MSC Gmgomes
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MSC Gmgomes
Departamento de Engenharias
Julho de 2010
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO
Departamento de Engenharias
Julho de 2010
AGRADECIMENTOS
Aos meus colegas e amigos pelo companheirismo e apoio na realização deste trabalho e
durante todo o percurso académico.
I
RESUMO
II
ABSTRACT
This work consists not only in the presentation of different techniques and
equipment for demolition of existing but also how the whole process of the activity
should proceed, obeying rules and laws in force, with particular emphasis on assessment
and implementation of preventive safety measures in achieving of demolition and
rehabilitation of old buildings in order to be carried out efficiently and quickly,
promoting safety and health at work and the preservation of architectural heritage. The
evaluation and characterization of risks associated with special and critical nature of the
work is an important and indispensable for the creation and implementation of
intervention measures in reducing or even eliminating the risk of accidents.
The concern of the management and use of demolition waste is also one of the
themes and important aspects, with purpose, increasingly based on today's society, to
minimize the negative impacts to the environment and promoting sustainable industry.
The case study conducted in this thesis, gives a small sense of harmony among
the tasks of demolition and restoration and rehabilitation interventions in old buildings,
as well as implementation of practical measures of prevention and safety in the work
involved.
III
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1
IV
3.2.4.1.2. Mini-escavadoras com rodas ou sobre lagartas ........................... 44
3.2.4.2. Demolição com máquinas hidráulicas pesadas .................................... 46
3.3. Demolição utilizando processos abrasivos ......................................................... 52
3.3.1. Corte por disco portátil ................................................................................. 54
3.3.2. Corte por disco sobre rodas .......................................................................... 55
3.3.3. Corte por discos sobre calhas (serra de parede) ........................................... 56
3.3.4. Corte com fio diamantado ............................................................................ 59
3.3.5. Serra portátil com correntes diamantadas (motosserra) ............................... 61
3.3.6. Caroteadoras ................................................................................................. 62
3.3.7. Corte com jacto de água (hidrodemolição)................................................... 64
3.3.8. Jacto de água e areia ..................................................................................... 67
3.4. Demolição utilizando processos térmicos ......................................................... 67
3.4.1. Lança térmica ............................................................................................... 68
3.4.2. Maçarico ....................................................................................................... 70
3.4.3. Corte a laser .................................................................................................. 72
3.5. Demolição utilizando processos eléctricos ......................................................... 73
3.6. Demolição utilizando processos químicos ......................................................... 75
3.7. Demolição com uso controlado de explosivos ................................................... 75
3.7.1. Explosões ...................................................................................................... 76
3.7.1.1. Explosivos utilizados ............................................................................ 77
3.7.1.2. Âmbito de aplicação do método ........................................................... 78
3.7.1.3. Plano tipo de execução e medidas de segurança na demolição por uso
controlado de explosivos ...................................................................... 80
3.7.1.4. Mecanismos de colapso de estruturas por explosões ........................... 86
3.7.1.4.1. Mecanismo tipo Telescópio ......................................................... 87
3.7.1.4.2. Mecanismo tipo Derrube.............................................................. 87
3.7.1.4.3. Mecanismo tipo Implosão ............................................................ 88
3.7.1.4.4. Mecanismo tipo Colapso sequencial............................................ 91
3.7.2. Micro-explosões ........................................................................................... 91
3.7.3. Processo de expansão ................................................................................... 92
3.7.3.1. Expansão de gás ................................................................................... 92
3.7.3.2. Expansão química ................................................................................. 93
3.8. Referências bibliográficas do capítulo 3 ............................................................ 98
V
4.2. Causas Principais .............................................................................................. 103
4.3. Medidas de prevenção da actividade de demolição ......................................... 104
4.3.1. Providências preliminares dos trabalhos de demolições ............................ 106
4.3.2. Medidas preventivas na execução de trabalhos de demolição propriamente
dita .............................................................................................................. 115
4.3.2.1. Sequência de demolição ..................................................................... 115
4.3.2.1.1. Demolição de edifícios de alvenaria tradicional ........................ 118
4.3.2.1.2. Demolição de edifícios de betão armado ou pré-esforçado ....... 120
4.3.2.2. Medidas de segurança na execução das tarefas de demolição por parte
dos operários ....................................................................................... 122
4.3.2.2.1. Equipamentos de protecção individual (EPI) ............................ 122
4.3.2.2.2. Casos críticos e execução adequada das tarefas ....................... 125
4.4. Referências bibliográficas do capítulo 4 .......................................................... 137
VI
6.3. Enquadramento do edifício/caso de estudo, no tempo e no espaço.................. 166
6.3.1. Introdução ................................................................................................... 166
6.3.2. Caracterização do Concelho de Celorico de Bastos ................................... 168
6.3.2.1. Território de Basto .............................................................................. 168
6.3.2.2. História ............................................................................................... 170
6.3.2.3. Património Construído........................................................................ 170
6.3.2.4. Acessibilidades ................................................................................... 172
6.4. Caracterização do terreno e do Edifício ........................................................... 173
6.5. Diagnóstico das anomalias construtivas da envolvente do edifício ................. 179
6.5.1. Coberturas................................................................................................... 179
6.5.2. Fachadas ..................................................................................................... 182
6.5.3. Paredes interiores, pavimentos e tectos ...................................................... 184
6.6. Trabalhos de desmonte e de demolição ............................................................ 187
6.7. Conclusões do capítulo 6 .................................................................................. 194
6.8. Referências bibliográficas do capítulo 6 .......................................................... 195
VII
ÍNDICE DE FIGURAS
VIII
Figura 3.45 – Trabalho de demolição com máquina pesada de hidrodemolição é superfície horizontal (em
cima) e com máquina ligeira em superfície vertical (em baixo) ................................................................. 66
Figura 3.46 – Trabalho com sistema de hidrodemolição manual e jacto de água manual .......................... 66
Figura 3.47 – Utilização da lança térmica na demolição ............................................................................ 70
Figura 3.48 – Componentes e funcionamento do maçarico ........................................................................ 71
Figura 3.49 – Algumas ferramentas e acessórios do maçarico ................................................................... 71
Figura 3.50 – Esquema de funcionamento do corte com maçarico a palsma e equipamento de corte ....... 72
Figura 3.51 – Remoção de camadas superficiais em peças de betão com recurso a microondas ............... 74
Figura 3.52 – Analise e acompanhamento pelo técnico responsável e a colocação dos explosivos no
interior das peças ........................................................................................................................................ 82
Figura 3.53 – Simulação em computador do mecanismo e fazes de colapso da estrutura.......................... 83
Figura 3.54 – Grande volume de escombros provocado pela queda de edifícios e trabalhos de
desfragmentação e remoção do local .......................................................................................................... 86
Figura 3.55 – Sequência de demolição com mecanismo tipo telescópio .................................................... 87
Figura 3.56 – Demolição de edifícios provocando o seu colapso com explosivos usando o mecanismo tipo
derrube, sendo o primeiro semelhante ao mecanismo sequencial, na China .............................................. 88
Figura 3.57 – Demolição das tuas torres de Troia, com 16 pisos cada, com o mecanismo de implosão .... 89
Figura 3.58 – Implosão Hotel Atlantis em 2000......................................................................................... 89
Figura 3.59 – Demolição por implosão de um edifício de 24 pisos em Abu Dhabi, Emirados Árabes
Unidos, Novembro de 2006 ........................................................................................................................ 90
Figura 3.60 – Alguns exemplos de colapsos progressivos em edifícios ..................................................... 91
Figura 3.61 – Fases da execução da demolição da peça por expansão química ......................................... 95
Figura 3.62 – Protecção da peça do frio e da chuva e rotura do rochedo ................................................... 96
Figura 3.63 – Diferenças de números de furos e profundidades na aplicação em betão simples e armado 96
Figura 4.1 – Vedação do edifício com redes de protecção para evitar a projecção de detritos e queda de
materiais ................................................................................................................................................... 111
Figura 4.2 – Rede inclinada e horizontal de protecção contra queda em altura de trabalhadores ............ 112
Figura 4.3 – Utilização de guarda-corpos de protecção de queda em altura............................................ 112
Figura 4.4 – Fixação dos guarda-corpos nos elementos da estrutura e colocação em aberturas no
pavimento ................................................................................................................................................. 112
Figura 4.5 – Vedação do local com prumos colocados nos passeios ou em zonas públicas próximas ..... 112
Figura 4.6 – Vedação e exemplo de corredor de passagem de peões ....................................................... 113
Figura 4.7 – Bainha e barreiras de sinalização e protecção ...................................................................... 113
Figura 4.8 – Escoramentos de um edifício a demolir (parcialmente) devido a deficiências de construção
.................................................................................................................................................................. 113
Figura 4.9 – Travamento de fachada e no interior do edifício .................................................................. 114
Figura 4.10 – Reforço dos pilares e escoramento da cobertura ................................................................ 114
Figura 4.11 – Ligação da estrutura metálica de reforço com a alvenaria (a) – ligação directa parcial; b) –
ligação directa total; c) – ligação indirecta) .............................................................................................. 114
Figura 4.12 – Sequencia de desmonte e demolição manual de edifícios, de cima para baixo .................. 118
Figura 4.13 – Ordem de desmantelamento incorrecto ponto em risco os operários e decida incorrecta de
elementos demolidos ................................................................................................................................ 129
Figura 4.14 – Trabalho incorrecto dos trabalhadores, operando em níveis diferentes e acumulação de
peças materiais sobre as lajes ................................................................................................................... 129
Figura 4.15 – Posição errada do trabalhador que se encontra sobre o elemento a demolir ...................... 129
Figura 4.16 – Utilização de arnês de segurança com linha de vida .......................................................... 130
Figura 4.17 – Escoramento de vãos antes da demolição dos elementos estruturais do piso superior e
Ordem de desmontagem de arcos e abóbadas para evitar o seu colapso repentino .................................. 130
Figura 4.18 – Distâncias dos equipamentos das linhas eléctricas aéreas e protecção da cabine............... 130
Figura 4.19 – Utilização de escadas de acesso exteriores com os devidos corrimãos .............................. 130
Figura 4.20 – Micrografia electrónica de varrimento mostrando fibras de amianto Crisótilo e Amosite. 131
Figura 4.21 – Descontaminação com aspirador de tipo H, no chuveiro com fato-macacos impermeáveis e
banho de chuveiro antes da remoção do equipamento de protecção respiratória ..................................... 134
Figura 4.22 – Equipamentos de protecção na remoção de matérias com presença de amianto ................ 134
Figura 4.23 – Remoção das peças removidas na cobertura do edifício devidamente fixa ao andaime .... 136
Figura 4.24 – Desfragmentação dos escombros de maiores dimensões para possibilitar a remoção ....... 136
Figura 4.25 – Transporte inadequado dos resíduos sem protecção de projecção, à esquerda, em que deve
ser feito por camiões de carroçaria fechada / vedada ou por recipientes próprios de resíduos, à direita .. 136
Figura 5.1 – Fluxograma representativo do funcionamento interno da central de reciclagem ................. 156
Figura 5.2 – Alguns exemplos de impactos negativos provocados pelos resíduos de demolição ............ 156
IX
Figura 6.1 – Enquadramento geográfico de Ourilhe, Celorico de Bastos................................................. 169
Figura 6.2 – Localização da Casa do Muro, Ourilhe ................................................................................ 169
Figura 6.3 – Castelo de Arnóia e Quinta do Prado ................................................................................... 171
Figura 6.4 – Igreja de Veade e ponte de arame de Lourido ...................................................................... 171
Figura 6.5 – Mosteiro de Arnóia e a Igreja............................................................................................... 172
Figura 6.6 – Um conjunto notável de Casas Solarengas......................................................................... 172
Figura 6.7 – Terreno de Implantação e vista geral do edifício ................................................................. 173
Figura 6.8 – Terreno de Implantação – Escala 1/500 ............................................................................... 174
Figura 6.9 – Planta de arquitectura e épocas de construção do edifício – Escala 1/200 ........................... 175
Figura 6.10 – Alçado lateral – Escala 1/200 ............................................................................................. 176
Figura 6.11 – Corte A – Escala 1/200 ...................................................................................................... 176
Figura 6.12 – Corte B – Escala 1/200 ....................................................................................................... 177
Figura 6.13 – Corte C – Escala 1/200 ....................................................................................................... 177
Figura 6.14 – Corte D – Escala 1/200 ...................................................................................................... 177
Figura 6.15 – Corte E – Escala 1/200 ....................................................................................................... 177
Figura 6.16 – Espigueiro; Escada de acesso à entrada principal .............................................................. 178
Figura 6.17 – Portal de entrada do edifício............................................................................................... 178
Figura 6.18 – Danificação e falta de telhas na cobertura .......................................................................... 179
Figura 6.19 – Fenómeno de abaulamento excessivo da cobertura............................................................ 180
Figura 6.20 – Deformação da cumeeira e das vertentes e rotação da cobertura ....................................... 180
Figura 6.21 – Compartimento 12, rés-do-chão do compartimento 11, deformação e podridão da estrutura
de madeira ................................................................................................................................................ 181
Figura 6.22 – Deterioração da madeira na zona cozinha e zona do forno - compartimento 13 ................ 181
Figura 6.23 – Degradação das propriedades mecânicas, fluência, podridão e roturas das ligações, que
ocorrem no alpendre da varanda quinhentista - cobertura entre compartimentos 15 e 13 ........................ 181
Figura 6.24 – Perda de resistência da madeira, deformações, perda de secção dos elementos de madeira,
rotura de ligações, eliminação de elementos estruturais - compartimento 11........................................... 182
Figura 6.25 – a) Fissuras horizontais e verticais na fachada – Norte do compartimento 2; b) Humidades e
vegetação parasitária – fachada, este do compartimento 5; c) Humidades e vegetação parasitária – fachada
NW do compartimento 9 .......................................................................................................................... 183
Figura 6.26 – Podridão da madeira, argamassa de vidraceiro e falta de vidros da fachadas NE do
compartimento 3 e SW do compartimento 4 ............................................................................................ 183
Figura 6.27 – Podridão da madeira e corrosão de fechos e outros elementos metálicos .......................... 184
Figura 6.28 – Manchas de humidade, bolor e destruição de rebocos nas salas dos compartimentos 1 e 6
.................................................................................................................................................................. 185
Figura 6.29 – Rotação da parede interior do compartimento 12 e fendilhação em toda a parede e junto á
janela do compartimento 7 ....................................................................................................................... 185
Figura 6.30 – Podridão, flexão do pavimento devido á perda de resistência dos pisos inferiores dos
compartimentos 4 e 12 ............................................................................................................................. 186
Figura 6.31 – Podridão e perda de ripas de madeira no tecto do compartimento 1 (Sala principal) ........ 186
Figura 6.32 – Sistema de informação na entrada principal do edifício..................................................... 189
Figura 6.33 – Armazenamento de blocos de pedra, em zona adequada sem impedir a deslocação de
pessoas e máquinas para dentro do estaleiro, para posterior remoção e reutilização em paredes de
alvenaria ou muros de suporte .................................................................................................................. 189
Figura 6.34 – Remoção dos equipamentos e materiais provenientes de trabalhos de demolição,
desimpedindo de caminhos de deslocação de pessoas e máquinas para execução das tarefas ................. 189
Figura 6.35 – Implementação de sistemas de protecção colectiva em torno do topo da estrutura (guarda-
corpos na cobertura); caleira de recolha de resíduos provenientes da cobertura e sistema de vedação,
protecção da escada de acesso à habitação e posterior colocação de andaimes para realização de trabalhos
nas fachadas.............................................................................................................................................. 190
Figura 6.36 – Isolamentos das partes da coberturas, com lonas impermeáveis, para impedir a infiltração
de água que poderia provocar maior degradação dos elementos interiores da cobertura e no interior dos
compartimentos, como soalhos, tectos falsos, paredes interiores ............................................................. 190
Figura 6.37 – Remoção das telhas e posterior remoção desmonte da estrutura da cobertura de madeira
para tratamento e reutilização ................................................................................................................... 190
Figura 6.38 – Demolição das paredes de tabiques e remoção do pavimento em soalho e da cobertura,
ambos em elevado estado de degradação e instáveis................................................................................ 191
Figura 6.39 – Trabalhos de demolição com mini escavadora com lagartas, com martelo demolidor, no
interior do edifício com as paredes-mestras devidamente escorados pelo interior ................................... 191
X
Figura 6.40 – Durante a execução de alguns trabalhos de demolição também foram feitos algumas
intervenções de restauro aproveitando da enorme quantidade de pedra existente no local, provenientes de
trabalhos prévios de demolição. ............................................................................................................... 191
Figura 6.41 – Demolição da empena sob a cobertura, protecção contra as intempéries e posterior reforço,
com a construção duma parede de alvenaria de blocos de betão .............................................................. 192
Figura 6.42 – Sistemas de reforço da estrutura com perfiz metálicos, escoramento das aberturas das
janelas e portas, escoramento da parede-mestra pelo exterior .................................................................. 192
Figura 6.43 – Remoção da estrutura degradada da cobertura e colocação do novo revestimento da
cobertura (com telha nova) sempre com a presença de guarda-corpos..................................................... 192
Figura 6.44 – Reforço das bases do compartimento com implementação de elementos de betão armado.
