos legais de criação das Unidades de Conservação da Natureza. Órgãos gestores das áreas protegidas.
39
CAPÍTULO 3
Para resguardar as áreas naturais protegidas, várias ações estão em curso visando melhorar e aprimorar
sua proteção e efetivar sua implementação. Assim, um dos Projetos Ambientais Estratégicos da Secre-
taria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo é a Gestão das Unidades de Conservação.
Determina a legislação em vigor (Lei Federal n° 9.985) que o principal instrumento de gestão des-
sas UCs é o plano de manejo, definido como “documento técnico mediante o qual, com fundamento
nos objetivos gerais de uma Unidade de Conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas
que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das es-
truturas físicas necessárias à gestão da unidade”. O plano deve incluir a área de abrangência da UC,
sua zona de amortecimento e os corredores ecológicos, e também medidas voltadas a promover sua
integração à vida econômica e social das comunidades vizinhas.
Em 29 de dezembro de 2006 o governo paulista editou o Decreto Estadual n° 51.453, criando o
Sistema Estadual de Florestas – SIEFLOR, visando a melhor eficácia na gestão das florestas públicas e
outras áreas naturais protegidas, em face da extrema importância da conservação da Mata Atlântica,
tida como patrimônio estadual e nacional, do Cerrado e de outras formações vegetais naturais do esta-
do, bem como sua fauna associada. O SIEFLOR passa a ser composto pelas Unidades de Conservação
de proteção integral, pelas florestas estaduais, estações experimentais, hortos e viveiros florestais, e
outras áreas naturais protegidas, que tenham sido ou venham a ser criadas pelo Estado de São Paulo.
Os órgãos executores do SIEFLOR passaram a ser a Fundação para a Conservação e a Produção
Florestal do Estado de São Paulo (Fundação Florestal), uma entidade da administração indireta, junta-
mente com o Instituto Florestal (IF). A partir dessa atribuição, a Fundação Florestal, responsável pela
gestão da maior parte das UCs do estado, está se estruturando para elaborar os respectivos planos de
manejo, em conjunto com o Instituto Florestal, que é o responsável pela geração do conhecimento
científico. O SIEFLOR é gerido pela Secretaria do Meio Ambiente e sua implementação é acompanha-
da pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (CONSEMA).
O plano de manejo das Unidades de Conservação de Proteção Integral é baseado no Roteiro
Metodológico de Planejamento elaborado pelo IBAMA e visa o desenvolvimento dos seguintes pro-
gramas: Proteção, Interação Sócio-Ambiental, Pesquisa, Gestão Organizacional e, quando couberem,
os Programas de Uso Público, Regularização Fundiária, Manejo de Recursos Naturais e do Patrimônio
Histórico-Cultural. Todos esses programas, cuja denominação e atividades podem sofrer pequenas
variações, abrangem a rotina da gestão das UCs e requerem ações e investimentos contínuos, sempre
voltados à conservação do patrimônio público natural e histórico-cultural protegido pelas UCs e ao
atendimento dos diferentes públicos que utilizam esses espaços.
As UCs de uso sustentável compreendem um universo de áreas protegidas com objetivos muito
diferenciados. Para a sua gestão a Fundação Florestal coordena o Programa de Apoio às Reservas Par-
ticulares de Patrimônio Natural (RPPNs) do Estado de São Paulo (Decreto Estadual n° 51.150/2006)
40
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Unidades de
Conservação
da Natureza
no Estado de
São Paulo
e está estruturando um Programa de Gestão de Áreas de Proteção Ambiental (APAs), com vistas à
implantação de estratégias políticas e gerenciais e ao ordenamento dos múltiplos usos e diferentes
atores e agentes envolvidos.
Caberá igualmente à Fundação Florestal juntamente com o Instituto Florestal implementar o
plano de manejo florestal sustentado, conhecido como Plano de Produção Sustentada – PPS, a partir
do manejo florestal e aproveitamento de produtos e subprodutos de plantios homogêneos de espé-
cies madeireiras, aplicado nas Florestas Estaduais e Estações Experimentais. Estas áreas constituem
importante foco de pesquisa genética, de pesquisa em manejo florestal e de recursos econômicos,
representando a sustentabilidade de todo o SIEFLOR, principalmente o suporte às Unidades de Con-
servação de Proteção Integral.
Dada a complexidade do tema referente às áreas naturais protegidas, é preciso ainda buscar
modelos e intervenções mais abrangentes e eficazes, voltados para a reavaliação e aprimoramento da
legislação ambiental vigente, com aplicação de novos conceitos na administração das áreas naturais
protegidas, tendo como diretrizes, parâmetros de conservação internacionais.
As UCs necessitam mais do que normatização específica: carecem de legitimidade perante à
sociedade brasileira. O governo estadual busca esse objetivo ampliando os instrumentos de gestão
participativa e buscando novas formas de alocar recursos financeiros e humanos, para assegurar a re-
presentatividade e a proteção dos diversos ecossistemas, nessas Unidades de Conservação.
A cartografia da conservação no Estado de São Paulo revela que as UCs e outras áreas naturais sob pro-
teção legal, concentram-se em determinadas regiões, muitas delas sobrepondo-se entre si, compondo
um intrincado sistema de diferentes modalidades de proteção e instâncias de administração.
Ao longo da zona costeira (adentrando as Serras do Mar, da Bocaina, de Paranapiacaba e da Manti-
queira, seguindo a direção NE-SW) há uma concentração de áreas naturais de Proteção Integral sobrepon-
do-se a outras modalidades de conservação, compondo um mosaico (corredor) de unidades que protegem
a Mata Atlântica litorânea (Floresta Ombrófila Densa e a Floresta Ombrófila Mista). Neste corredor, que se
estende desde a divisa de São Paulo com os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná, está pre-
servada a maior extensão da Mata Atlântica e ecossistemas associados do país, apresentando alto grau de
endemismos e constituindo uma das regiões de maior biodiversidade vegetal e animal do Planeta.
Ao centro do território estadual, principalmente na paisagem das Cuestas Basálticas e na Depres-
são Periférica, predominam algumas UCs de uso sustentável de grande extensão, constituídas sobretu-
do por APAs, que pressupõem uma gestão compartilhada entre poder público e sociedade civil.
Já em terras do Planalto Ocidental, pulverizadas em pequenos fragmentos, subsistem UCs de
dimensões reduzidas, com vegetação de Cerrado (Savana) e da Mata Atlântica do interior (Floresta Es-
41
CAPÍTULO 3
tacional Semidecidual e Decidual). Esses biomas, especialmente o Cerrado, são os mais ameaçados e
sem proteção efetiva do Estado, requerendo cuidadosa atenção do planejamento para a conservação.
Excetuando-se essas áreas, deparamo-nos com a existência de “vazios”, onde alguns fragmentos
detêm ainda parcelas expressivas de importantes ecossistemas, mas não estão sob a tutela da conserva-
ção ambiental, comprometendo sua integridade e mesmo sua existência. Constata-se também que há
possibilidades de conexão de algumas UCs e outros fragmentos florestais, incorporando novas frontei-
ras, com a inserção de significativas áreas detentoras de alto potencial para a conservação, viabilizan-
do a manutenção de continua ecológicos e corredores biológicos.
Merecem igualmente atenção e cuidados para integrar medidas de proteção as áreas marinhas e
ambientes insulares, assim como as áreas litorâneas e zonas de interface entre esses ecossistemas (tran-
sição de águas doces e marinhas), pois constituem berçários naturais, utilizados por espécies juvenis
para desova e crescimento. Ainda requerem muitos estudos técnico-científicos os ambientes cársticos,
que abrigam patrimônio espeleológico e biótico único, e as espécies diretamente relacionadas à dinâ-
mica florestal, a fim de aprimorar a estratégia de conservação ainda incipiente no estado.
Esse quadro revela que o sistema de UCs não protege de maneira satisfatória a totalidade dos
ecossistemas existentes dentro de seus domínios, e que ainda existem ambientes sem nenhum status
de proteção. Parâmetros advindos de instituições internacionais de conservação indicam que os países
deveriam proteger um mínimo de 10% do território de cada província biogeográfica, e o nosso país,
inclusive o Estado de São Paulo, está longe da proteção ideal.
Assim é de extrema importância adotar medidas de precaução em áreas com indicativos de elevada
sensibilidade ambiental e sob ameaça, de modo a resguardar estes ambientes para a futura criação de
UCs, ampliando o SNUC nas áreas prioritárias para a restauração e conservação da biodiversidade.
Literatura citada
Atlas das Unidades de Conservação Ambiental do Estado de São Paulo. 2001. Secretaria de Estado do Meio Ambien-
te, São Paulo.
Áreas Especialmente Protegidas - Coletânea de Leis. 2006. Secretaria de Estado do Meio Ambiente, São Paulo.
Relatório de Qualidade Ambiental do Estado de São Paulo. 2007. Secretaria de Estado do Meio Ambiente, São Paulo.
42
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Unidades de
Conservação
da Natureza
no Estado de
São Paulo
43
Carlos A. Joly
Lílian Casatti
Maria Cecília Wey de Brito
Naércio A. Menezes
Ricardo R. Rodrigues
Vanderlan S. Bolzani
capítulo Histórico
4
do Programa
BIOTA/FAPESP -
O Instituto
Virtual da
Biodiversidade
CAPÍTULO 4 Histórico do Programa BIOTA/FAPESP
A aprovação, no decorrer da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvi-
mento/CNUMAD, ou ECO-92, realizada no Rio de Janeiro, em junho de 1992, de documentos
que preconizam o uso sustentável dos recursos naturais e definem um novo modelo de desenvolvi-
mento, representou um significativo avanço para a conservação da biodiversidade do planeta. O Brasil
liderou a subscrição de tais documentos no decorrer da ECO-92, tendo obtido o apoio de cerca de 160
países. Em fevereiro de 1994, o Congresso Nacional ratificou a Convenção da Biodiversidade.
As medidas para a implantação dos preceitos preconizados pela Agenda 21 e pela Convenção
sobre a Diversidade Biológica pecam, entretanto, de uma maneira geral, pelo distanciamento entre
os órgãos que as propõem e/ou administram e os pesquisadores que detêm, e continuam a gerar, as
informações científicas e técnicas de alta qualidade. Por outro lado, ninguém ignora o valor da diver-
sidade biológica, tanto no âmbito biológico e científico quanto no âmbito econômico e cultural. Além
de ser a base das atividades agropecuárias, florestais e pesqueiras, a biodiversidade é o sustentáculo
do desenvolvimento biotecnológico, uma área indiscutivelmente estratégica. O crescimento explosivo
da população humana, agravado pelo aumento de nossa capacidade de alterar o meio ambiente, está
acelerando o processo de degradação biótica e, conseqüentemente, a taxa de extinção de espécies.
Em um primeiro momento, a definição de prioridades para a conservação da diversidade biológica
ocorreu no plano mundial, elegendo-se os ecossistemas mais ameaçados, como, por exemplo, as flo-
restas tropicais. O sucesso desta estratégia depende agora de uma ênfase na definição de prioridades
de âmbito nacional, regional e local.
O Brasil é, reconhecidamente, o país com a maior diversidade biológica, abrigando entre 15 e 20%
do número total de espécies do planeta. A dimensão exata desta riqueza, provavelmente, jamais será
conhecida, dadas as dimensões continentais do país, a extensão de sua plataforma marinha e a complexi-
dade de nossos ecossistemas. Parte considerável deste patrimônio foi, e continua sendo, perdida de forma
irreversível, antes mesmo de ser conhecida, em função, principalmente, da fragmentação de habitats, da
exploração excessiva dos recursos naturais e da contaminação do solo, das águas e da atmosfera.
No Estado de São Paulo, este processo já atingiu índices alarmantes, pois a cobertura florestal
primitiva, que chegou a ocupar mais de 80% de seu território, está hoje reduzida a cerca de 13%. O
uso de técnicas modernas de monitoramento revelou que, mesmo com o aprimoramento da legislação
ambiental e de seus mecanismos de fiscalização, a taxa de destruição ainda é muito elevada.
Em função de sua posição geográfica, na transição entre a região tropical e a região subtropical, e
de seu relevo, a biodiversidade do Estado de São Paulo está entre as mais elevadas do país. Entretanto,
ao longo do processo de desenvolvimento econômico, grande parte desta riqueza foi destruída. Na
época do descobrimento os dois principais biomas do Estado, Mata Atlântica sensu lato (JOLY et al.
1999) e o Cerrado (CAVALCANTI; JOLY, 2002) recobriam, respectivamente, 83% (VICTOR, 1975) e
14% (KRONKA et al. 1998) da superfície do estado.
Da Mata Atlântica restam hoje cerca de 12% da cobertura original e somente na fachada da Ser-
ra do Mar e no Vale do Ribeira há remanescentes significativos da vegetação original. No interior do
46
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Histórico
do Programa
BIOTA/FAPESP
- O Instituto
Virtual da
estado, em função particularmente da expansão da cafeicultura, no período que se inicia em 1810 e Biodiversidade
se estende até meados do século passado, os remanescentes de mata nativa estão extremamente frag-
mentados (KRONKA et al. 2005).
Apesar de mais recente, a destruição do Cerrado ocorreu num ritmo avassalador, com uma destruição
de 90% de sua área entre o início da década de 1960 e o final do século. A década de 1970 foi o período
mais crítico, com a expansão da cana em decorrência do Pro-Álcool, seguida pela expansão da citricultura
na década seguinte. Como conseqüência, da área original restam hoje somente 230 mil hectares, pulveri-
zados em 8.300 fragmentos, mais de 4.000 deles com menos do que 10 ha, e somente 47 com uma área
superior a 400 ha (KRONKA et al, 1998; KRONKA et al. 2005). A extrema fragmentação dos habitats é um
dos principais problemas para a conservação dos Biomas e das espécies que neles habitam.
A importância destes dois biomas, Mata Atlântica e Cerrado, em termos de conservação da biodi-
versidade fica evidente com a inclusão de ambos na lista dos hotspots (MYERS et al, 2000).
O maior problema para que pesquisadores e formuladores de políticas públicas utilizem as infor-
mações científicas disponíveis sobre a biodiversidade, é que estas informações estão sempre dispersas
e fragmentadas em centenas de trabalhos e publicações, muitas vezes em fontes de difícil acesso (teses,
dissertações, monografias) e na maioria das vezes em formato que praticamente inviabiliza a aplicação
direta. Conseqüentemente, além de representarem uma pequena parcela deste vasto universo, o acer-
vo de dados disponíveis ainda é subutilizado.
O desafio, nesta área estratégica para o país, seria o desenvolvimento de um sistema de infor-
mação ambiental que permitisse, concomitantemente: a) aumentar o conhecimento acadêmico sobre
a biodiversidade; b) estabelecer mecanismos e estratégias para utilizar este patrimônio de forma sus-
tentável e; c) aperfeiçoar o conjunto de políticas públicas de forma a assegurar a implementação das
premissas preconizadas pela Convenção sobre a Diversidade Biológica.
Em janeiro de 1995, a Secretaria de Meio Ambiente/SMA do governo do Estado de São Paulo, sob
o comando de Fábio Feldman, adotou a Agenda 21 como seu documento de planejamento estratégico.
De imediato, visando a implementação dos compromissos assumidos pelo país ao assinar e ratificar
a Convenção sobre a Diversidade Biológica (http://www.biodiv.org) e a Convenção Quadro de Mu-
danças Climáticas (http://unfccc.int/), a SMA criou e implantou o Programa Estadual para Conservação
e Uso Sustentável da Biodiversidade (PROBIO-SP) e o Programa Estadual de Mudanças Climáticas
(PROCLIMA-SP). Estes programas transversais, que reuniam todos os setores da SMA, tinham como
objetivo traduzir em normas/resoluções/decretos/leis as informações científicas disponíveis no estado
e promover uma articulação da SMA com a comunidade científica visando suprir, através da pesquisa,
as lacunas de conhecimento existentes.
O Workshop Bases para Conservação e Uso Sustentável das Áreas de Cerrado do Estado de
São Paulo, que resultou na Resolução SMA nº 55, de 13 de outubro de 1995, e o Decreto Estadual nº
42.838, publicado em 4 de fevereiro de 1998, com a Lista das Espécies da Fauna Silvestre Ameaçadas
de Extinção, são dois bons exemplos dos resultados obtidos pelo PROBIO-SP no aperfeiçoamento das
47
CAPÍTULO 4
48
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Histórico
do Programa
BIOTA/FAPESP
- O Instituto
Virtual da
versidade do Estado de São Paulo. Após uma intensa e produtiva troca de opiniões através da lista de Biodiversidade
discussão, os pesquisadores convidados para a elaboração dos diagnósticos e das listas de espécies que
ocorrem no Estado de São Paulo, concordaram com a disponibilização eletrônica das versões prelimi-
nares dos respectivos trabalhos, através da homepage.
A estrutura do workshop, com os participantes trabalhando inicialmente em Grupos Temáticos,
posteriormente reagrupando-se em Grupos Geográficos e, finalmente, de novo reagrupando-se em
Grupos Temáticos, permitiu um elevado grau de integração e de consenso em relação às necessidades
básicas para a implantação do BIOTASP. O fato de todos os participantes terem recebido e/ou acessado,
via Internet, as revisões preparadas para o workshop, terem participado da troca de idéias através da
lista de discussão e terem assistido as apresentações feitas pelos especialistas em conservação convi-
dados do exterior, contribuiu muito para o amadurecimento das discussões e para a concretização das
decisões tomadas no Workshop realizado em Serra Negra em dezembro de 1999.
Essa mesma integração e a troca de informações sobre as peculiaridades de cada grupo taxonômico
permitiram que, nas sessões plenárias, as discussões fossem concentradas nas linhas gerais de um programa
de pesquisas voltado para a conservação da biodiversidade como um todo. A apresentação de relatórios de
cada grupo taxonômico em reuniões plenárias permitiu uma discussão conjunta dos tópicos mais relevan-
tes em cada etapa e preparou os pesquisadores para as discussões nos grupos temáticos. As conclusões do
workshop foram, portanto, uma síntese dos pontos principais aprovados em cada sessão plenária.
Dentre as resoluções mais significativas, destaca-se a de estimular a divulgação imediata, via
Internet, das listas já existentes de espécies amostradas na Biota do Estado de São Paulo, mesmo que
incompletas e sujeitas a correções. Esta disponibilidade foi considerada uma ferramenta essencial para
o livre intercâmbio de informações, divulgação do conhecimento científico acumulado até o momento
e estímulo à pesquisa. No entanto, a decisão final quanto à disponibilização on line era sempre do(s)
pesquisador(es) que detinha (m) as informações.
Outro aspecto fundamental foi o consenso sobre a necessidade do uso do Sistema de Posiciona-
mento Global (GPS, sigla em inglês) e de uma ficha padrão de coleta, com um conjunto de dados obri-
gatórios e idênticos para todos os grupos taxonômicos, acrescentando-se um conjunto de informações
complementares específicas para cada grupo de organismos.
Na plenária final da reunião de Serra Negra, os pesquisadores, o então diretor científico da FA-
PESP, Dr. José Fernando Perez e o grupo de coordenação do BIOTASP concluíram que a melhor forma
de implementar as decisões do workshop seria elaborar um conjunto de Projetos Temáticos articulados.
A articulação pressupunha que os projetos deveriam ter premissas e objetivos em comum, bem como o
maior entrelaçamento possível. Entretanto, considerando que todos os projetos passariam pela avalia-
ção da assessoria da FAPESP, era imprescindível que cada projeto fosse independente dos outros, de tal
forma que a não aprovação de um projeto não comprometesse a articulação dos demais.
A reunião plenária delegou ao Grupo de Coordenação do BIOTASP, a tarefa de garantir a articula-
ção entre os projetos, estabelecendo-se um cronograma de etapas a serem cumpridas até 15 de dezem-
49
CAPÍTULO 4
bro de 1997. Em atenção a este cronograma, todos os interessados em apresentar propostas no âmbito
do BIOTASP encaminhariam ao Coordenador do GC, até 30 de setembro de 1997, um resumo de seu
projeto, contendo: título, objetivos, vínculo com os objetivos do BIOTASP, aprovados no workshop de
Serra Negra, área geográfica e equipe. Os 25 resumos enviados foram disponibilizados através da ho-
mepage e encaminhados, eletronicamente, a todos os membros do GC para análise e sugestões. Desta
forma, todos os interessados puderam ter acesso ao conjunto de propostas, permitindo que cada pes-
quisador identificasse as possibilidades de entrosamento entre sua pesquisa e as demais apresentadas
nos projetos disponibilizados.
Após uma análise individual de cada projeto e do conjunto como um todo, o GC se reuniu com o di-
retor científico da FAPESP para discutir o conjunto de propostas à luz das possibilidades e das exigências da
FAPESP. Nesta reunião, realizada na sala do conselho superior da FAPESP, em 14 de outubro de 1997, foram
estabelecidas as exigências do BIOTASP e dos pré-projetos a serem avaliados por assessores internacionais.
Os resultados da reunião, bem como as sugestões de encaminhamento para cada proposta, foram enviados
aos proponentes. Nos pareceres, o GC sugeriu, reformulações do escopo e ampliação da equipe, em alguns
casos, e fusão de propostas. No sentido de ampliar as possibilidades de integração entre os diversos proje-
tos, a Coordenação convidou todos os proponentes para uma reunião de apresentação das propostas. Nesta
reunião, todos os coordenadores tiveram a oportunidade de apresentar seu projeto, o que proporcionou
uma identificação imediata dos pontos de intersecção entre as diversas propostas.
De acordo com a decisão do Grupo de Coordenação e da Diretoria Científica da FAPESP, os co-
ordenadores enviariam ao GC do BIOTASP resumo do projeto (explicitando claramente os objetivos, a
inserção da proposta no BIOTASP, a metodologia e um esboço do orçamento) de, no máximo, 10 pági-
nas, até 1 de dezembro de 1997. De posse destes resumos, o GC elaborou um documento que apresen-
tava, simultaneamente, o BIOTASP para o assessor internacional e indicava a inserção de cada projeto
no programa. Este material foi, então, encaminhado em 15 de dezembro de 1997 à FAPESP, que se
encarregou de contatar as assessorias internacionais e encaminhar-lhes os projetos para análise.
Desde o início do processo, ficou claro que, nesta etapa, os pareceres da assessoria internacional
seriam meramente indicativos, com críticas e sugestões a serem incorporadas à proposta definitiva do
Projeto Temático. A maioria (14) dos 19 pré-projetos apresentados recebeu, pelo menos, um parecer do
exterior e alguns (5) receberam dois pareceres. Cerca de 90% dos pareceres recebidos consideraram o
BIOTASP projeto específico de alta qualidade.
A penúltima etapa deste processo foi concluída em 7 de maio de 1998, quando 16 Projetos
Temáticos articulados foram formalmente protocolados na FAPESP. Dois projetos, que tiveram proble-
mas com o prazo, foram entregues em 15 de junho. Portanto, dos 19 pré-projetos, 18 completaram
todas as formalidades exigidas pela FAPESP e pelo GC do BIOTASP. Estes projetos envolviam cerca de
140 pesquisadores doutores, 10 pós-doutorandos, 60 doutorandos, 50 mestrandos e 30 Bolsistas de
Iniciação Científica vinculados às diversas instituições de pesquisa nacionais ou estaduais e algumas
Organizações Não Governamentais.
50
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Histórico
do Programa
BIOTA/FAPESP
- O Instituto
Virtual da
Em fevereiro de 1999, o Conselho Superior da FAPESP aprovou a criação do Programa BIOTA/ Biodiversidade
51
CAPÍTULO 4
Como as coordenadas geográficas, obtidas com GPS, é um campo obrigatório da Ficha de Coleta
Padrão, é possível conectar o banco de dados de informações textuais com o mapa digital, permitindo a
visualização on the fly da distribuição espacial das espécies cadastradas no sistema. O sistema permite
que o usuário construa e imprima um mapa com as ocorrências de espécies que desejar.
Solucionada a questão da padronização das coletas feitas a partir da criação do Programa BIOTA/
FAPESP, restava solucionar a questão do acervo de dados pretéritos depositados em coleções bioló-
gicas. Neste sentido o Programa BIOTA/FAPESP estimulou o desenvolvimento do Projeto Sistema de
Informação Distribuído para Coleções Biológicas (http://splink.cria.org.br/) que interligou dezenas de
coleções biológicas de diferentes temas, já tendo informatizado e disponibilizado aproximadamente
dois milhões de registros dessas coleções, prevendo ainda a repatriação de dados de subcoleções es-
pecíficas fora do Estado de São Paulo (no Brasil e no exterior).
Complementando este conjunto de ferramentas, em 2001 o Programa BIOTA/FAPESP lançou uma
revista científica on line only BIOTA NEOTROPICA (www.biotaneotropica.org.br), que publica os re-
sultados de projetos de pesquisa, associados ou não ao Programa, relevantes para a caracterização, a
conservação, restauração e o uso sustentável da biodiversidade na região Neotropical.
Finalmente, em junho de 2003 o Programa BIOTA/FAPESP lançou a Rede Biota de Bioprospec-
ção e Bioensaios, denominada de BIOprospecTA (http://www.bioprospecta.org.br), com o objetivo
de ampliar para toda biota do Estado de São Paulo o sucesso obtido pelo projeto temático sobre bio-
prospecção de plantas da Mata Atlântica e do Cerrado desenvolvido no âmbito do Programa. Com o
BIOprospecTA o Programa BIOTA/FAPESP pretende ampliar o foco, tanto em termos de organismos
estudados como para os bioensaios utilizados. A meta é integrar todos os grupos de pesquisa do Esta-
do de São Paulo que atuam direta ou indiretamente, com a prospecção de novas moléculas bioativas
oriundas de microrganismos, fungos macroscópicos, plantas, invertebrados (inclusive marinhos) e
vertebrados.
Em termos de plantas, por exemplo, o objetivo é fazer uma varredura das 8.000 espécies de fane-
rógamas que, segundo estimativas do Projeto Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, ocorrem no
Estado de São Paulo. Ao fugir do padrão tradicional de programas de bioprospecção, que em termos
de flora geralmente pesquisam as plantas medicinais conhecidas por populações indígenas ou tradicio-
nais, o BIOprospecTA amplia significativamente seu universo de pesquisa.
Com a implantação do BIOprospecTA o Programa BIOTA/FAPESP deu um passo importante para
viabilizar a conservação da biodiversidade do Estado de São Paulo. Pois, através da bioprospecção, o
Programa almeja gerar os recursos provenientes de licenciamneto e royalties e contribuir para a criação
dos mecanismos econômicos necessários para financiar a manutenção e ampliação da infra-estrutura
para conservação in situ (parques, reservas, etc...), ex situ (museus, herbários, coleções de microrganis-
mos, etc...), bem como de programas de pesquisa em conservação e uso sustentável da biodiversidade.
Seria o tão falado, e pouco praticado, uso sustentável da biodiversidade, este fantástico patrimônio
natural que herdamos e queremos preservar para as gerações futuras.
52
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Histórico
do Programa
BIOTA/FAPESP
- O Instituto
Virtual da
Os anos seguintes foram marcados pelo fortalecimento e consolidação do Programa BIOTA/FA- Biodiversidade
PESP, através do esforço dos pesquisadores e instituições que dele participam. Ficando claro, nos úl-
timos dois anos, que o banco de dados do programa BIOTA, gerado com fins científicos, pode e deve
sustentar a adequação das políticas públicas estaduais para conservação, restauração e uso sustentável
da biodiversidade paulista. O fortalecimento institucional do programa foi resultante do grande esforço
da comunidade BIOTA que, efetivamente contribuiu para as publicações científicas e didáticas geradas
nos projetos vinculados ao programa, com conseqüente cadastramento dessas publicações no banco
de dados (SinBiota). Esse esforço teve resultado muito significativo, demonstrando grande produtivi-
dade científica do programa, além de qualidade inquestionável, com publicações de elevado valor de
impacto. Isso proporcionou um reconhecimento muito positivo do programa na comunidade científica
nacional e internacional, inclusive dentro da própria FAPESP, que repetidamente tem ressaltado a im-
portância do Programa BIOTA/FAPESP, na produção científica brasileira.
Sendo assim, surgiu a necessidade de estabelecer mecanismos que proporcionassem a perpetua-
ção do programa BIOTA, já que a função da FAPESP é exclusivamente apoiar financeiramente os bons
projetos científicos. A perpetuação do programa BIOTA depende da disponibilização de uma infra-
estrutura mínima para a manutenção da homepage, manutenção do banco de dados e de extratos do
Programa e o desenvolvimento de ferramentas que atendam as demandas crescentes, infra-estrutura
para a editoração da Revista Biota Neotropica, que tem crescido exponencialmente, para a devida
divulgação científica do programa, para os serviços administrativos do Programa e outras necessidades
não especificamente científicas ou pelo menos não financiáveis nas alíneas da FAPESP.
Essa preocupação desencadeou uma reflexão da coordenação do Programa junto com a Direto-
ria Científica da FAPESP e o caminho identificado para a Institucionalização do programa BIOTA foi
o estabelecimento um Acordo de Cooperação entre as três Universidades Estaduais Paulistas (USP,
UNESP e UNICAMP), que foram as principais instituições financiadas pela FAPESP, dentro do programa
BIOTA, assinado em agosto de 2007 e intermediado pela FAPESP, onde as Universidades Estaduais se
comprometem a viabilizar a infra-estrutura necessária para o bom funcionamento do programa BIOTA,
garantindo assim a perenização do Programa BIOTA, considerado um dos maiores programas de estu-
do da biodiversidade já feitos no mundo.
As ações para a viabilização do uso do banco de dados do programa BIOTA/FAPESP, de caráter
científico, na sustentação de políticas públicas ambientais no Estado de São Paulo, estão exaustiva-
mente apresentadas e discutidas nos demais capítulos desse livro e essa publicação representa o en-
cerramento da primeira etapa desse processo de integração da comunidade científica com o poder
público, que deverá ser permanente e crescente dentro das ações futuras do programa BIOTA.
Neste sentido, nos últimos dois anos, cerca de 160 pesquisadores do Programa BIOTA/FAPESP, em
parceria com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Fundação Florestal, Instituto Florestal e Insti-
tuto de Botânica) e com a Conservação Internacional organizaram os Workshops Áreas Continentais
Prioritárias para Conservação e Restauração da Biodiversidade do Estado de São Paulo (16 a
53
CAPÍTULO 4
54
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Histórico
do Programa
BIOTA/FAPESP
- O Instituto
Virtual da
científicos, publicou 20 livros e 2 Atlas. Através de 90 projetos de pesquisa, integrou mais de 1.200 Biodiversidade
pesquisadores de instituições paulistas dos diversos níveis acadêmicos, dos quais pelo menos 500 são
pesquisadores seniores, além de 150 colaboradores de outros estados e 80 do exterior.
O sucesso do Programa BIOTA/FAPESP, em uma região particularmente rica em biodiversidade
como o Estado de São Paulo, o coloca como modelo para a gestão da biodiversidade, um recurso natural
cuja importância estratégica para o Brasil é inquestionável. Os frutos do BIOTA amadureceram, permitin-
do que o Programa buscasse cada vez mais novos desafios, sempre no objetivo maior de gerar o conhe-
cimento necessário para garantir a efetiva conservação e restauração da biodiversidade paulista.
Literatura Citada
Cavalcanti, R.B. & Joly, C.A. 2002. Biodiversity and conservation priorities in the Cerrado region. In OLIVEIRA, P.S. &
MARQUIS, R.J. The Cerrados of Brazil: Ecology and Natural History of a Neotropical Savanna. Columbia
University Press, NY, USA, pp 351-367.
Joly, C.A., Aidar, M.P.M., Klink, C.A., McGrath, D.G., Moreira, A.G., Moutinho, P., Nepstad, D.C., Oliveira, A. A., Pott,
A., Rodal, M.J.N. & Sampaio, E.V.S.B. 1999. Evolution of the Brazilian phytogeography classification systems: im-
plications for biodiversity conservation. Ciência e Cultura 51 (5/6) 331-368.
Kronka, J.N.F.; Nalon, M.A.; Matsukuma, C.K.; Pavão,M.; Guillaumon, J.R.; Cavalli, A. C.; Giannotti,E.; Ywane, M.S.S.;
Lima, L.M.P.R.; Montes, J. Cali, I.H.D. & Haack, P.G. 1998. Áreas de domínio do Cerrado no Estado de São
Paulo. São Paulo. Secretaria do Meio Ambiente.
Kronka, F.J.N.; Nalon, M.A.; Matsukuma, C.K.; Kanashiro, M.M.; Ywane, M.S.S.; Pavão, M.; Durigan, G.: Lima, L.P.R.;
Guillaumon, J.R.; Baitello, J.B.; Borgo, S.C.; Manetti, L. A.; Barradas, A.M.F; Fukuda, J.C.; Shida, C.N.; Monteiro,
C.H.B.; Pontinhas, A.A.S.; Andrade, G.G.; Barbosa, O.; Soares, A.P.; Joly, C.A.; Couto, H.T.Z.; 2005. Inventário
florestal da vegetação nativa do Estado de São Paulo. Secretaria do Meio Ambiente, Instituto Florestal, 200p.
Myers, N., Mittermeier, R.A, Mittermeier, C.G., Fonseca, G. A B. & Kent, J. 2000. Biodiversity hotspots for conservation
priorities. Nature 403:852-858.
Veloso, H.P.; Rangel Filho, A.L R & Lima, J C A. 1991. Classificação da Vegetação Brasileira, adaptada a um sistema
universal. MEFP/IBGE/DRNEA, Rio de Janeiro, 123p.
55
Jean Paul Metzger
Giordano Ciocheti
Leandro Reverberi Tambosi
Milton Cezar Ribeiro
Adriana Paese
Christiane Dall’Aglio-Holvorcem
Adriano Paglia
Angélica Sugieda
Marco Nalon
Natália Ivanauskas
Ricardo Rodrigues.
capítulo Procedimentos
5
Metodológicos
CAPÍTULO 5 Procedimentos metodológicos.
O banco de dados “Biota Georreferenciada do Estado de São Paulo” é resultado da compilação de oito
bancos de dados complementares, com registros pontuais da ocorrência de espécies, disponibilizados
por projetos conduzidos por diversas instituições. Eles apresentam grande heterogeneidade quanto aos
grupos taxonômicos representados, método de coleta e resolução espacial, conforme descrito abaixo:
a. SinBiota – é resultado do projeto temático “Desenvolvimento e Estruturação de um Sistema
de Informação Ambiental para o Programa BIOTA/FAPESP”, apoiado pelo Programa BIOTA/
FAPESP e desenvolvido pelo Instituto Florestal, Universidade Estadual de Campinas e pelo
Centro de Referência em Informação Ambiental (CRIA). Este banco de dados, disponível em
http://sinbiota.cria.org.br/, integra as informações geradas pelos pesquisadores vinculados ao
Programa BIOTA/FAPESP, relacionando-as a uma base cartográfica digital;
b. SpeciesLink – foi desenvolvido pelo CRIA, com financiamento da FAPESP. Trata-se de um
sistema descentralizado que integra bancos de dados heterogêneos, distribuídos em 12 cole-
ções biológicas no Estado de São Paulo, entre outras coleções nacionais e internacionais; está
disponível em http://splink.cria.org.br/;
c. FFESP – contém dados digitalizados do projeto “Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo”
com resolução espacial de um grau de latitude/longitude (escala de 100kmx100km). O projeto foi
apoiado pela FAPESP e contou com a participação efetiva de sete instituições: Instituto de Botânica,
Universidade Estadual de Campinas, Instituto Agronômico do Estado, Instituto Florestal, Universi-
dade de São Paulo, Universidade Estadual Paulista e Prefeitura do Município de São Paulo;
d. MVZ - contém os dados da coleção de mamíferos do Museu de Zoologia da Universidade de
Berkeley; está disponível em http://mvz.berkeley.edu/Mammal_Collection.html;
58
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Procedimentos
metodológicos
59
CAPÍTULO 5
grupos mais ricos e melhor consolidados: mamíferos, aves, herpetofauna (répteis e anfíbios), peixes
(ósseos e cartilaginosos), invertebrados (aracnídeos e insetos), flora fanerogâmica e flora criptogâmica
como base para as análises posteriores e para a indicação das diretrizes de conservação. Para cada um
destes grupos, foi estabelecida uma equipe (“grupo temático”) de pesquisadores especialistas, com um
ou dois coordenadores (ver Capítulo 6).
Tabela 1. Número de registros de cada grupo taxonômico nos diversos bancos de dados utilizados
para compilação e consolidação da base de dados “Biota Georreferenciada do Estado de São Paulo”.
Species Biodiversitas
Táxon Total SinBiota FFESP MVZ KBA/IBA Willis-aves PNN
Link /CI
Diplópodes 9 9
Peixes Cartilaginosos 22 20 2
Total 218261 111674 96129 5377 818 607 223 2609 824
60
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Procedimentos
metodológicos
Tabela 2. Números de espécies e de registros antes e após a revisão do banco de dados utilizados na
metodologia.
Bactérias 53 0 657 0
Protistas 45 0 126 0
Cnidários 52 0 589 0
Equinodermos 56 0 1452 0
Diplópodes 3 0 9 0
Peixes Cartilaginosos 15 2 22 2
Hemicordados 42 0 149 0
61
CAPÍTULO 5
de dados com os Sistemas de Posicionamento Global (GPS), até cerca de 100 km, para registros
associados a quadrículas de um grau de latitude/longitude e centróides de municípios. Para a maior
parte dos dados (mais que 90%), a precisão geográfica do ponto de coleta era baixa (erro maior que
100 m), dificultando análises mais refinadas, na escala dos fragmentos. Ademais, muitos pontos de
ocorrência, mesmo os obtidos com GPS, não estavam situados dentro de fragmentos mapeados, su-
gerindo que muitas ocorrências foram obtidas nas bordas dos fragmentos. Para minimizar este tipo
de erro a ocorrência das espécies foi atribuída aos remanescentes localizados dentro de um raio de
100 metros dos seus pontos de ocorrência.
Espécies-alvo
62
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Procedimentos
metodológicos
Os dados necessários para a aplicação dos critérios acima foram fornecidos pelos especialistas de
cada grupo taxonômico. Para muitas espécies, não havia dados suficientes para a aplicação de alguns
dos critérios usados para definir espécies-alvo. Por esta razão, os critérios adotados utilizaram classes re-
lativamente amplas (alta, média ou baixa capacidade/requerimento/susceptibilidade; há ou não raridade
biológica ou endemismo restrito), e para a classificação de uma espécie como alvo bastava que ela satis-
fizesse apenas um destes critérios. Ademais, foram geradas, a partir do banco de dados consolidado, uma
série de informações sobre cada espécie, incluindo: número de registros; número de fragmentos onde a
espécie ocorre; tamanho mínimo, médio e máximo dos remanescentes onde a espécie ocorre; tipos de
formação vegetal e de solo nos quais a espécie ocorre. Com base nestas informações, no conhecimento
dos especialistas e no estágio de levantamento das espécies no Estado de São Paulo, cada grupo temático
utilizou um subconjunto diferente dos critérios (a)-(f) acima para a seleção das espécies-alvo (Tabela 3).
Nota-se que todos os grupos utilizaram as espécies ameaçadas. No total, foram definidas 3.258 espécies-
alvo, o que representa 30,8% das espécies constantes no banco de dados revisto (Tabela 4).
Estrutura da paisagem
Tabela 3. Critérios utilizados por cada grupo temático para definir as espécies-alvo.
Critério Mamíferos Aves Répteis Anfíbios Insetos Aracnideos Criptógamas Fanerógamas Peixes
Ameaçada ☓ ☓ ☓ ☓ ☓ ☓ ☓ ☓ ☓
Registro único ☓ ☓ ☓ ☓ ☓ ☓ ☓ ☓
Área/Deslocamento ☓ ☓ ☓ ☓
Susceptibilidade
a perturbações
☓ ☓ ☓ ☓
Endemismo restrito ☓ ☓ ☓ ☓
Especialista ☓ ☓
63
CAPÍTULO 5
Total de espécies
Táxon Espécies-alvo
(após revisão)
Invertebrados - - - -
Artrópoda - - - -
Tabela 5. Número de fragmentos de vegetação natural remanescente no Estado de São Paulo com e
sem registros biológicos e registros de espécies-alvo contidos no banco de dados “Biota Georreferen-
ciada do Estado de São Paulo”.
Floresta Ombrófica Densa 26749 26519 99,14% 230 0,86% 138 0,52%
64
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Procedimentos
metodológicos
te do Estado de São Paulo, mapeados pelo Inventário Florestal (KRONKA et al. 2005): apenas 746
fragmentos (0,8% do total) apresentam registros biológicos (Tabela 5). Essa pequena porcentagem
de registros em remanescentes está relacionada a diferentes fatores, em particular à imprecisão nas
coletas biológicas (conforme descrito anteriormente), à concentração de coletas em grandes maciços
florestais litorâneos, e ao grande número de fragmentos de pequeno porte no Estado de São Paulo,
sendo que grande parte deles, com menos de 5 ha, não foi representado no mapeamento da vegeta-
ção nativa do Estado de São Paulo.
Dada esta situação, para embasarmos estratégias de conservação nos 91.437 fragmentos sem
dados biológicos, outros parâmetros e critérios tiveram que ser definidos. Optou-se por utilizar parâme-
tros de estrutura da paisagem, que poderiam refletir o potencial biológico dos fragmentos. Considerou-
se que fragmentos grandes, pouco isolados, bem conectados, com ampla área interior (área não sujeita
a efeitos de borda) seriam, a princípio, mais relevantes para conservação do que aqueles com caracte-
rísticas inversas. Um maior detalhamento desta metodologia é fornecido no capítulo sobre as análises
de estrutura da paisagem (capítulo 7.8).
65
CAPÍTULO 5
fragmentos por fitofisionomia; 6. Tamanho do maior fragmento por fitofisionomia (ha); 7. Número total
de registros; 8. Riqueza total de espécies; 9. Riqueza de espécies-alvo; 10. Riqueza de espécies-alvo
ponderada pelo número total de registros; 11. Riqueza de espécies-alvo ponderada pela riqueza total
de espécies; 12. Densidade de drenagem (km/m2); 13. Densidade de drenagem, normalizado pela
maior densidade de drenagem de todas as UGRHIs ou sub-bacias, resultando em um índice entre 0 e
1; 14. População urbana (soma das populações das áreas urbanas dentro das UGRHIs ou sub-bacias).
Para os fragmentos, além dos índices biológicos (riqueza total de espécies, riqueza de espécies-
alvo com e sem ponderação pelo número de registros), foram ainda calculadas as seguintes métricas
espaciais: 1. Índice de área interior, correspondente à proporção da área não sujeita a efeitos de borda
(supondo uma borda de 50 m de largura), em relação à área do fragmento; 2. Perímetro; 3. Índice de
forma do fragmento; 4. Distância do fragmento ao vizinho mais próximo que pertence à mesma fito-
fisionomia; 5. Conectividade. Uma descrição destas métricas é apresentada no capítulo de análise de
paisagem (capítulo 6.8).
Além das métricas biológicas e de paisagem, calculou-se também três índices adicionais para
auxiliar na quantificação da importância de um remanescente: a) a insubstituibilidade; b) a vulnerabili-
dade do fragmento devido à presença de espécies ameaçadas e; c) a vulnerabilidade do fragmento em
função do seu status de conservação.
A insubstituibilidade de um fragmento depende da importância deste fragmento para as espécies
que nele ocorrem. Primeiro, é calculado o valor de insubstituibilidade para cada espécie, sendo este
igual ao inverso do número de fragmentos em que a espécie ocorre (Ix = 1/N, sendo N o número de
fragmentos onde a espécie x ocorre). A partir destes valores, pode-se calcular a insubstituibilidade do
fragmento de diversas formas, por exemplo, pela média dos valores obtidos para todas as espécies
presentes no fragmento. Para este trabalho, considerou-se apenas três categorias de valores de insubsti-
tuibilidade do fragmento: “insubstituibilidade extrema”, se o fragmento for a única área de ocorrência
(Ix = 1) para pelo menos uma espécie-alvo; “insubstituibilidade alta”, se para pelo menos uma espécie-
alvo o valor de Ix estiver entre 0,25 e 0,5 (a espécie ocorre em duas, três ou quatro áreas); e “insubstitui-
bilidade baixa”, se para todas as espécies-alvo presentes no fragmento o valor de Ix for igual ou inferior
a 0,20 (a espécie ocorre em pelo menos cinco áreas).
A vulnerabilidade do fragmento devido à presença de espécies ameaçadas (Vsp) foi definida con-
siderando a ocorrência de espécies ameaçadas de extinção em pelo menos uma das três listas utilizadas
(IUCN, IBAMA e lista do Estado de São Paulo). Se em um fragmento ocorre pelo menos uma espécie
ameaçada, então Vsp = 1 (vulnerabilidade extrema), caso contrário Vsp = 0 (baixa vulnerabilidade).
Finalmente, foi considerada a vulnerabilidade de um fragmento em função de seu status de
conservação (Vfg). Se um fragmento pertence a uma Unidade de Conservação de Proteção Inte-
gral, então Vfg = 1 (vulnerabilidade relativamente baixa); caso contrário, Vfg = 0 (vulnerabilidade
relativamente alta).
66
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Procedimentos
metodológicos
Os resultados das análises acima foram fornecidos aos especialistas, na forma de tabelas e mapas, em
Workshops realizados ao longo de 2007, para que fossem definidas as melhores estratégias de conservação.
Um diferencial deste projeto, em relação a outros similares anteriores, é que não se procurou definir áreas
prioritárias para conservação, mas sim ações ou estratégias prioritárias para cada Unidade de Planejamento.
Esta opção foi escolhida pois considerou-se que todas as áreas remanescentes de vegetação nativa do Estado
de São Paulo são importantes diante do avançado estágio de perda de habitat, e devido aos relevantes servi-
ços ambientais prestados por estas áreas. Procurou-se, assim, espacializar ações, e não áreas prioritárias, de
acordo com as características biológicas, físicas e paisagísticas em que se situam os remanescentes.
As decisões sobre as ações a serem adotadas foram tomadas por cada grupo temático, conside-
rando as três Unidades de Planejamento, ou diretamente para as Unidades em escalas mais detalhadas
(sub-bacias de 5ª ordem ou fragmentos), quando as informações biológicas permitiam. Em formulários
específicos, os especialistas puderam indicar as ações propostas para as várias UGRHIs, sub-bacias e/
ou remanescentes de vegetação natural. As principais ações propostas pelos especialistas foram: 1)
Criação ou extensão de Unidades de Conservação de Proteção Integral; 2) Incentivo à averbação de
Reserva Legal; 3) Estímulo à restauração das Áreas de Preservação Permanente; 4) Criação de mosai-
cos de corredores ecológicos e 5) Coleta de dados biológicos. Além das ações em si, os especialistas
podiam indicar o grau relativo de prioridade e uma justificativa de cada ação. Com este conjunto de
informações, foram gerados os mapas de estratégias de conservação por grupo temático, que posterior-
mente foram sintetizados em três mapas (ver capítulo 7.1).
