TBL 2.1a - Introdução À Imunidade
TBL 2.1a - Introdução À Imunidade
TBL 2.1a - Introdução À Imunidade
1) IMUNIDADE
O termo imunidade é derivado da palavra latina immunitas, a qual se
refere à proteção contra processos legais oferecida aos senadores romanos
durante seus mandatos. Historicamente, imunidade significa proteção
contra doença e, mais especificamente, doença infecciosa. As células e
moléculas responsáveis pela imunidade constituem o sistema imune, e sua
resposta coletiva e coordenada à entrada de substâncias estranhas é
denominada resposta imune.
A função fisiológica do sistema imune é a defesa contra
microrganismos infecciosos; entretanto, mesmo substâncias estranhas não
infecciosas e produtos derivados de nossas células danificadas ou malignas
(tumores) podem elicitar respostas imunes. Além disso, os mecanismos que
normalmente protegem os indivíduos contra uma infecção e eliminam
substâncias estranhas também são capazes de causar lesão tecidual e
doença em algumas situações. Sob certas situações, mesmo moléculas
próprias podem elicitar respostas imunes (as chamadas doenças
autoimunes). Uma definição mais inclusiva de resposta imune é, portanto,
uma reação aos microrganismos e às moléculas que são reconhecidas como
estranhas ou anormais, independentemente da consequência fisiológica ou
patológica dessa reação. Imunologia é o estudo das respostas imunes nesse
sentido mais amplo, e dos eventos celulares e moleculares que ocorrem
após um organismo encontrar microrganismos e outras macromoléculas
estranhas.
2) IMUNIDADE INATA E ADAPTATIVA
A defesa contra microrganismos é mediada por respostas sequenciais e
coordenadas que são denominadas imunidade inata e adaptativa. A
imunidade inata (também chamada imunidade natural ou imunidade nativa)
é essencial para a defesa contra microrganismos nas primeiras horas ou
dias após a infecção, antes que as respostas imunes adaptativas tenham se
desenvolvido. A imunidade inata é mediada por mecanismos que já existem
antes da ocorrência de uma infeção (por isso inata) e são capazes de reagir
rapidamente contra microrganismos invasores.
Em contraste à imunidade inata, há outras respostas imunes que são
estimuladas pela exposição a agentes infecciosos e que aumentam em
magnitude e capacidades defensivas após cada exposição sucessiva a um
microrganismo em particular. Uma vez que essa forma de imunidade se
desenvolve em resposta à infecção e a ela se adapta, é denominada
imunidade adaptativa (também conhecida como imunidade específica ou
imunidade adquirida). O sistema imune adaptativo reconhece e reage a um
grande número de substâncias microbianas e não microbianas chamadas
antígenos. Embora muitos patógenos tenham evoluído de maneira a resistir
à resposta imune inata, as respostas imunes adaptativas mais fortes e mais
especializadas são capazes de erradicar muitas dessas infecções. Também
existem numerosas conexões entre as respostas imunes inata e adaptativa.
A resposta imune inata aos microrganismos fornece os primeiros sinais de
perigo que estimulam as respostas imunes adaptativas. Em contrapartida,
as respostas imunes adaptativas frequentemente trabalham intensificando
os mecanismos protetores da imunidade inata, tornando-os mais capazes de
combater efetivamente os microrganismos.
2A. IMUNIDADE INATA
O sistema imune inato responde quase imediatamente a
microrganismos e células lesionados, e repetidas exposições induzem
respostas imunes inatas praticamente idênticas. Os receptores da
imunidade inata são específicos para estruturas comuns a grupos de
microrganismos relacionados, e não distinguem pequenas diferenças entre
microrganismos. Os principais componentes da imunidade inata são (1)
barreiras físicas e químicas, como os epitélios e os agentes antimicrobianos
produzidos nas superfícies epiteliais; (2) células fagocíticas (neutrófilos,
macrófagos), células dendríticas (DCs; do inglês, dendritic cells), mastócitos,
células natural killer (células NK, ou “matadoras naturais”) e outras células
linfoides inatas; e (3) proteínas sanguíneas, incluindo componentes do
sistema complemento e outros mediadores da inflamação. Muitas células da
imunidade inata, como DCs, alguns macrófagos e mastócitos, são residentes
dos tecidos e atuam como sentinelas em busca de microrganismos que
podem invadir esses tecidos. A resposta imune inata combate
microrganismos por meio de duas estratégias principais – pelo recrutamento
de fagócitos e outros leucócitos que destroem os microrganismos, no
processo chamado inflamação; e pelo bloqueio da replicação viral ou killing
de células infectadas por vírus, por mecanismos distintos das reações
inflamatórias.
