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Reino Fungi
Prof.ª Júlia Ismerim
Fungos: diversidade ● Atualmente representados por mais de 100 mil espécies, mas a cada ano são descritas mais de 4 mil espécies, estimando-se que a real diversidade do Reino ultrapasse 5 milhões de espécies. ● Segundo grupo mais diverso, atrás apenas dos insetos. Reino Fungi ● Eucarióticos ● Heterotróficos ● Nutrição absortiva ● Reserva energética de glicogênio Reino Fungi ● A estrutura somática pode ser leveduriforme ou filamentosa e haplóide ou dicariótica na maior parte do seu ciclo de vida. ● Os filamentos são chamados de hifas e possuem por paredes celulares de quitina. ● Reprodução sexuada e assexuada, principalmente por esporos. Fungos nos ecossistemas ● São decompositores primários de matéria orgânica e responsáveis pela reciclagem de nutrientes. São os responsáveis pela decomposição da lignina. ● Além das espécies saprobiontes, que decompõe matéria orgânica morta, há os fungos simbiontes, que ao se relacionar com outros organismos (por mutualismo, parasitismo, etc.), também exercem um papel de importante para a manutenção dos ecossistemas. ● Os tipos de relações entre os fungos e outros organismos são muito diversos. Alguns fungos são de suma importância na natureza, pois formam associações mutualísticas do tipo micorriza (com raízes). Líquens
Líquens são associações simbióticas entre fungos e algas.
Micorrizas
Micorrizas são associações mutualísticas entre fungos e raízes de
plantas/árvores. Fungos e insetos Fungos endofíticos Fungos endofíticos desenvolvem-se no interior das plantas durante todo ou pelo menos uma parte do seu ciclo de vida, sem causar danos aparentes. Eles pertencem principalmente aos filos Ascomycota e Basidiomycota e distribuem-se por diferentes órgãos e tecidos do hospedeiro. Alguns problemas resultantes da atuação de fungos Morfologia Podem ser unicelulares, coloniais ou pluricelulares. Caracterizados por uma estrutura somática geralmente constituída de filamentos alongados e microscópicos, chamados de hifas. O conjunto de hifas que compõem o corpo do fungo é denominado micélio e pode formar estruturas reprodutivas macroscópicas morfologicamente complexas (ex.: cogumelos e orelhas de pau). Orelha-de-Pau (Pycnoporus sanguineus). Hifas ● Ao microscópio óptico, as hifas são muito simples, são tubos com parede celular e citoplasma. ● As hifas podem ser cenocíticas (sem compartimentos criados pela presença de septos) ou septadas. ● Os septos são projeções da parede celular em direção ao centro do tubo, mas que não se encontram no centro da hifa e, portanto, formam um poro. Hifas ● Algumas hifas podem ser especializadas a determinadas funções como as do tipo rizóide, que fixam alguns tipos de fungo ao substrato. Em fungos parasitas, é comum a existência de apressórios e haustórios, que fixam o fungo ao seu hospedeiro e que absorvem os nutrientes diretamente do interior do organismo hospedeiro, respectivamente. Parede celular ● A parede celular é muito complexa quimicamente, apresentando uma matriz externa mucilaginosa, formada por um polissacarídeo solúvel. ● As espécies de fungos verdadeiros apresentam uma parede formada por uma matriz de fibras de quitina. ● Os Oomycetes apresentam uma parede formada por celulose, um dos motivos para considerar esse grupo como pseudofungos. ● Os protistas Myxomycetes, também considerados pseudofungos, não apresentam parede celular. Reserva energética O glicogênio é a principal substância de reserva dos fungos e dos animais. Reprodução ● Nos fungos, assim como nas algas e em vários outros organismos, ocorrem dois tipos de reprodução: a reprodução assexuada (envolvendo apenas a mitose) e a sexuada (resultado da plasmogamia, cariogamia e meiose). ● A reprodução assexuada é mais importante para a multiplicação e dispersão, enquanto a reprodução sexuada tem como principal função a produção de variabilidade genética da progênie. Reprodução assexuada: Somática e Espórica ● São exemplos de reprodução ‘somática’: gemação ou brotamento; fissão (divisão transversal) seguida pela separação de células filhas, e fragmentação de hifas. ● São exemplos de reprodução espórica: a produção de mitósporos (derivados de mitose) podendo ser móveis (zoóporos) ou imóveis (aplanósporos). Os fungos com zoósporos são predominantes em ambiente aquático ou são parasitas de plantas e animais e dependentes de líquidos, enquanto aqueles aplanósporos predominam em ambiente terrestre. Conidióforo de Aspergillus sp. liberando vários conídios (mitósporos). Filos ● Chytridiomycota: são organismos predominantemente aquáticos, com células flageladas caracterizadas com um único flagelo liso inserido posteriormente. ● Zygomycota: são principalmente terrestres, apresentam hifas cenocíticas, não sendo, portanto, um grupo monofilético. ● Glomeromycota: são fungos endomicorrízicos, simbiontes mutualistas com mais de 90% das plantas vasculares, que não se conhece o tipo de reprodução sexual. ● Ascomycota: apresentam hifas regularmente septadas e estruturas de reprodução típicas, os ascos. ● Basidiomycota: apresentam hifas regularmente septadas e estruturas de reprodução típicas, os basídios. Filo Chytridiomycota
Hifas e esporângio de um Quitridiomiceto (Patterson;
Laderman, 2001). Filo Zygomycota
Figuras ilustrando o aspecto geral (a) e um detalhe (b) da estrutura
de reprodução do gênero Pilobus. Filo Glomeromycota Filo Ascomycota Filo Ascomycota Fotografia tirada no microscópio eletrônico de varredura de conídios observados em Ascomycota - a) Aspergillus e b) Penicillium. Filo Basidiomycota Filo Basidiomycota