Considerações Finais
67
CAPÍTULO 5
A utilização deste banco de dados garantirá a atualização objetiva dos resultados, à medida que
mais dados sobre a biodiversidade tornem-se disponíveis. A coleta e organização das informações de
forma sistemática pode ser o ponto crucial para o sucesso de iniciativas conservacionistas. Ressalta-se
que a atualização ou complementação deste banco de dados deverá privilegiar a entrada de dados
biológicos de alta qualidade, em particular com precisão geográfica compatível com a coleta de dados
por GPS, e uma distribuição mais homogênea dos pontos de amostragem das diversas taxas. O mapea-
mento refinado dos remanescentes, com alta acurácia, pode também ser considerado um ponto-chave
para o sucesso de um processo de definição de estratégias de conservação. Além disso, uma vez que o
número de remanescentes com informações biológicas é relativamente reduzido, bases de dados com-
plementares, tais como os de estrutura de paisagem ou de pressões antrópicas, devem ser incorporadas
nas análises. E ainda que os dados biológicos sejam normalmente a base das estratégias de conserva-
ção, a efetividade e viabilidade destas ações dependem intrinsecamente de dados sócio-econômicos,
a serem incluídos em análises posteriores.
Ressalta-se, ainda, que o ambiente marinho não foi contemplado nas análises, apesar de ser
este um ambiente altamente diversificado e com grande potencial para descrição de novas espé-
cies. A realidade dos estudos nos ecossistemas marinhos é bastante diferente da dos terrestres,
havendo um número muito menor de grupos de pesquisa e pesquisadores envolvidos. Além disso,
técnicas usadas para estudos em larga escala no ambiente terrestre, como o mapeamento por saté-
lites, não se aplicam no ambiente marinho submerso, impossibilitando a aplicação direta de parte
da metodologia descrita neste capítulo. Novos métodos ou procedimentos devem ser desenvolvi-
dos futuramente para incorporar a análise do ambiente marinho em estratégias de conservação no
Estado de São Paulo.
Apesar das limitações do banco de dados biológicos ou da limitação no uso de dados comple-
mentares, os procedimentos metodológicos e as estratégias aqui apresentados devem ser úteis a outros
programas de conservação do Brasil.
Agradecimentos
Os autores agradecem ao Flavio Augusto de Souza Berchez (IB-USP) pelo envio preliminar do pará-
grafo referente ao ambiente marinho. Agradecem também a Lilian Fernades Machado (Unesp-Ilha
Solteira), Daniela Marques Castro (LEPaC) e Elizabeth Gorgone Barbosa (LEPaC) pela paciência e com-
panheirismo nas infinitas horas de revisão.
Literatura Citada
68
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Procedimentos
metodológicos
Bencke, G.A., G.N. Maurício, Develey, P.F. & Goerck, J.M. 2006. Áreas importantes para Conservação das Aves no Brasil. Parte
I – Estados do Domínio da Mata Atlântica. São Paulo: SAVE Brasil. 494 p.
Fundação Biodiversitas/CI-Brasil. Banco de dados de registros de ocorrência de espécies ameaçadas. Livro Vermelho
das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. No prelo.
Kronka, F.J.N., Nalon, M.A., Matsukuma, C.K., Kanashiro, M.M., Ywane, M.S.S., Pavão, M., Lima, L.M.P.R., Guillaumon,
J.R., Baitello, J.B. & Barradas, A.M.F. 2005. Inventário Florestal da Vegetação Natural do Estado de São Paulo.
Imprensa Oficial, São Paulo.
Marino, L.; Goulardins, E.; Coutinho, D. M. Ranking de 109 Fragmentos de Ecossistemas do Estado de São Paulo. In
Projeto Áreas Especialmente Protegidas no Estado de São Paulo: Levantamento e Definição de Parâme-
tros para Administração e Manejo – Fase – II. São Paulo: Fundação para a Conservação e a Produção Florestal
do Estado de São Paulo, 2004. Relatório Científico final do Programa de Políticas Públicas Processo FAPESP nº.
1998/13.969.
IBAMA 2003. Lista nacional das espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção. Disponível em: http://www.
mma.gov.br/port/sbf/fauna/index.cfm.
São Paulo 1998. Fauna ameaçada no Estado de São Paulo. Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Série Documentos
Ambientais.
Willis, E.O., Y. Oniki .2003. Aves do Estado de São Paulo. Editora Divisa, Rio Claro, SP
69
capítulo Diretrizes
6
Indicadas
por Grupos
Temáticos
CAPÍTULO 6
capítulo Mamíferos
6.1
72
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Diretrizes
Indicadas
por Grupos
Temáticos
O Estado de São Paulo possui remanescentes de Mata Atlântica (floresta ombrófila densa, floresta
ombrófila mista e florestas estacionais) e de Cerrado (cerrado sensu stricto, cerradão, campos e
veredas), dois ecossistemas incluídos na lista dos hotspots mundiais de biodiversidade (áreas excepcio-
nalmente ricas em diversidade de espécies e endemismos, mas seriamente ameaçadas – já perderam
mais de 75% de sua cobertura original; MYERS et al., 2000).
Calcula-se que existam aproximadamente 5.000 espécies de mamíferos no mundo (NOWAK, 1999).
São conhecidas para o Brasil 654 espécies de mamíferos (REIS et al., 2006) e estima-se que ocorram em
São Paulo pelo menos 187 espécies de mamíferos terrestres (de VIVO, 1996). De modo geral, as maiores
ameaças para a conservação dos mamíferos são o desmatamento e a caça. As conseqüências diretas do
desmatamento são: perda de habitat e fragmentação com isolamento de remanescentes ― processos que
afetam distintamente a sobrevivência das espécies. A perda de habitat causa diminuição das populações
e desaparecimentos locais de espécies. A fragmentação pode acarretar a eliminação de recursos que
ocorriam fora da área isolada, causando a extinção de espécies que dependiam desses recursos, além do
isolamento, que impede a migração de indivíduos entre áreas (KIERULFF et al., 2007).
Com exceção da Serra do Mar, que ainda possui uma grande área contínua de Mata Atlântica,
o que restou de vegetação nativa no Estado de São Paulo está fragmentado e os remanescentes são
pequenos e isolados. Os mamíferos são um dos grupos mais afetados pela fragmentação em função de
sua necessidade de grandes áreas de vida e seu uso restrito de zonas agrícolas ou urbanas. Além disso,
várias espécies de mamíferos ainda sofrem com a caça predatória em São Paulo.
A escolha de áreas e a indicação de ações prioritárias para a conservação de mamíferos no
Estado de São Paulo basearam-se na ocorrência de espécies ameaçadas de extinção (MACHADO et
al., 2005; IUCN, 2007) e na experiência de mastozoólogos em atividade no estado, reunidos durante
o workshop de novembro de 2006. A lista da fauna ameaçada do Estado de São Paulo (SÃO PAULO,
1998) não foi muito utilizada por estar desatualizada, o que poderia comprometer os resultados.
Como política pública prioritária para a conservação da fauna de São Paulo, a lista estadual da fauna
ameaçada de extinção precisa ser atualizada.
Para a conservação de grandes mamíferos terrestres, como a onça-pintada (Panthera onca), a anta
(Tapirus terrestris) e o queixada (Tayassu pecari), são necessárias grandes extensões de habitats preser-
vados que abriguem populações viáveis, ou seja, capazes de sobreviverem por um longo prazo. As
estratégias propostas para a conservação dos mamíferos de São Paulo incluíram, portanto, a ampliação
e a conexão das Unidades de Conservação já existentes e a indicação dos fragmentos maiores e mais
bem preservados como prioritários para a criação de novas unidades de proteção integral. Fragmentos
pequenos, mas próximos uns dos outros (com possibilidade de conexão), também foram indicados para
serem preservados. Foram ainda escolhidas áreas ainda não protegidas de vegetação nativa, localizadas
na borda de áreas protegidas ou com potencial para interligar Unidades de Conservação, assim como
tipos de habitats de especial interesse e elementos singulares da paisagem que estejam seriamente
ameaçados como, por exemplo, as várzeas.
73
CAPÍTULO 6
Em relação à fauna, São Paulo é o estado com o maior número de espécies ameaçadas no Brasil:
214, ou 11% do total (MACHADO et al., 2005). Destas, 23 são mamíferos (cerca de 10%), dos quais 20
ocorrem na Mata Atlântica. O morcego Lasiurus ebenus e o roedor Phyllomys thomasi, por exemplo,
ocorrem apenas na Mata Atlântica do Estado de São Paulo e estão ameaçados de extinção devido à
destruição de seus habitats. Assim, toda a Mata Atlântica foi considerada prioritária para a conservação
devido à ocorrência de um grande número de espécies endêmicas e ameaçadas.
Na região das Serras do Mar e da Mantiqueira, a vegetação não protegida entre as Unidades
de Conservação já existentes precisa ser preservada para permitir que estas áreas continuem conec-
tadas. Onde não existe vegetação, corredores devem ser implantados para interligar os fragmentos,
aumentando a área disponível para as comunidades de mamíferos e permitindo o fluxo da fauna.
Essa região possui a maior área contínua de toda a Mata Atlântica brasileira e deve ser protegida a
qualquer custo. Os pesquisadores presentes no workshop para definição das diretrizes prioritárias
para a conservação de mamíferos no Estado de São Paulo enfatizaram que o mico-leão-da-cara-preta
(Leontopithecus caissara), espécie criticamente ameaçada de extinção, apenas pode ser encontrado
em uma pequena região de Mata Atlântica do sul do estado, na divisa com o Estado do Paraná; que
a maior população do muriqui-do-sul (Brachyteles arachnoides), incluído na categoria “em perigo”,
está na Mata Atlântica de São Paulo; e que o sagüi-da-serra-escuro (Callithrix aurita), considerado
“vulnerável”, também tem suas maiores populações no estado, assim como o veado-bororó-do-sul
(Mazama nana), classificado como “vulnerável”.
No entanto, para a proteção destas espécies não basta criar Unidades de Conservação “no papel”,
ou seja, sem sua implementação efetiva e fiscalização contra o desmatamento e a caça. O Parque Esta-
dual de Jacupiranga e as florestas de seu entorno são exemplos de áreas que precisam ser efetivamente
protegidas para garantir a proteção das populações de mamíferos ameaçados pelo desmatamento e
pela caça predatória.
Em quase todos os fragmentos das porções norte e nordeste de São Paulo, foram identificadas
espécies ameaçadas de extinção. Os fragmentos de vegetação nativa podem também ser preserva-
dos por meio da averbação das Reservas Legais nas propriedades rurais, além da reconexão atra-
vés da recuperação das Áreas de Preservação Permanente (APPs) e implementação de corredores
ecológicos. Ou seja, os mecanismos para conservação e/ou restauração eficiente das conexões já
existem em leis federais e estaduais.
Os maiores fragmentos localizados no entorno do Parque Estadual do Morro do Diabo (PEMD),
que ainda não estão protegidos, precisam ser preservados e conectados. O PEMD apresenta o maior
trecho de Floresta Estacional semidecidual do Estado de São Paulo e possui a maior população de mico-
leão-preto (Leontopithecus chrysopygus), espécie endêmica do estado e considerada “criticamente em
perigo”, principalmente devido à destruição de seu habitat.
A Floresta Nacional de Ipanema deve ser inserida em uma Unidade de Conservação de Proteção Integral,
pois protege algumas espécies ameaçadas, como a onça-parda (Puma concolor) e a jaguatirica (Leopardus
74
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Diretrizes
Indicadas
por Grupos
Temáticos
75
CAPÍTULO 6
Agradecimentos
Literatura citada
de Vivo, M. 1996. Estudo da diversidade de espécies de mamíferos no Estado de São Paulo. http://www.biota.org.
br/info/historico/workshop/revisoes/mamiferos.pdf Acesso: 28/10/2007.
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IUCN, 2007. IUCN Red List of Threatened Species. Página na internet. http://www.iucnredlist.org. Acesso:
28/10/2007.
76
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Diretrizes
Indicadas
por Grupos
Temáticos
capítulo Aves
6.2 77
CAPÍTULO 6
A s aves formam o grupo mais numeroso de vertebrados terrestres, contando com aproxima-
damente 9.500 das quase 55.000 espécies descritas de vertebrados viventes. Este número,
entretanto, está claramente subestimado em função da utilização da categoria subespecífica, que
acaba por não revelar adequadamente a real diversidade do grupo (SILVEIRA; OLMOS, 2007). As
aves apresentam características que chamam a atenção, como o colorido da plumagem, a voca-
lização e uma série de comportamentos que, aliados ao seu hábito predominantemente diurno,
fazem com que este seja também o grupo de vertebrados mais bem estudado, popular e conheci-
do. Distribuem-se por todo o planeta e apresentam maior riqueza específica nas regiões tropicais,
especialmente na região Neotropical e na América do Sul, apropriadamente conhecida como o
continente das Aves. Um total de 1.801 espécies de aves já foi registrado no Brasil, incluindo aí
espécies migratórias e vagantes, enquanto que 792 já foram anotadas para o Estado de São Paulo,
o que corresponde a aproximadamente 44% do total da avifauna brasileira. De fato, o presente
workshop, após as devidas revisões e correções, incrementou em mais de 50 espécies o total indi-
cado em 1998 no diagnóstico da série “Biodiversidade do Estado de São Paulo, Brasil: síntese do
conhecimento ao final do século XX” (SILVA, 1998).
Tamanha riqueza, contudo, vem sendo continuamente ameaçada. No Brasil, 160 táxons são
considerados como ameaçados de extinção (IBAMA, 2003), enquanto que em São Paulo 128 estão
listados nesta mesma categoria (SÃO PAULO, 1998). A principal ameaça, no estado, é a degradação
ambiental generalizada que prevalece em seu território desde o início do século XX (VICTOR, 1979).
São Paulo possuía cerca de 80% da sua área coberta por florestas, atualmente reduzida à cerca de
7% (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE, 2005). A expansão da fronteira agrícola, notadamente a
canavieira, bem como a pressão imobiliária, têm sido os principais fatores de degradação das for-
mações florestais do estado nas últimas décadas. Considerando que as pressões antrópicas podem
ser ainda maiores sobre as formações não-florestais, como os cerrados e os campos, justifica-se
plenamente a preocupação pela conservação da biodiversidade paulista, da qual as aves constituem
parcela significativa com alto valor biológico.
De fato, muitas espécies de aves participam de processos interativos com a vegetação, tais
como a polinização e a dispersão de sementes, que são fundamentais não só para manutenção
como também para a restauração e recuperação da vegetação (SILVA, 2003). Além disso, certas
espécies de aves com requisitos biológicos mais diferenciados podem ser utilizadas como indica-
dores ecológicos e assim fornecer informações importantes sobre as condições do ambiente e de
como manejá-lo (STRAHL; GRAJAL, 1991). Em São Paulo, recentemente as aves têm sido estudadas
como um grupo que responde de modo mais sensível aos processos que alteram a estrutura da
vegetação (UEZU et al., 2005).
O Estado de São Paulo pode ser considerado como razoavelmente bem amostrado com relação
à sua diversidade de aves, com inventários na maior parte de seus municípios. Embora haja grande
variação temporal, espacial e de qualidade destes inventários, o volume de dados acumulado per-
78
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Diretrizes
Indicadas
por Grupos
Temáticos
mitiu estabelecer uma base de dados bastante confiável para as nossas análises e recomendações.
As bases primárias de informação foram o banco de dados do SinBiota (Sistema de Informação Am-
biental do Programa BIOTA/FAPESP), complementado com a lista de Willis & Oniki (2003) e com a
experiência de campo dos membros do grupo. Como fonte nomenclatural e de ocorrência confirma-
da para o estado foi utilizada a lista organizada pelo Centro de Estudos Ornitológicos (CEO, http://
www.ib.usp.br/ceo) que, por sua vez, segue as recomendações do Comitê Brasileiro de Registros
Ornitológicos (CBRO, http://www.cbro.org.br/).
Numa primeira etapa a lista das espécies disponibilizada para o trabalho foi exaustivamente ve-
rificada em busca de erros e inconsistências. Após a depuração, obteve-se a lista final de 792 espécies
de aves, distribuídas em 84 famílias e 25 ordens. Deste total, 737 são de ocorrência continental, grupo
que constituiu o foco do trabalho por depender mais diretamente das formações vegetais do estado.
As espécies ameaçadas de extinção (SÃO PAULO, 1998; IBAMA, 2003), com registros únicos, com
pouca capacidade de deslocamento, sensíveis a alterações ambientais e com um grau importante de
endemismo foram então consideradas espécies-alvo, perfazendo 105 espécies (14,24%).
Em um segundo momento, e para viabilizar as diretrizes de conservação da diversidade de aves
no estado em consonância com os demais grupos biológicos, tomou-se como unidade geográfica
de referência a UGRHI (Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos), cuja abrangência são as
bacias hidrográficas do estado. Para cada UGHRI, e tomando como critério principal a presença des-
sas espécies-alvo, foram definidas as principais ações consideradas estratégicas para conservação das
aves, tais como criação e/ou ampliação de Unidades de Conservação (UC), incremento da conectivi-
dade das UCs existentes, instalação de corredores ecológicos, averbação de Reserva Legal, criação de
Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), proteção e recuperação de Áreas de Preservação
Permanente (APP) e matas ciliares, recuperação e manejo de fragmentos, bem como ações específicas
de restauração onde necessário. Ainda para cada UGHRI foram indicados os graus de ameaça (baixo,
médio e alto) à diversidade de aves e particularmente às espécies-alvo.
O mapa-síntese de ações prioritárias para a conservação da avifauna, no conjunto das 22 UGHRIs
do estado, indica que as regiões que abrigam as maiores extensões contínuas de remanescentes de
vegetação natural (Serras do Mar e Paranapiacaba) são também as que possuem a maior riqueza e di-
versidade da avifauna, atualmente, graças à existência de várias UCs de proteção integral. Nesta região,
os esforços de conservação recomendados consistem principalmente na implementação das UCs exis-
tentes, principalmente quanto à ampliação de área, conectividade e fiscalização efetivas. Estes grandes
maciços florestais abrigam as maiores populações conhecidas no mundo de vários táxons ameaçados
de extinção, como a jacutinga (Aburria jacutinga) e o macuco (Tinamus solitarius).
As duas únicas espécies destacadas no grupo temático que estão em estado crítico de conserva-
ção e que possuem distribuição geográfica restrita no estado foram a saudade (Tijuca atra), endêmica
das montanhas do sudeste do Brasil e que em São Paulo ocorre nas florestas altimontanas da Serra da
Bocaina e da Mantiqueira, e a garrincha-chorona (Oreophylax moreirae), com registros nos campos
79
CAPÍTULO 6
Agradecimentos
Aos participantes das diversas reuniões preparatórias, que contribuíram com dados e informações iné-
ditas sobre as espécies-alvo e áreas importantes para a conservação: Claudia Terdiman Schaalmann
(DEPRN), Fábio Olmos, Maria Cecília Barbosa de Toledo (UNITAU). Aos nossos “SIGueiros”, Marina
Mitsue Kanashiro e Mônica Pavão (IF), Rafael Sposito (CI-Brasil/Birdlife). A Christiane Holvorcem, pela
coordenação e apoio. Luís Fábio Silveira recebe bolsa de produtividade em pesquisa do CNPq e é “As-
sociate Researcher” da World Pheasant Association.
80
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Diretrizes
Indicadas
por Grupos
Temáticos
Literatura Citada
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis 2003. Lista Nacional das Espécies
da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção. Disponível em: <www.ibama.gov.br/cemave/download.php?id_
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São Paulo 1998. Fauna ameaçada no Estado de São Paulo. Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Série Documentos
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Secretaria do Meio Ambiente 2005. Inventário florestal da vegetação natural do Estado de São Paulo. São Paulo,
Secretaria do Meio Ambiente/Instituto Florestal, 200 p.
Silva, W. R. 1998. Bases para o diagnóstico e o monitoramento da biodiversidade de aves no Estado de São Paulo. In
Biodiversidade do Estado de São Paulo, Brasil: Síntese do conhecimento ao final do século XX, 6: verte-
brados (R.M.C. Castro, ed.). WinnerGraph, São Paulo, p. 41-50.
Silva, W. R. 2003. A importância das interações planta-animal nos processos de restauração. In: Kageyama, P. Y.; Oliveira,
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Silveira, L. F. & Olmos, F. 2007. Quantas espécies de aves existem no Brasil? Conceitos de espécie, conservação e o que
falta descobrir. Revista Brasileira de Ornitologia, 15 (2): 289-296.
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Uezu, A.; Metzger, J. P. W. & Vielliard, J. M. 2005. The effect of structural and functional connectivity and patch size on the abun-
dance of seven Atlantic forest bird species. Biological Conservation 123: 507-519.
Willis, E.O. & Oniki, Y. 2003. Aves do Estado de São Paulo. Rio Claro: Divisa. 400p.
81
CAPÍTULO 6
Denise de C. Rossa-Feres
Márcio Martins
Otavio A. V. Marques
Itamar Alves Martins
Ricardo J. Sawaya
Célio F.B. Haddad
capítulo Herpetofauna
82
6.3
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Diretrizes
Indicadas
por Grupos
Temáticos
Anfíbios
Os anfíbios exibem a maior diversidade de modos reprodutivos e de história da vida do que qual-
quer outro grupo de vertebrados terrestres e ocorrem em diversos ambientes de água doce e terrestres,
exceto algumas ilhas oceânicas e regiões próximas aos círculos polares (DUELLMAN; TRUEB, 1994;
HADDAD; PRADO, 2005). Muitas espécies de anuros apresentam alta especificidade de habitat, espe-
cialmente espécies de florestas úmidas (e.g., Hylodes sazimai, Holoaden luederwaldti, Thoropa milia-
ris, Synapturanus mirandaribeiroi), baixa capacidade de deslocamento e dependência da água ou de
micro-habitats úmidos para reprodução (DUELLMAN; TRUEB, 1994; HADDAD; PRADO, 2005; LIMA
et al., 2006). Além disso, são especialmente sensíveis a mudanças ambientais por apresentarem ovos e
larvas dependentes da água ou de ambientes muito úmidos, metamorfose, respiração cutânea e intensa
troca de água com o ambiente (DUELLMAN; TRUEB, 1994; MARCO, 2003). Em decorrência dessas
peculiaridades, os anfíbios são muito vulneráveis às variações ambientais, como a destruição, alteração
e fragmentação dos seus habitats que causam enorme impacto nas populações chegando a eliminar
populações locais (LIPS, 1999; BOSCH, 2003). Assim, podem ser considerados indicadores ecológicos
de qualidade do ambiente (e.g., BLAUSTEIN; WAKE, 1995; BEEBEE, 1996; GUERRY; HUNTER, 2002;
KRISHNAMURTHY, 2003).
Répteis
83
CAPÍTULO 6
Anfíbios
Dadas às características biológicas dos anfíbios, não é surpreendente que estes animais estejam
sofrendo declínios e extinções em escala mundial. Apesar da dificuldade em distinguir declínios de
flutuações populacionais naturais (PECHMAN et al., 1991), atualmente não há dúvidas sobre o de-
clínio global dos anfíbios (WAKE, 1991; BOSCH, 2003). O grande número de registros de declínios
ao redor do planeta (e.g., CRUMP et al.,1992; POUNDS; CRUMP, 1994; BERTOLUCI; HEYER, 1995;
LA MARCA; LÖTTERS, 1997; LIPS, 1999; YOUNG et al., 2001, RON et al., 2003), inclusive em lo-
cais onde a influência direta do homem é pequena ou inexistente (CAREY et al., 2001; GARDNER,
2001), tem levado os especialistas a considerar os anfíbios como verdadeiros testemunhos da atual
crise da biodiversidade, considerada por alguns pesquisadores como o sexto evento de extinção em
massa na história da vida na terra (CHAPIN et al., 2000). As possíveis causas desse declínio variam
desde a destruição e alteração do habitat até a mudança climática, aumento da radiação ultravioleta,
poluição industrial e por agrotóxicos, introdução de espécies exóticas e doenças emergentes, como
novos vírus específicos de anfíbios e o fungo Batrachochytrium dendrobatidis (KIESECKER; BLAUS-
TEIN, 1997; KNUTSON et al., 1999; CAREY, 2000; KIESECKER et al., 2001; Bosch, 2003; MARTINS;
GOMES, 2007). O fungo B. dendrobatidis foi recentemente detectado no Brasil (TOLEDO et al.,
2006), mas a principal ameaça aos anfíbios brasileiros é a destruição, degradação e fragmentação de
habitat associado ao elevado grau de endemismo de parte das espécies, especialmente as de Floresta
Atlântica (HADDAD, 1998; Haddad, 2005).
Répteis
Como no caso dos anfíbios, diversas populações de répteis estão sofrendo declínio ao redor do
mundo em decorrência das diversas alterações ambientais causadas pelo homem. Estudos recentes
mostram que atualmente as principais ameaças aos répteis são a destruição, degradação e fragmen-
tação de habitats, exploração direta (caça comercial e caça de subsistência), introdução de espécies
exóticas, poluição e doenças (GIBBONS et al., 2000). Sem dúvida, a principal causa de ameaça para os
répteis brasileiros é a destruição, degradação e fragmentação de seus habitats (Martins, 2005). Esse é o
caso de lagartos que ocorrem exclusivamente em algumas áreas de restinga no litoral (e.g., Liolaemus e
Cnemidophorus; ROCHA, 1998), de tartarugas que ocorrem em rios ameaçados pela atividade humana
(e.g., SOUZA; ABE, 1997) e de serpentes que ocorrem em ilhas onde continua havendo destruição de
habitats (e.g., Bothrops alcatraz; MARQUES et al., 2002a). Para outras espécies, a principal causa de
ameaça é a superexploração (e.g., tartarugas marinhas e espécies amazônicas) e biopirataria (e.g., B.
insularis) (MARQUES et al., 2002b; SILVA et al., 2007). Há, ainda, espécies sobre as quais temos tão
84
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Diretrizes
Indicadas
por Grupos
Temáticos
pouco conhecimento que não sabemos o que as torna ameaçadas. Por exemplo, foram encontrados até
hoje apenas quatro indivíduos da serpente Corallus cropanii, que ocorre em uma área relativamente
próxima a grandes centros urbanos e onde ainda são encontrados grandes fragmentos de floresta (GRA-
ZIOTIN et al., 2004). Talvez esta espécie esteja se extinguindo naturalmente, embora nós humanos
possamos estar acelerando esse processo.
Anfíbios
O Brasil abriga a maior diversidade de anfíbios anuros do planeta, com 814 espécies conhecidas
atualmente, das quais 786 são anuros (SBH, 2007). Cerca de 250 espécies são conhecidas atualmente
para o Estado de São Paulo, o que representa 31% da riqueza de espécies do país e um aumento de
36% em relação ao número de espécies registradas para o estado em 1998 (180 espécies; HADDAD,
1998). Isso resulta tanto da realização de estudos em localidades que ainda não haviam sido inventaria-
das, como a Serra da Mantiqueira e Vale do Paraíba (I.A. MARTINS, com. pess.), alguns locais da Serra
do Mar (L. GIASSON; C.F.B. HADDAD, com. pess.; HARTMANN, 2004); o extremo nordeste do estado
(CYBELE DE O. ARAÚJO, com. pess.), áreas de Cerrado (BRASILEIRO et al., 2005) e ilhas oceânicas
(C.A. BRASILEIRO; R.J. SAWAYA, com. pessoal; BRASILEIRO et al., 2007a, b, c), quanto do aumento
no esforço de amostragem em áreas já estudadas, como o extremo noroeste paulista (VASCONCELOS;
ROSSA-FERES, 2005; ROSSA-FERES; NOMURA, 2006; SANTOS et al., 2007), gerando novos registros
de espécies já conhecidas em outros estados, bem como descobertas de novas espécies. No momento,
cerca de dez espécies de anuros do Estado de São Paulo estão sendo descritas por especialistas.
A anurofauna do Estado de São Paulo pode ser separada em dois conjuntos: espécies que ocor-
rem nas áreas mais próximas ao litoral, no domínio da Floresta Ombrófila (Serra do Mar, Serra da
Mantiqueira, Serra da Bocaina) onde o clima é mais úmido, e espécies de áreas com formação vegetal
aberta, que ocorrem no Planalto Ocidental do interior do estado, onde o clima é caracterizado por uma
estação seca bem marcada (Floresta Estacional e Cerrado). Algumas regiões no Estado de São Paulo
têm localizações ecologicamente estratégicas e merecem ser destacadas, como é o caso da região do
Vale do Paraíba, uma interface entre a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira e a Cuesta, que atravessa
a região central do estado, juntamente com a Depressão Periférica, região localizada entre as escarpas
do Planalto Atlântico e a Cuesta. Estas regiões podem ser consideradas áreas de ecótono. Assim, a con-
servação da diversidade de anuros no Estado de São Paulo deve levar em conta as especificidades das
diferentes faunas que ocupam essas regiões.
As espécies de anuros da Floresta Atlântica apresentam a maior diversidade de modos reproduti-
vos do planeta, sendo que 27 dos 39 modos reprodutivos conhecidos são encontrados entre as espécies
85
CAPÍTULO 6
desse bioma (HADDAD; PRADO, 2005). Muitos modos reprodutivos são altamente especializados,
com deposição de ovos em bromélias, em folhas pendentes sobre riachos, na serapilheira, em ninhos
escavados no chão da floresta, em frestas de pedras submersas em riachos (HADDAD; PRADO, 2005).
Essa grande diversidade de modos reprodutivos é possibilitada pela grande diversidade de habitats e
micro-habitats dessa floresta, o que gerou espécies especialistas, fortemente associadas a habitats e
micro-habitats específicos. Assim, a fauna de anuros da Floresta Atlântica é caracterizada por alto nível
de endemismo de espécies e de grupos inteiros (e.g., gêneros Dendrophryniscus, Frostius, Holoaden,
Hylomantis, Phrynomedusa, Crossodactylodes, Cycloramphus, Euparkerella, Megaelosia e Paratelma-
tobius) cuja ocorrência é restrita a essa formação (DUELLMAN 1999, FROST 2007). A conservação das
espécies de anuros desse bioma depende, portanto, da preservação da heterogeneidade de habitats e
micro-habitats no que resta da Floresta Atlântica no estado, pois as áreas desmatadas tornam-se mais
secas e sazonais, reduzindo o número de espécies ou eliminando aquelas que dependem dos micro-
habitats úmidos da floresta (HADDAD; PRADO, 2005). O desaparecimento de algumas espécies (e.g.,
Colostethus olfersioides, Colostethus carioca, Holoaden bradei, Paratelmatobius lutzii, Thoropa petro-
politana) pode ser conseqüência da alteração ambiental produzida pelo homem (HADDAD; PRADO,
2005). Além disso, o fungo patogênico Batrachochytrium dendrobatidis já foi detectado em riachos de
altitude na Serra do Mar (TOLEDO et al. 2006).
Entretanto, espécies típicas de Cerrado e de paisagens abertas (por exemplo, que se reproduzem
em corpos d’água em áreas de pastagem) também dependem da preservação de remanescentes flores-
tais. Estudos em andamento na região noroeste do estado (SILVA; ROSSA-FERES, 2007) indicam que
os fragmentos florestais são áreas de abrigo e alimentação para adultos e jovens de diversas espécies
típicas de áreas abertas (e.g., Eupemphix nattereri, Leptodactylus podicipinus, Physalaemus cuvieri,
Hypsiboas raniceps) durante a extensa e pronunciada estação seca da região. Assim, a conservação de
espécies de áreas abertas também depende da preservação da heterogeneidade da paisagem regional
e da manutenção de áreas de vida mínimas para essas espécies, que realizam grandes deslocamentos
para alcançar as poças onde se reproduzem e precisam dos remanescentes florestais para sobreviver
à pronunciada estação seca que caracteriza as formações vegetais do interior do estado. Portanto, a
conservação dos anfíbios envolve, antes de tudo, a conservação da paisagem regional, respeitando as
especificidades das espécies das comunidades associadas a cada formação vegetal.
A lista da fauna brasileira ameaçada de extinção publicada pelo Ministério do Meio Ambiente
e IBAMA contém 16 espécies de anfíbios anuros. Cinco delas (quatro criticamente em perigo e uma
extinta) estão incluídas entre as 48 espécies-alvo indicadoras para avaliação do estado de conservação
e proposição de ações para a preservação e restauração da biodiversidade no Estado de São Paulo.
Além disso, há deficiência de informações biológicas básicas para cerca de 80% das 48 espécies-alvo
selecionadas, pois dados sobre sua distribuição geográfica, ocupação de habitats, período reprodutivo
e ciclo de vida são insuficientes ou inexistentes. Informações de pesquisadores indicam que algumas
espécies de anfíbios, além das já incluídas na lista das espécies ameaçadas, podem ser consideradas
86
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Diretrizes
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por Grupos
Temáticos
altamente vulneráveis ou até mesmo em grande risco de extinção (e.g., Scinax faivovichi, Scinax pei-
xotoi, Stereocyclops parkeri, C.F.B. HADDAD, C.A. BRASILEIRO, R.J. SAWAYA, J. JIM, com. pessoal;
SAWAYA; HADDAD, 2006). Na grande maioria dos casos, a maior ameaça às espécies é a destruição
ou alteração do habitat por atividades agrícolas ou crescimento urbano, já que são espécies com ende-
mismo restrito ou habitat-especialistas. Assim, a realização de estudos de história natural dos anfíbios
anuros em seus ambientes naturais, bem como a implementação de programas de monitoramento e es-
tudos de longo prazo, são urgentemente necessários. Os estudos devem enfocar tanto espécies quanto
habitats, pois o conhecimento sobre os anfíbios em algumas unidades de Gerenciamento de Recursos
Hídricos (UGRHI) do Estado de São Paulo é fraco ou inexistente, como nas UGRHIs que englobam as
bacias dos rios Aguapeí e Peixe.
Répteis
O Brasil ocupa a terceira posição na relação dos países com o maior número de espécies de
répteis, com 684 espécies conhecidas atualmente, entre anfisbenas, lagartos, serpentes, quelônios e
jacarés (SBH, 2007). Este número representa mais de 8% das 8.240 espécies de répteis conhecidas no
mundo (UETZ, 2007). A maioria dos répteis brasileiros é composta por lagartos (228 espécies, ou cerca
de 33% de todos os répteis brasileiros) e serpentes (353 espécies, 52% dos répteis brasileiros). Cerca
de 200 espécies são conhecidas atualmente para o Estado de São Paulo: 11 anfisbenas, 46 lagartos,
141 serpentes, 7 quelônios e 2 jacarés. Isto representa cerca de 30% da riqueza de espécies do país e
um incremento de 11% em relação a biodiversidade de répteis estimada para o estado em 1998 (186
espécies; MARQUES et al., 1998). Este aumento resulta da compilação de dados das maiores coleções
herpetológicas do estado (Instituto Butantan e Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo), bem
como de descrições de novas espécies e da realização de estudos em áreas não inventariadas anterior-
mente. A alta riqueza de espécies de répteis observada no estado parece estar relacionada à grande
diversidade de formações vegetais e complexidade do relevo (e.g., Serra do Mar). Além disso, o Estado
de São Paulo parece ser o limite de distribuição setentrional e meridional de várias espécies.
Assim como para os anfíbios, a fauna de répteis do Estado de São Paulo também pode ser divi-
dida em dois grupos: aquele com espécies que ocorrem na encosta litorânea, no domínio da Floresta
Ombrófila (Serra do Mar e Serra da Mantiqueira), e outro composto por espécies de áreas abertas
(Cerrado e Floresta Estacional) do interior do estado. A Floresta Ombrófila da Serra do Mar apresenta
riqueza relativamente baixa de lagartos, cerca de 10 espécies, mas alta riqueza de serpentes, com
cerca de 70 espécies (Marques et al., 2004), em sua grande maioria endêmicas deste bioma. Entre as
áreas abertas, o Cerrado merece destaque por apresentar alta riqueza de espécies de serpentes e la-
gartos. A própria composição e especialmente a distribuição das espécies de répteis do estado ainda
são relativamente mal conhecidas, mas as florestas estacionais parecem apresentar fauna de répteis
similar àquela encontrada no Cerrado.
87
CAPÍTULO 6
Entre os répteis que ocorrem no Estado de São Paulo e aparecem na Lista Nacional das Espécies da
Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção (IBAMA, 2003), constam apenas 1 tartaruga, Phrynops hogei
(“em perigo”), e 3 serpentes na categoria “criticamente em perigo”: Corallus cropanii, Bothrops alcatraz
e Bothrops insularis. Este pequeno número de espécies incluídas na lista se deve à ausência de dados
e/ou estudos sobre a maioria das espécies que ocorrem no estado. As jararacas ilhôas B. alcatraz e B.
insularis são espécies relativamente bem estudadas e restritas a ilhas continentais de tamanho reduzido
(cf. MARTINS et al., 2001, MARTINS et al., 2002, MARQUES et al., 2002a; MARQUES et al., 2002b). A
destruição de habitat deve afetar várias espécies em outras áreas de Floresta Ombrófila no continente,
mas não há informações que demonstrem isso. O Cerrado do Estado de São Paulo é um ambiente re-
lativamente muito menos protegido sob a forma de Unidades de Conservação e apresenta alta riqueza
de espécies de répteis. Além da alta riqueza de espécies, alguns fragmentos de Cerrado aberto (e.g.
Campo Sujo, Campo Limpo) ainda apresentam populações relativamente grandes de algumas espécies
de serpentes consideradas especializadas no uso do ambiente e restritas a áreas campestres, como Lys-
trophis nattereri, Pseudablabes agassizii e Bothrops itapetiningae (SAWAYA, 2004; MARQUES et al.,
2006). Estudos recentes indicam que as populações destas espécies podem estar em declínio no estado
(SAWAYA, 2004). Assim, apesar de reduzidos, estes fragmentos de Cerrado são de extrema importância
para a conservação dos répteis no Estado de São Paulo.
88
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Diretrizes
Indicadas
por Grupos
Temáticos
dados com a exclusão de espécies do SinBiota (decorrentes da baixa representatividade geográfica das
informações inseridas nesse banco de dados) e inclusão de outras espécies (e.g., pouco coletadas em
áreas bem amostradas). Dessa nova lista foram selecionadas 48 espécies-alvo de anfíbios (19% do total
de espécies do estado) e 19 de répteis, que possuíam pelo menos uma das seguintes características:
endemismo ou distribuição restrita, alta susceptibilidade a perturbação ambiental, baixa capacidade
de deslocamento, alta especificidade de habitat, populações pouco abundantes (raras) ou inclusão em
alguma categoria de ameaça (IBAMA, 2003; São Paulo/PROBIO, 1998; IUCN, 2006).
O grau de preservação e as pressões antrópicas foram consideradas separadamente para as 22 uni-
dades de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI) do Estado de São Paulo. De modo geral, regiões
de Floresta Ombrófila da Serra do Mar e da Mantiqueira demandam ações de fortalecimento, ampliação e
aumento de conectividade das Unidades de Conservação já existentes. Por outro lado, a Floresta Estacional
e regiões de Cerrado do interior do estado, cuja cobertura original foi quase totalmente suprimida, deman-
dam criação de Unidades de Conservação nos remanescentes mais representativos e restauração, tanto de
fragmentos quanto de mata ciliar, que representam importantes corredores de deslocamento e dispersão de
anfíbios. Áreas onde o conhecimento sobre os anfíbios e répteis é ausente ou muito pobre, representando
lacunas do conhecimento, foram consideradas prioritárias para a realização de inventários.
Agradecimentos
Paulo Christiano de Anchietta Garcia por disponibilizar informações não publicadas, para a comple-
mentação do banco de dados; Natacha Yuri Nagatani Dias pelo trabalho de complementação do banco
de dados; Sidney T. Rodrigues e Pedro Barbieri, pelo auxílio em SIG; Glaucia Cortez R. de Paula pelo
auxílio nas análises de ações nas UGRHIs; Cinthia Aguirre Brasileiro, Cristiano de Campos Nogueira,
Cybele de Oliveira Araújo, Cynthia P. de A. Prado, Denise M. Peccinini Seale, Francisco Luis Franco,
Glaucia Cortez R. de Paula, Jaime Bertoluci, Jorge Jim, Hussam El Dine Zaher, Paula Hanna Valdujo,
Paulo Christiano de Anchietta Garcia e Radenka F. Batistic que durante o Workshop “Áreas continentais
prioritárias para conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo” gentilmente
forneceram dados e informações sobre as espécies e contribuíram com discussões e experiência para
a obtenção destes resultados.
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93
CAPÍTULO 6
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Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Diretrizes
Indicadas
por Grupos
Temáticos
Lilian Casatti
Francisco Langeani
Naércio Aquino Menezes
Osvaldo Takeshi Oyakawa
Francisco Manoel de Souza Braga
capítulo Peixes de
6.4
água-doce
95
CAPÍTULO 6
A proximadamente 55.000 espécies viventes são organismos vertebrados, dos quais 28.000 são peixes
(NELSON, 2006). Trata-se de um grupo particularmente diverso em águas doces Neotropicais, onde
são registradas 4.475 espécies válidas, podendo chegar a mais de 6.000 se incluídas as novas espécies já
reconhecidas por especialistas, porém ainda não descritas (REIS et al. 2003). Para o Estado de São Paulo
são registradas 335 espécies (compilado a partir de BUCKUP et al. 2007) nas bacias do Paraíba do Sul,
Ribeira de Iguape, bacias costeiras menores e, principalmente, do Alto Paraná.
O trabalho realizado pelo grupo temático “Peixes” foi especialmente beneficiado pelo fato das principais
coleções do estado estarem informatizadas, com os dados disponibilizados em sistemas abertos de consultas
como o SpeciesLink (http://splink.cria.org.br/) e o SinBiota (http://sinbiota.cria.org.br/). Em uma primeira etapa,
para 12.267 registros iniciais, foram corrigidos os problemas de grafia e classificação; revisados os registros
únicos; removidos os identificadores repetidos ou relativos a sinônimos; identificadas as espécies exóticas e
alóctones; e revisados os registros duvidosos. O resultado foi um conjunto de 11.691 registros, relativos a 350
espécies de peixes distribuídas pelas diversas bacias hidrográficas do estado, um número notadamente maior
do que as 261 espécies apontadas em 1998 no diagnóstico da série “Biodiversidade do Estado de São Paulo,
Brasil: síntese do conhecimento ao final do século XX” (CASTRO; MENEZES, 1998). As espécies ameaçadas,
com registros únicos, com pouca capacidade de deslocamento, sensíveis a alterações ambientais e endêmicas
foram então consideradas espécies-alvo, perfazendo 61 espécies (18%).
Dentre as espécies-alvo ameaçadas de extinção (MACHADO et al. 2005), destacam-se, de modo a ilus-
trar as ameaças mais comuns às espécies de peixes do estado: Brycon orbignyanus, a piracanjuba do Paraná,
ameaçada em função de desmatamento em rios maiores e construção de hidrelétricas; Coptobrycon bilineatus
e Glandulocauda melanogenys, pequenos lambaris de áreas de Mata Atlântica, ameaçadas em função de
desmatamento de cabeceiras, poluição e introdução de espécies exóticas; Sternarchorhynchus britskii, o ituí
de águas profundas do Paraná, ameaçada em função de destruição de habitats em rios maiores e construção
de hidrelétricas; Pimelodella kronei, o bagre-cego do Ribeira de Iguape, ameaçada em função de destruição
de habitats de caverna, influências antrópicas e turismo; e Steindachneridion scriptum, o surubim do Paraná,
ameaçada em função de destruição de habitats em rios maiores, poluição e construção de hidrelétricas.
Para viabilizar as diretrizes de conservação da ictiofauna, definimos que as Unidade de Gerencia-
mento de Recursos Hídricos (UGRHIs) seriam utilizadas como unidade de área básica, uma vez que, para
serem efetivas, as ações de conservação deveriam estar focadas nas bacias. As ações principais definidas
são: restaurar matas ciliares, criar Unidades de Conservação e realizar inventários em UGRHIs pouco
estudadas. A definição de onde aplicar prioritariamente tais ações foi norteada pelos seguintes critérios: a)
proporção de vegetação remanescente em cada UGRHI; b) registro de atividades que representem ame-
aças à manutenção da integridade biótica da ictiofauna, especialmente a expansão da cana-de-açúcar
(Saccharum officinarum), das áreas urbanas e de barramentos de usinas hidrelétricas (embora os barra-
mentos em micro-bacias também sejam importantes por romperem a conectividade hidrológica desses
sistemas); c) necessidade de conservar regiões importantes como mananciais para abastecimento urbano
de água, detentoras de um grande número de espécies-alvo e/ou com notável interesse biogeográfico.
96
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Diretrizes
Indicadas
por Grupos
Temáticos
Com base em tais critérios, as UGRHIs Turvo-Grande, São José dos Dourados, Aguapeí, Peixe,
Médio Paranapanema, Mogi-Guaçu, Sapucaí/Grande, Paraíba do Sul e Piracicaba/Capivari/Jundiaí fo-
ram consideradas as mais críticas. Não há um estudo específico para avaliar o grau de preservação das
matas ciliares nestas UGRHIs, mas a experiência de campo dos autores indica que estas seriam unida-
des onde deveria ocorrer um incremento de ações direcionadas ao aumento das matas ciliares, espe-
cialmente em bacias de baixas ordens (1 a 3), e particularmente em UGRHIs caracterizadas por relevo
suave e pobres quanto à disponibilidade de águas superficiais, tais como Turvo-Grande e São José dos
Dourados. O aumento da conectividade por meio da recuperação de áreas ciliares é especialmente
interessante por ainda trazer o benefício adicional de naturalmente abrir caminhos para a restauração
de processos ecológicos dos ecossistemas terrestres adjacentes.
Dentre as 22 UGRHIs do estado, a principal para a conservação da ictiofauna é a do Alto Tietê.
Primeiramente, porque é elevada a concentração de espécies-alvo nesta UGRHI; trata-se de uma área de
grande interesse biogeográfico, capaz de retratar as conexões pretéritas entre os rios Tietê, Paraíba do Sul,
Ribeira de Iguape e drenagens costeiras (LANGEANI 1989, WEITZMAN; MALABARBA 1999, RIBEIRO,
2006, RIBEIRO et al. 2006, SERRA et al. 2007); restam fragmentos representativos para que seja viabilizada
a criação de novas Unidades de Conservação ou ampliação das já existentes e, finalmente, trata-se de uma
área relevante para a proteção de mananciais de abastecimento da região metropolitana de São Paulo.