2B. IMUNIDADE ADAPTATIVA
A resposta imune adaptativa é mediada por células chamadas
linfócitos e seus produtos. Os linfócitos expressam receptores altamente
diversos que são capazes de reconhecer um vasto número de antígenos. Há
duas populações principais de linfócitos, denominadas linfócitos B e
linfócitos T, os quais medeiam diferentes tipos de respostas imunes
adaptativas.
Características fundamentais das respostas imunes adaptativas
As propriedades fundamentais do sistema imune adaptativo refletem
as propriedades dos linfócitos que medeiam essas respostas:
• Especificidade e diversidade: respostas imunes são específicas
para antígenos distintos e, frequentemente, para diferentes porções de um
único complexo proteico, polissacarídico ou de outra macromolécula. As
porções de antígenos complexos especificamente reconhecidas por
linfócitos individuais são denominadas determinantes ou epítopos. Essa
especificidade fina existe porque os linfócitos individuais expressam
receptores de membrana que podem distinguir diferenças estruturais sutis
entre epítopos distintos. Clones de linfócitos com diferentes especificidades
estão presentes em indivíduos não imunizados e são capazes de reconhecer
e responder aos antígenos estranhos. Esse conceito fundamental é
denominado seleção clonal e foi claramente enunciado por Macfarlane
Burnet, em 1957, como uma hipótese para explicar de que modo o sistema
imune poderia responder a um grande número e variedade de antígenos. De
acordo com essa hipótese, a qual é, atualmente, uma característica
comprovada da imunidade adaptativa, clones de linfócitos antígeno-
específicos se desenvolvem antes e independentemente da exposição ao
antígeno. Um antígeno introduzido se liga (seleciona) às células do clone
antígeno-específico preexistente e as ativa, levando a uma resposta imune
específica para aquele antígeno. O número total de especificidades
antigênicas dos linfócitos em um indivíduo, chamado repertório dos
linfócitos, é extremamente grande. Essa capacidade do repertório de
linfócitos para reconhecer um grande número de antígenos (a chamada
diversidade) é resultado da variabilidade nas estruturas dos sítios de ligação
ao antígeno dos receptores antigênicos dos linfócitos. Em outras palavras,
existem muitos clones distintos de linfócitos, e cada clone contém um único
receptor antigênico e, consequentemente, uma única especificidade
antigênica, contribuindo para um repertório total extremamente diverso.
• Memória: a exposição do sistema imune a um antígeno estranho
aumenta sua capacidade de responder novamente àquele antígeno. As
respostas a uma segunda exposição ou exposições subsequentes ao mesmo
antígeno, chamadas respostas imunes secundárias, são normalmente mais
rápidas, de maior magnitude e, com frequência, quantitativamente
diferentes da primeira resposta imune (ou primária) àquele antígeno. A
memória imunológica ocorre porque cada exposição a um antígeno gera
células de memória de vida longa específicas para o antígeno. Há dois
motivos pelos quais as respostas secundárias são tipicamente mais fortes
que as respostas imunes primárias – as células de memória se acumulam e
se tornam mais numerosas que os linfócitos naive1 específicos para o
antígeno existente no momento da exposição inicial ao antígeno; e células
de memória reagem mais rápida e vigorosamente ao desafio antigênico do
que os linfócitos naive. A memória permite que o sistema imune produza
respostas aumentadas a exposições persistentes ou recorrentes ao mesmo
antígeno e, assim, combata infecções por microrganismos prevalentes no
meio ambiente e encontrados repetidamente.
