49616-Texto Do Artigo-217688-1-10-20230630
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Resumo: A literatura e sua prática são apresentadas como meio para desen- Antônia Sara Sammily Regis
volver inúmeras habilidades, dentre elas o autoconhecimento, a autonomia Paiva
Universidade Estadual do Rio
e a criatividade. Diante disso, é possível perceber o quanto ela pode ser Grande do Norte (UERN)
essencial na sala de aula de alfabetização, sendo trabalhada de forma pra- [email protected]
zerosa e instigante, através da contação de história. O presente artigo parte Keutre Gláudia da Conceição
de um estudo realizado com crianças em fase de alfabetização, que mostra Soares Bezerra.
Universidade Estadual do Rio
como a contação de história trabalhada como deleite pode incentivá-las Grande do Norte (UERN)
a desenvolver a prática leitora e seu amor pelos livros. É um trabalho de [email protected]
abordagem qualitativa, que utiliza como procedimento metodológico a obser-
vação participante e a aplicação de questionário para seu desenvolvimento.
O objetivo é incentivar e compreender a prática da leitura como formadora
do leitor por prazer, propiciar a autonomia dessas crianças; a ampliação da
criatividade e da imaginação infantil através da contação e do reconto de
histórias, formando leitores que possam interpretar e compreender o que
leem; despertar a curiosidade e possibilidade de diferenciação do mundo da
fantasia do mundo em que vivem, instigando, assim, a prática leitora. Os
resultados foram obtidos diante dos dados encontrados durante a contação
de história desenvolvida e do questionário de pesquisa aplicado. A conclusão
mostra a grande relevância da prática leitora que só passa a existir quando se
tem um elo entre família e escola, e sobretudo quando a criança é colocada
como ator principal nessa perspectiva, e também enfoca como o potencial
da imaginação e da criatividade tende a expandir quando aliado à literatura.
Palavras-chave: educação; meios de ensino; material de ensino; acervo
bibliográfico; livro de leitura.
Introdução
Sabemos que a criança em seu processo de alfabetização neces-
sita de todo um suporte e aparato da escola e de seus profissionais,
para que a prática da leitura aconteça rotineiramente e de forma
efetiva. Esta deve acontecer de maneira convidativa e lúdica, tornan-
do possível a aproximação da criança ao livro a partir do despertar
da curiosidade e da imaginação, proporcionando uma proximidade
íntima entre leitor e literatura, levando em consideração as mais
variadas expressões individuais.
Dessa forma, se fez necessário conhecer as crianças colabora-
doras da pesquisa para identificar qual a proximidade delas com
o mundo da leitura, se têm esse contato frequente, se o contato
Tais postulados nos levam a pensar que onde existe uma íntima
ligação e troca de aprendizagem entre narrador e ouvintes, está
sendo posta também a oportunidades de favorecer a construção
do conhecimento, compartilhando aprendizagem e cultivando
sementes do aprendizado, com possível disseminação de grandes
fatores, como o interesse, a imaginação ampliada e a prática leito-
ra contínua. Essa é uma das possibilidades dadas pelo reconto, o
qual deixa a criança livre para reproduzir a imaginação nas mais
variadas formas e com direito a se reconhecer em tais momentos,
utilizando fatores internos e externos a seu favor e na ampliação
de sua capacidade compreensiva. Sobre isso, Bezerra (2020, p. 159)
entende que,
Conclusão
O trabalho desenvolvido traz como objetivo geral incentivar e
compreender a prática da leitura como formadora do leitor por prazer
através da contação de histórias para crianças. Nessa perspectiva,
faz-se necessária a observação da autonomia dessas crianças e do
processo de criatividade e a imaginação infantil despertada quando a
literatura é introduzida como instrumento lúdico de aprendizagem.
Além disso, apresentamos como objetivos específicos, estimular
e desenvolver a criatividade e a imaginação através da contação e
do reconto de histórias.
Sendo assim, foi possível perceber o quanto as crianças par-
ticiparam e se sentiram empolgadas pela contação de história,
mesmo sendo uma história que já tinham ouvido e que conheciam
claramente, pois ao longo da conversa pós-contação, as crianças se
expressaram de forma criativa, trazendo ideias coerentes a respeito
da narrativa.
A forma como foi trabalhada, cantando, conversando, trazendo-
-as para próximo do conto, deixando-as livres para conversar e
expressar suas ideias e observações, fez toda a diferença nesse
momento de contação, fortalecendo evoluções de expressões orais
que denotaram a interação entre os/as ouvintes e o texto narrado,
pois as crianças mostraram compreensão dos personagens e seus
papéis dentro da história. Esses aspecto ficou evidente no momen-
to em que as crianças revelaram em suas falas a compreensão de
que a contação de histórias tem uma relação íntima com a leitura.
Referências
ABRAMOVICH, F. Literatura infantil: gostosuras e bobices. 5. ed. São
Paulo: Scipione, 2009.
AMARILHA, M. Silêncio e hora da narrativa na escola. In: AMARILHA,
M. Estão mortas as fadas: literatura infantil e prática pedagógica.
Petrópolis: Vozes: Natal: EDUFRN, 2012.