As lacunas de conhecimento ictiofaunístico do estado se localizam notadamente nas UGRHIs do
Alto Tietê, Tietê/Jacaré, Baixo Tietê, Aguapeí, Peixe, Alto Paranapanema, Médio Paranapanema, Pontal
do Paranapanema, Sapucaí-Grande, Serra da Mantiqueira, Litoral Norte e Baixada Santista (vide mapa).
Estas lacunas ocorrem, principalmente: a) em regiões de crescente pressão para conversão de áreas
naturais em urbanas (região litorânea) ou de áreas de pastagens em cana-de-açúcar (região noroeste); b)
em áreas com longo histórico de exploração de cana-de-açúcar (região nordeste); c) em áreas que são
cabeceiras naturais de vários riachos que correm ou para a bacia do rio Grande, ou para a do Paraíba
do Sul, mas que vêm apresentando crescente especulação imobiliária (Serra da Mantiqueira); d) na
região das Cuestas Basálticas, na Depressão Periférica Paulista, que preserva ainda o pouco que restou
do Cerrado no estado, e ainda por contemplar os divisores de águas Tietê-Paranapanema (Tietê/Jacaré,
Alto e Médio Paranapanema). É importante ainda enfatizar que, além da necessidade de amostragens,
importa sobremaneira a exploração de ambientes particulares, tais como lagoas marginais, áreas pa-
ludosas, regiões marginais de corpos d’água maiores, cabeceiras, calhas profundas de rios maiores e
buritizais. Dados recentes não publicados apontam a ocorrência de algumas espécies apenas nesses
ambientes particulares, como nas lagoas marginais e áreas marginais de corpos d’água maiores. Final-
mente, como exemplo da importância da conservação de remanescentes florestais para a ictiofauna, na
já bem amostrada região noroeste do estado foram registradas 2 espécies raras (Tatia neivai e Pseudo-
pimelodus pulcher) quando estudados os riachos associados a fragmentos florestais (Projeto Temático
em andamento, Programa Biota/FAPESP, 2004/04820-3).
97
CAPÍTULO 6
Agradecimentos
Júlio César Garavello por disponibilizar informações não publicadas, produzidas por sua equipe, para a
complementação do banco de dados; Reginaldo Sadao Matsumoto pelo trabalho de complementação
do banco de dados; Marco Nalon e Hubert Costa pelo auxílio em SIG; Luís Antonio Martinelli pelas
sugestões durante o Workshop de 2006.
Literatura Citada
Buckup, P.A., Menezes, N.A. & Ghazzi, M.S. (eds.). 2007. Catálogo das espécies de peixes de água doce do Brasil.
Museu Nacional (Série Livros: 23), Rio de Janeiro.
Castro, R.M.C. & Menezes, N.A. 1998. Estudo diagnóstico da diversidade de peixes do Estado de São Paulo. In Biodi-
versidade do Estado de São Paulo, Brasil: Síntese do conhecimento ao final do século XX, 6: vertebrados
(R.M.C. Castro, ed.). WinnerGraph, São Paulo, p. 1-13.
Langeani, F. 1989. Ictiofauna do Alto Curso do rio Tietê (SP): taxonomia. Dissertação de Mestrado, Universidade de
São Paulo, São Paulo.
Machado, A.B.M., Martins, C.S. & Drummond, G.M. (eds.). 2005. Lista da fauna brasileira ameaçada de extinção.
Incluindo as listas das espécies quase ameaçadas e deficientes em dados. Fundação Biodiversitas, Belo
Horizonte.
Nelson, J.S. 2006. Fishes of the world. John Wiley & Sons, New York.
Reis, R.E., Kullander, S.O. & Ferraris-Jr., C.J. (orgs.). 2003. Check list of the freshwater fishes of South and Central
America. EDIPUCRS, Porto Alegre.
Ribeiro, A.C. 2006. Tectonic history and the biogeography of the freshwater fishes from the coastal drainages of eastern
Brazil: an example of faunal evolution associated with a divergent continental margin. Neotropical Ichthyology
4: 225-246.
Ribeiro, A.C., Lima, F.C.T., Riccomini, C. & Menezes, N.A. 2006. Fishes of the Atlantic rainforest of Boracéia: tetimonies
of the Quaternary fault reactivation within a Neoproterozoic tectonic province in Southeastern Brazil. Ichthyol.
Explor. Freshwaters 17:157-164.
Serra, J.P., Carvalho, F.R. & Langeani, F. 2007. Ichthyofauna of the rio Itatinga in the Parque das Neblinas, Bertioga,
São Paulo: composition and biogeography. Biota Neotropica 7: http://www.biotaneotropica.org.br/v7n1/pt/
abstract?article+BN01707012007
Weitzman, S.H. & Malabarba, L.R. 1999. Systematics of Spintherobolus (Teleostei: Characidae: Cheirodontinae) from
98
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Diretrizes
Indicadas
por Grupos
Temáticos
Gustavo M. Accacio
André V. L. Freitas
Maria Virginia Urso-Guimarães
capítulo Invertebrados
6.5 99
CAPÍTULO 6
100
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Diretrizes
Indicadas
por Grupos
Temáticos
Com base no corpo de dados disponível na ocasião do workshop e do conhecimento prévio dos
participantes do grupo, foram definidas espécies-alvo para a etapa posterior dos trabalhos. Os registros
únicos, utilizados como ponto de partida, foram analisados um a um para definição de seu significado
biológico, de modo a restarem apenas espécies realmente interessantes do ponto de vista biológico.
Devido a própria natureza dos dados, muitos registros únicos eram, do ponto de vista biológico, resul-
tado de baixa amostragem ou da não produção de listas completas em diversos pontos do estado. Em
muitos casos representavam espécies comuns, pouco sensíveis e com baixo potencial indicador. Foram
escolhidas nesta etapa todas as espécies que constam na lista das ameaçadas (Parides panthonus casti-
lhoi, Actinote zikani, A. quadra, ver MACHADO et al., 2005), muitas espécies com restrição de habitat
(algumas espécies do gênero Actinote e Pampasatyrus por exemplo), e testemunhos faunísticos únicos
e restritos geograficamente (Scada karschina karschina, Amphidecta reynoldsi, Sea sophronia).
A definição das áreas prioritárias para conservação foi feita com base nos seguintes critérios: 1)
Espécies ameaçadas – com base nas listas do IBAMA; 2) Faunas únicas – representando combinações
únicas de espécies, algumas vezes limites de distribuição de faunas de outros biomas representados
apenas em regiões limítrofes do estado (ex: a fauna da região “core” do Cerrado, que chega apenas ao
norte do estado na região de Pedregulho) e; 3) Lacunas – com base nos dados selecionados de número
efetivo de registros, foram delimitadas áreas aproximadas mais deficientes de dados. Por causa da atu-
al falta de dados sistematizados de ocorrência das espécies de insetos no estado, na segunda fase do
trabalho optou-se por um método de priorização baseado em fundamentos de ecologia da paisagem,
reforçados, quando possível, pelas situações consideradas nos itens acima. É importante ressaltar que
as áreas dentro de Unidades de Conservação já constituídas não foram consideradas, pois parte-se do
pressuposto que estas encontram-se sob proteção. Com esse procedimento todo o foco foi dado às
áreas efetivamente desprotegidas sob o ponto de vista legal.
Os resultados mostraram que muitas das áreas propostas estão no interior do estado, principal-
mente no contato entre a Floresta Estacional Semidecidual com o Cerrado. Como exemplos, pode-se
chamar a atenção para a região de Castilho, onde existe a única população conhecida da espécie
criticamente ameaçada Parides panthonus castilhoi, amostrada em uma área sem qualquer tipo de
proteção; e a região do Pontal do Paranapanema, com uma fauna única importante e com diversos
fragmentos grandes de mata desprotegidos e merecedores de atenção, sob o ponto de vista da biovi-
versidade que abrigam. De maneira similar, a fauna única com elementos do Araguaia da região de
Mirassol e os cerrados ricos de Pedregulho são prioritários e devem ser amplamente protegidos.
Outro resultado apurado é que se deve dar atenção especial aos grupos de insetos chamados de
megadiversos, baseado principalmente na existência de metodologias padronizadas para coleta, espe-
cialistas atuantes e taxonomia estabelecida. Alguns grupos de insetos recomendados para inventários
preliminares são: coleópteros coprófago-necrófagos, abelhas meliponíneas e euglossíneas, formigas,
cupins, insetos com fases aquáticas (libélulas, tricópteros, quironomídeos, etc), borboletas frugívoras e
dípteros galhadores, micófagos e frugívoros.
101
CAPÍTULO 6
Finalmente, apesar do trabalho intensivo dos últimos anos, persistem lacunas extensas no Estado de
São Paulo, que devem ser amostradas intensa e cuidadosamente, em especial nas regiões sofrendo forte
pressão antrópica de urbanização ou expansão agropecuária. Algumas áreas prioritárias para novas amos-
tragens incluem a Bacia do Rio do Peixe, a região das matas quentes de Araçatuba, o alto Vale do Ribeira e a
toda a região da Serra da Bocaina, hachuradas em amarelo no mapa de Ações prioritárias – Invertebrados.
Agradecimentos
A Vera Imperatriz, Keith S. Brown Jr. e Ronaldo Francini pelas discussões, idéias e ajuda na primeira
reunião em 2006. Ao pessoal de apoio em SIG, Monica Pavão, Giordano Ciocheti, Leando Reverberi
Tambosi e Milton Cezar Ribeiro por toda a ajuda prestada. Agradecemos também aos participantes
do grupo temático ecologia da paisagem que estiveram no seminário no Instituto de Botânica em
setembro de 2007: Adriana Catojo, Ana Fernandes Xavier, Ana Maria Soares Pereira, Anita Diederi-
chsen, João Régis Guillaumon, Marco Nalon, Vânia Pivello e Thaís Olitta pelas discussões e idéias
na fase final deste trabalho.
Literatura citada
Brown Jr., K. S. & A. V. L. Freitas. 1999. Lepidoptera. Páginas 225-243 In: C. A. Joly e C. E. M. Bicudo (orgs). Biodiver-
sidade do Estado de São Paulo, Brasil: síntese do conhecimento ao final do século XX, 5 – Invertebrados
terrestres/C. R. F. Brandão & E. M. Cancello (editores) – São Paulo: FAPESP, 1999. xviii + 279 pp.
Brown Jr., K. S. & A. V. L. Freitas. 2000a. Diversidade de Lepidoptera em Santa Teresa, Espírito Santo. Boletim do Museu
de Biologia Mello Leitão, Nova Série, 11/12: 71-116.
Brown Jr., K. S. & A. V. L. Freitas. 2000b. Atlantic Forest Butterflies: Indicators for Landscape Conservation. Biotropica,
32 (4b): 934-956.
Brown Jr., K. S. & A. V. L. Freitas. 2003. Butterfly Communities of Urban Forest Fragments in Campinas, São Paulo,
Brazil: Structure, Instability, Environmental Correlates, and Conservation. Journal of Insect Conservation,
6(4): 217-231.
Erwin, T.L. 1982. Tropical Forests: their richness in coleoptera and other arthropod species. Col.Bull. 36(1): 74-75.
Francini, R. B., A. V. L. Freitas & K. S. Brown Jr. 2005. Rediscovery of Actinote zikani (D’Almeida) (Nymphalidae, Heli-
coniinae, Acraeini): Natural history, population biology and conservation of an endangered butterfly in SE Brazil.
Journal of the Lepidopterists’ Society 59(3): 134-142.
Grimaldi, D. & M. S. Engel. 2005. Evolution of the Insects. Cambridge University Press, New York, xv + 755pp.
Lewinsohn, T. M., A. V. L. Freitas & P. I. Prado. 2005. Conservation of Terrestrial Invertebrates and Their Habitats in
Brazil. Conservation Biology, 19(3): 640-645.
102
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Diretrizes
Indicadas
por Grupos
Temáticos
Machado, A.B.M., Martins, C.S. & Drummond, G.M. (eds.). 2005. Lista da fauna brasileira ameaçada de extinção.
Incluindo as listas das espécies quase ameaçadas e deficientes em dados. Fundação Biodiversitas, Belo
Horizonte.
Uehara-Prado, M., A. V. L. Freitas, R. B. Francini & K. S. Brown Jr. 2004. Guia das borboletas frugívoras da Reserva Esta-
dual do Morro Grande e região de Caucaia do Alto, Cotia (SP). Biota Neotropica, 4(1): 1-25.
Uehara-Prado, M., A. V. L. Freitas & K. S. Brown Jr. 2005. Biological traits of frugivorous butterflies in a fragmented
and a continuous landscape in the South Brazilian Atlantic Forest. Journal of the Lepidopterists’ Society
59(2): 96-106.
Uehara-Prado, M. K. S. Brown Jr. & A. V. L. Freitas. 2007. Species richness, composition and abundance of fruit-feeding
butterflies in the Brazilian Atlantic Forest: comparison between a fragmented and a continuous landscape. Global
Ecology and Biogeography, 16: 43-54.
103
CAPÍTULO 6
capítulo Fanerógamas
6.6
104
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Diretrizes
Indicadas
por Grupos
Temáticos
A s plantas do grupo das fanerógamas formam o maior componente de biomassa dos ecossistemas
naturais terrestres e dão suporte, direta ou indiretamente, a toda a vida animal do planeta. Estima-
se que existam, em todo o mundo, 806 espécies de gimnospermas (15 delas ocorrendo no Brasil) e
entre 240.000 e 250.000 espécies de angiospermas, das quais entre 40.000 e 45.000 ocorrem nos
ecossistemas brasileiros (LEWINSOHN & PRADO, 2005).
A flora paulista está sendo levantada por meio do projeto temático “Flora Fanerogâmica do Estado
de São Paulo” (FFESP), subvencionado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo ─
FAPESP e auxílio complementar do Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico
─ CNPq. O resultado do projeto será uma coleção com aproximadamente 15 volumes, com média de
450 espécies por volume, contendo descrições de todas as fanerógamas nativas ou espontâneas do
Estado de São Paulo, para as quais, com base nas informações contidas no banco de dados do projeto,
estimou-se inicialmente 1.500 gêneros e 8.000 espécies (SHEPHERD, 1998). Quando da publicação
do primeiro volume da coleção (WANDERLEY et al., 2001), a estimativa, já com base no levantamento
do material depositado em herbários, passou a ser de 7.500 espécies para o grupo.
A preservação de espécies vegetais depende de ações voltadas à conservação integral de seu
habitat, com a manutenção de todos os seus componentes e processos ecológicos. Por isso, os alvos
principais que nortearam as estratégias para a proteção das espécies do grupo das fanerógamas foram
os ecossistemas em que ocorrem, quer seja pela sua fragilidade, grau de destruição ou representativi-
dade nas Unidades de Conservação já existentes e nas diferentes regiões do estado.
Dentre as formações vegetais existentes no Estado de São Paulo, a Floresta Estacional Semi-
decidual (Mata Atlântica do interior, Mata Mesófila ou Mata de Planalto) ocupava a maior área,
seguida da Floresta Ombrófila Densa (Mata Atlântica da Serra do Mar / Paranapiacaba), Cerrado,
Floresta Ombrófila Mista (Mata de Araucária), Floresta Estacional Decidual, Campos, Restinga
e Mangue. Cada uma dessas formações tem suas espécies características e, também, peculia-
ridades regionais. O Sistema Estadual de Unidades de Conservação deve levar em conta essa
variação, para que venha a ser representativo dos diferentes padrões fitogeográficos existentes
dentro de cada tipo de vegetação.
Dos tipos de vegetação existentes antes da colonização, a Floresta Estacional e o Cerrado foram
os mais devastados, ambos, hoje, exibindo menos de 10% da cobertura previamente existente, além
de estarem relativamente pouco representados em Unidades de Conservação. A Mata de Araucária, a
Floresta Estacional Decidual, os Campos, a Restinga e o Mangue, ainda que ocupem áreas pequenas
no estado, são raros em Unidades de Conservação e precisam ser melhor preservados. Até mesmo
a Floresta Ombrófila Densa, contemplada com a maior extensão de área protegida, precisa de am-
pliação, seja por ocorrer geralmente em terrenos altamente vulneráveis (encostas íngremes), por ter
fitofisionomias ainda pouco representadas, ou para garantir a conexão entre os grandes maciços
formados pelas Unidades de Conservação existentes, assegurando a continuidade de habitat para a
fauna e o fluxo gênico.
105
CAPÍTULO 6
A primeira etapa do trabalho do grupo consistiu na revisão dos bancos de dados relativos a faneróga-
mas, disponíveis no Species Link e no SinBiota, pois continham diversos problemas, como a inclusão
de espécies não-nativas, sinônimos botânicos e erros de grafia, entre outros. Após esse trabalho, os da-
dos disponíveis on line somavam 62.542 registros georreferenciados da ocorrência de 5.539 espécies
da flora fanerogâmica paulista.
Com base nesse banco de dados depurado, foi possível mapear o esforço de coleta nas diferen-
tes regiões do estado, segundo as Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI). Tais
informações servirão para nortear ações e políticas de incentivo a inventários de biodiversidade, tanto
pelas instituições públicas de fomento, quanto pelos institutos de pesquisa do estado e universidades
(públicas ou privadas).
Para obter o grau de prioridade de inventários botânicos, as UGRHIs foram classificadas segundo
os seguintes critérios: prioridade muito alta: menos de 1.000 registros de coleta existentes, de plantas
do grupo das fanerógamas; prioridade alta: 1.001 a 3.000 registros; prioridade média: 3.001 a 5.000
registros existentes ou mais de 5.000 registros, mas nem todas as bacias de 5ª ordem amostradas; prio-
ridade baixa: mais de 5.000 registros existentes na UGRHI e todas as bacias de 5ª ordem amostradas.
Além do grande desequilíbrio no esforço de coleta, com forte carência de inventários em todo
o norte, oeste e nordeste do estado, a partir da análise dos bancos de dados constatou-se um esforço
desproporcional em levantamentos de espécies arbóreas e arbustivas, sendo recomendável intensificar
as coletas de outras formas de vida de fanerógamas, como as trepadeiras, epífitas e plantas herbáceas.
Devem ser criados mecanismos de estímulo ao georreferenciamento de novas coletas e à dispo-
nibilização de todos os registros já existentes nos bancos de dados on line, que poderão proporcionar
avanços consideráveis no conhecimento sobre a flora fanerogâmica paulista e nas ações voltadas à sua
conservação.
106
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Diretrizes
Indicadas
por Grupos
Temáticos
Nesta etapa, de indicação de áreas prioritárias para criação de novas Unidades de Conservação,
foram utilizadas as seguintes ferramentas:
mapa das Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI), classificadas segundo o
grau de prioridade para a criação de Unidades de Conservação, assim estabelecido: priorida-
de muito alta: nenhuma UC existente dentro dos limites da UGRHI; prioridade alta: uma UC
existente, não incluindo todos os tipos de vegetação da UGRHI; prioridade média: uma UC
existente contendo todos os tipos de vegetação ou mais de uma UC existente, mas nem todos
os tipos de vegetação representados; prioridade baixa: mais de uma UC existente na UGRHI,
com todos os tipos de vegetação incluídos em UCs;
mapa das áreas remanescentes com cobertura vegetal natural, classificadas pelo tipo de vege-
tação e mapeadas por UGRHI (Inventário Florestal do Estado) (KRONKA et al., 2005);
mapa das áreas indicadas como prioritárias para criação de UCs de Cerrado, pelo projeto
“Viabilidade da Conservação dos Remanescentes de Cerrado no Estado de São Paulo”, do
Programa BIOTA-FAPESP (DURIGAN et al., 2006);
mapa das áreas indicadas como prioritárias para criação de UCs no estado como um todo pelo
projeto “Áreas Especialmente Protegidas no Estado de São Paulo: Levantamento e Definição de
Parâmetros para Administração e Manejo” (Políticas Públicas-FAPESP) (MARINO et al., 2004);
áreas indicadas como prioritárias para a conservação dos ecossistemas na Serra do Mar/Para-
napiacaba (DURIGAN et al., submetido);
mapa de ocorrência de espécies ameaçadas ou registros únicos e classificação dos fragmentos
pela insubstituibilidade e vulnerabilidade (ferramentas desenvolvidas para este projeto).
Entre as áreas indicadas como prioritárias para a criação de novas Unidades de Conservação ou
ampliação das já existentes estão: a) as poucas áreas íntegras de Restinga e Mangue na orla litorânea;
b) as Matas de Araucária e de altitude; c) os Campos da região sul do estado e das serras da Bocaina e
da Mantiqueira; d) as Florestas Estacionais Deciduais das raras encostas rochosas do interior paulista;
e) as áreas brejosas do Pantanal Paulista e dos Buritizais do norte do estado; f) os raros fragmentos de
Cerradão e de Ecótono Cerrado/Floresta no centro-oeste do estado e; g) os quase extintos remanescen-
tes de Cerrado típico no Vale do Paraíba e nordeste do estado.
Além dessas raridades, foram indicados os poucos fragmentos remanescentes com área extensa
de Floresta Estacional Semidecidual, muito mal representada nas Unidades de Conservação existen-
tes e, por fim, algumas áreas extensas da Serra do Mar consideradas fundamentais para a manuten-
ção da integridade do Parque Estadual da Serra do Mar e de outras Unidades de Conservação de
Floresta Ombrófila Densa.
Adicionalmente às áreas indicadas para a criação de Unidades de Conservação em terras públi-
cas, foram indicados fragmentos de vegetação natural com relevância biológica para a conservação
na forma de Reservas Particulares do Patrimônio Natural ─ RPPNs, categoria de manejo que poderia
multiplicar-se no estado mediante políticas públicas de estímulo à sua criação.
107
CAPÍTULO 6
Agradecimentos
Literatura citada
Durigan, G.; Ivanauskas, N.M.; Nalon, M.A.; Ribeiro, M.C.; Kanashiro, M.M.; Costa, H.B.; Santiago, C.M. & Simões, L.
Protocolo de avaliação de áreas prioritárias para a conservação da Mata Atlântica na Serra do Mar/Paranapiacaba.
Revista do Instituto Florestal (submetido).
108
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Diretrizes
Indicadas
por Grupos
Temáticos
Durigan, G.; Siqueira, M.F.; Franco, G.A.D.C. & Ratter, J.A. 2006. Seleção de fragmentos prioritários para a criação de Uni-
dades de Conservação do cerrado no Estado de São Paulo. Revista do Instituto Florestal 18 (n. único): 23-37.
Kronka, F.J.N.; Nalon, M.A.; Matsukuma, C.K ; Kanashiro, M.M. ; Ywane, M.S.S. ; Pavão, M.; Durigan, G.; Lima, L.M.P.R.;
Guillaumon, J.R.; Baitello, J.B.; Borgo, S.C.; Manetti, L.A.; Barradas, A.M.F.; Fukuda, J.C.; Shida, C.N.; Monteiro,
C.H.B.; Pontinha, A.A.S.; Andrade, G.G.; Barbosa, O.; Soares, A.P.; Joly, C.A. & Couto, H.T.Z. 2005. Inventário
florestal da vegetação natural do Estado de São Paulo. São Paulo: Secretaria do Meio Ambiente / Instituto
Florestal, Imprensa Oficial. 200 p.
Lewinsohn, T.M. & Prado, P.I. 2005. Quantas espécies há no Brasil? Pp. 36-42 In: Megadiversidade. Vol. 1, n.1 Belo
Horizonte: Conservation International.
Marino, L.; Goulardins, E. & Coutinho, D.M. 2004. Ranking de 109 Fragmentos de Ecossistemas do Estado de São Paulo.
In: Projeto Áreas Especialmente Protegidas no Estado de São Paulo: Levantamento e Definição de Parâ-
metros para Administração e Manejo – Fase – II. São Paulo: Fundação para a Conservação e a Produção
Florestal do Estado de São Paulo, Relatório Científico final do Programa de Políticas Públicas Processo
FAPESP nº. 1998/13.969.
Shepherd, G.J. 1998. Estudo da diversidade de espécies de Spermatophyta (fanerógamas). Pp. 63-76 In: Bicudo,
C.E.M. & Shepherd, G.J. (orgs.) Biodiversidade do Estado de São Paulo, Brasil: síntese do conhecimento ao
final do século XX. 2: fungos macroscópicos e plantas. São Paulo: FAPESP.
Wanderley, M.G.L.; Shepherd, G.J. & Giulietti, A.M. (coords.) 2001. Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo.
Volume 1. São Paulo: FAPESP / HUCITEC. 292p.
109
CAPÍTULO 6
Jefferson Prado
Marcelo Pinto Marcelli
capítulo Criptógamas
110
6.7
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Diretrizes
Indicadas
por Grupos
Temáticos
Criptógamas
O termo Criptógamas, ainda de uso comum, é remanescente do tempo em que os reinos de seres vivos
eram divididos apenas entre animais e vegetais, e os vegetais separados em dois grandes grupos: as
fanerógamas, que produzem flores, e as criptógamas, que não as possuem.
Com o reconhecimento das últimas décadas de que existem, na realidade, outros reinos de seres
vivos, do antigo reino vegetal emergiram vários reinos bastante diferentes entre si, e as próprias criptó-
gamas foram reconhecidas como pertencentes a pelo menos três deles: protista, vegetal e fungos.
Estes reinos, e mesmo os subgrupos deles, apresentam requisitos ecológicos e distribuição muito
diferentes entre si, e este foi o principal problema encontrado pelo grupo de pesquisadores que se reu-
niu para definir as linhas prioritárias de ação para a conservação das criptógamas na área continental
do Estado de São Paulo, abordando os grupos das algas, fungos, líquens, briófitas e pteridófitas.
Além disso, a situação do conhecimento científico atual é muito diferente para cada um desses
grupos, variando desde quase nulo a razoavelmente conhecido. Entretanto, mesmo o mais conhecido
deles está ainda longe de se poder dizer conhecido para o estado e, normalmente, também para o
Brasil como um todo.
Por esses motivos, se tornou absolutamente necessário que cada grupo fosse tratado de maneira
independente .
Algas
Constituem o grupo mais antigo de plantas existente sobre a face da Terra. Há documentos fósseis que
provam a presença de cianofíceas (também chamadas cianobactérias) povoando nosso planeta desde
o Pré-Cambriano, isto é, desde há cerca de 2,5 bilhões de anos.
As algas formam um conjunto extremamente diversificado de organismos, cuja única caracte-
rística comum é a ausência de um tecido constituído de células estéreis envolvendo as estruturas de
reprodução. Em se tratando de organismos muito primitivos, seu corpo vegetativo pode ser constituído
por uma única célula ou por muitas, por milhões de células que se agrupam em tecidos para desem-
penhar funções específicas, como nutrição (fotossíntese), reserva de alimento, condução de soluções,
etc. Este último tipo de algas já tem forma parecida com a de plantas mais evoluídas, que imitam raiz,
caule e folhas. Quer muito primitivo (unicelular) quer mais evoluído (multicelular), o tipo de corpo
das algas é chamado talo. A grande maioria das algas tem tamanhos microscópicos (desde uns poucos
milésimos até vários centésimos de milímetro), mas há várias que atingem tamanhos visíveis a olho nu
e que variam desde alguns centímetros até 30 ou 35 metros de comprimento. As últimas são habitantes,
principalmente, de mares frios.
Ainda por serem organismos primitivos, as algas são capazes de habitar os mais variados tipos
de ambientes. São, dominantemente, aquáticas vivendo tanto em água doce quanto salgada, além de
111
CAPÍTULO 6
todos os graus intermediários de salinidade, inclusive, o hipersalino. Podem também ocorrer em am-
bientes subaéreos (sobre troncos de árvores, pedras), sobre a superfície ou nas camadas do solo até 2
m de profundidade, no interior de animais, de outras plantas ou de rochas, etc. De fato, ainda só não
foram encontradas nos desertos, pois as algas dependem de certa umidade para sua vida, principal-
mente para a reprodução.
O estudo das algas no Brasil data de 1833, mas seu avanço deu-se após 1950, com os trabalhos
do Prof. Aylthon Brandão Joly, na Universidade de São Paulo. Hoje, um número bastante significativo
de especialistas dedica sua vida à pesquisa de algas em nosso país, enfocando-as sob os mais diversos
aspectos (morfologia, taxonomia, fisiologia, ecologia, bioquímica, biologia molecular, etc).
Estima-se que ao redor de 40.000 espécies de algas sejam atualmente conhecidas em nível mun-
dial. Para o Estado de São Paulo, a estimativa é de mais ou menos 5.500 espécies, das quais pouco
mais do que 2.500 são hoje conhecidas. No que tange as algas marinhas macroscópicas bentônicas,
o estudo esmiuçado do material proveniente da região litorânea permitiu inventariar 308 tipos entre
espécies, variedades e formas taxonômicas, que constituem uma lista “limpa”, isto é, uma relação em
que foram eliminados os sinônimos nomenclaturais e taxonômicos. O levantamento do material de
água doce identificou, por seu lado, a ocorrência de 2.226 táxons constituindo uma lista “suja”, ou
seja, em que não foram excluídos os sinônimos.
São inúmeras as aplicações das algas no mundo atual. Sem sombra de dúvida, as algas que cha-
mam a maior atenção hoje, graças à extensão crescente dos danos que causam, são as cianofíceas
formadoras de florações (quantidades imensas de organismos na água, capazes de mostrar sua presen-
ça a olho nu). Essas algas podem provocar verdadeiras mortandades de peixes por asfixia ou produzir
substâncias tóxicas (cianotoxinas) também responsáveis pela morte de aves aquáticas, carneiros, bois e
até de seres humanos. Entretanto, também há certas cianofíceas benéficas, que enriquecem o solo com
nutrientes (fósforo e nitrogênio) ou servem de alimento direto para o homem. Na alimentação, contudo,
muito mais conhecidas são as formas macroscópicas de algas marinhas (wakame, nori, kombu, como
são conhecidas entre os povos orientais) consumidas pela comunidade, principalmente, de japoneses,
coreanos e chineses e seus descendentes no Brasil. As algas podem também ser utilizadas na indústria
alimentícia, na constituição do líquido protetor de carnes enlatadas; na indústria farmacêutica, na pro-
dução de laxantes intestinais, cápsulas energéticas moderadoras do apetite e de abrasivo nos cremes
dentifrícios; na indústria da construção, na produção de tijolos refratários ao calor e como aditivo ao
concreto na construção de grandes barragens para as usinas hidrelétricas; no tratamento de esgotos,
através das chamadas lagoas de estabilização; e em muitos outros usos do nosso dia-a-dia. São também
muito utilizadas na avaliação da qualidade da água (bioindicação), bem como na páleo-reconstrução
de ambientes alterados como, por exemplo, na mudança climática global, chuva ácida, eutrofização
(enriquecimento da água por ação antrópica resultante do aumento, principalmente, da concentração
de nitrogênio e fósforo, que causa deterioração da qualidade da água e efeitos deletérios à biodiversi-
dade do ambiente).
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Temáticos
Não existem, entretanto, espécies de algas ameaçadas de extinção. Parece um contra-senso, mas
não é. Entretanto, como as algas são habitantes de ambiente aquáticos e totalmente dependentes da
água para a consumação de seu ciclo vital, qualquer alteração nas características físicas ou químicas
do corpo d’água pode causar dano à manutenção de sua presença no ambiente. Dependendo da mag-
nitude do dano, pode ocorrer o desaparecimento de certas espécies, menos resistentes, que cedem o
espaço para o desenvolvimento de outras, mais resistentes, entre as quais algumas que podem ser até
extremamente prejudiciais para a saúde humana. No caso de um dano ainda maior, pode ocorrer até
a extinção completa de todas as espécies de algas que habitam aquele ambiente. Neste caso, rompe-
se o equilíbrio inicial do ambiente, com a possibilidade de desaparecerem os herbívoros menores, as
espécies de peixes que se alimentam de algas, as aves que usam os peixes como alimento, etc. Em
suma, o desequilíbrio no ambiente aquático pode gerar outro, no ambiente terrestre circundante, isto
é, o primeiro equilíbrio rompido será, fatalmente, substituído por outro, que pode não ser favorável ao
ambiente maior que cerca o corpo d’água. Outras espécies se estabelecerão nos arredores e entre elas
algumas que podem não ser benéficas para a saúde do grande ecossistema e, inclusive, do homem.
Fungos
Fungos são organismos aclorofilados, heterotróficos que produzem enzimas de ação extracelular que
atuam diretamente no substrato, transformando-o em compostos mais simples que são então absorvi-
dos. O Reino Fungi é bastante heterogêneo, inclui fungos microscópicos normalmente considerados
entre os microrganismos, como os Chytridiomycota (fungos aquáticos) e Zygomycota (fungos terrestres
decompositores de compostos simples como celulose e sacarose, e fungos micorrízicos), assim como
espécies macroscópicas que formam estruturas de reprodução conspícuas, como os Ascomycota e
Basidiomycota (em sua maioria terrestre, decompositores de moléculas complexas como celulose e
lignina, parasitas, ou em associações mutualísticas), usualmente consideradas entre as Criptógamas.
Estes organismos apresentam ciclo de vida complexo e distinto para cada grupo. O estudo das espécies
microscópicas normalmente se faz através da coleta de amostras de solo e água, que são conduzidas
ao laboratório e expostas a substratos adequados para que os organismos cresçam e se reproduzam
e possam, assim, ser identificados. Para o estudo dos fungos macroscópicos, são coletadas as estrutu-
ras visíveis (cogumelos), que nada mais são que estruturas de reprodução. No entanto, é importante
lembrar que esta estrutura é efêmera e que o organismo está presente dentro do substrato, na forma
micelial, nem sempre visível.
Popularmente conhecidos por mofos, bolores, leveduras, cogumelos e orelhas-de-pau, os fungos
estão presentes em todos os biomas, em ambientes aquáticos e terrestres, onde atuam como decompo-
sitores, parasitas ou formam associações mutualísticas, como líquens e micorrizas. A principal função
ecológica dos fungos resulta de sua atividade como decompositores de restos animais e vegetais, cons-
tituindo um dos elos essenciais na ciclagem dos nutrientes, liberando-os de tal forma que possam ser
113
CAPÍTULO 6
reutilizados por outros organismos. De primordial importância é a atuação das espécies lignícolas, uma
vez que a madeira é o maior componente da biosfera, representando mais de 90% da biomassa em
ecossistemas florestais. Além disso, espécies de fungos basidiomicetos parecem ser as únicas capazes
de mineralizar a molécula de lignina presente na madeira a qual, por si só, representa um quinto da
produção anual de biomassa terrestre.
Grande parte das espécies apresenta ampla distribuição geográfica, muitas são cosmopolitas ou
estão largamente distribuídas nas regiões tropicais do globo. Assim, a maioria das espécies que ocor-
rem no Estado de São Paulo não é endêmica e está presente em outras regiões do Brasil e do mundo.
Os fungos são fundamentais na manutenção dos ecossistemas aquáticos e terrestres onde participam
da ciclagem dos nutrientes, e a preservação dos biomas está intimamente relacionada à preservação
deste grupo de organismos.
Apesar de sua grande importância ecológica, os fungos constituem um dos grupos menos estu-
dados entre as criptógamas no Estado de São Paulo. De acordo com a literatura, existem ca. 65.600
espécies conhecidas em todo o mundo (KIRK et al., 2001). No diagnóstico do nível de conhecimento
da micota paulista, efetuado em 1997, o número de espécies de fungos conhecidas para o estado foi
estimado em ca. 3.000, mostrando a grande lacuna no conhecimento deste grupo de organismos, prin-
cipalmente devido a falta de taxonomistas. Por se tratar de um grupo altamente heterogêneo, os dados
relacionados aos fungos encontram-se esparsos e foram apresentados por Capelari et al. (1998) para
os fungos macroscópicos, incluindo Ascomycota e Basidiomycota, enquanto fungos tratados como mi-
crorganismos foram considerados à parte; Rodrigues-Heerklotz & Pfenning (1999) apresentam os dados
para Ascomycota, Trufem (1999) para os Zygomycota, Milanez (1999) relata sobre Chytridiomycota e
Grandi (1999) sobre fungos deuteromicetos ou mitospóricos.
Praticamente não houve incremento significativo no conhecimento da diversidade fúngica paulis-
ta após esse diagnóstico, principalmente das regiões norte e oeste do estado, sendo a Mata Atlântica o
bioma mais amostrado até o momento. Para os basidiomicetos (cogumelos e orelhas-de-pau), um dos
mais estudados entre os fungos, houve incremento de 86 espécies (CAPELARI; GUGLIOTTA, 2006).
Não há dados para os demais grupos de fungos.
Assim, a realização de levantamentos dos diversos grupos de fungos e a formação de taxonomistas são
prioritários para subsidiar ações de preservação e recuperação da biodiversidade do Estado de São Paulo.
Líquens
Líquens são estruturas formadas por fungos que se associam a uma alga ou uma cianobactéria,
de quem obtém o alimento ao “roubar-lhes” o produto da fotossíntese. Esses fotobiontes normalmente
vivem dentro do corpo (talo) do líquen e constituem apenas uma pequenina porção dele, de modo
que, taxonomicamente, os líquens são tratados como sendo fungos. A liquenização apareceu muitas
vezes em épocas e grupos diferentes dentro do reino dos fungos, e é uma grande regra de vida dentro
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Temáticos
do reino, principalmente no filo Ascomycetes, em que a metade das espécies conhecidas ocorre na
natureza exclusivamente na forma liquenizada (associada a uma determinada espécie de fotobionte)
(MARCELLI, 1998, 2006). Assim sendo, líquens não podem ser tratados como um grupo taxonômico,
mas sim como uma forma biológica presente em vários grupos diferentes.
Como os líquens necessitam expor as algas à luz para realização de fotossíntese, eles crescem
bem visíveis sobre os substratos, ao contrário dos fungos não liquenizados, que normalmente crescem
dentro do substrato, do qual se alimentam.
Os líquens aparecem como manchas de várias cores sobre troncos de árvores, rochas ou mesmo
no solo, ou ainda como estruturas foliosas de aparência recortada ou, ainda, como formas filamento-
sas pendentes de galhos e rochas, as famosas barbas-de-velho (gêneros Usnea e Ramalina no Brasil),
e crescem no máximo alguns milímetros por ano (MARCELLI, 2006), razão pela qual qualquer dano a
uma comunidade liquênica demora algumas décadas para ser recuperado, e qualquer atividade extra-
tivista de líquens deve ser absolutamente impedida e fortemente reprimida.
O número de espécies estimado para o mundo varia de 30.000 a 50.000 de acordo com o autor.
São mencionadas cerca de 3.000 espécies para o Brasil (são esperadas cerca de 5.000) e cerca de 600
para o Estado de São Paulo, um acréscimo de 100 espécies em relação à avaliação de 10 anos atrás
(MARCELLI, 1998). Dissertações de Mestrado recentes demonstraram que tanto no litoral quanto nos
cerrados paulistas, a quantidade de novidades taxonômicas chega a 20% na família Parmeliaceae, a
mais bem estudada no planeta (BENATTI, 2005; JUNGBLUTH, 2006). Em gêneros de famílias menos
conhecidas, como Heterodermia (MARTINS, 2007) e Leptogium (CUNHA, 2007, litoral sul), a quan-
tidade de novidades chegou a 30% e 50% respectivamente, numa clara demonstração do nível de
desconhecimento sobre os líquens brasileiros. Centenas de outros gêneros de muitas famílias não têm
qualquer estudo desde o início do século 20.
Como os líquens apresentam grande preferência por hospedeiros e por habitats específicos, a
conservação dos líquens paulistas está diretamente vinculada à conservação dos habitats naturais do
Estado de São Paulo.
Líquens estão presentes em todos os habitats e todas as formações vegetais, embora sejam mais
diversificados e abundantes em locais onde a alta luminosidade ocorre conjuntamente com grandes
oscilações da umidade do ar. Estão quase totalmente ausentes de áreas com alta umidade constante e
dos locais com poluição aérea elevada. São excelentes indicadores da qualidade do ar e podem ser uti-
lizados como indicadores de antiguidade de matas, microclimas e estágios sucessionais. A presença de
alta diversidade de espécies de Cladonia sobre o solo atesta a antiguidade da vegetação. Alta diversida-
de e cobertura liquênica sobre troncos de árvores dos cerrados ocorrem apenas 20 a 30 anos após uma
queimada. No total, as espécies de fungos liquenizados produzem mais de 700 substâncias diferentes,
que normalmente apresentam importante atividade biológica (alelopática, antibiótica, antitumoral) ou
têm potencial de estudo nesse sentido. Muitas aves, principalmente beija-flores, utilizam revestimento
de líquens em seus ninhos construídos com escamas de pteridófitas ou briófitas.
115
CAPÍTULO 6
A possibilidade de uso de Canoparmelia texana (Tuck.) Elix & Hale como bioindicador brasileiro
da poluição atmosférica tem sido estudada com sucesso em São Paulo (SAIKI et al., 2007).
Os fungos liquenizados são os seres vivos menos conhecidos entre todos os estudados pela Bo-
tânica no Estado de São Paulo. Sendo assim, o levantamento de espécies, estudos taxonômicos, de
distribuição, e de potencial uso como bioindicadores, além de formação de pessoal especializado e
montagem de grandes coleções de referência, são absolutamente prioritários no estado. Nesse aspec-
to, quase nada foi alterado na situação relatada 10 anos atrás por Marcelli (1998). Em todas as áreas
geográficas, formações vegetais ou bacias hidrográficas, o conhecimento liquenológico está ainda em
estágio inicial ou é absolutamente nulo.
Briófitas
As briófitas são o segundo maior grupo de plantas vivas, atrás apenas das plantas com flores: a flora
briofítica no mundo conta com ca. 24.000 espécies. No Brasil encontramos aproximadamente 3.125
espécies, distribuídas em 450 gêneros e 110 famílias e para o Estado de São Paulo 1.156 espécies e 73
variedades, distribuídas em 274 gêneros e 82 famílias (YANO, 1998).
Este grupo vegetal é representado por três divisões: Anthocerotophyta (antóceros), Bryophyta
(musgos) e Marchantiophyta (hepáticas).
Popularmente são incluídas como briófitas muitas outras plantas. É muito comum serem chama-
das de musgos tanto as hepáticas como os fungos liquenizados do gênero Usnea, conhecido como
“musgo-barba” e “barba-de-velho” e a Cladonia rangiferina como “musgo-de-rena”. Alguns fungos
liquenizados folhosos podem ser confundidos com Riccardia (hepática talosa) e algumas fanerógamas
da família Bromeliaceae (Tillandsia usneoides) são conhecidas como “musgo-espanhol”. Além disso,
temos ainda a família Podostomataceae com os gêneros Mniopsis e Tristicha que lembram musgos.
Além de inúmeras pteridófitas como himenofiláceas, selaginelas, licopodiáceas e outras.
São encontradas em quase todos os ambientes, desde as florestas ombrófilas extremamente úmi-
das até as áreas de pouca umidade como Cerrado, a Caatinga e o Deserto. Elas crescem nos mais va-
riados substratos, tais como: tronco vivo, tronco podre, húmus, superfície de rochas, no solo arenoso,
argiloso, calcário, sobre folhas vivas, barrancos úmidos e diversos materiais orgânicos.
São o principal componente de ecossistemas como tundra e turfeiras (a extensão das turfeiras na
zona boreal é maior que das florestas tropicais) desempenhando importante papel na reserva de água,
troca de nutrientes e interações ecológicas.
Apresentam sensibilidade à perda de água e por isso apresentam boa indicação de microclima,
zonação altitudinal e mudanças climáticas, e ainda a forma de absorção de água e nutrientes é utiliza-
da no monitoramento da poluição do ar e da água, contaminação por metais pesados e radioatividade.
São também utilizadas como bioindicadores ecológicos, paleoecológicos, de depósitos minerais, po-
luição da água e do ar.
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Temáticos
As briófitas apresentam várias aplicações diretas e indiretas para o uso do homem. Por exemplo
Calymperaceae, Sphagnum e Leucobryum são muito usados em floricultura como meio de cultivo e
aditivos para o solo. Sphagnum pode ainda ser usado na fabricação de papel, materiais de construção,
isolante térmico (enchimento) e substituindo o algodão com grande eficiência por apresentar ação an-
tisséptica. Algumas briófitas servem de alimento para peixes e ainda são usadas na China no tratamento
de doenças cardiovasculares.
As briófitas têm grande importância no início da sucessão ecológica das florestas recém-devasta-
das, sendo responsáveis pela formação do húmus e a conseqüente redução do pH do solo, na retenção
de água das chuvas e ainda pela formação de um ótimo substrato para a germinação de sementes. Exis-
tem pássaros que utilizam as briófitas para a construção de seus ninhos, tornando-os mais macios.
Dessa maneira é importante conhecer o grupo das briófitas com vistas a documentar sua riqueza
e diversidade nos diversos ecossistemas do estado.
A maioria dos trabalhos realizados revela grande quantidade de novas ocorrências, tanto
fora de Unidades de Conservação, onde são apresentadas 15 novas ocorrências para o estado
(PERALTA;YANO, 2005), quanto dentro de unidade de conservação (Parque Estadual da Ilha An-
chieta, PEIA) onde foram encontradas 20 novas ocorrências de espécies de musgos para o Estado
de São Paulo (PERALTA;YANO, 2006).
As criptógamas representam enorme lacuna no conhecimento da biodiversidade do Estado de
São Paulo. Assim, projetos de levantamento de espécies de criptógamas ainda serão por muito tempo
alta prioridade para que se possa conhecer a diversidade de espécies do estado.
A diversidade de briófitas no Estado de São Paulo é influenciada diretamente pela formação
vegetal. Apesar de grande parte das espécies apresentarem ampla distribuição, existem espécies ca-
racterísticas das várias formações vegetais existentes, especialmente a Floresta Atlântica, onde ocorre
a grande maioria das espécies.
Espécies com potencial para futuros estudos de modelagem ecológica (bioindicadoras) entre as
briófitas são: Sphagnum recurvum P. Beauv., S. subsecundum Nees e S. perichaetiale Hampe (acidez
do solo); Fabronia ciliaris (Brid.) Brid. (poluição do ar); Porella brasiliensis Schiffn. (mata primária).
