1904 - Medicamentos Parte III - Atualizado - 241105 - 080632

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ADMINISTRAÇÃO

MEDICAMENTOS

Parte III

B A S E S D O C U I D A D O D E E N F E R M AG E M A
M O N I C A C R I C A RT E @ P U C - C A M P I N A S . E D U . B R
Preparo e administração de
medicações
MATERIAIS

AMBIENTE E PROCESSO Vias de


DE TRABALHO administração

Anatomia e
fisiologia
Materiais
Agulhas

Sistema métrico
calibre

30mm x 0,80 mm

comprimento

Agulhas sem ponta – rombas


apenas para preparo de
medicações
Seringas
MATERIAL
CATETERES INTRAVENOSOS
PERIFÉRICOS

CATETER COM ASAS ou cateter agulhado

• Agulha de aço inoxidável de comprimento


variável
• composta por duas asas laterais de plástico
flexível e

• um extensor em cuja extremidade encontra-se um


adaptador luer (fêmea).

• adapta-se a equipos para administração de fluídos


intravenosos.

Tamanho: 1,0 a 2,0 cm


Calibre: em números impares (19 a 27)
Material: aço e plástico flexível
MATERIAL
CATETERES INTRAVENOSOS
PERIFÉRICOS

CATETERES SOBRE AGULHA


Consiste de uma agulha envolvida por um cateter.
Após a venopunção a agulha é retirada e descartada,
Deixando um cateter flexível no interior do vaso
Tamanho: 2,0 a 5,0 cm
Calibre: em números pares (12 a 24)
Material:
- teflon;
- aquavene: aumento da maciez e dilatação
- vialon: elevada resistência, superfície lisa, macio e flexível
Cateteres para
Punção Periférica
CATETER AGULHADO CATERER SOBRE AGULHA
http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/529
remE – Rev. Min. Enferm.;16(2): 275-279, abr./jun., 2012
Cateter/agulha
para coleta de sangue
APRESENTAÇÃO DE SORO
SISTEMA FECHADO

EM BOLSA EM FRASCO
EQUIPOS
SIMPLES SIMPLES PARA
MACROGOTAS E FOTOSSENSÍVEIS
MICROGOTAS

SIMPLES PARA
HEMODERIVADOS DIETAS
PARA BOMBAS DE
INFUSÃO
Assessórios para CATETERES
INTRAVENOSOS PERIFÉRICOS

MATERIAL
ACESSÓRIOS DOS EQUIPOS e CONECTOTRES

torneirinhas

polifix
tampinhas
buretas

Plugs
conectores
VIA INTRA-DÉRMICA
Vias de
Administração
Oral
◦ Gastrointestinal Sublingual
Retal
◦ Respiratória
◦ Auricular
◦ Cutânea ou tópica
◦ Vaginal Intradérmica
◦ Ocular Subcutânea
Intramuscular
◦ Parenteral
Intravenosa
Venóclise/ Punção venosa
VIA INTRA-DÉRMICA

Seringas e agulhas
SERINGAS AGULHAS

Sistema métrico
calibre

13mm x 4,0mm

comprimento
Via Intra-Dérmica

 Limpeza da pele algodão seco


Testes de
sensibilização  Locais de Aplicação
 locais com menor pilosidade, pigmentação e
distante de vasos sanguíneos
 Face interna do antebraço, Região escapular

BCG – deltoide D
 BCG 

 Volume não deve ultrapassar de 0,25mL


devido a pequena expansibilidade
 Ao final da administração
 PPD teste  não pressionar ou friccionar o local de
tuberculinico punção
Via Intra-Dérmica (ID)
1. Aspirar o medicamento da dose prescrita
(agulha 25X8)
2. Trocar agulha por 13X4
3. Antissepsia do local com álcool 70%
(exceção vacinas)
4. Fixar a pele com uma das mãos
5. Introduzir a agulha em ângulo de 15, com
o bisel para cima ficando visível através da
pele
6. Injetar medicamento lentamente, quando
surgirá uma pápula
7. DESCARTE agulha e seringa: não
desconectar
Via Intra-Dérmica
• Fácil acesso

• Ações locais e sistêmicas

• Vacinas e testes alergenos


VIA SUBCUTÂNEA
VIA SUBCUTÂNEA

Seringas e agulhas
AGULHAS
SERINGAS
Sistema métrico
calibre

13mm x 4,0mm

comprimento
Via subcutânea (sc)
O ângulo da agulha depende
◦ da constituição do SC do cliente e
◦ do tamanho da agulha,
 para não ultrapassar o tecido (45 ou 90)

