Existe Democracia Sem Verdade Facutal (Interrogação)
Existe Democracia Sem Verdade Facutal (Interrogação)
Existe Democracia Sem Verdade Facutal (Interrogação)
Eugênio Bucci
Eugênio Bucci
2019
Apresentação 11
Primeira parte:
Observação preliminar sobre a verdade na
imprensa e na política 19
Como mentiras influenciam decisões democráticas...........24
Segunda parte:
Acerca da verdade que supostamente emancipa 31
A informação e seu valor de mercado................................37
Como a informação foi inventada por uma
teoria matemática...............................................................41
Um conceito que não leva em conta a verdade..................45
A informação se reconcilia com a verdade.........................51
Terceira parte:
Por que a verdade factual faz tanta diferença 59
Dos fatos soterrados à Comissão Nacional da Verdade.....67
7
Quarta parte:
Duas estratégias de interdição dos fatos 77
Primeira estratégia de interdição dos fatos
(emanada do poder): os apagões de real.................................78
Segunda estratégia de interdição aos fatos
(cujo discurso se vende como um
movimento
anti-establishment): o suicídio da consciência..........................82
A opinião como farsa..........................................................83
Os fatos na política segundo Aristóteles.............................88
O fato como trabalho...........................................................90
O fato como verdade...........................................................91
O fato como acontecimento................................................92
A palavra fato e sua origem latina.......................................93
O fato como o oposto das imagens e da ilusão..................94
Quinta parte:
A dualidade entre a moral e os fatos em
Maquiavel e Weber 101
O Príncipe e o espírito prático...........................................101
A responsabilidade factual em Weber...............................104
Os fatos e a realização da Justiça.........................................107
A atualidade inconclusa....................................................114
Posfácio
Uma nota ética sobre a biblioteca e a verdade factual...121
Bibliografia 123
Principal............................................................................123
Jornais e media eletrônica................................................128
Complementar........................................................................131
8
“Como os factos e os acontecimentos – que são sempre
engen- drados pelos homens vivendo e agindo em conjunto –
con- stituem a própria textura do domínio político, é,
naturalmente, a verdade de facto que nos interessa mais aqui
.”
Hannah Arendt, “Verdade e Política” 1
9
Apresentação
1
Este breve livro se filia à tradição do
Iluminismo, mas não se acomoda a essa tradição.
Outras referên- cias teóricas – muitas outras – serão
invocadas, desde elementos
1
Eugênio Bucci
2 No original: “Art of the lie: Post-truth politics in the age of social media.”
3 A expressão “fake news”, em inglês, costuma ser traduzida como “notícia
fal- sa” ou “notícias falsas”. Na tradução sugerida pelo professor Carlos
Eduardo Lins da Silva, adotada aqui, é “notícias fraudulentas”. O
sentido do adjetivo “fake”, em inglês, envolve intenção do agente de
1
enganar o interlocutor, o público ou o destinatário. O adjetivo “falsa”,
em português, não implica esse dolo, essa intenção maliciosa. Desse
modo, a expressão “notícias falsas” é fraca para traduzir o sentido da
expressão “fake news”.
1
Apresentação
1
6 A história é contada em: https://www.oxforddictionaries.com/press/
news/2016/12/11/WOTY-16
7 KEYES, Ralph. The Post-Truth Era: Dishonesty and Deception in Contemporary
Life. New York: St. Martin’s Press. 2004.
1
Eugênio Bucci
1
word-of-the-year-dictionarycom
10 Ver: https://www.ifla.org/node/11584. O texto “Real Solutions to Fake
News: How Libraries Help” passou a ser divulgado a partir da
conferência anual da instituição.
1
Apresentação
1
11 https://www.magicwebdesign.com.br/blog/internet/existem-7-tipos-fake-
news-voce-conhece-todos/
1
Eugênio Bucci
1
Apresentação
1
Eugênio Bucci
1
Primeira Parte
1
Eugênio Bucci
2
another paper when that suits him.” Observação: a exemplo desta,
todas as traduções de textos citados em inglês foram feitas pelo autor.
