TCC - Oliver - Rainer - Salomons
TCC - Oliver - Rainer - Salomons
TCC - Oliver - Rainer - Salomons
CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do Título de
Bacharel em Engenharia Civil e aprovado em sua forma final pelo curso de Engenharia Civil.
Banca examinadora:
_________________________
Prof. Eduardo Lobo, Dr.
Orientador
Universidade Federal de Santa Catarina
Quando eu era criança, interrogado sobre o que queria ser quando crescer, respondi
“gente”. Com a conclusão deste Trabalho de Conclusão de Curso, e posteriormente de meu
ciclo universitário, me sinto cada vez mais próximo a este meu objetivo.
Fui privilegiado com o apoio que recebi nesta jornada e seria de grande egoísmo
afirmar que o mérito é só meu.
Agradeço à Deus pela vida.
Agradeço à minha família pela base, educação e formação de quem eu sou. À minha
mãe, que sempre me estimulou a ir mais longe, ser independente, buscar o meu melhor. Ao
meu pai, que sempre fez de tudo para me ver feliz, passou valiosos conselhos e compartilhou
suas paixões por esportes e leitura. Aos meus irmãos, primeiros amigos, que sempre
estiveram comigo e deram importantes “puxões de orelha” para me formar uma pessoa
melhor. À minha avó, meus tios e primos sempre de braços abertos para me receberem e
compartilharmos felizes momentos.
Agradeço aos meus amigos pelo companheirismo. Aos meus amigos de infância, que
mesmo longe nunca perdemos a proximidade. Aos amigos que fiz ao longo da graduação,
tornando este período mais leve e divertido, apoiando e compartilhando os momentos difíceis
na trajetória universitária.
Agradeço à Universidade Federal de Santa Catarina, por me abrir portas para o
mundo, abrir minha cabeça para diversos assuntos e me formar tecnicamente com um ensino
de qualidade. Ao EPEC, minha primeira experiência de trabalho, que me apresentou ao
empreendedorismo, me capacitou tecnicamente e me deu grandes amigos. Com certeza tem
uma participação especial no profissional e pessoa que sou. Ao meu professor orientador, que
me guiou para a execução deste Trabalho de Conclusão de Curso, sempre com
profissionalismo, dedicação e boas ideias para melhorar o trabalho. Aos demais membros da
banca, gratidão pela disponibilidade e pelo conhecimento dedicados à análise desta pesquisa.
“O começo de todas as ciências é o espanto
de as coisas serem o que são.”
(Aristóteles)
RESUMO
The concept of ESG (Environmental, Social, and Governance) has gained relevance in the
business and investment landscape, and its adoption has become essential for companies
seeking to reduce environmental and social impacts while maintaining financial performance.
The construction industry plays a crucial role in this context, facing significant challenges
and being involved in indicators such as natural resource consumption, greenhouse gas
emissions, workplace accidents, and corruption cases. However, few ESG initiatives have
been adopted in the construction sector, and their effective implementation faces obstacles
such as difficulties in obtaining comparative data and measurement failures. Therefore, this
work aims to develop a conceptual model to assist organizations in the construction industry
in implementing ESG initiatives. To carry out this work, a literature review is conducted on
ESG and sustainable development concepts, as well as an understanding of their impacts on
the construction industry. Based on this, the necessary elements are identified, and a
framework is proposed, using the COBIT (Control Objectives for Information and Related
Technologies) as a reference, which is a governance and management model for information
technology (IT). Finally, a method for assessing the maturity of organizations regarding ESG
is proposed.