Locais de aplicação:
◦ Face externa do braço
◦ Região glútea
◦ Face anterior externa da coxa
◦ Região peri-umbelical
◦ Região escapular
◦ Região infra-mamária
◦ Flanco direito ou esquerdo
O volume a ser administrado não deve
passar de 2mL ideal até 1ml
Via Subcutânea (SC)
1. Lavar as mãos - Aspirar o medicamento na dose prescrita
1. agulha 25X7 ângulo 45º ou agulha 13X4,5 e 20x6  ângulo 90  bisel para cima
2. Seringa de 1 ou 3 ml

2. Escolher local aplicação


3. Antissepsia pele cliente (algodão embebido com álcool 70%)
4. Fazer a prega cutânea (indivíduos magros não soltar)
5. Introduzir a agulha no ângulo
6. Aspirar para descartar a possibilidade de punção de vaso sanguíneo ???
7. Injetar o medicamento lentamente
8. Retirar a agulha
9. Fazer leve compressão no local, para absorção gradativa, não friccionar
10. DESCARTE: agulha+ seringa cx de perfutro cortante
Aplicação da enoxparina
https://www.youtube.com/watch?v=nJVFu_IeDAc
INJEÇÃO
INTRAMUSCULAR
VIA INTRAMUSCULAR

Seringas e agulhas
SERINGAS AGULHAS

Sistema métrico
calibre

25 mm x 8,0mm

comprimento
Injeção
Intramuscular
Conceito:
 permite a inoculação de maiores
volumes de soluções
 sua absorção se dá de forma mais
rápida devido à vascularização
muscular  Características do músculo para
 observar o cuidado de não injetar aplicação IM:
inadvertidamente em um vaso
◦ bastante desenvolvido
sanguíneo
◦ de fácil acesso
 CONTRA-INDICAÇÃO:
 Paciente com alteração na ◦ não conter grandes vasos e nervos em
coagulação/plaquetopenicos
níveis superficiais.
 Pacientes agitados  cautela

https://portal.coren-sp.gov.br/wp-content/uploads/2020/09/Parecer-010.2020-
Administra%C3%A7%C3%A3o-de-medicamento-via-intramuscular.pdf
O uso da via subcutânea em Geriatria e Cuidados Paliativos - 2ª Edição
https://sbgg.org.br//wp-content/uploads/2014/11/SBGG_guia-subcutanea_2aedicao.pdf
...E a
densidade da
medicação?
Injeção Intramuscular
Locais de Aplicação:
◦Região deltóide
◦Região dorsoglútea
◦Região ventroglútea
◦Região da face anterolateral da coxa (vastolateral)
Volume máximo a ser
administrado
Ventro Dorso Vasto
https://portal.coren-sp.gov.br/wp-content/uploads/2020/09/Parecer-

Deltóide
010.2020-Administra%C3%A7%C3%A3o-de-medicamento-via-

IM glutea glutea lateral


prematuros 0,5 ml

neonatos 0,5 ml

lactentes 1,0 ml

Crianças entre 3 e 6 1,5 ml 1,0 ml 1,5 ml


anos
Crianças entre 6 a 0,5 ml 1,5– 2,0 ml 1,5– 2,0 ml 1,5 ml
14 anos
intramuscular.pdf

adolescentes 1,0 ml 2,0–2,5 ml 2,0–2,5 ml 1,5– 2,0 ml

adultos 1,0 ml 4,0ml 4,0ml 4,0ml


Região Deltóide
Local: músculo deltóide
Ângulo: perpendicular à pele
Decúbito do cliente: sentado, com o braço flexionado
Pacientes: adultos
Complicações: lesão do nervo radial
Contra-indicações:
 adultos com pequeno desenvolvimento muscular local
 volumes superiores a 1 mL
 injeções consecutivas
 substâncias irritantes
https://portal.coren-sp.gov.br/wp-content/uploads/2020/09/Parecer-010.2020-
Administra%C3%A7%C3%A3o-de-medicamento-via-intramuscular.pdf
Região
Dorsoglútea
Local: músculo Glúteo Máximo,
Complicações: lesão do nervo ciático
 quadrante superior externo. Cuidados Especiais:
 Angulação da agulha perpendicular à
Ângulo: 90°
superfície do leito;
Decúbito do cliente: ventral, com os braços ao  Agulha suficientemente longa para
longo do corpo e os pés virados para dentro. atravessar o tecido subcutâneo
Contra indicações:
Clientela: adolescentes e adultos, crianças
 crianças menores de 2 anos;
com mais de 2 anos e bom desenvolvimento
 cliente em decúbito em pé
muscular.
Injeção Intramuscular
Região Dorsoglútea
Região
Ventroglútea
Local: músculo Glúteo Médio e
Vantagens:
Mínimo
◦ espessura muscular grande;
Ângulo: angulação da agulha
dirigida ligeiramente à crista ◦ área livre de estruturas importantes;

