787-Texto Do Artigo-1819-1-10-20180618

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INOVAÇÃO COMO ESTRATÉGIA: ESTUDO DE CASO EM DUAS


INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR

INNOVATION AS STRATEGY: CASE STUDY IN TWO INSTITUTIONS OF


HIGHER EDUCATION

Theylanne de Sousa Brandão1


Henrique César Melo Ribeiro²

RESUMO

Sabendo da importância das instituições de ensino superior no desenvolvimento


econômico do meio em que estão inseridas, sendo elas públicas ou privadas, este
estudo surgiu a partir da curiosidade de conhecer como ocorre o envolvimento da
inovação como estratégia competitiva dentro dessas IES. A presente pesquisa
investigou a inovação como estratégia competitiva em instituições de ensino superior.
Foram investigadas duas organizações, somando oito entrevistados, por meio de um
estudo de caso múltiplo mediante entrevistas. Para a coleta dos dados as instituições
foram avaliadas individualmente e em seguida foi realizada uma verificação
comparativa dos casos. Constatou-se que a instituição privada tem uma preocupação
maior quando se trata de inovação e estratégia em relação a outra instituição
analisada, pois ela possui uma flexibilidade superior a pública que tem um sistema
mais burocratizado. Este artigo apresenta relevância tanto no plano empresarial
educacional quanto na geração de conhecimento acadêmico, tendo em vista que o
tema Inovação em Instituições de Ensino Superior ainda contém uma lacuna
considerável.

Palavras-Chave: Estratégia; Inovação; Instituições de Ensino Superior.

ABSTRACT

The importance of higher education institutions is known in the economic development


of the environment in which they are inserted, whether public or private, this study
arose from the curiosity of knowing how the involvement of innovation as a competitive
strategy within these institutions occurs. This study investigated innovation as a
competitive strategy in higher level education institutions. Two organizations were
investigated, including eight interviewees, through a multiple case study, with
interviews. For the analysis of the data, the institutions were individually analysedand
then was carried out acase’ comparative analysis. It was verified that the private

1 Graduada em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Piauí (UFPA) – Campus


Ministro Reis Velloso – Parnaíba-PI. E-mail: [email protected].
² Doutor em Administração pela Universidade Nove de Julho (Uninove-SP). Professor Adjunto da
Universidade Federal do Piauí (UFPI) – Campus Ministro Reis Velloso – Parnaíba-PI. E-mail:
[email protected].
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institution has a greater concern when it comes to innovation and strategy in relation
to the public institution, because it has greater flexibility than the public institution which
has a more bureaucratic system. This article is relevant both in the educational
business plan and in generation of academic knowledge, considering that Innovation
in Higher Education Institutions theme still has a considerable gap.

Keywords: Strategy; Innovation; Institutions of Higher Education.

1 INTRODUÇÃO

A inovação impulsiona a transformação de negócios e mercados, gerando


diferenciais competitivos e de desenvolvimento, ou seja, a economia nos dias atuais
está atrelada ao conhecimento, o que torna a inovação um dos fatores principais de
produção, sendo vista pelo governo brasileiro como uma importante estratégia de
competitividade nacional (SILVA PEREIRA et al., 2012). A inovação, de certa forma,
é uma estratégia organizacional e deve estar presente em todas as organizações,
incluindo as Instituições de Ensino Superior. (SILVA PEREIRA et al., 2015).
A estratégia deve preparar a empresa para o futuro, garantir que ela permaneça
gerando valor, consistindo em um marco fundamental pelo qual uma organização
permanece e se adapta em meio a transformação. O primeiro passo para se tomar
uma decisão estratégica é entender o comportamento da empresa, já que todas as
decisões são tomadas a partir dos seus valores e crenças (ANDRADE,2015;
CARVALHO, 2014).
Dentro desse conceito de estratégia vemos que uma de suas funções em uma
organização, seja ela qual segmento for, é obter vantagem competitiva, visando
aproveitar seus pontos fortes para explorar os pontos fracos do concorrente
(SHIRAISHI, 2009). A vantagem competitiva se encontra em um ambiente dinâmico,
aumentando o desafio das empresas, exigindo que elas definam, executem suas
estratégias e combinem seus recursos e capacidades (GRANT, 1991; PEREIRA et
al., 2017).
As Instituições de Ensino Superior são fontes de conhecimento, sendo este
transformado em inovação. Desse modo, para que uma organização possa sobreviver
ao mercado é de fundamental importância a qualificação dos indivíduos que fazem
parte dos agentes econômicos. Considerando a inovação como estratégia dentro do
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ambiente da própria IES pode-se constatar que está presente em seu


desenvolvimento científico e tecnológico (SILVA PEREIRA et al., 2015; MORAIS
PEREIRA et al.,2016).
Diante do que foi apresentado, este estudo se justifica pela necessidade de
investigar e comparar o uso da inovação como estratégia competitiva em Instituições
Ensino Superior, chegando à seguinte questão de pesquisa: Como ocorre o
envolvimento da inovação como estratégia competitiva nas Instituições de
Ensino Superior?
A fim de responder tal indagação, o presente artigo traz como objetivo geral:
investigar a inovação como estratégia competitiva nas Instituições de Ensino Superior.
E como objetivos específicos: (1) observar o que os gestores entendem por estratégia
na IES em que trabalham, (2) verificar o envolvimento da inovação como estratégia
no desempenho de uma IES, (3) conhecer as vantagens competitivas das IES
estudadas. A pesquisa é um estudo de caso, com caráter qualitativo realizado por
meio de entrevistas feitas com os gestores das instituições estudadas, sendo eles,
diretores, coordenadores, vice-diretora e coordenadora administrativa.
Segundo Cunha (2016), para analisar o desempenho de uma empresa deve-
se avaliar o quanto está ligada aos interesses de seus favorecidos. Com base nessa
afirmação, esta pesquisa contribui para o aperfeiçoamento do conhecimento da
inovação nas IES, buscando conhecer o envolvimento da inovação no âmbito
estratégico das instituições e colaborar para um maior conhecimento sobre inovação
como estratégia no ambiente organizacional.
O presente artigo está estruturado da seguinte forma: na introdução apresenta
o cenário da pesquisa, tem fundamentação teórica em que se baseia o estudo, a
metodologia usada para realizar a pesquisa, análise e discussão dos resultados e, por
fim, as considerações finais.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Esta sessão enfocará os assuntos: Estratégia, Inovação e Instituições de