• Não reatividade ao próprio (autotolerância): uma das propriedades
mais marcantes do sistema imune de cada indivíduo normal é sua
capacidade de reconhecer, responder e eliminar muitos antígenos estranhos
(não próprios) enquanto não reage prejudicialmente aos antígenos do
próprio indivíduo. A não responsividade imunológica é também chamada
tolerância. A tolerância aos antígenos próprios, ou autotolerância, é mantida
por diversos mecanismos. Estes incluem a eliminação de linfócitos que
expressam receptores específicos para alguns autoantígenos, inativando os
linfócitos autorreativos ou suprimindo essas células pela ação de outras
células (reguladoras).
3) ÓRGÃOS E CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE
Ambas as respostas imunes, inata e adaptativa, dependem de
atividades das células sanguíneas brancas, ou leucócitos. Todas essas
células são originárias da medula óssea, e muitas delas também se
desenvolvem e maturam nesse ambiente. Quando maduras, elas migram
para cuidar dos tecidos periféricos: algumas delas residem dentro dos
tecidos, enquanto outras circulam na corrente sanguínea e em um sistema
especializado de vasos chamado de sistema linfático, que drena líquidos
extracelulares e células livres dos tecidos, transportando-os pelo corpo
como linfa e, finalmente, as devolvendo ao sistema sanguíneo.
Todos os elementos celulares do sangue, incluindo as hemácias que
transportam oxigênio, as plaquetas que deflagram a coagulação sanguínea
em tecidos lesados e os leucócitos do sistema imune, derivam de células-
tronco hematopoiéticas (HSCs, do inglês hematopoietic stem cells) da
medula óssea. Como essas células po- dem dar origem a todos os diferentes
tipos de células sanguíneas, elas são em geral conhecidas como HSCs
pluripotentes. Elas dão origem a células de potencial de desenvolvimento
mais limitado, as quais são progenitoras imediatas de hemácias, plaquetas,
e às duas principais categorias de leucócitos, as linhagens linfoide e
mieloide.
3A. A LINHAGEM MIELOIDE INCLUI A MAIORIA DAS CÉLULAS
DO SISTEMA IMUNE INATO
O progenitor mieloide comum é o precursor de macrófagos,
granulócitos, mastó- citos e células dendríticas do sistema imune inato (e
também de megacariócitos e hemácias, que não são células de defesa do
sistema imune).
Os macrófagos residem na maioria dos tecidos corporais e são a
forma madura dos monócitos, que circulam no sangue e migram
continuamente para os tecidos, onde se diferenciam. O macrófagos
possuem tempo de vida relativamente longo e realizam muitas funções
diferentes por meio da resposta imune inata e da resposta imune adaptativa
subsequente. Eles realizam fagocitose, nome dado ao processo de engolfar
e matar microrganismos invasores, eles podem auxiliar na indução de
inflamação, a qual, é pré-requisito para a resposta imune bem-sucedida e
eles também secretam proteínas de sinalização que ativam outras células
do sistema imune e as recrutam para a resposta imune. Além de sua função
especializada no sistema imune, os macrófagos atuam como células
limpadoras do organismo, eliminando células mortas e restos celulares.
Os granulócitos são assim chamados porque têm grânulos
densamente corados em seu citoplasma; são também chamados de
leucócitos polimorfonucleados devido a presença de núcleo com forma
multilobular. Existem três tipos de granulócitos – neutrófilos, eosinófilos e
basófilos –, os quais podem ser identificados pelas diferentes propriedades
de coloração dos grânulos. Em comparação com os macrófagos, eles têm
uma vida relativamente curta, sobrevivendo por apenas alguns dias, e são
produzidos em maiores quantidades durante as respostas imunes, quando
eles deixam o sangue e migram para os locais de inflamação. Os neutrófilos
são as células mais numerosas e importantes nas respostas imunes inatas.
Eles capturam uma variedade de microrganismos por fagocitose e os
destroem de maneira eficiente em vesículas intracelulares usando enzimas
de degradação e outras substâncias antimicrobianas armazenadas em seus
grânulos citoplasmáticos.
Os eosinófilos e os basófilos são menos abundantes do que os
neutrófilos, mas como estes, eles têm grânulos contendo uma variedade de
enzimas e proteínas tóxicas, que são liberadas quando as células são
ativadas. Acredita-se que os eosinófilos e os basófilos sejam importantes
principalmente na defesa contra parasitos, os quais são muito grandes para
serem ingeridos por macrófagos ou neutrófilos. Eles também podem
contribuir para as reações inflamatórias alérgicas, em que seus efeitos são
mais prejudiciais do que protetores.
