3 - Black Arts Movement
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Recebido em 15/05/2020
Aceito em 23/06/2020
DOI: 10.26512/emtempos.v1i36.31553
DOSSIÊ
Black Arts Movement:
“Expressar a verdade a partir dos oprimidos ou
opressores?”
RESUMO: O Black Arts Movement surgiu em meados de 1960, nos Estados Unidos da
América, com o intuito de estabelecer e consolidar a presença e vozes negras nas artes, em
especial, no teatro e literatura, tendo a África e suas diásporas como ponto de partida para
a inserção nessas artes de referenciais simbólicos ignorados. No presente trabalho faço
apontamentos seguido de análises do percurso histórico desse movimento, que caminhou
lado-a-lado de outro importante movimento em defesa dos direitos civis dos negros nos
Estados Unidos, o movimento Black Power.
PALAVRAS-CHAVE: Black Arts Movement. Estados Unidos. Artes.
ABSTRACT: The Black Arts Movement emerged in the mid-1960s in the United States to
establish and consolidate black voices and presence in the arts, especially in the theater
and literature, with Africa and its diasporas as the starting point for the insertion in these
arts of the symbolic references ignored. In the present work, I make notes followed by
analyzes of the historical course of this movement, which went side-by-side with another
important movement in defense of the civil rights of blacks in the United States, the Black
Power movement.
KEYWORDS: Black Arts Movement. United States. Arts.
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1 A crise de 1929 ocorrida nos Estados Unidos teve início com “quebra” da Bolsa de Valores de Nova
Iorque por meio da queda das cotações de ações. Os efeitos dessa crise resultaram em desempregos,
declínio das atividades industriais, dificuldades no setor agrícola, setor imobiliário saturado,
desorganização bancária e falências de empresas. Essa crise repercutiu na economia de outros países
também, tal como Brasil. Sobre o assunto, cf. GALBRAITH, John Kenneth. 1929, o colapso da bolsa.
São Paulo: Pioneira, 1988, GAZIER, Bernard. A Crise de 1929. Porto Alegre: L&PM Editores, 2009,
HOBSBAWM, E. J. Era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991. 2. ed. São Paulo: Companhia das
Letras, 1995, PARKER, Selwyn. O Crash de 1929: As lições que ficaram da grande depressão. São
Paulo: Globo, 2009.
2 "The Harlem Renaissance was part of a large movement for social, ethnic, religious, and cultural
pluralism and democracy which intensified as a result of the upheaval wrought by dislocations of World
War I. The Harlem Renaissance was an integral part of this movement to challenge and dismantle
Victorian culture and pseudo-scientific racism". Tradução própria. TYLER, Bruce M. From Harlem to
Hollywood: The Struggle for Racial and Cultural Democracy – 1920-1943. New York: Garland, 1992, p.
XII.
3 Associação Nacional para Avanços de Pessoas de Cor (NAACP). Tradução própria.
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4 “The Harlem Renaissance ranks as one of the most pivotal and influential eras in American history. It
marked the emergence of African Americans into the mainstream of the nation’s art, music, literature,
and culture while simultaneously proclaiming the unique vitality and character of the African-
American experience”. Tradução própria. HILLSTROM, Kevin. Defining moments: the Harlem
Renaissance. New York. Omnigrphics, Inc. 2008, p. 03.
5 “Expressed in various ways, the creativity of black Americans undoubtedly came from a common
source - the irresistible impulse of blacks to create boldly expressive art of a high quality as a primary
response to their social conditions, as an affirmation of their dignity and humanity in the face of poverty
and racism”. Tradução própria. GATES JR, Henry Louis; MCKAY, Nellie Y. The Norton anthology of
African American literature. New York: W.W. Norton & Co. 1997, p. 929.
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6 “[...] a collective effort to bring about fundamental social reform. It is a collaborative rather than an
individualistic enterprise. No matter how many factions are involved, there is always a common
objective was to transform the manner in which black people in the United States of America were
defined and treated. And African American writers and artists, as a vital sector of the movement,
sought to transform the manner in which black Americans were represented and portrayed in literature
and the arts”. Tradução própria. GATES JR e MCKAY, idem, p. 1976.