Ensino Superior os quais darão fundamentação teórica e contribuirão na discussão
dos resultados.
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2.1 Estratégia

A palavra Estratégia utilizada pela Administração foi colocada em uso pelos


militares com o intuito de designar suas alternativas e manobras formuladas nos
combates para se sobressaírem sobre os inimigos de guerra (MINTZBERG et al.,
2006). Tanto o contexto militar quanto o administrativo utiliza os termos objetivo,
missão, pontos fortes e pontos fracos. O que diferencia a estratégia administrativa da
estratégia militar é o ambiente, a primeira ocorre em ambiente de competição e a
segunda no de conflito. As estratégias de uma pessoa são as táticas de outra, ou seja,
a estratégia depende de onde você está. (SHIRAISHI, 2009; OLIVEIRA et al., 2013).
Trata-se de um conjunto de tomadas de decisões que visa orientar o
comportamento da empresa, permite a coordenação das atividades, e na sua
ausência as pessoas podem seguir direções diferentes, provocando problemas à
organização. É um conjunto de compromissos e ações que servem para explorar
competências e adquirir vantagem competitiva. Utilizando da análise de ambientes
externos e aspectos internos, a estratégia prepara a empresa para o futuro e garante
que ela continue gerando valor aos seus stakeholders e enfrentando concorrentes.
(ANSOFF et al., 1993; MINTZBERG et al., 2010; CARVALHO, 2014).
A mudança de foco da estratégia do campo militar para o mundo dos negócios
ocorreu ao longo do tempo, no meio da competição entre nações e grupos sociais
durante a guerra. O desenvolvimento industrial e o crescimento do comércio mudaram
o foco de competição, o confronto por busca de território tornou-se conflito pela
procura de novos clientes. (MOTA, 2008). Vanin (2010), define estratégia competitiva
como um instrumento adotado pelos concorrentes, uma ferramenta dinâmica de um
processo seletivo e inovador. Com o propósito de ampliar a competitividade da
empresa levam em consideração os elementos: empresa, mercado e concorrente
(COLLA et al., 2015). As organizações sempre buscam desenvolver novos formatos
de acordo com a mudança do ambiente econômico a fim de se adaptar as suas
ameaças e oportunidades. (SCHARF et al., 2008).
Os estudos da estratégia demandam encontrar maneiras de nortear as
empresas no mercado em busca da vantagem competitiva, sendo assim, as
corporações precisam de ações estratégicas para ganhar competitividade. É preciso
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articular os ambientes internos e externos à empresa, priorizando o acesso ao


conhecimento, a fim de obter um resultado superior. (SCHNEIDER et al. 2009;
RECKZIEGEL et al., 2017). Os fatores diferenciadores de uma organização dão
origem a uma vantagem competitiva, isto é, o conjunto de atividades no qual o
desempenho seja melhor que os concorrentes. (MAÇÃES, 2017).
Alcançar vantagem competitiva em um ambiente dinâmico representa um
grande desafio, por isso deve haver uma definição clara de seus recursos e
capacidades. Dessa maneira, necessita-se programar uma estratégia que agregue
valor e gere benefícios para uma empresa, sem que outra concorrente faça o mesmo
(PEREIRA et al., 2017; PESSOA,2009). Segundo Alves (2016), inovação e vantagem
competitiva estão inter-relacionadas, as empresas criam vantagem competitiva por
meio de inovações que pode ocorrer em qualquer atividade criadora de valor da
organização.

2.2 Inovação

A palavra inovação tem origem latina vinda das expressões “in” (em) e “novus”
(novo, recente) e de início significava criar algo, porém a expressão passou a ter uma
definição que vai além da criação, o de explorar novas ideias. É uma abordagem que
permite ao indivíduo, a equipe ou a entidade conseguir mudar a realidade da
organização por meio de uma ação, envolvendo todo um processo organizacional e
cultural da empresa, mantendo todas essas particularidades existentes em cada
instituição. (HERRERO FILHO, 2012; BESSANT et al., 2009; CARVALHO DIAS,
2016; KELM, 2014).
A partir de 1980, surge o terceiro período de desenvolvimento econômico em
que o conhecimento passa a ser valorizado como fator de produção e sendo um
elemento necessário para essa nova técnica. Inovação vem das descobertas e
conhecimentos transformados em atividades lucrativas, sendo responsável pela
eficiência e eficácia na produção de bens e serviços. (SILVA PEREIRA 2012;
SCHUMPETER, 1982).
A inovação faz uma enorme diferença para empresas de todos os tipos e
tamanhos. Se uma organização não mudar os bens e serviços que oferecem e o modo
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como cria e oferta os mesmos, ela corre o risco de ser superada por outras que o
façam (BESSANT et al., 2009). Trata-se de um processo de destruição criativa, que
se utiliza de novas combinações e associações de rotina por meio da experimentação,
sempre que surge um conhecimento que possa gerar lucro o mesmo é transformado
em inovação. (KELM, 2012; SILVA PEREIRA et al., 2012).
Essa estratégia inovadora é considerada um dos principais instrumentos
usados pelas empresas para que possa atingir seu objetivo e satisfazer seus clientes,
é a tática chave que leva à vantagem competitiva, pois a todo o momento as
organizações são desafiadas a conseguir novas formas de atender as necessidades
e mudanças do mercado. (DRUCKER, 2003; SILVA PEREIRA et al., 2012). É o
principal desafio competitivo na atualidade e continuará sendo no futuro. A
preocupação com a inovação ganha relevância na mesma proporção que cresce as
pressões da competitividade na economia globalizada. (MAZARO, 2017).
As organizações vêm sendo desafiadas a sempre conseguirem atender o que
exige o mercado para que possam obter lucro e esse é o motivo pelo qual estão
sempre inovando. A empresa é o principal agente de inovação no mercado, as IES e
centros de pesquisa são os principais geradores da ciência (SILVA PEREIRA et al.,
2012). O impacto das Instituições de Ensino Superior no mercado é bem intenso,
sendo peça fundamental da inovação baseada no conhecimento, se encaixando no
que se pode chamar de universidade empreendedora. (MORAIS PEREIRA et al.,
2016).