2
Primeira Parte – Observação preliminar sobre a verdade na imprensa e na
política
2
cada um.
14 LIPPMANN, Walter. Public Opinion. New York: Free Press Paperbacks (Simon
and Schuster), 1997, p. 226. Em inglês: “The function of news is to
signalize an event, the function of truth is to bring to light the hidern
facts, to set them into relation with each other, an make a picture of
reality on which men can act.”
2
Eugênio Bucci
2
15 MALCOM, Jannet. O jornalista e o assassino. São Paulo: Cia das Letras,
2011,
p. 11. A propósito, vale ler o posfácio de Otavio Frias Filho, cuja leitura
in- fluencia a interpretação exposta neste texto.
2
Primeira Parte – Observação preliminar sobre a verdade na imprensa e na
política
2
Eugênio Bucci
2
que as coisas sejam como são. Ao contrário, ela
2
Primeira Parte – Observação preliminar sobre a verdade na imprensa e na
política
2
Eugênio Bucci
2
Primeira Parte – Observação preliminar sobre a verdade na imprensa e na
política
2
lê-se: “The standpoint outside the political realm – outside the
Community to which we belong and the company of our peers – is
clearly characterized as one of the various modes of being alone.
Outstanding among the existential mode of truth- telling are the solitude
of the phiolosopher, the isolation of the scientist and the artist, the
impartiality of the historian and the judge, the independence of the fact-
finder, the witness, and the reporter.”
2
Eugênio Bucci
2
21 Foram, ao todo, cinco reportagens sequenciais, a primeira delas publicada
na edição de 16 de fevereiro de 1963, sob o título de “Eichmann in
Jerusalem
– I”. Depois, as cinco foram reunidas no livro Eichmann em Jerusalém –
um relato sobre a banalidade do mal (São Paulo: Companhia das Letras,
1999).
3
Primeira Parte – Observação preliminar sobre a verdade na imprensa e na
política
22 ARENDT. Parte V.
3
Eugênio Bucci
3
Segunda Parte
3
pela esperança de encontrarem uma resposta ao seu trabalho? Já não
se prefigurava aí uma tendência forte no sentido de se afirmar o papel
essencialmente pedagógico do intelectual? Já não estaria ali o
pressuposto da existência de um público capaz de julgar?”
3
Eugênio Bucci
3
24 COELHO, Teixeira. Dicionário Crítico de Política Cultural. São Paulo: Iluminura,
1997. P. 77.
25 MILANESI, Luis. O que é Biblioteca. São Paulo: Brasiliense. Terceira Edição,
1985. P. 22.
3
Segunda Parte – Acerca da verdade que supostamente emancipa
3
1989, p.61.
27 MALESHERBES, Guillaume-Chrétien de Lamoignon de. Mémoires sur la librai-
rie et sur la liberté de la Presse, datado de 1788, mas só publicado em
1809,
p. 266, apud NASCIMENTO, Milton Meira do. Opinião Pública e Revolução .
São Paulo: Edusp / Nova Stella, 1989, p.62.
3
Eugênio Bucci
3
28 DARNTON, Robert. Boemia Literária e Revolução: o submundo das letras no
Antigo Regime. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.p. 27.
3
Segunda Parte – Acerca da verdade que supostamente emancipa
35
29 NOVAES, Adauto. Mutações: dissonâncias do progresso. Texto de
apresenta- ção publicado no catálogo do ciclo, 2017, p. 22.
35
Eugênio Bucci
3
and Technology. Ed. Blaise Cronin. v. 37, cap. 8, p. 343-411, 2003,
autorizada pelos autores. Tradutores: Ana Maria Pereira Cardoso, Maria
da Glória Achtschin e Marco Antônio de Azevedo, p. 155.