Os mastócitos, cujo precursor sanguíneo ainda não está bem definido,
diferenciam-se nos tecidos e atuam na coordenação das respostas alérgicas
e nas respostas contra vermes parasíticos.
Há vários tipos de células dendríticas, as quais compõem a terceira
classe das células fagocíticas do sistema imune. A maioria das células
dendríticas tem longas projeções semelhantes a dedos, como os dendritos
das células nervosas, o que dá a elas o seu nome. As células dendríticas
imaturas migram da medula óssea para a corrente sanguínea para entrar
nos tecidos. Como os macrófagos e os neutrófilos, elas degradam os
patógenos que capturaram, mas sua principal função no sistema imune não
é a elimi- nação de microrganismos. Em vez disso, o encontro com os
patógenos estimula as células dendríticas a diferenciar em células que
podem ativar uma determinada classe de linfócitos, os linfócitos T. As
células dendríticas ativam os linfócitos T pela apresentação dos antígenos
derivados de patógenos em sua superfície, ativando os receptores de
antígeno dos linfócitos T. Por essa razão, as células dendríticas são também
denominadas células apresentadoras de antígenos (APCs, do inglês antigen-
presenting cells). Os macrófagos também podem atuar como APCs, em
circunstâncias. Dessa forma, as células dendríticas e os macrófagos formam
uma ligação crucial entre a resposta imune inata e a resposta imune
adaptativa.
3B. OS LINFÓCITOS DO SISTEMA IMUNE ADAPTATIVO E AS
CÉLULAS NATURAL KILLER DA IMUNIDADE INATA PERTENCEM À
LINHAGEM LINFÓIDE.
O progenitor linfoide comum da medula óssea dá origem aos
linfócitos antígeno-específicos do sistema imune adaptativo e também a um
tipo de linfócito que responde à presença de infecção, mas não é específico
para antígeno e, portanto, é considerado parte do sistema imune inato. Este
último é uma grande célula com citoplasma granular, chamado de célula
natural killer (célula NK). Essas células podem reconhecer e matar algumas
células anormais, como células tumorais e células infectadas por partículas
virais.
Chegou-se, finalmente, aos componentes-chave da imunidade
adaptativa, os linfó- citos antígeno-específicos. O sistema imune deve ser
capaz de produzir uma resposta imune contra qualquer tipo de patógeno
dentre uma ampla variedade que uma pessoa possa encontrar ao longo da
vida. Os linfócitos tornam isso possível coletivamente por meio de
receptores de antígenos altamente variáveis presentes em sua superfície,
pelos quais eles reconhecem e ligam os antígenos. Cada linfócito maduro
tem uma variante única de receptor de antígeno, de modo que a população
de linfócitos expressa um grande repertório de receptores altamente
diversos em relação aos seus sítios de ligação do antígeno. Entre os bilhões
de linfócitos circulantes no organismo, em um dado momento sempre
haverá algum que possa reconhecer um antígeno estranho.
Na ausência de uma infecção, a maioria dos linfócitos que circulam no
organismo consiste em pequenas células, com poucas organelas
citoplasmáticas e grande parte da cromatina nuclear em seu estado
condensado. É surpreendente que até os anos 1960 os livros descreviam
essas células – que são agora o foco central da imunologia – como não
tendo nenhuma função conhecida. Sem dúvida, esses pequenos linfócitos
não têm atividade funcional até que encontrem seu antígeno específico. Os
linfócitos que ainda não foram ativados pelo antígeno são conhecidos como
linfócitos virgens ou linfócitos naive. Os linfócitos que já encontraram seu
antígeno, tornaram-se ativados, e diferenciaram-se em linfócitos totalmente
funcionais conhecidos como linfócitos efetores.
