Mapeamento do uso e ocupação do solo, em ambiente SIG, do municipio de

Petrolina, Pernambuco, Brasil

GIS mapping of land use and occupation in the municipality of Petrolina,

Pernambuco, Brazil

Cartografía del uso y la ocupación del suelo en un entorno SIG en el

municipio de Petrolina, Pernambuco, Brasil
DOI: 10.55905/revconv.17n.4-207

Originals received: 03/25/2024

Acceptance for publication: 04/12/2024

Valdemir Fernando da Silva

Doutor em Engenharia Florestal
Instituição: Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
Endereço: Recife - Pernambuco, Brasil
E-mail: [email protected]
Orcid: https://orcid.org/0000-0001-9389-7571

Daniel Pereira de Morais

Mestrando em Engenharia Ambiental
Instituição: Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
Endereço: Caruaru - Pernambuco, Brasil
E-mail: [email protected]
Orcid: https://orcid.org/ 0000-0002-7615-6920

Fabrynne Mendes de Oliveira

Mestranda em Engenharia Ambiental
Instituição: Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
Endereço: Caruaru - Pernambuco, Brasil
E-mail: [email protected]
Orcid: https://orcid.org/0000-0001-9944-5189

Alex Souza Moraes

Doutor em Geociências
Instituição: Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
Endereço: Recife - Pernambuco, Brasil
E-mail: [email protected]
Orcid: https://orcid.org/0000-0001-9944-5189

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Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.4, p. 01-12, 2024
 Emanuel Araujo Silva
Doutor em Ciências Florestais
Instituição: Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
Endereço: Recife - Pernambuco, Brasil
E-mail: [email protected]

Júlio César Erinaldo Silva

Graduado em Engenharia Ambiental
Instituição: Centro Universitário Tabosa de Almeida (ASCES - UNITA)
Endereço: Caruaru - Pernambuco, Brasil
E-mail: [email protected]

Júlio Silva Corrêa de Oliveira Andrade

Doutor em Engenharia Agrícola
Instituição: Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
Endereço: Recife - Pernambuco, Brasil
E-mail: julio.andrade@ufrpe

Victor Casimiro Piscoya

Doutor em Agronomia
Instituição: Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
Endereço: Recife - Pernambuco, Brasil
E-mail: [email protected]

RESUMO
O mapeamento do uso e ocupação do solo também é fundamental para a compreensão dos
padrões de organização do espaço e requer uma constante atualização de seus registros para que
suas tendências possam ser analisadas. Esse tipo de estudo permite diagnosticar o nível de
apropriação da sociedade sobre os diferentes espaços e ao mesmo tempo, serve como importante
ferramenta na identificação de padrões de degradação e obtenção de informações dos meios
biofísicos e socioeconômicos, auxiliando a gestão do território. Neste contexto, este estudo teve
como objetivo identificar e descrever o uso e ocupação do solo do município de Petrolina,
Pernambuco, Brasil. As imagens utilizadas na análise foram obtidas no INPE, posteriormente
foram tratadas. A classificação utilizada no estudo foi a Supervisionada. A classe de vegetação
foi predominante, ocupando 54,40 % do total de 4.465,03 Km². A classe agricultura foi a primeira
a ser vetorizada em virtude de ser a de mais fácil identificação, por apresentar colorações,
geometrias peculiares. O percentual da classe Solo Exposto em Petrolina foi de 17,62% da área
total. A classe Hidrologia corresponde aos lagos, represas e rios distribuídos por toda o
município, abrangendo 11,92% de sua área. A classe Urbanização totalizou 6,82 % da área total
do município, com dados desta classe são possíveis obter informações sobre o crescimento
populacional. Conclui-se que a partir das técnicas de sensoriamento remoto e processamento
digital de imagens, foi possível identificar os diferentes tipos de uso e ocupação do solo no
município de Petrolina, para cada uma das cinco classes distinguidas na área em estudo.

Palavras-chave: vegetação, classificação supervisionada, sensoriamento remoto.

