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f15/02/2024 – Aula T/O.T.

Avaliação – apresentação de trabalhos

Tema - Depósito mercantil

21 de março - Entregar em Word e em papel na semana seguinte à apresentação

22/02/2024 – Aula T/O.T.

Contratação mercantil :

Os contratos em geral sempre foram a principal fonte de relações e obrigações jurídicas , mas
no domínio mercantil , toda esta atividade não é a mesma coisa , toda a atividade mercantil na
constituição temos um contrato , na organização e no exercício também.

A constituição de uma atividade mercantil pode ter por base o contrato de sociedade , um
contrato de consorcio etc…

Na organização da atividade mercantil temos outros , todos os contratos de cooperação


empresarial , o contrato de locação , de trespasse etc….

No exercício da atividade mercantil podemos ter o mutuo bancário , garantias , contrato de


transporte , de seguro , de mediação financeira , de agência , franquia etc… . No exercício em
particular temos um conjunto mais amplo de contratos.

Acresce ainda que temos muitos contratos novos no direito comercial , o contrato de
franquia , de factoring entre outros , estes que são interpretações que se desenvolveram a
partir do direito norte americano.

Tem-se aqui como base o principio da liberdade contratual.

Muitos destes contratos só podem ser celebrados por empresas e alguns até são contratos
obrigatórios , outros têm conteúdo ditado pela lei. Por exemplo , o contrato bancário tem que
ser celebrado por um banco , estamos perante uma atividade mercantil.

Há toda uma atividade mercantil que necessita da existência de uma empresa.

29/02/2024 – Aula T/O.T.

Contrato de empreitada : apresentação

Art.1207º CC e art.1154º - Noção

As principais características do contrato de empreitada são as seguintes :

 Nominado e típico ;
 Oneroso ;
 Obrigacional ;
 Bilateral e sinalagmático ;
Quando é que uma compra e venda é mercantil e quando é que é civil? Estamos a falar de
uma compra e venda mercantil quando alguém adquire para revender.

Qual é a relevância da compra e venda mercantil? É um contrato comum.

O regime jurídico não é exatamente o mesmo do direito civil , temos algumas diferenças no
direito comercial. Afasta-se desde logo quanto à obrigação do pagamento do preço , a
obrigação de entrega , quanto ao cumprimento/incumprimento do contrato e quanto aos
efeitos em relação a terceiro.

14/03/2024 – Aula T/O.T.

Compra e venda mercantil – continuação :

Um dos primeiros efeitos deste regime jurídico e que demonstra esta diversidade tem haver
com o preço , há uma diferença entre o disposto no CC e no CCom e a diferença está em que
se o preço é na verdade um elemento essencial , o quê que acontece com a sua omissão? Tem
consequências diferentes no direito civil em relação com o comercial.

No direito civil a omissão do preço não afeta a validade do contrato , o que não acontece no
código comercial em que a omissão da fixação do preço tem como consequência a própria
inexistência do contrato.

Igualmente quanto ao prazo da entrega também é diferente no direito civil e no direito


comercial. Na compra e venda civil , regra geral , a coisa deve ser entregue ao comprador na
data que for acordada entre as partes , se não houver prazos compete ao credor interpelar o
vendedor a qualquer momento para cumprir/entregar a coisa. Na compra e venda mercantil
não segue a regra do direito civil , pois estabelece-se prazos por vezes muito curtos.

Quanto ao cumprimento do contrato e à falta de pagamento do preço por parte do comprador


temos também regimes diferentes. O art.474º do CCom determina que em caso de
incumprimento da obrigação de pagamento do preço , e ao contrario do direito civil , poderá o
comprador depositar a coisa ou fazê-la revender. No regime civil a resolução do contrato só
pode ter lugar se for convencionada.

Temos ainda quanto à compra e venda uma ultima disposição prevista no art.1301º cc – coisa
comprada a comerciante , onde se pode ler o seguinte :

“O que exigir de terceiro coisa por este comprada, de boa fé, a comerciante que negoceie em
coisa do mesmo ou semelhante género é obrigado a restituir o preço que o adquirente tiver
dado por ela, mas goza do direito de regresso contra aquele que culposamente deu causa ao
prejuízo.”

Exemplificando :

O A comerciante vendeu uma coisa X a B.

O B está de boa fé , mas esta coisa X pertence a C.

C é que é proprietário da coisa.

O C terá de restituir o preço a B se este estiver de boa fé.


O C vai gozar do direito de regresso em relação a A

O C paga o preço a B , preço que B pagou a A.

O que nós temos aqui é um ónus financeiro que recai sobre o titular do direito , portanto o
titular da coisa é o C. O C interpõe uma ação de reivindicação do direito de propriedade sobre
essa coisa X contra B , o B tem que restituir a coisa e o C paga o preço. O B terá depois direito
de regresso em relação a A.

O que está aqui em causa é a tutela da aparência do tráfego mercantil. A consequência é que o
C não tem de se dirigir a A , mas dirige-se diretamente a B. Em termos normais o B não teria
que devolver a coisa.

1301º cc – regime especial para esta compra a comerciante.

18/04/2024 – Aula T/O.T.

Contratos de cooperação :

Estamos perante contratos típicos ou atípicos

As finalidades podem ser diversas , apesar de ambas terem ganhos o objetivo é maximizar os
mesmos.

Afastamos aqui a figuras como o contrato de sociedade.