Figura 1 - Pesquisa pelo termo “ESG” no Google ao longo dos últimos anos............. 27
Figura 2 - Maiores desafios na implementação de iniciativas ESG................................ 28
Figura 3 - Objetivos globais da ONU para o desenvolvimento sustentável...................29
Figura 4 - Agentes envolvidos na cadeia da construção................................................. 30
Figura 5 - Representatividade de faturamento dos grupos da construção....................31
Figura 6 - Consumo de minerais ao longo dos anos........................................................32
Figura 7 - Emissões globais de gases de efeito estufa por setor................................... 34
Figura 8 - Cubo COBIT.........................................................................................................46
Figura 9 - Fluxograma dos procedimentos metodológicos............................................. 47
Figura 10 - Fases de implementação de iniciativas..........................................................55
Figura 11 - Framework proposto para a implementação de iniciativas ESG na cadeia
da construção civil...............................................................................................................62
Figura 12 - Framework proposto para a implementação de iniciativas ESG na cadeia
da construção civil...............................................................................................................64
LISTA DE QUADROS
1. INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização
1.2 Objetivos
1.3 Justificativa
A pesquisa proposta é original devido à sua contribuição para o campo ESG na cadeia
da construção civil, embora o conceito venha ganhando cada vez mais relevância nas
organizações, ainda há uma lacuna em modelos e diretrizes práticas para sua implementação
efetiva no setor. Este trabalho busca preencher essa lacuna ao desenvolver um framework
específico para a implementação de iniciativas ESG, considerando as particularidades e
desafios enfrentados pelas organizações da cadeia da construção civil.
19
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
● Qualidade de vida;
● Uso eficiente dos recursos naturais;
● Proteção global dos bens comuns;
● Gestão de povoações humanos;
● Crescimento econômico sustentável.
24
O autor destaca que nas primeiras conferências e discussões a grande ênfase era
pautada na proteção ambiental, já a Rio 92 trouxe uma discussão mais ampla incluindo
conceitos sociais.
2.2.2 ESG
Por décadas, a maioria das empresas esteve focada apenas na maximização do lucro e,
por isso, as responsabilidades ambientais, sociais e de governança (ESG) não eram
consideradas tão relevantes. Acreditava-se que essas responsabilidades não tinham impacto
no desempenho financeiro e eram vistas como um possível fardo, já que poderiam resultar em
aumento de custos e desperdício de recursos. Contudo, nas últimas duas décadas, ficou
evidente que as questões ESG não só afetam a lucratividade, mas também a viabilidade
financeira de várias empresas, visto que os processos de alocação de recursos passaram a
utilizar estes conceitos na avaliação de investimentos (BILIO et al., 2021).
ECCLES et al. (2014) examinaram os impactos da sustentabilidade corporativa na
performance de empresas. O estudo descobriu que empresas com alta sustentabilidade têm
um desempenho melhor do que empresas com baixa sustentabilidade tanto no mercado de
ações quanto no desempenho contábil, especialmente em mercados que:
A "Carta aos CEOs", redigida em 2018 por Larry Fink, CEO da BlackRock, maior
gestora de ativos do mundo, com mais de US$ 9 trilhões em ativos sob gestão, foi um dos
principais impulsionadores dos princípios ESG, transformando o termo em uma tendência no
meio corporativo. O documento afirmou que as empresas precisam ter uma visão de longo
prazo, com apelo no impacto social e ambiental, além do desempenho financeiro. A carta foi
considerada um chamada para que empresas sejam mais responsáveis e conscientes em suas
práticas de negócios (FINK, 2018).
Como resultado, muitas empresas, investidores e veículos de mídia começaram a dar
mais atenção e discutir sobre a temática. O termo tem se popularizado, como demonstra o
crescimento expressivo de pesquisas no google pelo termo “ESG” nos últimos anos. A Figura
1 representa o interesse de pesquisa, com o ponto mais alto no gráfico representando o pico
de popularidade do termo (GOOGLE TRENDS, 2023).