ilíaca ◦ absorção completa da droga pelo uso desta


Decúbito do cliente: sentado - musculatura em atividades diárias.
lateral - ventral - dorsal
Contra-indicação
Clientela: para qualquer idade,
◦ angústia ou ansiedade do cliente.
especialmente crianças, magros
e idosos.
Região Anterolateral da
Coxa
(vastolateral)

Local: músculo Vasto Lateral; Contraindicações:


 volume grande de soluções;
Ângulo: 45°, em direção podálica;
 injeções consecutivas;
Decúbito do cliente:  tamanho da agulha superior a 25.
dorsal (MMII em extensão) ou sentado Cuidados Especiais:
(flexão da perna).  Agulha curta:
 adulto e adolescente:
Desvantagens:  comprimento = 25mm
◦ lesões do nervo femoral cutâneo;  crianças e lactentes:
 comprimento = 15 a 20 mm
◦ obstrução por trombo da artéria femoral  aprisionar o músculo com a mão a fim de
(quando a agulha é muito longa) estabilizá-lo
Região da Face
Anterolateral da Coxa
Complicações
TAREFA completar a tabela
Local Tamanho Angulação Volume indicação Contra- Clientela Complicações
anatômico da agulha da agulha máximo Indicação
IM e seringa

Deltóide

Dorsoglutea

Ventroglutea

Vasto lateral

Subcutânea

Intradérmica
TERAPIA INFUSIONAL
TIV

Para adquirir as Diretrizes Práticas para


Terapia Intravenosa entre em contato através
do E-mail: [email protected]+
TERAPIA INFUSIONAL
TIV
INDICAÇÕES
 restaurar ou manter a volemia
 restaurar ou manter o equilíbrio
hidroeletrolítico
 suprir as necessidade nutricionais
do paciente
 repor um ou mais componentes do
sangue
 suporte para administração de drogas
MATERIAL
• Sistemas para administração da infusão:
• sistemas de plástico ou de vidro

• Equipos e acessórios
• cateteres intravenosos periféricos
• suporte para frasco de soro
• garrote ou torniquete
• luvas
• bolas de algodão embebidas com álcool 70%
• Fita microporosa ou filme transparente
• etiqueta de identificação
Etapas a se seguir na punção
periférica
Higiene das mãos
Seleção do cateter e sítio de inserção
Preparo da pele
Estabilização
Coberturas
Flushing e manutenção do cateter
periférico
Cuidados com o sítio de inserção
Remoção do cateter
CATETERES INTRAVENOSOS
PERIFÉRICOS

ESCOLHA DO LOCAL DA PUNÇÃO


História clínica do paciente  Preferir:
Idade  Veias de fácil acesso
 Veia distal à extremidade
Condições das veias
 tortuosidade, endurecimento, ferimento  Veia localizada em mão ou
braço não dominante
Tipo de solução ou droga a ser
infundida
Duração prevista da terapia
Habilidade do profissional
http://www.scielo.br/pdf/rbti/v21n2/12.pdf
Avaliação da Veia Escolhida
Inspecionar e palpar com um
ou dois dedos (exceto o
polegar)

Veia adequada:
◦ firme, elástica, ingurgitada, não
endurecida e não muito tortuosa

CUIDADO: PUNÇÃO EM FOSSA


ANTECUBITAL

( cuidado! punção arterial)