.................................................................................................................................................................. 192
Figura 6.45 – Tratamento da madeira, com remoção de peças metálicos e ferrosos, armazenamento,
protecção e transporte dos mesmos para locais de tratamento especial para a sua reutilização ............... 193
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 2.1 – Edifícios Licenciados, segundo o Tipo e Destino da obra, em Portugal, por NUTS III – 2008
...................................................................................................................................................................... 7
Tabela 2.2 – Fogos licenciados, segundo o tipo e destino da obra, em Portugal, por NUTS III – 2008 ...... 8
Tabela 2.3 – Prazo previsional de execução das obras licenciadas, segundo o tipo de obra, em Portugal,
por NUTS III – 2008 .................................................................................................................................... 9
Tabela 3.1 – Sistema de classificação das técnicas de demolição .............................................................. 22
Tabela 3.2 – Processos e características da decomposição química dos explosivos................................... 77
Tabela 4.1 – Classificação dos Principais Riscos Ocupacionais em Grupos, de Acordo com sua Natureza
.................................................................................................................................................................. 102
Tabela 4.2 – Os nove princípios gerais de prevenção de acordo com a Directiva 89/391/CEE ............... 106
Tabela 4.3 – Tipos e características dos pictogramas para sinalização de segurança ............................... 111
Tabela 4.4 – Equipamentos de protecção individual ................................................................................ 124
Tabela 4.5 – Exemplos de materiais que contêm amianto, com indicação do teor de amianto ................ 132
Tabela 5.1 – Principais origens e tipos de resíduos de RCD .................................................................... 143
Tabela 5.2 – Lista Europeia de Resíduos, resíduos de construção e demolição ....................................... 144
XI
SIGLAS
ANFO
Ammonium Nitrate / Fuel Oil (mistura de fuel com nitrato de amónio)
RD Resíduos de Demolição
XII
– Medidas Preventivas na Execução de Trabalhos de Demolição e Reabilitação de Edifícios Antigos –
Técnicas e Equipamentos de Demolição
1. INTRODUÇÃO
A necessidade de adquirir novos espaços nos centros urbanos, cada vez mais
confinados e com reduzidos terrenos para construção de novas edificações ou infra-
estruturas; a existência de elevado número de edifícios antigos, em estado de
degradação extrema ou em fim de vida, na qual pretende efectuar novas construções ou
efectuar intervenções de restauro e reabilitação; a necessidade de efectuar reparações,
ampliações e alterações nos usos dos edifícios; e por último, na presença de edifícios
fortemente abalados por acções ambientais (sismos, inundações provenientes de chuvas
torrenciais, tornados, ventos fortes) ou acidentais (incêndios,
explosões/bombardeamentos, vandalismo); são os principais motivos do aumento da
intervenção de tarefas de demolição e a existência de diferentes métodos e
equipamentos utilizados, com elevado progresso científico e tecnológico, perante
inúmeras e diferentes situações.
1.2. Objectivos
1.3. Metodologia
Este trabalho teve como base a revisão da bibliografia existente, acerca do tema
abordado, em que foi feito: uma compilação e apresentação das informações relativas a
todo um conjunto de trabalhos de demolição; a avaliação das fases e execução das
tarefas de demolição; da caracterização do estado de conservação dos edifícios; a
identificação das providências preliminares e implementação das medidas preventivas
na execução dos trabalhos, para uma adequada aplicação dos métodos e equipamentos
de demolição salvaguardando a segurança e saúde no trabalho e a estabilidade e solidez
das estruturas a manter.
Tabela 2.1 – Edifícios Licenciados, segundo o Tipo e Destino da obra, em Portugal, por NUTS III –
2008
Edifício s
A lt e ra ç õ e s e A m plia ç õ e s C o ns t ruç õ e s no v a s R e c o ns t ruç õ e s D e m o liç õ e s
T o tal H a bit a ç ã o F a m ilia r H a bit a ç ã o H a bit a ç ã o H a bit a ç ã
T o tal T o tal T o tal T o tal
F a m ilia r F a m ilia r o
(Fonte: INE)
Tabela 2.2 – Fogos licenciados, segundo o tipo e destino da obra, em Portugal, por NUTS III – 2008
Fo go s
F o go s A lt e ra ç ã o e A m plia ç ã o C o ns t ruç ã o N o v a R e c o ns t ruç ã o D e m o liç ã o
H a bit a ç ã o H a bit a ç ã o H a bit a ç ã o H a bit a ç ã o
T o tal T o tal T o tal T o tal T o tal
F a m ilia r F a m ilia r F a m ilia r F a m ilia r
P o rt uga l 2007 77 340 73 365 7 542 7 239 65 482 6 5 10 3 1 051 1 023 3 265
2008 57 820 53 849 7 906 7 579 4 5 9 15 45 366 922 904 3 077
C o nt ine nt e 5 4 14 8 50 236 7 652 7 336 42 556 42 028 890 872 3 050
N o rt e 16 6 9 8 15 866 1 568 1 544 13 9 3 2 13 8 0 4 527 5 18 671
M inho -Lima 1425 1321 138 136 1091 1090 98 95 98
Cávado 2 338 2 301 97 92 2 194 2 185 25 24 22
A ve 2 207 2 159 201 199 1947 1939 21 21 38
Grande P o rto 5 144 4 974 487 475 4 487 4 476 25 23 145
Tâmega 2 832 2 736 442 441 2 253 2 240 55 55 82
Entre Do uro e Vo uga 253 251 43 43 208 208 0 0 2
Do uro 1268 1058 108 108 757 753 199 197 204
A lto Trás-o s-M o ntes 1231 1066 52 50 995 913 104 103 80
C e nt ro 12 3 2 3 11 8 3 9 1 479 1 393 10 2 14 10 17 8 275 268 355
B aixo Vo uga 1473 1441 79 78 1367 1362 1 1 26
B aixo M o ndego 1619 1574 100 96 1463 1457 23 21 33
P inhal Lito ral 1076 1068 51 46 1023 1022 0 0 2
P inhal Interio r No rte 871 770 170 166 538 537 71 67 92
Dão -Lafõ es 1740 1663 210 207 1396 1395 61 61 73
P inhal Interio r Sul 229 208 38 36 160 160 12 12 19
Serra da Estrela 248 239 132 128 99 99 13 12 4
B eira Interio r No rte 559 497 206 202 248 245 50 50 55
B eira Interio r Sul 373 355 68 68 253 252 35 35 17
Co va da B eira 486 481 77 76 407 404 1 1 1
Oeste 2 654 2 626 126 121 2 515 2 504 1 1 12
M édio Tejo 995 917 222 169 745 741 7 7 21
Lis bo a 14 5 3 8 12 5 4 7 3 445 3 294 9 349 9 251 2 2 1 742
Grande Lisbo a 10 541 8 603 3 361 3 211 5 486 5 390 2 2 1692
P enínsula de Setúbal 3 997 3 944 84 83 3 863 3 861 0 0 50
A le nt e jo 4 095 3 897 782 745 3 12 5 3 096 58 56 13 0
A lentejo Lito ral 663 637 164 162 470 467 8 8 21
A lto A lentejo 629 565 228 206 355 345 14 14 32
A lentejo Central 670 628 138 128 482 482 20 18 30
B aixo A lentejo 618 578 107 105 461 457 16 16 34
Lezíria do Tejo 1515 1489 145 144 1357 1345 0 0 13
A lga rv e 6 494 6 087 378 360 5 936 5 699 28 28 15 2
A lgarve 6 494 6 087 378 360 5 936 5 699 28 28 152
R e g. A ut . A ç o re s 1 932 1 883 19 2 18 3 1 683 1 669 31 31 26
Reg. A ut. A ço res 1932 1883 192 183 1683 1669 31 31 26
R e g. A ut . M a de ira 1 740 1 730 62 60 1 676 1 669 1 1 1
Reg. A ut. M adeira 1740 1730 62 60 1676 1669 1 1 1
(Fonte: INE)
Tabela 2.3 – Prazo previsional de execução das obras licenciadas, segundo o tipo de obra, em
Portugal, por NUTS III – 2008
M eses
P ra zo P re v is io na l de E xe c uç ã o
C o ns t ruç ã o
T o tal A m plia ç ã o A lt e ra ç ã o R e c o ns t ruç ã o D e m o liç ã o
no v a
D ura ç ã o m é dia e m m e s e s
P o rt uga l 19 21 13 11 18 16
2008 17 19 12 9 16 13
C o nt ine nt e 17 19 13 9 16 13
N o rt e 22 24 20 13 19 19
M inho -Lima 29 29 24 29 30 31
Cávado 23 23 21 24 23 26
A ve 23 24 23 13 21 20
Grande P o rto 21 24 12 9 15 13
Tâmega 26 27 22 16 20 21
Entre Do uro e Vo uga 24 27 19 7 // 5
Do uro 15 16 11 8 16 15
A lto Trás-o s-M o ntes 16 17 12 11 15 14
C e nt ro 16 18 12 10 13 12
B aixo Vo uga 22 24 14 9 24 15
B aixo M o ndego 17 18 9 11 14 15
P inhal Lito ral 17 18 10 12 // 13
P inhal Interio r No rte 13 15 12 11 14 13
Dão -Lafõ es 15 16 13 7 13 10
P inhal Interio r Sul 16 17 10 15 12 15
Serra da Estrela 12 14 11 5 13 9
B eira Interio r No rte 14 16 13 10 13 11
B eira Interio r Sul 12 13 11 8 13 12
Co va da B eira 13 15 11 1 12 7
Oeste 17 17 11 24 13 10
M édio Tejo 15 17 11 9 12 12
Lis bo a 14 17 7 6 9 8
Grande Lisbo a 12 17 7 6 9 8
P enínsula de Setúbal 16 17 7 2 // 6
A le nt e jo 11 13 8 6 9 9
A lentejo Lito ral 12 15 8 6 10 11
A lto A lentejo 10 12 8 7 10 9
A lentejo Central 12 14 9 7 8 10
B aixo A lentejo 10 12 7 6 11 8
Lezíria do Tejo 11 12 6 3 // 6
A lga rv e 16 18 12 8 15 10
A lgarve 16 18 12 8 15 10
R e g. A ut . A ç o re s 10 10 9 8 11 9
Reg. A ut. A ço res 10 10 9 8 11 9
R e g. A ut . M a de ira 13 14 10 // 12 18
Reg. A ut. M adeira 13 14 10 // 12 18
(Fonte: INE)
no centro das atenções com maior valorização. A demolição de edifícios, seja ela parcial
ou total, não é uma operação simples, exige um planeamento cuidado de um conjunto
de operações e também alguma estratégia.
o Alteração do projecto;
o Incompatibilidade entre projectos de diferentes especialidades;
o Erros / deficiências de projecto e/ou de construção;
o Acidentes.
