Roteiro HMP - Injetáveis

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Roteiro pedagógico HMP – Administração de medicamentos

1. Quais as vias de administração de medicamentos injetáveis?


 Via parenteral
 Subcutânea (SC)
 Intramuscular (IM)
 Intravenosa (IV)
 Intradérmica (ID)
 Endovenosa (EV)
2. Quais são os cuidados devem ser levados em consideração ao se trabalhar com
injetáveis
3. Quais são os benefícios da via intramuscular e como escolher um músculo
adequado?
 Essa via permite a administração de medicamentos em solução aquosa e
oleosa. As vantagens estão na ação rápida do medicamento, facilidade de
visualização e acesso ao músculo.
 A escolha do local de aplicação deve levar em consideração a idade do
paciente, irritabilidade ao medicamento, distância em relação a vasos e
nervos importantes, espessura do tecido adiposo, musculatura
suficientemente grande para a absorver o medicamento, atividade do
paciente.
 Região ventro-glútea: indicada em qualquer idade
 Região da face ântero-lateral da coxa: indicada para lactantes e
crianças até 10 anos.
 Região dorso-glútea: contraindicada para menores de 2 anos,
maiores de 60 anos e pessoas excessivamente magras.
 Região deltoidiana: contraindicada para menores de 10 anos e
adultos com pequeno desenvolvimento muscular.
4. Cite os principais riscos provenientes da via intramuscular (IM).
 Lesões de nervos (comprometimento de estruturas enervadas, perda de
movimento e alteração de sensibilidade)
 Aplicação em região articular (inflamação das estruturas atingidas e
limitação de movimentos)
 Formação de nódulo no local da injeção
 Dor intensa e endurecimento do local
 Vermelhidão da pele
 Paralisia ou necrose
5. Qual o volume injetado adequado para cada músculo (deltoide, glúteo, vasto
lateral)?
 Região ântero-lateral da coxa (vasto lateral): até 3ml
 Região dorso-glútea (quadrante superior externo): até 4ml
 Região ventro-glútea (hochstter): até 4ml.
 Região deltoide (4cm abaixo do acrômio): até 2ml
6. Quando não devemos realizar aplicação de injetáveis no musculo deltoide?
 A região é contraindicada para a maioria das drogas, pois possui uma
capacidade mínima de absorção, visto que a musculatura é superficial e
pequena. Sendo a via usada apenas para aplicação de vacinas.
 Volumes superiores a 2ml
 Diclofenaco, hormônios, oleosas, cortisonas, suspensão, antibióticos.
7. Quando não devemos realizar aplicação de injetáveis no Músculo Glúteo?
 Em crianças menores de 2 anos (principalmente que não andam)
 Idosos
 Pessoas que sofrem de parestesia/paralisia de membros inferiores.
 Pessoas muito magras.
8. Qual a vantagem em se realizar a aplicação de injetáveis no Músculo vasto lateral
em relação ao deltoide e ao glúteo?
 Os musculo vasto lateral é mais seguro por ser desprovido de grandes
vasos do que os outros locais.
9. Quando não devemos realizar aplicação de injetáveis no músculo vasto lateral?
 Em recém-nascidos (0 a 28 dias)
 Pacientes com atrofia muscular
 Pacientes com fibroses locais por conta de várias aplicações.
10. Qual a importância de se utilizar a ‘técnica em z’ na vai intramuscular?
 A técnica em Z é uma técnica de administração de medicamentos por
via intramuscular em que se promove uma vedação do trajeto realizado
pela agulha impedindo o refluxo de medicamentos muito irritantes.
 O ato de puxar a pele e aguardar 10 segundos antes de retirar a agulha,
cria uma ondulação no trajeto de saída, evitando assim que o
medicamento irritante saia da camada muscular no qual foi administrado
e vá para a camada subcutânea, o que provocaria nódulos doloridos por
inflamação. Atualmente a técnica em z é recomendada para todos as
injeções intramusculares, uma vez que foi comprovado que ajuda a
reduzir a dor local e o escape da medicação para os tecidos adjacentes,
que tem uma absorção diferenciada.
11. Quais as indicações para se utilizar a via endovenosa (EV) ou intravenosa (IV)?
 introdução de medicamentos diretamente na corrente sanguínea.
Permite a administração de grandes volumes de líquidos e ação
imediata do medicamento. Administração de drogas que são
contraindicadas nas demais vias, ministrar fluídos no pré, trans e
pós-operatório, transfusão sanguíneas, uso em emergências,
reposição hidrolítica, permite soluções hipertônicas, hipotônicas
e isotônicas.
12. Quais as veias utilizadas para medicação EV e cite suas indicações?
 Veia da dobra do cotovelo: realização de punções venosas.
 Cefálica: se estende do pulso ao ombro.
 Basílica: pacientes neonatais e pediátricos.
 Mediana:
 Metacarpais dorsais (dorso da mão):
 Safena magna:
 Subclávia:
 Tibial anterior:
 Rede dorsal do pé:
13. Quais as possíveis complicações de administração EV?
 Risco de estagnação do medicamento na circulação periférica
 Pode causar formação de coágulos formando trombos, flebites ou embolia
 Bacteremia, infiltração, sobrecarga circulatória.
14. Quais os locais recomendados para aplicação de injetáveis via subcutânea (SC)
o Via subcutânea ou hipodérmica, os medicamentos são administrados
debaixo da pele. A absorção é lenta, através dos capilares, de forma
contínua e segura, usada para administração de vacinas (antirrábica,