Avaliação da Veia Escolhida
Fixação
LOCAIS A EVITAR
 Fossa antecubital (para punções de
demora)
 Veias das pernas e dos pés
 Veias abaixo de áreas flebíticas e/
ou com infiltrações prévias
 Veias localizadas em áreas com
lesões, fraturas e edemas
 Membros com shunt ou com fístulas
artério venosas
 Membro próximo a esvaziamento
ganglionar
Hipodermóclise
é definida como a infusão de fluidos no
tecido subcutâneo.
Nas décadas de 1940 e 1950, esta
prática começou a ser utilizada em
pacientes pediátricos
permite a correção rápida de
desiquilíbrio hidroeletrolítico
é um método efetivo de hidratação
para pacientes que apresentam
inadequada ingesta oral e desidratação

http://www.ebserh.gov.br/documents/147715/393018/hipodermoclise_ http://www.hcfmb.unesp.br/wp-content/uploads/2017/12/Manual-de-
artigo.pdf Hipoderm%C3%B3clise-HCFMB.pdf
Hipodermóclise
Consiste na administração lenta de  Está contraindicada
soluções no espaço subcutâneo  Pessoas com acesso intravenoso ou que
necessitem de medicamentos por esta via.
O fluido é transferido para a  Edema generalizado, infecção de pele,
circulação sanguínea por ação doenças alérgicas ou lesões próximas ao local
de punção
combinada entre a difusão de
 em situações de emergência,
fluidos e a perfusão tecidual
 indivíduos com desidratação severa,
 sinais eminentes ou manifestos de choque
hipovolêmico, hipotensão,
 falência cardíaca e infarto agudo do
miocárdio
 Sódio > 150 mEq/L, osmolaridade sérica >
300 mOsmKg, coagulopatia e excesso de
volume de líquidos

BRUNO, Vanessa Galuppo. Hipodermóclise: revisão de literatura para auxiliar a prática


clínica. Einstein (São Paulo), São Paulo , v. 13, n. 1, p. 122-128, Mar. 2015 .
Aspectos a serem observados

NA
TERAPIA
INTRAVENOSA
Velocidade de Administração
Idade e tamanho do paciente

Urgência para infusão de terapia intravenosa

“STATUS” cardíaco e renal

Reação adversa à droga ou a solução a ser


infundida
Complicações
Infiltração;

Flebite;

Embolismo;

Sobrecarga circulatória;

Reações alérgicas.
Complicações

Infiltração
 Velocidade de infusão da terapia
Sinais e Sintomas:
◦ desconforto e/ou dor;
◦ edema no sítio de inserção.
Detecção:
◦ pouco confiável
◦ teste de “refluxo”:
◦ confiável:
◦ edema no local de inserção e
interrupção do gotejamento ao se
garrotear o membro.
Complicações

Flebite
CAUSAS:
◦ Irritação Química;
◦ Irritação Mecânica.
SINAIS E SINTOMAS:
◦ calor;
◦ dor;
◦ rubor e,
◦ edema.
TRATAMENTO:
◦ mudança no sítio de
inserção e,
◦ avaliar a causa
Complicações

Embolia
 TROMBOEMBOLISMO

◦ CAUSAS:

◦ LESÃO NO ENDOTÉLIO DO VASO;

◦ FLUXO LENTO = coágulo no bisel da agulha.

ATENÇÃO: contra-indicado deslocamento do coágulo com


SF 0,9% ou qualquer outra solução.

 EMBOLIA GASOSA
 volume de ar associado à embolia MAIOR que o
volume contido no equipo de soro
OBS: Bolhas de ar estresse do paciente.
Complicações

Sobrecarga circulatória
É a rápida infusão de líquidos IV pode levar à sobrecarga circulatória em:
◦ crianças;
◦ indivíduos idosos;
◦ indivíduos com problemas circulatórios;
◦ indivíduos com problemas renais

PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS: dispnéia e taquicardia


Complicações

Sobrecarga circulatória
CUIDADOS
Posicionamento adequado da “pinça” do equipo;

“Escala de soro” :
 Monitorizar a frequência de infusão;

Controle rigoroso da velocidade de infusão


prescrita;

Checar periodicamente os parâmetros vitais de


pacientes suscetíveis.
ACIDENTES PÉRFURO-
CORTANTES
Transporte de agulhas:
◦ bandejas, NUNCA nas mãos
Descarte adequado
◦ Caixa de Perfuro cortante
◦ Respeitar linha limite da caixa
NUNCA reencapar agulhas
Administração em ‘plugs’
◦ Conectores com agulha e sem agulha

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
21002010000400020
Evento adverso!

Qualquer um se confunde, afirma estagiária


que aplicou café com leite na veia de idosa
Idosa de 80 anos morreu ao ter alimento
injetada na sonda da medicação.

ATENÇÃO!!

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