¾ Fase de pré-demolição
¾ Fase de demolição propriamente dita
¾ Fase pós-demolição
Fase de pré-demolição
Fase pós-demolição
De seguida, numa segunda fase, é muito importante que se faça a análise das
condições actuais dos elementos estruturais, dos elementos construtivos que podem
influenciar a estabilidade e resistência do edifício e do estado das instalações, para que
se possa escolher o método de demolição mais adequado para cada caso. Esses estudos
preliminares vão reduzir as incertezas e que vão possibilitar não só a identificação dos
materiais mas também a capacidade e a resistência actual da estrutura [12].
Para além do reconhecimento feito ao edifício a demolir, deverá ser feita uma
avaliação do meio envolvente, fazendo vistorias às construções e outras infra-estruturas
vizinhas, para determinação de medidas preventivas de protecção contra possíveis danos
provocados pelos trabalhos de demolição em que os resultados dessas vistorias devem
ser compilados num relatório pormenorizado, com registos escritos e fotográficos, de
forma que se possa fazer uma comparação do estado actual dessas estruturas com seu
estado posterior aos trabalhos de demolição. As vistorias consistem em inspecções às
estruturas adjacentes, com visitas, em que deverão ser recolhidos algumas informações,
nomeadamente, tirar fotografias (ou mesmo fazer vídeos), efectuar a colocação de alvos
para controlo topográfico e selos (testemunhos) para controlo de fendilhação. Se durante
a realização das vistorias na envolvente do edifício a demolir, for constatado alguma
possibilidade de ruína eminente (por parte de edifícios antigos ou estruturalmente muito
frágeis), devem ser tomadas de imediato algumas medidas de intervenção para anular ou
forçar a ruína dos mesmos antes do começo dos trabalhos, prevenindo-se assim muitos
acidentes e danos indesejados.
A escolha dos métodos a empregar deve pois basear-se num conjunto de factores
que tem a ver com as características da construção a demolir, com as construções e o
meio envolventes, do aproveitamento ou não dos materiais demolidos, do tempo
disponível para a execução dos trabalhos, da dimensão do edifício, dos riscos
associados aos tipos de materiais e das soluções construtivas. A ponderação de todos os
factores conduzirá à decisão final, que em alguns casos não será a mais desejável mas a
viável.
Figura 3.1 – Pá, picareta, martelo e escopro, pé de cabra, marreta, carrinho de mão (Fonte:
Catálogos de “The trademark USAG”,EUA)
Características [7]:
Figura 3.6 – Execução do quebrador de rocha e betão com o “Darda” (Fonte: Michaëlis de
Vasconcelos, Lda)
Fazes de execução:
Figura 3.7 – Fases da execução do “Darda” (Fonte: Visvan A/L Navaratnam, 2005)
Figura 3.8 – Exemplo: executam-se carotes de 200mm onde são inseridos os macacos hidráulicos
originando a rotura de betão e aço pela força, cada macaco com força de 250 TN, são utilizados ate
4 unidades perfazendo com 1000 TN (Fonte: Dijaico Lda, Demolições e corte de betão)
- Pneumáticos
- Hidráulicos
- Eléctricos
- A gasolina ou diesel
Vantagens
Desvantagens:
Provocam ruídos
Provocam vibrações
Provocam poeiras
Rendimento baixo em estruturas muito armadas
Givalder Martins Gomes 29
– Medidas Preventivas na Execução de Trabalhos de Demolição e Reabilitação de Edifícios Antigos –
Técnicas e Equipamentos de Demolição
Figura 3.10 – Ponteiros mais utilizados em martelos demolidores (Fonte: Atlas copto, Portugal)
Figura 3.11 – Trabalhos com o martelo demolidor pneumático (Fonte: Atlas copto, Portugal)
Figura 3.13 – Trabalhos de demolição com o martelo demolidor eléctrico (Fonte: www.Bosch.br)
A energia obtida a partir da rotação dum motor a gasolina, é convertido num movimento
alternativo. Neste tipo de martelo, que normalmente pesa entre 10-40kg, apesar de
produzir menos curso energia, em comparação com os martelos pneumáticos e
hidráulicos, garante uma total autonomia na execução das tarefas mais exigentes, em
trabalhos de demolição quando o acesso a equipamento com outras fontes de energia é
difícil ou impossível, devido à ausência de uma permanente fonte de energia na
proximidade, como se verifica com os martelos eléctricos, pneumáticos e hidráulicos.
Algumas marcas já constroem este tipo de equipamentos com especial atenção
nas questões ambientais, com a redução de emissões de hidrocarboneto (HC) e de óxido
de azoto (NOx), com sistemas de carburador e filtro melhorados e um sistema de
redução de ruído reformulado e ajustado, incluindo um elemento catalítico; as
perfuradoras e os martelos demolidores a gasolina da nova geração cumprem com os
requisitos de emissões de escape conforme exigido pelos mais rigorosos limites de
emissões.
Figura 3.14 – Nova geração de martelos demolidores a gasolina (Fonte: Atlas copto, Portugal)
Figura 3.15 – Demolição de paredes interiores com tesura hidráulica (Fonte: www.logismarket.pt)
Vantagens [13]:
Equipamento versátil;
Equipamento de simples utilização e manutenção;
Não gera ruído, poeira e vibração;
Executa os trabalhos de esmagamento de betão armado em lajes, escadas,
vigas, paredes, pilares, bem como alvenaria de pedra;
Evita a necessidade de ter que içar peças em locais confinados e de ter que
quebrar o betão para transportá-lo já que o mesmo fica triturado;
Trabalho livre de emissões;
Força de pressão de 30 toneladas;
Não necessita de água de refrigeração para a ferramenta de esmagamento;
Possibilita a adaptação a equipamentos de escavação (ao braço mecânico
de retroescavadora ou “giratória”).
Desvantagens:
Figura 3.16 – Pinça de esmagamento e dois exemplos da utilização (no meio: demolição de uma
parede interior de 25 cm de espessura; à direita: demolição de uma escada) (Fonte:
http://www.hidrobetao.pt/)
A tracção manual é feita por um guincho em que é presa o cabo e puxado por
uma alavanca que tracciona o cabo de aço até levar ao colapso de parte da estrutura.
Este processo tem muitos aspectos a ter em conta desde o manuseamento do guincho á
ancoragem do cabo no solo, como suporte de tracção do cabo, e a amarração á estrutura
a demolir. Para a segurança do operador, este deve ficar a uma distância maior que 1,5
vezes superiora a altura do objecto a demolir. Para reduzir a força de tracção e
facilidade do trabalho deve-se procurar previamente enfraquecer a estrutura a ser
desmantelada, através de rasgos nos elementos resistentes verticais, como por exemplo
o corte de armadura no piso térreo.
Mesmo assim, o espaço necessário é muito grande e exige uma grande distância
de segurança, devido à produção de efeito de derrubamentos incontrolados
desfavoráveis. O impacto ambiental é muito elevado e os escombros devem fragmentar-
se antes de se proceder ao seu carregamento. A capacidade depende da máquina, do
tamanho do edifício e dos materiais construtivos [15].
Figura 3.17 – Demolição por tracção de cabos por máquinas pesadas (Fonte: Mascarenhas, Jorge,
2008)
Figura 3.19 – Demolição por tracção de cabos com guincho manual (Fonte: Mascarenhas, Jorge,
2008)
Pode ser ainda utilizada para fragmentar estruturas tombadas, recorrendo a outro
método de demolição, para maximizar e facilitar a remoção dos escombros.
Vantagens:
Processo económico
Processo com pouco desgaste do equipamento
Permite a fragmentação de peças tombadas
Eficaz na demolição de estruturas mais rígidas e de grande porte
(em pedra ou em betão armado)
Desvantagens:
Figura 3.22 – Grande Bola de Aríete e conjunto com grua de demolição (Fontes:
www.guiadaobra.net; http://www.rdidemolition.com)
Como já foi referido essas máquinas são classificadas como ligeiras ou pesadas.
e pesadas. As máquinas ligeiras ou pequenas são constituídas por robôs de demolição
(controlados por um controlo remoto) e mini-escavadoras, com rodas ou lagartas. As
máquinas pesadas ou de grandes dimensões são retroescavadoras, escavadoras,
giratórias, conjunto industrial sobre rodas, lagartas de grande alcance e potência,
podendo ainda os acessórios estarem ligadas sobre gruas móveis. Essas máquinas,
ligeiras ou pesadas, são escolhidas de acordo com as exigências e necessidades dos
trabalhos, desde das dimensões dos edifícios, fragilidade, processos construtivos,
materiais utilizados [17].
manuseia, com alguma distância, não esteja exposto a diversos riscos. Todos os robôs
oferecem vantagens como por exemplo:
Figura 3.24 – Robô de demolição com martelo demolidor (à esquerda) e com tesoura de corte (à
direita) (Fontes: www.rdidemolition.com; www.anzeve.com)
Figura 3.25 – Trabalhos de demolição com mini-escavadoras com rodas de pequenas dimensões
com uso de martelo demolidor, pinça, pilão, pá (Fonte: Bobcat ; www.bobcat.eu)
Figura 3.26 – Mini-escavadoras com rodas longo braço (Fonte: Bobcat; www.michaelis.pt)
Figura 3.27 – Trabalhos de demolição com mini-escavadoras com lagartas com longo braço (Fonte:
Bobcat ; www.bobcat.eu)
Vantagens:
Desvantagens:
Medidas preventivas:
Figura 3.28 – Trabalhos de demolição com grupo hidráulico de uma escavadora sobre lagartas
(Fonte: www.construlink.com, www.demotri.com)
Figura 3.29 – Conjunto hidráulico assente em base sobre rodas (Fontes: Atlas copto, Portugal;
http://www.rdidemolition.com/)
Figura 5. 1 – Sistema hidráulico fixo, grua móvel, trabalhos em zonas muito altas (à esquerda);
Trabalhos em zonas subaquáticas com escavadora sobre lagartas (à direita) (Fonte: Atlas Copto,
Potugal)
Algumas características:
Figura 3.32 – Tesoura de demolição com duas maxilas móveis de betão armado (à esquerda) e corte
de perfis metálicos (à direita) (Fontes: http://frd-abbruchtechnik.de; Atlas Copto, Potugal)
São utensílios muito úteis durante e depois dos trabalhos de demolição, devido à
elevada potencia (força de fecho) e rapidez (com fecho das duas maxilas e rotação do
conjunto), visto que possibilita uma rápida retirada das peças de grandes dimensões
num curto espaço de tempo, reduzindo os trabalhos secundários de fragmentação e
transporte dos mesmos.
Figura 3.33 – Pinças para demolir e remover/transportar resíduos e peças de grandes dimensões e
pesos (Fonte: http://frd-abbruchtechnik.de)
Outras formas de corte abrasivo, sem ferramentas cortantes, também podem ser
realizadas por jacto de água (hidrodemolição) e jacto de água e areia a alta pressão.Os
sistemas de corte por processos abrasivos são em geral serem efectuados por máquinas
com motores hidráulicos, apesar de também existirem eléctricos e a gasolina ou diesel,
isto porque:
Vantagens:
Desvantagens:
Provoca ruídos;
A espessura do corte é limitada pelo diâmetro do disco;
É necessário escoar a água;
Não corta por completo o interior dos cantos de polígonos.
Figura 3.34 – Pequenos trabalhos de demolição com serras de disco portátil (Fontes:
www.tyrolit.com.br; www.soporfuso.com)
Figura 3.35 – Serra de pavimento (à esquerda), corte de pavimento de asfalto (à direita) (Fonte:
www.logismarket.pt)
Figura 3.36 – Utilização de serra de pavimento no corte de peças de betão, e betão armado,
pavimentos, tabuleiro de viaduto e lajes (Fontes: www.democorte.pt; www.hidrobetao.pt)
Este tipo de serra aplica-se ao corte de betão, betão armado (devido à facilidade
de corte de aço) e rocha; como o próprio nome indica é o tipo de serra por excelência
para cortar em parede, muros e também pavimentos. O corte pode ser vertical,
horizontal, obliquo e com grau de inclinação (tipo chanfro), com uma grande
versatilidade na mudança do tamanho do disco com alguma facilidade e, graças à
denominada “serra de mergulho”, não fica limitado pelo diâmetro do disco. O processo
consiste na fixação de uma calha, ao paramento a cortar, na qual o disco executa o corte
deslizando sobre a calha. O sistema possui três motores hidráulicos, eléctricos ou a
diesel, para a execução de três movimentos distintos: motor de rotação do braço do
disco (para atingir a profundidade desejada), motor de rotação do disco e motor de
avanço ou deslocamento sobre a calha [22].
É uma ferramenta muito útil na demolição de parte de uma estrutura, de forma
muito controlada e precisa, bem pequenos trabalhos de reabilitação e correcção de
defeitos de construção como já foi referido. É ideal na abertura de vãos para passagem
de tubagens, juntas de dilatação, portas, janelas, entre outros, em paredes exteriores ou
divisórias, de betão armado ou em lajes e em cortes de vigas e pilares na demolição por
desmonte controlado, dando origem a blocos de betão que podem ser posteriormente
segurados e removidos com auxilio de uma grua. É um processo, que para além de ser
muito preciso, eficaz e rápido, não produz vibrações e consegue atingir uma
profundidade de corte até 1100mm, com discos que podem atingir mais de 1m de
diâmetro [23].