Pteridófitas
As pteridófitas, assim como as demais plantas vasculares, têm grande importância e representativi-
dade na flora brasileira. Constituem um grupo taxonômico com menor número de espécies, quando
comparado com as briófitas, e se caracterizam pela marcada alternância de fases no seu ciclo de vida,
sendo a fase duradoura a esporofítica e a gametofítica efêmera. Esta característica, aliada à presença
de feixes vasculares, as distingue das briófitas. Diferem das fanerógamas pela ausência de flores, frutos
e sementes. De acordo com a literatura, existem ca. 9.000-12.000 espécies de pteridófitas conhecidas
em todo o mundo. No Brasil, estima-se que devam ocorrer em torno de 1.200-1.300 espécies. Destas,
117
CAPÍTULO 6
aproximadamente 500-600 ocorrem no Estado de São Paulo, ou seja, aproximadamente 50% do total
estimado para o país (PRADO, 1998).
Ocorrem principalmente em regiões florestais. Em especial e em maior proporção na Mata Atlân-
tica e matas de regiões serranas do leste do estado, como a Serra da Mantiqueira, Serra da Bocaina,
Vale do Ribeira e Serra do Japi. Em menor proporção, nas regiões serranas do centro do estado (região
de São Carlos e Analândia). Ainda no interior do estado, porcentagem significativa de espécies ocorre
nas matas de galeria, remanescentes de Florestas Estacionais Semideciduais e nas regiões de Cerrado
(PRADO, 1998). As matas paludosas do interior do estado são formações que abrigam quantidade sig-
nificativa de espécies de pteridófitas, entretanto, são pouco estudadas do ponto de vista florístico. Em
um recente trabalho de levantamento para o estado, Polybotrya goyanzensis Brade foi registrada para
uma dessas matas na região de Bauru. Este é o primeiro registro desta espécie no estado, antes conhe-
cida apenas para o Estado de Goiás, no Brasil e para o Paraguai.
Já para a região serrana da porção central do estado (Cuestas da Serra do Cuscuzeiro, Município
de Analândia) foram registradas sete espécies de pteridófitas que se constituem registros únicos para o
Estado de São Paulo (SALINO, 1996). Ocorrem, todavia, fora de áreas protegidas e, por este motivo, a
área onde foram registradas está sendo indicada para a criação de uma Unidade de Conservação de
Proteção Integral. As espécies são: Cheilanthes goyazensis (Taub.) Domin, Anemia elegans Sw., A. tri-
chorhiza Gardner, Thelypteris leprieurii R.M. Tryon var. glandifera A.R. Sm., T. multigemmifera Salino,
Eriosorus myriophyllus Sw., Polybotrya speciosa Schott.
Os pesquisadores que se reuniram para a análise do grupo Criptógamas foi muito heterogêneo, com
especialistas em táxons muito diversos e distintos quanto a requisitos ecológicos, e com uma grande
diferença no grau de conhecimento da biodiversidade no Estado de São Paulo.
Entretanto, foi de comum acordo que a quantidade de registros existentes nos bancos de dados
das criptógamas paulistas, sobre os quais deveriam ter sido baseadas a grande maioria das análises
de distribuição e considerações específicas sobre conservação, é absolutamente insignificante, razão
pela qual as decisões tomadas e recomendações feitas tiveram de ser tomadas com base apenas na
expertise dos participantes.
Todavia, mesmo com a lacuna de conhecimento existente, foi possível a indicação de algumas
áreas prioritárias para conservação de criptógamas no Estado de São Paulo com base em espécies-alvo,
i.e., espécies presentes em listas vermelhas (pteridófitas) e registros existentes de ocorrências únicas
(briófitas, pteridófitas e algas).
Foi considerada ainda a enorme importância da criação de corredores ecológicos e a existência
de grandes áreas no estado sem qualquer informação de ocorrência de espécies dos diferentes grupos
de criptógamas.
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Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Diretrizes
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Temáticos
Assim sendo, as conclusões que podem ser aplicadas às Criptógamas como um todo são, inques-
tionavelmente, as seguintes:
1. A ação mais importante a ser tomada no Estado de São Paulo para a conservação das Criptóga-
mas como um todo é, sem qualquer dúvida, a recuperação das APPs (Áreas de Preservação
Permanente) às margens dos cursos d’água, que manteria corredores ecológicos para o bom e
necessário fluxo gênico das espécies de criptógamas;
2. As criptógamas representam uma enorme lacuna no conhecimento da biodiversidade do Esta-
do de São Paulo, com atenção especial para os fungos (principalmente os líquens) e as briófitas;
3. Projetos de levantamento de espécies de criptógamas ainda serão por muito tempo alta
prioridade no Estado de São Paulo;
4. Os assessores que julgam projetos de levantamento de espécies devem estar avisados que os
itens de julgamento “originalidade” e/ou “inovação tecnológica” não se aplicam a esse tipo de
projeto, prioritário em sua própria essência.
Do ponto de vista geográfico, embora todo o estado seja praticamente desconhecido para alguns gru-
pos, os maiores problemas são identificados em direção ao oeste do estado, a partir das Cuestas Basálticas.
Independente da geografia, certos habitats são desconhecidos em todo o estado, como por exem-
plo, as matas paludosas, os brejos, as restingas e as vegetações de altitude.
Os grupos mais bem conhecidos são as algas, cujo levantamento para o Estado de São Paulo deve
cobrir em breve ca. 70% das espécies, e as pteridófitas. Entretanto, não há dados sobre a distribuição
geográfica, por bioma ou por microbacia para as espécies desses grupos.
Trabalhos sobre briófitas (musgos, hepáticas e antóceros) têm revelado grande número de novas
ocorrências, dentro e fora áreas de Unidades de Conservação do Estado de São Paulo.
Dos poucos fungos conhecidos no estado, a maioria foi registrada apenas em Unidades de Con-
servação da Mata Atlântica. Dos líquens, somente uma pequena porcentagem das espécies da família
Parmeliaceae aparece em dissertações recentes (2005-2006) para fragmentos de cerrados e litoral sul
do estado (sem georeferência) e cada trabalho revela de 20 a 30% de espécies novas e de 40 a 60%
de novidades geográficas, demonstrando que os fungos e líquens constituem uma grande lacuna de
conhecimento no Estado de São Paulo.
Agradecimentos
O grupo agradece Ciro Koiti Matsukuma do Instituto Florestal, pela inestimável ajuda no manuseio de
mapas e bancos de dados utilizados para as conclusões e considerações aqui apresentadas. Agradece-
mos também a todas as pessoas do grupo coordenador dos trabalhos, por toda assessoria e organização
logística, sem as quais estes resultados não teriam sido alcançados.
119
CAPÍTULO 6
Literatura citada
Benatti, M.N. 2005. Os Gêneros Canomaculina, Parmotrema e Rimelia (Parmeliaceae, Ascomycetes) no litoral centro-sul
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121
CAPÍTULO 6
6.8
de paisagem
para a
definição
de ações
122
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Temáticos
Introdução
A definição de critérios objetivos e eficientes para a seleção de áreas prioritárias para conservação,
restauração e conexão de manchas representativas de habitats nativos é uma das principais priori-
dades de pesquisa em biologia da conservação. Diante da dificuldade de se obter dados biológicos
adequadamente padronizados e em quantidade suficiente para serem usados de forma sistemática,
muitos autores sugerem o uso de indicadores não-biológicos (FAITH, 2003; SARKAR et al., 2005)
ou de uma combinação de indicadores biológicos e ambientais (COWLING et al., 2004) para a
definição de estratégias de conservação. Dentre os indicadores ambientais sugeridos, estão os parâ-
metros de estrutura da paisagem (WILLIAMS et al., 2002). Estes parâmetros permitem indicar áreas
potencialmente mais ricas em espécies nativas, uma vez que fragmentos maiores, com forma mais
arredondada, com alto grau de conexão com fragmentos similares vizinhos, e imersos numa matriz
inter-habitat permeável aos fluxos biológicos de espécies nativas são potencialmente mais ricos do
que fragmentos com características distintas (METZGER, 1999). Neste capítulo, procuramos explorar
as características estruturais dos fragmentos de vegetação nativa do Estado de São Paulo para auxiliar
na definição de ações prioritárias de conservação.
Nas análises das métricas de paisagem, utilizou-se o mapa do Inventário Florestal do Estado de São
Paulo (KRONKA et al., 2005). Este mapa foi obtido por interpretação de imagens Landsat/TM, com
resolução espacial de 30 metros, na escala nominal de mapeamento de 1:50.000. A versão original do
mapa é composta por 34 classes de vegetação, baseadas em Veloso et al. (1991), incluindo áreas de
transição entre fisionomias (zonas de contato) e vegetação em estádios secundários de regeneração.
Este mapa foi reclassificado em cinco principais classes de vegetação (fitofisionomias) para as quais há
claras evidências de distinção na composição das comunidades biológicas: Floresta Ombrófila Densa
(FOD); Floresta Ombrofila Mista (FOM), Formações Savânicas (SAV), Floresta Estacional (FES) e Restin-
ga/Mangue (REMA).
Índices de Paisagem
123
CAPÍTULO 6
As métricas definidas acima foram calculadas para os 92.183 fragmentos de vegetação nativa do es-
tado, de forma a subsidiar a escolha de estratégias de conservação na escala mais fina, utilizando os
fragmentos como Unidades de Planejamento (ver capítulo 5). Foram ainda calculados valores médios
124
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Diretrizes
Indicadas
por Grupos
Temáticos
destes índices, por fitofisionomia, para as Unidades de Planejamento mais amplas: as sub-bacias de 5ª
ordem e as Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHIs). Todos estes dados estruturais
foram oferecidos aos grupos temáticos taxonômicos, que puderam então combiná-los com as informa-
Além de contribuir com os grupos temáticos para a tomada de decisões, em particular quando
os dados biológicos eram escassos, o grupo de Ecologia de Paisagens procurou também propor ações
Tabela 1. Limites para os valores de área e proximidade utilizados na definição das ações propostas
para conservação, considerando-se apenas as métricas de paisagem. Regras A e B: áreas sugeridas para
criação de nova Unidade de Conservação de Proteção Integral; Regra C: fragmentos sugeridos para
serem priorizados em ações de incremento de conectividade (ver texto para detalhes).
A 3.000 1.320.000 0
A 500 11.000 0
C 30 200 0,7
A 2.000 36.000 0
C 30 200 0,4
A 1.000 10.330 0
C 30 200 0,35
A 1.000 30.120 0
C 30 100 0,7
125
CAPÍTULO 6
alvo. Os resultados apresentados abaixo referem-se a este procedimento. Neste caso, todas as decisões
foram tomadas unicamente na escala dos fragmentos.
Foram consideradas apenas duas ações nesta proposta: a indicação de áreas com potencial
para formarem novas Unidades de Conservação de Proteção Integral e a indicação de fragmen-
tos para serem prioritariamente interligados por ações de restauração ou conservação. Para
tanto, consideramos uma combinação dos dados de extensão e proximidade dos fragmentos,
segundo três regras:
A. Fragmentos muito grandes, independentemente de seu formato ou de sua proximidade, devem
ser considerados prioritários para estudos de viabilidade de formação de novas Unidades de
Conservação de Proteção Integral;
B. Fragmentos menores do que os anteriores, porém situados num contexto de proximidade mé-
dia a alta com fragmentos vizinhos, também devem ser priorizados para formação de novas
Unidades de Conservação de Proteção Integral;
Tabela 2. Extensões das áreas sugeridas para ampliação das Unidades de Conservação de
Proteção Integral, obtidas pela análise da área e proximidade dos fragmentos remanescen-
tes de vegetação nativa do Estado de São Paulo.
126
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Diretrizes
Indicadas
por Grupos
Temáticos
Tabela 3. Extensões das áreas sugeridas para incremento de conectividade, obtidas pela análise da
área e proximidade dos fragmentos remanescentes de vegetação nativa do Estado de São Paulo.
127
CAPÍTULO 6
(capitulo 6.8) representam apenas uma possibilidade de combinação dos valores de área e pro-
ximidade. Estes limites podem ser modificados caso seja necessário tornar estes critérios mais ou
menos rigorosos para uma determinada ação de conservação. Nota-se, ainda, que nesta seleção
os índices de forma não foram considerados pelo fato dos fragmentos priorizados para novas Uni-
dades de Conservação serem todos relativamente extensos (> 200 ha), com pouca área de borda,
e para não se restringir a seleção dos fragmentos a serem prioritariamente conectados.
Considerações finais
Em contraste com os dados biológicos, os dados de estrutura da paisagem podem ser obtidos, de forma
padronizada, para todos os fragmentos. Este capítulo apresentou uma forma de explorar estas métri-
cas, usando em especial uma combinação de área e proximidade dos fragmentos, para estabelecer
prioridades em ações de conservação. Apesar da análise estrutural aqui proposta não considerar dados
biológicos, ela considera a complementaridade biológica existente entre as principais fitofisionomias
do Estado de São Paulo. Estas fitofisionomias foram consideradas independentemente, destacando os
seus principais fragmentos, em termos estruturais, o que certamente contribui para abranger nas ações
de conservação espécies com diferentes preferências de habitat.
A utilidade deste procedimento deve ser validada com os dados biológicos, para se confirmar,
para os diferentes grupos taxonômicos, se a estrutura da paisagem pode ou não ser um indicador satis-
fatório de biodiversidade. Análises preliminares mostram que há grande coincidência nas indicações
baseadas em espécie-alvo com as indicações aqui propostas. Independentemente desta validação,
não há dúvidas de que as métricas de paisagem contribuíram consideravelmente para este projeto, em
especial por permitir analisar e estabelecer ações para todos os remanescentes, mesmo na ausência de
dados biológicos. Ademais, o procedimento adotado é sistemático, objetivo e replicável, permitindo
novas análises a partir da definição de novos critérios de corte nos valores de área e proximidade, ou
a partir de inclusão de novos índices estruturais.
Agradecimentos
Literatura Citada
Cowling, R.M.; Knight, A.T.; Faith, D.P.; Lombard, A.T.; Desmet, P.G. 2004. Nature conservation requires more than a
passion for species. Conservation Biology. 18:1674–76
128
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Diretrizes
Indicadas
por Grupos
Temáticos
Faith, D.P. 2003. Environmental diversity (ED) as surrogate information for species level diversity. Ecography
26:374–79
Metzger, J. P. 1999. Estrutura da paisagem e fragmentação: análise bibliográfica. Anais da Academia Brasileira de
Ciências, v. 71, n. 3-I, p. 445-463, 1999.
Kronka, F.J.N.; Nalon, M.A.; Matsukuma, C.K.; Kanashiro, M.M.; Ywane, M.S.S.; Pavão, M.; Durigan, G.; Lima,
L.M.P.R.; Guillaumon, J.R.; Baitello, J.B,; Borgo, S.C.; Manetti, L.A.; Barradas, A.M.F.; Fukuda, J.C.; Shida, C.N.;
Monteiro, C.H.B.; Pontinha, A.A.S.; Andrade, G.G.; Barbosa, O.; Soares, A.P. 2005. Inventário florestal da
vegetação do Estado de São Paulo. São Paulo: Secretaria do Meio Ambiente / Instituto Florestal. Ed.
Imprensa Oficial, 200p.
McGarigal, K.; Marks, B.J. 1995. FRAGSTATS: spatial pattern analysis program for quantifying landscape structure. USDA
For. Serv. Gen. Tech. Rep. PNW-351.
Sarkar, S.; Justus, J.; Fuller, T.; Kelley, C.; Garson, J. 2005. Effectiveness of environmental surrogates for the selection of
conservation area networks. Conservation Biology 19:815–25.
Veloso, H.P.; Rangel Filho, A.L.R. & Lima, J.C.A. 1991. Classificação da Vegetação Brasileira Adaptada a um Sistema
Universal. Rio de Janeiro, IBGE.
Williams, P. H., Margules, C. R. & Hilbert, D. W. 2002. Data requirements and data sources for biodiversity priority area
selection. Journal Biosciences 27(4, Suppl. 2): 327-338.
129
CAPÍTULO 1
130
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Introdução
7
a Conservação e
Restauração da
Biodiversidade
no Estado de
São Paulo
131
CAPÍTULO 7
132
7.1
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Diretrizes para
a Conservação e
Restauração da
Biodiversidade
no Estado de
C omo já ressaltado nos capítulos anteriores, o diferencial da proposta de estabelecer “Diretrizes São Paulo
para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo” foi de tomar deci-
sões sustentadas essencialmente em dados biológicos coletados em projetos de pesquisa científica.
Estes dados foram obtidos, em grande parte, com financiamento da FAPESP, dentro do Programa BIOTA
e disponibilizados num banco de dados público da biodiversidade paulista, também organizado pelo
BIOTA/FAPESP, o SinBiota (www.biota.org.br). Além disso, a necessidade ou não da conexão desses
fragmentos remanescentes na paisagem, através da restauração de corredores ecológicos com alta di-
versidade, também foi baseada em dados biológicos. No entanto, a restauração da matas ciliares está
sendo proposta para todo o Estado de São Paulo, o que permitirá conectar a maioria dos fragmentos
remanescentes do estado e no caso dos melhores fragmentos, essa conexão poderia ser feita fora da
faixa ciliar ou também através da restauração da mata ciliar, mas numa largura além daquela definida
na legislação vigente, permitindo que esse excedente seja compensando como Reserva Legal das pro-
priedades da região.
Sendo assim, a metodologia de integração dos dados biológicos temáticos apoiou-se essencialmen-
te no banco de dados do Programa BIOTA/FAPESP (SinBiota), complementado por outros bancos de da-
dos científicos disponíveis no estado. Além disso, foram ainda prerrogativas desta integração temática, a
necessidade dela ser objetiva, replicável e construída de forma participativa, envolvendo o maior número
possível de pesquisadores temáticos, que são essencialmente os responsáveis pela coleta, aferição e dis-
ponibilização dos dados biológicos usados nesta proposta. Todas as decisões foram tomadas em reuniões
de trabalho envolvendo a coordenação desta proposta e a comunidade científica paulista.
As decisões foram baseadas em dados biológicos e de estrutura da paisagem organizados em duas
escalas principais de trabalho, que foram: a) os fragmentos de vegetação natural remanescente (num
total de 92.183); b) as sub-bacias de 5ª ordem (350). Os dados biológicos e a integração temática foram
também apresentados na escala das 22 Unidades de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (UGRHI)
do Estado de São Paulo, que é a unidade de planejamento territorial usada pela Secretaria de Meio
Ambiente do Estado de São Paulo para as diversas ações ambientais no estado.
Os dados biológicos coletados em cada área natural remanescente do Estado de São Paulo fo-
ram disponibilizados para os oito grupos temáticos descritos anteriormente (mamíferos, aves, répteis/
anfíbios, peixes, invertebrados, fanerógamas, criptógamas e paisagem) para que os especialistas parti-
cipantes desses grupos definissem ações de conservação e restauração, e não apenas a indicação de
áreas naturais remanescentes prioritárias para conservação.
Devido ao intenso avanço do processo de perda de vegetação nativa no Estado de São Paulo e à
grande importância desses remanescentes para conservação da biodiversidade remanescente, definin-
do elevado valor biológico e destacado serviço ambiental prestado por esses remanescentes naturais,
considerou-se que todas as áreas de vegetação natural deveriam ser protegidas, independente de seu
tamanho e do seu estado de degradação. Ademais, como já comentado anteriormente, considerou-se
que todas as áreas ciliares deveriam ser restauradas, conforme explicitado na legislação ambiental bra-
133
CAPÍTULO 7
sileira, possibilitando a interligação da maioria desses fragmentos na paisagem. Sendo assim, o que se
buscou nessa proposta foi, além de espacializar as ações de conservação, definir diferentes estratégias
ou diretrizes de conservação dessa biodiversidade remanescente, considerando para isso as caracte-
rísticas biológicas e físicas de cada um dos fragmentos naturais. Procurou-se, ainda, definir diferentes
alternativas de restauração, que permitissem a correção e adequação de suas formas e a conexão des-
ses fragmentos na paisagem, otimizando assim a conservação do pouco que restou de vegetação nativa
no Estado de São Paulo. Vale ainda destacar, que esses fragmentos naturais podem exercer papel ainda
mais relevante de conservação da biodiversidade remanescente se foram devidamente protegidos e
adequadamente manejados, com, por exemplo, o controle de espécies competidoras e/ou superabun-
dantes, o enriquecimento de espécies ou grupos funcionais e outras.
Cada grupo temático teve ampla liberdade para definir as ações que julgasse ser mais pertinente
para a conservação das espécies daquele grupo taxonômico em questão. Estas ações estavam baseadas
essencialmente na indicação dos melhores fragmentos, em termos de valor biológico e de estrutura
espacial, para serem protegidos através da criação ou ampliação de Unidades de Conservação de Pro-
teção Integral, na proteção dos demais fragmentos naturais remanescentes usando outros mecanismos
legais, como a averbação de Reservas Legais (RL), criação de reservas particulares (Reservas Particulares
do Patrimônio Natural - RPPN), na interligação desses fragmentos na paisagem através da restauração,
com elevada diversidade regional, de corredores ecológicos (em particular em áreas ripárias), na con-
versão de reflorestamentos comerciais de espécies exóticas (Pinus spp, Eucaliptus spp e outras) em
áreas naturais, na ampliação de Áreas de Proteção Ambiental (APA) e na identificação da necessidade
de mais inventários biológicos numa dada região.
Estas ações para conservação e restauração foram definidas em função de dois principais critérios:
a) a riqueza/ocorrência de espécies-alvo para conservação; b) o potencial da paisagem de sustentar
uma alta diversidade biológica. Em princípio, conforme ampla literatura científica, fragmentos maiores
e melhor conectados com fragmentos vizinhos devem suportar um maior número de espécies, incluin-
do as espécies definidas como alvo pelos especialistas de cada grupo temático. Desta forma, na inte-
gração dos dados dos diferentes grupos temáticos, foram definidos três conjuntos principais de ações:
1. Fragmentos naturais amplos, bem conectados na paisagem, com uma alta riqueza de espécies-
alvo e que ainda não estavam incluídas dentre as Unidades de Conservação de Proteção In-
tegral já estabelecidas no Estado de São Paulo, foram sugeridas para integrarem este sistema,
através da desapropriação desses fragmentos pelo Estado e de sua transformação em Unidades
de Proteção Integral.
2. Outras áreas menos ricas, mas com presença de espécies relevantes, e que apresentavam uma
configuração paisagística formada por fragmentos de tamanho e graus de conectividade inter-
mediários, não tão bons como os anteriores, mas também não muito isolados na paisagem,
foram sugeridas para ações de incremento de conectividade pelo próprio setor privado. Para
tanto, sugere-se a aplicação da legislação brasileira, como a averbação da Reserva Legal, que
134
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Diretrizes para
a Conservação e
Restauração da
Biodiversidade
no Estado de
representa 20% de cada propriedade rural, ou a restauração de corredores ripários que resul- São Paulo
O mapa-síntese de inventário biológico foi obtido pela agregação de todas as regiões indicadas pe-
los sete grupos temáticos taxonômicos (mamíferos, aves, répteis/anfíbios, peixes, invertebrados, faneróga-
mas, criptógamas), como regiões importantes para se incrementar os levantamentos de dados biológicos.
O mapa resultante é assim inversamente relacionado ao esforço amostral expresso nas bases de dados
biológicos utilizadas no presente trabalho. Até o presente momento, o grande esforço amostral aplicado
pelos vários temas foi essencialmente concentrado nas serras litorâneas, nas proximidades dos grandes
centros universitários e/ou de pesquisa, nas Unidades de Conservação e no entorno dos principais eixos
rodoviários. As principais lacunas biológicas dos vários grupos taxonômicos, por conseguinte, ocorrem
principalmente nas bacias situadas no interior do estado, em particular ao norte (UGRHI n° 8 e 12) e ao
oeste (UGRHI n° 14, 17 e 19 a 22). No entanto, é importante ressaltar que, para alguns grupos taxonô-
micos, as regiões mais coletadas ainda precisam continuar sendo inventariadas, assim como as regiões
globalmente menos conhecidas são relativamente bem conhecidas para alguns grupos taxonômicos,
como é o caso em particular das aves. Este mapa destaca, ainda, as regiões para as quais as indicações de
ações/estratégias para conservação e restauração são menos evidentes, devido à carência de informação
biológica, e onde, por conseqüência, é mais necessário o uso de informações indiretas de valor biológi-
co, como aquelas fornecidas pelos índices de estrutura da paisagem.
135
CAPÍTULO 7
B) Síntese temática das áreas indicadas para criação e/ou ampliação de Unidades de Conservação
de Proteção Integral
136
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Diretrizes para
a Conservação e
Restauração da
Biodiversidade
no Estado de
Taquarituba, e fragmentos de Cerrado próximos a Bauru, Campos Novos Paulistas, Barreto e Dracena. São Paulo
C) Síntese temática das áreas indicadas para incremento da conectividade (Reserva Legal,
Reserva Particular do Patrimônio Natural e Ampliação da Restauração de Matas Ciliares)
137
CAPÍTULO 7
Praticamente todo o Estado de São Paulo aparece colorido neste mapa, indicando que ações de au-
mento da conectividade são prementes e que a ação mínima para todo o Estado de São Paulo é a proteção
do pouco que sobrou de fragmentos naturais e a sua interligação através da restauração da faixa ciliar, usan-
do os mecanismos legais vigentes. A situação no interior do estado é particularmente alarmante, pois há um
nítido déficit de RL, extensas áreas ripárias degradadas, e muitas florestas degradadas pela recorrência de
perturbações oriundas da área agrícola do entorno. Estas florestas, se devidamente manejadas e protegidas,
poderiam exercer papel muito mais efetivo que o atual na conservação da biodiversidade remanescente.
Muitas das áreas ciliares estão sem vegetação natural, abandonadas e ocupadas por gramíneas exóticas
agressivas, ou ainda usadas para atividades de produção pelo setor privado. As únicas áreas que não rece-
beram indicação correspondem a regiões de maciços florestais, em particular na Serra de Paranapiacaba.
Por outro lado, algumas regiões se destacam pelo elevado número de indicações (e.g., ≥ 4): a) a ligação entre
as Serras de São Roque, da Cantareira e da Mantiqueira; b) a região das Cuestas Basálticas no entorno de Bo-
tucatu, Rio Claro e São Carlos; c) a região lindeira do estado com Minas Gerais perto de Franca; d) os vales
de algumas redes de drenagem do interior do estado, em particular a do rio Aguapeí. As áreas com sete ou
mais indicações para aumento da conectividade representam apenas 85.297 ha de vegetação nativa (0,3%
do estado), enquanto que as áreas com cinco ou mais indicações para aumento da conectividade englobam
543.536 ha de vegetação nativa (2,2% do estado) (Tabela 2). No total, praticamente 80% da vegetação do
estado teve alguma indicação de incremento de conectividade.
Tabela 1. Áreas das Unidades de Conservação de Proteção Integral do Estado de São Paulo na situa-
ção atual e de acordo com as indicações apresentadas no mapa-síntese. As porcentagens são apresen-
tadas em função da cobertura atual de cada fitofisionomia no Estado de São Paulo.
Floresta Floresta
Floresta Formação Restinga/
Fitofisionomia Ombrófila Estacional Total
Ombrófila Mista Savânica mangue
Densa Semidecidual
Área com indicação ≥80 32.226 10.192 15.009 4.941 31.503 93.870
Área com indicação ≥50 402.759 24.323 28.369 12.195 91.135 558.781
% de Área de remanescentes com indicação ≥80 1,61% 6,97% 1,62% 2,35% 17,70% 2,71%
% de Área de remanescentes com indicação ≥50 67,60% 38,70% 13,01% 13,74% 70,18% 48,63%
138
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Diretrizes para
a Conservação e
Restauração da
Biodiversidade
no Estado de
São Paulo
Tabela 2. Áreas indicadas para ações de incremento da conectividade no Estado de São Paulo, por
tipo de fitofisionomia, de acordo com a freqüência de indicações apresentadas no mapa-síntese (por-
centagens em relação à extensão do Estado de São Paulo). Áreas expressas em hectares.
Floresta Floresta
Floresta Estacional Restinga/
Fitofisionomia Ombrófila Ombrófila Cerrado Total
Semidecidual mangue
Densa Mista
Área com 3 ou mais Indicações 600.304 114.519 737.663 185.795 9.836 1.648.117
Área com uma ou mais Indicações 1.430.692 145.787 918.120 204.190 81.985 2.780.774
Área com uma ou mais Indicações 29,9% 26,5% 8,1% 8,3% 11,2%
139
CAPÍTULO 7
capítulo Gestão
7.2
Ambiental
140
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Diretrizes para
a Conservação e
Restauração da
Biodiversidade
no Estado de
A Gestão Pública do Meio Ambiente no Estado de São Paulo data do século XIX, com a criação da São Paulo
Comissão Geográfica e Geológica, que organizou diversas coleções representativas dos recursos
naturais do estado e que deu origem aos atuais Institutos de Pesquisa (de Botânica, Florestal e Geológi-
co). Posteriormente foram feitas modificações e criação de novos órgãos, em geral ligados à Secretaria
da Agricultura. Dentre estes se destacou a criação do Serviço Florestal do Estado em 1911, responsável
pelas primeiras Reservas Florestais, pelos primórdios da fiscalização e também por ações de fomento
florestal, em especial a introdução do cultivo do eucalipto.
O primeiro grupamento da Polícia Florestal data de 1949, atualmente transformada em Polícia
Ambiental, setor da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Posteriormente foi consolidado o arca-
bouço legal para a proteção ambiental, representado em especial pelo Código Florestal (Lei 4.771, de
21/09/65), bem como o aparato institucional para sua aplicação. O papel dos órgãos estaduais de São
Paulo também aumentou.
Na década de 1970 foi criada a Coordenadoria de Proteção dos Recursos Naturais (CPRN), como
parte da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado. Essa Coordenadoria reuniu os Institutos
de Botânica, Florestal e Geológico, dedicados à pesquisa científica e que, com maior ou menor efici-
ência, dependendo da época e de condições políticas e econômicas, se transformaram nos guardiões
da biodiversidade do estado. A CPRN também incluiu a Divisão de Proteção dos Recursos Naturais,
responsável pelo licenciamento florestal, que na época era representado pelas “ordens de derrubada”.
Esta Divisão atuou de forma articulada com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI),
responsável pela extensão rural. Em 1986 a Divisão de Proteção dos Recursos Naturais foi transforma-
da em Departamento, o DEPRN, já com atuação mais ampla para o licenciamento e a fiscalização.
Em 1983 foi criado o Conselho Estadual do Meio Ambiente (CONSEMA), que serviu de embrião
para a formação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SMA). A SMA, criada em 1987, reuniu a
CPRN, antes vinculada à Secretaria da Agricultura, com a Companhia de Tecnologia de Saneamento
Ambiental (CETESB), ligada à Secretaria de Obras e criada em 1968 para o controle da poluição am-
biental. Também em 1987 foram criadas instituições específicas para novas atividades, como a educa-
ção e o planejamento ambiental, e a Fundação para a Conservação e a Produção Florestal do Estado
de São Paulo (Fundação Florestal), passou a fazer parte da SMA com o objetivo de contribuir para a
conservação, manejo e ampliação das florestas de proteção e produção do Estado de São Paulo. A Fun-
dação Parque Zoológico de São Paulo durante sua existência esteve subordinada a várias Secretarias
de Estado, tendo sido incorporada ao Meio Ambiente apenas em 2004, momento a partir do qual suas
atividades passaram a incluir, não só a exposição de animais e a educação ambiental, mas também o
manejo e a conservação da fauna nativa.
Hoje a Gestão Ambiental está mais complexa e bem estruturada. Conta com áreas de planeja-
mento, educação ambiental, licenciamento, pesquisa científica, gestão de unidades de conservação,
recuperação de áreas degradadas, gestão de recursos hídricos, dentre outras, além de conselhos com
a participação da sociedade civil.
141
CAPÍTULO 7
Estratégias para atuação, escolha de prioridades condicionadas por limitação de recursos econômicos
e ferramentas para a gestão, são preocupações constantes dos dirigentes e equipes técnicas responsáveis.
Indicações de prioridades para a conservação são usualmente feitas por ambientalistas que se
identificam com algumas causas ou áreas. Muitas vezes são sugestões preciosas para a gestão, mas
nem sempre tem embasamento científico. Os pesquisadores e a ciência em geral têm seu linguajar
próprio, assim como seus meios de divulgação por meio de publicações de circulação internacional,
a maioria em inglês. Estes resultados geralmente são pouco acessíveis ao administrador ambiental. Os
mapas de Diretrizes para a Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo são
fáceis de interpretar. Áreas são visualizadas permitindo reorientação de decisões ou estabelecimento
de novos projetos com aval da comunidade científica.
Os mapas indicam áreas onde seria interessante e vital criar novas unidades de conservação por
sua riqueza biológica. Essas áreas deverão agora ser mais bem estudadas, a fim de verificar como con-
seguiram preservar seus recursos naturais e qual seria a melhor forma de protegê-las.
A criação ou ampliação destas áreas protegidas pode ocorrer em diversas escalas e categorias. Os
Poderes Públicos, Executivos ou Legislativos no nível Federal, Estadual ou Municipal, podem propor
estas ampliações apontadas pelos cientistas por meio de instrumentos legais adequados.
Um exemplo é a Serra do Japi, hoje Área de Proteção Ambiental (APA), localizada na região de
Jundiaí. Não é área pública e é formada por pequenas chácaras ou sítios de lazer. A desapropriação
dessas áreas para transformar a APA em Parque Estadual pode ou não ser uma boa estratégia de prote-
ção. Os especialistas na Gestão das APAs e Parques precisarão estudar o problema. Mas independen-
temente da solução, a área será tratada com maior atenção.
Os mapas indicam também alguns Parques onde seria importante a ampliação, como os Parques
do Aguapeí e do Rio do Peixe, no oeste do estado. Nesses casos, as ampliações envolvem recursos para
a compra de terras, mas a proteção efetiva das áreas é mais fácil, em princípio, em função da existên-
cia da estrutura para a administração e fiscalização dos Parques, além do regime especial de proteção
legal pela proximidade destes.
Estes mapas também irão orientar os órgãos licenciadores de diversos níveis, o Conselho Es-
tadual do Meio Ambiente (CONSEMA) e a Câmara de Compensação Ambiental (CCA) da SMA, no
processo de criação ou ampliação de Unidades de Conservação com recursos de compensação
ambiental. A legislação que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza
(SNUC - Lei nº 9.985, de 18/07/2000, Artigo 36) define que, nos casos de licenciamento ambiental
de empreendimentos de significativo impacto ambiental, com fundamento em estudo e relatório de
impacto ambiental (EIA/RIMA), o empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e manutenção
de unidade de conservação do grupo de proteção integral. Nestas situações os recursos representam,
no mínimo, 0,5% do valor de empreendimento.
Outro mapa de diretrizes, denominado Mapa-Síntese de Áreas Prioritárias para o Incremento de
Conectividade, indica áreas para a formação de corredores ecológicos. As áreas prioritárias para o
142
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Diretrizes para
a Conservação e
Restauração da
Biodiversidade
no Estado de
incremento de conectividade possuem remanescentes de vegetação ricos em biodiversidade que se São Paulo
143
CAPÍTULO 7
de reserva de vegetação nativa. As propriedades que não possuem vegetação suficiente podem optar
por recuperar áreas no próprio imóvel ou por compensar a Reserva Legal, preservando ou recuperando
outra área. A possibilidade de flexibilizar a localização das reservas legais em relação aos limites da
propriedade, instituída no ano de 2000 por uma alteração na legislação, trouxe maior racionalidade
à questão, uma vez que permite que sejam considerados aspectos ambientais, sociais e econômicos
para a definição das reservas legais. Ocorre que, pela falta de informações mais consistentes, o critério
de maior proximidade foi o indicado na legislação para orientar a escolha das áreas de compensação
de Reservas Legais. Os proprietários rurais, por sua vez, naturalmente tendem a buscar áreas de menor
custo para a compensação de reservas legais de propriedades com percentuais insuficientes de vege-
tação e com forte vocação para a produção agropecuária. A publicação destes mapas possibilita que o
critério de importância biológica assuma posição preponderante na escolha de áreas para a compensa-
ção destas reservas, contrapondo-se aos critérios de proximidade e custo que até então vinham sendo
utilizados. Os benefícios desta mudança de postura certamente serão sentidos no futuro pois, por meio
da compensação de reservas legais, será possível aumentar a conectividade de remanescentes ricos em
biodiversidade, apoiando sua conservação.
Além de orientar com critérios científicos a recuperação de áreas, as informações contidas
nos mapas também orientarão as ações para a proteção da vegetação remanescente. As infor-
mações geradas serão consideradas para a normatização dos procedimentos de licenciamento
e fiscalização e serão incorporadas como um critério importante para a distribuição do efetivo e
planejamento da ação da Polícia Ambiental e também para o dimensionamento e definição do
perfil das equipes técnicas envolvidas nas atividades de fiscalização e licenciamento. Assim, com
base nas informações hoje disponíveis, será possível utilizar os recursos materiais e humanos de
forma mais racional e eficiente. Um embasamento científico sólido também poderá contribuir
para a sensibilização da sociedade, garantindo o apoio para a proposição de leis e normas mais
adequadas para as áreas mais ricas em biodiversidade.
Os mapas fornecem referencial de grande utilidade para a avaliação de alternativas locacionais
e dos impactos ambientais de empreendimentos, atividades e obras nos processos de licenciamento
ambiental. O grau de importância das áreas para a conservação da biodiversidade e os impactos decor-
rentes das intervenções pretendidas poderão ser melhor avaliados e cotejados, orientando o processo
de tomada de decisão pelos órgãos licenciadores da SMA e CONSEMA, de forma a evitar ao máximo
qualquer interferência em áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade.
A sociedade também pode ser mobilizada pelo conhecimento da existência de áreas de alta bio-
diversidade em seu “quintal”. Programas de divulgação e de educação ambiental baseados nos mapas
podem ter resultados positivos na conservação do meio ambiente.
Aos proprietários mais conscientes para a preservação, os mapas de diretrizes apontam áreas que
poderiam ser transformadas em Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), categoria de uni-
dade de conservação criada e administrada pelo proprietário.
144
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Diretrizes para
a Conservação e
Restauração da
Biodiversidade
no Estado de
O mapa que aponta as deficiências de informações no estado mostra também regiões mais pobres São Paulo
em centros de ensino universitário e instituições científicas. As regiões norte e noroeste do estado não
são consideradas pobres em biodiversidade, mas apenas carentes de informações. Esse mapa indica às
agências financiadoras de projetos e aos próprios institutos da SMA a necessidade de direcionar recur-
sos e projetos para aquelas áreas.
A gestão ambiental escorada pela pesquisa científica é um desejo de gestores e cientistas, mas
de difícil concretização. Culturas diferentes muitas vezes criam barreiras para a comunicação. A me-
todologia científica, que exige repetições e requer tempos por vezes longos para fornecer respostas,
quase sempre se choca com a necessidade de respostas imediatas às demandas que se apresentam
para os gestores públicos.
A publicação das “Diretrizes para a Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de
São Paulo” e sua ampla utilização para a orientação de programas e políticas públicas representam um
marco para o fortalecimento da gestão ambiental e grande avanço para a sociedade paulista.
145
Ricardo Ribeiro Rodrigues
Vera Bononi
capítulo Conclusões
8
CAPÍTULO 8 Conclusões
148
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Conclusões
tendo sempre como foco as áreas naturais remanescentes que necessitam ser protegidas e co-
nectadas na paisagem;
As áreas naturais remanescentes mais destacadas, em termos de conservação da biodiversida-
de, demonstrada em dados biológicos, de tamanho, de representatividade regional, de descri-
tores de paisagem, e até de ausência de conhecimento científico, devem ser convertidas em
Unidades de Conservação de Proteção Integral, através da desapropriação dessas áreas pelo
poder público, ampliando assim o Sistema Estadual de Unidades de Conservação;
As demais áreas naturais, cujos descritores não justificam a sua proteção como Unidades de
Conservação de Proteção Integral, devem ser protegidas usando outros instrumentos da legis-
lação ambiental, como Reserva Legal (RL), Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN),
Servidão Florestal e outras, e devem ser interligadas na paisagem através da restauração de cor-
redores ecológicos, em programas estabelecidos de forma muito interativa e participativa com
o setor privado, já que a maioria dos remanescentes naturais está sob controle dos proprietários
rurais, que por isso devem ter papel de destaque na conservação e até mesmo de restauração
desta biodiversidade;
As regiões que ainda não disponham de dados biológicos que possam sustentar as ações de
conservação da biodiversidade remanescente devem ser priorizadas pelo poder público e pe-
las instituições de financiamento de pesquisa, para incremento dos estudos científicos;
A disponibilização pública dos resultados das iniciativas de conservação e restauração da biodi-
versidade remanescente deve ser feita de forma organizada e institucional, usando tanto publica-
ções formais, como livros, artigos em revistas científicas e manuais técnicos, mas, principalmente,
publicações digitais, elaboradas de forma interativa, alojadas em sites institucionais, permitindo
acesso irrestrito. Entretanto, os dados disponibilizados de forma digital devem ser permanente-
mente qualificados e auditados em procedimentos estabelecidos para esse fim, sustentados por
pesquisadores de competência reconhecida nos diferentes grupos taxonômicos;
A incorporação dos resultados aqui apresentados nas ações do Estado, para conservação e restaura-
ção da biodiversidade remanescente, deve ser garantida pelo poder público, através de instrumen-
tos legais, como resoluções, instruções normativas, e, principalmente, leis e decretos estaduais.