2.3 Instituições de Ensino Superior

Os primeiros países que adotaram o modelo universitário foram Itália (a


universidade de Bolonha considerada a mais antiga das IES), França e Inglaterra. Isso
levando em consideração o modelo de Charles e Verger (1996), que define
universidade como uma comunidade autônoma de mestres e alunos reunidos para
assegurar a qualidade de disciplinas em nível superior (AMORIM, 2010). Já no Brasil,
alguns autores defendem a ideia de que a educação superior chegou por meio do
movimento de fundação dos colégios jesuítas e de outras ordens religiosas. Em 1808
foram implantadas na Bahia e no Rio de Janeiro as escolas médico-cirúrgicas, as
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primeiras sementes do Ensino Superior no país através do ato assinado de D. João.


(RIZZO, 2009; MOURA, 2009).
Drucker em 1998 já havia dito que nos próximos 50 anos escolas e
universidades sofreriam mudanças cada vez mais frequentes para acompanhar as
novas tecnologias que estão a serviço da educação, logo são as demandas da
sociedade que transformam o aprendizado num processo longo e contínuo. A imagem
e a qualidade de uma IES perante a sociedade são medidas pelo desempenho do
aluno no mercado de trabalho, acompanhamento dos profissionais para aprimorar
seus cursos, serviços e a organização como um todo, gerando novos conhecimentos
e aperfeiçoar os existentes, (MAINARDES et al., 2009 MIRANDA DE OLIVEIRA, et
al., 2015).
A organização administrativa de ensino superior classifica as instituições de
acordo com a natureza jurídica de suas mantenedoras. As públicas são criadas por
um Projeto de Lei de iniciativa do Poder Executivo aprovado pelo Legislativo sendo
elas Federais, Estaduais ou Municipais. As IES Privadas são criadas por
credenciamento junto ao Ministério da Educação visando o lucro como em qualquer
outra empresa. (COLENCI JR. et al., 2004; AMORIM 2010).
A Instituição de Ensino Superior representa um papel fundamental na
competitividade e na sustentabilidade do crescimento econômico de uma sociedade,
isso significa que em um mundo em constante transformação os profissionais devem
permanecer em contínuo aperfeiçoamento e capacitação, levando a uma
competitividade entre elas mesmas. Pois quando se trata de um conjunto de empresas
do mesmo segmento elas constituem um grupo estratégico competitivo. (MARTINS
et. al., 2013; MAINARDES et al., 2010; MAINARDES et al., 2009).
Essa competitividade força as IES a elaborarem estratégias inovadoras a fim
de obter, conquistar e manter seus clientes (alunos) e assegurar sua participação no
mercado (MAINARDES, 2009). Para garantir uma gestão eficiente a Instituições de
Ensino Superior deve ter independência acadêmica, levar em consideração alguns
valores, seja por meio da criação de custo para seus alunos, funcionários e a própria
sociedade exercitando a construção de seus cenários de atuação e organizacionais
seguindo dois caminhos: um orientado pelo mercado, a qual as IES são obrigadas a
aderir novos desenhos organizacionais em função das ameaças da competitividade e
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o outro marcado pelas necessidades da sociedade, voltado para a provisão de


conhecimento. (DIAS et al.,2016; OLIVEIRA, 1974; RIZZO, 2009).

3 METODOLOGIA

Esta pesquisa busca responder a seguinte questão: Como ocorre o


envolvimento da inovação como estratégia competitiva nas Instituições de Ensino
Superior? Contribui para um maior conhecimento da inovação como estratégia dentro
de uma instituição pública e uma instituição privada, procurando conhecer a diferença
entre as visões dos gestores sobre o assunto, compreender a atuação da inovação
no âmbito estratégico das instituições e colaborar para um melhor desempenho
organizacional, justificando a pesquisa qualitativa usada neste estudo.
Foi utilizado o método de pesquisa bibliográfica, dando ênfase nos temas
constructos relacionados a este trabalho (estratégia, inovação e instituições de ensino
superior), utilizando autores importantes que dominam os temas em questão.
Portanto, foi usado o método de pesquisa qualitativa, por meio de entrevistas, com a
finalidade de descrever resultados mantendo o foco na captação do significado que
os participantes atribuem ao problema ou a questão de estudo, representando um
modo legítimo de explorar as situações, possibilitando aos leitores uma linguagem
menos técnica e mais detalhada. (CRESWELL, 2014).
A pesquisa de caráter exploratório e descritivo utilizou o modelo de entrevista
semiestruturada como ferramenta de coleta de dados, proporcionando aos
entrevistados a possibilidade de se colocarem na pesquisa e expor suas opiniões, o
que tornou possível a coleta de várias informações sobre a temática em questão,
proporcionando maior amplitude as respostas. As entrevistas foram realizadas com
os gestores das instituições, permitindo assim uma análise mais aperfeiçoada,
coletando informações de como os dirigentes percebem a realidade da inovação como
estratégia competitiva na instituição de ensinos superior.
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3.1 Amostra da pesquisa

