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LABIRINTO DE PRÁTICAS E CÓDIGOS: AUTOIMAGEM E
IDENTIDADE DOS AFRICANOS “DE NAÇÃO” NA CORTE
IMPERIAL (DIÁRIO DO RIO DE JANEIRO, 1830) Carolina Gonçalves de Pontes - [email protected]
VII SEMANA DE HISTÓRIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
MESA 7 A IMPRENSA COMO FONTE HISTORIOGRÁFICA
A IMPRENSA É UTILIZADA COMO FONTE DE PESQUISA PARA
HISTORIADORES QUE INVESTIGAM VARIADAS TEMÁTICAS, E NO CAMPO DOS ESTUDOS SOBRE ESCRAVIDÃO NO BRASIL ISSO NÃO É DIFERENTE.
A transferência da corte portuguesa para o brasil e a
criação da imprensa régia Humanidades digitais e a fundação da hemeroteca digital da biblioteca nacional. O ESCRAVO NOS ANÚNCIOS DE JORNAIS BRASILEIROS DO SÉCULO XIX, DE GILBERTO FREYRE
A proficuidade do uso de anúncios de
jornal para a história social da escravidão há muito foi destacada por gilberto freyre. compra, venda, aluguel e, majoritariamente, fuga de escravizados recheavam as seções de anúncios das publicações periódicas. O ESCRAVO NOS ANÚNCIOS DE JORNAIS BRASILEIROS DO SÉCULO XIX, DE GILBERTO FREYRE Agências na fuga A FUGA DE ESCRAVIZADOS SEMPRE FOI UMA TÔNICA NO SISTEMA ESCRAVISTA. E, NO BRASIL, NO SÉCULO XIX, ISSO NÃO FOI DIFERENTE.
A ESCRAVIDÃO NO BRASIL OITOCENTISTA
A FUGA DE ESCRAVIZADOS E A PREOCUPAÇÃO SENHORIAL ESPECIFICIDADE DAS FUGAS URBANAS COTIDIANO, SOCIABILIDADE E ASTÚCIA DOS FUGITIVOS Agências na fuga
diario do rio de janeiro, 1830
Agências na fuga
diario do rio de janeiro, 1830
Agências na fuga
diario do rio de janeiro, 1830
Agências na fuga e os africanos “de nação”
a vida cotidiana era marcada por agências, (re)adaptações
e negociações constantes, moldando a sociedade e formando um labirinto de práticas e códigos cotidianos, permitindo, assim, a fuga de escravizados na corte carioca oitocentista.
Anúncios de fuga e as identidades dos escravizados.
africanos fugidos sem menção à nação. OCULTAÇÃO DE IDENTIDADE E ETNICIDADE COMO ESTRATÉGIA EM PROL DA LIBERDADE. RECORTE TEMPORAL: 1830 RECORTE ESPACIAL: CIDADE DO RIO DE JANEIRO Agências na fuga e os africanos “de nação”
diario do rio de janeiro, 1830
Agências na fuga e os africanos “de nação”
diario do rio de janeiro, 1830
METODOLOGIA A ANÁLISE METODOLÓGICA PERMITE COMPREENSÃO INICIAL DAS AÇÕES DOS SUJEITOS QUE PRODUZIAM AGÊNCIA NA SOCIEDADE ESCRAVISTA.