149
CAPÍTULO 1
150
A n e x o Lista de
1
Espécies-Alvo
ANEXO 1
Anfíbios
Família Gênero Espécie
152
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Anfíbios
Família Gênero Espécie
153
ANEXO 1
Aracnida
Família Gênero Espécie
Maxchernes iporangae
Gonyleptidae Pachylospeleus Pachylospeleus strinatii
Pseudochthonius strinatii
Eriophyidae Abacarus Abacarus nectandrae
Theraphosidae Acanthoscurria Acanthoscurria aurita
Theraphosidae Acanthoscurria Acanthoscurria gomesiana
Theraphosidae Acanthoscurria Acanthoscurria paulensis
Eriophyidae Aceria Aceria coussapoae
Eriophyidae Aceria Aceria megalops
Theridiidae Achaearanea Achaearanea aff.quadripartita
Theridiidae Achaearanea Achaearanea rioensis
Theridiidae Achaearanea Achaearanea sicki
Theridiidae Achaearanea Achaearanea tepidariorum
Theridiidae Achaearanea Achaearanea tingo
Gonyleptidae Acrogonyleptes Acrogonyleptes armatifrons
Actinopodidae Actinopus Actinopus crassipes
Actinopodidae Actinopus Actinopus dubiomaculatus
Actinopodidae Actinopus Actinopus fractus
Actinopodidae Actinopus Actinopus pusillus
Actinopodidae Actinopus Actinopus tarsalis
Araneidae Actinosoma Actinosoma pentacanthum
Araneidae Aculepeira Aculepeira vittata
Eriophyidae Aculus Aculus bistichos
Gonyleptidae Acustisoma Acustisoma discolor
Gonyleptidae Acustisoma Acustisoma iguapense
Gonyleptidae Acustisoma Acustisoma inscriptum
Gonyleptidae Acutisoma Acutisoma monticola
Adelphacaridae Adelphacarus Adelphacarus sellnicki
Salticidae Agelista Agelista andina
Lycosidae Aglaoctenus Aglaoctenus castaneus
Salticidae Aillutticus Aillutticus nitens
Lycosidae Allocosa Allocosa brasiliensis
Gonyleptidae Allogonyleptes Allogonyleptes insignitus
Araneidae Alpaida Alpaida alticeps
Araneidae Alpaida Alpaida angra
Araneidae Alpaida Alpaida atomaria
Araneidae Alpaida Alpaida bischoffi
Araneidae Alpaida Alpaida hoffmani
Araneidae Alpaida Alpaida leucogramma
Araneidae Alpaida Alpaida pedro
Araneidae Alpaida Alpaida truncata
Araneidae Alpaida Alpaida xavantina
Amaurobiidae Amaurobius Amaurobius luteipes
Phytoseiidae Amblyseius Amblyseius impressus
154
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Aracnida
Família Gênero Espécie
Theridiidae Anelosimus Anelosimus dubiosus
Theridiidae Anelosimus Anelosimus ethicus
Theridiidae Anelosimus Anelosimus studiosus
Gonyleptidae Anoplogynopsis Anoplogynopsis concolor
Thomisidae Aphantochilus Aphantochilus rogersi
Salticidae Aphirape Aphirape boliviensis
Gnaphosidae Apopyllus Apopyllus isabelae
Salticidae Arachnomura Arachnomura hyeroglyphica
Araneidae Araneus Araneus abeicus
Araneidae Araneus Araneus aff.bogotensis
Araneidae Araneus Araneus bandelieri
Araneidae Araneus Araneus iguacu
Araneidae Araneus Araneus lenkoi
Araneidae Araneus Araneus sicki
Eriophyidae Araucarioptes Araucarioptes scutifera
Theridiidae Argyrodes Argyrodes affinis
Theridiidae Argyrodes Argyrodes caudatus
Theridiidae Argyrodes Argyrodes rigidus
Segestriidae Ariadna Ariadna crassipalpa
Salticidae Asaphobelis Asaphobelis fasciiventris
Salticidae Asaphobelis Asaphobelis physonychus
Gonyleptidae Asarcus Asarcus longipes
Gonyleptidae Asarcus Asarcus lutescens
Gonyleptidae Asarcus Asarcus pallidus
Ctenidae Asthenoctenus Asthenoctenus borellii
Eriophyidae Athrix Athrix brevitibia
Eriophyidae Athrix Athrix lissoscutum
Phthiracaridae Atropacarus Atropacarus kulczynskii
Corinnidae Attacobius Attacobius luderwaldti
Anyphaenidae Aysha Aysha albovittata
Anyphaenidae Aysha Aysha diversicolor
Anyphaenidae Aysha Aysha fortis
Anyphaenidae Aysha Aysha garruchos
Anyphaenidae Aysha Aysha gr.brevimanna
Anyphaenidae Aysha Aysha gr.helvola
Anyphaenidae Aysha Aysha gr.robusta
Anyphaenidae Aysha Aysha guarapuava
Anyphaenidae Aysha Aysha marinonii
Anyphaenidae Aysha Aysha montenegro
Anyphaenidae Aysha Aysha proseni
Anyphaenidae Aysha Aysha rubromaculata
Anyphaenidae Aysha Aysha striolata
Tetragnathidae Azilia Azilia boudeti
Salticidae Balmaceda Balmaceda anulipes
155
ANEXO 1
Aracnida
Família Gênero Espécie
Oppiidae Baloghoppia Baloghoppia dentata
Salticidae Beata Beata aenea
Salticidae Beata Beata cinereonitida
Gonyleptidae Bebedoura Bebedoura rugosa
Dampfiellidae Beckiella Beckiella arcta
Gonyleptidae Bogdana Bogdana ingenua
BOTHRIURIDAE Bothriurus Bothriurus signatus
Gonyleptidae Bourguyia Bourguyia albiornata
Oppiidae Brachioppia Brachioppia tropicalis
Microzetidae Brazilozetes Brazilozetes fusiger
Salticidae Breda Breda apicalis
Salticidae Breda Breda bistriata
Salticidae Breda Breda cf.notata
Gonyleptidae Brisoweia Brisoweia zorodes
Uncertain Brotasus Brotasus megalobunus
Thomisidae Bucranium Bucranium taurifrons
Gonyleptidae Cadeadoius Cadeadoius niger
Gonyleptidae Camarana Camarana unica
Gnaphosidae Camillina Camillina major
Gnaphosidae Camillina Camillina minuta
Gnaphosidae Camillina Camillina pilar
Gnaphosidae Camillina Camillina pulchra
Pholcidae Carapoia Carapoia genitalis
Corinnidae Castianeira Castianeira littoralis
Corinnidae Castianeira Castianeira obscura
Corinnidae Castianeira Castianeira scutata
Eriophyidae Cenaca Cenaca decorata
Eriophyidae Cenaca Cenaca paula
Thomisidae Ceraarachne Ceraarachne germaini
Austrachipteriidae Ceratobates Ceratobates spathulatus
Cheyletidae Cheletomimus Cheletomimus wellsi
Salticidae Chira Chira distincta
Salticidae Chira Chira spinipes
Salticidae Chira Chira thysbe
Salticidae Chirothecia Chirothecia botucatuensis
Salticidae Chirothecia Chirothecia soaresi
Salticidae Chirothecia Chirothecia uncata
Theridiidae Chrosiothes Chrosiothes niteroi
Theridiidae Chrosiothes Chrosiothes perfidus
Tetragnathidae Chrysometa Chrysometa jordao
Tetragnathidae Chrysometa Chrysometa sumare
Theridiidae Chrysso Chrysso caraca
Theridiidae Chrysso Chrysso riberao
Theraphosidae Clyclosternum Clyclosternum symmetricum
156
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Aracnida
Família Gênero Espécie
Theridiidae Coleosoma Coleosoma acutiventer
Gonyleptidae Collonychium Collonychium bicuspidatum
Salticidae Consingis Consingis semicana
Corinnidae Corinna Corinna bicincta
Corinnidae Corinna Corinna botucatensis
Corinnidae Corinna Corinna bristoweana
Corinnidae Corinna Corinna gr.ducke
Corinnidae Corinna Corinna gr.rubripes
Corinnidae Corinna Corinna loricata
Salticidae Coryphasia Coryphasia albibarbis
Pholcidae Coryssocnemis Coryssocnemis banksi
Eriophyidae Cosella Cosella macrothrix
Salticidae Cotinusa Cotinusa cf.vittata
Corinnidae Creugas Creugas gr.bellator
Ctenacaridae Ctenacarus Ctenacarus araneola
Araneidae Cyclosa Cyclosa bifurcata
Araneidae Cyclosa Cyclosa caroli
Araneidae Cyclosa Cyclosa espumoso
Araneidae Cyclosa Cyclosa tapetifaciens
Araneidae Cyclosa Cyclosa vicente
Theraphosidae Cyclosternum Cyclosternum garbei
Salticidae Cylistella Cylistella cuprea
Salticidae Cylistella Cylistella sanctipauli
Deinopidae Deinopis Deinopis pallida
Salticidae Deloripa Deloripa semialba
Salticidae Dendryphantes Dendryphantes sexguttatus
Theridiidae Dipoena Dipoena aff.granulata
Theridiidae Dipoena Dipoena atlantica
Theridiidae Dipoena Dipoena conica
Theridiidae Dipoena Dipoena cordiformis
Theridiidae Dipoena Dipoena kuyuwini
Theridiidae Dipoena Dipoena morosa
Theridiidae Dipoena Dipoena santacatarinae
Theridiidae Dipoena Dipoena taeniatipes
Theridiidae Dipoena Dipoena tiro
Theridiidae Dipoena Dipoena variabilis
Theridiidae Dipoena Dipoena woytkowskii
Eriophyidae Diptilostatus Diptilostatus lofegoi
Eriophyidae Diptilostatus Diptilostatus mesae
Gonyleptidae Discocyrtus Discocyrtus affinis
Gonyleptidae Discocyrtus Discocyrtus areolatus
Gonyleptidae Discocyrtus Discocyrtus armatissimus
Gonyleptidae Discocyrtus Discocyrtus boroceae
Gonyleptidae Discocyrtus Discocyrtus calcarifer
157
ANEXO 1
Aracnida
Família Gênero Espécie
Gonyleptidae Discocyrtus Discocyrtus clarus
Gonyleptidae Discocyrtus Discocyrtus confusus
Gonyleptidae Discocyrtus Discocyrtus curvipes
Gonyleptidae Discocyrtus Discocyrtus dilatatus
Gonyleptidae Discocyrtus Discocyrtus flavigranulatus
Gonyleptidae Discocyrtus Discocyrtus guttatus
Gonyleptidae Discocyrtus Discocyrtus iguapei
Gonyleptidae Discocyrtus Discocyrtus niger
Gonyleptidae Discocyrtus Discocyrtus nigrolineatus
Gonyleptidae Discocyrtus Discocyrtus oliveroi
Gonyleptidae Discocyrtus Discocyrtus pertenuis
Gonyleptidae Discocyrtus Discocyrtus rectipes
Gonyleptidae Discocyrtus Discocyrtus singularis
Gonyleptidae Discocyrtus Discocyrtus tenuis
Gonyleptidae Discocyrtus Discocyrtus vestituis
Gnaphosidae Echemus Echemus inermis
Araneidae Enacrosoma Enacrosoma anomalum
Ctenidae Enoploctenus Enoploctenus cyclothorax
Thomisidae Epicadinus Epicadinus tuberculatus
Thomisidae Epicadus Epicadus heterogaster
Theridiidae Episinus Episinus bicorniger
Theridiidae Episinus Episinus gr.cognatus
Theridiidae Episinus Episinus malachinus
Theridiidae Episinus Episinus teresopolis
Gonyleptidae Ergastria Ergastria forficula
Salticidae Erica Erica eugenia
Araneidae Eriophora Eriophora fuligineus
Eriophyidae Esalquia Esalquia centennaria
Gonyleptidae Eugyndopsiella Eugyndopsiella trochanteroceros
Theraphosidae Eupalaestrus Eupalaestrus dubium
Euphthiracaridae Euphthiracarus Euphthiracarus brasiliensis
Eupodidae Eupodes Eupodes cf. parafusifer
Cosmetidae Eupoecilaema Eupoecilaema ornatum
Linyphiidae Eurymorion Eurymorion nobile
Gonyleptidae Eusarcus Eusarcus catharinensis
Gonyleptidae Eusarcus Eusarcus dubius
Gonyleptidae Eusarcus Eusarcus furcatus
Gonyleptidae Eusarcus Eusarcus montis
Gonyleptidae Eusarcus Eusarcus oxyacanthus
Gonyleptidae Eusarcus Eusarcus perpusillus
Araneidae Eustala Eustala clavispina
Araneidae Eustala Eustala guttata
Araneidae Eustala Eustala minuscula
Araneidae Eustala Eustala ulecebrosa
158
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Aracnida
Família Gênero Espécie
Araneidae Eustala Eustala vegeta
Miturgidae Eutichurus Eutichurus ibiuna
Salticidae Freya Freya decorata
Salticidae Frigga Frigga quintensis
Metrioppiidae Furcoppia Furcoppia americana
Gonyleptidae Garatiba Garatiba bocaina
Salticidae Gastromicans Gastromicans albopilosa
Philodromidae Gephyrellula Gephyrellula paulistana
Gonyleptidae Geraecormobius Geraecormobius bispinifrons
Gonyleptidae Geraecormobius Geraecormobius cunhai
Gonyleptidae Geraecormobius Geraecormobius granulosus
Gonyleptidae Geraecormobius Geraecormobius pallidimanu
Gonyleptidae Geraecormobius Geraecormobius salebrosus
Carabodidae Gibbicepheus Gibbicepheus austroamericanus
Eriophyidae Glabrisceles Glabrisceles euterpis
Gonyleptidae Goniosoma Goniosoma calcar
Gonyleptidae Goniosoma Goniosoma roridum
Gonyleptidae Goniosoma Goniosoma spelaeum
Gonyleptidae Goniosoma Goniosoma varium
Gonyleptidae Goniosoma Goniosoma venustum
Gonyleptidae Gonyleptellus Gonyleptellus cancellatus
Gonyleptidae Gonyleptes Gonyleptes calcaripes
Gonyleptidae Gonyleptes Gonyleptes guttatus
Gonyleptidae Gonyleptes Gonyleptes pseudogranulatus
Gonyleptidae Gonyleptes Gonyleptes recentissimus
Gonyleptidae Gonyleptes Gonyleptes viridisagittatus
Gonyleptidae Gonyleptoides Gonyleptoides curvifemur
Gonyleptidae Goodnightiella Goodnightiella impar
Gonyleptidae Guaraniticus Guaraniticus olivaceus
Gonyleptidae Guatubesia Guatubesia clarae
Gonyleptidae Gyndesoides Gyndesoides dispar
Hahniidae Hahnia Hahnia simoni
Haplochthoniidae Haplochtonius Haplochtonius simplex
Hermanniellidae Hermannobates Hermannobates flagelliseta
Hermanniellidae Hermannobates Hermannobates monstruosus
Hermanniellidae Hermannobates Hermannobates scoparius
Heterobelbidae Heterobelba Heterobelba bifurcatus
Gonyleptidae Heteromitobates Heteromitobates discolor
Gonyleptidae Heteropachylus Heteropachylus spiniger
Sparassidae Heteropoda Heteropoda venatoria
Gonyleptidae Hipophylonomus Hipophylonomus callidus
Theraphosidae Homoeomma Homoeomma insulare
Theraphosidae Homoeomma Homoeomma montanum
Theraphosidae Homoeomma Homoeomma stradlingi
159
ANEXO 1
Aracnida
Família Gênero Espécie
Phthiracaridae Hoplophthiracarus Hoplophthiracarus brasiliensis
Gonyleptidae Hypophyllonomus Hypophyllonomus callidus
Gonyleptidae Hypophyllonomus Hypophyllonomus longipes
Idiopidae Idiops Idiops montealegrensis
Gonyleptidae Iguapeia Iguapeia melanocephala
Anyphaenidae Iguarima Iguarima censoria
Gonyleptidae Iguassuoides Iguassuoides lucidus
Gonyleptidae Iporangaia Iporangaia pustulosa
Dipluridae Ischnothele Ischnothele annulata
Anyphaenidae Jessica Jessica glabra
Sclerosomatidae Jussara Jussara avati
Sclerosomatidae Jussara Jussara obesa
Gonyleptidae Justicus Justicus furcidens
Araneidae Kaira Kaira aff.erwini
Araneidae Kaira Kaira altiventer
Araneidae Kaira Kaira conica
Theridiidae Keijia Keijia mneon
Gonyleptidae Lacronia Lacronia serripes
Gonyleptidae Lanesoares Lanesoares inermis
Araneidae Larinia Larinia directa
Araneidae Larinia Larinia montecarlo
Theraphosidae Lasiodora Lasiodora sternalis
Dipluridae Linothele Linothele paulistana
Linyphiidae Linyphia Linyphia cylindrata
Gonyleptidae Liophis Liophis veneficus
Gonyleptidae Longiperna Longiperna cancellata
Gonyleptidae Longiperna Longiperna heliacca
Gonyleptidae Longiperna Longiperna zonata
Sicariidae Loxosceles Loxosceles adelaida
Sicariidae Loxosceles Loxosceles intermedia
Sicariidae Loxosceles Loxosceles similis
Lycosidae Lycosa Lycosa sericovittata
Linyphiidae Lygarina Lygarina silvicola
Gonyleptidae Lyogoniosoma Lyogoniosoma macracanthum
Salticidae Lyssomanes Lyssomanes leucomelas
Salticidae Lyssomanes Lyssomanes miniaceus
Salticidae Lyssomanes Lyssomanes unicolor
Salticidae Lyssomones Lyssomones yacui
Gonyleptidae Mangaratiba Mangaratiba acanthoprocta
Araneidae Mangora Mangora strenua
Gonyleptidae Maromba Maromba dandrettai
Thomisidae Martus Martus albolineatus
Araneidae Mastophora Mastophora felis
Araneidae Mastophora Mastophora longiceps
160
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Aracnida
Família Gênero Espécie
Gonyleptidae Megapachylus Megapachylus mutilatus
Corinnidae Meriola Meriola cetiformis
Pholcidae Mesabolivar Mesabolivar aff.botocudo
Pholcidae Mesabolivar Mesabolivar aff.guapiara
Pholcidae Mesabolivar Mesabolivar aurantiacus
Pholcidae Mesabolivar Mesabolivar banksi
Pholcidae Mesabolivar Mesabolivar cyaneotaeniatus
Pholcidae Mesabolivar Mesabolivar cyanomaculatus
Pholcidae Mesabolivar Mesabolivar guapiara
Pholcidae Mesabolivar Mesabolivar simoni
Mesoplophoridae Mesoplophora Mesoplophora gaveae
Pholcidae Metagonia Metagonia aff.beni
Pholcidae Metagonia Metagonia argentinensis
Pholcidae Metagonia Metagonia bicornis
Gonyleptidae Metagonyleptes Metagonyleptes hamatus
Gonyleptidae Metagonyleptes Metagonyleptes pectiniger
Gonyleptidae Metagonyleptes Metagonyleptes serratus
Cosmetidae Metalibitia Metalibitia argentina
Gonyleptidae Metamitobates Metamitobates squalidus
Gonyleptidae Metapachyloides Metapachyloides almeidai
Gonyleptidae Metapachyloides Metapachyloides rugosus
Cosmetidae Metavononoides Metavononoides orientalis
Cosmetidae Metavononoides Metavononoides peculiarius
Araneidae Metazygia Metazygia barueri
Araneidae Metazygia Metazygia crabroniphila
Araneidae Metazygia Metazygia cunha
Araneidae Metazygia Metazygia ipanga
Araneidae Metazygia Metazygia yobena
Gonyleptidae Meteusarcoides Meteusarcoides mutilatus
Gonyleptidae Meteusarcus Meteusarcus armatus
Uloboridae Miagrammopes Miagrammopes correai
Araneidae Micrathena Micrathena acuta
Araneidae Micrathena Micrathena annulata
Araneidae Micrathena Micrathena brevispina
Araneidae Micrathena Micrathena digitata
Araneidae Micrathena Micrathena fissispina
Araneidae Micrathena Micrathena horrida
Araneidae Micrathena Micrathena lata
Araneidae Micrathena Micrathena macfarlanei
Araneidae Micrathena Micrathena patruelis
Araneidae Micrathena Micrathena peregrinatora
Araneidae Micrathena Micrathena reali
Araneidae Micrathena Micrathena teresopolis
Gonyleptidae Mischonyx Mischonyx antiquus
161
ANEXO 1
Aracnida
Família Gênero Espécie
Gonyleptidae Mischonyx Mischonyx squalidus
Thomisidae Misumenoides Misumenoides corticatus
Thomisidae Misumenoides Misumenoides illotus
Thomisidae Misumenoides Misumenoides similis
Thomisidae Misumenops Misumenops spinifer
Gonyleptidae Mitopernoides Mitopernoides variabilis
Tetranychidae Monoceronychus Monoceronychus bambusicola
Gonyleptidae Moreiranula Moreiranula mamillata
Corinnidae Myrmecium Myrmecium gounellei
Corinnidae Myrmecium Myrmecium rufum
Salticidae Naubolus Naubolus sawayai
Zoridae Neoctenus Neoctenus eximius
Araneidae Neoscona Neoscona moreli
Phytoseiidae Neoseiulus Neoseiulus neoaurencens
Phytoseiidae Neoseiulus Neoseiulus veigai
Tetragnathidae Nephila Nephila clavipes
Linyphiidae Neriene Neriene redacta
Nesticidae Nesticus Nesticus brasiliensis
Salticidae Noegus Noegus australis
Ctenidae Nothroctenus Nothroctenus marshii
Linyphiidae Notiohyphantes Notiohyphantes laudatus
Eriophyidae Notostrix Notostrix fissipes
Eriophyidae Notostrix Notostrix longiseta
Eriophyidae Notostrix Notostrix miniseta
Eriophyidae Notostrix Notostrix nasutiformes
Eriophyidae Notostrix Notostrix trifida
Salticidae Nycerella Nycerella volucripes
Araneidae Ocrepeira Ocrepeira fiebrigi
Araneidae Ocrepeira Ocrepeira jacara
Araneidae Ocrepeira Ocrepeira malleri
Zoridae Odo Odo obscurus
Oecobiidae Oecobius Oecobius navus
Gonyleptidae Ogloblinia Ogloblinia argenteopilosa
Ctenidae Oligoctenus Oligoctenus medius
Ctenidae Oligoctenus Oligoctenus ornatus
Sparassidae Olios Olios antiguensis
Sparassidae Olios Olios macroepigynum
Gonyleptidae Oliverius Oliverius jordanensis
Gonyleptidae Olynthus Olynthus alticola
Thomisidae Onocolus Onocolus echinatus
Thomisidae Onocolus Onocolus infelix
Thomisidae Onocolus Onocolus intermedius
Thomisidae Onocolus Onocolus simoni
Anyphaenidae Osoriella Osoriella pallidoemanu
162
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Aracnida
Família Gênero Espécie
Palpimanidae Otiothops Otiothops birabeni
Oxyopidae Oxyopes Oxyopes m-fasiatus
Gonyleptidae Pachylibunus Pachylibunus armatissimus
Gonyleptidae Pachylibunus Pachylibunus grandis
Gonyleptidae Pachylioides Pachylioides armatus
Cosmetidae Paecilaema Paecilaema micropunctatum
Phytoseiidae Paraamblyseius Paraamblyseius multicirculares
Corinnidae Paradiestus Paradiestus aurantiacus
Trechaleidae Paradossenus Paradossenus longipes
Gonyleptidae Paragonyleptes Paragonyleptes hamiferus
Gonyleptidae Paragonyleptes Paragonyleptes pygoplus
Gonyleptidae Parampheres Parampheres pectinatus
Gonyleptidae Parampheres Parampheres tibialis
Gonyleptidae Parapachyloides Parapachyloides armatus
Gonyleptidae Parapachyloides Parapachyloides dentipes
Gonyleptidae Parapachyloides Parapachyloides uncinatus
Gonyleptidae Pararezendesius Pararezendesius luvidus
Gonyleptidae Paratricommatus Paratricommatus modestus
Araneidae Parawixia Parawixia monticola
Araneidae Parawixia Parawixia undulata
Salticidae Parnaenus Parnaenus metallicus
Anyphaenidae Patrera Patrera aff.opertana
Salticidae Pensacolops Pensacolops rubrovittata
Galumnidae Pergalumna Pergalumna pauliensis
Oxyopidae Peucetia Peucetia maculipedes
Gonyleptidae Phaniphalangodus Phaniphalangodus robustus
Salticidae Phiale Phiale bipunctata
Salticidae Phiale Phiale tristis
Pholcidae Pholcus Pholcus phalangioides
Ctenidae Phoneutria Phoneutria boliviensis
Ctenidae Phoneutria Phoneutria fera
Ctenidae Phoneutria Phoneutria rufibarbis
Theridiidae Phoroncidia Phoroncidia reimoseri
Zalmoxidae Pirassunungoleptes Pirassunungoleptes calcaratus
Theraphosidae Plesiopelma Plesiopelma insulare
Gonyleptidae Poecilosophus Poecilosophus melloleitaoi
Sparassidae Polybetes Polybetes germaini
Sparassidae Polybetes Polybetes pythagoricus
Gonyleptidae Pristocnemis Pristocnemis albimaculatus
Eriophyidae Proartacris Proartacris longior
Gonyleptidae Proctobunoides Proctobunoides tuberosus
Salticidae Proctonemesia Proctonemesia multicaudata
Salticidae Proctonemesia Proctonemesia secunda
Gonyleptidae Progonyleptoides Progonyleptoides spinifrons
163
ANEXO 1
Aracnida
Família Gênero Espécie
Gonyleptidae Progyndes Progyndes iporongae
Phytoptidae Propilus Propilus pellitus
Theraphosidae Proshapalopus Proshapalopus amazonicus
Barychelidae Psalistops Psalistops crassimanus
Salticidae Psecas Psecas chrysogammus
Gonyleptidae Pseudopucrolia Pseudopucrolia mutica
Nemesiidae Pycnothele Pycnothele perdita
Nemesiidae Pycnothele Pycnothele piracicabensis
Nemesiidae Pycnothele Pycnothele singularis
Nemesiidae Rachias Rachias caudatus
Miturgidae Radulphius Radulphius boraceia
Miturgidae Radulphius Radulphius lane
Gonyleptidae Rhioxyna Rhioxyna zoppei
Salticidae Rhyphelia Rhyphelia variegata
Salticidae Rudra Rudra dagostinae
Salticidae Saitis Saitis cyanipes
Salticidae Saitis Saitis labirinteus
Salticidae Saitis Saitis spinosus
Salticidae Sarinda Sarinda marcosi
Salticidae Sassacus Sassacus glyphochela
Salticidae Sassacus Sassacus helenicus
Scheloribatidae Scheloribates Scheloribates femoroserratus
Scheloribatidae Scheloribates Scheloribates pauliensis
Eriophyidae Schizaceae Schizaceae geonomae
Tetranychidae Schizotetranychus Schizotetranychus longirostris
Tetranychidae Schizotetranychus Schizotetranychus paraelymus
Salticidae Scopocira Scopocira aff.fuscimana
Scytodidae Scytodes Scytodes auricula
Scytodidae Scytodes Scytodes mapia
Scytodidae Scytodes Scytodes vittata
Selenopidae Selenops Selenops maranhensis
Salticidae Semiopyla Semiopyla cataphracta
Salticidae Semiopyla Semiopyla viperina
Salticidae Semnolius Semnolius chrysotrichus
Senoculidae Senoculus Senoculus gracilis
Gonyleptidae Serracutisoma Serracutisoma spelaeum
Eriophyidae Shevtchenkella Shevtchenkella desmodivagus
Thomisidae Sidymella Sidymella cf.spinifera
Thomisidae Sidymella Sidymella jordanensis
Thomisidae Sidymella Sidymella longispina
Thomisidae Sidymella Sidymella multispinulosa
Uncertain Simonoleptes Simonoleptes insulanus
Gonyleptidae Singram Singram simplex
Pholcidae Smeringopus Smeringopus pallidus
164
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Aracnida
Família Gênero Espécie
Tetranychidae Sonotetranychus Sonotetranychus angiopenis
Gonyleptidae Sphaerobunus Sphaerobunus marmoratus
Gonyleptidae Sphaerobunus Sphaerobunus rhinoceros
Gonyleptidae Sphaerobunus Sphaerobunus singularis
Gonyleptidae Sphaerobunus Sphaerobunus soaresi
Linyphiidae Sphecozone Sphecozone cristata
Linyphiidae Sphecozone Sphecozone rubescens
Staurobatidae Staurobates Staurobates schusteri
Theridiidae Steatoda Steatoda diamantina
Theridiidae Steatoda Steatoda grossa
Thomisidae Stephanopoides Stephanopoides mirabilis
Thomisidae Strophius Strophius levyi
Thomisidae Strophius Strophius melloleitaoi
Thomisidae Strophius Strophius nigricans
Gonyleptidae Stygnobates Stygnobates leprevosti
Stygnidae Stygnus Stygnus multispinosus
Gonyleptidae Styloleptes Styloleptes conspersus
Thomisidae Synaemops Synaemops nigridorsi
Thomisidae Synema Synema glaucothorax
Thomisidae Synema Synema pereirai
Salticidae Synemosyna Synemosyna magniscuti
Salticidae Synemosyna Synemosyna scutata
Thomisidae Synstrophius Synstrophius blanci
Araneidae Taczanowskia Taczanowskia mirabilis
Hersiliidae Tama Tama brasiliensis
Hersiliidae Tama Tama crucifera
Theridiidae Tekellina Tekellina minor
Tenuipalpidae Tenuipalpus Tenuipalpus orchidofilo
Tetranychidae Tetranychus Tetranychus riopretensis
Pisauridae Thaumasia Thaumasia marginella
Gonyleptidae Thereza Thereza speciosa
Theridiidae Theridion Theridion apostoli
Theridiidae Theridion Theridion bergi
Theridiidae Theridion Theridion evexum
Theridiidae Theridion Theridion gr.umbilicus
Theridiidae Theridion Theridion nesticum
Theridiidae Theridion Theridion nigriceps
Theridiidae Theridion Theridion olaup
Theridiidae Theridion Theridion pernambucum
Theridiidae Theridion Theridion pires
Theridiidae Theridion Theridion plaumanni
Theridiidae Theridion Theridion positivum
Theridiidae Theridion Theridion quadripartitum
Theridiidae Theridion Theridion rubrum
165
ANEXO 1
Aracnida
Família Gênero Espécie
Theridiidae Theridion Theridion striatum
Theridiidae Theridion Theridion teresae
Theridiidae Theridion Theridion tungurahua
Theridiidae Theridion Theridion volubile
Salticidae Thiodina Thiodina germaini
Salticidae Thiodina Thiodina melanogaster
Thomisidae Thobias Thobias corticatus
Theridiidae Thymoites Thymoites ilvan
Theridiidae Thymoites Thymoites ipiranga
Theridiidae Thymoites Thymoites palo
Theridiidae Thymoites Thymoites unissignatus
Theridiidae Tidarren Tidarren haemorrhoidale
BUTHIDAE Tityus Tityus charreyroni
BUTHIDAE Tityus Tityus mattogrossensis
BUTHIDAE Tityus Tityus paraguayensis
BUTHIDAE Tityus Tityus uniformis
Thomisidae Tmarus Tmarus aff.polyandrus
Thomisidae Tmarus Tmarus albifrons
Thomisidae Tmarus Tmarus albolineatus
Thomisidae Tmarus Tmarus bisectus
Thomisidae Tmarus Tmarus caxambuensis
Thomisidae Tmarus Tmarus clavipes
Thomisidae Tmarus Tmarus estyliferus
Thomisidae Tmarus Tmarus nigroviridis
Thomisidae Tmarus Tmarus parki
Thomisidae Tmarus Tmarus paulensis
Thomisidae Tmarus Tmarus pizai
Thomisidae Tmarus Tmarus pleuronotatus
Thomisidae Tmarus Tmarus primitivus
Thomisidae Tmarus Tmarus pugnax
Thomisidae Tmarus Tmarus striolatus
Thomisidae Tobias Tobias gradiens
Corinnidae Trachelas Trachelas gr.bispinosus
Corinnidae Trachelas Trachelas rugosus
Corinnidae Trachelopachys Trachelopachys ignacio
Dipluridae Trechona Trechona uniformis
Dipluridae Trechona Trechona venosa
Gonyleptidae Triglochinura Triglochinura ancilla
Gonyleptidae Triglochinura Triglochinura curvispina
Linyphiidae Turbinellina Turbinellina tantilla
Linyphiidae Tutaibo Tutaibo tristis
Theridiidae Twaitesia Twaitesia affinis
Camerobiidae Tycherobius Tycherobius edaphon
Phytoseiidae Typhlodromus Typhlodromus ornatus
166
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Aracnida
Família Gênero Espécie
Phytoseiidae Typhlodromus Typhlodromus ornatus
Gonyleptidae Ubatubesia Ubatubesia oliveriori
Anyphaenidae Umuara Umuara juquia
Gonyleptidae Uracantholeptes Uracantholeptes anomalus
Gonyleptidae Uropachylus Uropachylus anthophilus
Gnaphosidae Urozelotes Urozelotes rusticus
Salticidae Uspachus Uspachus juqiuaensis
Sparassidae Valonia Valonia rubriventris
Varroidae Varroa Varroa destructor
Araneidae Verrucosa Verrucosa zebra
Salticidae Vinius Vinius aff.calcarifer
Salticidae Vinius Vinius calcarifer
Salticidae Vinius Vinius uncatus
Theraphosidae Vitalius Vitalius longisternalis
Theraphosidae Vitalius Vitalius lucasae
Theraphosidae Vitalius Vitalius platyomma
Theraphosidae Vitalius Vitalius tetracanthus
Araneidae Wagneriana Wagneriana gavensis
Araneidae Wagneriana Wagneriana heteracantha
Araneidae Wagneriana Wagneriana neglecta
Araneidae Wagneriana Wagneriana transitoria
Theridiidae Wamba Wamba congener
Salticidae Wedoquella Wedoquella punctata
Anyphaenidae Wulfila Wulfila argentina
Anyphaenidae Wulilops Wulilops tenuipes
Xenillidae Xenilloides Xenilloides aenigmaticus
Xenillidae Xenillus Xenillus butantaniensis
Xenillidae Xenillus Xenillus capitatus
Corinnidae Xeropigo Xeropigo flavipes
Araneidae Xylethrus Xylethrus ameda
Araneidae Xylethrus Xylethrus superbus
Gonyleptidae Yraguara Yraguara annulipes
Stigmaeidae Zetzellia Zetzellia agistzellia
Stigmaeidae Zetzellia Zetzellia quasagistemas
Gnaphosidae Zimiromus Zimiromus buzios
Gnaphosidae Zimiromus Zimiromus medius
Gnaphosidae Zimiromus Zimiromus tapirape
Gonyleptidae Zortalia Zortalia inscripta
167
ANEXO 1
Aves
Família Gênero Espécie
Cracidae Aburria Aburria jacutinga
Accipitridae Accipiter Accipiter poliogaster
Tyrannidae Alectrurus Alectrurus tricolor
Emberizidae Amaurospiza Amaurospiza moesta
Psittacidae Amazona Amazona aestiva
Psittacidae Amazona Amazona brasiliensis
Psittacidae Amazona Amazona farinosa
Psittacidae Amazona Amazona rhodocorytha
Psittacidae Amazona Amazona vinacea
Anatidae Anas Anas bahamensis
Anhimidae Anhima Anhima cornuta
Motacillidae Anthus Anthus hellmayri
Motacillidae Anthus Anthus nattereri
Pipridae Antilophia Antilophia galeata
Psittacidae Ara Ara ararauna
Rallidae Aramides Aramides mangle
Rallidae Aramides Aramides ypecaha
Strigidae Asio Asio stygius
Parulidae Basileuterus Basileuterus leucophrys
Thamnophilidae Biatas Biatas nigropectus
Galbulidae Brachygalba Brachygalba lugubris
Accipitridae Busarellus Busarellus nigricollis
Accipitridae Buteogallus Buteogallus aequinoctialis
Picidae Campephilus Campephilus robustus
Dendrocolaptidae Campylorhamphus Campylorhamphus falcularius
Dendrocolaptidae Campylorhamphus Campylorhamphus trochilirostris
Caprimulgidae Caprimulgus Caprimulgus sericocaudatus
Cotingidae Carpornis Carpornis cucullata
Cotingidae Carpornis Carpornis melanocephala
Thamnophilidae Cercomacra Cercomacra brasiliana
Emberizidae Charitospiza Charitospiza eucosma
Alcedinidae Chloroceryle Chloroceryle aenea
Alcedinidae Chloroceryle Chloroceryle inda
Thraupidae Chlorophanes Chlorophanes spiza
Accipitridae Chondrohierax Chondrohierax uncinatus
Furnariidae Cichlocolaptes Cichlocolaptes leucophrus
Ciconiidae Ciconia Ciconia maguari
Columbidae Claravis Claravis godefrida
Furnariidae Clibanornis Clibanornis dendrocolaptoides
Cuculidae Coccyzus Coccyzus cinereus
Cuculidae Coccyzus Coccyzus euleri
Ardeidae Cochlearius Cochlearius cochlearius
Columbidae Columbina Columbina cyanopis
Emberizidae Coryphaspiza Coryphaspiza melanotis
Cracidae Crax Crax fasciolata
Tinamidae Crypturellus Crypturellus noctivagus
168
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Aves
Família Gênero Espécie
Tinamidae Crypturellus Crypturellus undulatus
Apodidae Cypseloides Cypseloides senex
Thraupidae Cypsnagra Cypsnagra hirundinacea
Thraupidae Dacnis Dacnis nigripes
Dendrocolaptidae Dendrocincla Dendrocincla turdina
Cuculidae Dromococcyx Dromococcyx phasianellus
Thamnophilidae Drymophila Drymophila ferruginea
Thamnophilidae Drymophila Drymophila genei
Thamnophilidae Drymophila Drymophila ochropyga
Picidae Dryocopus Dryocopus galeatus
Thamnophilidae Dysithamnus Dysithamnus stictothorax
Thamnophilidae Dysithamnus Dysithamnus xanthopterus
Tyrannidae Elaenia Elaenia cristata
Caprimulgidae Eleothreptus Eleothreptus anomalus
Caprimulgidae Eleothreptus Eleothreptus candicans
Emberizidae Emberizoides Emberizoides ypiranganus
Emberizidae Embernagra Embernagra platensis
Thraupidae Eucometis Eucometis penicillata
Threskiornithidae Eudocimus Eudocimus ruber
Fringillidae Euphonia Euphonia chalybea
Falconidae Falco Falco deiroleucus
Formicariidae Formicarius Formicarius colma
Thamnophilidae Formicivora Formicivora melanogaster
Rallidae Fulica Fulica armillata
Scleruridae Geositta Geositta poeciloptera
Columbidae Geotrygon Geotrygon montana
Columbidae Geotrygon Geotrygon violacea
Strigidae Glaucidium Glaucidium minutissimum
Grallariidae Grallaria Grallaria varia
Haematopodidae Haematopus Haematopus palliatus
Accipitridae Harpia Harpia harpyja
Accipitridae Harpyhaliaetus Harpyhaliaetus coronatus
Trochilidae Heliactin Heliactin bilophus
Heliornithidae Heliornis Heliornis fulica
Tyrannidae Hemitriccus Hemitriccus furcatus
Tyrannidae Hemitriccus Hemitriccus obsoletus
Thamnophilidae Herpsilochmus Herpsilochmus longirostris
Thamnophilidae Herpsilochmus Herpsilochmus rufimarginatus
Trochilidae Hylocharis Hylocharis sapphirina
Grallariidae Hylopezus Hylopezus ochroleucus
Thamnophilidae Hypoedaleus Hypoedaleus guttatus
Ciconiidae Jabiru Jabiru mycteria
Galbulidae Jacamaralcyon Jacamaralcyon tridactyla
Tityridae Laniisoma Laniisoma elegans
Rallidae Laterallus Laterallus xenopterus
Dendrocolaptidae Lepidocolaptes Lepidocolaptes angustirostris
169
ANEXO 1
Aves
Família Gênero Espécie
Dendrocolaptidae Lepidocolaptes Lepidocolaptes falcinellus
Furnariidae Leptasthenura Leptasthenura setaria
Scolopacidae Limosa Limosa haemastica
Cotingidae Lipaugus Lipaugus lanioides
Picidae Melanerpes Melanerpes flavifrons
Melanopareiidae Melanopareia Melanopareia torquata
Anatidae Mergus Mergus octosetaceus
Rhinocryptidae Merulaxis Merulaxis ater
Falconidae Micrastur Micrastur semitorquatus
Rallidae Micropygia Micropygia schomburgkii
Bucconidae Monasa Monasa nigrifrons
Accipitridae Morphnus Morphnus guianensis
Ciconiidae Mycteria Mycteria americana
Tyrannidae Myiopagis Myiopagis gaimardii
Thamnophilidae Myrmeciza Myrmeciza loricata
Thamnophilidae Myrmotherula Myrmotherula gularis
Thamnophilidae Myrmotherula Myrmotherula minor
Thamnophilidae Myrmotherula Myrmotherula unicolor
Anatidae Neochen Neochen jubata
Pipridae Neopelma Neopelma chrysolophum
Thraupidae Neothraupis Neothraupis fasciata
Anatidae Netta Netta erythrophthalma
Bucconidae Nonnula Nonnula rubecula
Tinamidae Nothura Nothura minor
Scolopacidae Numenius Numenius borealis
Nyctibiidae Nyctibius Nyctibius aethereus
Nyctibiidae Nyctibius Nyctibius grandis
Rostratulidae Nycticryphes Nycticryphes semicollaris
Odontophoridae Odontophorus Odontophorus capueira
Tyrannidae Onychorhynchus Onychorhynchus swainsoni
Thraupidae Orchesticus Orchesticus abeillei
Furnariidae Oreophylax Oreophylax moreirae
Thraupidae Orthogonys Orthogonys chloricterus
Psittacidae Orthopsittaca Orthopsittaca manilata
Oxyruncidae Oxyruncus Oxyruncus cristatus
Accipitridae Parabuteo Parabuteo unicinctus
Emberizidae Paroaria Paroaria capitata
Columbidae Patagioenas Patagioenas plumbea
Columbidae Patagioenas Patagioenas speciosa
Parulidae Phaeothlypis Phaeothlypis rivularis
Trochilidae Phaethornis Phaethornis squalidus
Cotingidae Phibalura Phibalura flavirostris
Furnariidae Phleocryptes Phleocryptes melanops
Tyrannidae Phylloscartes Phylloscartes kronei
Tyrannidae Phylloscartes Phylloscartes oustaleti
Tyrannidae Phylloscartes Phylloscartes paulista
170
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Aves
Família Gênero Espécie
Picidae Picoides Picoides mixtus
Picidae Piculus Piculus flavigula
Psittacidae Pionopsitta Pionopsitta pileata
Pipridae Piprites Piprites chloris
Pipridae Piprites Piprites pileata
Tyrannidae Polystictus Polystictus pectoralis
Emberizidae Poospiza Poospiza cinerea
Cotingidae Procnias Procnias nudicollis
Icteridae Psarocolius Psarocolius decumanus
Tyrannidae Pseudocolopteryx Pseudocolopteryx sclateri
Ramphastidae Pteroglossus Pteroglossus aracari
Ramphastidae Pteroglossus Pteroglossus bailloni
Strigidae Pulsatrix Pulsatrix perspicillata
Cotingidae Pyroderus Pyroderus scutatus
Ramphastidae Ramphastos Ramphastos vitellinus
Rheidae Rhea Rhea americana
Cardinalidae Saltator Saltator atricollis
Cardinalidae Saltator Saltator fuliginosus
Cathartidae Sarcoramphus Sarcoramphus papa
Thraupidae Schistochlamys Schistochlamys melanopis
Scleruridae Sclerurus Sclerurus mexicanus
Ramphastidae Selenidera Selenidera maculirostris
Accipitridae Spizaetus Spizaetus ornatus
Accipitridae Spizaetus Spizaetus tyrannus
Emberizidae Sporophila Sporophila cinnamomea
Emberizidae Sporophila Sporophila falcirostris
Emberizidae Sporophila Sporophila frontalis
Emberizidae Sporophila Sporophila maximiliani
Emberizidae Sporophila Sporophila melanogaster
Emberizidae Sporophila Sporophila palustris
Emberizidae Sporophila Sporophila plumbea
Emberizidae Sporophila Sporophila ruficollis
Sternidae Sterna Sterna hirundinacea
Thraupidae Tangara Tangara peruviana
Thraupidae Tangara Tangara preciosa
Tinamidae Taoniscus Taoniscus nanus
Sternidae Thalasseus Thalasseus maximus
Trochilidae Thalurania Thalurania furcata
Ardeidae Tigrisoma Tigrisoma fasciatum
Tinamidae Tinamus Tinamus solitarius
Psittacidae Touit Touit melanonotus
Psittacidae Triclaria Triclaria malachitacea
Charadriidae Vanellus Vanellus cayanus
Dendrocolaptidae Xiphocolaptes Xiphocolaptes albicollis
171
ANEXO 1
Criptogamas
Família Gênero
Acaulosporaceae Acaulospora
Pteridaceae Acrostichum
Leptosphaeriaceae Ampelomyces
Corallinaceae Amphiroa
Schizaeaceae Anemia
Schizaeaceae Anemia
Vittariaceae Anetium
Blechnaceae Blechnum
Pteridaceae Cheilanthes
Pleosporaceae Cochliobolus
Phyllachoraceae Colletotrichum
Synechococaceae Cyanodiction
Dicksoniaceae Dicksonia
Lomariopsidaceae Elaphoglossum
Lomariopsidaceae Elaphoglossum
Pteridaceae Eriosorus
Pteridaceae Eriosorus
Pteridaceae Eriosorus
Trichocomaceae Eurotium
Nectriaceae Fusarium
Nectriaceae Fusarium
Nectriaceae Fusarium
Gigasporaceae Gigaspora
Glomaceae Glomus
Hymenophyllaceae Hymenophyllum
Lycopodiaceae Lycopodiella
norank Macrophomina
Mucoraceae Mucor
Nectriaceae Nectria
Lachnocladiaceae Peniophora
Dryopteridaceae Polybotrya
Dryopteridaceae Polybotrya
Gigasporaceae Scutellospora
Gigasporaceae Scutellospora
Gigasporaceae Scutellospora
Dryopteridaceae Stigmatopteris
Grammitidaceae Terpsichore
Thelypteridaceae Thelypteris
Thelypteridaceae Thelypteris
Hymenophyllaceae Trichomanes
Sporomiaceae Westerdykella
172
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Fanerogamas
Família Gênero Espécie
Alstroemeriaceae Alstroemeria Alstroemeria apertiflora
Alstroemeriaceae Alstroemeria Alstroemeria inodora
Amaranthaceae Alternanthera Alternanthera paronychioides
Amaranthaceae Gomphrena Gomphrena agrestis
Amaranthaceae Gomphrena Gomphrena elegans
Amaranthaceae Herbstia Herbstia brasiliana
Amaryllidaceae Hippeastrum Hippeastrum reginae
Apiaceae Hydrocotyle Hydrocotyle exigua
Apiaceae Hydrocotyle Hydrocotyle pusilla
Apocynaceae Aspidosperma Aspidosperma macrocarpon
Apocynaceae Aspidosperma Aspidosperma polyneuron
Apocynaceae Aspidosperma Aspidosperma riedelii
Apocynaceae Aspidosperma Aspidosperma spruceanum
Araceae Anthurium Anthurium jureianum
Arecaceae Acrocomia Acrocomia hassleri
Arecaceae Bactris Bactris hatschbachii
Arecaceae Euterpe Euterpe edulis
Aristolochiaceae Aristolochia Aristolochia cymbifera
Aristolochiaceae Aristolochia Aristolochia labiata
Aristolochiaceae Aristolochia Aristolochia odora
Aristolochiaceae Aristolochia Aristolochia odoratissima
Asclepiadaceae Asclepias Asclepias aequicornu
Asclepiadaceae Asclepias Asclepias mellodora
Asclepiadaceae Matelea Matelea glaziovii
Asclepiadaceae Oxypetalum Oxypetalum arnottianum
Asclepiadaceae Oxypetalum Oxypetalum capitatum
Asclepiadaceae Oxypetalum Oxypetalum confusum
Asteraceae Calea Calea clausseniana
Asteraceae Calea Calea cymosa
Asteraceae Calea Calea serrata
Asteraceae Chaptalia Chaptalia hermogenis
Asteraceae Mikania Mikania oreophila
Asteraceae Raulinoreitzia Raulinoreitzia leptophlebia
Asteraceae Symphyopappus Symphyopappus lymansmithii
Asteraceae Vernonia Vernonia chamissonis
Begoniaceae Begonia Begonia dentatiloba
Begoniaceae Begonia Begonia salesopolensis
Begoniaceae Begonia Begonia toledoana
Bignoniaceae Tabebuia Tabebuia cassinoides
Bignoniaceae Tabebuia Tabebuia obtusifolia
Bignoniaceae Zeyheria Zeyheria tuberculosa
Bombacaceae Eriotheca Eriotheca pubescens
Bombacaceae Pseudobombax Pseudobombax marginatum
Bombacaceae Pseudobombax Pseudobombax tomentosum
173
ANEXO 1
Fanerogamas
Família Gênero Espécie
Boraginaceae Cordia Cordia silvestris
Bromeliaceae Aechmea Aechmea gracilis
Bromeliaceae Aechmea Aechmea vanhoutteana
Bromeliaceae Billbergia Billbergia meyeri
Bromeliaceae Billbergia Billbergia pyramidalis
Bromeliaceae Dyckia Dyckia encholirioides
Bromeliaceae Fernseea Fernseea itatiaiae
Bromeliaceae Hohenbergia Hohenbergia augusta
Bromeliaceae Neoregelia Neoregelia cruenta
Bromeliaceae Neoregelia Neoregelia doeringiana
Bromeliaceae Neoregelia Neoregelia hoehneana
Bromeliaceae Neoregelia Neoregelia sarmentosa
Bromeliaceae Nidularium Nidularium marigoi
Bromeliaceae Nidularium Nidularium minutum
Bromeliaceae Quesnelia Quesnelia humilis
Bromeliaceae Tillandsia Tillandsia linearis
Bromeliaceae Tillandsia Tillandsia mallemontii
Bromeliaceae Vriesea Vriesea bituminosa
Bromeliaceae Vriesea Vriesea hieroglyphica
Bromeliaceae Vriesea Vriesea hoehneana
Bromeliaceae Vriesea Vriesea sceptrum
Burmanniaceae Burmannia Burmannia australis
Burmanniaceae Burmannia Burmannia flava
Burmanniaceae Thismia Thismia hyalina
Cabombaceae Cabomba Cabomba aquatica
Callitrichaceae Callitriche Callitriche terrestris
Calyceraceae Acicarpha Acicarpha tribuloides
Calyceraceae Boopis Boopis bupleuroides
Calyceraceae Boopis Boopis itatiaiae
Campanulaceae Lobelia Lobelia anceps
Campanulaceae Lobelia Lobelia hederacea
Campanulaceae Lobelia Lobelia nummularioides
Campanulaceae Lobelia Lobelia xalapensis
Campanulaceae Siphocampylus Siphocampylus corymbiferus
Campanulaceae Siphocampylus Siphocampylus lycioides
Campanulaceae Siphocampylus Siphocampylus verticillatus
Capparaceae Cleome Cleome diffusa
Capparaceae Crataeva Crataeva tapia
Celastraceae Maytenus Maytenus floribunda
Celastraceae Maytenus Maytenus ilicifolia
Celastraceae Maytenus Maytenus ligustrina
Chrysobalanaceae Couepia Couepia leitaofilhoi
Chrysobalanaceae Couepia Couepia meridionalis
Chrysobalanaceae Licania Licania gardneri
174
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Fanerogamas
Família Gênero Espécie
Clusiaceae Hypericum Hypericum piriai
Clusiaceae Hypericum Hypericum rigidum
Clusiaceae Vismia Vismia martiana
Combretaceae Buchenavia Buchenavia hoehneana
Connaraceae Rourea Rourea psammophila
Connaraceae Rourea Rourea pseudospadicea
Convolvulaceae Evolvulus Evolvulus chrysotrichos
Convolvulaceae Evolvulus Evolvulus riedelii
Convolvulaceae Ipomoea Ipomoea fimbriosepala
Convolvulaceae Operculina Operculina macrocarpa
Costaceae Costus Costus subsessilis
Cucurbitaceae Cayaponia Cayaponia trilobata
Cymodoceaceae Halodule Halodule emarginata
Cymodoceaceae Halodule Halodule wrightii
Elatinaceae Elatine Elatine lindbergii
Eremolepidaceae Eubrachion Eubrachion ambiguum
Erythroxylaceae Erythroxylum Erythroxylum coelophlebium
Erythroxylaceae Erythroxylum Erythroxylum myrsinites
Erythroxylaceae Erythroxylum Erythroxylum speciosum
Euphorbiaceae Croton Croton serratifolius
Euphorbiaceae Croton Croton sphaerogynus
Euphorbiaceae Joannesia Joannesia princeps
Gesneriaceae Besleria Besleria umbrosa
Gesneriaceae Codonanthe Codonanthe carnosa
Gesneriaceae Codonanthe Codonanthe venosa
Gesneriaceae Gloxinia Gloxinia sylvatica
Gesneriaceae Nematanthus Nematanthus crassifolius
Gesneriaceae Nematanthus Nematanthus monanthos
Gesneriaceae Nematanthus Nematanthus strigillosus
Gesneriaceae Sinningia Sinningia araneosa
Gesneriaceae Sinningia Sinningia canescens
Gesneriaceae Sinningia Sinningia curtiflora
Gesneriaceae Sinningia Sinningia glazioviana
Gesneriaceae Sinningia Sinningia hatschbachii
Gesneriaceae Sinningia Sinningia iarae
Gesneriaceae Sinningia Sinningia insularis
Gesneriaceae Sinningia Sinningia macropoda
Gesneriaceae Sinningia Sinningia magnifica
Gesneriaceae Sinningia Sinningia micans
Gesneriaceae Sinningia Sinningia piresiana
Gesneriaceae Sinningia Sinningia warmingii
Grossulariaceae Escallonia Escallonia chlorophylla
Hippocrateaceae Salacia Salacia arborea
Hippocrateaceae Salacia Salacia mosenii
175
ANEXO 1
Fanerogamas
Família Gênero Espécie
Hippocrateaceae Tontelea Tontelea leptophylla
Hippocrateaceae Tontelea Tontelea martiana
