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SINTOMAS DE TRAUMAS
O núcleo do trauma
Hiperexcitação ou hiperativação: A maioria das pessoas experiencia
sintomas como aceleração dos batimentos cardíacos, respiração acelerada, agitação, dificuldade para dormir, tensão muscular, tremores musculares, agitação mental, pensamentos repetitivos, preocupação
Constrição: O sistema nervoso age para assegurar que todos os nossos
esforços estejam concentrados na ameaça, do melhor modo possível. A constrição altera a respiração, o tônus muscular e a postura da pessoa. Os vasos sanguíneos na pele, nas extremidades e nas vísceras se contraem de modo que haja mais sangue disponível para os músculos que estão tensionados e preparados para assumir uma ação defensiva. A percepção consciente do ambiente também se contrai para que toda a nossa atenção seja dirigida à ameaça. Isso é uma forma de hipervigilância.
Disociación y negación: Esta cita es una descripción muy acertada sobre el
rol que juega la disociación: nos protege de vernos sobrepasados por um aumento de la hiperexcitación, miedo y dolor, suaviza el dolor de heridas graves secretando un opio natural e interno, las endorfinas. Em el trauma, la disociación es un medio para que la persona pueda soportar experiencias que en ese momento no podría. La negación es una forma menor de disociación. La desconexión puede ocurrir entre la persona y el recuerdo o los sentimientos de una serie o un evento en particular. Negamos que esa situación ocurrió o actuamos como si hubiera sido poco importante. Por ejemplo, cuando alguien que amamos muere, o cuando somos heridos o violados, podemos actuar como si no hubiera pasado nada ya que las emociones que vienen al reconocer lo que realmente pasó son demasiado dolorosas. Na dissociação nos desconectamos do corpo/partes do corpo, sensações do corpo, emoções, pensamenos, sentimentos, ou da situação ou experiência – tira a memória do trauma (partes, ou todo ele). Na forma mais suave se manifesta como devaneio, extremo – síndrome de múltipla personalidade. A pessoa sente como se estivesse anestesiada, entorpecida, apatia, dormência de partes do corpo, “não sinto nada” – não consegue se conectar com as sensações e emoções ou com outras pessoas, “tem a sensação de o que aconteceu é como se ela estivesse se vendo de longe”. Pessoas que foram repetidamente traumatizadas quando eram crianças pequenas com frequência adotam a dissociação como modo predileto de estar no mundo, é um padrão de comportamento geralmente inconsciente. Ao mesmo tempo, a dissociação interrompe a continuidade da sensopercepção e, assim, impede que as pessoas traumatizadas trabalhem efetivamente na resolução de seus sintomas traumáticos. A questão não é eliminar a dissociação, mas aumentar a própria consciência a respeito dela.
1. a consciência e o corpo;
2. uma parte do corpo, como a cabeça ou os membros, e o resto do corpo;
3. o eu e as emoções, pensamentos, ou sensações; e
4. o eu e a memória de parte ou de todo o acontecimento.
Os devaneios e o esquecimento estão entre os sintomas mais óbvios que
envolvem a dissociação.
Trauma e o eu desencarnado
Uma desconexão inefável do senso de identidade é amplamente relatada no
TEPT, como “eu não sou eu mesmo” e “me sinto como um objeto, não como uma pessoa” ( Foa et al., 1999 ; Bluhm et al., 2009 ; Lanius et al., 2011 , 2020 ). Experiências de emoções profundas e percepções de estar fundamentado na terra, socialmente conectado e/ou emocionalmente intuitivo são muitas vezes entorpecidas ou completamente perdidas após o trauma. O trauma gera a sensação de que o corpo não está seguro, não está sob o próprio controle e/ou é um caldeirão de repulsa e vergonha - especialmente quando é crônico, interpessoal e de início precoce ( Frewen e Lanius, 2015 ). A sintomatologia dissociativa traumatogênica se manifesta como distorções graves na forma como o eu corporal é percebido e vivenciado em relação ao mundo exterior e muitas vezes corresponde ao trauma durante períodos críticos do desenvolvimento sensório-motor ( van der Hart et al., 2005 ; van der Kolk, 2005 ; Schmahl e outros, 2010 ). Sem uma integração sensorial somática adequada, não sabemos onde começa ou onde termina o nosso corpo; afirmações como “Sinto como se estivesse fora do meu corpo” e “Sinto que não há limites em torno do meu corpo” destacam como as alterações no eu corporal são uma experiência comum em indivíduos dissociativos ( Frewen e Lanius, 2015 ; Lanius et al., 2020 ; Ciaunica et al., 2021b , c ). Graves perturbações do neurodesenvolvimento no início da vida também podem dar origem à experiência de múltiplos eus fragmentados, descontínuos e desencarnados, como aqueles vivenciados no transtorno dissociativo de identidade (TDI), uma condição altamente coexistente com traumatização precoce e grave (Reinders et al . , 2003 ; Dorahy et al., 2014 ; Schlumpf et al., 2014 ; Reinders e Veltman, 2021 ). Estas várias formas de autodesconexão são muitas vezes impenetráveis por meio de abordagens terapêuticas direcionadas ao neocortical. É crucial considerar um retorno à base da individualidade por meio de abordagens terapêuticas somáticas e sensoriais.