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ABSTRACT
Mapping land use and occupation is also fundamental to understanding patterns of spatial
organization and requires constant updating of records so that trends can be analyzed. This type
of study makes it possible to diagnose society's level of appropriation of different spaces and, at
the same time, serves as an important tool for identifying patterns of degradation and obtaining
information on biophysical and socio-economic environments, helping to manage the territory.
In this context, the aim of this study was to identify and describe land use and occupation in the
municipality of Petrolina, Pernambuco, Brazil. The images used in the analysis were obtained
from INPE and then processed. The classification used in the study was Supervised. The
vegetation class was predominant, occupying 54.40% of the total 4,465.03 km². The agriculture
class was the first to be vectorized because it was the easiest to identify, due to its peculiar colors
and geometries. The percentage of exposed soil in Petrolina was 17.62% of the total area. The
Hydrology class corresponds to the lakes, dams and rivers distributed throughout the
municipality, covering 11.92% of its area. The Urbanization class accounted for 6.82% of the
municipality's total area. Data from this class provides information on population growth. In
conclusion, using remote sensing and digital image processing techniques, it was possible to
identify the different types of land use and occupation in the municipality of Petrolina, for each
of the five classes distinguished in the study area.

Keywords: vegetation, supervised classification, remote sensing.

RESUMEN
La cartografía del uso y la ocupación del suelo también es fundamental para comprender los
patrones de organización espacial y requiere una actualización constante de los registros para
poder analizar las tendencias. Este tipo de estudio permite diagnosticar el nivel de apropiación
de los diferentes espacios por parte de la sociedad y, al mismo tiempo, sirve como una importante
herramienta para identificar patrones de degradación y obtener información sobre el medio
biofísico y socioeconómico, ayudando a gestionar el territorio. En este contexto, el objetivo de
este estudio fue identificar y describir el uso y la ocupación del suelo en el municipio de Petrolina,
Pernambuco, Brasil. Las imágenes utilizadas en el análisis fueron obtenidas del INPE y
posteriormente procesadas. La clasificación utilizada en el estudio fue supervisada. La clase
vegetación fue la predominante, ocupando el 54,40% del total de 4.465,03 km². La clase
agricultura fue la primera en ser vectorizada por ser la más fácil de identificar, ya que presenta
colores y geometrías peculiares. El porcentaje de suelo expuesto en Petrolina era del 17,62% de
la superficie total. La clase Hidrología corresponde a los lagos, embalses y ríos distribuidos por
el municipio, abarcando el 11,92% de su superficie. La clase Urbanización representaba el 6,82%
de la superficie total del municipio. Los datos de esta clase proporcionan información sobre el
crecimiento de la población. En conclusión, utilizando técnicas de teledetección y procesamiento
digital de imágenes, fue posible identificar los diferentes tipos de uso y ocupación del suelo en
el municipio de Petrolina, para cada una de las cinco clases distinguidas en el área de estudio.

Palabras clave: vegetación, clasificación supervisada, teledetección.

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1 INTRODUÇÃO

O processo de ocupação do território encontra-se determinado por fatores sociais e