Lauraceae Aiouea Aiouea acarodomatifera
Lauraceae Aiouea Aiouea trinervis
Lauraceae Aniba Aniba heringerii
Lauraceae Nectandra Nectandra barbellata
Lauraceae Nectandra Nectandra cissiflora
Lauraceae Nectandra Nectandra debilis
Lauraceae Nectandra Nectandra falcifolia
Lauraceae Nectandra Nectandra hihua
Lauraceae Ocotea Ocotea beulahiae
Lauraceae Ocotea Ocotea bragai
Lauraceae Ocotea Ocotea catharinensis
Lauraceae Ocotea Ocotea curucutuensis
Lauraceae Ocotea Ocotea daphnifolia
Lauraceae Ocotea Ocotea felix
Lauraceae Ocotea Ocotea frondosa
Lauraceae Ocotea Ocotea mosenii
Lauraceae Ocotea Ocotea nectandrifolia
Lauraceae Ocotea Ocotea nunesiana
Lauraceae Ocotea Ocotea odorifera
Lauraceae Ocotea Ocotea odorifera
Lauraceae Ocotea Ocotea porosa
Lauraceae Ocotea Ocotea serrana
Lauraceae Ocotea Ocotea tabacifolia
Lauraceae Ocotea Ocotea vaccinioides
Lauraceae Persea Persea obovata
Lecythidaceae Cariniana Cariniana legalis
Leguminosae Amburana Amburana cearensis
Leguminosae Andira Andira vermifuga
Leguminosae Apuleia Apuleia leiocarpa
Leguminosae Bauhinia Bauhinia marginata
Leguminosae Bowdichia Bowdichia virgilioides
Leguminosae Caesalpinia Caesalpinia echinata
Leguminosae Camptosema Camptosema isopetalum
Leguminosae Clitoria Clitoria laurifolia
Leguminosae Dalbergia Dalbergia nigra
Leguminosae Dioclea Dioclea glabra
Leguminosae Dipteryx Dipteryx alata
Leguminosae Galactia Galactia benthamiana
Leguminosae Galactia Galactia glaucescens
Leguminosae Galactia Galactia striata
Leguminosae Hymenaea Hymenaea martiana
Leguminosae Inga Inga lanceifolia
176
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Fanerogamas
Família Gênero Espécie
Leguminosae Inga Inga lenticellata
Leguminosae Inga Inga praegnans
Leguminosae Inga Inga sellowiana
Leguminosae Luetzelburgia Luetzelburgia guaissara
Leguminosae Machaerium Machaerium villosum
Leguminosae Melanoxylon Melanoxylon brauna
Leguminosae Myroxylon Myroxylon peruiferum
Leguminosae Peltogyne Peltogyne confertiflora
Leguminosae Swartzia Swartzia flaemingii
Leguminosae Swartzia Swartzia simplex
Lemnaceae Lemna Lemna valdiviana
Lentibulariaceae Genlisea Genlisea aurea
Lentibulariaceae Genlisea Genlisea filiformis
Lentibulariaceae Genlisea Genlisea repens
Lentibulariaceae Genlisea Genlisea violacea
Lentibulariaceae Utricularia Utricularia erectiflora
Lentibulariaceae Utricularia Utricularia hydrocarpa
Lentibulariaceae Utricularia Utricularia longifolia
Lentibulariaceae Utricularia Utricularia nigrescens
Lentibulariaceae Utricularia Utricularia trichophylla
Lentibulariaceae Utricularia Utricularia warmingii
Limnocharitaceae Limnocharis Limnocharis laforestii
Loasaceae Caiophora Caiophora scabra
Loasaceae Loasa Loasa parviflora
Loganiaceae Strychnos Strychnos nigricans
Lythraceae Cuphea Cuphea arenarioides
Lythraceae Cuphea Cuphea lindmaniana
Lythraceae Cuphea Cuphea lutescens
Lythraceae Cuphea Cuphea repens
Lythraceae Diplusodon Diplusodon ovatus
Lythraceae Diplusodon Diplusodon villosissimus
Malpighiaceae Banisteriopsis Banisteriopsis parviflora
Malpighiaceae Barnebya Barnebya dispar
Malpighiaceae Byrsonima Byrsonima brachybotrya
Malpighiaceae Camarea Camarea ericoides
Malpighiaceae Heteropterys Heteropterys patens
Malpighiaceae Heteropterys Heteropterys pauciflora
Malpighiaceae Heteropterys Heteropterys thyrsoidea
Malvaceae Gaya Gaya pilosa
Malvaceae Hibiscus Hibiscus bifurcatus
Malvaceae Hibiscus Hibiscus furcellatus
Malvaceae Krapovickasia Krapovickasia urticifolia
Malvaceae Malachra Malachra radiata
Malvaceae Malvastrum Malvastrum americanum
177
ANEXO 1
Fanerogamas
Família Gênero Espécie
Malvaceae Pavonia Pavonia garckeana
Malvaceae Pavonia Pavonia hastata
Malvaceae Pavonia Pavonia hexaphylla
Malvaceae Pavonia Pavonia kleinii
Malvaceae Pavonia Pavonia reticulata
Malvaceae Sida Sida acrantha
Marantaceae Calathea Calathea aemula
Melastomataceae Clidemia Clidemia suffruticosa
Melastomataceae Miconia Miconia robustissima
Melastomataceae Rhynchanthera Rhynchanthera grandiflora
Melastomataceae Tibouchina Tibouchina candolleana
Melastomataceae Tibouchina Tibouchina frigidula
Meliaceae Cedrela Cedrela fissilis
Meliaceae Cedrela Cedrela odorata
Meliaceae Trichilia Trichilia casaretti
Meliaceae Trichilia Trichilia emarginata
Meliaceae Trichilia Trichilia hirta
Meliaceae Trichilia Trichilia silvatica
Menispermaceae Cissampelos Cissampelos pareira
Molluginaceae Glinus Glinus radiatus
Monimiaceae Macrotorus Macrotorus utriculatus
Monimiaceae Mollinedia Mollinedia blumenaviana
Monimiaceae Mollinedia Mollinedia boracensis
Monimiaceae Mollinedia Mollinedia cyathantha
Monimiaceae Mollinedia Mollinedia engleriana
Monimiaceae Mollinedia Mollinedia gilgiana
Monimiaceae Mollinedia Mollinedia luizae
Monimiaceae Mollinedia Mollinedia oligotricha
Monimiaceae Mollinedia Mollinedia pachysandra
Monimiaceae Mollinedia Mollinedia salicifolia
Monimiaceae Siparuna Siparuna erythrocarpa
Monimiaceae Siparuna Siparuna glossostyla
Monimiaceae Siparuna Siparuna tenuipes
Moraceae Brosimum Brosimum glaziovii
Moraceae Ficus Ficus pulchella
Myrsinaceae Rapanea Rapanea villosissima
Myrtaceae Calycorectes Calycorectes australis
Myrtaceae Calyptranthes Calyptranthes dryadica
Myrtaceae Campomanesia Campomanesia neriiflora
Myrtaceae Campomanesia Campomanesia phaea
Myrtaceae Campomanesia Campomanesia schlechtendaliana
Myrtaceae Eugenia Eugenia angustissima
Myrtaceae Eugenia Eugenia bocainensis
Myrtaceae Eugenia Eugenia brasiliensis
178
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Fanerogamas
Família Gênero Espécie
Myrtaceae Eugenia Eugenia burkartiana
Myrtaceae Eugenia Eugenia copacabanensis
Myrtaceae Eugenia Eugenia hermesiana
Myrtaceae Eugenia Eugenia prasina
Myrtaceae Gomidesia Gomidesia crocea
Myrtaceae Gomidesia Gomidesia tijucensis
Myrtaceae Marlierea Marlierea skortzoviana
Myrtaceae Marlierea Marlierea suaveolens
Myrtaceae Myrceugenia Myrceugenia brevipedicellata
Myrtaceae Myrceugenia Myrceugenia campestris
Myrtaceae Myrceugenia Myrceugenia franciscensis
Myrtaceae Myrceugenia Myrceugenia kleinii
Myrtaceae Myrceugenia Myrceugenia pilotantha
Myrtaceae Myrceugenia Myrceugenia rufescens
Myrtaceae Myrceugenia Myrceugenia venosa
Myrtaceae Myrcia Myrcia bicarinata
Myrtaceae Myrcia Myrcia dichrophylla
Myrtaceae Myrcia Myrcia grandiflora
Myrtaceae Myrcia Myrcia hispida
Myrtaceae Myrcia Myrcia insularis
Myrtaceae Myrcia Myrcia oblongata
Myrtaceae Myrcia Myrcia variabilis
Myrtaceae Myrcianthes Myrcianthes pungens
Myrtaceae Myrciaria Myrciaria cuspidata
Myrtaceae Neomitranthes Neomitranthes capivariensis
Myrtaceae Neomitranthes Neomitranthes glomerata
Myrtaceae Psidium Psidium luridum
Myrtaceae Psidium Psidium sartorianum
Myrtaceae Siphoneugena Siphoneugena densiflora
Myrtaceae Siphoneugena Siphoneugena widgreniana
Olacaceae Heisteria Heisteria perianthomega
Orchidaceae Habenaria Habenaria achalensis
Orchidaceae Habenaria Habenaria ernesti-ulei
Orchidaceae Habenaria Habenaria hexaptera
Orchidaceae Isabelia Isabelia virginalis
Orchidaceae Liparis Liparis vexillifera
Orchidaceae Loefgrenianthus Loefgrenianthus blanche-amesii
Orchidaceae Oncidium Oncidium donianum
Orchidaceae Thysanoglossa Thysanoglossa jordanensis
Orchidaceae Zygopetalum Zygopetalum maxillare
Passifloraceae Passiflora Passiflora campanulata
Passifloraceae Passiflora Passiflora ischnoclada
Passifloraceae Passiflora Passiflora malacophylla
Passifloraceae Passiflora Passiflora racemosa
179
ANEXO 1
Fanerogamas
Família Gênero Espécie
Passifloraceae Passiflora Passiflora setulosa
Pedaliaceae Craniolaria Craniolaria integrifolia
Piperaceae Ottonia Ottonia macrophylla
Piperaceae Peperomia Peperomia clivicola
Piperaceae Peperomia Peperomia emarginella
Piperaceae Peperomia Peperomia gracilis
Piperaceae Peperomia Peperomia nitida
Piperaceae Peperomia Peperomia pellucida
Piperaceae Peperomia Peperomia schwackei
Piperaceae Peperomia Peperomia serpens
Piperaceae Peperomia Peperomia subrubrispica
Piperaceae Peperomia Peperomia trinervis
Piperaceae Peperomia Peperomia turbinata
Piperaceae Piper Piper abutiloides
Piperaceae Piper Piper anostachyum
Piperaceae Piper Piper kuhlmannii
Piperaceae Piper Piper oblancifolium
Piperaceae Piper Piper scutifolium
Piperaceae Piper Piper subcinereum
Piperaceae Piper Piper xylosteoides
Plantaginaceae Plantago Plantago catharinea
Poaceae Acroceras Acroceras excavatum
Poaceae Agenium Agenium leptocladum
Poaceae Agrostis Agrostis lenis
Poaceae Andropogon Andropogon carinatus
Poaceae Andropogon Andropogon glaucophyllus
Poaceae Apoclada Apoclada simplex
Poaceae Aristida Aristida brasiliensis
Poaceae Aristida Aristida laevis
Poaceae Aristida Aristida oligospira
Poaceae Arthropogon Arthropogon villosus
Poaceae Arthropogon Arthropogon xerachne
Poaceae Arundinella Arundinella deppeana
Poaceae Aulonemia Aulonemia aristulata
Poaceae Axonopus Axonopus chrysoblepharis
Poaceae Axonopus Axonopus complanatus
Poaceae Axonopus Axonopus monticola
Poaceae Axonopus Axonopus ramboi
Poaceae Axonopus Axonopus uninodis
Poaceae Bothriochloa Bothriochloa laguroides
Poaceae Briza Briza brasiliensis
Poaceae Briza Briza itatiaiae
Poaceae Chusquea Chusquea erecta
Poaceae Chusquea Chusquea pinifolia
180
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Fanerogamas
Família Gênero Espécie
Poaceae Chusquea Chusquea pulchella
Poaceae Chusquea Chusquea tenuiglumis
Poaceae Colanthelia Colanthelia macrostachya
Poaceae Ctenium Ctenium brevispicatum
Poaceae Ctenium Ctenium cirrhosum
Poaceae Danthonia Danthonia cirrata
Poaceae Diandrolyra Diandrolyra tatianae
Poaceae Digitaria Digitaria corynotricha
Poaceae Digitaria Digitaria neesiana
Poaceae Eragrostis Eragrostis neesii
Poaceae Eriochrysis Eriochrysis filiformis
Poaceae Gymnopogon Gymnopogon burchellii
Poaceae Hymenachne Hymenachne donacifolia
Poaceae Ichnanthus Ichnanthus bambusiflorus
Poaceae Leersia Leersia ligularis
Poaceae Lithachne Lithachne horizontalis
Poaceae Loudetia Loudetia flammida
Poaceae Luziola Luziola brasiliensis
Poaceae Melica Melica arzivencoi
Poaceae Merostachys Merostachys abadiana
Poaceae Merostachys Merostachys burmanii
Poaceae Merostachys Merostachys caucaiana
Poaceae Merostachys Merostachys neesii
Poaceae Merostachys Merostachys scandens
Poaceae Merostachys Merostachys skvortzovii
Poaceae Mesosetum Mesosetum ferrugineum
Poaceae Olyra Olyra fasciculata
Poaceae Panicum Panicum condensatum
Poaceae Panicum Panicum gouinii
Poaceae Panicum Panicum hylaeicum
Poaceae Panicum Panicum surrectum
Poaceae Paspalum Paspalum arundinellum
Poaceae Paspalum Paspalum cinerascens
Poaceae Paspalum Paspalum compressifolium
Poaceae Paspalum Paspalum dedeccae
Poaceae Paspalum Paspalum erianthoides
Poaceae Paspalum Paspalum falcatum
Poaceae Paspalum Paspalum fasciculatum
Poaceae Paspalum Paspalum flaccidum
Poaceae Paspalum Paspalum geminiflorum
Poaceae Paspalum Paspalum ionanthum
Poaceae Paspalum Paspalum jesuiticum
Poaceae Paspalum Paspalum limbatum
Poaceae Paspalum Paspalum macranthecium
181
ANEXO 1
Fanerogamas
Família Gênero Espécie
Poaceae Paspalum Paspalum setiglume
Poaceae Paspalum Paspalum stellatum
Poaceae Paspalum Paspalum umbrosum
Poaceae Paspalum Paspalum usterii
Poaceae Paspalum Paspalum wettsteinii
Poaceae Pharus Pharus latifolius
Poaceae Polypogon Polypogon chilensis
Poaceae Reitzia Reitzia smithii
Poaceae Schizachyrium Schizachyrium scabriflorum
Poaceae Setaria Setaria barretoi
Poaceae Setaria Setaria tenacissima
Poaceae Sorghastrum Sorghastrum stipoides
Poaceae Sporobolus Sporobolus adustus
Poaceae Sporobolus Sporobolus apiculatus
Poaceae Sporobolus Sporobolus camporum
Poaceae Steinchisma Steinchisma spathellosa
Poaceae Stipa Stipa sellowiana
Poaceae Streptochaeta Streptochaeta spicata
Poaceae Thrasya Thrasya petrosa
Poaceae Thrasyopsis Thrasyopsis repanda
Poaceae Zizaniopsis Zizaniopsis microstachya
Polygalaceae Polygala Polygala brasiliensis
Polygalaceae Polygala Polygala exigua
Polygalaceae Polygala Polygala galioides
Polygalaceae Polygala Polygala molluginifolia
Polygalaceae Polygala Polygala moquiniana
Polygalaceae Polygala Polygala nudicaulis
Polygalaceae Polygala Polygala pulchella
Polygalaceae Polygala Polygala pumila
Polygalaceae Polygala Polygala stephaniana
Polygalaceae Polygala Polygala tamariscea
Portulacaceae Portulaca Portulaca fluvialis
Portulacaceae Portulaca Portulaca halimoides
Portulacaceae Portulaca Portulaca striata
Primulaceae Anagallis Anagallis alternifolia
Primulaceae Anagallis Anagallis barbata
Proteaceae Euplassa Euplassa cantareirae
Proteaceae Panopsis Panopsis multiflora
Proteaceae Panopsis Panopsis rubescens
Proteaceae Roupala Roupala sculpta
Quiinaceae Quiina Quiina magallano-gomesii
Ranunculaceae Clematis Clematis denticulata
Ranunculaceae Ranunculus Ranunculus flagelliformis
Rhamnaceae Gouania Gouania ulmifolia
182
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Fanerogamas
Família Gênero Espécie
Rosaceae Agrimonia Agrimonia parviflora
Rubiaceae Borreria Borreria remota
Rubiaceae Coussarea Coussarea nodosa
Rubiaceae Faramea Faramea paratiensis
Rubiaceae Galianthe Galianthe pseudopeciolata
Rubiaceae Galianthe Galianthe souzae
Rubiaceae Palicourea Palicourea tetraphylla
Rubiaceae Richardia Richardia stellaris
Rubiaceae Rudgea Rudgea nobilis
Rubiaceae Rudgea Rudgea sessilis
Rubiaceae Rudgea Rudgea triflora
Rubiaceae Rudgea Rudgea vellerea
Rubiaceae Sabicea Sabicea grisea
Rutaceae Balfourodendron Balfourodendron riedelianum
Rutaceae Esenbeckia Esenbeckia leiocarpa
Rutaceae Esenbeckia Esenbeckia pilocarpoides
Rutaceae Pilocarpus Pilocarpus giganteus
Rutaceae Zanthoxylum Zanthoxylum petiolare
Sapindaceae Allophylus Allophylus semidentatus
Sapindaceae Cupania Cupania furfuracea
Sapindaceae Dilodendron Dilodendron bipinnatum
Sapindaceae Magonia Magonia pubescens
Sapotaceae Chrysophyllum Chrysophyllum imperiale
Sapotaceae Pouteria Pouteria bullata
Sapotaceae Pouteria Pouteria reticulata
Sapotaceae Pouteria Pouteria subcaerulea
Scrophulariaceae Agalinis Agalinis communis
Scrophulariaceae Agalinis Agalinis ramulifera
Scrophulariaceae Bacopa Bacopa congesta
Scrophulariaceae Buchnera Buchnera amethystina
Scrophulariaceae Buchnera Buchnera longifolia
Scrophulariaceae Escobedia Escobedia grandiflora
Scrophulariaceae Melasma Melasma rhinanthoides
Scrophulariaceae Stemodia Stemodia pratensis
Simaroubaceae Picrasma Picrasma crenata
Simaroubaceae Simaba Simaba glabra
Simaroubaceae Simaba Simaba insignis
Simaroubaceae Simaba Simaba salubris
Smilacaceae Smilax Smilax goyazana
Smilacaceae Smilax Smilax japicanga
Symplocaceae Symplocos Symplocos itatiaiae
Theaceae Ternstroemia Ternstroemia cuneifolia
Theophrastaceae Clavija Clavija spinosa
Tiliaceae Christiana Christiana macrodon
183
ANEXO 1
Fanerogamas
Família Gênero Espécie
Tiliaceae Triumfetta Triumfetta grandiflora
Triuridaceae Sciaphila Sciaphila schwackeana
Triuridaceae Triuris Triuris hyalina
Tropaeolaceae Tropaeolum Tropaeolum warmingianum
Ulmaceae Phyllostylon Phyllostylon rhamnoides
Valerianaceae Valeriana Valeriana glaziovii
Valerianaceae Valeriana Valeriana organensis
Violaceae Hybanthus Hybanthus velutinus
Violaceae Viola Viola gracillima
Violaceae Viola Viola subdimidiata
Vitaceae Cissus Cissus serroniana
Vitaceae Cissus Cissus trianae
Xyridaceae Xyris Xyris augusto-coburgii
Xyridaceae Xyris Xyris brevifolia
Xyridaceae Xyris Xyris capensis
Xyridaceae Xyris Xyris fusca
Xyridaceae Xyris Xyris longifolia
Xyridaceae Xyris Xyris metallica
Xyridaceae Xyris Xyris obtusiuscula
Xyridaceae Xyris Xyris stenophylla
Xyridaceae Xyris Xyris trachyphylla
Xyridaceae Xyris Xyris uninervis
Xyridaceae Xyris Xyris wawrae
Flacourtiaceae Abatia Abatia glabra
Menispermaceae Abuta Abuta guianensis
Leguminosae Acacia Acacia martiusiana
Leguminosae Acacia Acacia stipulata
Leguminosae Acacia Acacia velutina
Euphorbiaceae Acalypha Acalypha accedens
Solanaceae Acnistus Acnistus breviflorus
Euphorbiaceae Actinostemon Actinostemon multiflorus
Bignoniaceae Adenocalymma Adenocalymma trifoliatum
Asteraceae Adenostemma Adenostemma involucratum
Verbenaceae Aegiphila Aegiphila tomentosa
Leguminosae Aeschynomene Aeschynomene brevipes
Leguminosae Aeschynomene Aeschynomene evenia
Ericaceae Agarista Agarista chlorantha
Poaceae Agrostis Agrostis hygrometrica
Alstroemeriaceae Alstroemeria Alstroemeria apertiflora
Alstroemeriaceae Alstroemeria Alstroemeria cunha
Alstroemeriaceae Alstroemeria Alstroemeria foliosa
Alstroemeriaceae Alstroemeria Alstroemeria plantaginea
Leguminosae Alysicarpus Alysicarpus ovalifolius
Annonaceae Anaxagorea Anaxagorea dolichocarpa
184
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Fanerogamas
Família Gênero Espécie
Poaceae Andropogon Andropogon hypogynus
Bignoniaceae Anemopaegma Anemopaegma bifarium
Bignoniaceae Anemopaegma Anemopaegma chaimberlaynii
Rubiaceae Anisomeris Anisomeris bella
Rubiaceae Anisomeris Anisomeris sericea
Annonaceae Annona Annona nutans
Araceae Anthurium Anthurium ameliae
Araceae Anthurium Anthurium bocainense
Araceae Anthurium Anthurium minarum
Araceae Anthurium Anthurium unense
Flacourtiaceae Aphaerema Aphaerema spicata
Acanthaceae Aphelandra Aphelandra claussenii
Poaceae Aristida Aristida gibbosa
Solanaceae Aureliana Aureliana brasiliana
Solanaceae Aureliana Aureliana glomuliflora
Solanaceae Aureliana Aureliana wettsteiriana
Flacourtiaceae Azara Azara uruguayensis
Asteraceae Baccharis Baccharis burchellii
Asteraceae Baccharis Baccharis calvescens
Asteraceae Baccharis Baccharis camporum
Asteraceae Baccharis Baccharis caprariaefolia
Asteraceae Baccharis Baccharis cordata
Asteraceae Baccharis Baccharis dentata
Asteraceae Baccharis Baccharis discolor
Asteraceae Baccharis Baccharis gracillima
Asteraceae Baccharis Baccharis illinita
Asteraceae Baccharis Baccharis incisa
Asteraceae Baccharis Baccharis leucocephala
Asteraceae Baccharis Baccharis megapotamica
Asteraceae Baccharis Baccharis melastomaefolia
Asteraceae Baccharis Baccharis microcephala
Asteraceae Baccharis Baccharis microptera
Asteraceae Baccharis Baccharis milleflora
Asteraceae Baccharis Baccharis myricaefolia
Asteraceae Baccharis Baccharis pauciflosculosa
Asteraceae Baccharis Baccharis paulopolitana
Asteraceae Baccharis Baccharis platypoda
Asteraceae Baccharis Baccharis pluridentata
Asteraceae Baccharis Baccharis pseudotenuifolia
Asteraceae Baccharis Baccharis refracta
Asteraceae Baccharis Baccharis regnellii
Asteraceae Baccharis Baccharis sessiliflora
Asteraceae Baccharis Baccharis stenocephala
Asteraceae Baccharis Baccharis subcapitata
185
ANEXO 1
Fanerogamas
Família Gênero Espécie
Asteraceae Baccharis Baccharis subopposita
Asteraceae Baccharis Baccharis subumbelliformis
Leguminosae Bauhinia Bauhinia albicans
Leguminosae Bauhinia Bauhinia cuyabensis
Leguminosae Bauhinia Bauhinia dimorphophylla
Leguminosae Bauhinia Bauhinia glabra
Leguminosae Bauhinia Bauhinia pulchella
Cyperaceae Becquerelia Becquerelia cymosa
Euphorbiaceae Bernardia Bernardia pulchella
Orchidaceae Brachystele Brachystele cyclochila
Poaceae Briza Briza jergensii
Poaceae Briza Briza maxima
Combretaceae Buchenavia Buchenavia hoehneana
Orchidaceae Bulbophyllum Bulbophyllum punctatum
Sterculiaceae Byttneria Byttneria palustris
Asteraceae Calea Calea hispida
Solanaceae Calibrachoa Calibrachoa micrantha
Leguminosae Calliandra Calliandra dysantha
Leguminosae Calopogonium Calopogonium galactioides
Leguminosae Calpurnia Calpurnia aurea
Orchidaceae Campylocentrum Campylocentrum iglesiasii
Leguminosae Canavalia Canavalia brasiliensis
Leguminosae Canavalia Canavalia mattogrossensis
Orchidaceae Capanemia Capanemia adelaidae
Euphorbiaceae Caperonia Caperonia palustris
Solanaceae Capsicum Capsicum lucidum
Leguminosae Cassia Cassia basifolia
Leguminosae Cassia Cassia flavicoma
Bromeliaceae Catopsis Catopsis berteroniana
Cucurbitaceae Cayaponia Cayaponia fluminensis
Cucurbitaceae Cayaponia Cayaponia martiana
Cucurbitaceae Cayaponia Cayaponia tibiricae
Leguminosae Centrolobium Centrolobium microchaete
Leguminosae Centrosema Centrosema arenarium
Leguminosae Centrosema Centrosema brasilianum
Leguminosae Centrosema Centrosema paraguaense
Leguminosae Centrosema Centrosema rotundifolium
Rubiaceae Cephaelis Cephaelis hastissepala
Rubiaceae Cephalanthus Cephalanthus glabratus
Rapateaceae Cephalostemum Cephalostemum riedelianus
Solanaceae Cestrum Cestrum gardneri
Solanaceae Cestrum Cestrum sellowianum
Solanaceae Cestrum Cestrum stipulatum
Solanaceae Cestrum Cestrum toledii
186
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Fanerogamas
Família Gênero Espécie
Leguminosae Chaetocalyx Chaetocalyx acutifolia
Leguminosae Chaetocalyx Chaetocalyx parviflora
Leguminosae Chaetocalyx Chaetocalyx tomentosa
Leguminosae Chamaecrista Chamaecrista ochnacea
Leguminosae Chamaecrista Chamaecrista punctata
Euphorbiaceae Chamaesyce Chamaesyce caecorum
Asteraceae Chaptalia Chaptalia graminifolia
Asteraceae Chromolaena Chromolaena congesta
Asteraceae Chromolaena Chromolaena horminoides
Asteraceae Chromolaena Chromolaena sanctopaulensis
Asteraceae Chrysolaena Chrysolaena cognata
Asteraceae Chrysolaena Chrysolaena herbacea
Asteraceae Chrysolaena Chrysolaena oligophylla
Asteraceae Chuquiraga Chuquiraga brasiliensis
Asteraceae Chuquiraga Chuquiraga regnellii
Asteraceae Chuquiraga Chuquiraga sprengeliana
Asteraceae Chuquiraga Chuquiraga synacantha
Poaceae Chusquea Chusquea heterophylla
Asteraceae Clibadium Clibadium rotundifolium
Leguminosae Clitoria Clitoria simplicifolia
Bignoniaceae Clytostoma Clytostoma binatum
Rubiaceae Coccocypselum Coccocypselum erythrocephalum
Polygonaceae Coccoloba Coccoloba alnifolia
Polygonaceae Coccoloba Coccoloba cordata
Polygonaceae Coccoloba Coccoloba fastigiata
Polygonaceae Coccoloba Coccoloba latifolia
Polygonaceae Coccoloba Coccoloba nitida
Polygonaceae Coccoloba Coccoloba ovata
Combretaceae Combretum Combretum assimile
Combretaceae Combretum Combretum duarteanum
Combretaceae Combretum Combretum hillarianum
Combretaceae Combretum Combretum laxum
Asteraceae Conyza Conyza notobellidiastrum
Boraginaceae Cordia Cordia brasiliense
Boraginaceae Cordia Cordia grandifolia
Boraginaceae Cordia Cordia guazumifolia
Boraginaceae Cordia Cordia rufescens
Leguminosae Crotalaria Crotalaria flavicoma
Leguminosae Crotalaria Crotalaria striata
Leguminosae Crotalaria Crotalaria subdecurrens
Leguminosae Crotalaria Crotalaria unifoliolata
Orchidaceae Cryptophoranthus Cryptophoranthus jordanensis
Marantaceae Ctenanthe Ctenanthe setosa
Orchidaceae Cyanaeorchis Cyanaeorchis arundinae
187
ANEXO 1
Fanerogamas
Família Gênero Espécie
Orchidaceae Cyclopogon Cyclopogon calophyllus
Orchidaceae Cyclopogon Cyclopogon micranthus
Bignoniaceae Cydista Cydista aequinoctialis
Cyperaceae Cyperus Cyperus aggregatus
Cyperaceae Cyperus Cyperus flavus
Cyperaceae Cyperus Cyperus giganteus
Cyperaceae Cyperus Cyperus hermaphroditus
Cyperaceae Cyperus Cyperus iria
Cyperaceae Cyperus Cyperus ligularis
Cyperaceae Cyperus Cyperus megapotamicus
Solanaceae Cyphomandra Cyphomandra divaricata
Solanaceae Cyphomandra Cyphomandra ovum-fringillae
Solanaceae Cyphomandra Cyphomandra velutina
Orchidaceae Cyrtopodium Cyrtopodium orophilum
Orchidaceae Cyrtopodium Cyrtopodium paludicum
Leguminosae Dalbergia Dalbergia pinnata
Leguminosae Dalbergia Dalbergia sampaioana
Euphorbiaceae Dalechampia Dalechampia stenosepala
Asteraceae Dasyphyllum Dasyphyllum flagellare
Asteraceae Dasyphyllum Dasyphyllum sprengelianum
Solanaceae Datura Datura arborea
Solanaceae Datura Datura fastuosa
Asteraceae Dendrophorbium Dendrophorbium pellucidinerve
Leguminosae Desmanthus Desmanthus tatuhyensis
Leguminosae Desmodium Desmodium baccatum
Leguminosae Desmodium Desmodium canum
Leguminosae Desmodium Desmodium leiocarpum
Leguminosae Desmodium Desmodium procumbens
Orchidaceae Dichaea Dichaea mosenii
Orchidaceae Dichaea Dichaea pendula
Orchidaceae Dichaea Dichaea trulla
Leguminosae Dioclea Dioclea grandiflora
Leguminosae Dioclea Dioclea paraguariensis
Leguminosae Dioclea Dioclea violacea
Dioscoreacae Dioscorea Dioscorea laxiflora
Dioscoreacae Dioscorea Dioscorea sanpaulensis
Dioscoreacae Dioscorea Dioscorea torticaulis
Ebenaceae Diospyros Diospyros coccolobifolia
Ebenaceae Diospyros Diospyros obovata
Asclepiadaceae Ditassa Ditassa conceptionis
Leguminosae Dolichopsis Dolichopsis monticola
Dilleniaceae Doliocarpus Doliocarpus glomeratus
Orchidaceae Dryadella Dryadella edwallii
Asteraceae Echinocoryne Echinocoryne schwenkiaefolia
Asteraceae Egletes Egletes viscosa
188
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Fanerogamas
Família Gênero Espécie
Rubiaceae Ehandia Ehandia nitida
Cyperaceae Eleocharis Eleocharis elegans
Asteraceae Elephantopus Elephantopus elongatus
Asteraceae Eliocteres Eliocteres hirsuta
Orchidaceae Encyclia Encyclia patens
Orchidaceae Epidendrum Epidendrum anceps
Orchidaceae Epidendrum Epidendrum aquaticum
Orchidaceae Epidendrum Epidendrum longifolium
Orchidaceae Epidendrum Epidendrum mantiqueiranum
Orchidaceae Epidendrum Epidendrum obergii
Asteraceae Eremanthus Eremanthus erythropappus
Myrtaceae Eugenia Eugenia bunchosifolia
Myrtaceae Eugenia Eugenia itacolunensis
Myrtaceae Eugenia Eugenia jasminifolia
Myrtaceae Eugenia Eugenia lanceolata
Myrtaceae Eugenia Eugenia lucida
Myrtaceae Eugenia Eugenia plicata
Myrtaceae Eugenia Eugenia springiana
Asteraceae Eupatorium Eupatorium adenophorum
Asteraceae Eupatorium Eupatorium ballotifolium
Asteraceae Eupatorium Eupatorium bupleurifolium
Asteraceae Eupatorium Eupatorium callilepis
Asteraceae Eupatorium Eupatorium chlorocephalum
Asteraceae Eupatorium Eupatorium coriaceum
Asteraceae Eupatorium Eupatorium dictyophyllum
Asteraceae Eupatorium Eupatorium hecatanthum
Asteraceae Eupatorium Eupatorium hirsutum
Asteraceae Eupatorium Eupatorium horminioides
Asteraceae Eupatorium Eupatorium lanigerum
Asteraceae Eupatorium Eupatorium ligulaefolium
Asteraceae Eupatorium Eupatorium mariayense
Asteraceae Eupatorium Eupatorium megacephalum
Asteraceae Eupatorium Eupatorium molissimum
Asteraceae Eupatorium Eupatorium myrtilloides
Asteraceae Eupatorium Eupatorium odoratum
Asteraceae Eupatorium Eupatorium palustre
Asteraceae Eupatorium Eupatorium pedunculosum
Asteraceae Eupatorium Eupatorium platylepis
Asteraceae Eupatorium Eupatorium pyrifolium
Asteraceae Eupatorium Eupatorium remotifolium
Asteraceae Eupatorium Eupatorium sanctopaulense
Asteraceae Eupatorium Eupatorium sordescens
Asteraceae Eupatorium Eupatorium xanthierianum
Euphorbiaceae Euphorbia Euphorbia sciadophila
189
ANEXO 1
Fanerogamas
Família Gênero Espécie
Convolvulaceae Evolvulus Evolvulus barbatus
Convolvulaceae Evolvulus Evolvulus macroblepharis
Convolvulaceae Evolvulus Evolvulus pterocaulon
Asteraceae Facelis Facelis retusa
Cyperaceae Fimbristylis Fimbristylis dichotoma
Cyperaceae Fimbristylis Fimbristylis polymorpha
Cyperaceae Fimbristylis Fimbristylis spadicea
Asteraceae Gaillardia Gaillardia pulchella
Leguminosae Galactia Galactia boavista
Leguminosae Galactia Galactia crassifolia
Leguminosae Galactia Galactia gracillima
Leguminosae Galactia Galactia graciosa
Leguminosae Galactia Galactia macrophylla
Leguminosae Galactia Galactia tenuiflora
Asteraceae Galinsoga Galinsoga ciliata
Ericaceae Gaultheria Gaultheria eryophylla
Ericaceae Gaultheria Gaultheria itatiaiae
Ericaceae Gaultheria Gaultheria serrata
Arecaceae Geonoma Geonoma rubescens
Geraniaceae Geranium Geranium brasiliense
Asteraceae Gnaphalium Gnaphalium hyemale
Asteraceae Gnaphalium Gnaphalium spicatum
Myrtaceae Gomidesia Gomidesia kunthiana
Myrtaceae Gomidesia Gomidesia riedeliana
Nyctaginaceae Guapira Guapira tomentosa
Annonaceae Guatteria Guatteria pohliana
Cucurbitaceae Gurania Gurania cissoides
Orchidaceae Habenaria Habenaria ekmaniana
Orchidaceae Habenaria Habenaria gustavi-edwallii
Orchidaceae Hapalorchis Hapalorchis lineatus
Cactaceae Hatiora Hatiora epiphylloides
Heliconiaceae Heliconia Heliconia angusta
Heliconiaceae Heliconia Heliconia bihai
Malvaceae Herissantia Herissantia nemoralis
Acanthaceae Herpetacanthus Herpetacanthus rubiginosus
Asteraceae Heterocondylus Heterocondylus inesiae
Malvaceae Hibiscus Hibiscus manihot
Lamiaceae Hyptis Hyptis althaeaefolia
Lamiaceae Hyptis Hyptis carpinifolia
Lamiaceae Hyptis Hyptis heterodon
Lamiaceae Hyptis Hyptis macrantha
Lamiaceae Hyptis Hyptis martiusi
Lamiaceae Hyptis Hyptis reticulata
Lamiaceae Hyptis Hyptis rubiginosa
190
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Fanerogamas
Família Gênero Espécie
Lamiaceae Hyptis Hyptis sericea
Asteraceae Ichthyothere Ichthyothere agrestis
Asteraceae Ichthyothere Ichthyothere mollis
Leguminosae Indigofera Indigofera bongardiana
Leguminosae Indigofera Indigofera jamaicensis
Leguminosae Inga Inga lenticellata
Leguminosae Inga Inga virescens
Convolvulaceae Ipomoea Ipomoea regnellii
Rubiaceae Ixora Ixora burcheliana
Convolvulaceae Jacquemontia Jacquemontia glaucescens
Convolvulaceae Jacquemontia Jacquemontia sphaerocephala
Euphorbiaceae Jatropha Jatropha elliptica
Juncaceae Juncus Juncus tenuis
Asteraceae Jungia Jungia sellowii
Acanthaceae Justicia Justicia laevilinguis
Lamiaceae Keithia Keithia scutellarioides
Cyperaceae Kylinga Kylinga odorata
Combretaceae Laguncularia Laguncularia racemosa
Verbenaceae Lantana Lantana glaziovii
Verbenaceae Lantana Lantana nivea
Verbenaceae Lantana Lantana triplinervia
Melastomataceae Leandra Leandra collina
Melastomataceae Leandra Leandra ionopogon
Asteraceae Lepidaploa Lepidaploa rufogrisea
Cactaceae Lepismium Lepismium warmingianum
Asteraceae Lessingianthus Lessingianthus buddleiifolius
Asteraceae Lessingianthus Lessingianthus grandiflorus
Asteraceae Lessingianthus Lessingianthus oligophyllus
Ericaceae Leucothoe Leucothoe cordifolia
Ericaceae Leucothoe Leucothoe intermedia
Verbenaceae Lippia Lippia affinis
Verbenaceae Lippia Lippia balansae
Verbenaceae Lippia Lippia corymbosa
Verbenaceae Lippia Lippia urticoides
Verbenaceae Lippia Lippia vernonioides
Leguminosae Lonchocarpus Lonchocarpus nitidus
Onagraceae Ludwigia Ludwigia quadrangularis
Poaceae Luziola Luziola peruviana
Leguminosae Machaerium Machaerium declinatum
Leguminosae Machaerium Machaerium dimorphandrum
Leguminosae Machaerium Machaerium disidon
Leguminosae Machaerium Machaerium reticulatum
Leguminosae Macroptilium Macroptilium sabaraense
Leguminosae Macrotyloma Macrotyloma uniflorum
191
ANEXO 1
Fanerogamas
Família Gênero Espécie
Rubiaceae Mapouria Mapouria cephalatha
Rubiaceae Mapouria Mapouria subspathulata
Sapindaceae Matayba Matayba marginata
Asclepiadaceae Matelea Matelea marcoassisi
Orchidaceae Maxillaria Maxillaria rigida
Celastraceae Maytenus Maytenus ardisiaefolia
Cactaceae Mediocactus Mediocactus coccineus
Asteraceae Melampodium Melampodium paniculatum
Poaceae Melica Melica sarmentosa
Sabiaceae Meliosma Meliosma brasiliensis
Sterculiaceae Melochia Melochia splenders
Cucurbitaceae Melothria Melothria hirsuta
Melastomataceae Miconia Miconia candolleana
Melastomataceae Miconia Miconia serrulata
Melastomataceae Miconia Miconia tentaculifera
Asteraceae Mikania Mikania conferta
Asteraceae Mikania Mikania elliptica
Asteraceae Mikania Mikania glaziovii
Asteraceae Mikania Mikania hemisphaerica
Asteraceae Mikania Mikania nummularia
Asteraceae Mikania Mikania oblongifolia
Asteraceae Mikania Mikania oreophila
Asteraceae Mikania Mikania smilacina
Asteraceae Mikania Mikania strobilacea
Asteraceae Mikania Mikania subverticillata
Asteraceae Mikania Mikania triphylla
Leguminosae Mimosa Mimosa bifurca
Leguminosae Mimosa Mimosa hilariana
Leguminosae Mucuna Mucuna rostrata
Asteraceae Mutisia Mutisia campanulata
Myrtaceae Myrcia Myrcia apiocarpa
Myrtaceae Myrcia Myrcia bullata
Myrtaceae Myrcia Myrcia coelosepala
Myrtaceae Myrcia Myrcia colpodes
Myrtaceae Myrcia Myrcia egensis
Myrtaceae Myrcia Myrcia klotzschiana
Myrtaceae Myrcia Myrcia linguiformis
Myrtaceae Myrcia Myrcia lisiantha
Myrtaceae Myrcia Myrcia pachyclada
Myrtaceae Myrcia Myrcia rugosa
Myrtaceae Myrcia Myrcia strectophylla
Nyctaginaceae Neea Neea mollis
Bromeliaceae Neoregelia Neoregelia binotii
Leguminosae Newtonia Newtonia nitida
Bromeliaceae Nidularium Nidularium bocainense
Asteraceae Noticastrum Noticastrum gnaphalioides
192
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Fanerogamas
Família Gênero Espécie
Menispermaceae Odontocarya Odontocarya tamoides
Orchidaceae Oncidium Oncidium macronyx
Asteraceae Ophryosporus Ophryosporus freyreissii
Leguminosae Ormosia Ormosia friburgensis
Piperaceae Ottonia Ottonia frutescens
Ochnaceae Ouratea Ouratea crassifolia
Ochnaceae Ouratea Ouratea humilis
Ochnaceae Ouratea Ouratea nana
Ochnaceae Ouratea Ouratea stipulacea
Ochnaceae Ouratea Ouratea stipulata
Eriocaulaceae Paepalanthus Paepalanthus blepharocnemis
Eriocaulaceae Paepalanthus Paepalanthus erigeron
Eriocaulaceae Paepalanthus Paepalanthus liebmannianus
Eriocaulaceae Paepalanthus Paepalanthus saxicola
Poaceae Panicum Panicum pseudisachne
Poaceae Panicum Panicum pulchellum
Poaceae Panicum Panicum stigmosum
Malvaceae Pavonia Pavonia cancellata
Malvaceae Pavonia Pavonia laxifolia
Malvaceae Pavonia Pavonia sessiliflora
Malvaceae Pavonia Pavonia sidifolia
Orchidaceae Pelexia Pelexia longifolia
Malvaceae Peltaea Peltaea edouardii
Rubiaceae Perama Perama plantaginifolia
Viscaceae Phoradendron Phoradendron craspedophyllum
Viscaceae Phoradendron Phoradendron cuspidatum
Myrtaceae Phyllocalyx Phyllocalyx membranaceus
Asteraceae Piptocarpha Piptocarpha leprosa
Asteraceae Piptocarpha Piptocarpha obovata
Asteraceae Piptocarpha Piptocarpha organensis
Asteraceae Piptocarpha Piptocarpha quadrangularis
Nyctaginaceae Pisonia Pisonia aculeata
Orchidaceae Pleurobotryum Pleurobotryum atropurpureum
Cyperaceae Pleurostachys Pleurostachys densiflora
Orchidaceae Pleurothallis Pleurothallis bocainensis
Orchidaceae Pleurothallis Pleurothallis cryptophoranthoides
Orchidaceae Pleurothallis Pleurothallis leucosepala
Orchidaceae Pleurothallis Pleurothallis lineolata
Orchidaceae Pleurothallis Pleurothallis miragliae
Orchidaceae Pleurothallis Pleurothallis piratiningana
Orchidaceae Pleurothallis Pleurothallis serpentula
Orchidaceae Pleurothallis Pleurothallis simpliciglossa
Orchidaceae Pleurothallis Pleurothallis transparens
Orchidaceae Pleurothallis Pleurothallis wacketii
Asteraceae Pluchea Pluchea oblongifolia
Rubiaceae Pogonopus Pogonopus speciosus
193
ANEXO 1
Fanerogamas
Família Gênero Espécie
Lamiaceae Pogostemon Pogostemon cablin
Leguminosae Poiretia Poiretia latifolia
Leguminosae Poiretia Poiretia punctata
Polygonaceae Polygonum Polygonum aviculare
Polygonaceae Polygonum Polygonum glabrum
Asteraceae Polymnia Polymnia siegesbeckia
Asteraceae Polymnia Polymnia sonchifolia
Asteraceae Porophyllum Porophyllum angustissimum
Potamogetonaceae Potamogeton Potamogeton polygonifolius
Cecropiaceae Pourouma Pourouma bicolor
Sapotaceae Pouteria Pouteria grandiflora
Sapotaceae Pouteria Pouteria lateriflora
Sapotaceae Pouteria Pouteria pellita
Sapotaceae Pouteria Pouteria salicifolia
Apocynaceae Prestonia Prestonia acutifolia
Leguminosae Pseudocopaiva Pseudocopaiva chodatiana
Rubiaceae Psychotria Psychotria sciaphila
Leguminosae Pterocarpus Pterocarpus nobilis
Asteraceae Pterocaulon Pterocaulon balansae
Asteraceae Pterocaulon Pterocaulon interruptum
Asteraceae Pterocaulon Pterocaulon lanatum
Cyperaceae Pycreus Pycreus megapotamicus
Asteraceae Pyngraea Pyngraea oxydonta
Vochysiaceae Qualea Qualea coerulea
Vochysiaceae Qualea Qualea densiflora
Vochysiaceae Qualea Qualea gestasiana
Rubiaceae Relbunium Relbunium gracillimum
Rubiaceae Relbunium Relbunium megapotamicum
Rubiaceae Relbunium Relbunium ovale
Lamiaceae Rhabdocaulon Rhabdocaulon coccineum
Rhamnaceae Rhamnidium Rhamnidium glabrum
Cactaceae Rhipsalis Rhipsalis campos-portoana
Cactaceae Rhipsalis Rhipsalis clavata
Cyperaceae Rhynchospora Rhynchospora floribunda
Cyperaceae Rhynchospora Rhynchospora glauca
Cyperaceae Rhynchospora Rhynchospora globosa
Cyperaceae Rhynchospora Rhynchospora polyantha
Cyperaceae Rhynchospora Rhynchospora pubera
Cyperaceae Rhynchospora Rhynchospora rigida
Cyperaceae Rhynchospora Rhynchospora rugosa
Cyperaceae Rhynchospora Rhynchospora setigera
Annonaceae Rollinia Rollinia dolabripetala
Acanthaceae Ruellia Ruellia dissitifolia
Alismataceae Sagittaria Sagittaria rhombifolia
Lamiaceae Salvia Salvia arenaria
Lamiaceae Salvia Salvia guaranitica
194
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Fanerogamas
Família Gênero Espécie
Lamiaceae Salvia Salvia leucantha
Lamiaceae Salvia Salvia nervosa
Lamiaceae Salvia Salvia oligantha
Lamiaceae Salvia Salvia uliginosa
Ochnaceae Sauvagesia Sauvagesia elata
Anacardiaceae Schinus Schinus longifolius
Poaceae Schyzachyrium Schyzachyrium sanguineum
Cyperaceae Scirpus Scirpus riparius
Cyperaceae Scleria Scleria comosa
Cyperaceae Scleria Scleria distans
Cyperaceae Scleria Scleria scabra
Asteraceae Senecio Senecio fastigiaticephalus
Asteraceae Senecio Senecio glaziovii
Asteraceae Senecio Senecio malacophyllus
Asteraceae Senecio Senecio pohlii
Asteraceae Senecio Senecio pseudopohlii
Asteraceae Senecio Senecio trixoides
Leguminosae Senna Senna racemosa
Leguminosae Senna Senna septentrionalis
Sapindaceae Serjania Serjania confertiflora
Sapindaceae Serjania Serjania dentata
Malvaceae Sida Sida aurantiaca
Malvaceae Sida Sida jussieuana
Malvaceae Sida Sida macrodon
Malvaceae Sida Sida paniculata
Malvaceae Sida Sida riedelii
Malvaceae Sida Sida subcuneata
Malvaceae Sida Sida tomentella
Malvaceae Sida Sida urticifolia
Gesneriaceae Sinningia Sinningia reitzii
Rubiaceae Sipanea Sipanea hispida
Monimiaceae Siparuna Siparuna erythrocarpa
Solanaceae Solanum Solanum acerosum
Solanaceae Solanum Solanum adcendens
Solanaceae Solanum Solanum affine
Solanaceae Solanum Solanum alatibaccatum
Solanaceae Solanum Solanum angustiflorum
Solanaceae Solanum Solanum caeruleum
Solanaceae Solanum Solanum castaneum
Solanaceae Solanum Solanum ciliatum
Solanaceae Solanum Solanum cladotrichum
Solanaceae Solanum Solanum delicatulum
Solanaceae Solanum Solanum fastigiatum
Solanaceae Solanum Solanum flexuosum
Solanaceae Solanum Solanum glomuliflorum
Solanaceae Solanum Solanum guaraniticum
195
ANEXO 1
Fanerogamas
Família Gênero Espécie
Solanaceae Solanum Solanum hexandrum
Solanaceae Solanum Solanum kleinii
Solanaceae Solanum Solanum lacerdae
Solanaceae Solanum Solanum oligocarpum
Solanaceae Solanum Solanum pabstii
Solanaceae Solanum Solanum pelliceum
Solanaceae Solanum Solanum phyllosepalum
Solanaceae Solanum Solanum pilluliferum
Solanaceae Solanum Solanum pubescens
Solanaceae Solanum Solanum reflexum
Solanaceae Solanum Solanum rugosum
Solanaceae Solanum Solanum scuticum
Solanaceae Solanum Solanum sellowii
Solanaceae Solanum Solanum stipulatum
Solanaceae Solanum Solanum subsylvestris
Solanaceae Solanum Solanum vellozianum
Solanaceae Solanum Solanum wacketii
Poaceae Spartina Spartina alterniflora
Lamiaceae Stachys Stachys arvensis
Verbenaceae Stachytarpheta Stachytarpheta dichotomica
Orchidaceae Stelis Stelis calotricha
Orchidaceae Stelis Stelis ruprechtiana
Orchidaceae Stenorrhynchus Stenorrhynchus rupestris
Asteraceae Stevia Stevia cinerascens
Asteraceae Stevia Stevia collina
Asteraceae Stevia Stevia comixta
Asteraceae Stevia Stevia leptophylla
Asteraceae Stevia Stevia myriaderia
Asteraceae Stevia Stevia veroniaceae
Asteraceae Stifftia Stifftia parviflora
Marantaceae Stromanthe Stromanthe papillosa
Leguminosae Stylosanthes Stylosanthes campestris
Leguminosae Stylosanthes Stylosanthes linearifolia
Styracaceae Styrax Styrax glaber
Arecaceae Syagrus Syagrus petrea
Asteraceae Symphyopappus Symphyopappus lymansmithii
Myrtaceae Syphoneugena Syphoneugena densiflora
Combretaceae Terminalia Terminalia oblonga
Boraginaceae Thammatocoryon Thammatocoryon dasyanthum
Brassicaceae Thlaspi Thlaspi arvense
Melastomataceae Tibouchina Tibouchina langsdorffiana
Melastomataceae Tibouchina Tibouchina semidecandra
Melastomataceae Tococa Tococa cardyophylla
Boraginaceae Tournefortia Tournefortia breviflora
Boraginaceae Tournefortia Tournefortia maculata
Boraginaceae Tournefortia Tournefortia villosa
196
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Fanerogamas
Família Gênero Espécie
Asteraceae Trichocline Trichocline radiata
Trigoniaceae Trigonia Trigonia simplex
Asteraceae Trixis Trixis nobilis
Asteraceae Trixis Trixis praestans
Asteraceae Trixis Trixis vauthieri
Bignoniaceae Tynanthus Tynanthus labiatus
Asteraceae Vernonia Vernonia anthelmintica
Asteraceae Vernonia Vernonia asteriflora
Asteraceae Vernonia Vernonia cephalotes
Asteraceae Vernonia Vernonia copratta
Asteraceae Vernonia Vernonia cuneifolia
Asteraceae Vernonia Vernonia densiflora
Asteraceae Vernonia Vernonia desertorum
Asteraceae Vernonia Vernonia echitifolia
Asteraceae Vernonia Vernonia flexuosa
Asteraceae Vernonia Vernonia florida
Asteraceae Vernonia Vernonia geminata
Asteraceae Vernonia Vernonia gracilis
Asteraceae Vernonia Vernonia laevigata
Asteraceae Vernonia Vernonia mariana
Asteraceae Vernonia Vernonia missionis
Asteraceae Vernonia Vernonia nitidula
Asteraceae Vernonia Vernonia onopordioides
Asteraceae Vernonia Vernonia poliphylla
Asteraceae Vernonia Vernonia psammophila
Asteraceae Vernonia Vernonia rubricaulis
Asteraceae Vernonia Vernonia tweediana
Asteraceae Vernonia Vernonia zuccariniana
Leguminosae Vigna Vigna linearis
Leguminosae Vigna Vigna longifolia
Vochysiaceae Vochysia Vochysia laurifolia
Vochysiaceae Vochysia Vochysia oppugnata
Vochysiaceae Vochysia Vochysia selloi
Bromeliaceae Vriesea Vriesea billbergioides
Bromeliaceae Vriesea Vriesea paludosa
Bromeliaceae Vriesea Vriesea paraibica
Asteraceae Wedelia Wedelia macrodonta
Cucurbitaceae Wilbrandia Wilbrandia ebracteata
Asteraceae Wulffia Wulffia baccata
Asteraceae Wulffia Wulffia maculata
Araceae Xanthosoma Xanthosoma maximiliannii
Rutaceae Zanthoxylum Zanthoxylum chiloperone
Leguminosae Zornia Zornia brasiliensis
Leguminosae Zornia Zornia cryptantha
Leguminosae Zornia Zornia gardneriana
Leguminosae Zornia Zornia virgata
197
ANEXO 1
Insecta
Família Gênero Espécie
Hesperidae Achlyodes Achlyodes busirus
Hesperidae Achlyodes Achlyodes mithridates
Acromyrmex diasi
Nymphalidae Actinote Actinote alalia
Nymphalidae Actinote Actinote brylla
Nymphalidae Actinote Actinote canutia
Nymphalidae Actinote Actinote carycina
Nymphalidae Actinote Actinote conspicua
Nymphalidae Actinote Actinote dalmeidai
Nymphalidae Actinote Actinote discrepans
Nymphalidae Actinote Actinote genitrix
Nymphalidae Actinote Actinote mamita
Nymphalidae Actinote Actinote melanisans
Nymphalidae Actinote Actinote parapheles
Nymphalidae Actinote Actinote pellenea
Nymphalidae Actinote Actinote quadra
Nymphalidae Actinote Actinote rhodope
Nymphalidae Actinote Actinote sp.