Figura 3.38 – Várias posições, ângulose sentidos (horizontais e verticais) de utilização das serras de
parede (Fontes: www.hidrobetao.pt; www.tyrolit.com.br)
Figura 3.39 – Corte de piso com serra de mergulho, sem limitação de diâmetro de corte (Fonte:
www.hidrobetao.pt)
Figura 3.40 – Algumas aberturas (janelas e portas) e fragmentos de betão de grandes dimensões
feitos por serras de parede (Fonte: www.democorte.pt)
Forma de funcionamento:
Figura 3.41 – Grupos de Corte com fio diamantado utilizados no corte de peças em betão armado
ou rocha (Fontes: www.hidrobetao.pt; www.tyrolit.com.br)
Figura 3.42 – Aplicações de corte de peças de betão armado, com ajuda de gruas (Fontes:
www.hidrobetao.pt; www.tyrolit.com.br; www.soporfuso.com)
Outras características:
Figura 3.43 – Trabalhos de corte de peças de alvenaria de tijolo e betão armado com motosserra
(Fontes: www.anzeve.com; www.logismarket.pt)
3.3.6. Caroteadoras
Algumas desvantagens:
Figura 3.46 – Trabalho com sistema de hidrodemolição manual e jacto de água manual (Fontes:
http://www.sartago.com/hidrodemo.html; www.balhidrojato.com.br)
Também designado como demolição por corte a quente, deve ser seleccionado
apenas em casos em o trabalho não possui nenhuns riscos de incêndio ou explosão, ou
seja, localizada em áreas longe de combustíveis e materiais inflamáveis. As técnicas de
corte são os métodos que podem, potencialmente, gerar calor suficiente sob a forma de
fricção, faíscas ou chamas devido ao facto de durante o seu uso, se utilizam gases
combustíveis. O seu uso na “indústria da demolição” consiste no facto de recorrerem a
uma fonte térmica muito intensa e localizada para aquecer o betão e o aço, provocando
através do enorme choque térmico a fractura e fragmentação. É um método que
diferencia-se fundamentalmente em função dos aparelhos utilizados e da respectiva
fonte de energia e calor. Esta técnica possui vários processos:
Lança térmica;
Maçarico:
Givalder Martins Gomes 67
– Medidas Preventivas na Execução de Trabalhos de Demolição e Reabilitação de Edifícios Antigos –
Técnicas e Equipamentos de Demolição
É um processo que consiste num jacto de metal derretido que corta com toda a
facilidade quase todos os tipos de materiais, aço, betão, betão armado, pedra, chapas
metálicas, em que o operador fica a uma distância considerável da peça a cortar (a mais
dum metro), prevendo-se de riscos de acidentes e lesões derivado á elevada temperatura
produzida e projecção de faíscas e fragmentos do material a cortar em que também se
pode reforçar a protecção com um painel metálico de protecção .
Figura 3.47 – Utilização da lança térmica na demolição (Fonte: Mascarenhas, Jorge, 2008)
3.4.2. Maçarico
O processo de oxi-corte pode ser manual com o bico do maçarico fazendo 90º
com o seu comprimento, ou mecanizado com um ângulo de 180º entre o bico e o
comprimento, em que consegue-se cortar peças até 130cm, ainda que a partir dos 60cm
o consumo se torne muito elevado; o rasgo apresenta uma largura da ordem dos 3 a
4cm.
• Combustão de plasma
É sabido que qualquer substância pode existir em três estados: sólido, líquido a
gasoso, cujo exemplo clássico é a água que pode apresentar em forma de gelo, líquido
ou vapor. Todavia há muito poucas substâncias que se encontram nestes três estados,
que se consideram indiscutíveis a difundidos, mesmo tomando, como exemplo, o
Universo no seu conjunto. É pouco provável que superem o que em química se
Figura 3.50 – Esquema de funcionamento do corte com maçarico a palsma e equipamento de corte
(Fonte: Pigeon, M. et Beaupré, D. 1990; www.electroportugal.com)
¾ Arco voltaico - A descarga por arco eléctrico é gerado entre dois eléctrodos
de grafite, montados axialmente e separados por certa distância, sendo
mantido por uma fonte de potência pré-estabelecida, atingindo temperatura
entre 4000 e 8000°C. As vantagens desta técnica são: não produz ruídos,
Figura 3.51 – Remoção de camadas superficiais em peças de betão com recurso a microondas
(Fonte: Brito, Jorge, 1999)
3.7.1. Explosões
Apesar de ser um método com um enorme controlo por parte dos peritos em
explosivos e na área de estruturas e construções, possui riscos de colapso da
estrutura de forma descontrolada e indesejada, provocando grandes danos a
pessoas, meio envolvente e construções vizinhas;
Elevada produção de ondas de choque e projecção de materiais provocando
estragos nas construções vizinhas (sobretudo em vidros)
Provoca muito ruído, na fase de detonação, continuando com o inicio da
destruição dos elementos da estrutura e por fim no impacto da estrutura com
o terreno;
Pode provocar gases (sulfurosos e nitrosos) perigosos para a saúde humana;
Esta avaliação é feita com base nos elementos escritos existentes ou, na sua
ausência, após a realização de trabalhos de demolição prévios pelos métodos
tradicionais ou de testes de carga, com vista à completa caracterização e inspecção da
estrutura.
• Inspecção da envolvente
A previsão deve ser realizada não só para a altura em que ocorre o colapso,
como também incluir um estudo da resposta da estrutura aos pontos de fraqueza e às
forças introduzidas pelo explosivo, à remoção de suportes e ao consequente movimento
adquirido. A análise referida poderá ser feita através de modelos simplificados ou de
cálculo automático. Definido o mecanismo de colapso a adoptar, procede-se à
elaboração do projecto onde deverá constar, entre outros pontos:
Figura 3.52 – Analise e acompanhamento pelo técnico responsável e a colocação dos explosivos no
interior das peças (Fonte: http://acheitudo.wordpress.com/tag/transito/)
• Trabalhos preparatórios
Em que é necessário:
Figura 3.54 – Grande volume de escombros provocado pela queda de edifícios e trabalhos de
desfragmentação e remoção do local (Fontes: www.cma.army.mil; www.dhgriffin.com)
na base ou vários em altura, de edifícios muito altos, em que a relação entre a altura e a
base é muito significativa, provocando o seu derrube numa área predefinida, sem perigo
de provocar danos. É empregue em chaminés, depósitos elevados, bunkers e estruturas
de aço como postes de electricidade de alta tensão.
Figura 3.56 – Demolição de edifícios provocando o seu colapso com explosivos usando o mecanismo
tipo derrube, sendo o primeiro semelhante ao mecanismo sequencial, na China (Fontes:
www.hunterdemolition.com; www.roughlydrafted.com)
Este método é o mais utilizado na demolição com uso de explosivos, logo o mais
conhecido do público geral pela sua espectacularidade. É utilizado em estruturas de
elevado porte em que se pretende uma queda (similar ao mecanismo “telescópio”) numa
área muito restrita, sendo na maioria dos casos uma queda no mesmo espaço ocupado
pelo edifício, devido à proximidade de edifícios (espaços muito confinados), espaços
públicos ou de áreas protegidas, por falta de espaço para a queda nas imediações. O
mecanismo consiste na pouca utilização de explosivos, mas de forma estratégica, criar
uma descontinuidade em certos pontos da estrutura (normalmente pilares e vigas),
fazendo com que esta entre em ruína, através do seu peso próprio e com a queda
provocar uma enorme fragmentação em zonas de ausência de explosivos até atingir o
solo. O colapso é provocado no interior (centralmente) fazendo com que a estrutura
Givalder Martins Gomes 88
– Medidas Preventivas na Execução de Trabalhos de Demolição e Reabilitação de Edifícios Antigos –
Técnicas e Equipamentos de Demolição
ceda por si mesma e como se algo a “puxasse” para o seu centro de gravidade sem haver
grande projecção para o exterior.
Figura 3.57 – Demolição das tuas torres de Troia, com 16 pisos cada, com o mecanismo de implosão
(Fonte: Brito, Jorge, 1999)
Figura 3.59 – Demolição por implosão de um edifício de 24 pisos em Abu Dhabi, Emirados Árabes
Unidos, Novembro de 2006 (Fonte: http://www.youtube.com)
3.7.2. Micro-explosões
É utilizada sobretudo em trabalhos para criar pontos fracos nas peças que
são posteriormente demolidas por outros métodos;
É uma técnica lenta, complexa (devido à escolha da posição dos furos nas
peças e conhecimento da peça e das armaduras existentes) e só se aplica
a elementos de grandes dimensões mas pouco armados;
A sua execução não é completamente controlada:
O processo provoca muito ruído produzindo vibrações no terreno e
projecção de fragmentos;
Devido á elevada dimensão das peças de betão, é necessário efectuar a
fragmentação posterior para facilitar a remoção.
elevada força de tracção que a peça está submetida, na ordem dos 120 a 270 MPa, que é
provocada pela expansão brusca do gás (2 a 4x10-2 s) a uma pressão muito elevada
(200bar).
9 Método económico;
9 Não há produção de poeiras;
9 Ausência de ondas de choque e vibrações significativas;
9 Não existe perigo de o gás inflamar;
9 Não existe grande projecção de fragmentos da peça;
9 Pouca utilização de mão-de-obra na rotura da peça
9 Processo relativamente seguro para os operadores.
Conhecidas também por massas demolidoras e por não ter efeitos explosivos,
não provoca vibrações, poeiras ou gases, projecções de estilhaços e não necessita de
vigências, autorizações e seguros de explosões, bem como nenhuma prevenção especial
de segurança, não estando, portanto sujeito ao perigo de raios ou correntes de ar. Não
deixa resíduos danosos sendo, portanto inócuo ecologicamente, podendo assim
armazenar-se em qualquer local seco e ser manuseado por pessoal não especializado.
Como já foi referido pode-se efectuar a rotura das peças com cal viva também
denominada como cal virgem ou ordinária, um produto obtido pela cozedura dos
calcários, que é sobretudo óxido de cálcio, que se apresenta sob a forma de grãos (com
dimensões de 10,15 ou 20cm) ou sob a forma de pó. Por outro lado temos o cimento
expansivo que é uma mistura de cimento portland, cimento de escórias e cimento sulfo-
aluminoso (mistura de gesso + bauxite e cal). Esses materiais têm efeitos na expansão e
fractura das peças muito semelhantes, com o mesmo princípio de funcionamento do
processo, tanto na mistura com água como na sua aplicação (diâmetro dos furos e
distância entre eles).
• Forma de funcionamento:
70% da altura da peça (no caso de betão armado são realizados maior numero de
furos com menor espaçamento e com profundidade de 90% da altura);
9 B – Misturar a substancia com a água (no caso do cimento A mistura deverá ser
executada por duas pessoas, uma para deitar o cimento e a outra para o misturar
com a água, de modo que o resultado final seja uma mistura homogénea e com
um pouco de viscosidade):
9 C – A calda é introduzida nos furos executados;
9 D – Buracos preenchidos;
9 E – Rotura da peça devido á expansão do material.
Figura 3.61 – Fases da execução da demolição da peça por expansão química (Fonte:
http://www.rogertec.com.br)
9 Diâmetro dos furos – Quanto maior forem os furos maiores ser gasto do material
para enchimentos porém maior é a eficácia do corte;
9 Temperatura ambiente – A duração do processo, ou seja o tempo necessário para
a fragmentação da peça, varia de acordo com as condições climatéricas: para
uma temperatura ambiente de 10 a 30°C o processo demora cerca de 10horas,
abaixo dos 10°C o processo pode demorar muito mais tempo.
Inconvenientes do método:
http://www.construlink.com/LogosCatalogos/atlascopco_martelospneum%E1ticos_200
7.pdf
[21] – Opus cit. nº3, pp.88
[22] – Hidrobetão – Corte, furação e demolição, Lda: www.hidrobetao.pt
[23] – Opus cit. nº1, pp.42
[24] – Portal dos formadores – Segurança na operação de motosserras: www.forma-
te.com)
[25] – Opus cit. nº1, pp.49
[26] – Opus cit. nº1, pp. 26-32
[27] – www.fisica.net/nuclear/
[28] – http://pt.wikipedia.org/wiki/Plasma
[29] – GOMES, Major Cabral – Novas tecnologias na iniciação de cargas explosivas,
Proelium – Revista da academia militar, 2004: http://www.academiamilitar.pt/
[30] – GOMES, Raul – Demolição de estruturas pelo uso controlado de explosivos,
Dissertação de Mestrado, Instituto Superior Técnico, Lisboa, 2000.