sarampo), anticoagulantes e higlicemiantes.
o Áreas de aplicação: superiores externos dos braços, abdome, faces ântero-
lateral da coxa.
15. Quais os riscos de aplicação da via SC?
o Choque anafilático
o Ulceração
o Infecções inespecíficas
o Sangramento
o Dor e prurido
o Formação de tecido fibrótico
o Lesão de nervos
o Fenômeno de Arthur: nódulos por injeções repetidas em memo local, pode
levar a necrose.
16. Qual a finalidade de administração da via intradérmica (ID) e os locais mais
apropriados para sua aplicação?
 Finalidades: reações de hipersensibilidade, provas de PPD (tuberculose),
schick (difteria), aplicação de BCG (vacina)
 Locais: face anterior do antebraço (pobre de pelos, pouca pigmentação,
pouca vascularização, fácil acesso para leitura)
17. Atividade para o dia: descreva a preparação adequada para administração de
injetáveis. Descreva a técnica adequada para aplicação de injetáveis IM (deltoide,
glútea, vasto lateral, ventro-glútea) (jelco e scalp), SC e ID.
 Cateter agulhado (scalp, ou borboleta): é composto por aço inoxidável
biocompatível, não flexível. São indicados para terapia intravenosa de
curta duração (menor ou igual a 24 horas) sua ponta pode, facilmente,
perfurar a veia após a venopunção, gerando risco de infiltração da
solução administrada.
o Classificação: números ímpares, onde o menor número representa
o maior calibre. 19, 21,23,25,27
 Jelcos: os cateteres sobre a agulha são indicados para terapia intravenosa
de média duração (superiores a 24h). devem ser substituídos conforme
protocolo institucional (72h-96h). baixa trombogenecidade,
bioestabilidade e resistência.
 Técnica para via EV:
o Certifica-se junto a prescrição médica, sobre a medicação e sua
via de administração.
o Lavar as mãos
o Preparar o material
o Informar o paciente sobre o procedimento.
o Calçar as luvas;
o Realizar a assepsia do frasco-ampola com algodão embebido com
álcool 70%
o Aspirar a dose prescrita
o Realizar a substituição da agulha, conforme a via;
o Realizar antissepsia do local a ser administrada a droga
o Escolher o local de aplicação
o Introduzir o dispositivo intravenoso no ângulo de 15 graus (bisel
para cima), mantendo o canhão estático e introduzir apenas o
cateter/agulha quando houver o refluxo de sangue.
o Realizar a conexão do equipo polifex com o dispositivo
intravenoso.
o Infundir (lavar)o acesso recém puncionado, com 10 ml de
solução fisiológica 0.9%
o Realizar a fixação do dispositivo, com esparadrapo
hipoalergênico
o Conectar o equipo de soro ao equipo quando indicado hidratação
endovenosa.
o Confeccionar etiqueta de identificação: tamanho do dispositivo
intravenoso, data da punção, nome do profissional que realizou o
procedimento.
o Reunir o material e desprezar o conteúdo perfuro cortante~
o Lavar as mãos
o Registar o procedimento no prontuário e checar a medicação na
prescrição de medicamentos.
 Técnica para ID
o Seringa: 0,1 a 0,5 ml
o Agulha: 13x4,5 ou 13x8
o Ângulo de 15 graus
o Introduzir entre a epiderme e a derme
o Não realizar antissepsia com álcool, se possível com água e sabão
o Não há necessidade de fazer aspiração antes de injetar o volume
o Não introduzir toda a agulha, apenas o bisel.
o Bisel para cima.
o Ver pápula.
 Técnica para SC
o Hipoderme
o Volume máximo 2 ml
o Absorção gradual e sistêmica
o Administração de drogas que contraindiquem a adm. Por outras
vias.
o Usada para insulina e heparina
o Ação mais rápida que a ID
o Efeito duradouro
o Aspira antes de injetar
o Ângulo 45 graus ou 90 graus
o Bisel lateralizado
o Locais: regiões superiores da coxa, abdome – região
periumbilical, região das coxas, superior do dorso
o Importante realizar a rotatividade dos locais de aplicação.
o Agulha: 13x4,5 ou 25x7
o Procedimento:
 Conferir a prescrição médica quanto a via, a dose,
medicação
 Lavar as mãos
 Preparar o material
 Explicar pro paciente o procedimento ou responsável
 Calcar as luvas de procedimento
 Expor as áreas de aplicação
 Realizar a antissepsia do local
 Realizar a prega no local da aplicação (para não atingir o
musculo).
 Soltar a prega e aspirar, verificando se não retorno de
sangue
 Injetar a medicação lentamente
 Não massagear o local
 Passar o algodão levemente sem friccionar
 Recolher o material, retirar as luvas, limpar a bandeja,
lavar as mãos e checar a medicação
o Técnica para IM
 Ângulo de 90 graus
 Bisel lateralizado
 Prega cutânea
 Quantidade máxima
 Dorso glútea: até 4ml
 Ventro glútea: 4ml
 Deltoide: até 2ml
 Vasto lateral da coxa: até 3ml
 Agulha
 Dorso glútea:25x7, 25x8
 Ventro glútea: 27x7, 25x8
 Deltoide: 25x7; 25x8
 Vasto lateral da coxa: 25x7, 25x8
 Seringa
 Dorso glútea: 3ml, 5ml. Quadrante superior
externo. (para não atingir o nervo ciático)
 Ventro glútea: 3ml, 5ml. aplicação na área do
quadril. Utilizar a mão esquerda para perna direita
do paciente. Colocar a palma da mão em cima do
trocanter do paciente, o dedo indicador vai na
espinha ilíaca antero superior do paciente, e o
dedo médio abre e faz um ângulo, entre a
angulação faz a aplicação da seringa.
 Vasto lateral da coxa: 3ml, 5ml (parte externa da
coxa)
 Deltoide: 3ml

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