Função Renal (Concluído) .

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FUNÇÃO RENAL

Matheus de Lima Duarte Galvão.


Matheus Marangon Hagale.
Natalia Alves Almeida Mendes.
Paulo Ricardo Zaiatz Neves.
Pedro Ryan Brito Durães.
RIM

 Os rins encontram-se fora da cavidade


peritoneal. E pesam aproximadamente
150 gramas cada.
 São recobertos por uma cápsula dura
e fibrosa, que protege suas estruturas
internas.
 Suas 2 principais regiões são:
Córtex externo e a Medula interna.
 A medula é dividida em 8 a 10 massas
de tecido em forma de cone chamadas
de pirâmides renais.
VASCULARIZAÇÃO RENAL
 O sangue flui para cada rim através da artéria renal.
 A artéria renal, se ramifica em: Artérias interlobares,
artérias arqueadas, artérias interlobulares e as
arteríolas aferentes.
 Os capilares de cada glomérulo se juntam para
formar uma arteríola eferente.
 Os capilares peri tubulares se esvaziam nos vasos do
sistema venoso e progressivamente formam a veia
interlobular, veia arqueada, veia interlobar e a veia
renal.
 A veia renal deixa o rim ao longa da artéria renal
e do ureter.
 Os vasa recta são capilares peritubulares
especializados que se estendem para o interior da
medula renal e cursam paralelamente às
Alças de Henle.
NÉFRON
 É a unidade funcional dos rins.
 É Formada por Corpúsculos de Malpighi,
contendo o sistema tubular, composto pelo
túbulo contorcido proximal, alça de Henle,
túbulo contorcido distal e, o túbulo coletor.
 Responsável pelos 2 processos principais que
estão relacionados a gênese da Urina, a
produção do filtrado glomerular nos
Corpúsculos de Malphigi e o processo desse
filtrado em seu sistema tubular.
 Elementos Corticais: Corpúsculo de Malpighi, túbulos
contorcidos proximal e distal e túbulo
coletor.
 Zona Medular: Alça de Henle e a maior parte
dos túbulos coletores.
FUNÇÕES RENAIS
 São responsáveis pela volemia e a composição dos fluidos extracelulares para que estejam
compatíveis com o funcionamento fisiológico do corpo.
 As principais funções são:

 Excreção de metabólitos e substâncias exógenas:


O metabolismo assegura todas as funções e atividades do corpo tem como produto diversos
compostos, como a ureia, a creatinina e o ácido úrico (presença no organismo é fisiológica).

A acumulação dessas substâncias pode ter efeitos nocivos para a integridade dos sistemas
biológicos e seu funcionamento.

Tanto para produtos endógenos quanto substâncias exógenas, os rins desempenham a ação
fundamental de eliminação, tendo como via a filtração e subsequente excreção pela urina.
FUNÇÕES RENAIS
 Produção e secreção hormonal:

A produção e secreção de renina, constituinte do sistema Renina-Angiotensina Aldosterona


(regula a pressão arterial), é uma das importantes contribuições dos rins á homeostase.
Os rins produzem uma série de outros hormônios como:
 Calcitriol (Vitamina b3).
 Eritropoietina.

Sendo o último um hormônio estimulador da geração de eritrócitos na medula óssea.


Primeiramente atua no intestino, promovendo a absorção dos íons de Ca+, e posteriormente
sua deposição nos ossos.
FUNÇÕES RENAIS
 Regulação do equilíbrio eletrolítico e ácido-base

Pela ação de transportadores iônicos nas túbulos renais, é feita a reabsorção ou secreção de
íons inorgânicos como Na+ , K+ e Cl-.
Para assegurar níveis fisiológicos de acidez sanguínea, os rins integram nossos sistemas
tampão e contribuem para manutenção de valores de pH em torno de 7,4.
 Neoglicogênese

Pacientes diabéticos com algum grau de insuficiência renal possuem risco maior de terem
episódios de hipoglicemia.
Esse fenômeno pode ser explicado pela depuração inadequada de insulina em decorrência de
um rim francamente lesionado.
É um processo protetor dos níveis glicêmicos no contexto de jejum prolongado, por
exemplo.
FUNÇÕES RENAIS

 Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona

Série de reações para ajudar a regular a pressão arterial.