[31] – Opus cit. nº29
Hiperligações de figuras
http://demolicoes.bloguepessoal.com/56263/Escolha-dos-mecanismos-de-colapso/
“The trademark USAG”,USA: http://www.usag-tools.com;
Lúcio cortes e furos, Brasil: www.luciocortesefuros.com.br/;
http://frd-abbruchtechnik.de/englisch/index_englisch.htm;
http://www.drulofer.com/index.html;
http://www.atlascopco.pt/ptpt/news/productnews/;
http://www.construlink.com/LogosCatalogos/atlascopco_martelospneum%E1ticos_200
7.pdf;
http://www.indeco-breakers.com/pdfs/breakers.pdf;
http://www.usag-tools.com/documenti/catalogo/pt/cap07_hammers_chisels_pt.pdf;
http://contraven.altodebito.pt/;
http://www.construming.com.br/produtos/perfuratrizes_pneumaticas/martelos.pdf;
http://www.oz-diagnostico.pt/fichas/1F%20011.pdf;
http://ncrep.fe.up.pt/web/artigos/Artigo_Antonio_Arede.pdf:
http://brasil.cat.com/cmms/images/C434856.pdf;
http://www.kemex.net/pt/documents/kemex_product_brochure.pdf;
http://www.slavi.com.pt/sp_listagem.php?ctn=down&id=10059&subcat=10059;
http://www.rdidemolition.com/index.php?p=total_building&pp=brochures;
http://www.cma.army.mil/photo/ecrsdown.jpg ;
http://www.dhgriffin.com/images/demolition/exsplosive/charlotte_civil_center.jpg;
Darda, Alemanha: http://www.nors.com.br/pg01.htm;
http://www.hunterdemolition.com/services/demolition_and_explosive_demolition.html;
http://www.roughlydrafted.com/2008/09/18/osama-bin-ladens-dream-of-us-economic-
collapse/;
http://dapororocaaotejo.weblog.com.pt/arquivo/2006/04/troia.html;
http://fotos.sapo.pt/YHbSQAcCYpbOs6hhPSRj?a=57;
http://www.youtube.com /watch?v=zYH-Ixvqbdw&feature=related;
http://www.implosionworld.com/recent.htm;
http://www.rogertec.com.br/artigos/demolicao.pdf;
http://explosivos.gjr.pt/uploads/file/Cimento%20Expansivo.pdf;
http://www.rogertec.com.br/artigos/demolicao.pdf;
Riscos Ambientais
Tabela 4.1 – Classificação dos Principais Riscos Ocupacionais em Grupos, de Acordo com sua
Natureza
Riscos Ambientais
Riscos de
Riscos Riscos Riscos Riscos Ergonómicos
Acidentes
Físicos Químicos Biológicos
Arranjo físico
Ruídos Poeiras Vírus Esforço físico intenso
inadequado
Máquinas e
Levantamento e transporte
Vibrações Fumos Bactérias equipamentos
manual de peso
sem protecção
Ferramentas
Radiações Exigência de postura
Névoas Protozoários inadequadas ou
ionizantes inadequada
defeituosas
Radiações
Controle rígido de Iluminação
não Neblinas Fungos
produtividade inadequada
ionizantes
Electricidade
Imposição de ritmos (riscos de
Frio Gases Parasitas
excessivos electrocussão e
electrização)
Probabilidade
Calor Vapores Bacilos Trabalho em turno e nocturno de incêndio ou
explosão
Substâncias,
Pressões compostos Jornadas de trabalho Armazenamento
anormais ou produtos prolongadas inadequado
químicos
Animais
Humidade Monotonia e repetitividade
peçonhentos
Outras situações
de risco que
Outras situações causadoras poderão
de stress físico e/ou psíquico contribuir para a
ocorrência de
acidentes
(Fonte: http://www.ifi.unicamp.br)
a trabalhadores e zonas adjacentes. Algumas das causas principais dos riscos inerentes
aos trabalhos de demolição são:
Para uma boa prevenção de acidentes e execução dos trabalhos com eficiência e
segurança a avaliação do risco deve valorizar portanto, para além da valorização das
variáveis relacionadas com o “ambiente de trabalho”, as situações reais de trabalho que
incluem o trabalhador com as suas características individuais, e mesmo assim que se
modificam ao longo do tempo, o que determina também a sua reavaliação sistemática,
mesmo que não existam mudanças significativas no ambiente de trabalho.
Deve-se prever, ainda, uma protecção contra colapso descontrolado, uma vez
que durante os trabalhos de demolição e da remoção de certos elementos importantes da
estrutura, pode-se fragilizar o edifício e provocar o colapso indesejado de outras partes,
sendo necessário, então, identificar onde irão ser necessários os suportes ou reforços
temporários. É de salientar que se a estrutura entrar em desmoronamento precoce pode
provocar danos tanto na estrutura a desmantelar como nas estruturas vizinhas e danos a
trabalhadores levando-os até à sua morte.
Tabela 4.2 – Os nove princípios gerais de prevenção de acordo com a Directiva 89/391/CEE
Princípio Descrição
Primeiro Evitar os riscos;
Segundo Avaliar os riscos que não possam ser evitados;
Terceiro Combater os riscos na origem;
Adaptar o trabalho ao homem, especialmente no que se refere à
concepção dos postos de trabalho, bem como à escolha dos
Quarto equipamentos de trabalho e dos métodos de trabalho e de produção,
tendo em vista, nomeadamente, atenuar o trabalho monótono e o
trabalho cadenciado e reduzir os efeitos destes sobre a saúde;
Quinto Ter em conta o estádio de evolução da técnica;
Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos
Sexto
perigoso;
Planificar a prevenção com um sistema coerente que integre a
Sétimo técnica, a organização do trabalho, as condições de trabalho, as
relações sociais e a influência dos factores ambientais no trabalho;
Dar prioridade às medidas de prevenção colectiva em relação às
Oitavo
medidas de protecção individual;
Nono Dar instruções adequadas aos trabalhadores.
(Fonte: ACT)
• Antes do começo dos trabalhos da demolição propriamente dita, sempre que for
necessário, deve-se escorar as paredes, as consolas, os arcos, assim como todos
os elementos que ameaçam desmoronar ou estejam muito degradados;
Figura 4.1 – Vedação do edifício com redes de protecção para evitar a projecção de detritos e queda
de materiais (Fonte: www.sh.com.br)
Figura 4.2 – Rede inclinada e horizontal de protecção contra queda em altura de trabalhadores
(Fonte: www.globiprotec.com; CICCOPN, 2005)
Figura 4.4 – Fixação dos guarda-corpos nos elementos da estrutura e colocação em aberturas no
pavimento (Fonte: CICCOPN, 2005)
Figura 4.5 – Vedação do local com prumos colocados nos passeios ou em zonas públicas próximas
(Fonte: www.jovedavedacoes.pt)
Figura 4.6 – Vedação e exemplo de corredor de passagem de peões (Fonte: CICCOPN, 2005)
Figura 4.11 – Ligação da estrutura metálica de reforço com a alvenaria (a) – ligação directa
parcial; b) – ligação directa total; c) – ligação indirecta) (Fonte: Cruz, Rui 2008)
respeito á ordem dos trabalhos, com a avaliação dos critérios prioritários de execução
dos trabalhos.
pela cobertura passando pelos elementos seguintes como paredes, lajes, vigas, pilares,
etc., até chegar aos pisos térreos e fundações, de forma a garantir que não haja colapsos
imprevistos e indesejados, salvaguardando a segurança e integridade dos trabalhadores,
preservando o valor patrimonial dos materiais e maximizar o reaproveitamento e
reciclagem dos materiais
Figura 4.12 – Sequencia de desmonte e demolição manual de edifícios, de cima para baixo (Fonte:
“Manual de desconstrucció”, 1995)
A maior parte dos edifícios dos centros urbanos em Portugal que têm vindo a ser
demolidos são estruturas anteriores ao aparecimento do betão armado. A sua
constituição típica é constituída da seguinte forma: paredes exteriores em alvenaria
tradicional de pedra e argamassa com fraco teor em ligante; tabiques interiores
resistentes em materiais à base de madeira ou alvenaria de tijolo, normalmente, maciço;
lajes de soalho de madeira assente sobre vigas de madeira; coberturas com asnas de
madeira ou metálicas.
Todo este processo, é repetido nos restantes pisos, de cima para baixo até chegar ao
piso térreo, no caso de demolição total do edifício, com o devido acompanhamento e
desmontagem de parte do andaime, da altura dos pisos já removidos e ter sempre em
conta que as escadas de acesso aos pisos superiores e os respectivos corrimãos devem
ser os últimos elementos a serem demolidos. Depois do termino dos trabalhos, recorre-
se às escavadoras para remoção e carregar entulhos ainda existentes no local para os
camiões de transporte para zonas de tratamento ou depósito [7].
• Demolição de lajes
• Demolição de vigas
• Riscos físicos:
o Mecânicos (Quedas em altura, choques, vibrações);
o Térmicos (calor, frio);
o Eléctricos;
o Radiações (UV – soldadura, raios X, etc,.);
o Ruídos.
• Riscos químicos:
o Aerossóis (poeiras, fumos);
o Líquidos (imersões, alpicos);
o Gases, vapores.
• Riscos biológicos:
o Bactérias e vírus patogénicos
o Fungos.
Impactos de
partículas sólidas
quentes ou frias, de
substâncias nocivas
Protecção visual (poeiras, líquidos,
Óculos, viseiras e
vapores e gases
e facial mascaras
irritantes) à face e de
radiações
(infravermelho,
ultravioleta e calor)
aos olhos.
Máscaras, aparelhos
filtrantes
específicos para
Protecção Gases, fumos, cada tipo de
poeiras, vapores contaminação do ar
respiratória
prejudiciais e até mesmo a
aparelhos de
respiração
autonoma
Projecção de Vestuário de corpo
partículas ou de inteiro (fato-macaco
Protecção do agentes químicos, ou vestuário de
calor, frio, chama, protecção especifico
corpo
substâncias nocivas e do agente químico)
riscos de e vestuário reflector
atropelamento ou de sinalização
• Demolição manual
9 Utilização obrigatória dos EPI em toda a zona dos trabalhos, bem como
utilização de equipamentos específicos em certas tarefas de riscos especiais;
9 Deve-se desinfestar e desinfectar zonas, caso seja necessário;
9 O trabalho sobre os andaimes deve ser feito com estes desligados de estruturas a
demolir;
9 A sequência de demolição manual consiste na demolição de estruturas de cima
para baixo com desmantelamento de elementos suportados e depois os
suportantes, com os operários a trabalharem sempre ao mesmo nível. Às vezes é
fácil, no meio de uma estrutura complexa, perder o sentido desta realidade e
demolir, por exemplo, os apoios da própria peça que suporta o trabalhador,
como se pode ver na figura 5.13;
9 Não se deve apoiar em paredes de pequena espessura, <35cm, e com elevada
altura, 6m;
9 Os acessos aos postos de trabalho devem ser adequados (principalmente em
resistência e largura) e devem-se manter permanentemente desobstruídos e
limpos de entulhos, com vigilância constante sobre os mesmos;
9 Devem ser montadas escadas exteriores à construção ou reforçadas as escadas
da edificação (se for possível e necessário) com a devida protecção contra
quedas em altura (corrimãos e guarda-corpos, como mostra a figura 5.4). Com a
utilização das escadas do edifício, serão então os últimos elementos a serem
demolidos em cada piso, porque são necessários para acesso aos pisos
superiores;
9 As tubagens, mangueiras e cabos devem ser fixadas e arrumadas de modo a que
não provoquem tropeções e não fiquem sujeitas a esforços que as possam
danificar. No atravessamento de vias de circulação de veículos devem ser
enterradas ou protegidas;
9 As tubagens e acessórios das redes de ar comprimido devem ser periodicamente
inspeccionados a fim de evitar fugas de ar sob pressão e deve ser proibido o
estacionamento ou paragem de viaturas ou máquinas sobre mangueiras e
tubagens sobre pressão bem como sobre cabos eléctricos;
9 As aberturas no pavimento do piso em demolição devem ser tapadas, com tábuas
de madeira ou com redes de protecção e vedação com guarda-corpos (figura
5.4), excepto se forem usados para escoamento de resíduos, devendo nesse caso
ser protegidas;
9 Deve ser rigorosamente proibido atirar entulhos e peças maiores pelas janelas,
para fora do edifício e até mesmo entre pisos;
9 Os entulhos devem ser regados e descidos em calhas devidamente vedadas e
com troços nunca superiores à altura de 2 pisos. A saída inferior de cada calha
deve ter uma comporta para fazer parar o material. Deve ser rigorosamente
proibido que os trabalhadores retirem material das calhas usando as mãos;
9 O material da cobertura deve ser retirado de forma progressiva e de ambos os
lados para evitar desequilíbrios da estrutura, e á medida que são retirados devem
ser descidos através de caleira e/ou com auxilio de guinchos;
9 As peças que vão ser soltas, devem ser deslocadas sem conduzirem os
trabalhadores a movimentos bruscos, devendo ser retiradas com cuidado e nunca
com auxílio de gruas. Os produtos da demolição devem ser imediatamente
retirados da zona de trabalhos e armazenados em local próprio;
9 As chaminés e varandas não devem ser puxadas para caírem como um todo, nem
devem ser deixados em estado tal que possam ruir por acção do vento (se
necessário, deve-se montar andaimes);
9 As telhas, placas metálicas ou de fibrocimento, não devem servir de apoio aos
operários;
9 A demolição da laje só deve ser iniciada depois de se conhecerem os seus apoios
e deve ser efectuado na direcção paralela a esses apoios;
Givalder Martins Gomes 126
– Medidas Preventivas na Execução de Trabalhos de Demolição e Reabilitação de Edifícios Antigos –
Técnicas e Equipamentos de Demolição
• Demolição mecânica
Figura 4.14 – Trabalho incorrecto dos trabalhadores, operando em níveis diferentes e acumulação
de peças materiais sobre as lajes (Fonte: CICCOPN, 2005)
Figura 4.15 – Posição errada do trabalhador que se encontra sobre o elemento a demolir (Fonte:
Lourenço,Cristina 2007)
Figura 4.16 – Utilização de arnês de segurança com linha de vida (Fontes: CICCOPN, 2005;
http://technical-portuguese.blogspot.com)
Figura 4.17 – Escoramento de vãos antes da demolição dos elementos estruturais do piso superior e
Ordem de desmontagem de arcos e abóbadas para evitar o seu colapso repentino (Fonte: "Manual
de desconstrucció", 1995)
Figura 4.18 – Distâncias dos equipamentos das linhas eléctricas aéreas e protecção da cabine
(Fonte: CICCOPN, 2005)
Figura 4.19 – Utilização de escadas de acesso exteriores com os devidos corrimãos (Fonte:
CICCOPN, 2005)
O Amianto ou Asbesto é uma fibra mineral natural sedosa que, por suas
propriedades físico-químicas (alta resistência mecânica e às altas temperaturas,
incombustibilidade, boa qualidade isolante térmico, durabilidade, flexibilidade,
indestrutibilidade, resistente ao ataque de ácidos, álcalis e bactérias, facilidade de ser
tecida etc.), abundância na natureza e, principalmente, baixo custo tem sido largamente
utilizado na indústria da construção. É extraído fundamentalmente de rochas compostas
de silicatos hidratados de magnésio, onde apenas de 5 a 10% se encontram em sua
forma fibrosa de interesse comercial. Os nomes, latino e grego, amianto e asbesto,
respectivamente, têm relação com suas principais características físico-químicas,
incorruptível e incombustível. Está presente em abundância na natureza, sedo as
principais formas são:
• Crisótilo (amianto branco);
• Crocidolite (amianto azul);
• Amianto grunerite (amosite, amianto castanho);
• Amianto actinolite;
• Amianto antofilite;
• Amianto tremolite.
lubrificada e lisa que reveste os pulmões) ou do peritoneu (a membrana dupla lisa que
forra o interior da cavidade abdominal).
