Unidade 7 o Sistema Urinário 1 Parte

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O SISTEMA URINÁRIO – 1ª parte

(urologia) É formado pelos rins, ureteres, bexiga urinária e uretra, que filtram o sangue e, em seguida,
produzem, transportam, armazenam e excretam urina de forma intermitente (resíduos líquidos).

Conceito e divisão - O sistema urinário, juntamente com o sistema respiratório, com o sistema digestório e
com o tegumento comum, é considerado um sistema excretor. O sistema urinário é o principal responsável
pelo equilíbrio hídrico e eletrolítico, além da excreção de derivados nitrogenados tóxicos, como a ureia e a
creatinina. Também é responsável pela eliminação de resíduos tóxicos que podem ser o resultado da ação
de bactérias e a remoção de várias drogas que foram introduzidas no corpo. O veículo de excreção do sistema
urinário é a urina produzida pelos rins. Assim, o sistema urinário compreende os órgãos responsáveis pela
produção da urina, os rins, e os órgãos responsáveis pela condução da urina até a sua eliminação para o meio
externo: os ureteres, a bexiga urinária e a uretra.

Rim - É um órgão par, localizado posteriormente ao peritônio parietal, o que o identifica como
retroperitoneal. Os rins estão situados à direita e à esquerda da coluna vertebral, ocupando o direito uma
posição inferior em relação ao esquerdo, em virtude da presença do fígado à direita. Os rins são os órgãos
responsáveis pela produção de urina. As glândulas suprarrenais estão localizadas sobre a parte medial do
polo superior dos rins, onde podem ser facilmente visualizadas. São responsáveis pela produção de
glicocorticoides, aldosterona e epinefrina.

Ureter - Assim como os rins, os ureteres são retroperitoneais. Possuem aproximadamente 25 cm de


comprimento e são definidos como tubos musculares que unem os rins à bexiga urinária. Partindo da pelve
renal, sua porção superior dilatada, segue um trajeto descendente até desembocar na parede posterior da
bexiga urinária. O ureter é dividido em três partes: parte abdominal, parte pélvica e parte intramural.

Bexiga urinária - A bexiga urinária é um órgão sacular que se destina ao armazenamento de urina. Está
localizada atrás da sínfise púbica, anteriormente ao reto. No sexo feminino, a bexiga urinária está em contato
com o útero e com a vagina. No sexo masculino, a próstata está localizada embaixo da bexiga urinária. Sua
forma e seu tamanho variam de acordo com a quantidade de urina em seu interior.

Uretra - É um tubo mediano que estabelece comunicação entre a bexiga urinária e o meio externo. Existem
diferenças anatômicas e funcionais entre os sexos. O estudo mais detalhado da uretra será feito nos sistemas
genitais masculino e feminino.

Rins, ureteres e glândulas suprarrenais


Os rins produzem urina que é conduzida pelos ureteres até a bexiga urinária na pelve. A face superomedial
de cada rim normalmente está em contato com a glândula suprarrenal. Um septo fascial fraco separa as
glândulas dos rins; assim, eles não estão realmente fixados um ao outro. As glândulas suprarrenais atuam
como parte do sistema endócrino, com função completamente separada dos rins. Os órgãos urinários
superiores (rins e ureteres), seus vasos e as glândulas suprarrenais são estruturas retroperitoneais primárias
na parede posterior do abdome — isto é, foram originalmente formados como vísceras retroperitoneais e
assim permanecem.

A cápsula adiposa (gordura perirrenal) circunda os rins e seus vasos enquanto se estende até suas cavidades
centrais, os seios renais. Os rins, as glândulas suprarrenais e a gordura que os circunda estão encerrados
(exceto inferiormente) por uma camada membranácea e condensada de fáscia renal, que continua
medialmente e envolve os vasos renais, fundindo-se com as bainhas vasculares desses últimos.
Inferomedialmente, uma extensão delicada da fáscia renal prolonga-se ao longo do ureter como a fáscia
periureteral. Externamente à fáscia renal está o corpo adiposo pararrenal (gordura pararrenal), a gordura
extraperitoneal da região lombar, que é mais visível posteriormente ao rim. A fáscia renal envia feixes
colágenos através do corpo adiposo pararrenal.

Os feixes de colágeno, a fáscia renal e a cápsula adiposa e o corpo adiposo pararrenal, juntamente com o
aprisionamento proporcionado pelos vasos renais e ureter, mantêm os rins em posição relativamente fixa.
No entanto, os rins se movem durante a respiração e ao passar da posição de decúbito dorsal para a posição
ortostática, e vice-versa.
A mobilidade renal normal é de cerca de 3 cm, a altura aproximada de um corpo vertebral. Superiormente,
a fáscia renal é contínua com a fáscia na face inferior do diafragma (fáscia diafragmática); assim, as glândulas
suprarrenais fixam-se principalmente ao diafragma. Inferiormente, as lâminas anterior e posterior da fáscia
renal não estão fixadas ou apresentam apenas união frouxa.