Quando a pressão arterial cai (no caso da pressão sistólica, para 100 mm Hg ou menos), os
rins liberam a enzima renina na corrente sanguínea.
A renina se divide o angiotensinogênio, uma grande proteína que circula na corrente
sanguínea, em partes.
A angiotensina I, que se mantém relativamente inativa, é dividida em partes pela enzima de
conversão da angiotensina (ECA). Uma parte é a angiotensina II, um hormônio que é muito
ativo.
FUNÇÕES RENAIS
A angiotensina II faz com que as
paredes musculares das arteríolas con-
traiam, aumentando a PA. Também
provoca a liberação do hormônio
aldosterona pelas glândulas adrenais e
da vasopressina (hormônio antidiurético)
pela hipófise.

A aldosterona e a vasopressina fazem


com que os rins retenham Na+.
A aldosterona também faz com que os rins
excretem potássio. O aumento de Na+
faz com que a água seja retida,
aumentando, assim, o volume de sangue
e a PA.
FILTRAÇÃO GLOMERULAR

 É a medida da depuração de uma substância que é filtrada livremente pelos glomérulos e não
sofre reabsorção ou secreção tubular, por isso é comumente usada como a medida padrão
da avaliação da função renal.
 TFG normal aproximadamente 80-120 mL/min.
 A estimativa do RFG é parte essencial da avaliação clínica, uma vez que muitas nefropatias
evoluem de modo assintomático, tendo como único sinal de alerta a queda do RFG. Nesses
casos, o RFG funciona como um indicador indispensável da função renal.
PATOLOGIAS QUE PROMOVEM A QUEDA DA TFG
 Hipertensão Arterial Sistêmica

A elevação da pressão arterial sistêmica promove alterações significativas na microcirculação


glomerular, que a protegem contra a agressão mecânica.
A pressão capilar glomerular é mantida em níveis praticamente normais por conta do
mecanismo fisiológico de autorregulação.
Se a hipertensão se mantiver por tempo suficiente (meses ou anos), a faixa de
autorregulação pode deslocar-se para a direita, acomodando-se, por exemplo, entre 100 e
180 mmHg.
A exposição contínua da parede da arteríola aferente a níveis pressóricos elevados pode
provocar o aparecimento de lesões estruturais sérias. Que podem alterar a resposta
miogênica, retardando e/ou limitando o mecanismo de autorregulação.
PATOLOGIAS QUE PROMOVEM A QUEDA DA TFG
 Doença Renal Crônica

Seja qual for a causa primária, sua progressão leva invariavelmente à redução gradativa do
número de néfrons. Em consequência, a taxa de filtração por néfron remanescente aumenta
muito, podendo atingir o dobro ou até o triplo do normal, atenuando assim a queda do RFG,
que é inevitável.

 Estados de hipovolemia

As hipovolemias graves usualmente são acompanhadas de uma queda acentuada da pressão


arterial. Além disso, ocorre vasoconstrição generalizada, como parte do esforço do
organismo para impedir ou atenuar a queda da pressão arterial.
Pacientes nefróticos e portadores de ICC também podem evoluir com má perfusão renal, na
primeira condição por redução real da volemia e, na segunda, por baixo débito cardíaco.
PATOLOGIAS QUE PROMOVEM A QUEDA DA TFG

 Obstrução urinária

O processo de filtração glomerular pode ser severamente limitado ou totalmente


interrompido quando as vias urinárias são obstruídas por cálculos renais, tumores ureterais,
tumores pélvicos entre outras anomalias.
A pressão hidráulica no interior das vias urinárias obstruídas se eleva, transmitindo-se aos
túbulos renais e ao espaço de Bowman.