Tabela 4.5 – Exemplos de materiais que contêm amianto, com indicação do teor de amianto
Materiais que
Utilização comum
contêm amianto Onde se encontra
Revestimentos Isolamento térmico e acústico, Em estruturas de aço em edifícios de
aplicados à protecção contra incêndios e grandes dimensões ou de vários
pistola condensação. pisos, barreiras corta-fogo em tectos
(podem conter vãos, nomeadamente em edifícios de
85% de piscinas.
amianto)
Materiais de Isolamento térmico e acústico. Isolamento de sótãos, couretes.
enchimento
(podem conter
100% de amianto)
Guarnições e Isolamento térmico de tubagens, Em tubagens e caldeiras de edifícios
embalagens caldeiras, recipientes sob pressão, públicos, escolas, fábricas e
(de 1% a secções de tubos pré-fabricados, hospitais. Edredões de amianto em
100% de lajes, fita, corda, papel corrugado, caldeiras a vapor industriais, fio ou
amianto) edredões, feltros e cobertores. corda enrolados em tubagens por vezes
revestidos de materiais do tipo cimento.
Painéis Protecção contra incêndios, Em quase todos os tipos de edifícios.
isolamento térmico e acústico,
isolantes de Em condutas, barreiras corta-fogo,
bem
como trabalhos gerais de
amianto painéis sanduíche, divisórias, placas
construção.
(podem conter para coberturas, membranas de
16% a 40% de impermeabilização para coberturas,
amianto ) forros de paredes, painéis para casas de
banho. Revestimentos de caldeiras
domésticas, divisórias e placas para tectos,
revestimento de fornos e sistemas de pisos
flutuantes.
Cordas, fios Materiais de guarnições, junções e Caldeiras de aquecimento central,
(podem conter embalagem, juntas e selantes fornos, incineradoras e outras
resistentes ao calor/fogo,
100% de instalações sujeitas a altas
argamassas
amianto) para assentamento de alvenaria, temperaturas.
selagem de caldeiras e condutas de
evacuação, bem como tubagens
entrançadas para cabos eléctricos.
Têxteis Juntas e embalagens, isolamento Em fundições, laboratórios e
(podem conter térmico e guarnições calorífugas cozinhas. Cortinas anti-fogo em
100% de (cobertores resistentes ao fogo, teatros.
amianto) colchões e cortinas anti-fogo),
luvas, aventais e fatos-macacos.
Cartão, papel e Isolamento térmico e protecção Feltros betuminosos e membranas de
produtos de papel contra incêndios em geral, bem impermeabilização para coberturas, materiais
(90% a 100% de como isolamento térmico e compósitos com aço, revestimentos de
amianto) eléctrico de equipamento paredes e coberturas, revestimentos de piso
eléctrico. vinílicos, revestimento de painéis
combustíveis, laminados resistentes ao fogo e
isolamento de tubos corrugados.
Figura 4.23 – Remoção das peças removidas na cobertura do edifício devidamente fixa ao andaime
(Fonte: CICCOPN, 2005; www.planirest.pt)
Figura 4.24 – Desfragmentação dos escombros de maiores dimensões para possibilitar a remoção
(Fonte: CICCOPN, 2005)
Figura 4.25 – Transporte inadequado dos resíduos sem protecção de projecção, à esquerda, em que
deve ser feito por camiões de carroçaria fechada / vedada ou por recipientes próprios de resíduos, à
direita (Fontes: CICCOPN, 2005; http://naturlink.sapo.pt)
[1] – http://www.artigonal.com/saude-artigos/riscos-profissionais-1729608.htm
[2] – Autoridade para Condições do Trabalho (ACT): www.act.gov.pt
[3] – PINTO, Abel – Manual de Segurança - Construção, conservação e restauro de
edifícios, Edições Sílabo, Lda, Lisboa, 2008, pp. 245-250.
[4] – LOURENÇO, Cristina Isabel de Campos – Optimização de sistemas de demolição
- Demolição selectiva, Dissertação de Mestrado, Instituto Superior Tecnico, Lisboa,
2007.
[5] – MASCARENHAS, Jorge Morarji dos Remédios Dias – Sistemas de Construção X
– Jóias da coroa em terra. Demolições. Betão tensionado. Cabos de aço utilizados em
obra, Ed. Livros Horizonte, Lisboa, Outubro de 2008.
[6] – CRUZ, Rui Manuel Pereira – Sistemas de suporte de paredes de edifícios antigos
em demolição,Instituto Superior Técnico, Lisboa, 2008.
[7] – BRITO, Jorge – Técnicas de demolição de edifícios correntes, Cadeira de
Processos de Construção, Licenciatura em Engenharia Civil, Instituto Superior Técnico,
Lisboa, Setembro de 1999
[8] – Opus cit. nº3
[9] – http://www.abrea.com.br/02amianto.htm
http://www.ifi.unicamp.br/~jalfredo/TabelaI.htm;
http://www.sh.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=novo2006&sid
=398;
http://www.globiprotec.com/store/index.php?main_page=index&cPath=39;
http://www.doka.com/doka/pt/products/workingprotection/guardrails/index.php;
http://www.jovedavedacoes.pt/html/vedac.htm;
http://www.cm-loures.pt/doc/regulamentos/Reg_ObrasLoures.pdf;
http://www.labciv.eng.uerj.br/rm4/files/cmm_2005.pdf;
http://www.estg.ipleiria.pt/files/347466_6_reabilitaca_4457736c095ef.PDF;
http://technical-portuguese.blogspot.com/2008_11_01_archive.html;
http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0304/Amianto/index.htm;
http://www.planirest.pt/img/galeria/sala-do-risco/sala-risco-054.jpg;
http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=6&cid=18161&bl=1&viewall=true.
5.1. Introdução
Até meados do século XIX, o meio ambiente era considerada como algo de
pouca importância em todas as discussões relacionadas com o desenvolvimento da
sociedade e das suas acções. Com o desenvolvimento da sociedade, o meio ambiente
começou a apresentar problemas que poderiam tornar-se irreversíveis. Começou então a
aumentar a preocupação da gestão e aproveitamento dos resíduos para um
desenvolvimento mais sustentável das cidades.
Esta aposta na reciclagem tem sido desigual nos países da União Europeia, onde
se estimam taxas de 5% em países como Portugal, Espanha, Grécia e Irlanda, e valores
bastante elevados como 80% na Dinamarca e Bélgica ou 90% na Holanda.
encontradas na elaboração de planos quer nacional quer municipal têm vários motivos,
tais como [3]:
17 01 01 Betão.
17 01 02 Tijolos.
17 02 01 Madeira.
17 02 02 Vidro.
17 02 03 Plástico.
17 04 02 Alumínio.
17 04 03 Chumbo.
17 04 04 Zinco.
17 04 05 Ferro e aço.
17 04 06 Estanho.
17 04 07 Mistura de metais.
Materiais reutilizáveis:
ª Betão:
- Betão de demolição – material de aterro, base de enchimento para valas de
tubagens e pisos térreos de edifícios;
- Betão triturado e crivado com poucas ou nenhumas impurezas – sub-base na
construção de estradas, agregado reciclado para o fabrico de betão e base de
enchimento para sistemas de drenagem;
- Betão triturado e crivado limpo de impurezas e com menos de 5% de tijolo –
construção de estradas, produção de betão, material de aterro estrutural e base
de enchimento para valas de tubagens.
ª Alvenarias:
- Alvenaria de pedra – reutilização directa, conservação e restauro;
- Tijolos – agregados para betão, agregados para a produção de peças pré-
fabricadas em betão, agregados para tijolos de silicato de cálcio, material de
enchimento para estradas, material de enchimento para estabilidade de
caminhos rurais, revestimentos de pavimentos de recintos desportivos;
- Tijolos e blocos inteiros – reutilização;
- Alvenarias britadas – aplicação idênticas às de betão com diferentes agregados
para betão, agregados para betão asfáltico (betume) e nas sub-bases de
estradas.
ª Pavimentos – rodoviários e outros:
- Asfálticas – construção e manutenção de estradas como pavimento asfáltico ou
agregados para base e sub-base, agregados para bermas e camadas drenantes e
em pavimentos estabilizados;
- De betão – construção e reabilitação de estradas como agregados para betão,
agregados em pavimentos asfálticos, material para base de taludes e agregados
não ligados para bases de estradas.
Materiais Recicláveis
ª Metais
- Reutilização directa aço – ferro;
- Sucata e fabrico de novos elementos – alumínio.
ª Madeira
- Mobiliário;
- Soalhos, portas, caixilhos e janelas;
- Estacas para plantas;
- Reparação de edifícios rurais;
- Camas para animais;
- Incineração com recuperação de calor;
- Pirólise;
- Compostagem;
- Produção de combustível derivado dos refugos (CDR).
ª Vidro
- Reutilização – difícil na prática;
- Construção de estradas;
- Fabrico de novo vidro.
ª Papel e cartão
- Produção de cartão;
- Combustível para incineração;
- Isolamento com celulose;
ª Plásticos
- Incineração com recuperação energética;
Givalder Martins Gomes 148
– Medidas Preventivas na Execução de Trabalhos de Demolição e Reabilitação de Edifícios Antigos –
Técnicas e Equipamentos de Demolição
ª Resíduos perigosos
- Óleos, usados como combustão (com ou sem processamento adicional) ou
refinados para produzir óleo novo;
- Pilhas e baterias recarregáveis – Produtos abrasivos, reutilizados após limpeza;
- Tintas e solventes, recuperação por destilação ou utilização na produção de
primários – incineração / aterro.
- Resíduos de equipamento eléctrico e electrónico.
ª Amianto
- Não tem – todas as variedades de fibras de amianto são consideradas
cancerígenas; remoção / tornar inerte / aterro.
valorização dos diversos fluxos e fileiras de resíduos resultantes dessa operação tais
como resíduos de madeira, de vidro, de plástico, de metais ferrosos e não ferrosos e os
inertes.
- É necessário que exista uma redução da produção dos resíduos em cada fase do
processo de construção até à execução final da obra, mediante princípios de
responsabilidade de gestão correcta por quem os pode originar;
Todas as entradas e saídas de material, são controladas por uma báscula própria
com pelo menos 12 metros de comprimento, sendo registadas as quantidades e
características dos materiais movimentados. Deverá ser prevista no edifício da portaria
uma estrutura elevada que possibilite a inspecção visual do material à entrada aquando
da pesagem. Em caso de dúvida ou incerteza quanto às características da carga, será
feita uma inspecção mais pormenorizada.
Deve ser feita uma inspecção posterior aquando da descarga para garantir a
qualidade do material aceite. Os stocks de recepção de resíduos poderão ser separados
fisicamente, por placas ou paredes. Todos os stocks de material devem estar
devidamente identificados e cabe ao responsável identificar e supervisionar as acções de
depósito e carga de material. Deverá também indicar as zonas de descarga e controlar a
qualidade do material depositado.
Os resíduos que dão entrada na estação, são depositados numa zona própria
passando daí a uma primeira fase de triagem, onde são retirados os maiores elementos e
de maior visibilidade, que são indesejáveis para este tipo de reciclagem como madeiras,
papéis, metais, isolamentos, e que passaram na inspecção à entrada. Esta pré-selecção
poderá ser manual ou com o auxílio duma máquina de pinças ou tesouras.
Os fluxos de materiais que são retirados podem ser armazenados separados, para
posterior reencaminhamento a mercados de reciclagem e valorização paralelos.
Britagem e Crivagem
que a outra fracção poderá ser crivada e graduada em subfracções (0-5; 5-15; 15-25; 25-
50;).
Obtemos uma parcela de finos (0-5 mm) – areias – que poderá ser misturada
com fracções superiores (não ser separada) com vista a conseguir uma granulometria
desejável para certas aplicações como sub-bases de estradas.
Todos os stocks que não estejam separados fisicamente deverão ser separados
por uma distância na base de pelo menos 4 m para garantir não existirem misturas entre
stocks, e para facilitar as operações de armazenamento e cargas e descargas,
nomeadamente dos veículos intervenientes nessas operações.
Figura 5.2 – Alguns exemplos de impactos negativos provocados pelos resíduos de demolição
Através dos dados dos inquéritos das empresas de construção inquiridas foi nos
possível concluir que cada empresa produz em média 34 ton/ano de RCD. Nenhuma
destas empresas tem conhecimento a cerca de empresas representativas na recolha dos
RCD. Para gerir os RCD, nas empresas inquiridas, apenas tentam reutilizar os resíduos
produzidos em nivelamentos e terraplanagens, embora não revelando os destinos dos
mesmos, que provavelmente devem ser os despejos clandestinos. Apenas 25% das
empresas inquiridas fazem a triagem em obra, sendo os RCD separados e os plásticos
levados para aterros de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU). Dos RCD, 80% é material
inerte e há falta de um local apropriado para a sua deposição. Desde que competitivos
com os materiais normalmente utilizados, a maioria das empresas inquiridas não se
importa de utilizar materiais reciclados.
[1] – PEREIRA, Luís H.; Jalali, Said; Aguiar, J. L. Barroso de – Viabilidade económica
de uma central de tratamento de Resíduos de Construção e Demolição, Universidade do
Minho, 2004.
[2] – http://www.quercus.pt
[3] – SEPÚLVEDA, Jacinto – Mercado dos RCD «precisa de tempo» para funcionar,
Portal do Ambiente, 2007: www.ambienteonline.pt/noticias/detalhes.php?id=601.