7 Segundo o historiador Barbosa, “O Pan-africanismo nasceu da luta de ativistas negros na África e,
sobretudo, na diáspora americana, em prol da valorização de sua coletividade. Sua marca inicial, entre
fins do século XVIII e meados do século XX, foi a construção de visões positivas e internacionalistas
acerca de sua identidade étnico-racial, entendida como comunidade negra: africana e afrodescendente.
(…) A partir de 1945, o Pan-africanismo entrou num segundo momento, como parte integrante das lutas
de independência nacional e contra o neocolonialismo na África.” BARBOSA, Muryatan S. Pan-
africanismo na présence africaine: unidade e diversidade de um ideal (1956-63). In: XXVIII SIMPÓSIO
NACIONAL DE HISTÓRIA, 2015, Florianópolis. CADERNO DE RESUMOS DO XXVIII SIMPÓSIO
NACIONAL DE HISTÓRIA Lugares dos Historiadores: Velhos e Novos Desafios. Florianópolis:
ANPUH, 2015.
8 Cf. BARBOSA, Muryatan S. 2015.
9 Ver OGBAR, Jeffrey O.G. Black Power: Radical Politics and African American Identity. Baltimore:
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Os circuitos Black Power e Black Arts eram muito das vezes os mesmos, não
apenas ideologicamente, mas praticamente. Os organizadores e artistas negros
poderiam organizar reuniões do Black Power em diferentes cidades durante
uma turnê de performance. Por outro lado, podia se estar em uma cidade para
uma grande reunião ou convenção política e fazer leituras, concertos musicais,
peças de teatro e assim por diante.12
movement. However, one could just as easily say that Black Power was the political wing of the Black
Arts movement”. Tradução própria. SMETHURST, James Edward. The Black Arts Movement – Literary
Nationalism in the 1960s and 1970s. University of North Carolina Press. Chapel Hill. 2005, p. 14.
12 “Black Power and Black Arts circuits were often the same, not just ideologically, but practically.
Black organizers/artists might set up Black Power meetings in different cities while on some sort of
performance tour. Conversely, one might be in town for a big meeting or political convention and put on
readings, concerts, plays, and so on”. Tradução própria. SMETHURST, James Edward. idem, p. 14-15.
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13 “The Black Arts Movement is radically opposed to any concept of the artist that alienates him from
his community. This movement is the aesthetic and spiritual sister of the Black Power concept. As such,
it envisions an art that speaks directly to the needs and aspirations of Black America. In order to
perform this task, the Black Arts Movement proposes a radical reordering of the western cultural
aesthetic. [...] The Black Arts and the Black Power concept both relate broadly to the Afro-American’s
desire for self-determination and nationhood. Both concepts are nationalistic. One is concerned with the
relationship between art and politics; the other with the art of politics”. Tradução própria. NEAL,
Larry. The Black Arts Movement. Massachusetts-EUA. MIT Press: The Drama Review: TDR, Vol. 12,
No. 4, Black Theatre, 1968, p. 29.
14 O conceito de “ativismo” presente neste artigo pode ser compreendido também como “militância”.
Contudo, considero o primeiro termo um pouco mais completo que o segundo. Desse modo, tomo
emprestada a definição do sociólogo Jordan, que argumenta que ativismo engloba “[…] ações coletivas
que produzem transgressão e solidariedade”. Para Jordan, “A transgressão é essencial ao ativismo
porque toda ação coletiva não tem um aspecto político se não houver alguma transformação entre as
demandas.” JORDAN, Tim. Activism! London: Reaktion Books, 2002, p. 11.
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Examino que, quando Neal fala da importância de “os negros definirem o mundo
em seus próprios termos”, podemos nos recorrer também ao Harlem Renaissance, no
que se refere “a-escrita-de-si”16 para se descolar das representações cristalizadas. E em
relação às “duas Américas, uma negra e outra branca” apontada pelo autor, observo
que ele está se referindo a segregação existente nos Estados Unidos o que faz com que
não apenas os níveis de sociabilidade ou a presença do Estado aconteça de formas
diferentes, mas uma gama de fatores que distinguem essas “duas Américas”.