Nymphalidae Actinote Actinote surima
Nymphalidae Actinote Actinote thalia
Nymphalidae Actinote zikani
Lycaenidae Adelotypa Adelotypa bolena
Lycaenidae Adelotypa Adelotypa malca
Lycaenidae Adelotypa Adelotypa sejuncta
Lycaenidae Adelotypa Adelotypa sp.
Nymphalidae Adelpha Adelpha abia
Nymphalidae Adelpha Adelpha calliphane
Nymphalidae Adelpha Adelpha capucinus
Nymphalidae Adelpha Adelpha cocala
Nymphalidae Adelpha Adelpha cytherea
Nymphalidae Adelpha Adelpha epizygis
Nymphalidae Adelpha Adelpha gavina
Nymphalidae Adelpha Adelpha hyas
Nymphalidae Adelpha Adelpha iphiclus
Nymphalidae Adelpha Adelpha lycorias
Nymphalidae Adelpha Adelpha malea
Nymphalidae Adelpha Adelpha melona
Nymphalidae Adelpha Adelpha messana
Nymphalidae Adelpha Adelpha mythra
Nymphalidae Adelpha Adelpha phylaca
Nymphalidae Adelpha Adelpha plesaure
Nymphalidae Adelpha Adelpha poltius
Nymphalidae Adelpha Adelpha serpa
Nymphalidae Adelpha Adelpha sp.
198
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Insecta
Família Gênero Espécie
Nymphalidae Adelpha Adelpha syma
Nymphalidae Adelpha Adelpha thessalia
Nymphalidae Adelpha Adelpha thoasa
Nymphalidae Adelpha Adelpha viola
Nymphalidae Adelpha Adelpha zea
Nymphalidae Aeria Aeria olena
Hesperidae Aethilla Aethilla echina
Hesperidae Agraulis Agraulis vanillae
Nymphalidae Agrias Agrias claudina
Hesperidae Aguna Aguna asander
Hesperidae Aguna Aguna cirrus
Hesperidae Aguna Aguna megacles
Hesperidae Aguna Aguna metophis
Hesperidae Aguna Aguna squamalba
Lycaenidae Allosmaitia Allosmaitia strophius
Lycaenidae Amarynthis Amarynthis meneria
Nymphalidae Amphidecta Amphidecta reynoldsi
Nymphalidae Anartia Anartia amathea
Nymphalidae Anartia Anartia jathophae
Hesperidae Anastrus Anastrus obscurus
Hesperidae Anastrus Anastrus sempiternus
Hesperidae Anastrus Anastrus ulpianus
Hesperidae Anatrytone Anatrytone perfida
Hesperidae Ancyloxipha Ancyloxipha nitedula
Lycaenidae Ancyluris Ancyluris aulestes
Hesperidae Anisochoria Anisochoria pedaliodina
Hesperidae Anisochoria Anisochoria sublimbata
Hesperidae Anisochoria Anisochoria superior
Pieridae Anteos Anteos clorinde
Pieridae Anteos Anteos menippe
Lycaenidae Anteros Anteros formosus
Nymphalidae Phyciodes Anthanassa frisia
Hesperidae Anthoptus Anthoptus epictetus
Hesperidae Anthoptus Anthoptus insignis
Hesperidae Antigonus Antigonus erosus
Hesperidae Antigonus Antigonus nearchus
Nymphalidae Antirrhea Antirrhea archaea
Hesperidae Apaustis Apaustis sp.
Pieridae Phoebis Aphrissa statira
Lycaenidae Arawacus Arawacus aetolus
Lycaenidae Arawacus Arawacus binangula
Lycaenidae Arawacus Arawacus ellida
Lycaenidae Arawacus Arawacus meliboeus
Lycaenidae Arawacus Arawacus tadita
199
ANEXO 1
Insecta
Família Gênero Espécie
Lycaenidae Arawacus Arawacus tarania
Lycaenidae Arcas Arcas ducalis
Lycaenidae Arcas Arcas imperialis
Nymphalidae Archaeoprepona Archaeoprepona amphimachus
Nymphalidae Archaeoprepona Archaeoprepona chalciope
Nymphalidae Archaeoprepona Archaeoprepona demophon
Nymphalidae Prepona Archaeoprepona demophon
Nymphalidae Archeuptychia Archeuptychia cluena
Pieridae Archonias Archonias brassolis
Hesperidae Cobaloides Argon lota
Hesperidae Argon Argon sp.
Lycaenidae Argyrogrammana Argyrogrammana sp.
Lycaenidae Lemonias Ariconias glaphyra
Lycaenidae Aricoris Aricoris colchis
Lycaenidae Aricoris Aricoris constantius
Lycaenidae Audre Aricoris epulus
Lycaenidae Audre Aricoris middletoni
Lycaenidae Aricoris Aricoris signata
Lycaenidae Acoris Aricoris sp.
Lycaenidae Audre Aricoris sp.
Hesperidae Arita Arita arita
Hesperidae Arita Arita mubevensis
Hesperidae Arita Arita serra
Hesperidae Euphyes Arotis derasa
Hesperidae Euphyes Arotis kayei
Arrhopalites amorimi
Arrhopalites gnaspinius
Arrhopalites lawrencei
Arrhopalites wallacei
Hesperidae Artines Artines aepitus
Hesperidae Artines Artines aquilina
Hesperidae Artines Artines satyr
Pieridae Ascia Ascia monuste
Hesperidae Astraptes Astraptes alardus
Hesperidae Astraptes Astraptes anaphus
Hesperidae Astraptes Astraptes aulus
Hesperidae Astraptes Astraptes creteus
Hesperidae Astraptes Astraptes elorus
Hesperidae Astraptes Astraptes fulgerator
Hesperidae Astraptes Astraptes janeira
Hesperidae Astraptes Astraptes naxos
Hesperidae Astraptes Astraptes talus
Lycaenidae Atlides Atlides cosa
Lycaenidae Atlides Atlides polybe
200
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Insecta
Família Gênero Espécie
Lycaenidae Thecla Aubergina hesychia
Lycaenidae Aubergine Aubergina vanessoides
Hesperidae Augiades Augiades epimethea
Lycaenidae Aurine Aurine sp.
Hesperidae Autochton Autochton itylus
Hesperidae Autochton Autochton neis
Hesperidae Autochton Autochton reflexus
Hesperidae Autochton Autochton zarex
Lycaenidae Baeotis Baeotis melanis
Lycaenidae Baeotis Baeotis sp.
Lycaenidae Barbicornis Barbicornis basilis
Papilionidae Battus Battus crassus
Papilioniidae Battus Battus polydamas
Papilioniidae Battus Battus polystictus
Nymphalidae Biblis Biblis hyperia
Lycaenidae Bistonina Bistonina mantica
Nymphalidae Blepolenis Blepolenis bassus
Nymphalidae Blepolenis Blepolenis batea
Hesperidae Bolla Bolla atahuallpai
Hesperidae Bolla Bolla catharina
Hesperidae Bolla Bolla sp.
Apidae Bombus Bombus sp.
Formicidae Brachymyrmex Brachymyrmex sp.
Lycaenidae Brangas Brangas neora
Lycaenidae Brangas Brangas silumena
Lycaenidae Brangas Brangas sp.
Nymphalidae Brassolia Brassolia sophorae
Nymphalidae Brassolis Brassolis astyra
Nymphalidae Brassolis Brassolis sophorae
Nymphalidae Hypoleria Brevioleria aelia
Nymphalidae Hypoleria Brevioleria seba
Hesperidae Bungalotis Bungalotis sp.
Nymphalidae Caenoptychia boulleti
Lycaenidae Calephelis Calephelis braziliensis
Lycaenidae Calephelis Calephelis braziliensis
Nymphalidae Caligo Caligo arisbe
Nymphalidae Caligo Caligo beltrao
Nymphalidae Caligo Caligo brasiliensis
Nymphalidae Caligo Caligo illioneus
Nymphalidae Brassolinae Caligo sp.
Hesperidae Calimormus Calimormus sp.
Nymphalidae Callicore Callicore hydaspes
Nymphalidae Callicore Callicore pygas
Nymphalidae Callicore Callicore selima
201
ANEXO 1
Insecta
Família Gênero Espécie
Nymphalidae Callicore Callicore sorana
Hesperidae Callimormus Callimormus corades
Hesperidae Callimormus Callimormus interpunctatus
Hesperidae Callimormus Callimormus rivera
Hesperidae Callimormus Callimormus saturnus
Hesperidae Callimormus Callimormus sp.
Sphingidae Callionima Callionima inuus
Nymphalidae Callithomia Callithomia lenea
Lycaenidae Calospila Calospila sp.
Hesperidae Calpodes Calpodes ethlius
Lycaenidae Calycopis Calycopis caulonia
Lycaenidae Calycopis Calycopis lerbela
Lycaenidae Calycopis Calycopis orcillula
Lycaenidae Calycopis Calycopis sp.
Lycaenidae Calycopis Calycopis xeneta
Lycaenidae Calydna Calydna catana
Lycaenidae Calydna Calydna hiria
Lycaenidae Calystryma Calystryma sp.
Hesperidae Camptopleura Camptopleura auxo
Hesperidae Camptopleura Camptopleura janthina
Hesperidae Cantha Cantha sp.
Nymphalidae Capronnieria Capronnieria galesus
Lycaenidae Caria Caria plutargus
Lycaenidae Caria Caria trochilus
Nymphalidae Carminda Carminda griseldis
Hesperidae Carrhenes Carrhenes canescens
Hesperidae Carystoides Carystoides sp.
Hesperidae Carystus Carystus sp.
Nymphalidae Catacore Catacore kolyma
Pieridae Catasticta Catasticta bithys
Nymphalidae Catoblepia Catoblepia amphirhoe
Nymphalidae Catoblepia Catoblepia berecynthia
Nymphalidae Catonephele Catonephele acontius
Nymphalidae Catonephele Catonephele numilia
Nymphalidae Catonephele Catonephele sabrina
Hesperidae Celaenorrhinus Celaenorrhinus eligius
Hesperidae Celaenorrhinus Celaenorrhinus similis
Lycaenidae Celmia Celmia celmus
Lycaenidae Celmia Celmia sp.
Lycaenidae Thecla Celmia uzza
Apidae Cephalotrigona Cephalotrigona capitata
Hesperidae Cephise Cephise cephise
Apidae (Nòo-Corbiculado) Ceratina Ceratina chloris
Hesperidae Chalcone Chalcone santarus
202
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Insecta
Família Gênero Espécie
Lycaenidae Chalodeta Chalodeta theodora
Lycaenidae Chalybs Chalybs hassan
Lycaenidae Chamaelimnas Chamaelimnas briola
Lycaenidae Charis Charis cadytis
Lycaenidae Charis Charis sp.
Lycaenidae Charis Charis zama
Pieridae Charonias theano
Hesperidae Chioides Chioides catillus
Hesperidae Choides Chioides lacinia
Hesperidae Chiomara Chiomara asychis
Hesperidae Chiomara Chiomara basigutta
Chironomidae Chironomus Chironomus decorus
Lycaenidae Chlorostrymon Chlorostrymon simaethis
Lycaenidae Chlorostrymon Chlorostrymon telea
Nymphalidae Chlosyne Chlosyne lacinia
Lycaenidae Chorinea Chorinea amazon
Lycaenidae Chorinea Chorinea heliconides
Lycaenidae Chorinea Chorinea licursis
Hesperidae Chrysoplectrum Chrysoplectrum sp.
Nymphalidae Cissia Cissia penelope
Nymphalidae Cissia Cissia sp.
Nymphalidae Cissia Cissia terrestris
Hesperidae Cobalopsis Cobalopsis miaba
Hesperidae Cobalopsis Cobalopsis nero
Hesperidae Cobalopsis Cobalopsis sp.
Hesperidae Cobalopsis Cobalopsis vorgia
Hesperidae Cobalus Cobalus virbius
Hesperidae Cogia Cogia calchas
Hesperidae Cogia Cogia cerradicola
Hesperidae Cogia Cogia hassan
Pieridae Colias Colias lesbia
Nymphalidae Colobura Colobura dirce
Hesperidae Conga Conga chydaea
Nymphalidae Consul Consul fabius
Lycaenidae Contrafacia Contrafacia imma
Lycaenidae Contrafacia Contrafacia muattina
Hesperidae Copaeodes Copaeodes jean
Hesperidae Copaeodes Copaeodes sp.
Hesperidae Corticea Corticea corticea
Hesperidae Corticea Corticea lysias
Hesperidae Corticea Corticea mendica
Hesperidae Corticea Corticea noctis
Hesperidae Corticea Corticea sp.
Corydalidae Corydalus Corydalus diasi
203
ANEXO 1
Insecta
Família Gênero Espécie
Lycaenidae Cremna Cremna thasus
Naucoridae Criphocrycos Criphocrycos sp.
Hesperidae Cumbre Cumbre cumbre
Hesperidae Cumbre Cumbre sp.
Hesperidae Cumbre Cumbre triumviralis
Lycaenidae Cyanophris Cyanophris acaste
Lycaenidae Cyanophris Cyanophris amyntor
Lycaenidae Cyanophris Cyanophris bertha
Lycaenidae Cyanophris Cyanophris herodotus
Lycaenidae Cyanophris Cyanophris pseudolongula
Lycaenidae Cyanophris Cyanophris remus
Nymphalidae Cybdelis Cybdelis phaesyla
Hesperidae Cycloglypha Cycloglypha caeruleonigra
Hesperidae Cycloglypha Cycloglypha thrasibulus
Hesperidae Cycloglypha Cycloglypha tisias
Hesperiidae Cyclopyge roscius iphimedia
Hesperidae Cymaenes Cymaenes alumna
Hesperidae Cymaenes Cymaenes distigma
Hesperidae Cymaenes Cymaenes gisca
Hesperidae Cymaenes Cymaenes laurelolus
Hesperidae Cymaenes Cymaenes lepta
Hesperidae Cymaenes Cymaenes perloides
Hesperidae Cymaenes Cymaenes sp.
Hesperidae Cymaenes Cymaenes tripunctus
Hesperidae Cymaenes Cymaenes uruba
Hesperidae Cynea Cynea corisana
Hesperidae Cynea Cynea irma
Hesperidae Cynea Cynea sp.
Formicidae Cyphomyrmex Cyphomyrmex gr.rimosus
Formicidae Cyphomyrmex Cyphomyrmex gr.strigatus
Lycaenidae Dachetola Dachetola azora
Hesperidae Dalla Dalla diraspes
Hesperidae Dalla Dalla jelskyi
Nymphalidae Danaus Danaus eresimus
Nymphalidae Danaus Danaus erippus
Nymphalidae Danaus Danaus gilippus
Hesperidae Dardarina Dardarina daridaeus
Hesperidae Dardarina Dardarina sp.
Hesperidae Dardarina Dardarina umuarama
Nymphalidae Dasyophthalma Dasyophthalma creusa
Nymphalidae Dasyophthalma Dasyophthalma geraensis
Nymphalidae Dasyophthalma Dasyophthalma rusina
Hesperidae Decinea Decinea sp.
Chironomidae Demicryptochironomus Demicryptochironomus sp.
204
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Insecta
Família Gênero Espécie
Lycaenidae Chalodeta Detritivora cleonus
Nymphalidae Diaethria Diaethria candrena
Nymphalidae Diaethria Diaethria clymena
Nymphalidae Diaethria Diaethria eluina
Hesperidae Diaeus Diaeus lacaena
Halictidae Dialictus Dialictus mottai
Halictidae Dialictus Dialictus rhytidophorus
Chironomidae Dicrotendipes Dicrotendipes sp.
Braconidae Dinotrema Dinotrema sp.
Hesperidae Dion Dion meda
Nymphalidae Dione Dione juno
Nymphalidae Dione Dione moneta
Nymphalidae Dircenna Dircenna dero
Saturniidae Dirphia Dirphia fornax
Formicidae Discothyrea Discothyrea sp.
Pieridae Dismorphia Dismorphia amphione
Pieridae Dismorphia Dismorphia astyocha
Pieridae Dismorphia Dismorphia crisia
Pieridae Dismorphia Dismorphia sp.
Pieridae Dismorphia Dismorphia thermesia
Nymphalidae Doxocopa Doxocopa agathina
Nymphalidae Doxocopa Doxocopa kallina
Nymphalidae Doxocopa Doxocopa laurentia
Nymphalidae Doxocopa Doxocopa linda
Nymphalidae Doxocopa zalmunna
Nymphalidae Doxocopa Doxocopa zunilda
Nymphalidae Dryadula Dryadula phaetusa
Nymphalidae Dryas Dryas iulia
Nymphalidae Dynamine Dynamine agacles
Nymphalidae Dynamine Dynamine artemisia
Nymphalidae Dynamine Dynamine athemon
Nymphalidae Dynamine Dynamine coenus
Nymphalidae Dynamine Dynamine meridionalis
Nymphalidae Dynamine Dynamine postverta
Nymphalidae Dynamine Dynamine serina
Nymphalidae Dynamine Dynamine tithia
Nymphalidae Dynastor Dynastor darius
Nymphalidae Dynastor Dynastor napoleon
Hesperidae Dyscophellus Dyscophellus porcius
Hesperidae Dyscophellus Dyscophellus ramusis
Hesperidae Dyscophellus Dyscophellus sp.
Hesperidae Ebrietas Ebrietas anacreon
Hesperidae Ebrietas Ebrietas infanda
Lycaenidae Calydna Echydna chaseba
205
ANEXO 1
Insecta
Família Gênero Espécie
Nymphalidae Ectima Ectima thecla
Hesperidae Elbella Elbella blanda
Hesperidae Elbella Elbella lamprus
Hesperidae Elbella Elbella luteizona
Hesperidae Elbella Elbella sp.
Lycaenidae Electrostrymon Electrostrymon ecbatana
Lycaenidae Electrostrymon Electrostrymon endymion
Lycaenidae Electrostrymon Electrostrymon nubilium
Lycaenidae Electrostrymon Electrostrymon sp.
Lycaenidae Elkalyce Elkalyce cogina
Lycaenidae Emesis Emesis cerea
Lycaenidae Emesis Emesis diogenia
Lycaenidae Emesis Emesis lucinda
Lycaenidae Emesis Emesis lupina
Lycaenidae Emesis Emesis mandana
Lycaenidae Emesis Emesis ocypore
Lycaenidae Emesis Emesis russula
Lycaenidae Emesis Emesis satena
Lycaenidae Emesis Emesis sp.
Lycaenidae Emesis Emesis vulpina
Pieridae Dismorphia Enantia clarissa
Pieridae Enantia Enantia lina
Pieridae Enantia Enantia melite
Hesperidae Enosis Enosis schausi
Hesperidae Enosis Enosis sp.
Hesperidae Enosis Enosis uza
Ensiforma caerulea
Hesperidae Entheus Entheus priassus
Hesperidae Epargyreus Epargyreus clavicornis
Hesperidae Epargyreus Epargyreus exadeus
Hesperidae Epargyreus Epargyreus socus
Hesperidae Epargyreus Epargyreus sp.
Nymphalidae Epiphile Epiphile huebneri
Nymphalidae Epiphile Epiphile orea
Nymphalidae Episcada Episcada carcinia
Nymphalidae Episcada Episcada clausina
Nymphalidae Prittwitzia Episcada hymenaea
Nymphalidae Episcada Episcada philoclea
Nymphalidae Epityches Epityches eupompe
Nymphalidae Eresia Eresia eunice
Nymphalidae Eresia Eresia lansdorfi
Nymphalidae Eresia Eresia perna
Hesperidae Erinnyis Erinnyis funeralis
Lycaenidae Erora Erora opisena
206
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Insecta
Família Gênero Espécie
Nymphalidae Eryphanis Eryphanis automedon
Nymphalidae Eryphanis Eryphanis reevesi
Lycaenidae Lepricornis Esthemopsis pherephatte
Nymphalidae Eteona Eteona tisiphone
Nymphalidae Eueides Eueides aliphera
Nymphalidae Eueides Eueides isabella
Nymphalidae Eueides Eueides pavana
Nymphalidae Eunica Eunica bechina
Nymphalidae Eunica Eunica eburnea
Nymphalidae Eunica Eunica eurota
Nymphalidae Eunica Eunica maja
Nymphalidae Eunica Eunica malvina
Nymphalidae Eunica Eunica margarita
Nymphalidae Eunica Eunica sydonia
Nymphalidae Eunica Eunica tatila
Nymphalidae Eunica Eunica volumna
Hesperidae Euphyes Euphyes leptosema
Hesperidae Euphyes Euphyes sp.
Nymphalidae Euptoieta Euptoieta hegesia
Nymphalidae Euptoieta Euptoieta hortensia
Nymphalidae Euptychia Euptychia ernestina
Nymphalidae Euptychia Euptychia westwoodi
Nymphalidae Yphthimoides Euptychoides castrensis
Pieridae Eurema Eurema agave
Pieridae Eurema Eurema albula
Pieridae Eurema Eurema arbela
Pieridae Eurema Eurema deva
Pieridae Eurema Eurema elathea
Pieridae Eurema Eurema phiale
Lycaenidae Eurybia Eurybia carolina
Lycaenidae Eurybia Eurybia halimede
Lycaenidae Eurybia Eurybia misellivestris
Lycaenidae Eurybia Eurybia molochina
Lycaenidae Eurybia Eurybia pergaea
Lycaenidae Eurybia Eurybia sp.
Papilionidae Eurytides Eurytides bellerophon
Lycaenidae Euselasia Euselasia brevicauda
Lycaenidae Euselasia Euselasia crinon
Lycaenidae Euselasia eberti
Lycaenidae Euselasia Euselasia eucerus
Lycaenidae Euselasia Euselasia fervida
Lycaenidae Euselasia Euselasia hygenius
Lycaenidae Euselasia Euselasia mys
Lycaenidae Euselasia Euselasia sp.
207
ANEXO 1
Insecta
Família Gênero Espécie
Lycaenidae Euselasia Euselasia thucydides
Lycaenidae Euselasia Euselasia utica
Hesperidae Eutocus Eutocus sp.
Hesperidae Eutocus Eutocus vetulus
Hesperidae Eutychide Eutychide olympia
Hesperidae Eutychide Eutychide physcella
Lycaenidae Thecla Evenus latreillii
Lycaenidae Evenus Evenus regalis
Lycaenidae Evenus Evenus satyroides
Hesperidae Flaccilla Flaccilla aecas
Nymphalidae Catargynnis Foetterleia schreineri
Nymphalidae Forsterinaria Forsterinaria necys
Nymphalidae Forsterinaria Forsterinaria quantius
Nymphalidae Memphis Fountainea glycerium
Nymphalidae Memphis Fountainea halice
Nymphalidae Fountainea Fountainea ryphea
Lycaenidae Thecla Gargina emessa
Hesperidae Gesta Gesta gesta
Hesperidae Gesta Gesta heteropterus
Hesperidae Gindanes Gindanes brebisson
Pieridae Appias Glutophrissa drusilla
Nymphalidae Godartiana Godartiana muscosa
Hesperidae Gorgopas Gorgopas petale
Hesperidae Gorgythion Gorgythion begga
Hesperidae Gorgythion Gorgythion beggina
Hesperidae Gorgythion Gorgythion canda
Hesperidae Gorgythion Gorgythion plautia
Hesperidae Gorgythion Gorgythion sp
Hesperidae Grais Grais stigmaticus
Hesperidae Granila Granila paseas
Nymphalidae Forsterinaria Guaianaza pronophilla
Hesperidae Pyrrhopyge Gunayan rhacia
Nymphalidae Haematera Haematera pyrame
Nymphalidae Hamadryas Hamadryas amphinome
Nymphalidae Hamadryas Hamadryas arete
Nymphalidae Hamadryas Hamadryas arinome
Nymphalidae Hamadryas Hamadryas chloe
Nymphalidae Hamadryas Hamadryas epinome
Nymphalidae Hamadryas Hamadryas februa
Nymphalidae Hamadryas Hamadryas feronia
Nymphalidae Hamadryas Hamadryas fornax
Nymphalidae Hamadryas Hamadryas iphthime
Nymphalidae Hamadryas Hamadryas sp.
Hesperidae Hansa Hansa hyboma
208
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Insecta
Família Gênero Espécie
Hesperidae Helias Helias phalaenoides
Hesperidae Helias Helias sp.
Nymphalidae Heliconius Heliconius besckei
Nymphalidae Heliconius Heliconius erato
Nymphalidae Heliconius Heliconius ethilla
Nymphalidae Heliconius Heliconius numata
Nymphalidae Heliconius Heliconius sara
Hesperidae Heliopetes Heliopetes alana
Hesperidae Heliopetes Heliopetes arsalte
Hesperidae Heliopetes Heliopetes libra
Hesperidae Heliopetes Heliopetes macaira
Hesperidae Heliopetes Heliopetes omrina
Hesperidae Heliopetes Heliopetes petrus
Hesperidae Heliopetes Heliopetes sp.
Lycaenidae Hemiargus Hemiargus hanno
Papilionidae Heraclides Heraclides anchisiades
Papilionidae Heraclides Heraclides androgeus
Papilionidae Heraclides Heraclides astyalus
Papilionidae Heraclides Heraclides hectorides
Papilionidae Heraclides Heraclides thoas
Papilionidae Heraclides Heraclides torquatus
Nymphalidae Hermeuptychia Hermeuptychia hermes
Nymphalidae Hermeuptychia Hermeuptychia sp.
Hesperidae Hesperinae Hesperinae sp.
Pieridae Hesperocharis Hesperocharis anguitea
Pieridae Hesperocharis Hesperocharis erota
Pieridae Hesperocharis Hesperocharis sp.
Nymphalidae Heterosais Heterosais edessa
Nymphalidae Historis Historis odius
Nymphalidae Hyalenna Hyalenna pascua
Hesperidae Hylephila Hylephila phyleus
Nymphalidae Hypanartia Hypanartia bella
Nymphalidae Hypanartia Hypanartia lethe
Lycaenidae Hyphilaria Hyphilaria parthenis
Nymphalidae Hypna Hypna clytemnestra
Nymphalidae Hypoleria Hypoleria adasa
Nymphalidae Hypoleria Hypoleria lavinia
Nymphalidae Hypoleria Hypoleria sarepta
Nymphalidae Hypothyris Hypothyris euclea
Nymphalidae Hypothyris Hypothyris ninonia
Lycaenidae Theclinae Iaspis talayra
Lycaenidae Thecla Ignata norax
Lycaenidae Cremna Ionotus alector
Lycaenidae Isapis Isapis agyrtus
209
ANEXO 1
Insecta
Família Gênero Espécie
Nymphalidae Ithomia Ithomia agnosia
Nymphalidae Ithomia Ithomia drymo
Nymphalidae Ithomia Ithomia lichyi
Lycaenidae Janthecla Janthecla sista
Lycaenidae Janthecla Janthecla sp.
Lycaenidae Juditha Juditha azan
Lycaenidae Juditha Juditha molpe
Nymphalidae Junonia Junonia evarete
Hesperidae Justinia Justinia justinianus
Hesperidae Justinia Justinia kora
Lycaenidae Kolara Kolana ergina
Lycaenidae Thecla Kolana ligurina
Hesperidae Lamponia Lamponia elegantula
Hesperidae Lamponia Lamponia lamponia
Lycaenidae Thecla Lamprospilus arza
Lycaenidae Lamprospilus Lamprospilus badaca
Lycaenidae Lamprospilus Lamprospilus orcidia
Lycaenidae Thecla Laothus phydela
Lycaenidae Lasaia Lasaia agesilas
Lycaenidae Lemonias Lemonias zygia
Hesperidae Lento Lento krexoides
Hesperidae Lento Lento lento
Hesperidae Lento Lento sp.
Lycaenidae Lepricornis Lepricornis sp.
Pieridae Leptophobia Leptophobia aripa
Lycaenidae Leptotes Leptotes cassius
Hesperidae Lerema Lerema duroca
Hesperidae Lerema Lerema sp.
Hesperidae Lerodea Lerodea erythrosticta
Hesperidae Lerodea Lerodea eufala
Hesperidae Lerodea Lerodea sp.
Pieridae Leucidia Leucidia elvina
Lycaenidae Leucochimona Leucochimona icare
Hesperidae Levina Levina levina
Nymphalidae Libytheana Libytheana carinenta
Hesperidae Lucida Lucida lucia
Hesperidae Lucida Lucida ranesus
Hesperidae Lucida Lucida schmidti
Hesperidae Ludens Ludens ludens
Hesperidae Ludens Ludens sp.
Hesperidae Lycas Lycas argentea
Hesperidae Lychnuchoides Lychnuchoides ozias
Hesperidae Lychnuchus Lychnuchus celsus
Nymphalidae Lycorea Lycorea halia
210
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Insecta
Família Gênero Espécie
Nymphalidae Ituna Lycorea ilione
Nymphalidae Lycorea Lycorea sp.
Lycaenidae Lyropteryx Lyropteryx terpsichore
Lycaenidae Magnastigma Magnastigma hirsuta
Lycaenidae Magnastigma Magnastigma sp.
Nymphalidae Magneuptychia Magneuptychia ocnus
Nymphalidae Cissia Magneuptychia ocypete
Hesperidae Marela Marela tamyris
Nymphalidae Marpesia Marpesia chiron
Nymphalidae Marpesia Marpesia petreus
Nymphalidae Marpesia Marpesia zerynthia
Nymphalidae Mcclungia Mcclungia cymo
Nymphalidae Mechanitis Mechanitis lysimnia
Nymphalidae Mechanitis Mechanitis polymnia
Nymphalidae Mechanitis Mechanitis sp.
Dynastidae Megasoma actaeon janus
Megasoma gyas gyas
Lycaenidae Megathecla Megathecla cupentus
Lycaenidae Melanis Melanis electron
Lycaenidae Melanis Melanis smithiae
Lycaenidae Melanis Melanis unxia
Pieridae Melete Melete lycimnia
Nymphalidae Melinaea Melinaea ethra
Nymphalidae Melinaea Melinaea ludovica
Hesperidae Mellana Mellana sp.
Nymphalidae Memphis Memphis acidalia
Nymphalidae Memphis Memphis appias
Nymphalidae Memphis Memphis arginussa
Nymphalidae Memphis Memphis leonida
Nymphalidae Memphis Memphis moruus
Nymphalidae Memphis Memphis otrere
Nymphalidae Memphis Memphis philumena
Nymphalidae Memphis Memphis sp.
Lycaenidae Menander Menander felsina
Lycaenidae Mesene Mesene epaphus
Lycaenidae Mesene Mesene monostigma
Lycaenidae Mesene Mesene pyrippe
Lycaenidae Mesene Mesene sp.
Lycaenidae Mesenopsis Mesenopsis albivitta
Lycaenidae Mesosemia Mesosemia acuta
Lycaenidae Mesosemia Mesosemia bella
Lycaenidae Mesosemia Mesosemia friburgensis
Lycaenidae Mesosemia Mesosemia melpia
Lycaenidae Mesosemia Mesosemia odice
211
ANEXO 1
Insecta
Família Gênero Espécie
Lycaenidae Mesosemia Mesosemia rhodia
Lycaenidae Mesosemia Mesosemia sp.
Nymphalidae Mestra Mestra dorcas
Lycaenidae Metacharis Metacharis ptolomaeus
Hesperidae Methionopsis Methionopsis ina
Nymphalidae Methona Methona themisto
Hesperidae Metron Metron chrysogastra
Hesperidae Metron Metron sp.
Lycaenidae Michaelus Michaelus ira
Lycaenidae Michaelus Michaelus jebus
Lycaenidae Michaelus Michaelus thordesa
Hesperidae Microceris Microceris variicolor
Hesperidae Milanion Milanion leucaspis
Hesperidae Miltomiges Miltomiges cinnamomea
Papilionidae Mimoides Mimoides lysithous
Papilionidae Mimoides Mimoides protodamas
Hesperidae Mimoniades Mimoniades montana
Hesperidae Mimoniades Mimoniades ocyalus
Hesperidae Mimoniades Mimoniades sp.
Hesperidae Mimoniades Mimoniades versicolor
Coenagrionidae Minagrion Minagrion mecistogastrum
Lycaenidae Ministrymon Ministrymon azia
Lycaenidae Ministrymon Ministrymon cleon
Lycaenidae Ministrymon Ministrymon sp.
Hesperidae Mnaseas Mnaseas bicolor
Hesperidae Mnasilus Mnasilus allubita
Hesperidae Mnasitheus Mnasitheus ritans
Hesperidae Moeris Moeris striga
Nymphalidae Carminda Moneuptychia paeon
Nymphalidae Moneuptychia Moneuptychia soter
Nymphalidae Moneuptychia Moneuptychia sp.
Nymphalidae Carminda Moneuptychia umuarama
Nymphalidae Morpho Morpho aega
Nymphalidae Morpho Morpho anaxibia
Nymphalidae Morpho Morpho epistrophus
Nymphalidae Morpho Morpho helenor
Nymphalidae Morpho Morpho hercules
Nymphalidae Morpho Morpho menelaus
Nymphalidae Morpho Morpho portis
Nymphalidae Morpho Morpho rhetenor
Hesperidae Morvina Morvina fissimacula
Hesperidae Morvina Morvina sp.
Hesperidae Morys Morys compta
Hesperidae Morys Morys geisa
212
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Insecta
Família Gênero Espécie
Hesperidae Mucia Mucia zygia
Hesperidae Mylon Mylon maimon
Hesperidae Mylon Mylon pelopidas
Hesperidae Mysarbia Mysarbia sejanus
Nymphalidae Myscelia Myscelia orsis
Hesperidae Myscelus Myscelus amystis
Hesperidae Myscelus Myscelus santhilarius
Hesperidae Mysoria Mysoria barcastus
Hesperidae Mysoria Mysoria sejanus
Hesperidae Naevolus Naevolus orius
Lycaenidae Napaea Napaea nepos
Lycaenidae Napaea Napaea orpheus
Lycaenidae Napaea Napaea phryxe
Lycaenidae Napaea Napaea sp.
Lycaenidae Napaea Napaea umbratila
Lycaenidae Napaea Napaea zikani
Hesperidae Narcosius Narcosius colossus
Nymphalidae Narope Narope cylene
Nymphalidae Narope Narope cyllarus
Nymphalidae Narope Narope cyllastros
Hesperidae Nascus Nascus paullineae
Hesperidae Nascus Nascus phocus
Hesperidae Neoxeniades Neoxeniades scipio
Hesperidae Neoxeniades Neoxeniades sp.
Nymphalidae Nica Nica flavilla
Lycaenidae Thecla Nicolaea socia
Hesperidae Niconiades Niconiades linga
Hesperidae Niconiades Niconiades merenda
Hesperidae Niconiades Niconiades sp.
Hesperidae Niconiades Niconiades xanthaphes
Hesperidae Nisoniades Nisoniades bessus
Hesperidae Nisoniades Nisoniades bipuncta
Hesperidae Nisoniades Nisoniades brazia
Hesperidae Nisoniades Nisoniades castolus
Hesperidae Nisoniades Nisoniades macarius
Hesperidae Nisoniades Nisoniades sp.
Hesperidae Noctuana Noctuana diurna
Lycaenidae Notheme Notheme erota
Hesperidae Nyctelius Nyctelius nyctelius
Hesperidae Nyctelius Nyctelius sp.