[4 – http://www.terrafertil.pt/
[5] – www.procesl.pt/
https://repositorium.sdum.uminho.pt;
http://www.zeroresiduos.info/
http://www.quercus.pt;
http://www.construlink.com/;
http://www.terrafertil.pt/;
www.procesl.pt/.
www.adega.pt/ ; http://www.apambiente.pt/
Qualquer intervenção num edifício antigo deve ter como primeiro passo, o
reconhecimento das características do edifício e do seu estado de conservação e
segurança, ponto de partida para a definição dos princípios programáticos e projectuais
que irão conduzir as intervenções.
Num edifício antigo, mais ainda que numa nova edificação, uma intervenção
implica uma visão integradora e integrada, envolvendo um maior número de
intervenientes, adicionando aos habituais arquitectos e engenheiros, os arqueólogos, os
historiadores de arte e de arquitectura, os especialistas em artes decorativas, etc. Para
iniciar o processo de aprovação de um projecto de reabilitação é necessário apresentar,
às Direcções Regionais de Cultura, ao IGESPAR e às Câmaras Municipais, a
intervenção arquitectónica, acompanhada de um levantamento fotográfico que deve
fazer parte de um diagnóstico sobre as condições de conservação e segurança e,
frequentemente, de uma análise histórica do edifício e do seu enquadramento no tempo
e no espaço.
Numa intervenção de reabilitação deve ter-se em conta que, pelo menos para o
arquitecto e para o engenheiro de estruturas, há que fazer um percurso de um projecto
que é a síntese histórica do que o edifício é, através do que foi ou terá sido, cuidando
especialmente da elaboração de um levantamento arquitectónico rigoroso e de um
levantamento estrutural tão exaustivo quanto possível. Isto quer dizer que, de certo
modo, haverá que fazer um projecto do que existe, antes de se passar para o projecto do
que existirá. Em relação a outras especialidades e domínios do projecto, das várias
engenharias, as questões são geralmente mais simples, uma vez que, em edifícios
antigos raramente as redes existentes têm algum interesse prático, dada a sua escassez e
obsolescência (redes eléctricas e de comunicações, de abastecimento de água ou
esgotos, de ventilação, de acústica, de térmica e de conservação energética, de
segurança contra incêndio, etc).
edifício como um todo mas apenas às partes mais relevantes ou consideradas as mais
importantes. Isto significa que, em última análise, o respeito integral pela autenticidade
do património sobre o qual se intervém é aplicável apenas a vestígios e ruínas
arqueológicas. Basta pensar em muitos dos monumentos nacionais mais importantes, e
como eles foram ou tiveram que ser objecto de intervenções em que foi necessário
prejudicar a autenticidade a favor de outros objectivos, para garantir funcionalidades
essenciais como a inclusão de instalações sanitárias modernas e a criação de redes de
instalações técnicas diversas; nesse caso é essencial garantir o maior grau possível de
autenticidade e minimizar impactos com as tais intervenções. Quanto ao património
arquitectónico corrente, que representa a maior parte daquele que o País dispõe, o
princípio da autenticidade não é um valor absoluto, devendo então definir-se quais os
elementos cuja preservação contribua, de facto, para que o objecto intervencionado
mantenha o essencial da sua imagem, de forma autêntica, exterior e interiormente.
expressão contemporânea, que se harmonize com as partes antigas dos edifícios objecto
de intervenção.
aplica a todos os sistemas que não sejam capazes de exercer a sua função estática depois
de terem sido executadas ou simuladas consolidações localizadas ou gerais, capazes de
trabalhar em paralelo ou em modo colaborante.
As substituições parciais só devem ser feitas quando algumas partes ou
elementos da estrutura se apresentem deteriorados a ponto de não garantirem a
estabilidade da estrutura. Para o efeito devem ser usados materiais e técnicas fiáveis,
privilegiando-se os removíveis e substituíveis, que contrastem pela sua forma, tipologia
ou material com os existentes, sendo claramente reconhecíveis.
A demolição de coberturas deve ser feita com grande cautela e nas condições
de máxima segurança para os operadores. Deve ser feita a desmontagem do
revestimento de cobertura, dos algerozes, caleiras, chaminés, cumeeiras e forros de
rincões. De seguida, removem-se os diferentes componentes da estrutura, de madeira,
ferro ou betão armado. Deve-se garantir a ancoragem de cornijas ou de algerozes em
consola ao pavimento mais elevado, ou seguros pelo peso da cobertura. Antes de
remover a estrutura principal, procede-se ao escoramento prévio das cimalhas e
cornijas. A demolição de coberturas deve efectuar-se operando no interior do edifício.
Caso contrário, deve-se trabalhar exclusivamente na estrutura principal e não na
secundária, empregando tábuas e dormentes estrategicamente colocados para garantir a
redistribuição dos esforços durante a demolição. As madres e os frechais devem ser
arrancados das posições originais evitando fazer alavanca sobre as alvenarias existentes
através de escoramentos, suspensão e corte desses elementos de madeira. Deve-se evitar
a queda das matérias removidas sobre os pisos subjacentes, dos materiais removidos e a
acumulação excessiva dos mesmos sobre os pavimentos e soalhos [3].
6.3.1. Introdução
Celorico de Basto com 181,10 km² de área tem cerca de 20516 (2001), segundo
dados do INE, e 22 freguesias: Agilde, Arnóia, Santa Tecla de Basto, São Clemente de
Basto, Borba da Montanha, Britelo, Caçarilhe, Canedo de Basto, Carvalho, Codeçoso,
Corgo, Fervença, Gagos, Gémeos, Infesta, Molares, Moreira do Castelo, Ourilhe, Rego,
Ribas, Vale de Bouro, Veade.
6.3.2.2. História
6.3.2.4. Acessibilidades
Chegar a Celorico de Basto foi outrora uma aventura. Hoje é muito fácil e rápido
de aqui chegar. O centro da Vila fica a poucos minutos do IP4 em Amarante e um pouco
mais do nó da A7 / IC5 na cidade de Fafe. Conta com os inúmeros solares e jardins de
camélias, o Castelo e Mosteiro de Arnóia, a Biblioteca Municipal Professor Doutor
Marcelo Rebelo de Sousa, os espaços verdes e ajardinados da zona ribeirinha do rio
Freixieiro, as inúmeras igrejas e capelas e ainda a apreciada gastronomia local 3.
Figura 6.9 – Planta de arquitectura e épocas de construção do edifício – Escala 1/200 (Fonte: “A400”)
Conjunto edificado
6.5.1. Coberturas
Figura 6.23 – Degradação das propriedades mecânicas, fluência, podridão e roturas das ligações,
que ocorrem no alpendre da varanda quinhentista - cobertura entre compartimentos 15 e 13
Figura 6.24 – Perda de resistência da madeira, deformações, perda de secção dos elementos de
madeira, rotura de ligações, eliminação de elementos estruturais - compartimento 11
6.5.2. Fachadas
Causa aparente: Fendas devido á rotação das paredes; assentamento das fundações
devido á deformação do terreno, consequência da absorção de água pelas raízes das
árvores ou devido à acção das próprias raízes, visto que o edifício se encontra envolvida
por uma zona de muita vegetação. Infiltração das águas das chuvas originando
humidades e crescimento de plantas parasitárias.
fachadas bem como reforço na alvenaria com varões de aço inseridos na parede em
furos executados e posteriormente injectados com caldas cimentícias ou resina acrílica.
a) b) c)
Figura 6.25 – a) Fissuras horizontais e verticais na fachada – Norte do compartimento 2; b)
Humidades e vegetação parasitária – fachada, este do compartimento 5; c) Humidades e vegetação
parasitária – fachada NW do compartimento 9
Causa aparente: Devido á forte exposição de portas e janelas às águas da chuva, vento
e amplitudes térmicas, ocorrem fenómenos como retracção da madeira e esboroamento
da argamassa de vidraceiro; a penetração da água apodrece e degrada a madeira. A
corrosão dos elementos metálicos é devida á penetração das águas das chuvas
originando a oxidação das ferragens. A queda de vidros deve-se à degradação da
argamassa de vidraceiro.
Causa aparente: Humidade do terreno que ascende por capilaridade através das
fundações e paredes e humidade de condensação, são as principais causas para a
manifestação de humidade nessas paredes interiores, originado manchas de bolor,
eflorescências e que dão origem á destruição dos rebocos interiores; por outro lado não
podemos deixar de assinalar a fraca ventilação dos espaços interiores. A fissuração
excessiva devido aos assentamentos diferenciais das fundações, seguidos da fendilhação
das paredes resistentes e a deformação excessiva dos pavimentos faz com que as
paredes divisórias percam as suas capacidades resistentes dando origem às fissuras. O
mau estado de conservação da cobertura contribui para o agravamento destas anomalias,
assim como o facto da casa estar fechada há muito tempo, sem operações de
manutenção periódicas.
estado de conservação, por elementos de madeira sã. No caso dos tabiques que são
irrecuperáveis deverão estes ser substituídos por outros com iguais características.
Figura 6.28 – Manchas de humidade, bolor e destruição de rebocos nas salas dos compartimentos 1
e6
Figura 6.30 – Podridão, flexão do pavimento devido á perda de resistência dos pisos inferiores dos
compartimentos 4 e 12
Figura 6.31 – Podridão e perda de ripas de madeira no tecto do compartimento 1 (Sala principal)
Só se pode dar inicio aos trabalhos depois da elaboração por parte do plano de
segurança e saúde, de acordo com o artigo 6º, do decreto-lei nº 273/2003 de 29
de Outubro. Em todos os trabalhos de demolições e desmontes deverá ser
escrupulosamente cumprido o "Regulamento de Segurança na Construção
Civil";
Figura 6.33 – Armazenamento de blocos de pedra, em zona adequada sem impedir a deslocação de
pessoas e máquinas para dentro do estaleiro, para posterior remoção e reutilização em paredes de
alvenaria ou muros de suporte
Figura 6.36 – Isolamentos das partes da coberturas, com lonas impermeáveis, para impedir a
infiltração de água que poderia provocar maior degradação dos elementos interiores da cobertura e
no interior dos compartimentos, como soalhos, tectos falsos, paredes interiores
Figura 6.37 – Remoção das telhas e posterior remoção desmonte da estrutura da cobertura de
madeira para tratamento e reutilização
Figura 6.39 – Trabalhos de demolição com mini escavadora com lagartas, com martelo demolidor,
no interior do edifício com as paredes-mestras devidamente escorados pelo interior
Figura 6.40 – Durante a execução de alguns trabalhos de demolição também foram feitos algumas
intervenções de restauro aproveitando da enorme quantidade de pedra existente no local,
provenientes de trabalhos prévios de demolição.
Figura 6.41 – Demolição da empena sob a cobertura, protecção contra as intempéries e posterior
reforço, com a construção duma parede de alvenaria de blocos de betão
Figura 6.42 – Sistemas de reforço da estrutura com perfiz metálicos, escoramento das aberturas das
janelas e portas, escoramento da parede-mestra pelo exterior
Figura 6.44 – Reforço das bases do compartimento com implementação de elementos de betão
armado.