Parede posterior do abdome mostrando grandes vasos, rins e glândulas suprarrenais. A maior
parte da fáscia foi removida nesta vista. O ureter cruza a artéria ilíaca externa logo após a bifurcação
da artéria ilíaca comum. As artérias gonadais (artérias testiculares, como neste homem, ou artérias
ováricas, nas mulheres) cruzam anteriormente aos ureteres e emitem ramos uretéricos para eles. As
artérias renais não são vistas porque se situam posteriormente às veias renais. A artéria mesentérica
superior origina-se superiormente à veia renal esquerda e segue anteriormente através dessa veia,
comprimindo a veia contra a parte abdominal da aorta posteriormente.
Acesso lombar e relações musculofasciais do rim. A. Face externa da parede posterior direita do
abdome. A parede posterolateral do abdome foi aberta entre os músculos da parede anterolateral do
abdome e os músculos do dorso. São expostos o rim e a cápsula adiposa que o circunda dentro da
fáscia renal. B. Este corte transversal do rim mostra as relações dos músculos e da fáscia. Como a
fáscia renal circunda o rim como uma bainha separada, deve ser incisada em qualquer cirurgia do
rim, seja por um acesso anterior ou posterior.

RINS
Os rins, que têm formato oval, retiram o excesso de água, sais e resíduos do metabolismo proteico do sangue,
enquanto devolvem nutrientes e substâncias químicas ao sangue. Estão situados no retroperitônio sobre a
parede posterior do abdome, um de cada lado da coluna vertebral, no nível das vértebras T XII a L III.
Na margem medial côncava do rim há uma fenda vertical, o hilo renal. O hilo renal é a entrada de um
espaço no rim, o seio renal. As estruturas que servem aos rins (vasos, nervos e estruturas que drenam urina
do rim) entram e saem do seio renal através do hilo renal. O hilo renal esquerdo situa-se perto do plano
transpilórico, a cerca de 5 cm do plano mediano. O plano transpilórico atravessa o polo superior do rim
direito, que está por volta de 2,5 cm mais baixo do que o polo esquerdo, provavelmente por causa do fígado.
Posteriormente, as partes superiores dos rins situam-se profundamente às costelas XI e XII. Os níveis dos rins
modificam-se durante a respiração e com mudanças posturais. Cada rim move-se 2 a 3 cm em direção vertical
durante o movimento do diafragma na respiração profunda. Como o acesso cirúrgico habitual aos rins é
através da parede posterior do abdome, convém saber que o polo inferior do rim direito está
aproximadamente um dedo superior à crista ilíaca.

Anatomia de superfície dos rins e parte abdominal dos ureteres.

Durante a vida, os rins têm coloração marrom-avermelhada e medem cerca de 10 cm de comprimento, 5 cm


de largura e 2,5 cm de espessura. Superiormente, os rins estão associados ao diafragma, que os separa das
cavidades pleurais e do 12o par de costelas. Inferiormente, as faces posteriores do rim têm relação com os
músculos psoas maior medialmente e quadrado lombar. Ver, no boxe azul, O nervo e os vasos subcostais e
os nervos ílio-hipogástrico e ilioinguinal descem diagonalmente através das faces posteriores dos rins. O
fígado, o duodeno e o colo ascendente são anteriores ao rim direito. Esse rim é separado do fígado pelo
recesso hepatorrenal. O rim esquerdo está relacionado com o estômago, baço, pâncreas, jejuno e colo
descendente.
No hilo renal, a veia renal situa-se anteriormente à artéria renal, que é anterior à pelve renal. No rim, o seio
renal é ocupado pela pelve renal, cálices, vasos e nervos e uma quantidade variável de gordura. Cada rim
tem faces anterior e posterior, margens medial e lateral e polos superior e inferior. No entanto, devido à
protrusão da coluna vertebral lombar para a cavidade abdominal, os rins estão posicionados obliquamente,
formando um ângulo entre eles. Consequentemente, o diâmetro transverso dos rins é reduzido em vistas
anteriores e em radiografias anteroposteriores (AP). A margem lateral de cada rim é convexa, e a margem
medial é côncava, onde estão localizados o seio renal e a pelve renal. A margem medial entalhada confere
ao rim uma aparência semelhante à de um grão de feijão.
A pelve renal é a expansão afunilada e achatada da extremidade superior do ureter. O ápice da pelve renal
é contínuo com o ureter. A pelve renal recebe dois ou três cálices maiores, e cada um deles se divide em dois
ou três cálices menores. Cada cálice menor é entalhado por uma papila renal, o ápice da pirâmide renal, de
onde a urina é excretada. Nas pessoas vivas, a pelve renal e seus cálices geralmente estão colapsados (vazios).
As pirâmides e o córtex associado formam os lobos renais. Os lobos são visíveis na face externa dos rins nos
fetos, e os sinais dos lobos podem persistir por algum tempo após o nascimento.

Relações anatômicas dos rins, glândulas suprarrenais, pâncreas e duodeno. A glândula


suprarrenal direita está situada no nível do forame omental (seta preta).

Aparências externa e interna dos rins. A. Rim direito. B. Seio renal, visto através do hilo renal. C. O lábio anterior
do hilo renal foi retirado para expor a pelve renal e os cálices no seio renal. D. Este corte coronal do rim mostra a
estrutura interna do órgão. As pirâmides renais contêm os túbulos coletores e formam a medula do rim. O córtex
renal contém os corpúsculos renais.

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