Isto não significa que apesar de manterem a sua individualização económica e jurídica , mesmo
assim tem que se fazer uma separação nestes contratos de cooperação , pois alguns implicam
a criação de uma entidade comum e outros não (existe apenas a cooperação). Também não se
inclui aqui as cooperativas.

O contrato de joint venture não é uma figura única , implica duas ou mais empresas , por regra
não há uma pessoa jurídica nova/diversa , mas pretende-se chegar aqui a um entendimento.

Temos cooperação entre elas e um empreendimento comum.

É um contrato típico e a través deste , que estabelece um conjunto de regras entre as


empresas envolvidas , habitualmente nestes acordos não é possível a cessão da posição
contratual.

Outro principio que rege esta matéria é o principio da igualdade entre as empresas
envolvidas , habitualmente cada uma destas tem uma tarefa a cumprir , mas vão agir de forma
coordenada , cada uma delas tem uma tarefa , normalmente são realizadas entre empresas
que não são concorrentes entre si , mas cada uma tem a sua atividade e continua a exerce-la ,
apesar de ser coordenada entre estas.

Há aqui diversas estruturas jurídico contratuais que podem estar na base destes contratos de
joint venture quer no que diz respeito a relações obrigacionais estabelecidas entre as partes.
Pode implicar participações no capital societário dependendo dos casos , tal como pode
abranger diversos territórios.

Normalmente , estes acordos joint venture podem ser dos seguintes tipos :

 Unincorporated joint-venture ;
 Incorporated joint-venture ;

02/05/2024 – Aula T/O.T.

Apresentação de trabalhos

09/05/2024 – Aula T/O.T.

Estrutura da frequência :

Quatro grupos e responde-se apenas a um

 Primeiro grupo com os contratos comerciais mais tradicionais (por ex: compra e
venda mercantil , empréstimo mercantil)
 Segundo grupo contratos de cooperação
 Terceiro grupo com contratos de distribuição (agência , franquia etc...)
 Contratos bancários (leasing , factoring , forfeiting etc...)

1h30 minutos

Costuma colocar acórdãos de jurisprudência relacionados com estes contratos.

Contrato de distribuição (algumas considerações) :

Os contratos de distribuição desenvolveram-se durante o século XIX , quando a produção


se torna mais especializada , o produtor tem toda a vantagem se especializar na produção
e atribuir a outrem a distribuição.

Esta autonomização nunca impediu que existisse a distribuição direta.

Interessa a distribuição direta integrada , aquela em que o distribuidor por alguma forma
faz parte e integra-se numa rede que é mais , ou menos , controlada pelo produtor.

Estes são contratos que assentam muito na autonomia privada , além das regras gerais do
CC-

O contrato de agência :

O contrato de agência teve muito mais sucesso no passado do que hoje. Temos o principal
(produtor) e agente (distribuidor).

O agente se obriga a promover , por conta de outrem , a celebração do contrato , com


toda a autonomia , numa relação estável e remunerada.

O regime jurídico tem diploma próprio.

Por um lado o agente promove a celebração do contrato , será relevante o principio da boa
fé , o agente tem que atuar de forma a proteger o interesse do principal na promoção da
celebração dos negócios jurídicos.

Atua por conta do principal e não por conta própria , ou seja , tem que agir sempre de
acordo com o principal , mas , não é um trabalhador por conta de outrem.
Esta é uma relação jurídica que se mantem no tempo , aqui o agente , em regra , vai ter
uma relação duradoura com uma certa estabilidade.

É um contrato oneroso porque este tem direito a uma percentagem dos negócios jurídicos
realizados.

O contrato de concessão

O concessionário se obriga a adquirir certas coisas ao concedente , obrigando-se o


concessionário a revender esses mesmos bens.

Temos aqui um contrato quadro que se vai concretizar numa multiplicidade de contratos
de compra e venda.

Além destas obrigações reciprocas , o concessionário age em nome próprio , com a sua
própria empresa e , em regra , é lhe atribuída uma área geográfica de exclusividade.

Este é um acordo quadro que se vai concretizar numa multiplicidade de contratos de


compra e venda.

O concessionário age em nome e por conta própria , com a sua autonomia e está
integrado numa rede , embora não seja um grau de integração como o da franquia.

É um contrato que goza de estabilidade , não é apenas uma única operação de compra
para revenda.

O contrato de franquia :

Este é aquele que vai mais longe na integração.

Este é integrado de uma forma em que quase não tem autonomia , ou seja , parece que o
consumidor está a contratar com o produtor , quando na realidade está a celebrar com o
distribuidor.

O franqueado vai-se integrar numa rede com um nível de integração extremamente


elevado.

É um contrato consensual , funciona também como um contrato quadro , sendo o


elemento essencial/principal a imagem empresarial que é transmitida.

Vai implicar a formação do franqueado sendo transmitido o saber fazer e a assistência


técnica , havendo fiscalização por parte do franqueador , este que vai querer controlar ,
pois trata-se aqui da sua imagem empresarial/marca.

O grau de contro e fiscalização é muito mais acentuado.

O contrato de mediação :

Tem um carácter esporádico , onde o comitente encarrega o mediador para que este de
forma independente prepare e estabeleça relações de negociação entre o comitente e um
terceiro , isto com vista a que estes venham a celebrar , provavelmente , um contrato.
Muitos casos de mediação têm regulamentação especifica , como por exemplo , o caso da
mediação imobiliária.

O contrato de comissão :

Corresponde ao mandato comercial sem representação (ver aulas anteriores)

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