2ma Síndrome+de+west
2ma Síndrome+de+west
2ma Síndrome+de+west
Objetivo
Descrever o papel do fisioterapeuta no tratamento das disfunções físico-funcionais
advindas da Síndrome de West.
Metodologia
Revisão bibliográfica realizada nas ferramentas de busca plataforma Scientific
Electronic Library Online (Scielo) e website Google Acadêmico. Foram utilizados como base
para a revisão 13 obras. Foram utilizados três tipos de descritores nas pesquisas, a saber: a)
Síndrome de West; b) Fisioterapia respiratória, c) Disfunções. O descritor “a” retornou 24.800
resultados; o descritor “b” retornou 34.600 resultados e o “c” retornou 45.300. A pesquisa teve
como critérios de inclusão referências encontradas através da associação dos descritores
selecionados, que estivessem disponibilizadas na íntegra, em língua portuguesa e
abordassem sobre o tema proposto. Já os critérios de exclusão consistiam em referências
que estivessem incompletas, em língua estrangeira e que não abordassem o tema do estudo.
Resultados e Discussões
Em relação a etiologia dessa doença pode ser dividida em três grupos, a saber,
Sintomáticos: são aqueles em que a causa é definida, sendo uma delas a hipóxia neonatal
com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor; Criptogênica: são aquelas com fortes
suspeitas de causa orgânica identificados com anormalidades no exame neurológico, sem ter
uma causa específica, onde a criança apresenta-se normal até o início dos espasmos; e
Idiopática: são os casos que não se define como uma doença de base podendo às vezes ter
o desenvolvimento neuropsicomotor normal. Já etiologia dos espasmos infantis está
associada a diversos fatores, dentre eles: teratogênicos, perinatais, genéticos, fatores
adquiridos e pós-natais. Diversas teorias com o passar dos anos vêm sendo estudadas,
incluindo a autoimune, a disfunção cerebral e a microdisplasia cortical (2;8).
Conforme a evolução típica da doença, os abalos são do tipo breves, seguidos de uma
fase tônica e, logo em seguidos de uma atonia generalizada, sendo que os ataques epiléticos
duram cerca de um minuto, e com espasmos do tipo flexão-extensão. Um dado importante é
que de uma maneira geral cada paciente costuma apresentar um período bastante preciso do
dia em que os espasmos ocorrem com uma maior frequência, sendo que em alguns deles
(9;10)
costuma-se ser no período pré-sono, e em outros é comum ocorrer ao despertar .
Em conjunto com os espasmos, costuma-se observar na maioria dos casos alterações
do exame neurológico, sendo que o mais frequente é a hipotonia. Em alguns casos a mesma
é tão intensa que faz com que a criança perca toda a sua movimentação espontânea, no
mesmo tempo em que se instala uma deficiência mental caracterizada por perturbação com
o meio ambiente (10).
Pelo fato de a criança apresentar características como hipotonia, falta de controle de
tronco e cabeça, encurtamento dos membros superiores e inferiores, faz com que a
fisioterapia seja um tratamento necessário para toda a vida desses pacientes. Apesar de não
ter cura, a fisioterapia irá atuar para minimizar e/ou retardar a instalação do quadro clínico
característico da síndrome (11).
Em função disto, o tratamento fisioterapêutico tem como principal objetivo melhorar o
equilíbrio de tronco, da cabeça e a normalização do tônus muscular que se encontra alterado.
Desta forma, o tratamento de fisioterapia realizado nessa síndrome é o mesmo realizado em
pacientes portadores de paralisia cerebral (11).
O fisioterapeuta irá realizar adaptações no tratamento conforme o crescimento da
criança e as necessidades que o portador dessa síndrome apresentar. A respeito das técnicas
fisioterapêuticas que são realizadas com mais frequência nesses pacientes, são:
alongamento, mobilização articular, método de bobath, equoterapia e hidroterapia. (4;12).
Outro objetivo da fisioterapia na síndrome de West é tentar reduzir as sequelas adquiridas
pelos pacientes. No caso das complicações respiratórias, deve-se realizar a fisioterapia
respiratória para a minimização das possíveis complicações, e como medida profilática é
essencial realizar mobilizações passivas e alongamentos, e também decorrente do fato da
hipotonia ser uma característica bem marcante é necessário realizar o fortalecimento dos
músculos acometidos (13).
Conclusão
Referências
2. Moraes MH, Montenegro MA, Franzon RC, Ávila JQ, Guerreiro MM. Avaliação da eficácia
e tolerabilidade da vigabatrina na Síndrome de West. Arquivos de Neuropsiquiatria Scielo
Brasil. São Paulo, v.63, n.2, p.659-662, jun. 2005.
4. Sanvito WL. Síndrome Neurológica. 3ª edição. São Paulo: Ed. Atheneu, 2008.
5. Diament A, Cypel S. Neurologia Infantil. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 2005. p.1813.
7. Filho AL, et al. Avaliação dos achados ao exame dos potenciais evocados do tronco
cerebral em indivíduos com síndrome de West. Rev Bras Otorrinolaringol, v. 70, n. 1, p.
90-3, 2004.
8. Rotta NT, Silva ARD, Ohlweiler LR, Riesgo R. Vigabatrina no tratamento da epilepsia de
dificil controle em pacientes com Sindrome de West e esclerose tuberosa. Arch
Neuropsiquiatr, v. 61, n. 4, p. 988-90, 2003.
11. Morandi IK, Silveira DP. 15º Congresso de iniciação cientifica Síndrome de West. São
Paulo, 2007.
12. Fonseca LF, Oliveira AL. Espasmos Infantis: Experiências em treze casos. Arquivos de
neuropsiquiatria. São Paulo. v. 58. n.23, p. 512-517, jun. 2000.
13. Cambier J, Masson M, Dehen H. Neurologia. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara kogan,
2005.