A escolha da amostra das instituições de ensino superior deu-se através de


conveniência e oportunidades (MELO RIBEIRO et al., 2017), sendo escolhidas duas
organizações, uma pública e outra privada, totalizando dois estudos de caso. O
número limitado, porém, intencional de amostras não servem para generalizar os
dados e análises da pesquisa às demais instituições de ensino de superior não
inclusas neste estudo.

3.2 Sujeitos da Pesquisa

As entrevistas foram realizadas com os gestores das duas instituições que


possuem conhecimento sobre o tema, constituindo dessa forma um estudo de caso
múltiplo. As informações obtidas na entrevista serão de extrema relevância para o
estudo, pois através delas será realizada a análise dos dados. Foram entrevistados
oito dirigentes, e para realização das entrevistas utilizou-se termos de autorização, um
assinado pelo professor orientador da pesquisa e outro pelo entrevistado. Apesar de
não terem exigido anonimato, optou-se por manter a preservação da identidade das
entidades e seus respectivos entrevistados.

Quadro 1: Gestores entrevistados


Nome Função

E1 (entrevistado 1) Coordenador de Ciências Contábeis

E2 (entrevistado 2) Coordenador de Administração

E3 (entrevistado 3) Diretor

E4(entrevistado 4) Vice-diretora

E5 (entrevistado 5) Coordenadora de Administração

E6 (entrevistado 6) Diretora

E7 (entrevistado 7) Coordenadora de Ciências Contábeis

E8 (entrevistado 8) Coordenadora Administrativa

Fonte: Elaborado pelos autores


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3.3 Método de pesquisa e análise dos dados

Foi utilizado como método de pesquisa o estudo de caso, que se trata de um


tipo de análise qualitativa realizada por meio de uma pesquisa social empírica ao
investigar um fenômeno atual dentro de um contexto da vida real quando a fronteira
entre o fenômeno e o contexto não é claramente evidente, onde múltiplas fontes de
evidências são utilizadas envolvendo uma análise intensiva de um número pequeno
de informações. (YIN, 2015; CAMPOMAR, 1991).
Não é uma técnica especifica, é um meio de organizar dados sociais
preservando o caráter unitário do objeto social estudado (BRESSAN, 2000). Esse
método é de caráter exploratório sendo que não há fronteiras nítidas (YIN, 2015), o
que permitiu uma análise mais profunda e detalhada dos fatos. Como foram realizados
os estudos de dois casos pode-se considerar o método um estudo de caso múltiplo.
A análise ocorreu por meio da descrição dos dados obtidos, cada caso foi
estudado individualmente de acordo com os objetivos específicos. As análises
individuais procuraram descrever com cuidado os achados de cada objetivo a fim de
manter um texto claro. Na última sessão, da análise e discussão dos resultados, foi
realizada uma apreciação comparativa dos dois casos com a finalidade de conhecer
as diferenças e semelhanças entre as duas instituições.

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Esta sessão está dividida em três tópicos, sendo eles: o envolvimento da


inovação no desempenho organizacional das IES, as estratégias competitivas de cada
IES, o uso da inovação como estratégia competitiva em cada IES.

4.1 Pública

A presente seção apresenta os dados obtidos em uma Instituição de Ensino


Superior Pública (criada, mantida e administrada pelo Poder Público), está subdividida
em: inovação como estratégia, vantagens competitivas, uso da estratégia na IES
(COLENCI JR. et al., 2004). O texto intercala afirmações dos autores citados no
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referencial teórico com a visão de cada entrevistado sobre o assunto debatido e a


Instituição de Ensino Superior na qual trabalham.

4.1.1 Estratégia na visão dos gestores

“Toda organização tem um objetivo central ou é conseguir aumentar sua


participação de mercado, no nosso caso de instituição pública de ensino é
ofertar um ensino de qualidade. Então, tanto na empresa privada quanto na
pública a estratégia possibilita que as empresas consigam chegar aos seus
objetivos, ou seja, é um caminho mais rápido para alcançar esses objetivos,
quando isso não ocorre e não é bem internalizado ou quando isso não é uma
estratégia as coisas tendem a ser difíceis.” (E2)

A estratégia dentro de uma instituição superior consiste em garantir que sua


missão seja cumprida, estando sempre atenta ao mercado que a desafia, atender
suas necessidades e acompanhar as mudanças. Gerir uma IES é uma tarefa cada
vez mais complexa e em muitos casos os gestores não estão preparados para
administrar quando assumem o cargo e o aprendem na prática. (DIAS et al., 2016;
SILVA PEREIRA et al., 2012, MAINARDES et al., 2011).