3
Segunda Parte – Acerca da verdade que supostamente emancipa
3
eram cotações de preços, estimativas de safras,
volumes de cargas em transporte, datas previstas
para
31 Idem
3
Eugênio Bucci
3
Segunda Parte – Acerca da verdade que supostamente emancipa
4
dos jornais diários que viriam depois da era da imprensa de opinião (em
que a reportagem praticamente não tinha lugar, e que persistiu até
meados do século XIX), ver MIÈGE, Bernard. “L’espace public:
perpétué, élargi et frag- menté”. In: PAILLART, Isabelle (org.). L’espace
public e l’emprise de la com- munication . Grenoble: Ellug, 1995, p. 163-
175.
4
Eugênio Bucci
4
36 Idem, ibidem, p. 353.
4
Segunda Parte – Acerca da verdade que supostamente emancipa
4
informação”. In: MORIGI, Valdir. JACKS, Nilda. GOLIN, Cida.
Epistemologias, comunicação e informação. Porto Alegre: Sulina, 2016, p.
39.
4
Eugênio Bucci
4
Segunda Parte – Acerca da verdade que supostamente emancipa
4
41 WURMAN, Richard. Ansiedade de informação: como transformar
informação em compreensão. São Paulo: Cultura Editores Associados.
1991, p. 43. Original: WURMAN, Richard Saul. Information Anxiety. New
York: Doubleday, 1989.
4
Eugênio Bucci
4
Segunda Parte – Acerca da verdade que supostamente emancipa
4
Commu- nication. The University of Illinois Press. Urbana, 1964, p. 19.
Isso já era a décima reimpressão de uma obra em capa dura. As
primeiras edições, em capa mole (paper bound ou paper back),
apareceram em 1963. No original: “Uncertainty which arises by virtue of
freedom of choice on the part of the sender is desrieble uncertainty.
Uncertainty which arises because of errors or because of the influence of
noise is undesireble uncertainty.”
4
Eugênio Bucci
4
means when he says that ‘the semantic aspects of communication are
irrelevant to the engineering aspects.’ But this does not mean that the
engineering aspects are necessarily irrelevant to the semantic aspects.”
4
Segunda Parte – Acerca da verdade que supostamente emancipa
Traduzindo:
4
44 BOOLE, George. An Investigation of the Laws of Thought, on Whtich Are
Found- ed the Mathematical theories of Logic and Probabilities. Londres
Walton & Maberlh, 1854. p. 88. Citado por GLEICK, James. A
informação: uma história, uma teoria, uma enxurrada. São Paulo:
Companhia das Letras, 2013, p. 173.
4
Eugênio Bucci
4
45 “H = - ∑ pi log pi”. SHANNON, Claude E.; WEAVER, Warren, The
mathematical Theory of Communication. The University of Illinois Press. Urbana,
1964, p. 14-15.
46 Essa sustentação está em KANT, Immanuel . Fundamentação da
Metafísica dos Costumes. Lisboa: Edições 70. 2005.
4
Segunda Parte – Acerca da verdade que supostamente emancipa
5
Se- gunda edição. São Paulo: Martins Fontes, 1996, p. 117.
48 KELSEN, Hans. Teoria pura do Direito. Tradução: João Baptista Machado.
Quin- ta edição. São Paulo: Martins Fontes, 1996, p.77. (O original é de
1934)
5
Eugênio Bucci
50
1997, p. 25.
50 Numa síntese matemática já sugerida em escritos anteriores pelo autor
do presente texto.
50
Segunda Parte – Acerca da verdade que supostamente emancipa
5
Eugênio Bucci
5
52 HABERMAS, J. Teoría de la acción comunicativa. vol. 1, p. 144.
5
Segunda Parte – Acerca da verdade que supostamente emancipa
5
[Nessa passagem, Capurro e Hjorland fazem referência à full professor
da Texas A&M University, SANDRA BRAMAN. Defining information: An
approach for policymakers. Telecommunications Policy, v. 13, n. 1, p.
233-242. 1989.]
54 Idem, p. 154.
5
Eugênio Bucci
55 Idem, p. 158.
56 DRETSKE, F. I. Knowledge and the flow of information. Cambridge, MA:
MIT, 1981, p. 45.