Porém, o que destaco aqui é que há pontos em comum entre esses dois “locais”,
dado que, mesmo que exista essa divisão, ambas estão em permanente contato, o que
faz com que uma influencie a outra e vice-versa. E deste modo, em consequência de um
passado escravagista que ainda reverbera, o racismo estrutural e o privilégio branco17
fazem parte dos alicerces dessas relações moldando as interações sociais.
Isto posto, a vivência de sujeitos negros nessa sociedade está repleta de
contradições, sendo isso visível quando se vincula a existência desses com a mão-de-
obra manual e subalterna. Ou, em momentos que referenciais de sua cultura, a
exemplo da música, é requisitado para servir como momentos de alegria e
descontração para uma plateia que avista nessa população apenas “serviço” de
entretenimento. Ou ainda, na ocasião em que a sociedade precisa de um indivíduo
15 “A main tenet of Black Power is the necessity for Black people to define the world in their own terms.
The Black artist has made the same point in the context of aesthetics. The two movements postulate
that there are in fact and in spirit two Americas — one black, one white. The Black artist takes this to
mean that his primary duty is to speak to the spiritual and cultural needs of Black people. Therefore,
the main thrust of this new breed of contemporary writers is to confront the contradictions arising out
of the Black man’s experience in the racist West”. Tradução própria. NEAL, Larry. Op. cit., p. 29.
16 O termo "escrita-de-si" que me refiro aqui está presente no movimento Harlem Renaissance de modo
implícito. E sabendo que Michel Foucault aborda esse conceito em um de seus textos, intitulado "A
escrita de Si". Assim, tomo emprestado o conceito para corroborar meus argumentos no presente
trabalho. Sobre o assunto, cf. FOUCAULT, Michel. A escrita de Si. In: MOTTA, Manoel Barros da (Org.)
“Michel Foucault: Ética, sexualidade, política”. Ditos e Escritos. Vol. V. Rio de Janeiro: Forense, 2004, p.
144-162.
17 Concordo com Schucman, quando ela aponta que "o fato de o preconceito racial recair sobre a
população não branca está diretamente relacionado ao fato de os privilégios raciais estarem associados
aos brancos. O branco não é apenas favorecido nessa estrutura racializada, mas é também produtor
ativo dessa estrutura." E mais, "esses mecanismos de produção de desigualdades raciais foram
construídos de tal forma que asseguraram aos brancos a ocupação de posições mais altas na hierarquia
social, sem que isso fosse encarado como privilégio de raça." Assim, o privilégio branco pode ser
considerado como “um lugar de privilégio racial, econômico e político, no qual a racialidade, não
nomeada como tal, carregada de valores, de experiências, de identificações afetivas, acaba por definir a
sociedade.” Schucman, Lia Vainer. Entre o “encardido”, o “branco” e o “branquíssimo”: raça, hierarquia e
poder na construção da branquitude paulistana. Tese de doutorado, Universidade de São Paulo - São
Paulo, 2012.
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O Black Arts Movement produziu algumas das poesias, peças teatrais, danças,
músicas, artes visuais e literatura de ficção mais emocionantes dos Estados
Unidos após a Segunda Guerra Mundial. […] alcançou um público afro-
americano em massa, não-regional, trans-regional, numa extensão sem
precedentes para um corpo de arte tão formal (para não mencionar o político),
especialmente nos gêneros da poesia e do teatro.18
Nesse sentido, um dos integrantes desse movimento, Larry Neal relata que
houve um tipo de “despertar”, já que,
18“The Black Arts movement produced some of the most exciting poetry, drama, dance, music, visual
art, and fiction of the post – World War II United States. [...] it reached a nonelite, transregional, mass
African American audience to an extent that was unprecedented for such a formally (not to mention
political) radial body of art, especially in the genres of poetry and drama”. Tradução própria.
SMETHURST, James Edward. op. cit., p. 371.