“Esse é meu temor, a gente não vê a preocupação das instituições como um


todo, somente algumas tem essa preocupação. Nós temos 63 universidades
federais, eu vejo algumas que já tem essa preocupação de imaginar o aluno
no mercado, se pegarmos o ranking das universidades federais um dos itens
que mais pesa na avaliação é inserção do aluno no mercado, são seis itens
e tem instituições que possuem um índice baixíssimo nessa nota. [...]” (E3)

O fato de o mercado educacional está cada vez mais competitivo torna


necessário que as IES se mostrem capazes de adotar estratégias competitivas,
principalmente, oferecer uma educação de qualidade é fundamental para a
sobrevivência da sua própria sobrevivência. (KELM, et al., 2014; MAINARDES, et al.,
2009).
É dever dos gestores definir a cadeia de valor do segmento em que atua a fim
de proporcionar à organização a visão sobre os elementos a serem gerenciados,
garantindo uma boa atuação no mercado satisfazendo as vontades dos clientes, pois
o ser humano é feito de necessidades básicas e de acordo com que elas são
satisfeitas, surgem novos desejos intermediários até chegar nos mais elevados.
(KELM et al., 2014, SILVA PEREIRA et al., 2012).
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Analisando as percepções do coordenador do curso de Administração e do


diretor da instituição, respectivamente, e levando em consideração que uma IES
pública segue um modelo de gestão mais burocratizado (MAINARDES, et al., 2011),
o processo para a implantação da estratégia ainda está em fase de amadurecimento.
Existe uma preocupação em gerar docentes e discentes dotados com as qualificações
necessárias para exercer um desempenho eficaz na sociedade (OLIVEIRA, 1974).

4.1.2 Inovação como Estratégia

“Acho que a instituição é muito inovadora a respeito da assistência estudantil,


somos uma das instituições que tem tentado inovar inclusive na parte
tecnológica com relação a criação de alguns sistemas para melhorar a vida
dos estudantes, e eu acredito que as próprias políticas implementadas pela
assistência estudantil já é uma inovação com relação as demais instituições.
O que fazemos de diferente para assistência estudantil ao se diferenciar das
outras isso não deixa de ser uma inovação.” (E3)

As IES estão se tornando cada vez mais flexíveis. Com a finalidade de manter
sua imagem perante a sociedade investem em inovação para suprir as exigências do
cliente e manter seu lugar no mercado está sempre gerando conhecimento e
introduzindo valores à sociedade (OLIVEIRA, et al., 2016, MAINARDES et al., 2009;
SILVA PEREIRA et. al, 2012).

“Com relação ao envolvimento da inovação, isso falta à instituição trabalhar,


faltam os cursos trabalharem isso com seus alunos, estamos em um viés
ainda de formar mão-de-obra para o mercado e isso tem suas limitações,
porque o mercado não é mais o mesmo, antigamente se tinha indústrias e o
aluno se formava e ia para uma indústria ou para um comércio, hoje é
diferente quando você entre no mercado hoje tem todo um viés tecnológico,
uma estratégia que a universidade tem que refazer é colocar dentro do seu
“tripé” (ensino, pesquisa e extensão) a criação de uma política institucional
de inovação e empreendedorismo, esses dois seriam uma boa estratégia
para a universidade colocar dentro das suas políticas o que já seria um início”.
(E3).

Apesar de as universidades públicas apresentarem índices mais elevados em


questão de qualidade de ensino e pesquisa, sendo grandes matrizes do conhecimento
da sociedade brasileira e responsáveis por 90% da produção científica (VIEIRA et al.,
2006), com o crescimento das instituições vem a exigência de colocar bons
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profissionais na gestão da IES e saber trabalhar com a inovação tanto nas áreas
tecnológicas quanto organizacionais. (MAINARDES et al., 2011).
De acordo com o diretor da instituição, o processo de inovação ainda tem muito
a ser trabalhado como, por exemplo, sempre renovar seus projetos pedagógicos,
utilizar novas tecnologias e metodologias para o avanço do conhecimento (OLIVEIRA
et al., 2016). Apesar de ser uma instituição pública o que já a coloca automaticamente
em vantagem no meio competitivo, ainda existe a preocupação de gerar profissionais
aptos para o mercado e suas mudanças.

4.1.3 Vantagem Competitiva

“Temos como vantagens a história da instituição que é bem grande, a


qualificação dos professores, a experiência de muitos que já atuaram no
mercado dentro da cidade e fora dela. Além da qualificação em termos de
mestrado e doutorado, ainda existe o fato de atuarem no mercado de
trabalho. Esse é o grande diferencial, é estar vendo o que está acontecendo
no mundo, fora dos muros da universidade, saber o que está acontecendo
torna e deixa mais fácil elaborar estratégias para que os alunos ao saírem
dos cursos tenham realmente uma gama de informações e possam estar
preparados para que a partir disso possa encarar o mercado competitivo”.
(E1)

Empresas que atuam no mesmo segmento, como é o caso das IES, devem
estabelecer métodos capazes de alcançar os objetivos e obter vantagem competitiva,
combinando estratégias, aprendizagem e formação de capacidades tanto para
docentes quanto para discentes (MAINARDES et al., 2009, SILVA et al., 2017;
SHIRAISHI, 2009).

“A nossa cidade há doze anos era uma cidade completamente interiorana,


pequena com pouco desenvolvimento, então, a chegada das universidades
força a cidade crescer, claro que tem a possibilidade de a cidade inchar sem
desenvolvimento o que é uma preocupação e isso está associado às políticas
públicas que tem que ser feitas pelas instituições e entidades públicas, então,
esse é o impacto principal da instituição.” (E3)

O termo vantagem competitiva é usado para descrever os recursos de uma


organização a fim de permitir que a mesma supere seus concorrentes. A empresa
pode obter vantagem competitiva atuando em um só segmento, como é o caso das
IES ao oferecer apenas o que o cliente deseja (SHIRAISHI, 2009; PEREIRA et al.,
92

2017). No modelo clássico de estratégia esse tipo de ganho é obtido da combinação


de fatores externos e internos (oportunidades e forças contra ameaças e fraquezas),
além da adaptação de uma organização ao seu ambiente externo (MAINARDES et
al., 2009).
Vê-se diante das afirmações do diretor e do coordenador de Ciências
Contábeis que as maiores vantagens competitivas apresentadas pela instituição, são:
a história que ela possui e o fato de ser uma instituição pública localizada em um lugar
específico e proposital (AMORIM, 2010), rodeado por pequenos municípios atraindo
estudantes de toda a região influenciando assim na economia local.

