Listão de Estudos Sobre Parnasianismo
Listão de Estudos Sobre Parnasianismo
Listão de Estudos Sobre Parnasianismo
Parnasianismo
Colégio Franciscano Santíssima Trindade
1) Machado de Assis, um dos autores mais importantes da literatura do Brasil, produziu uma
obra de ficção extensa, que pode ser dividida em duas fases: uma, chamada de
aprendizagem, de que é representativa a obra Helena; outra, dita de maturidade, inaugurada
com a obra Memórias póstumas de Brás Cubas. Tais fases se associam, respectivamente, às
seguintes escolas literárias:
a) Barroco e Arcadismo
b) Romantismo e Realismo
c) Realismo e Naturalismo
d) Romantismo e Naturalismo
e) Arcadismo e Modernismo
(Barroco)
b) Revolução francesa
Conjuração mineira
d) Segunda Guerra Mundial
Apogeu do ciclo de mineração no Brasil
Deposição de Getúlio Vargas
(Arcadismo)
Governo ditatorial e centralizador
(Segundo tempo modernista)
3) “Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua
infinidade de portas e janelas alinhadas”. Sobre O Cortiço, de Aluísio Azevedo, avalie as
afirmações que seguem:
I. A obra é um exemplo do Naturalismo, escola literária marcada por personagens cujo caráter
é determinado pela influência do meio e pela hereditariedade.
II. A obra é narrada em terceira pessoa, com um narrador observador que descreve a vida em
um cortiço no Rio de Janeiro nos primórdios do século XIV.
a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas I e II
d) Apenas II e III
e) I, II e III
(1) Realismo.
(2) Naturalismo.
( ) Personagens patológicos.
( ) Objetivismo e impessoalidade.
( ) Pessimismo.
a) 2 - 1 - 1 - 2
b) 2 - 2 - 1 - 1.
c) 1 - 1 - 2 - 2.
d) 1 - 2 - 2 - 1.
“Se há uma tarefa difícil é esta: definir nosso maior escritor. Porque o que acontece é
geralmente o contrário: o grande escritor é quem nos define.
Machado foi clássico, romântico, realista, parnasiano, protomodernista. Para ser tudo isso,
assimilou muito mais. E chegou à síntese — e explosão criativa — a partir de Memórias
Póstumas de Brás Cubas.”
prova).
Tendo em vista o fragmento acima, bem como os movimentos literários, assinale a alternativa
correta.
e) Assim como “Esaú e Jacó”, de Machado de Assis, a obra ”Casa de pensão”, de Aluísio
Azevedo, é uma representante do Realismo no Brasil.
a) O Naturalismo pode ser compreendido como uma forma intensificada do Realismo. Assim,
ao focalizarem o determinismo das leis naturais, as obras naturalistas se tingem de cores
mais expressivas do que se observa em obras realistas.
7) A "arte pela arte" é o mote principal do movimento. Nesse período os valores estiveram
essencialmente voltados para a estética poética, como a métrica, as rimas e a versificação.
Dessa maneira, houve uma forte preferência pelas formas fixas, por exemplo, o soneto. Os
escritores que se destacaram nesse período: Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo
Correia.
(Extraído do Site “Toda Matéria”. Literatura Brasileira, por Daniela Diana).
a) Naturalismo.
b) Parnasianismo.
c) Simbolismo.
d) Modernismo.
II. Raul Pompeia, em sua obra O Ateneu, apresenta ao leitor os intensos conflitos entre as
tribos indígenas amazonenses e os garimpeiros que degradam as flores e o meio ambiente em
busca do lucro fácil.
9) A senhora manifestava-se por atos, por gestos, e sobretudo por um certo silêncio, que
amargava, que esfolava. Porém desmoralizar escancaradamente o marido, não era com ela.
[...]
As negras receberam ordem para meter no serviço a gente do tal compadre Silveira: as
cunhadas, ao fuso; os cunhados, ao campo, tratar do gado com os vaqueiros; a mulher e as
irmãs, que se ocupassem da ninhada. Margarida não tivera filhos, e como os desejasse com a
força de suas vontades, tratava sempre bem aos pequenitos e às mães que os estavam
criando. Não era isso uma sentimentalidade cristã, uma ternura, era o egoísta e cru instinto
da maternidade, obrando por mera simpatia carnal. Quanto ao pai do lote (referia-se ao
Antônio), esse que fosse ajudar ao vaqueiro das bestas.