naturais, o qual resulta em consequências sobre os sistemas ecológicos, e produz efeitos na
paisagem, que precisam ser compreendidos (Amaral e Rios, 2012). Analisar o uso e a ocupação
do solo, segundo Santos (2004), permite diagnosticar o nível de apropriação da sociedade sobre
os diferentes espaços e ao mesmo tempo, serve como importante ferramenta na identificação de
padrões de degradação e obtenção de informações dos meios biofísicos e socioeconômicos,
auxiliando a gestão do território.
O mapeamento do uso e ocupação do solo também é, em si, fundamental para a
compreensão dos padrões de organização do espaço e requer uma constante atualização de seus
registros para que suas tendências possam ser analisadas (Rosa, 2009). Tal caracterização
envolve sua delimitação, identificação e o mapeamento da agricultura, hidrografia, solo,
vegetação, urbanização, entre outros (Politano et al., 1990). Sabendo que em extensas áreas do
território brasileiro, assim como em outras regiões do mundo, de acordo com Corgne e Robin
(2000), a alteração da cobertura da terra ocorre com grande rapidez. Panizza e Fournier (2006)
afirmam que a expansão agrícola e o crescimento urbano são responsáveis por parte expressiva
dessas alterações.
O uso e cobertura da terra é a informação mais acessível numa imagem de satélite, pois a
mesma permite a visualização e identificação direta dos elementos ali geometricamente
apresentados e podem ser sintetizados através de mapas. Estes indicam a distribuição espacial da
tipologia da ação antrópica que pode ser identificada pelos seus padrões homogêneos
característicos na superfície terrestre através de análise em imagens remotamente sensoriadas.
Sua identificação, quando atualizada, é de grande importância ao planejamento e orienta à
ocupação da paisagem, respeitando sua capacidade de suporte e/ou sua
estabilidade/vulnerabilidade (Leite et al. 2011).
O geoprocessamento é uma ferramenta de alta tecnologia e inovação para interpretações
relacionadas ao espaço. Pode ser definida como um conjunto de técnicas que possibilitam realizar
análises espaciais, manipular e gerenciar informações espaciais georreferenciadas, com uma
agilidade e precisão que até antes de seu surgimento, eram inimagináveis (Carvalho e Leite,
2009). Por meio da utilização dos produtos do sensoriamento aliados às possibilidades de análise

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com softwares de SIG (sistemas de informações geográficas) é possível a obtenção de dados de
forma rápida, confiável e repetitiva, em diferentes faixas espectrais e escalas (Rosa, 1996).
Além da aquisição das informações há também o envolvimento da detecção e análise da
radiação eletromagnética (base de dados para todo o processo de sua identificação) emitida ou
refletida pelos objetos terrestres e registradas por sensores remotos. A quantidade e qualidade da
energia eletromagnética refletida e emitida resultam das interações entre a energia
eletromagnética e estes objetos. Elas são determinadas pelas propriedades físico-químicas e
biológicas dos objetos e podem ser identificadas nas imagens e nos dados de sensores remotos.
Os objetos interagem de maneira diferenciada espectralmente com a energia eletromagnética
incidente. Estas diferentes interações possibilitam a distinção e o reconhecimento dos diversos
objetos terrestres sensoriados remotamente, sendo reconhecidos devido a variação da
porcentagem de energia refletida em cada comprimento de onda, possibilitando assim
caracterização de um determinado objeto (Moraes, 2002).
O conhecimento e o monitoramento do uso e ocupação da terra é primordial para a
compreensão dos padrões de organização do espaço, uma vez que suas tendências possam ser
analisadas. Este monitoramento consiste em buscar conhecimento de toda a sua utilização por
parte do homem ou, quando não utilizado pelo homem, a caracterização de tipos de categorias
de vegetação natural que reveste o solo, como também suas respectivas localizações. De forma
sintética, a expressão “uso da terra ou uso do solo” pode ser entendida como sendo a forma pela
qual o espaço está sendo ocupado pelo homem (Rosa, 2007).
Os conceitos relativos ao uso da terra e cobertura da terra são muito próximos, por isso,
muitas vezes são usados indistintamente. Cobertura da terra está diretamente associada com tipos
de cobertura natural ou artificial, que é de fato o que as imagens de sensoriamento remoto são
capazes de registrar. Imagens não registram atividades diretamente. Cabe ao interprete buscar as
associações de reflectâncias, texturas, estruturas e padrões de formas para derivar informações
acerca das atividades de uso, a partir do que é basicamente informações de cobertura da terra
(Araujo Filho et. al., 2007).
Para estudar a dinâmica da paisagem é necessário mapear os padrões de uso e cobertura
da terra e com isso avaliar como cada elemento da paisagem se relaciona com o outro
espacialmente (Soares Filho, 1998). Para Altmann et al. (2009) o mapeamento do uso e cobertura
das terras retrata as atividades humanas que pode significar pressão e impacto sobre os elementos

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naturais. As classes de uso e cobertura são identificadas, especializadas, caracterizadas e
quantificadas.
Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo identificar e descrever o uso e
ocupação do solo do município de Petrolina, Pernambuco, Brasil.