57 CAPURRO, Rafael. HJORLAND, Birger. O Conceito de Informação. Perspectivas
em Ciência da Informação, v. 12, n. 1, p. 148-207, jan./abr. 2007.
Tradução do capítulo publicado no Annual Review of Information Science
5
and Technology. Ed. Blaise Cronin. v. 37, cap. 8, p. 343-411, 2003,
autorizada pelos autores. Tradutores: Ana Maria Pereira Cardoso, Maria
da Glória Achtschin e Marco Antônio de Azevedo. P. 193.
5
Segunda Parte – Acerca da verdade que supostamente emancipa
5
original:
5
Eugênio Bucci
5
59 Idem.
60 SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de Lingüística Geral, organizado por
Charles Bally e Albert Sechehaye, São Paulo: Cultrix, 1969, p. 14.
5
Segunda Parte – Acerca da verdade que supostamente emancipa
5
62 “O Google admitiu pela primeira vez que operadores russos exploraram
as plataformas da empresa para interferir na eleição presidencial dos
EUA de 2016.” Ver na Folha de S.Paulo, versão online, de 9 de outubro
de 2017. http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2017/10/1925583-
google-des-
5
Eugênio Bucci
cobre-anuncios-comprados-por-russos-no-youtube-e-no-gmail.shtml. Ver
também “Facebook vai entregar ao Congresso dos EUA anúncios pagos
por russos”, também na Folha de S .Paulo, versão online, de 21 de
setembro de 2017.
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2017/09/1920544-face- book-vai-
entregar-ao-congresso-dos-eua-anuncios-pagos-por-russos.shtml.
63 Combating Fakenews: An Agenda for Research and Action. Conference held
February 17–18, 2017 Organized by Matthew Baum (Harvard), David Lazer
(Northeastern), and Nicco Mele (Harvard). Final report written by David
Lazer, Matthew Baum, Nir Grinberg, Lisa Friedland, Kenneth Joseph, Will
Hobbs and Carolina Mattsson. https://shorensteincenter.org/combating-
5
fake-news-a- genda-for-research/. No orginal: “We must investigate what
the necessary ingredients are for information systems that encourage a
culture of truth.”
6
Terceira Parte
6
Eugênio Bucci
64 Ver, a esse propósito, BUCCI, Eugênio. A forma bruta dos protestos. São
Paulo: Companhia das Letras, 2016.
6
Terceira Parte – Por que a verdade factual faz tanta diferença
65 O site Consultor Jurídico noticiou uma das medições que foram feitas na
épo- ca: “Notícias falsas sobre a operação ‘lava jato’ causam maior
repercussão dos que as verdadeiras. A constatação foi feita pelo site
BuzzFeed, que mediu o engajamento gerado no Facebook por textos
6
verdadeiros ou não sobre a investigação na Petrobras. As interações com
as dez notícias falsas mais co- mentadas chegam a quase 4 milhões,
contra 2,7 milhões com o ranking das verdadeiras.”
http://www.conjur.com.br/2016-nov-22/noticias-falsas-lava- jato-
repercutem-verdadeiras
6
Eugênio Bucci
6
Terceira Parte – Por que a verdade factual faz tanta diferença
6
Eugênio Bucci
6
em compara- ção ao mesmo período do ano anterior.”. Ver em
“Facebook registra salto no lucro 71 no 2º trimestre de 2017”. G1.
https://g1.globo.com/tecnologia/ noticia/facebook-registra-salto-no-lucro-
71-no-2-trimestre-de-2017.ghtml . Accessado em 26 de outubro de 2017.
6
Terceira Parte – Por que a verdade factual faz tanta diferença
68 http://www.valor.com.br/empresas/5132310/apple-e-google-sao-marcas
-mais-valiosas-do-mundo. Acessado em 26 de outubro de 2017.