10) Assinale a opção que apresenta o texto que se filia ao estilo literário naturalista.
b) “Era homem de pouca altura, trazia a cabeça sempre erguida, testa reta e alta, queixo forte
e largo, olhar firme, debaixo do seu pincenê de aros de ouro. Conquanto alguma coisa obeso,
era deveras um velho simpático e respeitável; e, apesar da sua imponência de antigo
burocrata, dos seus modos um tanto ríspidos e secos, todos o estimavam na proporção em
que seu filho era desprezado e odiado.”
c) “Daí a impressão dolorosa que nos domina ao atravessarmos aquele ignoto trecho do
sertão — quase um deserto — quer se aperte entre as dobras de serranias nuas ou se estire,
monotonamente, em descampados grandes...”
e) “Não direi que fosse bonito, na significação mais ampla da palavra; mas tinha as feições
corretas, a presença simpática, e reunia à graça natural a apurada elegância com que vestia. A
cor do rosto era um tanto pálida, a pele lisa e fina. A fisionomia era plácida e indiferente, mal
alumiada por um olhar de ordinário frio, e não poucas vezes morto.”
11) Acerca das características dos períodos da literatura brasileira, assinale a alternativa
incorreta:
c) Temas sociais, urbanos e cotidianos são trazidos pelos escritores do período conhecido
como Realismo.
13) Nos trechos a seguir, o crítico literário Massaud Moisés tece comentários a respeito de
dois romances da literatura brasileira.
“[João Romão] vai adquirindo terrenos à volta de sua tasca e lá erigindo pocilgas onde abriga
e espolia a ralé e os trabalhadores de sua pedreira [...]. Assim, vão sucedendo os dramas
anônimos daquele conglomerado de marginais [...]. Enquanto isso, João Romão, ajudado pela
negra Bertoleza, criada e amásia, enriquece. Mas a mudança de Miranda para o sobrado
vizinho incita-o a sonhar com ascender socialmente. E tanto faz que acaba casando com
Zulmira, filha do outro. Denunciada ao antigo dono, Bertoleza suicida-se.”
c) “Estilo de época que traz temas de base científica, como as teorias da evolução biológica e
o determinismo de raça, meio e momento.”
d) “Estilo de época marcado pela exaltação dos sentimentos e pela exaltação da liberdade em
todas as formas.”
e) “Estilo de época que mostra uma profunda relação com a Natureza, vista como local de paz
e harmonia.”
b) Na ânsia de glória, o herói naturalista não se contenta com o mundo em que vive e, por
isso, desafia o destino, numa atitude rebelde.
e) Os escritores naturalistas assumem uma postura combativa e irreverente quanto aos falsos
valores da cultura e da sociedade e propõem uma renovação da linguagem, com a
incorporação de expressões linguísticas populares.
À noite e aos domingos ainda mais recrudescia o seu azedume, quando ele, recolhendo-
se fatigado do serviço, deixava-se ficar estendido numa preguiçosa, junto à mesa da sala de
jantar e ouvia, a contragosto, o grosseiro rumor que vinha da estalagem numa exalação forte
de animais cansados. Não podia chegar à janela sem receber no rosto aquele bafo, quente e
sensual, que o embebedava com o seu fartum de bestas no coito.
(Aluísio de Azevedo, O cortiço. 14. ed. São Paulo: Ática, 1983, p. 22.)
1) Levando em conta o excerto, bem como o texto integral do romance, é correto afirmar que
b) os termos “grosseiro rumor”, “animais”, “bestas no coito”, que fazem referência aos
moradores do cortiço, funcionam como metáforas da vida pulsante dos seus habitantes.
A negra, imóvel, cercada de escamas e tripas de peixe, com uma das mãos espalmada no
chão e com a outra segurando a faca de cozinha, olhou aterrada para eles, sem pestanejar.
Os policiais, vendo que ela se não despachava, desembainharam os sabres. Bertoleza então,
erguendo-se com ímpeto de anta bravia, recuou de um salto e, antes que alguém
conseguisse alcançála, já de um só golpe certeiro e fundo rasgara o ventre de lado a lado.
João Romão fugira até ao canto mais escuro do armazém, tapando o rosto com as mãos.
Nesse momento parava à porta da rua uma carruagem. Era uma comissão de abolicionistas
que vinha, de casaca, trazer-lhe respeitosamente o diploma de sócio benemérito.
a) Apenas II.
b) Apenas III.
c) Apenas I e II.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.
3) (Fuvest) As casinhas eram alugadas por mês e as tinas por dia; e tudo pago adiantado. O
preço de cada tina, metendo a água, quinhentos réis; sabão à parte. As moradoras do cortiço
tinham preferência e não pagavam nada para lavar.