Na desrealização, um indivíduo sente como se seu ambiente externo estivesse
lento, nebuloso, semelhante a um sonho ou de outra forma irreal, enquanto na despersonalização o indivíduo se sente como se estivesse separado ou mesmo flutuando acima de seu corpo físico. TEPT + SD está altamente associado à traumatização no início da vida, onde a dissociação atua como uma resposta adaptativa a ameaças inevitáveis (
Sentimientos de impotência, imovilidade e congelamento:
Se a hiperativação é o acelerador do sistema nervoso, então um senso de
impotência esmagadora é o seu freio. Num automóvel, o acelerador e o freio são projetados para funcionar em momentos diferentes. Mas, na reação traumática, o freio e o acelerador funcionam juntos. O sistema nervoso só reconhece que a ameaça acabou quando a energia mobilizada é liberada. Assim, ele continuará mobilizando energia indefinidamente até que a descarga ocorra. Ao mesmo tempo, o sistema nervoso reconhece que a quantidade de energia no sistema é superior àquela que pode ser suportada pelo organismo, e aplica um freio tão poderoso que todo o organismo para imediatamente. Com o organismo completamente imobilizado, a tremenda energia no sistema nervoso é mantida presa. Quando o nosso sistema nervoso passa para um estado ativado em resposta a um perigo, e não podemos nos defender nem fugir, a próxima estratégia empregada é a imobilização.
A impotência que é experienciada nesses momentos não é a sensação comum
de impotência que pode afetar qualquer pessoa de vez em quando. A sensação de estar completamente imobilizado e impotente não é uma percepção, crença ou uma ilusão da imaginação. Ela é real. O corpo não pode se mexer. É um sentimento horrível - uma sensação tão profunda de paralisia que a pessoa não pode gritar, mexer-se ou sentir.
Dos quatro componentes que formam o núcleo da reação traumática, a
impotência é a menos provável de você ter experienciado, a menos que tenha passado por uma ameaça aterrorizante em sua vida. Ainda assim, esse profundo senso de impotência está quase sempre presente nos estágios iniciais de “sobrecarga” resultante de um fato traumático.
A hiperativação, a constrição, a impotência e a dissociação são todas
respostas normais à ameaça. E, assim, nem sempre elas terminam como sintomas traumáticos. Os sintomas só se desenvolvem quando elas são crônicas e habituais. Ao se tomarem permanentes, essas reações ao estresse formam a base e o combustível para o desenvolvimento de sintomas subsequentes. Depois de alguns meses, esses sintomas do núcleo da reação traumática vão começar a incorporar características mentais e psicológicas à sua dinâmica, até que finalmente acabam por atingir todos os aspectos da vida da pessoa que sofre de trauma.
Ao se tomarem crônicas, a hiperativação, a constrição, a impotência e a
dissociação produzem uma ansiedade tão intensa que pode ser insuportável. Finalmente, os sintomas podem se aglutinar numa ansiedade traumática, num estado que permeia todos os momentos em que a pessoa traumatizada está acordada (e dormindo).
