PIC IV - Anne - Corrigido
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Cleiton Nogueira
EPILEPSIA EM CÃES
PROJETO INTERDISCIPLINAR DE CURSO – PIC IV
VARGINHA/MG
Outubro de 2020
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FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA DO SUL DE MINAS – FEPESMIG
Carlos Henrique
Cleiton Nogueira
EPILEPSIA EM CÃES
PROJETO INTERDISCIPLINAR DE CURSO – PIC IV
VARGINHA/MG
Outubro de 2020
RESUMO
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A epilepsia é proveniente de doenças neurais muito comum em cães, acompanhadas de
crises convulsivas assíduas. Cães afetados pela epilepsia estão sujeitos a ter crises como
manifestações dessas doenças neuronais, mas nem toda crise única é sinal de portar a
epilepsia. Existe uma complexidade para entender as causas dessa fisiopatologia, embora
haja muitos estudos para a compreensão da mesma existem casos em que não há uma
explicação. O diagnóstico possui bases a partir da história clínica do animal, exames neurais
e exames específicos. Os sinais clínicos mais frequentes são o automatismo facial,
automatismo lingual, alterações motoras e de consciência. O tratamento com foco em
medicação antiepilética tem em vista o aumento do prelúdio epilético e assim reconstituir a
homeostasia entre a excitação e inibição neurais. A patologia pode ser dividida em três tipos
de acordo com suas características, frequência, intensidade e o que leva a ocorrer. Suas
divisões são: a epilepsia idiopática, a epilepsia sintomática e a epilepsia provavelmente
sintomática. A partir destes tipos, existem as fases em que a enfermidade possui, e estão
subdivididos em cinco categorias de acordo com os estágios de evolução da epilepsia e são
chamadas de pródomo, aura, ictal, pós icto, interictal. Esta pesquisa tem o objetivo através
de revisão literária apresentar a fisiopatologia, diagnóstico, sinais clínicos, tipos de epilepsia,
tratamento. Através da presente revisão, foi possível concluir que a epilepsia canina possui
inúmeras causas pouco compreendidas, poucas informações sobre os sinais clínicos por
raramente ocorrerem na presença do médico veterinário. É importante ressaltar, que mesmo
havendo um amplo estudo sobre a doença, ainda não existe nenhum fármaco que elimine
completamente a epilepsia dos cães, somente terapias antiepiléticas para a redução da
periodicidade e/ ou duração dessas crises. O médico veterinário deve ser sempre acionado
para o acompanhamento clínico a fim de aumentar a longevidade do animal portador da
patologia.
1. INTRODUÇÃO
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Segundo Chrisman et al. (2005) a epilepsia é uma afecção neurológica crônica
caracterizada por ataques convulsivos recorrentes. Ela é uma das doenças neurológicas
mais prevalentes na espécie canina, estimando-se cerca de 4% de afetados (O’BRIEN,
2002). Durante uma convulsão ocorre uma atividade elétrica excessiva ou hipersincrônica
anormal dos neurônios que se manifestam clinicamente através do comprometimento ou
perda de consciência, de fenômenos motores anormais, de distúrbios psíquicos,
sensoriais, ou de sinais nervosos autônomos como salivação, vômito, micção e
defecação, de acordo com Chrisman et al. (2005). Segundo Taylor (2010), as convulsões
são classificadas de acordo, com sua etiologia, em idiopáticas intracranianas ou
extracranianas, e de acordo com sua causa de base recebem tratamento específico. Seu
diagnóstico depende do histórico do animal, exames neurológicos, neurológicos, físicos e
complementares (BING, 2014). Segundo torres et al. (2011) Independentemente da
etiologia, deve-se estabelecer uma terapia antiepiléptica criteriosa de forma precoce, a
fim de se evitar recorrência e aumentar a probabilidade de sucesso terapêutico. Portanto,
o clínico deve realizar um trabalho investigativo lógico e metódico para obter sucesso o
diagnóstico definitivo no paciente com crises epilépticas recorrentes.