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A iniciativa desse grupo teatral (imagem 02) de levar para as ruas do bairro do
Harlem da cidade de Nova Iorque suas atividades demonstram seus anseios por
mudanças, posto que o grupo estava sob fortes ataques devido ao foco do projeto ser
um “despertar” de consciência nos sujeitos negros, e uma aproximação direta com seu
público alvo pode ser considerado sinônimo de potência.
19 “In the spring of 1964, LeRoi Jones (Amiri Baraka), Charles Patterson, William Patterson, Clarence
Reed, Johnny Moore, and a number of other Black artists opened the Black Arts Repertoire Theatre
School. [...] they initiated a series of poetry readings and concerts. These activities represented the most
advanced tendencies in the movement and were of excellent artistic quality. The Black Arts School
came under immediate attack by the New York power structure. The Establishment, fearing Black
creativity, did exactly what it was expected to do-it attacked the theatre and all of its values. In the
meantime, the school was granted funds. [...] In keeping with its "revolutionary" cultural ideas, the
Black Arts Theatre took its programs into the streets of Harlem. For three months, the theatre
presented plays, concerts, and poetry readings to the people of the community. Plays that shattered the
illusions of the American body politic and awakened Black people to the meaning of their lives”.
Tradução própria. NEAL, Larry. op. cit., p. 32.
20 Imagem cortesia da Coleção Digital da Howard University. Disponível em <
https://dh.howard.edu/do/search/?q=mss_5584&start=0&context=7295426&facet=> Acesso em 20 de
abril de 2018.
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[...] foi muito além dessas instituições frequentemente invocadas. O impacto foi
sentido não apenas na Califórnia ou em Nova York, mas naqueles locais de
performance que raramente chegam às histórias acadêmicas do teatro:
faculdades comunitárias, grupos amadores e teatros profissionais regionais que
estão longe dos grandes centros urbanos e culturais dos Estados Unidos.21
21 “[...] went well beyond these often-invoked institutions. The impact was felt not merely in California
and New York but in those performance arenas that rarely make it into academic theater histories:
communities colleges, amateur groups, and regional professional theaters away from the major urban
and cultural centers of U.S.”. Tradução própria. SELL, Mike. The Black Arts Movement: performance,
neo-orality, and the destruction of the White Things. In: ELAM JR, Harry J; KRASNER, David. (ORGs).
African American Performance and Theater History. Oxford University Press. New York, 2001, p. 62.
22 “[...] the soul of the Black Arts Movement is bound to the ontological and epistemological dilemmas of
performance in a tendentiously racist ‘society of spectacle’, that makes and revolutionary gesture
contradictory [...]” SELL, Mike. idem, p. 74.
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Quando Neal menciona que negros/as são acusados de “racismo inverso” pelo
fato de ser incentivado a não confiar em políticos brancos de esquerda ou direita, mas
se auto organizarem, analiso que aqueles que fazem essa crítica, ou seja, acusam de
“racismo inverso”, não reconhecem a existência de um racismo estrutural atuante,
assim como insistem em não aceitar a possibilidade do desmonte do privilégio branco
operante nos diferentes níveis sociais.
Penso que esse é também um dos motivos pelos quais as ações do Black Arts
Movement foram relevantes, pois ao propor uma estética negra para as artes em
conjunto com a continuidade das ideias do Harlem Renaissance, a exemplo da “escrita-
de-si”, foi estimulado um confronto artístico e político contra o modelo branco de
pensar e pautar a sociedade, inclusive as relações sociais de negros e negras.
23 “[...] the Western mind, with clever rationalizations, equates the violence of the oppressed with the
violence of the oppressor. So that when the native preaches self-determination, the Western white man
cleverly misconstrues it to mean hate of all white men. When the Black political radical warns his
people not to trust white politicians of the left and the right, but instead to organize separately on the
basis of power, the white man cries: ‘racism in reverse.’ Or he will say, as many of them do today: "We
deplore both white and black racism." As if the two could be equated.” Tradução própria. NEAL, Larry.
op. cit., p. 35.
