Reciclagem e Degradação de Polimeros
Reciclagem e Degradação de Polimeros
Reciclagem e Degradação de Polimeros
SLIDE 4: Dentre os diversos tipos de RSU se encontra os materiais poliméricos, que estão
sendo utilizados cada vez mais pela sociedade devido ao seu baixo custo,
desenvolvimento contínuo e funcionalidade. Uma das propriedades dos polímeros que
mais se destaca é sua alta durabilidade, uma vez que, formados por hidrocarbonetos são
muito resistentes ao ataque químico e biológico, essa propriedade é na maioria das
vezes uma grande vantagem, porém se torna uma desvantagem de grande peso quando
o assunto é descarte e tratamento de resíduos. Na classificação quanto ao
comportamento térmico os polímeros se dividem em termofixos e termoplásticos, sendo
que os polímeros termoplásticos amolecem quando aquecidos e endurecem ao esfriar,
podendo ser moldado diversas vezes. Já no caso dos termofixos, uma vez moldados, nõa
amolecem por possuírem ligações cruzadas que impedem o fluxo das cadeias
poliméricas.
SLIDE 9: O principal polímero reciclado no Brasil são as garrafas PET (poli (tereftalato de
etileno), sua estrutura química é representada na Figura 1. Esse é um polímero que pode
ser obtido com alto peso molecular. A substituição de garrafas de vidro por esse material
trouxe diversas vantagens, algumas delas são: estabilidade dimensional, fácil
conformação, baixo custo, fácil processamento, peso reduzido, alta resistência ao
impacto e pressão, e por fim, é 100% reciclável.
SLIDE 12: A degradação biológica, também conhecida como degradação biótica, consiste
no polímero e um microorganismo inseridos no mesmo sistema reacional. O
microorganismo identifica a molécula que se encontra no meio e excreta enzimas
específicas que podem tornar possível a interiorização dessa molécula, que funciona
como fonte de carbono agindo no crescimento microorganismo. Esse processo é lento e
pode levar de 5 dias até 120 dias para variação significativa na massa molar da
macromolécula, o tempo se diferencia de acordo com o microorganismo, porém, uma
das vantagens dessa metodologia é que todo o processo pode ser feito em condições
brandas de temperatura e pH.
SLIDE 13: discutir tabela
SLIDE 14: Os plásticos ambientalmente degradáveis (PADs) são definidos como grupo de
materiais poliméricos, naturais ou sintéticos, que sofrem alterações químicas, sob a
influência de fatores ambientais, sendo que essas alterações são provocadas por ação
microbiana que promove a quebra de compostos orgânicos e produz dióxido de carbono
e água. De forma independente da matéria prima, que pode ser renovável ou não,
algumas características são importantes para definir um polímero como PAD, essas
características são: degradação e/ou biodegradação rápida, produtos de degradação
bioassimiláveis (produção de CO2 e água por vias biológicas), fácil processamento, alta
versatilidade, desempenho aceitável, preço aceitável para uso desejado. A degradação
completa de PADs consiste em duas etapas: fragmentação, onde o polímero é quebrado
em partículas pequenas e desaparece visualmente; e mineralização, que é a etapa em
que os fragmentos são ingeridos por microorganismos produzindo dióxido de carbono e
água. A degradação envolve vários fatores ambientais que podem agir de maneira
isolada ou simultaneamente, dessa forma existem diversas classificações de degradação,
dentre elas estão: foto-degradação (por luz), termo-degradação (por temperatura),
biodegradação (por microorganismos), hidrólise (presença de água) e degradação
oxidativa (presença de oxigênio). As principais aplicações de PADs estão relacionadas a
área de embalagens, com o objetivo de minimizar a produção de lixo; e a área médica,
onde são utilizados para liberação controlada de medicamentos, implantes re-
absorvíveis e engenharia de tecidos.
SLIDE 15: os polímeros biodegradáveis (PB), que são degradados por meio da ação
enzimática, esses polímeros podem ser provenientes de fontes naturais renováveis,
como milho, celulose, batata, cana-de-açúcar, podem ser sintetizados e até mesmo
serem derivados de animais ou provenientes de fontes fósseis. O que favorece a
biodegradação é a estrutura química do polímero, em geral, a maioria dos PB
apresentam em sua cadeia ligações hidrolisáveis, como ésteres e uréias, tornando-os
susceptíveis a biodegradação por micro-organismos ou hidrólise enzimática. A Figura 1
representa a estrutura de um polímero biodegradável. Algumas características são
importantes para que os polímeros façam parte dessa classe, primeiramente eles devem
ser estáveis o suficiente para sua finalidade de aplicação, porém, ao serem descartados
devem ser facilmente quebrados. Outra característica em comum entre os PB são as
ramificações de cadeia mínima e costumam conter ligações éster, amida ou éter.
SLIDE 18: Outra opção de mecanismo para degradação da celulose é a hidrólise ácida,
que se inicia com a protonação do oxigênio glicosídico, em seguida a ligação C1-O é
quebrada. O carbocátion gerado se estabiliza pela deslocalização do par de elétrons
existente no oxigênio do anel glicosídico, que é adjacente a C1. Em seguida ocorre o
ataque nucleofílico da água no C1 causando a regeneração do ácido e assim se encerra
a etapa de despolimerização, no caso do processo ocorrer no interior da cadeia da
celulose gerando novos terminais, no caso da hidrólise ocorrer diretamente nos
terminais, o produto final será moléculas de glicose(Figura 4). Essa hidrólise é feita em
baixas temperaturas e apresenta bons rendimentos, porém o uso de grandes
quantidades de ácido necessita de uma recuperação eficiente tornando o processo de
grande demanda energética e caro.