2. OBJETIVO GERAL
3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
4. JUSTIFICATIVA
5. REVISÃO DE LITERATURA
5.1. CONCEITOS
5.2. PATOGÊNESE
Segundo Platt (2004, p.432) Para compreender a fisiopatologia das crises epiléticas,
deve-se ter em mente que os neurônios possuem um limiar epilético, determinados
pela genética de cada animal e fatores ambientais. A manutenção dessa limiar obtém-
se pelo equilíbrio entre sinapses excitatórias, mediadas, principalmente pelo
glutamato e inibitórias medidas pelo ácido gama amino butírico (GABA). Alterações
no ambiente neuronal, especialmente, podem gerar atividades anômalas com
excitação excessiva ou inibição reduzida, resultando em crises epiléticas.
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Berendt, 2004, p. 167-173). Segundo Chandler, (2006, p. 207-2017), Berendt, (2004, p. 167-173),
As crises focais são as mais frequentes nos cães, e que a maioria das crises generalizadas são
secundárias a um início focal, o que pode passar desapercebidos .
Portanto, o levantamento de um histórico com utilização de questionário detalhados é
fundamental para se identificar precocemente as crises epiléticas e iniciar um controle terapêutico
adequado deste distúrbio.
5.4 FISIOPATOLOGIA
Segundo Haley e Platt (2012), estado epilético é definido como uma atividade
convulsiva contínua que dura entre 20 e 30 minutos ou mais, ou ainda quando entre
duas convulsões não há recuperação da consciência na fase pós ictus. Geralmente
o que leva os animais ao estado epilético é a falha de mecanismos que normalmente
cessam uma convulsão isolada, porém este estado também pode ocorrer devido
uma excitação neuronal excessiva. É sabido que muitos mecanismos estão
envolvidos na sua fisiopatologia, por isto é sempre importante considerar a causa
primária, que pode variar desde lesão primária no cérebro até disfunções
metabólicas, como discutem os autores supracitados e também Lorenz & Kornegay
(2006), que, ainda, afirmam que crises epilépticas podem ser geradas por fármacos,
alterações metabólicas ou elétricas. Em indivíduos com menor limiar convulsivo, os
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ataques epiléticos podem ser gerados por hipertermia, estimulação fótica,
hipoglicemia, hipocalcemia e hiperventilação.
5.5 DIAGNÓSTICO
Para Torres et al. (2012) muitos proprietários utilizam a palavra convulsão para expressar
uma variedade de distúrbios anormais que ocorrem com o seu animal, portanto, é
importante determinar, de fato, se o animal apresenta uma crise epiléptica ou outro tipo
de desordem mal interpretada pelo proprietário, como: síncope, fraquezas episódicas,
narcolepsia, cataplexia, desordens vestibulares e tremores de diversas origens. O
diagnóstico deve ser feito por descarte, como propõem o sistema DAMNITV que leva em
consideração a evolução da doença subjacente, a qual poderia gerar crises secundárias,
visto que os métodos de imagens avançadas ainda são limitadas em nossa rotina, como
destaca Torres (2011). Segundo Thomas, (2010, p.161-179) , A avaliação diagnóstica
deve ser criteriosa, para que se possa descartar diferentes etiologías . Segundo Engel
(2006), o conhecimento dos cincos estágios principais de uma crise epiléptica e sua
identificação é importante para facilitar o diagnóstico. Por este motivo, o exame
neurológico deve ser realizado no período interictal, uma vez que é comum que estes
animais apresentem nele algum déficit neurológico residual, após uma atividade
epiléptica, independentemente da causa das alterações neurológicas, sugerem
fortemente lesão estrutural no encéfalo, como apontam Delahunta & Glass (2009). Já
animais com crises epilépticas reativas, geralmente, desenvolvem sinais sistêmicos
relacionados a disfunções hepáticas, pancreáticas, renais ou cardiovasculares. Portanto,
exames complementares são fundamentais para auxiliar no diagnóstico de alterações que
contribuem para o aparecimento das crises epilépticas. Segundo Martins et al. (2012) O
hemograma identifica alterações que justifiquem crises epilépticas, principalmente, devido
às doenças infecciosas. o perfil bioquímico identifica alterações de enzimas e metabolitos
que podem precipitar crises epilépticas e monitorear o paciente em tratamento com
antiepilépticos. A avaliação liquor não apresenta alterações nas epilepsias idiopáticas,
mas, é o teste diagnóstico mais importante em pacientes suspeitos de possuírem
doenças inflamatórias do SNC. Em diagnóstico por imagem, radiografias são pouco
úteis. Tomografias computadorizadas identIfica “efeito massa” em neoplasias. Mais
específicas para tecido duro e pouco específico para tecido mole. A ressonância
magnética é o melhor método de diagnóstico por imagem, para alterações estruturais
encefálicas.