Importância dos jornais como fonte historiográfica
Hemeroteca Nacional Digital como recurso fundamental Organização dos anúncios selecionados Classificação e categorização dos anúncios Análise quantitativa e qualitativa dos dados Levantamento das características dos africanos “de nação” METODOLOGIA METODOLOGIA CONSIDERAÇÕES FINAIS Até o momento, diante da fase preliminar da pesquisa, algumas hipóteses foram levantadas: Africanos escravizados ocultariam suas identidades, etnicidades e nações, produzindo autoimagem nas entrelinhas da sociedade escravista. Ocultação como estratégia de sobrevivência e solidariedade Mudança de nomes e identidades como estratégia de evasão e autonomia referências bibliográficas BETHELL, Leslie. A abolição do comércio brasileiro de escravos. Brasília, DF: Senado Federal, Conselho Editorial, 2002. CARVALHO, Marcus J. M. Um nome para a liberdade. In: CARVALHO, Marcus J. M. Liberdade: Rotinas e Rupturas do Escravismo, Recife, 1822-1850. 2. ed. Recife: Editora da UFPE, 1998. v. 1. p. 252-265. CHALHOUB, Sidney. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na corte. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. FARIAS, Juliana B; SOARES, Carlos Eugênio Líbano; GOMES, Flávio dos Santos. No labirinto das nações: africanos e identidades no Rio de Janeiro, século XIX. Rio de Janeiro. Arquivo Nacional, 2005. FERREIRA, Fernanda Cristina Puchinelli. Decifrando As Fugas Escravas: Narrativas, Senhores E Fujões Na Cidade Do Rio De Janeiro (1840-1850). Tempos De História, Brasília, v. 1, n. 36, p. 402-422, 2020. FINLEY, Moses I. Escravidão antiga e ideologia moderna. Rio de Janeiro: Graal, 1991. FREYRE, Gilberto. Casa-Grande & Senzala. 50. ed. São Paulo: Global Editora, 2005. FREYRE, Gilberto. O escravo nos anúncios de jornais brasileiros do século XIX. São Paulo: Ed. Nacional, 1979. GEBARA, Ademir. Escravos: fugas e fugas. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 12, p. 89-100, 1986. GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. GOMES, Flávio dos Santos. Jogando as redes, revendo as malhas: fugas e fugitivos no Brasil escravista. Tempo, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 67-93, 1996. referências bibliográficas KARASCH, Mary C. A vida dos escravos no Rio de Janeiro (1808-1850). Tradução: Pedro Maia Soares. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. LIMA, Carlos A. M. Sobre A lógica das ocupações escravas na cidade do Rio de Janeiro, 1789-1835. In: SOUZA, Jorge Prata de (org.). Escravidão: ofícios e liberdade. Rio De Janeiro: Arquivo Público Do Estado Do Rio De Janeiro – APERJ, 1998. p. 11-32. MACHADO, Maria Helena P. T. Crime e escravidão: Trabalho, Luta e resistência nas lavouras paulistas 1830-1888. São Paulo: Editora Brasiliense, 1987. MAMIGONIAN, Beatriz G. África no Brasil: mapa de uma área em expansão. Topoi, Rio de Janeiro, v. 5, n. 9, p. 33-53, 2004. MATTOSO, Kátia. Ser escravo no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1988. MOURA, Clóvis. Rebeliões de senzala: quilombos, insurreições, guerrilhas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1988. PINHEIRO, Claudio Costa. Os desaparecidos: o cotidiano das fugas de escravos na Corte, 1835 e 1865. 1994. Monografia (Graduação em História) – Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1994. QUEIROZ, Suely R. R. de. Rebeldia escrava e historiografia. Estudos Econômicos. Instituto de Pesquisas Econômicas, São Paulo, v. 17, n. esp., p. 89-110, 1987. REIS, João José e Silva, Eduardo. Negociação e conflito: a resistência negra no Brasil escravista. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. p. 62-78. RODRIGUES, Raimundo Nina. Os africanos no Brasil. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2010. SCOTT, James C. A dominação e a arte da resistência: discursos ocultos. Lisboa: Livraria Letra Livre; Fortaleza: Plebeu Gabinete de Leitura Editorial, 2013. SHARPE, Jim. A história vista de baixo. In: BURKE, Peter (org.). A escrita da história. Novas perspectivas. São Paulo: Ed. UNESP, 1992. p. 39-64. SOARES, Luiz Carlos. O “Povo de Cam” na capital do Brasil: a escravidão urbana do Rio de Janeiro do século XIX. Rio de Janeiro: FAPERJ: 7 Letras, 2007. STONE, Lawrence. Prosopografia. Revista de Sociologia e Política, Curitiba, v. 19, n. 39, p. 115-137, 2011. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104- 44782011000200009. Acesso em: 9 jul. 2024.