Outros sintomas iniciais que começam a aparecer ao mesmo tempo ou logo
depois dos mencionados são:
• vigilância exagerada (estar “em prontidão” o tempo todo);
• imagens invasivas ou flashbacks; • sensibilidade extrema à luz e ao som; • hiperatividade, inquietação contínua • respostas emocionais e de susto exageradas; • pesadelos e terrores noturnos; • mudanças repentinas de humor: por exemplo, reações de fúria ou acessos de raiva, irritação, vergonha, choro • diminuição da capacidade de lidar com o estresse (fica estressado facilmente e com frequência); e • dificuldade para dormir.
Os sintomas que geralmente ocorrem nesse próximo estágio de
desenvolvimento incluem: • ataques de pânico, ansiedade e fobias; • “branco” mental ou “devaneios”; • comportamentos de evitação (evitar lugares, situações, pessoas, lembrar do ocorrido, atividades, etc); • atração por situações perigosas: -a exposição repetida ao perigo reduz o limiar para detecção de ameaças, agem impulsivamente em fantasias e impulsos suicidas; -reencenar o trauma; -a dissociação leva a embotamento das sensações emoções e , para sentir preciso de situações intensas. Um indivíduo que sofre traumatização crónica e repetida, como um adolescente que cresceu num agregado familiar com violência doméstica e abuso físico, adapta-se à ameaça persistente através do embotamento e da evitação de cima para baixo. O adolescente fica emocionalmente entorpecido, afastado dos relacionamentos e dissociativo devido à escassez de influência e processamento sensorial integrativo de baixo para cima. As regiões subcorticais são impedidas de nutrir o córtex com sentimentos ou sensações afetivas brutas, negativas ou positivas, a menos que sejam extremas -a traumatização crônica na infância pode alterar o desenvolvimento dos circuitos SN e DMN, onde estímulos sensoriais altamente ativadores ou ameaçadores parecem familiares ou normais. Comportamentos de adicção (abuso de substâncias (álcool, drogas, medicamentos), distúrbios alimentares (compulsão, anorexia, bulimia), jogos, compras, etc • choro frequente; • atividade sexual exagerada ou diminuída; • amnésia e esquecimento; • incapacidade de amar, cuidar, ou se conectar a outras pessoas; • medo de morrer, de ficar louco, ou de ter uma vida curta; Automutilação Desconexão com a sua espiritualidade, descrença nas pessoas, no mundo ( o mundo se torna um lugar perigoso e cruel, não pode confiar nas pessoas)
Os sintomas que em geral se desenvolvem por último são:
depressão • timidez excessiva; • respostas emocionais diminuídas ou silenciadas; • incapacidade de se comprometer; • fadiga crônica ou energia física muito baixa – procrastinação, falta de animo, motivação, preguiça, sensação de paralisia (física e na vida) • depressão, sentimentos de catástrofe iminente; • sensação de desligamento, alienação e isolamento - “morto vivo”; - não sei o que estou fazendo aqui, não vejo sentido de nada, sinto que não faço pare desse mundo, sem missão e sem propósito • diminuição do interesse pela vida; • sentimentos e comportamentos de impotência; • doenças autoimunes (o esgotamento do sistema nervoso leva a uma hiperativação do sistema imunológico): problemas dermatológicos, articulares, etc. problemas endócrinos, tais como disfunção da tireoide; • doenças psicossomáticas – aqueles sintomas que você já fez dezenas de exames e ou não tem um diagnóstico dores de cabeça frequentes, enxaquecas dores no pescoço e nas costas, fibromialgia asma, problemas digestivos (gastrite, úlcera, refluxo, colon irritável síndrome pré-menstrual grave;
Os sintomas do trauma podem ser estáveis (sempre presentes), instáveis
(aparecem e desaparecem), ou podem se ocultar por décadas. Em geral, esses sintomas não aparecem de modo isolado, mas em grupos. Essas “síndromes” frequentemente ficam cada vez mais complexas com o passar do tempo, tomando-se cada vez menos ligadas à experiência original de trauma. Embora alguns sintomas possam sugerir um tipo específico de trauma, nenhum sintoma é uma indicação exclusiva do trauma que o causou. As pessoas irão manifestar os sintomas traumáticos de vários modos, dependendo da natureza e da gravidade do trauma, da situação em que ele ocorreu, e dos recursos pessoais e de desenvolvimentos que estavam disponíveis para o indivíduo no momento da experiência.
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