69 Ver http://www.valor.com.br/empresas/5186711/apple-atinge-valor-de-
mercado-de-us-900-bilhoes-na-bolsa-de-nova-york (Acessado em 9 de no-
6
vembro de 2017).
70 “Facebook registra salto no lucro 71 no 2º trimestre de 2017”. https://
g1.globo.com/tecnologia/noticia/facebook-registra-salto-no-lucro-71-no-
2-trimestre-de-2017.ghtml. Acessado em 26 de outubro de 2017.
6
Eugênio Bucci
6
unprofitable the truth may be. For this difficult and often dangerous
service, which we recognize as fun- damental, we expected to pay until
recently the smallest coin turned out by the mint.”
6
Terceira Parte – Por que a verdade factual faz tanta diferença
6
recentes), as identidades – sejam elas identidades
nacionais, seja a identidade primeira, a básica, que é
a identidade de pessoa humana – perdem sua
consistência, dis- solvem-se.
6
Eugênio Bucci
72 www.cnv.gov.br
7
Terceira Parte – Por que a verdade factual faz tanta diferença
7
Eugênio Bucci
7
73 ARENDT, Hannah. Verdade e Política. In: Entre o Passado e o Futuro.
Tradu- ção de Manuel Alberto. Lisboa: Relógio D’Água Editores, 1995.
Disponível na internet:
http://abdet.com.br/site/wp-content/uploads/2014/11/Verdade
-e-pol C3 ADtica.pdf Acessado em 20 de maio de 2017.
7
Terceira Parte – Por que a verdade factual faz tanta diferença
7
74 ARENDT, Hannah. Verdade e Política. In: Entre o Passado e o Futuro.
Tradução de Manuel Alberto. Lisboa: Relógio D’Água Editores, 1995.
7
Eugênio Bucci
7
76 O endereço eletrônico da agência no Brasil é https://br.sputniknews.com/.
77 https://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/televisao/para-desmascarar-cnn-
donald-trump-quer-um-canal-de-noticias-estatal-23478
7
Terceira Parte – Por que a verdade factual faz tanta diferença
7
78 Basta lembrar que, no final de outubro de 2017, o chefe da campanha
eleito- ral de Trump se entregou ao FBI.
https://noticias.uol.com.br/internacional/ ultimas-noticias/2017/10/30/ex-
chefe-da-campanha-de-trump-se-entrega
-ao-fbi-em-investigacao-sobre-complo-com-a-russia.htm
7
Eugênio Bucci
7
Maria da Glória Achtschin e Marco Antônio de Azevedo. P. 187.
80 SUAIDEN, E. J. . La biblioteca pública y la sociedad de la información. El
Libro En America Latina y Caribe, Bogota - Colombia,v. 1, n.1, p. 28-38,
1999.
7
Terceira Parte – Por que a verdade factual faz tanta diferença
7
Eugênio Bucci
7
Reitero que, para efeitos deste texto, penso na
palavra “poder” com o sentido de novelo de tensões
– atravessado por arestas e contra-
8
Quarta Parte – Duas estratégias de interdição dos fatos
8
Eugênio Bucci
8
Quarta Parte – Duas estratégias de interdição dos fatos
81
Eugênio Bucci
82
fato: se um fato contraria a linha oficial daquela
corrente, daquele partido,
82
Quarta Parte – Duas estratégias de interdição dos fatos
8
A opinião como farsa
8
Eugênio Bucci
84 ARENDT, Hannah. Verdade e Política . Parte II. In: ARENDT, Hannah. Entre o
Passado e o Futuro. Tradução de Manuel Alberto. Lisboa: Relógio D’Água
Edi- tores, 1995.
85 ARENDT, Hannah. Verdade e Política. Parte II. In: ARENDT, Hannah.
8
Entre o Passado e o Futuro Tradução de Manuel Alberto. Lisboa: Relógio
D’Água Editores, 1995.