4.2 IES Privada

A presente seção apresenta os dados obtidos na IES Privada apresentado


pelos tópicos: inovação como estratégia, vantagem competitiva, uso da estratégia na
IES. O texto intercala afirmações dos autores citados no referencial teórico com a
visão de cada entrevistado sobre o assunto debatido e a IES na qual trabalham.

4.2.1 Estratégia na visão dos gestores

“A estratégia é o melhor caminho para chegar aos objetivos porque identifica


a vulnerabilidade dos concorrentes e quando você tem uma boa estratégia
você segue um caminho para alcançar o objetivo traçado que é aumentar o
número de clientes na organização.” (E5).

O mercado estimula os desejos das pessoas quando oferece novidades,


variedades em seus produtos ou serviços; as IES como qualquer outra organização
segue esse mercado (SCHARF et al., 2008). A estratégia dita o caminho rumo aos
objetivos sendo a melhor maneira para alcançá-los, as organizações se encontram
em um ambiente em que o desempenho e os resultados adquiridos são extremamente
valorizados (SILVA et al., 2017).

“O Planejamento Estratégico é um mapa, se você não tem um mapa que vai


dizer que condição você vai ter, por exemplo, tem que ter uma meta e a
estratégia vai levar a essa meta. Se eu tenho uma meta de crescimento de
me tornar a número um do mercado, tenho que ter estratégia para chegar a
ser a número um. Então uma empresa que não tem estratégias não chega a
lugar algum.” (E6)
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Quando falamos em estratégias para Instituições de Ensino Superior é


importante ressaltar que o mercado vem sofrendo mudanças, portanto exige novas
decisões a respeito dos pontos de sustentação da empresa no mercado. Para ter um
melhor resultado é necessário um conhecimento de todas as variáveis que possam
vir a interferir no resultado de implantação das estratégias (RIZZO, 2009). A
formulação deve se basear na combinação que utilize de maneira mais eficiente os
recursos da empresa e os acumule para melhorar o desempenho. (MAINARDES et
al., 2009).
Pelo que se pôde observar sobre as afirmações da coordenadora da diretora
da instituição, existe uma preocupação das academias para com os seus clientes
(alunos) em estabelecer estratégias e sempre oferecer o melhor serviço, pois para a
instituição privada é mais difícil garantir seu espaço no mercado que uma instituição
pública. As IES privadas estão ocupando diversas regiões sendo de grande
importância no oferecimento da educação superior no país. (AMORIM, 2009; RIZZO,
2009).

4.2.2 Inovação como Estratégia

“Segundo os estudiosos é algo que traz resultado econômico para a empresa,


não adianta fazer algo novo que não traga a resposta de uma receita ou que
não traga um resultado financeiro. No entanto, eu penso um pouco diferente,
eu acho que inovação é tudo que melhora um processo, que está atrelado a
novas tecnologias e a novas formas de fazer o processo interno dentro de
uma empresa, quando você, por exemplo, muda a estrutura organizacional
você está inovando para que ela se torne mais ágil ou está estirando a
estrutura para que torne a resposta mais rápida para o cliente. Então qualquer
mudança que de alguma forma vá afetar a empresa para trazer um resultado
novo pode ser considerado uma inovação.” (E6)

Inovação é um processo baseado nos conhecimentos científico e tecnológico


que tem como base os elementos: conhecimento, informação e criatividade. Esse tipo
de estratégia não se detém apenas na abertura de novos mercados, ou melhor,
estabelece novas formas de servir a mercados já existentes. Ela tem o poder de
estabelecer relações, detectar oportunidades e tirar proveito disso (BESSANT et al.,
2008; BESSANT et al., 2015). É considerada fonte de produção de valor social aos
povos, regiões e mercados, além de gerar riqueza às indústrias do mesmo modo que
94

a inovação é vista como o conhecimento capaz de produzir lucro. (SILVA PEREIRA


et al., 2015; SILVA PEREIRA et al., 2012).

“A nossa instituição tem um braço muito grande na parte tecnológica, ela


investe muito nessa área tanto para os colaboradores quanto para os alunos.
Para os colaboradores temos os melhores e mais modernos softwares para
fazer a mensuração de dados ou fazer um estoque perfeito. No entanto,
inovação vai além da tecnologia, ela está no simples fato de você dá uma
aula diferente, o diferencial está numa ação social, em fazer diferente no teu
plano de ensino, na questão da tecnologia, do avanço e da melhoria,
tecnologia que a gente fala é, por exemplo, um computador, uma televisão,
um data show, um laboratório de ponta, é saber se reinventar.” (E8).

Carvalho (2014), afirma que para uma empresa ser considerada inovadora
precisa combinar fontes internas (programa de melhoria de qualidade, treinamento
operacional e aprendizado organizacional) e fontes externas de inovação (aquisição
de informações, licenças de fabricação e aquisição de novas tecnologias). Acredita-
se que inovação é a responsável pela produção de bens e serviços que atendem as
necessidades da população, considerando o fato de que economia e conhecimento
estão ligados, o que torna essa estratégia um dos principais fatores no
desenvolvimento econômico. (SILVA PEREIRA et al., 2012).
Nesse contexto, pode-se entender nas informações divulgadas pela
coordenadora administrativa e pela diretora que quanto ao envolvimento da inovação
como estratégia competitiva na organização que inovar vai além de criar novas ideias,
é o envolvimento de todo um processo organizacional da empresa (KELM et al., 2014),
tanto na área tecnológica quanto organizacional.