2 METODOLOGIA

2.1 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE PETROLINA

O município de Petrolina é considerado o mais importante do Sertão do São Francisco,

situado no extremo oeste de Pernambuco, com uma área de 4.465 Km2, uma população de
293.762 mil habitantes (IBGE, Censo 2010), correspondente a 4,94 % do total da população do
Estado (Figura 1). O município apresenta um grande dinamismo econômico nas últimas décadas,
como resultado da implantação e ampliação da agricultura irrigada como também, tem registrado
um forte crescimento demográfico.

Figura 1. Localização do município de Petrolina, Pernambuco.

Fonte: Elaborado pelos autores

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 A vegetação do município é composta basicamente por Caatinga Hiperxerófila com
trechos de Floresta Caducifólia. O clima é do tipo Tropical semiárido, com chuvas de verão. O
período chuvoso se inicia em novembro com término em abril, com precipitação média anual em
torno de 431,8mm e 24.8 °C é a temperatura média. (Brasil, 2005).

2.2 OBTENÇÃO E TRATAMENTOS DA IMAGEM

O sistema de referência adotado foi o World Geodetic System 1984 (WGS-84), utilizando
Sistema de Coordenadas Geográficas. As imagens foram adquiridas na Divisão de Geração de
Imagens (DGI) do INPE (Instituto nacional de Pesquisas Espaciais), de forma gratuita. O INPE
disponibiliza as imagens com suas bandas espectrais separadas. Para que seja possível efetuar a
classificação das imagens é necessário unir essas bandas em um único arquivo para que seja
possível trabalhar com dados na forma multidimensional. Estas imagens utilizadas compreendem
uma cena da série LANDSAT órbita ponto 217 066. Foi utilizada uma imagem correspondente
às bandas 6,5,4 do sensor LOIS do satélite LANDSAT 8. Sendo esta imagem de 22 de maio de
2016, data mais próxima da escolhida para rodar o modelo de previsão em que a imagem
apresentava 0% de cobertura de nuvens.
A imagem utilizada para classificação do uso e cobertura da terra do município foi
derivada de técnicas variadas partindo do processo de composição, a banda 6 associada ao
infravermelho de ondas curtas, banda 5 ao infravermelho próximo e a banda 4 associada ao filtro
vermelho (6R; 5G; 4B). Posteriormente a composição a imagem foi submetida ao contraste
Percent Clip. Após a criação da imagem multiespectral e equalização recorreu-se a técnica de
fusão de imagem - Pan Sharpening - da banda 8 que consiste, basicamente, em integrar a melhor
resolução espacial da banda pancromática preservando o conteúdo / cor da imagem composta.
O método de classificação do uso e cobertura da terra empregado foi a classificação
Supervisionada Máxima Verossimilhança (MAX-VER) seguido da conversão em vetor e
correção de polígonos com base na imagem fusionada, na imagem da DigitalGlobe /ArcGIS
online, com resolução de 0,5 metros. As classes de uso e cobertura da terra foram definidas com
base no Manual Técnico de Uso da Terra do IBGE, adaptadas ao objeto de estudo, sendo: 1)
Agricultura; 2) Vegetação; 3) Hidrologia; 4) Solo exposto; e 5) Urbanização.

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3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

De acordo com os resultados apresentados na Figura 2 e na Tabela 1, a classe de vegetação

foi predominante, ocupando 54,40 % (2.429,29 Km²) do total de 4.465,03 Km². Esta classe
abrange a vegetação espontânea, nativa. Incluem-se as coberturas residuais baixas, até rasteiras,
representadas por glebas aparentemente desprovidas de cuidados e com cobertura do solo
variável (campos sujos). A cobertura florestal (vegetação) confere proteção ao solo contra o
impacto direto das gotas de chuva, diminuindo a velocidade de escoamento superficial e
favorecendo a infiltração de água no solo.
A classe agricultura foi a primeira a ser vetorizada em virtude de ser a de mais fácil
identificação, por apresentar colorações, geometrias peculiares. Devido o município ser
considerado um polo de produção agrícola esta classe ocupou 9,27% da área total do município.