27
Figura 1 - Pesquisa pelo termo “ESG” no Google ao longo dos últimos anos
De acordo com um estudo realizado pelo Capital Group (2022), com mais de 1.000
investidores globais, os maiores desafios para implementação de conceitos ESG, estão
relacionados com a dificuldade no acesso aos dados e informações sobre a temática,
monitoramento e mensuração de performance e uniformidade de conceitos e avaliações,
como destacado na Figura 2, a seguir:
28
2.2.3 ODS
O crescimento populacional e a urbanização têm sido fatores críticos que exigem uma
maior extração de recursos naturais para atender às necessidades humanas. Como a
população global continua a crescer, e a urbanização segue acelerada, resultando em um
32
aumento na demanda por recursos naturais, como os materiais de construção, energia e água.
Segundo Krausmann et al. (2009):
Além do alto consumo de recursos naturais, o setor ainda detém altas taxas de
desperdício, a perda de blocos e tijolos em um canteiro, por exemplo, atinge uma média de
17%, enquanto o desperdício de concreto usinado é de 9% (AGOPYAN, 1998).
Uma alta taxa de desperdício tem impactos não apenas na questão ambiental, mas
também na economia do setor. Por isso, é importante adotar práticas sustentáveis na
construção e investir em tecnologias e métodos mais eficientes e inovadores para reduzir esse
desperdício. Embora a reciclagem seja uma alternativa, ainda é um mercado pouco
desenvolvido no setor da construção, principalmente em cenário nacional. Com baixas taxas
de reciclagem o setor fica vulnerável à escassez e alta flutuação nos custos dos materiais de
construção (JOHN, 2017).
2.3.2.3 Energia
Estima-se que 10% a 30% dos custos globais na construção são perdidos por
corrupção, causando um problema significativo, principalmente em países em
desenvolvimento, visto que o crescimento econômico e desenvolvimento humano são
influenciados pela construção e infraestrutura (MATTHEWS, 2016).
O Global Corruption Report, material produzido pela Transparency Internacional, em
2005, identificou 13 fatores que deixam o setor da construção propenso à corrupção e ao
suborno:
1. Tamanho dos empreendimentos: projetos grandes são mais fáceis para ocultar
subornos e emendas contratuais inflacionadas.
2. Singularidade dos projetos: projetos únicos dificultam a comparação de custos,
tornando mais fácil inflar custos ou esconder subornos.
3. Envolvimento governamental: projetos de infraestrutura normalmente são de
propriedade estatal, que com uma fiscalização falha facilita a extração de subornos
por parte de funcionários públicos.
38
4. Contratos longos e complexos: a estrutura contratual pode ter mais de 1000 cláusulas,
cada um fornecendo uma oportunidade para subornos.
5. Número de fases: projetos têm várias fases, dificultando a supervisão e fiscalização.
6. Complexidade dos projetos: frequentemente os projetos possuem subcontratados, o
que facilita a terceirização da culpa e a reivindicação de pagamentos injustificados.
7. Sazonalidade dos projetos: com poucos projetos de grande porte, muitas empresas
dependem de poucos projetos para sobrevirem, gastando esforços para ganhar a
licitação, mesmo que por meios irregulares.
8. Difícil fiscalização: a indústria depende muito daqueles que certificam e fiscalizam o
trabalho a ser realizado. A falha na fiscalização ou “vista grossa”, incentiva a
realização de processos construtivos defeituosos ou uso de materiais inferiores,
buscando reduzir custos.
9. Cultura de sigilo: não há cultura de transparência na indústria da construção.
10. Interesses nacionais enraizados: empresas locais muitas vezes têm posições
privilegiadas em seu próprio mercado, cimentadas por suborno.
11. Governança centralizada na indústria: a construção reúne uma ampla variedade de
profissões, ofícios e empreiteiros especializados, o que leva a padrões variados de
habilidade, integridade e supervisão.
12. Falta de "due diligence": o volume de fundos envolvidos em projetos dá grande
influência às instituições financeiras que determinam se um projeto é aprovado e
quais empresas ganham os contratos. A frequente falta de diligência com os
participantes dos projetos de construção permite que a corrupção persista.
