FUNGOS
FUNGOS
FUNGOS
Imagem de microscopia de
varredura eletrônica (cores
adicionadas) de micélio
fúngico com as hifas
(verde), esporângio
(laranja) e esporos (azul), Penicillium sp. (aumento de 1560
x).
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Durante muito tempo, os fungos foram considerados como
vegetais e, somente a partir de 1969, passaram a ser classificados
num reino à parte.
Os fungos apresentam um conjunto de características próprias
que permitem diferencia-los das plantas:
• não sintetizam clorofila;
• não tem celulose na sue parede celular, exceto alguns fungos
aquáticos;
• não armazenam amido como substância de reserva.
A presença de substâncias quitinosas na parede da maior
parte das espécies fúngicas e a sua capacidade de depositar
glicogênio os assemelham às células animais.
Os fungos são seres vivos eucarióticos, com um só núcleo,
como as leveduras, ou multinucleados, como se observa entre os
fungos filamentosos ou bolores.
O citoplasma contém mitocôndrias e retículo endoplasmático rugoso.
São heterotróficos e nutrem-se de matéria orgânica morta -
fungos saprofíticos, ou viva—fungos parasitários.
As suas células possuem vida independente e não se reúnem
para formar tecidos verdadeiros.
Os componentes principais da parede celular são hexoses e
hexoaminas, que formam mananas, ducanas e galactanas. Alguns
fungos têm parede rica em quitina (N-acetil glicosamina), outros
possuem complexos polissacarídios e proteínas, com predominância
de cisteína.
Fungos do gênero Cryptococcus, como o Cryptococcus
neoformans apresentam cápsula de natureza polissacarídica, que
envolve a parede celular.
Protoplastos de fungos podem ser obtidos pelo tratamento
dos seus cultivos, em condições hipertónicas, com enzimas de origem
bacteriana ou extraídas do caracol Helix pomatia.
Os fungos são ubíquos, encontrando-se no solo, na água, nos
vegetais, em animals, no homem e em detritos, em geral. O vento
age como importante veiculo de dispersão de seus propágulos e
fragmentos de hifa.
ESTRUTURA DOS FUNGOS
Basi
diosporos
Os fungos que se reproduzem por ascosporos ou
basidiosporos são fungos perfeitos. As formas sexuadas são
esporádicas e contribuem, através da recombinação genética, para o
aperfeiçoamento da espécie. Em geral, estes fungos produzem
também estruturas assexuadas, os conídios que asseguram sue
disseminação. Muitos fungos, nos quais não foi até agora reconhecida
a forma sexuada de reprodução, são incluídos entre os fungos
imperfeitos. Quando é descrita a forma perfeita de um fungo, essa
recebe uma outra denominação. Por exemplo, o fungo leveduriforme,
Cryptococcus neoformans, em sue fase perfeita é denominado
Filobasidiella neoformans.
A fase sexuada dos fungos é denominada te teleomórfica e a
fase assexuada de anamórfica.
A maior parte das leveduras se reproduzem assexuadamente
por brotamento ou gemulação e por fissão binária. No processo de
brotamento, a célula-mãe origina um broto, o blastoconídio que
cresce, recebe um núcleo após a divisão do núcleoda célula-mãe. Na
fissão binária, a célula-mãe se divide em duas células de tamanhos
iguais, de forma semelhante a que ocorre com as. bactérias. No seu
ciclo evolutivo, algumas leve auras, como Saccharomyces cerevisiae,
podem originar esporos sexuados, ascosporos, depois que duas
células experimentam fusão celular e nuclear, seguida de meiose.
O fenômeno de parassexualidade foi demonstrado em
Aspergillus. Consiste na fusão de hifas e formação de um
heterocarion que contém núcleos haplóides. Às vezes, estes núcleos
se fundem e originam núcleos diplóides, heterozigóticos, cujos
cromossomas homólogos sofrem recombinação duruante a mitose.
Apesar destes recombinantes serem raros, o ciclo parassexual é
importante na evolução de alguns fungos. A tabela abaixo apresenta,
de forma esquemática, os conceitos mencionados.
METABOLISMO