Figura 2. Mapa do Uso e Ocupação do solo do Município de Petrolina, PE, Brasil

Fonte: Elaborado pelos autores

O percentual da classe Solo Exposto em Petrolina foi de 17,62% e equivale a 786,66 Km²
da área total. A classe Hidrologia corresponde aos lagos, represas e rios distribuídos por toda o
município, abrangendo 11,92% (532,09 Km²) de sua área. A Classe Urbanização totalizou 6,82

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% (304,36 Km²) da área total do município, com dados desta classe são possíveis obter
informações sobre o crescimento populacional.

Tabela 1. Classes de uso e ocupação do solo e respectivas áreas em km² no Município de Petrolina.
Usos da Terra Área (%) Área (Km2)
Agricultura 9,24 412,6164
Vegetação 54,40 2.429,2967
Hidrologia 11,92 532,0924
Solo Exposto 17,62 786,6602
Urbanização 6,82 304,3642
TOTAL 100 4.465,0300
Fonte: Elaborado pelos autores.

Taura et al. (2011), avaliando por meio do sensoriamento remoto a expansão do uso e
ocupação do solo em Petrolina-PE nos anos de 1989, 1997 e 2008, constataram que o município
passou por uma intensa mudança nas margens do Rio São Francisco principalmente no intervalo
de 1989 e 1997 e um dos fatores dessa mudança foi o crescimento dos perímetros irrigados,
aumento das áreas agropecuárias e da área urbana, ou seja, as pressões antrópicas decorrentes da
atividade agrícola são intensas há décadas. A utilização de imagens de sensoriamento remoto
permitiu reconstituir os cenários da dinâmica do uso e cobertura da terra, acompanhar as
principais mudanças na paisagem, como cobertura vegetal, área de uso agropecuário e área
urbana.
Para Santos, (2004) a vegetação é um elemento sensível às condições e tendências da
paisagem reagindo de forma distinta e rápida às variações. Seu estudo permite conhecer as
condições naturais do território e as influências antrópicas recebidas. O acompanhamento da
vegetação em diferentes épocas indica a mudança, sua direção e a velocidade ao longo do tempo,
permitindo construir cenários atuais e até reconstruir cenários passados. Deste modo, ficou
evidente que o município está sofrendo constante pressão antrópica o que reduz a cobertura
vegetal.
Com este estudo foi possível verificar que a margem do município de Petrolina está
caracterizada em ações de desmatamentos e práticas inadequadas de uso dos recursos florestais.
Assim, este trabalho permitiu detectar a existência de forte pressão sobre as áreas de vegetação
ciliar, bem como em áreas de vegetação primária, para a implantação de projetos agrícolas,
assentamentos rurais, implantação de chácaras, estimulando a degradação dos solos e vegetação,
cujo fenômeno está ligado à ausência de um manejo adequado e respeito à legislação ambiental.

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4 CONCLUSÃO

A partir das técnicas de sensoriamento remoto e processamento digital de imagens (PDI),

foi possível identificar os diferentes tipos de uso e ocupação do solo no município de Petrolina,
para cada uma das cinco classes distinguidas na área em estudo.
A classificação supervisiona do uso e ocupação do solo foi de suma importância para a
correta distinção entre as classes. A partir do mapa de uso e ocupação do solo produzido foi
possível verificar que a maior parte do município é coberto por vegetação, solo exposto e áreas
de agricultura. +-+
A interpretação na tela do monitor foi realizada classe a classe, ou seja, o intérprete
elaborou as vetorizações sem que se passasse para a classe seguinte antes de se efetuar todo o
trabalho na anterior. Isto facilitou o trabalho devido ao acúmulo de informações na medida em
que os problemas de distinção dos diferentes alvos iam aparecendo, melhorando a percepção do
intérprete. Os resultados deste trabalho serão de grande utilidade para pesquisas de
gerenciamento e de gestão do município estudado.

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