4.2.3 Vantagem Competitiva

“O mundo inteiro está em movimento então se eu estou em 2017 e tenho os


mesmos projetos e as mesmas estratégias, está claro que não alcançarei
meus concorrentes. Se você quer ser conservador, você tem que ser até certo
limite porque não é possível com a mesma estratégia de 1950 atrair o aluno
de 2014, da mesma forma de 2017 a 2050, então a gente tem que ir se
moldando e isso serve para todas as empresas”. (E8).

Quase todas as organizações estão de certa forma envolvidas em algum tipo


de competição. Estratégias competitivas são ações ofensivas e defensivas que uma
95

empresa cria para designar e manter seu lugar no mercado, senão for por clientes,
são por recursos escassos (MAINARDES et al., 2009; PORTER, 1997). Poter (1980)
acredita que existem duas maneiras de crias vantagem competitiva: ativos
acumulados pela empresa consequência do seu relacionamento com o ambiente
externo e conjunto de escolha dos dirigentes.

“O mercado traz muita concorrência, antigamente existiam poucas empresas,


ou seja, tínhamos pouca escolha, hoje existe um universo de competidores
no mercado, essa competição torna acirrada a necessidade de se manter no
mercado e para se manter no mercado você tem que se atrelar aos processos
internos na inovação, então a busca de um produto novo, a inovação através
da forma de uma oferta de serviço diferenciado, isso tudo é inovação”. (E6).

Uma instituição privada tem duas preocupações, o de gerar ensino de


qualidade e competir no mercado enquanto empresa (RIZZO, 2009). O mercado é
como uma arena competitiva e sobreviver é difícil até para as grandes organizações
já estabelecidas no meio há certo tempo, é a partir disso que a estratégia entra para
direcionar essas organizações rumo à vantagem competitiva. (SCHARF et al., 2008;
SCHNEIDER et al., 2009).
Diante das afirmações citadas acima se percebe claramente a visão que os
gestores de uma IES privada possuem. Eles a enxergam como qualquer outra com
fins lucrativos se baseando na qualidade dos serviços, preços e busca por lucro,
voltando sua gestão para a vantagem competitiva, procurando sobreviver em um
mercado de concorrência hostil. (RIZZO, 2009; MAINARDES, 2009).

4.3 Análise dos casos

Nesta parte do trabalho contempla-se a análise dos casos, mediante a síntese


das opiniões dos gestores entrevistados e suas respectivas instituições. Para auxiliar
na análise foi criado um quadro para evidenciar a opinião dos gestores sobre a
questão: Como ocorre o envolvimento da inovação como estratégia competitiva nas
instituições de ensino superior?
96

Quadro 2: Envolvimento da inovação como estratégia competitiva nas


instituições de ensino superior.

Envolvimento da inovação como estratégia competitiva nas


Nome instituições de ensino superior
E1 (pública) “Ocorre nos laboratórios, ocorre na perspectiva de usar ferramentas que
auxiliam na sala de aula como o próprio sistema que é utilizado por nós
de estar passando informações das aulas. [...]”.
E2 (pública) “Na verdade, não ocorre ou pelo menos a gente não percebe que a
inovação é usada como um elemento de estratégia [...]”.
E3 (pública) “Isso falta a instituição trabalhar, os cursos trabalharem isso com seus
alunos, nós estamos em um viés ainda de formar mão-de-obra para o
mercado e isso tem suas limitações porque o mercado não é mais o
mesmo. [...]”.
E4 (pública) “O que nós temos são dados que mostram como está sendo feito o ensino
de uma forma geral e uma vez analisados esses dados em uma
determinada área se observa que está defasada ou não está sendo bem
realizada [...]”.
E5 (privada) “É porque a estratégia identifica a vulnerabilidade dos concorrentes e
quando você tem uma boa estratégia você segue um caminho para
alcançar o objetivo traçado, que é aumentar o número de clientes na
organização.”
E6 (privada) “Hoje nós estamos trabalhando com a intranet e cada vez mais nós
vemos os rituais de gestão, para mim que sou diretora da unidade exige
mais conhecimento e performance. [...]”.
E7 (privada) “Os serviços que oferecemos que está bem acima do mercado, que de
todas as unidades a nossa está em 4º lugar, o que é uma coisa boa e eu
vejo como diferencial para a gente e eu vejo que essa inovação não
somente na tecnologia e sim nos profissionais que estão buscando
inovar.”
“A ação social da instituição é muito boa, eu vejo sempre isso como
E8 (privada) inovação que é uma coisa bem vista, porque a gente mora em um país
com muita desigualdade, então todo e qualquer anseio e ajuda que há na
parte social é bem-vinda; acho que essa é uma inovação muito viável.
[...]”.
Fonte: Elaborado pelos autores

Levando em consideração o Quadro 2, se tratando de instituições de ensino


superior temos sobre a questão envolvimento da inovação como estratégia
competitiva nas instituições de ensino superior que: das duas instituições apenas na
IES privada todos concordaram que ocorre o envolvimento da inovação como
estratégia competitiva na organização.
Na instituição pública o processo é mais lento e burocrático o que atrapalha no
método de inovação, levando em consideração que instituições privadas possuem
maior flexibilidade para inovar e investir em novas estratégias. Vê-se claramente que
os entrevistados da entidade pública não estão totalmente satisfeitos com a situação
da instituição no que diz respeito à inovação e estratégia. Mesmo com alguns
97