(...) E, mal vagava uma das casinhas, ou um quarto, um canto onde coubesse um colchão,
surgia uma nuvem de pretendentes a disputá-los. E aquilo se foi constituindo numa grande
lavanderia, agitada e barulhenta, com as suas cercas de varas, as suas hortaliças verdejantes
e os seus jardinzinhos de três e quatro palmos, que apareciam como manchas alegres por
entre a negrura das limosas tinas transbordantes e o revérbero das claras barracas de
algodão cru, armadas sobre os lustrosos bancos de lavar.
Nas cidades brasileiras, particularmente no último quartel do século XIX, novas formas
urbanas são constituídas, como os cortiços e as favelas. Sobre esse fenômeno, é correto
afirmar:
a) A expansão periférica no século XIX, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, teve
significativa presença de cortiços, devido à chegada massiva de imigrantes japoneses
c) A maior concentração dos cortiços da cidade de São Paulo, presentes no último quartel do
século XIX, localizava-se na porção mais central da aglomeração urbana
e) Nas cidades do Vale do Paraíba, durante a expansão cafeeira, os cortiços eram muito
frequentes, por conta da presença de imigrantes italianos empobrecidos
4) (UFN) O Cortiço narra com efeito a ascensão do taverneiro português João Romão,
começando pela exploração de uma escrava fugida que usou como amante e besta de carga,
fingindo tê-la alforriado, e que se mata quando ele a vai devolver ao dono, pois, uma vez
enriquecido, precisa liquidar os hábitos do passado para assumir as marcas da nova posição.
Mas a verdadeira matéria-prima do seu êxito é o cortiço, do qual tira um máximo de lucro sob
a forma de aluguéis e venda de gêneros.
(CANDIDO, Antonio. De cortiço a cortiço. In.: Novos Estudos CEBRAP, nº 30, p.111-129, julho de 1991, p.113)
a) Rita Baiana se mata ao perceber que será devolvida para o seu dono.
d)João Romão e Rita Baiana assumem o mesmo estilo de vida de Miranda e sua família.
5) (UNEMAT) No romance O Cortiço, temos várias personagens femininas que são criadas de
acordo com a ideologia da época, século XIX, fortemente marcada pelo patriarcalismo. As
mulheres, ricas ou pobres, sofriam com a submissão e, obviamente, o sofrimento das mais
pobres era maior. Uma dessas personagens, entretanto, demonstra uma relativa autonomia e
parece escapar à ideologia imposta.
a) [...] – Você quer saber? – afirmava ela – bem percebo quanto aquele traste do meu marido
me detesta, mas isso tanto se me dá, como a primeira camisa que vesti! Desgraçadamente
para nós, mulheres de sociedade, não podemos viver sem o esposo, quando somos casadas;
de forma que tenho de aturar o que me caiu em sorte, quer goste dele, quer não goste! [...]
(p.34)
b) [...] Bertoleza representava agora ao lado de João Romão o papel tríplice de caixeiro, de
criada e de amante. Mourejava a valer, mas de cara alegre; às quatro da madrugada estava já
na faina de todos os dias, aviando o café para os fregueses e depois preparando o almoço
para os trabalhadores de uma pedreira [...] Varria a casa, cozinhava, vendia ao balcão na
taverna. [...]” (p.17)
c) [...] – Olha! – Pediu ela – faze-me um filho, que eu preciso alugar-me de ama de leite... Agora
estão pagando muito bem as amas! A Augusta Carne-Mole, nesta última barriga, tomou conta
de um pequeno aí na casa de uma família de tratamento, que lhe dava setenta mil-réis por
mês! [...] (p.84)
d) [...] – Casar? – Protestou a Rita. Nessa não cai a filha de meu pai! Casar? Livra! Para quê?
Para arranjar cativeiro? Um marido é pior que o diabo; pensa logo que a gente é escrava!
Nada! Qual! Deus te livre! Não há como viver cada um senhor e dono do que é seu! [...] (p. 61)
e) [...] Pobre Pombinha! No fim dos seus primeiros dois anos de casada já não podia suportar
o marido; todavia, a princípio, para conservar-se mulher honesta, tentou perdoarlhe a falta
de espírito, os gostos rasos e a sua risonha e fatigante palermice de homem sem ideal; ouviu-
lhe resignada, as confidências banais nas horas íntimas do matrimônio;[...] (p.212)
TEXTO
A um Poeta
O poema de Bilac evidencia o cuidado com a palavra, próprio do estilo parnasiano, que se
associa
10) (FAMEMA)