13. O custo da integridade: o suborno é frequentemente um custo rotineiro de negócios
que muitas empresas esperam incluir no preço do contrato.Muitas empresas se
encontram em um círculo vicioso no qual se envolvem em corrupção, de maneira
paradoxal, como medida defensiva contra as práticas corruptas de outras empresas.
39
2.4.1 Definição
2.4.2 Histórico
O COBIT conta com 7 edições, que evoluíram diversos aspectos até se tornar a
robusta ferramenta com a proposta para gestão de TI, as edições são resumidas a seguir no
Quadro 2:
40
2.4.3 Aplicações
Embora o framework esteja mais presente nos estudos de governança de TI, existem
pesquisas descrevendo os benefícios e oportunidades que empresas de outros segmentos,
sejam públicas ou privadas, podem obter ao usar a estrutura COBIT para avaliar e
implementar o controle interno (RUBINO et al., 2017).
É possível destacar alguns exemplos de aplicações da ferramenta em outras esferas de
conhecimento além da governança de TI. Zortea (2022) utilizou o cubo do COBIT como
referência para desenvolver um modelo de Acompanhamento e Fiscalização de Obras no
42
3. METODOLOGIA
apenas um dos requisitos ESG aplicáveis à cadeia da construção civil. Por isso foi decidido
pela ampliação do escopo do trabalho, desenvolvendo um modelo conceitual que atinja todos
os requisitos ESG relacionados à cadeia da construção civil e dê um enfoque maior na
implementação destas iniciativas, sendo aplicável de maneira mais abrangente e não apenas
através de ferramentas tecnológicas.
Para embasar os elementos necessários para a pesquisa, foi desenvolvida uma revisão
bibliográfica, que trabalhou com o entendimento e evolução dos conceitos de
desenvolvimento sustentável, ESG e ODS. Através da bibliografia, também foi estudado a
dinâmica da cadeia da construção civil e sua complexidade, compreendendo melhor os
agentes envolvidos e principais impactos socioeconômicos no Brasil e com isso os impactos
da cadeia da construção civil em cada um dos 3 pilares da agenda ESG. Por último, o modelo
COBIT foi analisado, entendendo sua evolução e aplicações.
Para esta etapa de revisão bibliográfica utilizou-se pesquisas online, principalmente o
Google Scholar e repositórios de Teses e TCC. Foram utilizados diversos estudos
acadêmicos, documentos e relatórios de organizações sem fins lucrativos que abordam a
temática. Além disso, foram considerados alguns relatórios de mercado, tendo em vista o
propósito da pesquisa é trazer um modelo conceitual a todas organizações, incluindo
instituições privadas.
O desenvolvimento do modelo conceitual proposto neste trabalho teve como base a
ferramenta do COBIT, em suas versões mais atualizadas. Com as características do modelo
conservadas, a maioria dos elementos são similares ao Cubo COBIT original, ajustando-os
para o propósito deste trabalho. Após um estudo aprofundado da ferramenta do COBIT 2019,
foram identificados os elementos necessários para compor o modelo conceitual proposto e
posteriormente validadas com o professor orientador.
A face destinada para a compreensão da estrutura organizacional, contém os agentes
envolvidos e fatores de projeto, ambos elementos são descritos no modelo do COBIT. Para a
construção do modelo e trazer exemplificações coerentes a este estudo, foram mapeados
portais de relacionamento com investidores (RI) de empresas da cadeia da construção civil
listadas na bolsa de valores brasileira (B3), foram pesquisadas as empresas de incorporação
imobiliária Cyrela, MRV e Tenda. A escolha se deu pela maior amplitude de informações e
estruturas de governança mais completas.