24 “When we speak of a “Black aesthetic” several things are meant. First, we assume that there is
already in existence the basis for such an aesthetic. Essentially, it consists of an African-American
cultural tradition. But this aesthetic is finally, by implication, broader than that tradition. [...] The
motive behind the Black aesthetic is the destruction of the white thing, the destruction of white ideas,
and white ways of looking at the world. The new aesthetic is mostly predicated on an Ethics which asks
the question: whose vision of the world is finally more meaningful, ours or the white oppressors’? What
is truth? Or more precisely, whose truth shall we express, that of the oppressed or of the oppressors?”
Tradução própria. NEAL, Larry. op. cit., p. 30.
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O ativismo em prol da população negra por meio das artes é o ponto de partida
comum do Harlem Renaissance e do Black Arts Movement. Ambos os movimentos, em
momentos históricos distintos, contribuíram de suas maneiras para uma positivação
das representações dos corpos negros, da mesma forma que suas subjetividades
“dentro” das artes, da mesma fora que foram importantes para avanços significativos
“fora” das artes também, onde em alguns momentos se assemelhavam, em outros se
distanciavam. De acordo com Taylor,
25 O referido movimento começou a dar indícios de término no começo da década de 1930 com os
impactos da crise econômica de 1929, que afetou de modo severo os Estados Unidos. Assim, nos anos
seguintes muitos moradores do Harlem migraram para outras localidades procurando melhores
empregos e condições de vida, o que resultou em um esmorecimento das ações renascentistas. Cf.
HILLSTROM, Kevin. Defining Moments: The Harlem Renaissance. New York. Omnigrphics, Inc. 2008.
26 “In accord with their definition of themselves as participants in a movement, African Americans
writers and artists turned to African Americans masses for their inspiration and defined their goals in
broadly collective social and political terms. Their objective was to create works that would be-in the
words of Maulana Karenga – "functional, collective, and committing". Hence, the Black Arts of the
1960s proposed to create politically engaged expression […].” Tradução própria. GATES JR, Henry
Louis e MCKAY, Nellie Y. op. cit., p. 1796-1797.
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de um ideal (1956-63). In: XXVIII SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, 2015,
Florianópolis. CADERNO DE RESUMOS DO XXVIII SIMPÓSIO NACIONAL DE
HISTÓRIA Lugares dos Historiadores: Velhos e Novos Desafios. Florianópolis:
ANPUH, 2015.
COLEÇÃO DIGITAL DA HOWARD UNIVERSITY. Disponível em <
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Acesso em 20 de abril de 2018.
COLEÇÃO DIGITAL DA LIBERATION SCHOOL. Disponível em <
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FOUCAULT, Michel. A escrita de Si. In: MOTTA, Manoel Barros da (Org.) “Michel
Foucault: Ética, sexualidade, política”. Ditos e Escritos. Vol. V. Rio de Janeiro:
Forense, 2004.
GALBRAITH, John Kenneth. 1929, o colapso da bolsa. São Paulo: Pioneira, 1988.
GATES JR, Henry Louis; MCKAY, Nellie Y. The Norton anthology of African
American literature. New York: W.W. Norton & Co. 1997.
GAZIER, Bernard. A Crise de 1929. Porto Alegre: L&PM Editores, 2009.
27 “Both the Harlem Renaissance and the Black Arts movement have contributed to the African
American Culture. [...] the Harlem Renaissance was the stepping stone for African Americans to
becoming what Alaine Locke called the New Negro. It was the beginning to the empowerment of African
Americans. By Contrast the Black Arts Movement was the legacy of the Harlem Renaissance. [...] The
Black Arts Movement was a collaborative project rather than individualistic. It was about 'Black
Power', rather than just freedom of artistic expression. More than just black power, it was about how
African American's were treated and respected in the United States”. Tradução própria. TAYLOR,
Jeneal M. The Differences between The Harlem Renaissance and The Black Arts Movement. Johnson C.
Smith University. Charlotte, NC-US. 2004, p. 19.
28 “[...] the right of African Americans to determine their own destiny”. Tradução própria. TAYLOR,
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