Existem dois tipos de linfócitos: linfócitos B (células B) e linfócitos T
(células T), cada um com diferentes funções no sistema imune e tipos
distintos de receptores antigênicos. Após o antígeno se ligar a um receptor
de células B (BCR, do inglês B-cell receptor), localizado na superfície da
célula B, o linfócito irá proliferar e diferenciar-se em plasmócitos - forma
efetora dos linfócitos B e produtora de anticorpos. Os anticorpos são
proteínas secretadas pelo plasmócito que correspondem a mesma
especificidade antigênica que o BCR. Dessa forma, o antígeno que ativa
uma determinada célula B torna-se o alvo dos anticorpos produzidos pela
progênie dessa célula. As moléculas de anticorpos são conhecidas como
imunoglobulinas (Igs), e os receptores de antígeno dos linfócitos B são,
também, conhecidos como imunoglobulina de membrana (mIg, do inglês
membrane immunoglobulin) ou imunoglobulina de superfície (sIg, do inglês
surface immunoglobulin).
O linfócito T também possui em sua superfície um receptor de
antígeno, conhecido como receptor de células T (TCR, do inglês T-cell
receptor). Após a ativação de uma célula T depois de seu primeiro contato
com o antígeno, ela prolifera e diferencia-se em um dos diferentes tipos
funcionais de linfócitos T efetores. As funções das células T efetoras são
divididas em três grandes classes: morte, ativação e regulação. As células T
citotóxicas matam as células que estão infectadas com vírus ou outro tipo
de patógeno intracelular. As células T auxiliares produzem sinais adicionais,
chamados de citocinas, que influenciam o comportamento e a atividade de
outras células.
Durante o desenvolvimento de uma resposta imune, algumas células
B e T são ati- vadas pelo antígeno, diferenciando-se em células de memória,
que são os linfócitos responsáveis pela imunidade de longa duração, que
podem ser produzidas após doença ou vacinação. As células de memória
irão, prontamente, diferenciar-se em células efetoras em uma segunda
exposição a seu antígeno específico.
3C. OS LINFÓCITOS AMADURECEM NA MEDULA ÓSSEA E NO
TIMO.
Os linfócitos circulam pelo sangue e pela linfa, e também são
encontrados em grande número nos órgãos linfoides. Os órgãos linfoides
podem ser grosseiramente divididos em órgãos linfoides primários ou
centrais, onde os linfócitos são produzidos, e em órgãos linfoides periféricos
ou secundários, onde os linfócitos virgens maduros são mantidos e as
respostas imunes adaptativas são iniciadas. Os órgãos linfoides centrais são
a medula óssea e o timo, um órgão localizado no tórax superior. Os órgãos
linfoides periféricos compreendem os linfonodos, o baço e os tecidos
linfoides da mucosa do intestino, dos tratos respiratório e nasal, do trato
urogenital e de outras mucosas. Os linfonodos são interconectados por um
sistema de vasos linfáticos, que drenam líquido extracelular dos tecidos
para os linfonodos e retornam ao sangue.
Os linfócitos B e T originam-se na medula óssea, mas apenas os
linfócitos B ama- durecem na medula. Os linfócitos T precursores migram
para o timo, do qual receberam o nome, e lá amadurecem. O “B” dos
linfócitos B originou-se da bursa de Fabricius, um órgão linfoide de galinhas
jovens, onde os linfócitos foram inicialmente identificados. Uma vez atingido
o amadurecimento completo, os dois tipos de linfócitos entram na corrente
sanguínea como linfócitos maduros virgens. Eles circulam pelos tecidos
linfoides periféricos, onde uma resposta imune adaptativa é iniciada se um
linfócito encontrar seu antígeno correspondente, a partir da apresentação
mediada pelas APCs do sistema imune inato.
4) REFERÊNCIAS
O texto é uma adaptação de capítulos referentes aos temas
introdutórios da imunologia, encontrados nos livros indicados abaixo, que
estão disponíveis na plataforma “minha biblioteca”.
LIVRO:
ABBAS, Abul, K.; LICHTMAN, Andrew, H.; PILLAI,
Shiv. Imunologia Celular e Molecular. 10° ed.,
Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2023.
Capítulo 1:
Propriedades e
Visão Geral das
Respostas Imunes
Capítulo 2: Células e Tecidos do Sistema
Imune
LIVRO:
MURPHY, Kenneth. Imunobiologia de Janeway.
8° ed., Porto Alegre: Grupo A, 2014.
Capítulo 1:
Conceitos Básicos
e Imunologia
LIVRO:
SILVERTHORN, Dee U. Fisiologia Humana. 7°
ed., Porto Alegre: Grupo A, 2017.
Capítulo 24:
Sistema Imune