Em seguida foi desenvolvida uma face do cubo voltada às fases de implementação de
iniciativas, os elementos são embasados nas 7 fases de implementação propostas no COBIT
2019. Nesta etapa cada fase foi descrita para melhor compreensão.
46
4. DIAGNÓSTICO
Para definição dos fatores de projetos, utilizou como base o COBIT 5 (2012), que traz
10 elementos, que são descritos a seguir. Para enriquecer o detalhamento desses elementos,
foram considerados exemplos corporativos e vinculados à cadeia da construção civil, de
51
O modelo conceitual proposto define que uma das faces do cubo COBIT é voltada
para Implementação das Iniciativas, sua composição é realizada com as 7 fases do roadmap
de implementação propostas pelo COBIT 2019, apresentado na Figura 10
As fases contém atividades necessárias para a organização ir evoluindo na
implementação de iniciativas, iniciando em uma fase mais exploratória até chegar em um
estágio em que as iniciativas já estão implementadas e é necessário apenas alguns ajustes e
revisões.
55
Um dos pilares do modelo conceitual proposto são os Requisitos ESG. Nesta etapa
foram relacionados os fatores ESG com as ODS, estes 2 modelos foram utilizados para a
uniformização de conceitos. Sendo os conceitos mais difundidos, o objetivo de relacioná-los
é tornar o modelo mais acessível e padronizado às diferentes realidades das empresas, que
podem ter mais familiaridade com cada termo. Na prática, o modelo utiliza os fatores ESG
em sua composição, mas pode-se espelhar nos ODS caso prefira.
Após a classificação, os conceitos foram priorizados de acordo com a maior aderência
aos desafios vividos na cadeia da construção conforme apresentado no Quadro 6, utiliza-se a
fundamentação teórica desenvolvida neste trabalho como referência.
6. Água Potável e
Uso e reciclagem de água
Saneamento
7. Energia Limpa e
Eficiência energética
Acessível
8. Trabalho Decente e
Liberdade de associação dos trabalhadores
Crescimento Econômico
11. Cidades e
Comunidades Produção e gestão de resíduos
Sustentáveis
Para classificar os Fatores ESG, atribui-se pesos 0 para os fatores ESG ausentes e peso
1 quando os fatores ESG estão presentes na organização, com iniciativas práticas relacionadas
63
(4 − 1)
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜 = (7− 1)
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜 = 0. 5
O presente trabalho buscou propor um modelo mais amplo e generalista, que pudesse
atender a toda a cadeia da construção, elencando os principais fatores ESG que podem ser
adotados no setor. A simplicidade e fácil aplicabilidade também foi uma premissa para o
desenvolvimento do trabalho.
Sugere-se utilizar a metodologia proposta e aplicá-la com maior profundidade em um
elo específico da cadeia da construção, como construtoras de médio porte, por exemplo.
68
Limitando o escopo de trabalho com um público alvo específico, pode-se obter resultados
mais assertivos e com maior profundidade.
A partir desta análise, pode-se inclusive aperfeiçoar a metodologia proposta,
concentrando-se em uma ou mais faces específicas. Por exemplo, explorar em maior
profundidade a face referente à implementação das iniciativas, propondo novas técnicas de
coleta e classificação das organizações de acordo com as fases de implementação.
Ainda, sugere-se utilizar o modelo conceitual proposto, para avaliar a maturidade do
setor, elencando um público alvo e testando o modelo para verificar a maturidade com as
iniciativas ESG. Estes estudos de caso podem ajudar a compreender as particularidades de
cada elo da cadeia da construção civil e identificar os principais desafios e oportunidades para
implementação de iniciativas ESG em cada um deles.
Também pode-se desenvolver uma pesquisa para avaliar as soluções tecnológicas que
facilitem a adoção dos fatores ESG na cadeia da construção. Utilizando os fatores descritos
neste trabalho e seus desafios de implementação.
Essas sugestões de trabalhos futuros visam contribuir para o avanço do conhecimento
na temática ESG na cadeia da construção civil. Com o aprimoramento da metodologia
proposta e iteração do modelo conceitual proposto, organizações do setor se beneficiam com
uma ferramenta para a implementação de novas iniciativas, promovendo um setor, e
consequentemente, uma sociedade melhor nos aspectos ambientais, sociais e de governança.
69
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