Hepatite B - Ivan

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Aluno: Ivan Silveira Urquia Junior Curso: Técnico de Enfermagem - UNESC

Hepatite B

INTRODUÇÃO

A hepatite B representa um sério desafio para a saúde pública. Estima-se que


aproximadamente 350 milhões de pessoas, ou 5% da população global, sejam
portadoras desse vírus. Acredita-se que a infecção se resolva de forma espontânea em
90% a 95% dos casos, enquanto que 5% a 10% dos indivíduos desenvolvem a forma
crônica; a infecção persistente pode levar a complicações como cirrose, falência
hepática e carcinoma hepatocelular. O diagnóstico de qualquer uma das manifestações
clínicas da hepatite B é feito por meio de técnicas sorológicas. Atualmente, os
profissionais de saúde têm acesso a avançadas metodologias laboratoriais que
permitem avaliar a carga viral, a taxa de replicação do agente patogênico e a eficácia
das novas terapias disponíveis. Diversos antivirais são utilizados no tratamento de
pacientes com hepatite crônica, incluindo interferon alfa, lamivudina, famciclovir e
adefovir dipivoxil, entre outros. A imunização ativa com vacinas recombinantes
modernas é, hoje, a principal estratégia no combate à infecção pelo vírus da hepatite B.

RESUMO

A Hepatite B é uma infecção viral que representa um dos principais desafios à saúde
pública em todo o mundo, afetando milhões de pessoas (SCHINONI, 2010). Este vírus,
que tem a capacidade de causar inflamação no fígado, pode evoluir para complicações
graves, como cirrose hepática e carcinoma hepatocelular, afetando a qualidade de vida
dos indivíduos infectados e sobrecarregando os sistemas de saúde. O agente
patológico responsável pela hepatite B é o vírus da hepatite B (HBV), que pertence à
família Hepadnaviridae. Este vírus apresenta uma estrutura complexa e é altamente
resistente a condições ambientais, o que facilita sua transmissão. A etiologia da
hepatite B é multifatorial e envolve principalmente a exposição a fluidos corporais de
indivíduos infectados. A transmissão do HBV ocorre principalmente por meio do contato
com sangue contaminado, relações sexuais desprotegidas, transfusões de sangue e da
mãe para o filho durante o parto (SCHINONI, 2010). A infecção pode ser aguda ou
crônica, sendo que a forma crônica pode levar a complicações severas a longo prazo.
Os sinais e sintomas da hepatite B são variados e podem incluir fadiga extrema, dor
abdominal, náuseas, icterícia e perda de apetite. É importante ressaltar que muitos
indivíduos podem ser assintomáticos, o que dificulta a detecção precoce da doença. A
prevenção da hepatite B é uma estratégia fundamental para controlar a disseminação
do vírus. A vacinação é uma das formas mais eficazes de proteção, recomendada para
todos, especialmente para os grupos de risco. Além da vacinação, medidas como o uso
de preservativos, a realização de testes regulares e a eliminação de práticas de risco,
como o compartilhamento de agulhas, são essenciais (AMARAL, 2023). A promoção da
saúde e a educação sobre a doença são igualmente importantes para conscientizar a
população sobre os riscos e as formas de prevenção. O diagnóstico diferencial da
hepatite B é crucial, pois os sinais clínicos podem ser semelhantes a outras doenças
hepáticas (ESPINOSA, 2021). Para um diagnóstico preciso, é necessário realizar
exames laboratoriais que envolvem a detecção de antígenos do vírus e anticorpos,
permitindo identificar a fase da infecção e orientar o tratamento adequado. O
tratamento da hepatite B pode incluir antivirais, que têm se mostrado eficazes na
supressão da replicação viral e na redução do risco de complicações a longo prazo. Em
casos mais graves, pode ser necessário considerar intervenções cirúrgicas, como o
transplante de fígado. As complicações associadas à hepatite B são significativas e
incluem a progressão para hepatite crônica, que afeta uma porcentagem considerável
dos indivíduos infectados, e a consequente possibilidade de desenvolver cirrose e
carcinoma hepatocelular (FERREIRA, 2010). Essas complicações não apenas
comprometem a saúde do paciente, mas também impõem um alto custo econômico e
social à sociedade, podendo levar a morte (ANDRADE, 2023).

CONCLUSÃO

Diante dos aspectos abordados ao longo deste trabalho, fica evidente que a hepatite B
é uma condição complexa que demanda uma abordagem multidisciplinar e integrada. A
prevalência significativa do vírus e suas complicações graves destacam a importância
de estratégias de prevenção, como a vacinação e a promoção de práticas seguras. A
análise dos sinais e sintomas, bem como o diagnóstico laboratorial, demonstram que a
detecção precoce é fundamental para o manejo eficaz da doença. Além disso, o
conhecimento sobre as opções de tratamento disponíveis, incluindo antivirais e
possíveis intervenções cirúrgicas, ressalta a necessidade de acompanhamento médico
contínuo. As informações reunidas reforçam que a educação em saúde é crucial para
aumentar a conscientização sobre a hepatite B e suas implicações.

REFERÊNCIAS

AMARAL, Tauana de Souza, et al,. Avaliação sorológica e vacinal para hepatite B entre
Agentes Comunitários de Saúde. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 2023
ANDRADE, Renata Lima Batalha, ET AL,. Hepatitis mortality in Brazil and regions,
2001–2020: temporal trend and spatial analysis. Revista Brasileira de Epidemiologia,
2023.

ESPINOSA, Martinez Flor Ernestina, et al,. Protocolo Brasileiro para Infecções


Sexualmente Transmissíveis 2020: hepatites virais. Revista Consenso, 2021.

FERREIRA, Marcelo Simão. Diagnóstico e tratamento da hepatite B. Revista da


Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 2000.

SCHINONI, Maria Isabel, et al,. Aspectos gerais da hepatite B. Revista de Ciências


Médicas e Biológicas, 2010.

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