8
Quarta Parte – Duas estratégias de interdição dos fatos
85
Eugênio Bucci
86
87 ARENDT, Hannah. Verdade e Política. Parte II. In: ARENDT, Hannah.
Entre o Passado e o Futuro. Tradução de Manuel Alberto. Lisboa: Relógio
D’Água Editores, 1995.
86
Quarta Parte – Duas estratégias de interdição dos fatos
8
88 ARENDT, Hannah. Verdade e Política. Parte I. In: ARENDT, Hannah.
Entre o Passado e o Futuro. Tradução de Manuel Alberto. Lisboa: Relógio
D’Água Editores, 1995.
8
Eugênio Bucci
8
Português. Tradução de António Campelo Amaral e Carlos de Carvalho
Gomes. Coleção Vega Universidade/Ciências Sociais e Políticas. Lis- boa:
Vega, 1998, p. 127.
9
Quarta Parte – Duas estratégias de interdição dos fatos
8
António Campelo Amaral e Carlos de Carvalho Gomes. Colação Vega
Universidade/Ciências Sociais e Políticas. Lisboa: Vega, 1998. Para a
conferência das traduções, colaborou também, vo- luntariamente, o
professor de grego no Centro Cultural de Brasília, Dimitrios Dimas (MSc).
9
Eugênio Bucci
9
Quarta Parte – Duas estratégias de interdição dos fatos
9
Quarta Parte – Duas estratégias de interdição dos fatos
9
Eugênio Bucci
9
94 Lalande, André. Vocabulário técnico de Filosofia. São Paulo: Martins
Fontes, 2ª edição, 1996, p. 388.
9
Quarta Parte – Duas estratégias de interdição dos fatos
9
Eugênio Bucci
9
na consulta a outras traduções.
97 ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Nova
Cul- tural, 1996, p. 119.
9
Quarta Parte – Duas estratégias de interdição dos fatos
97
ro. Tradução de Nélio Schneider. 1ª edição. São Paulo: Boitempo, 2018, p.
23.
100 MARX, Karl. Diferença entre a Filosofia da Natureza de Demócrito e
Epicuro.
Tradução de Nélio Schneider. 1ª edição. São Paulo: Boitempo, 2018, p. 124.
97
Eugênio Bucci
98
ro. Tradução de Nélio Schneider. 1ª edição. São Paulo: Boitempo, 2018, p.
53.
103 Marx, Karl. Diferença entre a Filosofia da Natureza de Demócrito e Epicu-
ro. Tradução de Nélio Schneider. 1ª edição. São Paulo: Boitempo, 2018, p.
39.
98
Quarta Parte – Duas estratégias de interdição dos fatos
104 “Embora valha bem a pena atingir esse fim [a felicidade] para um
indivíduo só, é mais belo e mais divino alcançá-lo para uma nação ou
para as cidades
-Estados. Tais são, por conseguinte, os fins visados pela nossa
investigação, pois que isso pertence à ciência política numa das acepções
do termo.” ARIS- TÓTELES. Ética a Nicômaco. Tradução de Leonel
Vallandro e Gerd Bornheim. São Paulo: Nova Cultural, 1987.
105 ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Nova
Cul- tural, 1996, p. 138.
106 Tradução do filósofo espanhol Patricio de Azcárate Corral (1800-1886).
9
Origi- nal em espanhol: La moral, a mi juicio, sólo puede formar parte
de la política.
1
Eugênio Bucci
1
se adquiere. Disponível na Internet. http://www.filosofia.org/
cla/ari/azc02007.htm
1
Quinta Parte
10
Eugênio Bucci
10
107 MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Tradução Maria Júlia Goldwasser. Cap.
XV. São Paulo: Martins Fontes, 2010, p. 75.
108 MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Tradução Maria Júlia Goldwasser. Cap. XVIII.
São Paulo: Martins Fontes, 2010, p. 86.