 Redução da TFG com a idade

Este processo envolve a esclerose progressiva dos glomérulos e a atrofia dos túbulos
correspondentes, embora os mecanismos celulares e moleculares envolvidos não sejam ainda
conhecidos
MARCADORES DA FILTRAÇÃO GLOMERULAR

 Creatinina

O aumento da creatinina sérica (VN: 06 – 1,3 mg/dL) está sempre associado a uma disfunção
renal, esse aumento pode ter 2 significados:
- Rim não consegue este composto.
- Quantidade elevada lesa o rim.
 A creatinina não é o melhor parâmetro de marcador de filtração glomerular, e isso se deve a
alguns fatores:
- Baixa sensibilidade na disfunção inicial.
- Baixa especificidade na disfunção avançada, porque a creatinina não é um marcador
quantitativo.
- Baixa especificidade na disfunção avançada, porque a creatinina não é um marcador
quantitativo
A partir desses fatores, pensou-se em utilizar a creatinina para a avaliação renal, usualmente
utilizando urina coletada durante 24 horas. Os pontos positivos da utilização deste método são:

- Boa correlação com o clearence da inulina, que é o marcador padrão-ouro da taxa de filtração
glomerular.
- A excreção da creatinina é constante durante o dia, não havendo variação.
- Avaliação é simples, 1barata e reprodutível.

Existem no entanto, duas limitações importantes ao uso do clearance de creatinina.

- A creatinina não é propriamente um marcador perfeito do RFG, uma vez que é secretada em
pequenas quantidades pelo túbulo proximal.
- Algumas drogas podem reduzir a excreção de creatinina, elevando seu nível plasmático e,
consequentemente, exercendo efeito idêntico ao de uma redução do RFG
MARCADORES DA FILTRAÇÃO GLOMERULAR
 Ureia

É o principal produto formado pelo catabolismo oriundo da conversão da amônia por


enzimas hepáticas. Sua excreção ocorre predominantemente pelo rim. Assim como a
creatinina, a ureia apresenta relação inversa com a TFG.
 Fatores que causam variação de concentração de ureia sérica:

1. Fatores de elevação:
- Pacientes em corticoterapia.
- Pacientes com ingestão acentuada de proteínas.
- Sangramentos do trato gastrointestinal
II. Fatores de diminuição:
- Paciente hepatopata.
- Severa desnutrição.
MARCADORES EXÓGENOS E ENDÓGENOS

 Surgem como uma alternativa para a determinação da TFG;


 O marcador ideal é aquele que:
MARCADORES EXÓGENOS E ENDÓGENOS

 Insulina: Marcador Exógeno

Inerte nos sistemas humanos, mas é uma metodologia invasiva e demorada;

 CISTATINA C: Marcador Endógeno

- Sofre relativa reabsorção e metabolização nos túbulos proximais, mas sua


concentração no plasma sanguíneo não varia com dieta ou estado inflamatório;
- Sofre elevação precoce na Insuficiência Renal Aguda.
- Pouco acessível e dispendiosa.
PROTEINÚRIA DE 24 HORAS

 A parede glomerular bloqueia a passagem de macromoléculas;

 Uma quantidade insignificante de proteína pode passar, mas são reabsorvidas por
endocitose no Túbulo Proximal;
PROTEINÚRIA DE 24 HORAS

 Mensurada em amostra de débito urinário de 24h;


- Proteinúria glomerular: albumina.

- Proteinúria tubular: proteínas plasmáticas de baixo peso molecular.

- Proteinúria de sobrecarga: extravasamento de proteínas de baixo peso molecular do plasma para a


urina, como hemoglobina.

- Proteinúria pós-renal: produção de proteínas pelas vias urinárias.


PROTEINÚRIA DE 24 HORAS

 Valores de referência: 30 – 150mg


 Valores superiores a 150mg/24h constituem o achado isolado mais sugestivo de doença
renal;
MICROALBUMINÚRIA

 Sinal precoce de nefropatia.


 A medição específica da taxa de excreção urinária de albumina é o método mais sensível
para determinar um aumento da permeabilidade glomerular;
 Importante para identificar processo patológico renal, mesmo na ausência de outros
achados;

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