Figura 6.45 – Tratamento da madeira, com remoção de peças metálicos e ferrosos, armazenamento,
protecção e transporte dos mesmos para locais de tratamento especial para a sua reutilização
http://www.mun-celoricodebasto.pt
http://www.celoricodigital.blogspot.com
http://www.eb1-assento-borba.rcts.pt
http://www.minhopress.com
http://pt.wikipedia.org
http://nortedeportugal.nireblog.com
Givalder Martins Gomes 195
– Medidas Preventivas na Execução de Trabalhos de Demolição e Reabilitação de Edifícios Antigos –
Técnicas e Equipamentos de Demolição
7. CONCLUSÃO
ANEXOS
exposição a agentes químicos no trabalho, bem como as Directivas nºs 91/322/CEE de 29 Maio e 2000/39/CE de 8 Junho, sobre
valores limite de exposição profissional a agentes químicos
Decreto-Lei n.º 305/2007 de 24 Agosto Transpõe a Directiva n.º 2006/15/CE de 7 Fevereiro, que estabelece a segunda lista de valores limite de exposição profissional
indicativos para execução da Directiva n.º 98/24/CE de 7 Abril. Altera o anexo ao Decreto-Lei n.º 290/2001
6.10 Exposição a agentes cancerígenos Decreto-Lei n.º 479/85 de 13 Novembro Fixa as substâncias, os agentes e os processos industriais que comportam riscos cancerígeno, efectivo ou potencial, para os
trabalhadores profissionalmente expostos
Regula a protecção dos trabalhadores contra os riscos ligados à exposição a agentes cancerígenos ou mutagénicos durante o trabalho
Decreto-Lei n.º 301/2000 de 18 Novembro
(transpõe a Directiva n.º 90/394/CEE de 28 Junho, alterada pelas Directivas nºs 97/42/CE de 27 Junho e n.º 99/38/CE de 29 Abril)
6.11 Exposição ao chumbo no trabalho Decreto-Lei n.º 274/89 de 21 Agosto - a) Estabelece diversas medidas de protecção da saúde dos trabalhadores contra os riscos de exposição ao chumbo (transpõe a Directiva
n.º 82/605/CEE de 28 Julho)
6.12 Exposição ao amianto Decreto-Lei n.º 266/2007 de 24 Julho Transpõe a Directiva n.º 2003/18/CE de 27 de Julho, relativa à protecção sanitária dos trabalhadores contra os riscos de exposição ao
amianto durante o trabalho
6.13 Exposição a riscos derivados de atmosferas explosivas Decreto-Lei n.º 236/2003 de 30 Setembro Transpõe a Directiva n.º 1999/92/CE de 16 Dezembro, relativa às prescrições mínimas destinadas a promover a melhoria da protecção
da segurança e da saúde dos trabalhadores susceptíveis de serem expostos a riscos derivados de atmosferas explosivas
6.14 Exposição a agentes biológicos Decreto-Lei n.º 84/97 de 16 Abril - a) Relativo à protecção da segurança e saúde dos trabalhadores contra os riscos resultantes da exposição a agentes biológicos durante o
trabalho. (Directiva n.º 2000/54/CE de 18 Setembro)
Portaria n.º 1036/98 de 15 Dezembro Altera a lista de agentes biológicos classificados para efeitos da prevenção de riscos profissionais, aprovada pela Portaria n.º 405/98
de 11 Julho
6.15 Exposição ao ruído no trabalho Decreto-Lei n.º 182/2006 de 6 Setembro Prescrições mínimas de segurança e de saúde em matéria de exposição dos trabalhadores aos riscos devidos aos agentes físicos (ruído)
- transpõe a Directiva n.º 2003/10/CE de 6 Fevereiro
6.16 Exposição às vibrações no trabalho Decreto-Lei n.º 46/2006 de 24 de Fevereiro Protecção da saúde e segurança dos trabalhadores em caso de exposição aos riscos devidos a agentes físicos (Vibrações) – Transpõe a
Directiva n.º 2002/44/CE de 25 Junho
6.17 Protecção contra radiações ionizantes Dec-Regulamentar n.º 29/97 de 29 de Julho Relativo ao regime de protecção dos trabalhadores de empresas externas que intervêm em zonas sujeitas a regulamentação com vista à
protecção contra radiações ionizantes
Decreto-Lei n.º 165/02 de 17 de Julho Estabelece as competências dos organismos intervenientes na área da protecção contra radiações ionizantes, bem como os princípios
gerais de protecção, e transpõe a Directiva n.º 96/29/EURATOM de 13 Maio, que fixa as normas de base de segurança relativas à
protecção sanitária da população e dos trabalhadores contra os perigos resultantes das radiações ionizantes
Decreto-Lei n.º 167/02 de 18 de Julho Estabelece o regime jurídico relativo ao licenciamento e ao funcionamento das entidades que desenvolvem actividades nas áreas de
protecção radiológica e transpõe disposições relativas às matérias de dosimetria e formação, da Directiva n.º 96/29/EURATOM de 13
Maio
Decl. Rectificação n.º 30-A/02 de 30 de Setembro Rectifica o Decreto-Lei n.º 180/2002 de 8 Agosto, que estabelece as regras relativas à protecção da saúde das pessoas contra os
perigos resultantes de radiações ionizantes em exposições radiológicas médicas e transpõe a Directiva n.º 97/43/EURATOM de 30
Junho
6.18 Trabalho a bordo dos navios de pesca Decreto-Lei n.º 116/97 de 12 Maio - a) Transpõe a Directiva n.º 93/103/CE de 23 Novembro , relativa às prescrições mínimas de segurança e saúde no trabalho a bordo dos
navios de pesca
Portaria n.º 356/98 de 24 Junho Regulamenta as prescrições mínimas
6.19 Assistência médica a bordo dos navios Decreto-Lei n.º 274/95 de 23 Outubro - a) Transpõe a Directiva n.º 92/29/CEE de 31 Março , relativa às prescrições mínimas de segurança e saúde que visam promover uma
melhor assistência médica a bordo dos navios
Portaria n.º 6/97 de 2 Janeiro Regulamenta o Decreto-Lei n.º 274/95 de 23 Outubro
6.20 Trabalhos desempenhados por menores Lei n.º 99/2003 de 27 Agosto, Capítulo I (artigo 53º e
Aprova o Código do Trabalho
seguintes)
Lei n.º 35/2004 de 29 Julho, Capítulo VII (artigo 114º
Regulamenta a Lei n.º 99/2003 de 27 Agosto
e seguintes) (Directiva n.º 94/33/CE de 22 Junho)
6.21 Trabalho feminino, trabalhos condicionados - grávidas,
Lei n.º 99/2003 de 27 Agosto, (artigo 49º) Aprova o Código do Trabalho
puérperas e lactantes
Lei n.º 35/2004 de 29 Julho, Capítulo VI (artigo 84º e
Regulamenta a Lei n.º 99/2003 de 27 Agosto
seguintes)
Decreto-Lei n.º 333/95 de 23 Dezembro(Directiva n.º
Altera o regime de protecção social dos beneficiários do regime geral da segurança social
92/85/CEE de 19 Outubro)
7. Regulamentos específicos:
7.1 de segurança, higiene e saúde no trabalho na exploração Portaria n.º 762/2002 de 1 Julho Aprova o regulamento de segurança, higiene e saúde no trabalho
dos sistemas públicos de distribuição de água e de drenagem de
águas residuais
7.2 de higiene e segurança do trabalho nos estabelecimentos Decreto-Lei n.º 243/86 de 20 Agosto Aprova o regulamento geral de higiene e segurança do trabalho nos estabelecimentos comerciais, de escritório e serviços
comerciais, de escritório e serviços Dec-Regulamentar n.º 14/87 de 8 Julho Adapta, para aplicação na Região, o regulamento geral de higiene e segurança do trabalho nos estabelecimentos comerciais, de
escritório e serviços
7.3 de segurança e higiene do trabalho nos estabelecimentos Portaria n.º 53/71 de 3 Fevereiro Aprova o regulamento geral de segurança e higiene nos estabelecimentos industriais
industriais Portaria n.º 702/80 de 22 Setembro Altera a Portaria n.º 53/71 de 3 Fevereiro
7.4 de segurança no trabalho da construção civil (ver também Decreto-Lei n.º 41820/58 de 11 Agosto Relativo à segurança no trabalho da construção civil
legislação de âmbito geral de aplicação aos estaleiros Decreto-Lei n.º 41821/58 de 11 Agosto Aprova o regulamento de segurança no trabalho da construção civil
temporários ou móveis) Decreto n.º 46427/65 de 10 Julho Aprova o regulamento das instalações provisórias destinadas ao pessoal empregado nas obras
7.5 de segurança e higiene no trabalho nas minas e pedreiras Decreto-Lei n.º 162/90 de 22 Maio Aprova o regulamento geral de segurança e higiene no trabalho nas minas e pedreiras
7.6 de higiene e segurança do trabalho nos caixões de ar Decreto-Lei n.º 49/82 de 18 Fevereiro
Aprova o regulamento de higiene e segurança do trabalho nos caixões de ar comprimido
comprimido
8. Risco de acidentes graves Estabelece o regime de prevenção de acidentes graves que envolvam substâncias perigosas e a limitação das suas consequências para
Decreto-Lei n.º 254/2007 de 12 de Julho
o homem e o ambiente (transpõe a Directiva n.º 2003/105/CE de 16 Dezembro)
II 1. Equipamentos de protecção individual Portaria n.º 109/96 de 10 Abril Altera os anexos I, II, IV e V da Portaria n.º 1131/93 de 4 Novembro
Portaria n.º 695/97 de 19 Agosto Altera os anexos I e V da Portaria n.º 1131/93 de 4 Novembro
E 2. Máquinas novas Decreto-Lei n.º 320/2001 de 12 Dezembro Estabelece as normas relativas à colocação no mercado e entrada em serviço das máquinas e dos componentes de segurança (transpõe
a Directiva n.º 98/37/CE de 22 Junho)
Q Decreto-Lei n.º 295/98 de 22 Setembro Estabelece os princípios gerais de segurança relativos aos ascensores e respectivos componentes (transpõe a Directiva n.º 95/16/CE de
29 Junho)
U 3. Máquinas usadas Decreto-Lei n.º 214/95 de 18 Agosto Estabelece as condições de utilização e comercialização de máquinas usadas, visando a protecção da saúde e segurança dos
utilizadores e de terceiros
I Portaria n.º 172/2000 de 23 Março Define a complexidade e características das máquinas usadas que revistam especial perigosidade
4. Produtos químicos Portaria n.º 732-A/96 de 11 Dezembro Aprova o Regulamento para a Notificação de Substâncias Químicas e para a Classificação, Embalagem e Rotulagem de Substâncias
P Perigosas
Decreto-Lei n.º 27-A/2006 de 10 de Fevereiro Altera o Regulamento para a Notificação de Substâncias Químicas e para a Classificação, Embalagem e Rotulagem de Substâncias
A Perigosas (transpõe a Directiva n.º 2004/73/CE de 29 Abril)
Decreto-Lei n.º 82/03 de 23 de Abril Transpõe a Directiva n.º 1999/45/CE de 31 Maio, relativa à classificação, embalagem e rotulagem de preparações perigosa
M Decreto-Lei n.º 260/2003 de 21 de Outubro Altera o n.º 2 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 82/95 de 22 Abril, relativo à aproximação das disposições legislativas, regulamentares e
administrativas respeitantes à classificação, embalagem e rotulagem das substâncias perigosas
E
S
1. Regime jurídico dos acidentes de trabalho e das doenças Lei n.º 99/2003 de 27 Agosto, Aprova o Código do Trabalho
profissionais
III Capítulo V e VI (artigo 281º e seguintes – aplicáveis
Aplicação: após a entrada em vigor de legislação que substituirá a
R Lei n.º 100/97)
Decreto-Lei n.º 143/99 de 30 Abril Regulamenta a Lei n.º 100/97, de 13 Setembro (aprova o regime jurídico dos acidentes de trabalho e doenças profissionais), no que
- trabalhador independente respeita à reparação dos danos emergentes dos acidentes de trabalho
E
- administração pública Decreto-Lei n.º 248/99 de 2 Julho Regulamenta a Lei n.º 100/97, de 13 Setembro, relativamente à protecção da eventualidade de doenças profissionais
P Decreto-Lei n.º 185/2007 de 10 Maio Altera o regime jurídico do fundo de acidentes de trabalho, criado pelo Decreto-Lei n.º 142/99 de 30 Abril
Portaria n.º 478/2003 de 16 Junho Regulamenta o Decreto-Lei n.º 142/99 (Cria o fundo de acidentes de trabalho)
A Decreto-Lei n.º 159/99 de 11 Maio Regulamenta o seguro de acidentes de trabalho para os trabalhadores independentes
Decreto-Lei n.º 503/99 de 20 Novembro Aprova o regime jurídico dos acidentes em serviço e das doenças profissionais no âmbito da administração pública
R 2. Lista das doenças profissionais Dec. Regulamentar n.º 76/2007 de 17 Julho Altera e republica o Dec. Regulamentar n.º 6/2001 de 5 Maio que aprova a lista das doenças profissionais e o respectivo índice
codificado
3. Tabela nacional de incapacidades Decreto-Lei n.º 352/2007 de 23 Outubro Aprova a tabela nacional de incapacidades por acidentes de trabalho e doenças profissionais
O
Informação estatística de acidentes de trabalho e doenças Decreto-Lei n.º 362/93 de 15 Outubro Regula a informação estatística sobre acidentes de trabalho e doenças profissionais
profissionais Portaria n.º 137/94 de 8 Março Aprova o modelo de participação de acidente de trabalho e o mapa de encerramento de processo de acidentes de trabalho
IV Dec. Leg. Reg. n.º 7-M/95 de 6 Maio Adapta à Região Autónoma da Madeira o Decreto-Lei n.º 362/93 de 15 Outubro
ES
TA
TIS
TI
CAS
a) Alteração nas contra-ordenações - ver Lei n.º 113/99 de 3 de Agosto (Fonte: www.srrh-recursoshumanos.pt)
TÍTUL0 IV
Demolições
CAPÍTULO I
Disposições gerais
CAPÍTULO II
Providências preliminares
Artigo 48.º Não poderá ter início qualquer trabalho de demolição sem que
previamente o técnico responsável se tenha assegurado de que a água, gás e
electricidade fornecidos ao edifício se encontram cortados.
§ único. Se para o andamento dos trabalhos forem necessárias águas ou energia, o
respectivo fornecimento será feito em local e de forma a evitar quaisque r
inconvenientes.
Artigo 49.º Os elementos frágeis, como envidraçados, fasquiados e estuques,
serão retirados dosedifícios antes de começada a demolição.
§ único. Os operários empregados na remoção de estuques e tabiques utilizarão
máscaras destinadas a defendê-los das poeiras, a menos que estas sejam eliminadas por
meio de água ou qualquer outro processo adequado.
CAPÍTULO III
Outras providências
CAPÍTULO IV
Equipamento, instalações auxiliares e sua utilização
SECÇÃO I
Equipamento do pessoal
SECÇÃO III
Andaimes
Artigo 61.º Sempre que se torne necessário ou vantajoso, serão montados andaimes
para a demolição.
§ 1.º Os andaimes serão construídos completamente desligados da zona em demolição, e
de modo a poderem resistir, dentro de limites razoáveis, a pressões resultantes de
desmoronamentos acidentais.
§ 2.º São proibidos os andaimes no exterior das paredes sobre consolas, salvo se forem
destinados à remoção de materiais leves que não ponham em perigo a estabilidade
daquelas.
§ 3.º Não é permitido que os operários trabalhem em cima dos elementos a demolir, a
não ser que os serviços de inspecção reconheçam a impossibilidade de o fazerem por
outra forma.
SECÇÃO IV
Plataformas
SECÇÃO V
Protecção de aberturas
CAPÍTULO V
Protecção do público
SECÇÃO I
Sinalização
SECÇÃO II
Obras auxiliares
Artigo 65.º Junto de vias públicas, será vedado o passeio que confinar com o edifício a
demolir.
§ 1.º Sempre que seja necessário, construir-se-ão plataformas, vedações com corrimão
ou cobertos que garantam ao público passagem convenientemente protegida.
§ 2.º Os cobertos sobre passeios devem poder resistir a uma carga de 700 kg/m2; no
caso de servirem de depósito de produtos de demolição, este índice de resistência deverá
ser elevado pelo menos ao dobro.
Sinalização de segurança
Largura do corte I II - - -
Rugosidade da
III I IIII II IIIII
secção cortada
Figura 4. 1 – Corte e remoção de uma laje vigada tradicional armada numa só direcção (Fonte:
Brito, Jorge, 1999)
Figura 4. 2 – Demolição de uma laje de vigotas pré-esforçadas e de um pilar de betão (Fonte: Brito,
Jorge, 1999)