5.6 TRATAMENTO
O tratamento, a base de fármacos antiepiléticos (FAE), visa aumentar o limiar epiléptico
e assim restabelecer o equilíbrio entre excitação e inibição neuronais, como destaca
Chandler (2006). Segundo Dewey & Fletcher (2008) a maioria dos FAE apresenta ação
antiepiléptica, mas, com raras exceções, não apresenta ação anti epileptogênica, ou seja,
não é capaz de alterar a própria doença. Por isso, é de extrema importância definir as
causas dessas crises e estabelecer o correto tratamento para a causa primária,
associado ao tratamento antiepiléptico, como destaca Thomas (2010) O objetivo principal
da terapia antiepiléptica é reduzir a frequência, duração e/ou intensidade das crises
epilépticas. O sucesso do tratamento pode ser traduzido pela redução em pelo menos
50% na frequência ou intensidade das crises epilépticas com o mínimo de efeitos
colaterais.
Segundo Platt, (2004, p. 2004) Existem muitos fármacos antiepilépticos disponíveis para
tratamento de cães. A seleção deve ser baseada na sua farmacocinética e dinâmica,
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eficácia, e efeitos adversos. Porém, em Torres, et al. 2012, Apesar de existirem diversas
FAE para usos em humanos, com diferentes modos de ação, poucas elegíveis para o
tratamento em cães. Segundo Chandler, (2006, p. 207-217) Isso ocorre pelo curto tempo
de meia vida plasmática da maioria desses farmácos, para a espécie canina, o que
implicaria em diversas administrações por dia para manter a concentração terapêutica, e
assim elevaria custos e a toxicidade do fármaco.
5.6.2 Fenobarbital:
Acredita-se que o brometo seja identificado como cloreto pelo organismo. Assim, o
brometo passa pelos canais de cloro no encéfalo e provoca uma hiperpolarização dos
neurônios, tornando-se menos propensos a gerar ação. Em cães é seguro desde que não
seja administrado em doses muito altas. (Dewey, 2006, p. 1107-1127; Podell, 1998, p.
185-192). Segundo Podell (1993, p. 3318- 327), os efeitos colaterais relatados são
polidipsia, polifagia, sedação, ataxia, pancreatite e sinais gastrintestinais. Para Gaskill,
(2000, p. 555-558) pode causar irritação da mucosa gástrica, e, portanto vômito. Isto pode
ser evitado administrando-se a fármaco após ou junto com alimentação. Segundo Torres
et al. 2012, pode se utilizado como primeira opção de tratamento na dose de 40mg/kg/dia
ou como terapia adicional, na dose de 30mg/kg/dia. Sua meia vida é longa,
aproximadamente 15 a 20 dias, de modo que a estabilidade sérica será atingida em 100-
200 dias.
5.6.4 DIAZEPAM
Segundo Dewey, (2006, p. 1107- 1127) o diazepam não deve ser utilizado como terapia
antiepiléptica de manutenção em cães. Possui características farmacológicas como a
curta meia vida plasmática, portanto, diversas administrações são necessárias para
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manter a concentração sérica ideal. Além disso, ocorre desenvolvimento de tolerância
após uma a duas semanas de uso. Segundo Thomas, (2010, p. 161-179) o diazepam é
extremamente útil para cessar rapidamente as crises epilépticas, principalmente, quando
o animal se encontra em “status epilepticus”, pois tem a capacidade de penetrar
rapidamente a barreira hematoencefálica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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In: The Veterinary Journal, v. 172, n. 2, 2006.
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Guanabara Koogan, 2001.
HALEY, A.; PLATT, S. Status epilepticus. In: PLATT, S.; GAROSI, L. Small animal
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FISCHER, R.S.; et al. Epileptic Seizures and Epilepsy: Definitions proposed, by the
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