Lycaenidae Nymphidium Nymphidium lisimon
Lycaenidae Ocaria Ocaria ocrisia
Lycaenidae Ocaria Ocaria sp.
Lycaenidae Ocaria Ocaria thales
213
ANEXO 1
Insecta
Família Gênero Espécie
Hesperidae Pyrrhopyge Ochropyge ruficauda
Hesperidae Oechydris Oechydrus chersis
Lycaenidae Brangas Oenomaus atena
Lycaenidae Thecla Oenomaus ortygnus
Nymphalidae Oleria Oleria aquata
Nymphalidae Oleria Oleria victorine
Lycaenidae Olybthus Olybthus sp.
Lycaenidae Olynthus Olynthus fancia
Hesperidae Onophas Onophas columbaria
Hesperidae Onophas Onophas watsoni
Nymphalidae Opoptera Opoptera aorsa
Nymphalidae Opoptera Opoptera fruhstorferi
Nymphalidae Opoptera Opoptera sulcius
Nymphalidae Opoptera Opoptera syme
Nymphalidae Opsiphanes Opsiphanes cassiae
Nymphalidae Opsiphanes Opsiphanes invirae
Nymphalidae Opsiphanes Opsiphanes quiteria
Nymphalidae Orobrassolis Orobrassolis ornamentalis
Hesperidae Orses Orses cynisca
Hesperidae Orses Orses itea
Hesperidae Orses Orses sp.
Hesperidae Orthos Orthos orthos
Hesperidae Orthos Orthos sp.
Nymphalidae Phyciodes Ortilia gentina
Nymphalidae Ortilia Ortilia ithra
Nymphalidae Phyciodes Ortilia liriope
Nymphalidae Tegosa Ortilia orthia
Nymphalidae Phyciodes Ortilia orticas
Nymphalidae Phyciodes Ortilia velica
Lycaenidae Thecla Ostrinotes empusa
Lycaenidae Ostrinotes Ostrinotes sophocles
Hesperidae Ouleus Ouleus fridericus
Hesperidae Oxynthes Oxynthes corusca
Hesperidae Paches Paches loxus
Hesperidae Pachyneuria Pachyneuria herophile
Hesperidae Pachyneuria Pachyneuria inops
Lycaenidae Paiwarria Paiwarria aphaca
Lycaenidae Paiwarria Paiwarria venulius
Nymphalidae Pseudocercyonis Pampasatyrus glaucope
Nymphalidae Pampasatyrus Pampasatyrus gyrtone
Nymphalidae Neomaenas Pampasatyrus reticulata
Lycaenidae Xenandra Panaropsis inaria
Hesperidae Panoquina Panoquina hecebolus
Hesperidae Panoquina Panoquina lucas
214
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Insecta
Família Gênero Espécie
Hesperidae Panoquina Panoquina ocola
Hesperidae Panoquina Panoquina sp
Lycaenidae Panthiades Panthiades hebraeus
Lycaenidae Panthiades Panthiades phaleros
Hesperidae Papias Papias phainis
Hesperidae Paracarystus Paracarystus evansi
Hesperidae Paracarystus Paracarystus hypargyra
Hesperidae Paracarystus Paracarystus menetries
Lycaenidae Parcella Parcella amarynthina
Hesperidae Parelbella Parelbella ahira
Nymphalidae Pareuptychia Pareuptychia ocirrhoe
Nymphalidae Pareuptychia Pareuptychia sp.
Nymphalidae Pareuptychia Pareuptychia summandosa
Papilionidae Parides Parides agavus
Papilionidae Parides Parides anchises
Papilionidae Parides Parides bunichus
Papilionidae Parides burchellanus
Papilionidae Parides Parides neophilus
Papilionidae Parides panthonus castilhoi
Papilionidae Parides Parides proneus
Papilionidae Parides Parides tros
Papilionidae Parides Parides zacynthus
Hesperidae Parphorus Parphorus decora
Hesperidae Parphorus Parphorus fartuga
Lycaenidae Parrhasius Parrhasius orgia
Lycaenidae Parrhasius Parrhasius polibetes
Nymphalidae Yphthimoides Paryphthimoides grimon
Nymphalidae Paryphthimoides Paryphthimoides phronius
Nymphalidae Paryphthimoides Paryphthimoides poltys
Nymphalidae Yphthimoides Paryphthimoides sp1
Hesperidae Passova Passova passova
Nymphalidae Paulogramma Paulogramma pyracmon
Hesperidae Pellicia Pellicia costimacula
Hesperidae Pellicia Pellicia sp.
Nymphalidae Penete Penete pamphanis
Hesperidae Penicula Penicula advena
Hesperidae Penicula Penicula sp.
Pieridae Pereute Pereute antodyca
Pieridae Pereute Pereute swainsoni
Hesperidae Perichares Perichares lotus
Hesperidae Perichares Perichares philetas
Hesperidae Perichares Perichares seneca
Lycaenidae Perophthalma Perophthalma tullius
Lycaenidae Phaenochitonia Phaenochitonia cingulis
215
ANEXO 1
Insecta
Família Gênero Espécie
Lycaenidae Phaenochitonia Phaenochitonia fuliginea
Lycaenidae Phaenochitonia Phaenochitonia sp.
Hesperidae Phanes Phanes almoda
Hesperidae Phanes Phanes rezia
Hesperidae Phanes Phanes sp.
Hesperidae Phanus Phanus australis
Nymphalidae Pharneuptychia Pharneuptychia innocentia
Nymphalidae Pharneuptychia Pharneuptychia phares
Nymphalidae Pharneuptychia Pharneuptychia pharnabazos
Nymphalidae Pharneuptychia Pharneuptychia pharnaces
Nymphalidae Pharneuptychia Pharneuptychia sp.
Lycaenidae Lepricornis Pheles atricolor
Hesperidae Pheraeus Pheraeus argynnis
Hesperidae Pheraeus Pheraeus sp.
Nymphalidae Philaethria Philaethria dido
Nymphalidae Philaethria Philaethria wernickei
Hesperidae Phlebodes Phlebodes sp.
Hesperidae Phocides Phocides charon
Hesperidae Phocides Phocides pialia
Hesperidae Phocides Phocides pigmalion
Hesperidae Phocides Phocides polybius
Pieridae Phoebis Phoebis argante
Pieridae Phoebis Phoebis neocypris
Pieridae Phoebis Phoebis philea
Pieridae Phoebis Phoebis sennae
Nymphalidae Pierella Pierella lamia
Nymphalidae Pierella Pierella nereis
Pieridae Pieriballia Pieriballia viardi
Lycaenidae Pirascca Pirascca sagaris
Nymphalidae Placidina Placidina euryanassa
Hesperidae Polites Polites vibex
Hesperidae Polyctor Polyctor polyctor
Hesperidae Polygonus Polygonus leo
Hesperidae Polygonus Polygonus savigny
Nymphalidae Polygrapha Polygrapha suprema
Hesperidae Polythrix Polythrix caunus
Hesperiidae Polythrix Polythrix octomaculatus
Hesperidae Polythrix Polythrix roma
Hesperidae Polythrix Polythrix sp.
Hesperidae Pompeius Pompeius amblyspila
Hesperidae Pompeius Pompeius pompeius
Hesperidae Pompeius Pompeius postpuncta
Hesperidae Pompeius Pompeius sp.
Nymphalidae Posttaygetis Posttaygetis penelea
216
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Insecta
Família Gênero Espécie
Nymphalidae Muscopedalioides Praepedaliodes amussis
Nymphalidae Pedalioides Praepedaliodes exul
Nymphalidae Praepedaliodes Praepedaliodes phanias
Nymphalidae Prepona Prepona deiphile
Nymphalidae Prepona Prepona laertes
Nymphalidae Prepona Prepona pylene
Nymphalidae Prepona Prepona sp.
Hesperidae Propertius Propertius propertius
Hesperidae Proteides Proteides mercurius
Papilionidae Protesilaus Protesilaus helios
Papilionidae Protesilaus Protesilaus protesilaus
Papilionidae Protesilaus Protesilaus telesilaus
Papilionidae Protographium Protographium asius
Hesperidae Pseudocroniades Pseudocroniades machaon
Nymphalidae Pseudodebis Pseudodebis euptychidia
Lycaenidae Pseudolycaena Pseudolycaena marsyas
Pieridae Pseudopieris Pseudopieris nehemia
Nymphalidae Pseudoscada Pseudoscada acilla
Nymphalidae Pseudoscada Pseudoscada erruca
Lycaenidae Pseudotinea Pseudotinea hemis
Hesperidae Psoralis Psoralis chittara
Hesperidae Psoralis Psoralis sp.
Hesperidae Psoralis Psoralis stacara
Nymphalidae Pteronymia Pteronymia carlia
Nymphalidae Pteronymia Pteronymia euritea
Papilionidae Pterourus Pterourus menatius
Papilionidae Pterourus Pterourus scamander
Hesperidae Pyrgus Pyrgus orcus
Hesperidae Pyrgus Pyrgus orcynoides
Pieridae Eurema Pyrisitia leuce
Pieridae Eurema Pyrisitia nice
Nymphalidae Pyrrhogyra Pyrrhogyra neaeria
Hesperidae Pyrrhopyge Pyrrhopyge charybdis
Hesperidae Pyrrhopyge Pyrrhopyge pelota
Hesperidae Pyrrhopyge Pyrrhopyge sp.
Hesperidae Pyrrhopygopsis Pyrrhopygopsis socrates
Hesperidae Pyrropyge Pyrropyge pelota
Hesperidae Pythonides Pythonides herennius
Hesperidae Pythonides Pythonides jovianus
Hesperidae Pythonides Pythonides lancea
Hesperidae Pythonides Pythonides limaea
Hesperidae Pythonides Pythonides sp.
Hesperidae Quadrus Quadrus cerialis
Hesperidae Quadrus Quadrus jacobus
217
ANEXO 1
Insecta
Família Gênero Espécie
Hesperidae Quadrus Quadrus u-lucida
Hesperidae Quasimellana Quasimellana eulogius
Hesperidae Quasimellana Quasimellana meridiani
Hesperidae Quasimellana Quasimellana sp.
Hesperidae Quinta Quinta cannae
Hesperidae Quinta Quinta locutia
Hesperidae Quinta Quinta sp.
Hesperidae Randa Randa sp.
Lycaenidae Rekoa Rekoa malina
Lycaenidae Rekoa Rekoa marius
Lycaenidae Rekoa Rekoa meton
Lycaenidae Rekoa Rekoa palegon
Lycaenidae Rekoa Rekoa sp.
Lycaenidae Rekoa Rekoa stagira
Hesperidae Remella Remella remus
Pieridae Phoebis Rhabdodryas trite
Lycaenidae Rhetus Rhetus arcius
Lycaenidae Rhetus Rhetus periander
Hesperidae Ridens Ridens fulima
Lycaenidae Riodina Riodina lycisca
Hesperidae Salatis Salatis salatis
Hesperidae Saliana Saliana fusta
Hesperidae Saliana Saliana longirostris
Hesperidae Saliana Saliana mamurra
Hesperidae Saliana Saliana sp.
Hesperidae Saliana Saliana triangularis
Hesperidae Sarbia Sarbia damippe
Hesperidae Sarbia Sarbia xantippe
Lycaenidae Sarota Sarota chrysus
Lycaenidae Sarota Sarota sp.
Hesperidae Saturnus Saturnus metonidia
Hesperidae Saturnus Saturnus reticulata
Hesperidae Saturnus Saturnus sp.
Nymphalidae Scada Scada karschina
Apidae Scaptotrigona Scaptotrigona xanthotricha
Schizogenius ocellatus
Nymphalidae Sea Sea sophronia
Nymphalidae Siderone Siderone galanthis
Lycaenidae Thecla Siderus philinna
Nymphalidae Siproeta Siproeta epaphus
Nymphalidae Siproeta Siproeta stelenes
Nymphalidae Smyrna Smyrna blomfildia
Hesperidae Sodalia Sodalia coler
Hesperidae Sodalia Sodalia dimassa
218
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Insecta
Família Gênero Espécie
Hesperidae Sophista Sophista aristoteles
Hesperidae Sophista Sophista latifasciata
Hesperidae Sostrata Sostrata bifasciata
Hesperidae Sostrata Sostrata cronion
Hesperidae Spathilepia Spathilepia clonius
Hesperidae Spioniades Spioniades artemides
Nymphalidae Splendeuptychia Splendeuptychia ambra
Nymphalidae Splendeuptychia Splendeuptychia cosmophila
Nymphalidae Splendeuptychia Splendeuptychia doxes
Nymphalidae Splendeuptychia Splendeuptychia hygina
Nymphalidae Splendeuptychia Splendeuptychia libitina
Nymphalidae Splendeuptychia Splendeuptychia sp
Nymphalidae Splendeuptychia Splendeuptychia sp.
Hesperidae Staphylus Staphylus ascalon
Hesperidae Staphylus Staphylus chlorocephala
Hesperidae Staphylus Staphylus incisus
Hesperidae Staphylus Staphylus malangon
Hesperidae Staphylus Staphylus melangon
Hesperidae Staphylus Staphylus minor
Hesperidae Staphylus Staphylus sp.
Lycaenidae Stichelia Stichelia bocchoris
Lycaenidae Stichelia Stichelia dukinfieldii
Lycaenidae Stichelia Stichelia sp
Lycaenidae Thecla Strephonota elika
Lycaenidae Thecla Strephonota sphinx
Lycaenidae Strephonota Strephonota tephraeus
Lycaenidae Strymon Strymon albata
Lycaenidae Strymon Strymon astiocha
Lycaenidae Strymon Strymon bazochii
Lycaenidae Strymon Strymon bubastus
Lycaenidae Strymon Strymon cardus
Lycaenidae Strymon Strymon cestri
Lycaenidae Strymon Strymon crambusa
Lycaenidae Strymon Strymon eurytulus
Lycaenidae Strymon Strymon legota
Lycaenidae Strymon Strymon megara
Lycaenidae Strymon Strymon mulucha
Lycaenidae Strymon Strymon oreala
Lycaenidae Strymon Strymon serapio
Lycaenidae Strymon Strymon sp.
Lycaenidae Strymon Strymon yojoa
Lycaenidae Strymon Strymon ziba
Lycaenidae Symbiopsis Symbiopsis lenitas
Lycaenidae Symmachia Symmachia basilissa
219
ANEXO 1
Insecta
Família Gênero Espécie
Lycaenidae Symmachia Symmachia leopardinum
Lycaenidae Symmachia Symmachia sp.
Hesperidae Synale Synale hylaspes
Hesperidae Synapte Synapte malitiosa
Hesperidae Synapte Synapte silius
Hesperidae Synapte Synapte sp.
Lycaenidae Ematurgina Synargis axenus
Lycaenidae Synargis Synargis calyce
Lycaenidae Synargis Synargis galena
Lycaenidae Synargis Synargis paulistina
Lycaenidae Synargis Synargis phliasus
Lycaenidae Syrmatia Syrmatia nyx
Lycaenidae Syrmatia Syrmatia sp.
Nymphalidae Taydebis Taydebis peculiaris
Nymphalidae Taygetis Taygetis acuta
Nymphalidae Taygetis Taygetis kerea
Nymphalidae Taygetis Taygetis laches
Nymphalidae Taygetis Taygetis rectifascia
Nymphalidae Taygetis Taygetis rufomarginata
Nymphalidae Taygetis Taygetis thamyra
Nymphalidae Taygetis Taygetis tripunctata
Nymphalidae Taygetis Taygetis virgilia
Nymphalidae Taygetis Taygetis yphthima
Nymphalidae Tegosa Tegosa claudina
Nymphalidae Tegosa Tegosa orobia
Hesperidae Telemiades Telemiades amphion
Hesperidae Telemiades Telemiades laogonus
Hesperidae Telemiades Telemiades sp.
Hesperidae Telemiades Telemiades squanda
Hesperidae Telemiades Telemiades vespasius
Nymphalidae Telenassa Telenassa teletusa
Lycaenidae Thecla Temecla paron
Nymphalidae Temenis Temenis laothoe
Lycaenidae Thecla Thaeides theia
Hesperidae Thargella Thargella caura
Hesperidae Thargella Thargella evansi
Hesperidae Theagenes Theagenes dichrous
Hesperidae Theagenes Theagenes sp.
Lycaenidae Thecla Thecla sp.
Pieridae Theochila Theochila maenacte
Lycaenidae Theope Theope lycaenina
Lycaenidae Parnes Theope nycteis
Lycaenidae Theope Theope sp.
Lycaenidae Theope Theope terambus
220
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Insecta
Família Gênero Espécie
Lycaenidae Theope Theope thestias
Lycaenidae Denivia Theritas deniva
Lycaenidae Theritas Theritas hemon
Lycaenidae Theritas Theritas triquetra
Hesperidae Thespieus Thespieus abatira
Hesperidae Thespieus Thespieus aspernatus
Hesperidae Thespieus Thespieus dalman
Hesperidae Thespieus Thespieus ethemides
Hesperidae Thespieus Thespieus himella
Hesperidae Thespieus Thespieus sp.
Hesperidae Thespieus Thespieus vividus
Hesperidae Thespieus Thespieus xarippe
Lycaenidae Thecla Thestius azaria
Lycaenidae Thecla Thestius oreala
Lycaenidae Thisbe Thisbe irenea
Hesperidae Thoon Thoon aethus
Hesperidae Thracides Thracides cleanthes
Hesperidae Thracides Thracides nanea
Nymphalidae Thyridia Thyridia psidii
Hesperidae Timocreon Timocreon satyrus
Hesperidae Tirynthia Tirynthia conflua
Hesperidae Tisias Tisias lesueur
Nymphalidae Tithorea Tithorea harmonia
Lycaenidae Tmolus Tmolus echion
Hesperidae Trina Trina geometrina
Trogolaphysa aelleni
Trogolaphysa hauseri
Hesperidae Typhedanus Typhedanus crameri
Hesperidae Typhedanus Typhedanus stylites
Hesperidae Typhedanus Typhedanus undulatus
Hesperidae Udranomia Udranomia kikkawai
Hesperidae Udranomia Udranomia sp.
Hesperidae Udranomia Udranomia spitzii
Hesperidae Urbanus Urbanus albimargo
Hesperidae Urbanus Urbanus belli
Hesperidae Urbanus Urbanus chalco
Hesperidae Urbanus Urbanus cindra
Hesperidae Urbanus Urbanus dorantes
Hesperidae Urbanus Urbanus doryssus
Hesperidae Urbanus Urbanus esma
Hesperidae Urbanus Urbanus esmeraldus
Hesperidae Urbanus Urbanus esta
Hesperidae Urbanus Urbanus evenus
Hesperidae Urbanus Urbanus procne
221
ANEXO 1
Insecta
Família Gênero Espécie
Hesperidae Urbanus Urbanus pronta
Hesperidae Urbanus Urbanus pronus
Hesperidae Urbanus Urbanus proteus
Hesperidae Urbanus Urbanus simplicius
Hesperidae Urbanus Urbanus sp.
Hesperidae Urbanus Urbanus tanna
Hesperidae Urbanus Urbanus teleus
Hesperidae Urbanus Urbanus velinus
Hesperidae Urbanus Urbanus virescens
Hesperidae Vacerra Vacerra bonfilius
Hesperidae Vacerra Vacerra caniola
Hesperidae Vacerra Vacerra evansi
Nymphalidae Vanessa Vanessa brasiliensis
Nymphalidae Vanessa Vanessa carye
Nymphalidae Vanessa Vanessa myrinna
Hesperidae Vehilius Vehilius celeus
Hesperidae Vehilius Vehilius clavicula
Hesperidae Vehilius Vehilius inca
Hesperidae Vehilius Vehilius sp.
Hesperidae Vehilius Vehilius stictomenes
Hesperidae Vertica Vertica verticalis
Hesperidae Vettius Vettius artona
Hesperidae Vettius Vettius diversa
Hesperidae Vettius Vettius fantasos
Hesperidae Vettius Vettius lafresnaye
Hesperidae Vettius Vettius lucretius
Hesperidae Vettius Vettius marcus
Hesperidae Vettius Vettius phyllus
Hesperidae Vettius Vettius sp.
Hesperidae Vidius Vidius sp.
Hesperidae Vinius Vinius letis
Hesperidae Vinius Vinius sp.
Hesperidae Viola Viola minor
Hesperidae Viola Viola violella
Hesperidae Virga Virga austrinus
Hesperidae Virga Virga silvanus
Lycaenidae Voltinia sanarita
Lycaenidae Napaea Voltinia sejanus
Hesperidae Wallengrenia Wallengrenia otho
Hesperidae Wallengrenia Wallengrenia premnas
Hesperidae Wallengrenia Wallengrenia sp.
Lycaenidae Xenandra heliodes dibapha
Hesperidae Xeniades Xeniades chalestra
Hesperidae Xeniades Xeniades ethoda
Hesperidae Xeniades Xeniades orchamus
222
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Insecta
Família Gênero Espécie
Hesperidae Xenophanes Xenophanes tryxus
Hesperidae Xispia Xispia satyrus
Hesperidae Xispia Xispia sp.
Nymphalidae Yphthimoides Yphthimoides affinis
Nymphalidae Yphthimoides Yphthimoides angularis
Nymphalidae Yphthimoides Yphthimoides borasta
Nymphalidae Yphthimoides Yphthimoides celmis
Nymphalidae Yphthimoides Yphthimoides ochracea
Nymphalidae Yphthimoides Yphthimoides renata
Nymphalidae Yphthimoides Yphthimoides sp.
Nymphalidae Yphthimoides Yphthimoides sp2
Nymphalidae Yphthimoides Yphthimoides yphthima
Bombycidae Zanola Zanola verago
Nymphalidae Zaretis Zaretis itys
Hesperidae Zariaspes Zariaspes mys
Hesperidae Zenis Zenis jebus
Hesperidae Zera Zera hyacinthinus
Hesperidae Zera Zera sp.
Lycaenidae Ziegleria Ziegleria hesperitis
Colletidae Zikanapis Zikanapis seabrai
Nymphalidae Zischkaia Zischkaia pacarus
Nymphalidae Zischkaia Zischkaia saundersii
Nymphalidae Zischkaia Zischkaia sp.
Lycaenidae Zizula Zizula cyna
Hesperiidae Zonia zonia diabo
Hesperidae Zopyrion Zopyrion evenor
Nymphalidae Actinote Actinote alalia
Nymphalidae Actinote Actinote conspicua
Nymphalidae Agrias Agrias claudina
Nymphalidae Amphidecta Amphidecta reynoldsi
Lycaenidae Aricoris Aricoris colchis
Hesperidae Dyscophellus Dyscophellus ramusis
Hesperidae Elbella Elbella blanda
Hesperidae Elbella Elbella lamprus
Hesperidae Elbella Elbella luteizona
Lycaenidae Hyphilaria Hyphilaria parthenis
Nymphalidae Penete Penete pamphanis
Lycaenidae Perophthalma Perophthalma tullius
Pieridae Pieriballia Pieriballia viardi
Hesperidae Propertius Propertius propertius
Hesperidae Sarbia Sarbia xantippe
Lycaenidae Sarota Sarota chrysus
Nymphalidae Scada Scada karschina
Nymphalidae Sea Sea sophronia
Hesperidae Thracides Thracides nanea
Hesperidae Timocreon Timocreon satyrus
223
ANEXO 1
Mamíferos
Família Gênero Espécie
Atelidae Alouatta Alouatta caraya
Cervidae Blastocerus Blastocerus dichotomus
Atelidae Brachyteles Brachyteles arachnoides
Dasypodidae Cabassous Cabassous unicinctus
Pitheciidae Callicebus Callicebus personatus
Callithrichidae Callithrix Callithrix aurita
Callithrichidae Callithrix Callithrix penicillata
Phyllostomidae Chiroderma Chiroderma doriae
Canidae Chrysocyon Chrysocyon brachyurus
Dasyproctidae Dasyprocta Dasyprocta azarae
Vespertilionidae Lasiurus Lasiurus ebenus
Callithrichidae Leontopithecus Leontopithecus caissara
Callithrichidae Leontopithecus Leontopithecus chrysopygus
Felidae Leopardus Leopardus pardalis
Felidae Leopardus Leopardus tigrinus
Felidae Leopardus Leopardus wiedii
Cervidae Mazama Mazama nana
Didelphidae Monodelphis Monodelphis rubida
Didelphidae Monodelphis Monodelphis scalops
Didelphidae Monodelphis Monodelphis sorex
Didelphidae Monodelphis Monodelphis unistriata
Vespertilionidae Myotis Myotis ruber
Myrmecophagidae Myrmecophaga Myrmecophaga tridactyla
Cervidae Ozotoceros Ozotoceros bezoarticus
Felidae Panthera Panthera onca
Tayassuidae Pecari Pecari tajacu
Muridae Phaenomys Phaenomys ferrugineus
Echimyidae Phyllomys Phyllomys thomasi
Phyllostomidae Platyrrhinus Platyrrhinus recifinus
Dasypodidae Priodontes Priodontes maximus
Felidae Puma Puma concolor
Muridae Rhagomys Rhagomys rufescens
Canidae Speothos Speothos venaticus
Tapiridae Tapirus Tapirus terrestris
Tayassuidae Tayassu Tayassu pecari
Muridae Wilfredomys Wilfredomys oenax
Callitrichidae Leontopithecus Leontopithecus caissara
224
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Peixes
Família Gênero Espécie
Characidae Astyanax Astyanax ribeirae
Gymnotidae Brachyhypopomus Brachyhypopomus jureiae
Characidae Brycon Brycon insignis
Characidae Brycon Brycon nattereri
Characidae Brycon Brycon opalinus
Characidae Brycon Brycon orbignyanus
Characidae Bryconamericus Bryconamericus microcephalus
Rivulidae Campellolebias Campellolebias dorsimaculatus
Heptapteridae Chasmocranus Chasmocranus brachynema
Characidae Coptobrycon Coptobrycon bilineatus
Cichlidae Crenicichla Crenicichla iguapina
Characidae Deuterodon Deuterodon iguape
Characidae Glandulocauda Glandulocauda melanogenys
Loricariidae Harttia Harttia kronei
Loricariidae Hisonotus Hisonotus gibbosus
Characidae Hollandichthys Hollandichthys perstriatus
Trichomycteridae Homodiaetus Homodiaetus graciosa
Erythrinidae Hoplias Hoplias lacerdae
Characidae Hyphessobrycon Hyphessobrycon duragenys
Characidae Hyphessobrycon Hyphessobrycon flammeus
Loricariidae Hypostomus Hypostomus agna
Loricariidae Hypostomus Hypostomus interruptus
Loricariidae Isbrueckerichthys Isbrueckerichthys duseni
Trichomycteridae Ituglanis Ituglanis proops
Loricariidae Kronichthys Kronichthys lacerta
Loricariidae Kronichthys Kronichthys subteres
Anostomidae Leporinus Leporinus thayeri
Trichomycteridae Listrura Listrura camposi
Trichomycteridae Listrura Listrura nematopteryx
Trichomycteridae Microcambeva Microcambeva ribeirae
Characidae Mimagoniates Mimagoniates lateralis
Characidae Myleus Myleus tiete
Loricariidae Neoplecostomus Neoplecostomus ribeirensis
Loricariidae Otocinclus Otocinclus gibbosus
Loricariidae Otothyris Otothyris juquiae
Poeciliidae Phallotorynus Phallotorynus fasciolatus
Poeciliidae Phallotorynus Phallotorynus jucundus
Heptapteridae Pimelodella Pimelodella kronei
Heptapteridae Pimelodella Pimelodella transitoria
Loricariidae Pseudotocinclus Pseudotocinclus juquiae
Loricariidae Pseudotocinclus Pseudotocinclus tietensis
Heptapteridae Rhamdiopsis Rhamdiopsis microcephala
Loricariidae Rineloricaria Rineloricaria kronei
Callichthyidae Scleromystax Scleromystax prionotos
225
ANEXO 1
Peixes
Família Gênero Espécie
Characidae Spintherobolus Spintherobolus broccae
Characidae Spintherobolus Spintherobolus leptoura
Characidae Spintherobolus Spintherobolus papilliferus
Pimelodidae Steindachneridion Steindachneridion parahybae
Pimelodidae Steindachneridion Steindachneridion scripta
Apteronotidae Sternarchorhynchus Sternarchorhynchus britskii
Trichomycteridae Trichogenes Trichogenes longipinnis
Trichomycteridae Trichomycterus Trichomycterus paolence
Characidae Aphyocheirodon Aphyocheirodon hemigrammus
Loricariidae Hypostomus Hypostomus fluviatilis
Anostomidae Leporinus Leporinus aguapeiensis
Poeciliidae Phalloptychus Phalloptychus januarius
Apteronotidae Tembeassu Tembeassu marauna
Trichomycteridae Trichomycterus Trichomycterus alternatus
Trichomycteridae Trichomycterus Trichomycterus diabolus
Trichomycteridae Trichomycterus Trichomycterus proops
Trichomycteridae Trichomycterus Trichomycterus triguttatus
226
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Lista de
Espécies-Alvo
Répteis
Família Gênero Espécie
Amphisbaenidae Amphisbaena Amphisbaena sanctaeritae
Colubridae Apostolepis Apostolepis goiasensis
Colubridae Atractus Atractus zebrinus
Viperidae Bothrops Bothrops alcatraz
Viperidae Bothrops Bothrops alternatus
Viperidae Bothrops Bothrops cotiara
Viperidae Bothrops Bothrops fonsecai
Viperidae Bothrops Bothrops insularis
Viperidae Bothrops Bothrops itapetiningae
Alligatoridae Caiman Caiman latirostris
Gymnophthalmidae Colobodactylus Colobodactylus taunayi
Boidae Corallus Corallus cropanii
Colubridae Dipsas Dipsas albifrons
Gymnophthalmidae Heterodactylus Heterodactylus imbricatus
Iguanidae Hoplocercus Hoplocercus spinosus
Chelidae Hydromedusa Hydromedusa maximiliani
Rhineuridae Leposternon Leposternon microcephalum
Colubridae Liophis Liophis atraventer
Colubridae Phalotris Phalotris multipunctatus
227
CAPÍTULO 1
228
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Introdução
A n e x o Instituições
2
participantes
Autores dos
Capítulos
229
ANEXO 2
Instituições Participantes
Centro de Estudos Ornitológicos (CEO)
Caixa Postal 6.532, 05402-970, São Paulo, SP
Centro de Referência em Informação Ambiental (CRIA)
Rua Romeu Tórtima, 388, Barão Geraldo, 13084-520, Campinas, SP
Fundação para a Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo (FF)
Rua do Horto 931, Horto Florestal, 02377-000, São Paulo, SP
www.fflorestal.sp.gov.br
Instituto Agronômico de Campinas
Av. Barão de Itapura – Caixa Postal 28, 13012-978 Campinas, SP
Instituto de Botânica
Caixa Postal 3005, 01061-970, São Paulo, SP
Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ)
Rod. D. Pedro I, km 47, Caixa Postal 47, 12960-000, Nazaré Paulista, SP
Instituto Florestal (IF)
Rua do Horto 931, Horto Florestal, 02377-000, São Paulo, SP
http://www.iflorestal.sp.gov.br/
Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil/BirdLife International (SAVE Brasil)
Rua Fernão Dias, 219 Cj. 2, Pinheiros, 05427-010, São Paulo, SP
The Nature Conservancy (TNC)
Alameda Julia da Costa, 1240, Bigorrilho, 80730-070, Curitiba, PR
Departamento de Ciências Biológicas,
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), Universidade de São Paulo (USP)
Departamento de Biologia, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras,
Universidade de São Paulo (USP), Campus de Ribeirão Preto
Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo (USP)
Caixa Postal 11.461, 05422-970, São Paulo, SP
Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP)
Av. Nazaré, 481, Ipiranga, 04263-000, São Paulo, SP
Departamento de Ecologia Geral, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo (USP)
Rua do Matão, Travessa 14, s/n, Cidade Universitária, 05508-090, São Paulo, SP
Departamento de Botânica, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo (USP)
Rua do Matão, 277 - Caixa Postal 11461, 05422-970, Cidade Universitária - Butantã - SP
Departamento de Biologia, Instituto Básico de Biociências (IBB),
Universidade de Taubaté (UNITAU)
Av. Tiradentes, 500, Jardim das Nações, 12030-180, Taubaté, SP
230
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Instituições
participantes
e Autores dos
Capítulos
231
ANEXO 2
2 Meio físico e aspectos da fragmentação Seção de Manejo e Inventário Florestal, Divisão de Dasonomia,
Marco Aurélio Nalon [email protected]
Recursos Naturais do Estado de São Paulo Instituto Florestal
2 Meio físico e aspectos da fragmentação Isabel Fernandes de Aguiar
Seção de Introdução, Divisão de Dasonomia, Instituto Florestal [email protected]
Recursos Naturais do Estado de São Paulo Mattos
2 Meio físico e aspectos da fragmentação Geraldo Antônio Daher Corrêa Seção de Ecologia Florestal, Divisão de Dasonomia, Instituto
[email protected]
Recursos Naturais do Estado de São Paulo Franco Florestal
Diretoria de Assistência Técnica, Fundação para a Conservação e
3 UCs em São Paulo Ana Fernandes Xavier [email protected]
a Produção Florestal do Estado de São Paulo
Diretoria de Assistência Técnica, Fundação para a Conservação e
3 UCs em São Paulo Beatriz Morais Bolzani [email protected]
a Produção Florestal do Estado de São Paulo
Diretoria de Assistência Técnica, Fundação para a Conservação e
3 UCs em São Paulo Sílvia Jordão [email protected]
a Produção Florestal do Estado de São Paulo
Departamento de Botânica, Instituto de Biologia, Universidade
4 Histórico do Programa BIOTA/FAPESP Carlos Alfredo Joly [email protected]
Estadual de Campinas
Laboratório de Ictiologia, Departamento de Zoologia e Botânica,
4 Histórico do Programa BIOTA/FAPESP Lilian Casatti Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, Universidade [email protected]
Estadual Paulista, Campus de São José do Rio Preto
Secretaria de Biodiversidade e Florestas, Ministério do Meio
4 Historico do Programa BIOTA/FAPESP Maria Cecília Wey de Brito [email protected]
Ambiente
4 Histórico do Programa BIOTA/FAPESP Naércio Aquino Menezes Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo [email protected]
Christiane Dall’Aglio-
5 Procedimentos metodológicos Consultora – Comissão BIOTA [email protected]
Holvorcem
232
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Instituições
participantes
e Autores dos
Capítulos
6.1 Mamíferos Marica Cecília Martins Kierulff Fundação Parque Zoológico de São Paulo [email protected]
6.1 Mamíferos Ana Paula Carmignotto Universidade Federal de São Carlos, Campus de Sorocaba [email protected]
Alexandre T. Amaral
6.1 Mamíferos Instituto de Pesquisas Ecológicas [email protected]
Nascimento
233
ANEXO 2
6.2 Aves Érica Hasui Departamento de Biologia, Universidade Federal de Alfenas [email protected]
6.5 Invertebrados Maria Virginia Urso-Guimarães Universidade Federal de São Carlos, Campus de Sorocaba [email protected]
234
Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo Instituições
participantes
e Autores dos
Capítulos
6.6 Fanerógamas Marinez Ferreira de Siqueira Centro de Referência em Informação Ambiental [email protected]
6.6 Fanerógamas Cláudio de Moura Divisão de Reservas e Parques Estaduais, Instituto Florestal [email protected]
6.6 Fanerógamas Ingrid Koch Universidade Federal de São Carlos, Campus de Sorocaba [email protected]
6.6 Fanerógamas Letícia Ribes de Lima Divisão de Fitotaxonomia, Instituto de Botânica [email protected]
235
ANEXO 2
6.6 Fanerógamas Suzana Ehlin Martins Divisão de Fitotaxonomia, Instituto de Botânica [email protected]
6.7 Criptógamas Marcelo Pinto Marcelli Divisão de Fitotaxonomia, Instituto de Botânica [email protected]
6.7 Criptógamas Denise de Campos Bicudo Divisão de Fitotaxonomia, Instituto de Botânica [email protected]
6.7 Criptógamas Adriana de Mello Gugliotta Divisão de Fitotaxonomia, Instituto de Botânica [email protected]
6.7 Criptógamas Denilson Fernandes Peralta Divisão de Fitotaxonomia, Instituto de Botânica [email protected]
7.2 Gestão Ambiental Vera Lucia Ramos Bononi Instituto de Botânica [email protected]
236
Participantes dos Workshops
Coordenação Geral
Colaboradores
Coordenadores Temáticos
Mamíferos
Maria Cecília Martins Kierulff . .............. FPZSP
Aves
Luís Fábio Silveira.................................. MZUSP
Wesley Rodrigues Silva.......................... UNICAMP
Herpetofauna
Denise de Cerqueira Rossa-Ferez........... UNESP – São José do Rio Preto
Marcio Martins . .................................... USP – São Paulo
Peixes
Francisco Langeani Neto........................ UNESP – São José do Rio Preto
Lilian Casatti.......................................... UNESP – São José do Rio Preto
Invertebrados
André Victor Lucci Freitas....................... UNICAMP
Gustavo de Mattos Accácio.................... Consultor
Fanerógamas
Giselda Durigan..................................... Instituto Florestal
Maria Cândida Henrique Mamede......... Instituto de Botânica
Criptógamas
Jefferson Prado....................................... Instituto de Botânica
Marcelo Pinto Marcelli........................... Instituto de Botânica
Ecologia da Paisagem
Jean Paul Metzger................................... LEPaC – IB/USP
Especialistas Temáticos
Mamíferos
Adriano Paglia........................................ Conservação Internacional
Alexandre T. Amaral Nascimento........... IPÊ
Ana Paula Carmignotto........................... UFSCar – Sorocaba
Beatriz de Mello Beisiegel...................... Instituto Chico Mendes
Carlos C. Alberts.................................... UNESP – Assis
Camila Nali............................................ IPÊ
Daniela Milanelo Coutinho.................... Fundação Florestal
Denise de Alemar Gaspar....................... METROCAMP
Eleonore Zulnara Freire Setz................... UNICAMP
Fernando Lima Matos............................. IPÊ
Giordano Ciocheti................................. LEPaC – IB/USP
Juliana Vendrami (SIG)........................... LEPaC – IB/USP
Leandro Reverberi Tambosi (SIG)............ LEPaC – IB/USP
Luciano Martins Verdade........................ ESALQ – USP
Márcio Port Carvalho............................. Instituto Florestal
Mario de Vivo......................................... USP – São Paulo
Maurício Talebi Gomes.......................... Associação Pró-Muriqui
Rafael Henrique Ruas Martins................ IPÊ
Rinaldo Campanha................................ Fundação Florestal
Rodrigo Agostinho.................................. Instituto Vidágua
Sandra Freitas (SIG)................................ LEPaC – IB/USP
Aves
Alexandre Uezu..................................... IPÊ
Alexsander Zamorano Antunes............... Instituto Florestal
Angélica Midori Sugieda........................ Fundação Florestal
Cláudia Terdinan Schaalmann................ DEPRN – Campinas
Erica Hasui............................................. Universidade Federal de Alfenas
Luis Fernando Andrade Figueiredo......... CEO
Maria Cecília Barbosa Toledo................. Universidade de Taubaté
Marina Mitsue Kanashiro (SIG)............... Instituto Florestal
Mônica Pavão (SIG)................................ Instituto Florestal
Pedro Ferreira Develey .......................... BirdLife International
Rafael Sposito (SIG)................................ BirdLife International-CI
Herpetofauna
Cinthia Aguirre Brasileiro....................... UNESP – Rio Claro
Cristiano Campos Nogueira................... Conservação Internacional
Cybele de Oliveira Araujo...................... Instituto Florestal
Cynthia Peralta de Almeida Prado.......... UNESP – Rio Claro
Denise Maria Peccinini Seale (in memoriam) USP – São Paulo
Francisco Luis Franco............................. Instituto Butantan
Gláucia Cortez Ramos de Paula ............ Instituto Florestal
Itamar Alves Martins............................... Universidade de Taubaté
Jorge Jim................................................ UNESP – Botucatu
Otavio Augusto Vuolo Marques.............. Instituto Butantan
Paula H. Valdujo.................................... MMA
Paulo Christiano de Anchietta Garcia..... UMC
Pedro Barbieri ....................................... Instituto Florestal
Radenka F. Batistic................................. Instituto Butantan
Ricardo Sawaya...................................... Instituto Butantan
Sidney T. Rodrigues (SIG)....................... WWF
Peixes
Francisco Manoel de Souza Braga.......... UNESP – Rio Claro
Hubert Costa (SIG)................................. Instituto Florestal
Marco Aurélio Nalon (SIG)..................... Instituto Florestal
Naércio Menezes................................... USP – São Paulo
Oswaldo Takeshi Oyakawa..................... MZUSP
Invertebrados
Fábio de Oliveira Roque........................ USP – Ribeirão Preto
Keith S. Brown Jr.................................... UNICAMP
Maria Vírginia Urso-Guimarães.............. UFSCar – Sorocaba
Thais Olitta Basso (SIG).......................... LEPaC – IB/USP
Vera Lucia Imperatriz Fonseca................ USP – São Paulo
Fanerógamas
Ana Maria de Godoy Teixeira (SIG) ....... AMDL
Anita Diederichsen (SIG)........................ TNC
Carlos Alfredo Joly................................. UNICAMP
Cláudio de Moura.................................. Instituto Florestal
Fábio de Barros...................................... Instituto de Botânica
Flaviana Maluf de Souza........................ Instituto Florestal
Francisco Eduardo Silva Pinto Vilela....... Instituto Florestal
Frederico Alexandre Arzolla................... Instituto Florestal
Geraldo A.D.C. Franco........................... Instituto Florestal
Inês Cordeiro......................................... Instituto de Botânica
Ingrid Koch............................................ UFSCar – Sorocaba
João Batista Baitello............................... Instituto Florestal
Júlio Antônio Lombardi.......................... UNESP – Rio Claro
Letícia Ribes de Lima............................. Instituto Botânica
Luis Carlos Bernacci............................... IAC
Marco Antonio de Assis.......................... UNESP – Rio Claro
Marcos Pereira Marinho Aidar................ Instituto de Botânica
Maria das Graças Wanderley.................. Instituto de Botânica
Maria Teresa Zugliani Toniato................. Instituto Florestal
Marinez Siqueira (SIG)........................... CRIA
Milena Ribeiro (SIG)............................... TNC
Milton Groppo Júnior............................. USP – Ribeirão Preto
Natália Macedo Ivanauskas.................... Instituto Florestal
Osmar Cavassan..................................... UNESP – Bauru
Paulo Takeo Sano................................... USP – São Paulo
Ricardo Ribeiro Rodrigues...................... ESALQ – USP
Simey Thury Vieira Fisch......................... Universidade de Taubaté
Suzana Ehlin Martins.............................. Instituto de Botânica
Criptógamas
Adriana de Mello Gugliotta.................... Instituto de Botânica
Carlos Eduardo de M. Bicudo . .............. Instituto de Botânica
Ciro Koiti Matsukuma (SIG).................... Instituto Florestal
Denilson Fernandes Peralta.................... Instituto de Botânica
Denise de Campo Bicudo...................... Instituto de Botânica
Ewerton Talpo (SIG)................................ Instituto Florestal
Olga Yano.............................................. Instituto de Botânica
Ecologia da Paisagem
Adriana M. Z. Catojo R. Pires................. UFSCar – São Carlos
Ana Fernandes Xavier............................. Fundação Florestal
Ana Maria Soares Pereira....................... UNAERP – Ribeirão Preto
Andrea de Castro Panizza....................... UFC
Anita Diederichsen................................ TNC
Carlos A. Scaramuzza............................ WWF
Christiane Dall’Aglio-Holvorcem........... Consultora – Comissão BIOTA
Fernanda Padovesi Fonseca.................... UNIFIEO
Giordano Ciocheti................................. LEPaC – IB/USP
João Régis Guillaumon........................... Instituto Florestal
José Salatiel Rodrigues Pires................... UFSCar – São Carlos
Leandro Reverberi Tambosi.................... LEPaC – IB/USP
Milton Cezar Ribeiro (SIG)..................... LEPaC – IB/USP
Oswaldo José Bruno............................... Fundação Florestal
Renata Ramos Mendonça....................... DEPRN – São Paulo
Vânia Pivello.......................................... LEPaC – IB/USP
crédito das Imagens
Capas:
Pegadas de Panthera onca (Onça-pintada) no Parque Intervales - foto Maurício Simonetti/Pulsar
Parque Estadual Intervales - Marcio Lourenço/Pulsar
Páginas 3:
Páginas 10-11:
Lepidoptera - foto Clayton F. Lino
Apocynaceae - foto Clayton F. Lino
Página 14
Bromeliaceae - Clayton F. Lino
Páginas 14-15:
Rio Aguapeí - foto Base Aerofotogrametria e Projetos S.A
Página 22
Sem identificação - foto Clayton F. Lino
Páginas 22-23
Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba - foto Adriana Mattoso
Página 43
Paisagem sem identificação - foto Walter Dionísio (Chuvisco)
Página 44
Imantodes censhoa - foto Ricardo J. Sawaya
Páginas 44-45
Parque Estadual Turístico Vale do Ribeira - PETAR - foto Clayton F. Lino
Páginas 56-57
Caesalpinia echinata (Pau-brasil) - foto José Jorge Neto
Página 72
Chrysocyon brachyurus (Lobo-guará) - foto Rogério Cunha de Paula
Página 77
Rhea americana (Ema) - foto Angélica Sugieda
Página 82
Diploglossus fasciatus (Lagarta) - Ricardo J. Sawaya
Página 95
Harttia garavelloi - foto Cezar B. Nolasco
Página 99
Actinote quadra (Borboleta) - foto André Victor
Página 104
Tabebuia sp. (Ipê-amarelo) - foto Clayton F. Lino
Página 110
Dicranopteris flexuosa - foto Mateus B. Paciência
Página 122
Paisagem sem identificação - foto Leandro R. Tambosi
Página 130
Stereocycleops parkeri - foto Ricardo J. Sawaya
Páginas 130-131
Tronco com líquens - foto Marcelo Marcelli
Página 132
Hydnopolytorus fimbriatus - foto Marcos Sá
Página 140
Paisagem - foto Wanda Maldonado
Ouratea spectabilis (Batiputá) - foto João Baptista Baitello
Página 146
Leontopthecus caissara - (Mico-leão-da-cara-preta) - foto Alexandre Nascimento
Páginas 146-147
Ninho de pássaro e Lepidoptera Sphingidae - foto Clayton F. Lino
Páginas 151:
Cyatheaceae - foto Clayton F. Lino
Ficha catalográfica elaborada pela Seção
de Biblioteca do Instituto de Botânica
ISBN 978-85-7523-022-0