empecilhos a IES está buscando crescer e se desenvolver para manter a qualidade


do ensino e o seu nome na região.
Uma instituição pública já possui a vantagem competitiva de oferecer um ensino
gratuito de qualidade, possui uma demanda natural que a deixa a frente das demais,
pois tem programas de pesquisa e extensão e um corpo docente renomado com os
melhores profissionais das áreas, o que não significa que deva levar em consideração
somente essa vantagem. Segundo o que foi notado na pesquisa, apenas metade dos
entrevistados considera a instituição inovadora, a outra metade deixou claro que
inovação ainda tem muito a ser trabalhada.
A instituição privada considera inovação uma das suas principais estratégias,
aperfeiçoando sempre seu sistema de informação, suas tecnologias e metodologias.
Preza ininterruptamente pelo bem-estar dos seus funcionários e alunos, para isso
precisa gerar novas táticas e inovar em seus serviços. Oferecer uma educação de
qualidade é sua prioridade, tanto que todos os entrevistados consideram a instituição
inovadora e diante disso está se desenvolvendo e deixando seu nome no mercado
local. A variedade de cursos e o fato de ser uma filial de uma rede de IES já
reconhecida no mercado lhe proporcionam maiores vantagens competitivas.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo deste trabalho foi investigar a inovação como estratégia competitiva


nas instituições de ensino superior. Portanto, foi realizada uma análise qualitativa por
meio de um estudo de caso múltiplo realizado em duas instituições de ensino superior,
abrangendo um total de oito entrevistas.
Observou-se que o uso da inovação como estratégia competitiva tem um
envolvimento distinto entre as instituições estudadas, ressaltando que em ambas
existe uma preocupação e um cuidado no processo administrativo como um todo em
termos de inovação tecnológica e organizacional, levando em consideração o contexto
brasileiro cada IES atua de forma diferente no processo de inovação (MORAIS
PEREIRA et al., 2016).
Observou-se que os gestores possuem amplo conhecimento sobre a estratégia
e sua importância em uma organização. Destacaram como ela atua dentro das
98

instituições, em quais pontos está presente e onde deveria intensificar sua atuação.
Na IES Pública seus dirigentes deixam claro que ainda há muito a ser trabalhado em
relação ao seu planejamento estratégico, apesar de ter se desenvolvido bastante nos
últimos anos. Os dirigentes da instituição privada explicaram que sempre
desenvolvem estratégias para manter seu lugar no mercado e oferecer os melhores
serviços em termos de educação.
Foi possível conhecer que a inovação tem forte presença em ambas as
instituições. A instituição pública tem trabalhado bastante no aperfeiçoamento das
áreas de pesquisa e extensão que é seu grande trunfo em relação as demais
instituições. A privada investe no aperfeiçoamento de seus sistemas de informação e
tecnologias para garantir um bom funcionamento da IES e manter a qualidade do
ensino.
Ambas possuem boas vantagens competitivas. A pública além de oferecer
ensino gratuito e boa reputação pelo grau de dificuldade de suas aprovações, possui
ensino de qualidade e um ótimo programa de ensino, pesquisa e extensão o que a
deixa à frente das demais. A instituição privada já possui um nome no mercado
nacional e local, ofertando uma determinada variedade de cursos na região.
Os resultados do estudo contribuem para entender como ocorre o processo de
inovação em instituições públicas e privadas, sendo um dos instrumentos essenciais
para a empresa atingir seu objetivo de satisfação dos clientes (DRUCKER, 2003),
servindo para pesquisas de fins acadêmicos, científicos e sociais, ampliando, assim,
o conhecimento sobre as entidades estudadas e proporcionando aos próprios
gestores uma reflexão sobre o desempenho da sua organização no mercado
competitivo.
Contribuiu também para observar de forma mais detalhada o conhecimento e a
visão que os dirigentes possuem sobre estratégia e como a utilizam em seu dia a dia,
quais vantagens competitivas criam, possuem e pensam que possam vir a serem suas
vantagens competitivas futuras. É também uma forma não só dos próprios gestores,
como os seus demais colaboradores, alunos e a própria sociedade conhecerem essa
parte da cultura organizacional de uma instituição de ensino superior. Como ocorre
seu funcionamento, visão e contribuições para com a sociedade e o meio em que
estão inseridas.
99

Pode-se ressaltar que as considerações, contribuições e conclusões


evidenciadas neste estudo não possuem a intenção de encerrar o assunto, pois ainda
há muito o que ser debatido. Tem-se como objetivo continuar esse assunto de forma
sistêmica e estruturada, visando aumentar o número de IES estudadas com um maior
número de entrevistados e expandir o estudo para mais de uma região fazendo uma
pesquisa qualitativa tema.
A investigação se limitou apenas a duas instituições, sendo elas uma pública e
outra privada, as entrevistas foram realizadas apenas com os gestores das IES, os
cursos de Administração e Ciências Contábeis devido às demais instituições da
cidade não possuírem esses mesmos cursos, impedindo assim a análise comparativa
deste estudo. Por se tratar de uma pesquisa qualitativa a pesquisa limitou-se apenas
em entrevistas com os níveis estratégicos e táticos das entidades para se obter
respostas mais detalhadas e uma visão mais ampla sobre o assunto.
Para pesquisas futuras pode-se evidenciar um alargamento das entrevistas e
das amostras de dados como uma maior variedade de instituições, como escolas
particulares com ensino médio e técnico integrado e institutos federais, incluindo os
demais colaboradores e até mesmo os próprios alunos. É sugerido também expandir
o campo de pesquisa para outras regiões, fazendo uma pesquisa a nível regional,
contribuindo para uma difusão, disseminação, socialização e maturação do tema
inovação, estratégia e instituições de ensino superior na estrutura intelectual da
literatura acadêmica nacional e internacional. É recomendável fazer um estudo
quantitativo para se obter amostras maiores e precisas.

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