Nos Achamos em Campo A Tratar Da Liberdade
Nos Achamos em Campo A Tratar Da Liberdade
Nos Achamos em Campo A Tratar Da Liberdade
a escravidão será entendida como contra-senso à civilidade do “Nos achamos em campo a tratar da liberdade”: a
império, enquanto a miscigenação pode ser um fator para promover ou resistência negra no Brasil oitocentista
atrasar o processo civilizador.” João José Reis
Escravidão:
“Úlcera no organismo do governo” “doença social” Contextualização Séc. XIX
Visão as vezes atenuada por entenderem que os escravos eram até bem
Escravidão em expansão Devido a lavoura de exportação, crescimento
tratados por seus senhores. das cidades e intensificação do tráfico.
Visto também como contribuição ao processo civilizador do negro.
Recuperação do açúcar (saída do Haiti)
Escravo era até melhor tratado que os trabalhadores brancos na Inglaterra
Utilização dos escravos na lavoura de café, mas tbm em muitos outros
nas industrias e minas. setores como algodão, na produção do charque e na lavoura de
A impressão da mobilidade social após liberto, pois a Constituição não
subsistência.
descriminava cor... a partir de liberto todos são iguais. Café Vale do Paraíba e Oeste Paulista
isso nos da a impressão que, embora o pais seja escravista, não “...grande celeiro do escravismo na segunda metade do século.” (pg. 243)
há preconceito de raça. Rio Maior cidade do hemisfério em população escrava.
Miscigenação: “...pode-se dizer que a história do século XIX brasileiro, que viu um
“..peculiaridade histórica do povo e da nação brasileira” (pg. 287)
imenso território formar-se nação independente, se confunde com a
Debate sobre os benefícios ou prejuízos.
história do apogeu e queda do regime escravista.”(pg. 244)
Martius - miscigenar para a pele branca fator positivo para civilização
proibição do tráfico em 1831
e formação nacional. fim efetivo em 1850.
Ribeyrolles – fusão das raças, meio para se atingir a civilização.
“O tráfico se constituiu no mecanismo mais usado para repor a mão-de-
Agassiz – mestiços grupo de degenerados.
obra escrava ao longo da história do escravismo brasileiro.” (pg. 245)
A heterogeneidade da população torna-se difícil para a formação da
Rebeliões forma de resistência coletiva dos escravos
nação.
destruição do regime escravocrata
Para a civilidade era necessário: moralizar as instituições publicas e
privadas, melhorara o ensino, desenvolver o comércio, transportes e corrigir excesso de tiranias e a opressão
comunicação, instalar industrias e investir na produtividade agrícola. busca de benefícios
com intuito de reformar a escravidão e não destruí-lo.
“O Brasil imperial mostrou muitas caras aos viajantes estrangeiros. Longe Revoltas mais intensas com a introdução de contingentes africanos
de esgotar a multiplicidade de imagens que eles criaram a respeito da provavelmente porque estavam ligados a uma tradição de guerrilha.
nossa sociedade, nosso governo, nossas instituições e nossa história, é mas tbm ligada as idéias do movimento de independência
notório que o Brasil de 1808 a 1889 desponta como grande terra prenhe de revoltas regionais
potenciais, mais que permanece num constante estado de formação, de circulação de ideologias liberais e mais tarde abolicionistas.
ainda estar por fazer, pelo processo civilizador, um eufemismo para a Idéias das Revoluções Liberais francesas Discussão sobre os direitos
dominação de valores cunhados pelos europeus e transportados ao Novo do homem.
Mundo.” (pg.294) Revolução Haitiana (primeiro estado negro do continente) se tornava
“...um lembrete de que era possível vence a classe senhorial.” (pg. 248)
Na idéia da independência do Brasil onde se libertava dos grilhões entre escritos do novo mundo para o velho.
Portugal e Brasil, onde Brasil era escravo de Portugal. E isso fomentou a Ideário expansionista na Europa
idéia que tbm se conseguiria sua própria liberdade, independência. ”Em suma, nos escritos desses forasteiros estão sendo avaliados
alguns até acharam que com o desvinculação da Corte já as potencialidades econômicas, sociais e naturais do país.” (pg. 268)
estavam livres. Grande interesse do estrangeiro no Brasil devido a sua variedade em
Os adversários usaram da ideologia de liberdade para conspirar contra o todos os aspectos, além de sua segurança relativa, pois aqui havia mtos
Império. estrangeiros e estabilidade política.
Sabinada (1838) Nas primeiras três décadas questões dos viajantes em volta da idéia
Farropilha (1844) de formação da nação.
Balaiada (1838-1841) 1. Spix e Martius - iniciada com a “ação civilizadora” com a
“Os escravos participaram ativamente, e às vezes mudança da Corte Real para o Brasil;
surpreendentemente, da desorganização e extinção do escravismo 2. Luccock e Rugendas - elevação do Brasil a Reino Unido,
braileiro”. surgimento de um sentimento nacional;
interpretavam os acontecimentos de acordo com seus próprios 3. Armitage - o reflexo da Revolução do Porto e o juramento a
interesses. Constituição.
ex. quando saiu a lei de 1850 que definia o fim real do tráfico, Idéia de que o Brasil era atrasado devido à colonização portuguesa e
eles acharam que com isso o escravismo havia acabado e que seus após o desvinculo colonial, o Brasil se desenvolveu mais em “10 anos que
senhores não obedeceram a lei. em 3 séculos”.
e sempre que possível se utilizaram dos meios legais para Não existia a sociedade na nação que se formava na pós
conseguir o que desejavam. Como na lei de 1871 onde se legalizou, pela independência.
primeira vez, certos direitos dos escravos. líder D. Pedro I não refletia o BRASIL;
Discussão sobre os movimentos da resistência escrava, não só se precisava existir uma união entre “brasileiros”;
dava através do ideário das revoluções liberais, mais tbm segundo a e existir leis que sejam adaptadas a realidade do Brasil
herança africana dos escravos, como, por exemplo, a revolta dos Malês de descompasso entre o político e a realidade social;
herança islâmica. 4. Saint-Hilaire – falta de sociedade causava uma força negativa para
Os escravos vistos como sujeitos históricos ativos. a formaçao dos sentimentos de nacionalidade, unidade, patriotismo
faziam a política a sua maneira, usavam sus ideários próprios e de uma nação civilizadora.
como aramas contra a escravidão. Num geral todos apoiavam a monarquia constitucional como um
instrumento civilizador.
Olhares estrangeiros sobre o Brasil do século XIX Com D. Pedro II, as coisas mudam de figura... pois agora existe um
Karen Macknow Lisboa Rei na liderança do império que é brasileiro.
bem retratado pelo viajantes como o que faria o país caminhar.
1808 abertura dos portos, derrocada dos antigo sistema colonial. Após a queda do Império se viu as debilidades do próprio Império
”internacionalizçao” do Brasil – presença de estrangeiros no visto como “mal construído” onde se desmoronou naturalmente.
país. Mesmo como D. Pedro II no poder q encarnara o propulosr do
Presença principalmente de ingleses processo civilizador.
Problemas como a escravidão e a miscigenação no processo
civilizador: