Materiais Plasticos

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Tecnologia de materiais

Materiais plsticos

Definies bsicas Elasticidade Quando submetida a uma carga ou fora, uma pea deforma-se e, quando cessada a carga ou fora que sobre ela atua, deve voltar a sua forma ou posio original. Plasticidade Quando submetida a uma carga ou fora, uma pea deforma-se permanente e definitivamente, no ocorrendo o fenmeno do retorno como na elasticidade. Isso ocorre quando essa fora aplicada superior ao limite elstico do material.

Combinao qumica orgnica uma combinao entre carbono, hidrognio, oxignio, nitrognio e outros compostos, os quais tambm existem nos organismos vivos. Monmero a menor unidade molecular do plstico, constitui sua partcula elementar. Polmero a combinao de monmeros por um processo chamado polimerizao, formando uma cadeia. Molcula a combinao qumica de dois ou mais tomos. Pode ser separada (decomposta) em tomos atravs de processos qumicos. Macromolculas Consistem em milhares de molculas formando grandes fios (macro = grande).
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O que so plsticos? Plsticos so materiais orgnicos, obtidos atravs do craqueamento do petrleo, da hulha e do gs natural liquefeito, ao contrrio de materiais naturais, como madeira e metal.

Plsticos e suas matrias primas Materiais plsticos so tipos de um vasto grupo de materiais, construdos basicamente, ou em sua maior parte, da combinao entre o carbono e hidrognio, oxignio, nitrognio e outros compostos orgnicos e inorgnicos de origem direta ou indireta do petrleo. Os plsticos apresentam-se no estado slido e lquido pastoso, quando so aplicados sobre eles temperatura e presso. A matria-prima utilizada para a fabricao dos plsticos pode ser largamente combinada, resultando novos polmeros que tero propriedades individuais. Alguns plsticos so semelhantes borracha, enquanto que algumas borrachas, tratadas quimicamente, so consideradas plsticas. Outros plsticos so obtidos a partir de substncias naturais, como o caso da celulose e da casena (protena extrada do leite). Os materiais plsticos no so materiais vulgares, mas, sim, materiais nobres, capazes de substituir muitos outros materiais. O amplo uso dos plsticos, na era moderna, pode

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ser atribudo, em grande parte, s combinaes de propriedades e vantagens somente oferecidas por essa classe de substncias. O plstico se transforma em qualquer tipo de produto, por ser moldvel, verstil, leve, e barato quando comparado madeira, ao alumnio, ao cobre e ao ao. Ele pode transformar-se em todo tipo de produto, assumindo as mais diversas formas, desde os mais comuns do dia-a-dia aos projetos mais sofisticados, como os plsticos resistentes temperatura e altamente impermeveis corroso (termofixos em geral), criados para resistir temperatura das naves espaciais. Os plsticos podem ser transformados em fios, moldados ou laminados, usinados, flexveis ou rgidos, transparentes ou opacos, incolores ou pigmentados (coloridos), pintados ou metalizados. Demanda no mercado A partir da Segunda Guerra Mundial (1939), aumentou a demanda de plsticos de todos os tipos. Alm dos vrios tipos de plsticos j existentes, plsticos completamente novos foram introduzidos no mercado.

Os anos de guerra tiveram enorme influncia no crescimento rpido das indstrias de plsticos j estabelecidas e deram impulso a muitas outras indstrias. O consumo de plstico no Brasil triplicou no perodo de 1964/70, passando de 84 mil para 252 mil toneladas, chegando a 865 mil toneladas em 1975. A produo mundial tem duplicado a cada cinco anos, sendo que trs categorias representam cerca de 60% do consumo total: o cloreto de polivinila (PVC), o polietileno (em alta ou baixa densidade) e o poliestireno. O poliestireno e o PVC tm uso no mercado de embalagens (sacos plsticos, tampas, garrafas), no capeamento de fios e cabos, no revestimento de canais de irrigao, etc. O PVC e o poliestireno estenderam seu uso ao mercado de mveis (capas, forros, acolchoamentos, cadeiras pr-moldadas) e s o poliestireno, ao mercado de eletrodomsticos.

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As fibras sintticas, plsticos especiais, tm seu consumo voltado para a fabricao de peas de vesturio (tergal, nycron, dracon, orlon), usos domsticos (tapetes) e industriais (cordas e cordonis para pneus). Tambm chamadas de elastmeros, as borrachas sintticas atendem a 70% das necessidades mundiais, no Brasil, sua utilizao chega a ser de 80% do total de borracha consumida. Isso por apresentar vantagens sobre a natural, como maior resistncia abraso e ao calor, mais uniformidade no processamento, fluidez na moldagem e diversidade de tipos. O negro de fumo, por exemplo, insubstituvel na fabricao de certos tipos de borrachas, plsticos e tintas, sendo 90% de sua produo mundial aplicada indstria de borracha, no setor de pneumticos.

Propriedades comuns de todos os plsticos Todos os plsticos consistem em macromolculas que possuem como principal elemento qumico o carbono (C); por isso, chamam-se tambm combinaes orgnicas.

De um modo geral os plsticos apresentam as seguintes vantagens: Pouco peso (Y = 0,9 2,2g/cm3); Alta resistncia corroso; Baixo coeficiente de atrito; Baixa condutividade trmica e eltrica; Boa aparncia; Facilidade de trabalho; Boa resistncia aos lcalis, s solues salinas e cidas.

Entre as desvantagens podemos enumerar: Baixa resistncia ao calor; Baixa resistncia mecnica ( = 15 100N/mm2); Pouca estabilidade dimensional deformam-se facilmente com qualquer variao de temperatura; Alto coeficiente de dilatao (15 vezes maior que o do ao C);

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No resistem aos cidos concentrados, aos solventes orgnicos e aos hidrocarbonetos.

A obteno dos plsticos Os produtos bsicos dos materiais plsticos so as resinas sintticas, obtidas atravs de reaes qumicas. Polimerizao So reaes qumicas que ocorrem entre molculas iguais (monmeros) quimicamente no saturadas, que se unem (por rompimento das duas ligaes) em longas cadeias, formando macromolculas (polmeros).

Polimerizao Essas reaes no alteram a composio qumica molecular, portanto, so reversveis. Policondensao So reaes qumicas que ocorrem entre molculas iguais ou diferentes (contendo grupos funcionais caractersticos) que, ao reagirem entre si, originam molculas mais complexas, com eliminao de gua, lcool ou outro composto simples. Essas reaes alteram a composio qumica molecular, portanto, so irreversveis.

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Reao de policondensao (elimina gua) Poliadio uma reao que ocorre entre molculas de iguais ou diferentes caractersticas funcionais, sem eliminao de nenhum outro elemento.

Poliadio

Um tomo da primeira molcula une-se segunda molcula. Classificao dos plsticos

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Termoplsticos So resinas que amolecem com o calor (superior a 800C) e endurecem com o frio. As macromolculas formam fios (linhas) (figura seguintes) e so ligadas somente pelas foras de coeso e adeso, chamadas de foras de Van der Waals no existindo, portanto, na polimerizao uma reao qumica. Durante o aquecimento essas foras diminuem e as macromolculas tornam-se mveis. O plstico ento amolece e pode ser transformado vrias vezes. Os termoplsticos tambm podem ser soldados.

Estruturas dos termoplsticos Nas tabelas Propriedades e aplicaes dos termoplsticos mais comuns, Caractersticas fsicas e de transformao dos termoplsticos mais comuns e Comportamento qumico de alguns termoplsticos quando em contato com agentes agressivos, apresentamos as propriedades, aplicaes e caractersticas fsicas e qumicas dos termoplsticos mais comuns.

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Duroplsticos (termofixos) So resinas obtidas por policondensao ou poliadio e portanto uma reao irreversvel. As macromolculas so ligadas quimicamente, atravs de cadeias laterais formando assim uma estrutura tridimensional difcil de romper (figura ao lado). Os duroplsticos no so transformveis aps a primeira formao. Tambm no podem ser soldados.

Estrutura dos duroplsticos O material bruto pode ter a forma lquida ou slida e moldado por meio de presso e calor que so necessrios para ocorrer a reao de policondensao ou poliadio. Essas resinas, usualmente, so misturadas com farinha de soja, serragem ou p de rocha, por motivos econmicos, e com fibras, tecidos, papel e celulose para melhorar as caractersticas mecnicas. As resinas termofixas mais usadas so: Fenlica Urica Melamnica Epxi Polister

Nas tabelas Propriedades e aplicaes dos termofixos mais comuns e Caractersticas fsicas e de transformao dos duroplsticos mais comuns apresentamos as propriedades, aplicaes e caractersticas fsicas desses duroplsticos.

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Elsticos So plsticos cujas macromolculas possuem poucas pontes de redes.

Estrutura dos elsticos O elemento de formao das pontes o enxofre, que tambm responsvel pelo fenmeno da recuperao elstica do material (vulcanizao). Esto neste grupo a borracha natural, a borracha sinttica e a borracha de silicone. Veja na tabela Propriedades e aplicaes de elsticos mais comuns as propriedades e aplicaes desses materiais.

Silicone Os silicones diferenciam-se dos demais plsticos em razo da matria-prima de que so constitudos. Enquanto todos os outros plsticos so constitudos de cadeias de tomos de carbono, os silicones so constitudos de cadeias de tomos de silcio. Os silicones so menos ativos quimicamente do que os compostos de carbono e so mais resistentes ao calor. So usados como a borracha (veja a tabela Propriedades e aplicaes de elsticos mais comuns, vernizes, graxas e leos que devem resistir a alta temperatura. So encontrados em produtos tais como ceras para polimento, tinta, cosmticos, agentes antiespuma e fluidos dieltricos.

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Propriedades e aplicaes dos termoplsticos mais comuns


Smbolo DIN Propriedades Aplicaes

Cloreto de polivinila Nomes comerciais: Troriplas Vestolit Hostalit Geom. PVC Rgido PVC Flexvel Muito elstico, no indicado para embalagens de produtos alimentcios. Mangueiras, frisos, guarnies, revestimento de fios e cabos eltricos, botas, solas de sapato. Polietileno Nomes comerciais: Hostalen Vestolen Polietileno-U Carbide PEHD (alta densidade) Elevada rigidez boa dureza superficial, dieltrico, resistente ebulio. Garrafas, recipientes e vasilhas para uso domstico, revestimento de fios, condutes, brinquedos. PELD (baixa densidade) Alta flexibilidade boa resistncia, baixa dureza superficial. Frascos flexveis, saquinhos, embalagens, flores artificiais. Polipropileno Nomes comerciais: Hostalen Vestolen P PP Elevada estabilidade de forma ao calor resistente a choques boa dureza superficial esterilizvel a 120 C quebradio a 0 C. Poliestireno Nomes comerciais: Polystirol Vestyron OS Grande rigidez e exatido de medidas, resistente a choques. Peas para eletricidade e telecomunicaes, brinquedos, pratos, xcaras, garrafas, caixas para telefone, rdio e TV. Policarbonato Nomes comerciais: Makrolon Lexan PC Transparente como vidro, alta resistncia, estabilidade dimensional at 140 C, antitxico, inaltervel ao tempo.
0 0 0

Boa resistncia, tenacidade e dureza, dieltrico.

Tubos, placas, juntas, discos.

Peas de automveis, vasilhas, capacetes, brinquedos.

Peas para computadores, interruptores automticos, fotografias: filmes, cmaras, carretis; copos para filtros, semforos, faroletes traseiros para carros, capacetes, jarras para gua, mamadeiras.

Poliamida Nomes comerciais: Ultramid Durethan Nylon PA Grande capacidade para suportar cargas dinmicas dureza e rigidez elevada resistncia aos choques amortecedor de choques, rudos e vibraes resistente abraso e ao desgaste boas propriedades de deslizamento. Carcaas de aparelhos eltricos, engrenagens, buchas, ps para ventiladores, rotores de bombas parafusos e porcas revestimento de cabos e fios, cordas, embalagens para produtos alimentcios. Acrilonitrilo-Butadieno-Estireno Nomes comerciais: Novodur Lustran Vestodur ABS Duro resistente a choques amortece vibraes acsticas antitxico permite a produo de produtos repuxados a frio a partir de chapas. Utenslios domsticos: batedeiras, geladeiras; indstria automobilstica, grades, indstria radiofnica e fotogrfica: caixas para rdio e TV, filmes; caixas e teclados para mquina de escrever e de calcular, brinquedos.

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Caractersticas fsicas e de transformao dos termoplsticos mais comuns


Contrao Nome Abreviatura Densidade Resistncia a g/cm
3

Temperatura de transformao
0

Temperatura mxima no servio


0

de moldagem % 0,1 0,2 0,2 2,0 2,0 4,0 1,5 3,0 1,5 3,0 0,4 0,6 0,4 0,8 1,0 2,5

trao N/m 30...50 10...14 25 10 30...40 50...75 65 60...80

Cloreto de polivinila rgido Cloreto de polivinila flexvel Polietileno alta densidade Polietileno baixa densidade Polipropileno Poliestireno Policarbonato Poliamida (nylon) AcrilonitriloButadieno Estireno

PVC PVC PEHD PELD PP OS PC PA

1,45 1,20 0,96 0,92 0,91 1,05 1,20 1,15

175 200 175 200 185 220 150 175 200 220 180 210 240 290 180 290

65 65 120 90 140 80 140 100

ABS

1,05

180 - 250

0,3 0,8

90

Comportamento qumico de alguns termoplsticos quando em contato com agentes agressivos


PVL concentrado cidos fraco concentrado lcalis fraco lcoois leos minerais graxas benzina esteres ter cetona hidrocarbonetos clorados benzol carburante PE PP I E I E C C I C C C I I I PS PC I E I E E E E I I I I PA ABS I E

I I E E E E E E I E E E

E E E E I I I I I I

E E C I C C C I I I

E E E I I I I I I I

E E I I I I

E Estvel I Instvel C Condicionamento Estvel


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Propriedades e aplicaes dos termofixos mais comuns


Nome Comercial Propriedades Aplicaes

Resina fenlica fenol formaldedo (PF) Baquelita Reriform Eshalit Trolitan Isolante eltrico resistncia presso de 12 a 15kg/mm e resistncia trao de 2,5kg/mm .
2 2

Plugs, tomadas eltricas, rdios, TV, caixas para motores pequenos, aspiradores, baterias.

Pertinax Repelit Trolitax Impregnada em papel So resistentes umidade e se incham muito pouco quando em contato com graxa ou leo.

Corpos para bobinas, pranchas e peas de isolamento eltrico, tabuleiro de instrumentos.

Ferroell Lenax Durcoton Novatext Resitex Celeron Resina urica Uria formaldedo (UF) Beetle Plaskon Baquelite Impregnada em tecido So bastante resistente flexo e tm boa tenacidade.

Engrenagens, buchas, aletas de mquinas pneumticas, martelos.

inodora e transparente. Permitindo colorir-se Aparelhos eltricos, peas para com cores claras, como o branco, etc. lmpadas, coberturas, cola, pranchas isolantes contra o calor e o rudo.

Resina melamnica Melamina formaldedo (MF) Melmac Melurac Resina epxi (EP) Araldite Epirole Epoxim Metallon Existem variedades desta resina lquida e Isolao em interruptores, Caractersticas semelhantes resina urica resiste bem a gua, calor e cidos orgnicos. As mesmas da resina urica.

slida, transparentes, incolores e pastosas. Os condensadores, conectores e epxis so inodoros e sdicos. No estado lquido so venenosos, os vapores irritam a pele, mas endurecidos tornam-se atxicos. Resistem aos cidos e a lixvia. aparelhos eltricos em geral, adesivos para metais, verniz ao fogo. Misturada com quartzo, talco, grafite, obtemos resina para fabricao de moldes de fundio, etc.

Resina do polister Polister insaturado (UP) Thermaflow Mylar Kriston incolor e transparente, mas pode-se obter qualquer cor por meio de corantes. Endurece sob presso. Peas de rdio e TV, vidraas de avio, carrocerias de carro.

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Caractersticas fsicas e de transformao dos duroplsticos mais comuns


Temperatura de Densidade Nome Abreviatura g/cm Fenol Formaldedo (baquelita) Uria Formaldedo (uria) Melamina Formaldedo (melamina) Polister (com fibra de vidro) Epxi E.P 1,2 150 1,6 2,1 120 180 120 M.F 1,40 1,55 135 188 100 U.F 1,45 1,55 135 188 135 F.F
3

Temperatura mxima no servio


0

transformao
0

1,25 1,37

149 177

160

Propriedades e aplicaes de elsticos mais comuns


Nome Propriedades Aplicaes Pneus, guarnies, mangueiras.

Borracha natural Proveniente da seiva da seringueira (ltex), ela aquecida com enxofre (vulcanizao) para tornar-se mais consistente mantendo a elasticidade. No resiste bem a muitos leos e solventes. Butadieno estireno (SBR) Propriedades semelhantes da borracha natural. Facilidade de produo. Um pouco inferior borracha natural em resistncia trao e resistncia ao desgaste. Polmeros de clorobutadieno (cloropreno) (neopreno) Borracha de silicone Suporta temperaturas de trabalho at 150 C. Permanece elstica at 70 C. Alta resistncia a leos e produtos qumicos. O vapor reaquecido destri a borracha de silicone.
0 0

Comumente combinada com a borracha natural e usada nos mesmos produtos. Mangueiras e guarnies para leo, particularmente para temperaturas altas. Pneus para servio pesado. Mangueiras, guarnies, isolantes para fios, etc., que devem resistir a temperaturas extremas.

Alta resistncia ao calor, luz, leos e a produtos qumicos, boa resistncia eltrica. No processado como a borracha natural.

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Materiais obtidos quimicamente de produtos naturais Celulose sinttica Fibra vulcanizada, celulide, celona e celofane.

Fibra vulcanizada Massa especfica 1,1 a 1,4kg/dm3. De cor natural cinzenta, adquirindo comumente as cores marrom, roxa ou preta. Emprego: guarnies, cabos para ferramentas, sapatas para freios. Celulide Massa especfica 1,38kg/dm3 (inflamvel). Emprego: placas de proteo, filmes, armao de culos. Celona Massa especfica 1,4kg/dm3 (no facilmente inflamvel mas pega fogo). incolor e transparente mas com o tempo fica amarelada. Emprego: pra-brisas, resinas, armao de culos, capa intermediria para vidros de proteo. Celofane Papel transparente impermevel. Chifre sinttico Massa especfica 1,3kg/dm3. Esse material fabricado de casena (leite desnatado). Pode ser tingido em todas as cores, inspido e inodoro. Quando se queima, cheira a leite queimado. fcil de ser usinado e se deixa polir, a 700C fcil de dobrar ou estampar. Emprego: substitui o chifre e o marfim na fabricao de regetas, rguas de clculo, cabos para facas e pentes.

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conhecido no mercado como Galalit, Berolit, Esbirith.

Usinagem de plsticos Devido baixa condutividade trmica dos plsticos, o calor gerado pelo atrito entre a ferramenta e a pea durante a usinagem no se dispersa, provocando, ento, uma combusto nos duroplsticos. J os termoplsticos amolecem e ficam pastosos, o que dificulta o corte. Portanto, durante a usinagem muito importante que se faa um bom resfriamento com ar comprimido. Os duroplsticos produzem cavacos curtos e quebradios, j os termoplsticos produzem cavacos longos e contnuos. As ferramentas a serem utilizadas: Metal duro tipo K10 ou Ao rpido

Deve-se normalmente utilizar alta velocidade de corte e pouco avano. Caractersticas das ferramentas para usinagem de plsticos
Material Duroplsticos com material de enchimento orgnico Duroplsticos com material de enchimento inorgnico PVC Ferramenta Processo MD Tornear Furar Serrar Fresar Tornear Furar Serrar Fresar Tornear Furar Serrar Fresar Tornear Furar Serrar Fresar Tornear Furar Serrar Fresar ngulo de ngulo de folga sada 0 0 ( ) ( ) 8 12 25 68 6 10 10 15 3 10 20 20 25 58 0 12 68 06 10 15 3 15 8 10 30 40 25 30 8 10 8 15 30 40 25 30 5 10 38 30 40 25 - 30
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Avano mm/rot 0,1 0,3 0,1 manual 0,1 0,3 0,1 0,3 0,1 manual 0,1 0,2 0,1 0,5 0,1 0,5 0,3 0,1 0,3 0,1 0,3 manual 0,1 0,2 0,4 0,1 0,4 manual 0,2 0,5

MD

Velocidade de corte m/min 200 250 60 80 2500 3000 200 500 at 40 20 40 at 1000 200 500 150 3000 at 1000 200 500 at 100 at 2000 at 1000 500 600 20 50 at 2000 at 1000

Ao Rp.

Poliamida (Nylon)

Ao Rp.

Acrlico

Ao Rp.

0 35 08 0 25 40 50 35 58 25 05 35 08 0 25

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Processos de transformao Injeo Na moldagem de materiais termoplsticos aquece-se o material at um estado de fluidez e, em seguida, por meio de presso, lhe dada a forma de um molde.

Molde para plstico Finalmente, esfria-se a pea antes de extra-la do molde. Processo de moldagem por injeo Na moldagem por injeo, a mquina injetora alimentada com material granulado ou em p. Se necessrio deve ser preaquecido em um cilindro adequado, onde o material se plastifica o suficiente para que possa ser injetado sob presso em um molde frio e fechado, desse molde pode-se extrair a pea moldada aps o seu resfriamento.

Mquina de moldagem por injeo


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Extruso A extruso um processo extremamente verstil e entre os artigos fabricados por esse processo incluem-se tubos, mangueiras, filmes, folhas, chapas, cabos eltricos, etc.

Extruso de filmes

Revestimento por extruso A seqncia bsica de processamento de um termoplstico em mquinas de extruso a que segue: a) Fluidificao de matria-prima, em geral em forma granular. b) Vazo controlada do produto fluidificado atravs de uma matriz que o molda na forma desejada. c) Solidificao do produto. d) Enrolamento ou corte final.
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As fases a e b so realizadas realmente na mquina de extruso, enquanto que as fases c e d podem ser chamadas de acabamento e se realizam em equipamentos auxiliares. A mquina de extruso em si constituda de um parafuso de Arquimedes, que gira dentro de um cilindro aquecido, em relao ao qual mantm uma folga muito pequena. Termoformao Na termoformao, uma chapa de plstico amolecida pelo calor recebe uma determinada forma, seja dentro de um molde, seja ao seu redor.

A termoformao pode ser dividida em trs tipos principais: Formao a vcuo Em sua formao mais simples, o mtodo consiste em fixar a folha num quadro ligado caixa de molde.

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A chapa aquecida at ficar com a consistncia de borracha e, por meio de vcuo, estirada por sobre o molde.

A presso atmosfrica, que existe acima da folha, fora-a contra o molde enquanto resfriada suficientemente para poder manter a sua forma definitiva.

Formao a vcuo (esquema) Formao sob presso ou por presso o mesmo caso anterior, com a diferena que se aplica folha aquecida uma presso positiva de maior ou menor intensidade. Sopro
3

Aplicado na produo de garrafas. Introduz-se um tubo pr-formado em estado plstico na matriz e injeta-se ar (sopra-se). A figura ao lado mostra a seqncia de formao da pea.

Sopro (esquema)
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Calandragem o processo pelo qual se fabrica uma chapa contnua passando o material amolecido pelo calor entre dois ou mais cilindros. As calandras foram originalmente projetadas para o processamento de borracha, porm, atualmente so utilizadas tambm para a produo de lmina dos termoplsticos, especialmente de PVC flexvel e para a preparao de revestimentos sobre papel, tecidos, etc.

Calandragem (esquema) Moldagem por compresso Usa-se principalmente na fabricao de produtos, basicamente de plsticos termofixos, embora possa ser tambm facilmente aplicada aos trabalhos com termoplsticos.

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Moldagem por transferncia um processo em peas que possuem muitos detalhes. O processo consiste no carregamento de uma certa quantidade de p de moldagem em uma cmara aquecida, fora do molde, onde atinge um estado suficientemente plstico que permite sua passagem (sob presso) atravs de uma abertura adequada, para dentro de um molde, fechado desde o incio.

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