10
Quinta Parte – A dualidade entre a moral e os fatos em Maquiavel e Weber
10
Fontes, 2010, p. XI.) Segundo Aron, Maquiavel teria sido o primeiro a
pensar a Política cientificamente, a partir dos fatos, com métodos pelos
quais se pode chefiar um Estado com sucesso. Devemos ter em mente,
entretanto, sem nenhum demérito para o que há de inaugural em
Maquiavel, que esse
10
Eugênio Bucci
10
Quinta Parte – A dualidade entre a moral e os fatos em Maquiavel e Weber
111 WEBER, Max. A política como vocação. In: Ciência e Política, duas vocações.
10
São Paulo: Cultrix, 2006, p. 106.
112 WEBER, Max. A política como vocação. In: Ciência e Política, duas vocações.
São Paulo: Cultrix, 2006, p. 121.
10
Eugênio Bucci
10
113 WEBER, Max. A política como vocação . In: Ciência e Política, duas vocações.
São Paulo: Cultrix, 2006, p. 83.
10
Quinta Parte – A dualidade entre a moral e os fatos em Maquiavel e Weber
10
equiparável ao lugar das leis,
o que Edward Coke disse ao soberano é que ele
também não
10
Eugênio Bucci
10
fake news: MESQUITA, Fernão. A pós-verdade levará à pós-democracia?
Revista USP, 116, janeiro/ fevereiro/março 2018. Pp. 31-38. P. 34. ISSN
0103.9989.
115 ARENDT, Hannah. Verdade e Política. In: ARENDT, Hannah . Entre o Passado
e o Futuro. Tradução de Manuel Alberto. Lisboa: Relógio D’Água Editores,
1995.
11
Quinta Parte – A dualidade entre a moral e os fatos em Maquiavel e Weber
116 “Em todas as ciências e artes, o fim em vista é um bem. O maior bem é
o fim visado pela ciência suprema entre todas, e a mais suprema de
109
todas as ciências é o saber político. E o bem, em política, é a justiça
que consiste no interesse comum.” ARISTÓTELES. Política. Edição Bilíngue
Grego-Português. Tradução de António Campelo Amaral e Carlos de
Carvalho Gomes. Coleção Vega Universidade/Ciências Sociais e Políticas.
Lisboa: Vega, 1998, p. 231.
109
Eugênio Bucci
117 Hannah Arendt diz que o Judiciário, “seja como ramo do governo, seja
como administração directa da Justiça, é cuidadosamente protegido contra
o poder social e político”. ARENDT, Hannah. Verdade e Política. In: ARENDT,
Hannah . Entre o Passado e o Futuro. Tradução de Manuel Alberto. Parte
V. Lisboa: Relógio D’Água Editores, 1995.
118 Sócrates vira réu sob a acusação de “corromper a juventude”, mas
morre como um mártir da razão. A assembleia se divide, mas o
condena: são 281 votos contra ele e 220 em sua defesa.
119 Calas não escapou da morte a que foi condenado, na roda da tortura,
em 1762. Em 1765, coisa de três anos depois, seria postumamente
110
inocentado, graças em grande parte ao Tratado sobre a Tolerância,
escrito por Voltaire, que o transformou num símbolo das perseguições
religiosas e do rebaixa- mento da Justiça.
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percebe que, em sua vertigem de líder carismático e
apaixonante, acabou perdendo a
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que je suis le peuple! Le peuple est avec moi. Et vous, les assassins, vous
serez jugés par le peuple! Mais je parie quand même et je parlerai. Peut-
être l’air de cette salle retiendra-t-il l’écho de ma voix qu’on étouffe.
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Eugênio Bucci
A atualidade inconclusa
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pensamento político, reivindicando o apoio dos fatos
e se afastando dos mitos e dos deuses, sofre agora o
cerco da indústria do entretenimento, das
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Eugênio Bucci
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Posfácio
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Bibliografia
Principal
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Eugênio Bucci
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Bibliografia
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Eugênio Bucci
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Eugênio Bucci
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Bibliografia
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engre- nagem-das-noticias-falsas-no-brasil.shtml
130
Bibliografia
Complementar
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Eugênio Bucci
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13
Bibliografia
133
Coleção Interrogações