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CURITIBA
2023
ANDRÉ LUIZ RAMOS LINO
ARTHUR CARVALHO
GABRIEL HELMER BAER
GIOVANNA MARIA BAROSSI
LETÍCIA XAVIER DE SOUZA
CURITIBA
2023
SUMÁRIO
1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR...................................................................... 5
2 IDENTIFICAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS TÉCNICOS.................................................. 5
3 DADOS GERAIS DO PROCESSO ASSOCIADO AO PRAD..........................................5
4 GLOSSÁRIO..........................................................................................................................6
5 OBJETIVO............................................................................................................................. 6
6 LOCALIZAÇÃO DA ÁREA................................................................................................ 7
7 CONCEITUAÇÃO................................................................................................................ 7
8 HISTÓRICO...........................................................................................................................8
9 SITUAÇÃO ATUAL............................................................................................................ 11
9.1 Clima...................................................................................................................................12
9.2 Caracterização geológica.................................................................................................... 12
9.3 Pedologia.............................................................................................................................15
9.4 Características descritivas da área do aeroporto................................................................. 16
9.4.1 Caracterização da Área 1................................................................................................. 16
10. PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS......................................17
10.1 Metodologia utilizada para recuperação da área...............................................................17
10.1.1 Regularização do terreno............................................................................................... 17
10.1.2 Escarificação do solo..................................................................................................... 18
10.1.3 Drenagem da área...........................................................................................................19
10.1.4 Regeneração natural com manejo.................................................................................. 19
10.1.4.1 Controle das plantas competidoras............................................................................. 19
10.1.4.2 Enriquecimento........................................................................................................ 20
10.1.5 Procedimentos e equipamentos utilizados..................................................................... 20
10.2 Espécies Recomendadas para Plantio nas Área a Ser Recuperada...........................25
11 CONCLUSÕES.................................................................................................................. 26
12 REFERÊNCIAS................................................................................................................. 27
Lista de Figuras
Lista de Quadros
4 GLOSSÁRIO
5 OBJETIVO
Este presente trabalho, define as condições gerais para a realização do PRAD da área
onde foi utilizada para depósito de resíduos provenientes da obra de expansão do
estacionamento, localizada no Aeroporto Internacional de Florianópolis. Com isso, a
recuperação dessa área terá como premissa a recomposição da topografia original (em torno
do terminal) com a utilização dos solos escavados e resíduos Classe A (Conama 307/2002)
que tem origem da obra realizada para o desenvolvimento do novo estacionamento, tendo
como foco a recuperação da camada vegetal.
6 LOCALIZAÇÃO DA ÁREA
A área a ser recuperada está localizada dentro do sítio aeroportuário conforme
apresentado na Figura 1.
7 CONCEITUAÇÃO
Áreas degradadas são definidas como áreas do ambiente natural que sofreram danos,
perdas ou alterações significativas em sua qualidade, estrutura e função devido a atividades
humanas ou fenômenos naturais. Essas áreas podem apresentar diversos tipos de degradação,
como desmatamento, erosão do solo, contaminação por substâncias tóxicas, assoreamento de
rios e degradação da biodiversidade. A degradação ambiental pode resultar na perda de
habitats, redução da fertilidade do solo, degradação da qualidade da água e comprometimento
dos ecossistemas. A recuperação de áreas degradadas é importante para restaurar a
funcionalidade e a saúde desses ecossistemas e garantir a sustentabilidade ambiental.
O projeto de áreas degradadas é um conjunto de ações planejadas e estratégias que
visam à recuperação e reabilitação de áreas que sofreram danos significativos em sua
qualidade ambiental e funcionalidade devido a atividades humanas ou fenômenos naturais.
Esse projeto é desenvolvido com o objetivo de restaurar e reabilitar ecossistemas degradados,
promovendo a recuperação da biodiversidade, a melhoria da qualidade do solo e da água, bem
como a reintegração da área na paisagem e no seu contexto socioeconômico.
O projeto de áreas degradadas envolve a avaliação detalhada das condições atuais da
área, identificação das causas da degradação, definição de metas e objetivos de recuperação,
escolha das técnicas e práticas mais adequadas para a restauração, monitoramento contínuo
dos resultados e envolvimento das partes interessadas, como comunidades locais,
proprietários de terras e especialistas técnicos.
8 HISTÓRICO
De acordo com a ANCAB (2023), a história do Aeroporto Internacional de
Florianópolis – Hercílio Luz retrata os primórdios da aviação na América do Sul.
Em 1922, a Ilha de Santa Catarina foi escolhida para abrigar as instalações do Sistema
de Defesa Aérea do litoral do Brasil. No ano seguinte começaram as obras no campo da
Ressacada, que abrigariam o Centro de Aviação Naval de Santa Catarina. À época, o céu era
exclusividade dos hidroaviões.
Em 1927, o Centro de Aviação dispunha de uma pista de pouso para aeronaves
terrestres e demais instalações de infraestrutura.
O Ministério da Aeronáutica inaugurou em 1955 um terminal de passageiros sob
administração do Departamento de Aviação Civil. Entre outras instalações, havia uma torre de
controle de concreto armado, um pátio para aeronaves e a pista compartilhada com a Base
Aérea de Florianópolis, que se mantém até os dias de hoje.
Em 1974, a INFRAERO recebeu a jurisdição do Aeroporto de Florianópolis. Nos anos
seguintes foram inaugurados o terminal de cargas e novo terminal de passageiros. A pista
principal 14-32, com 2.300 x 45 (m²), foi aberta ao tráfego público em 1978.
Na década de 80, foi realizada uma série de melhorias na infraestrutura aeroportuária
em Florianópolis. O terminal de passageiros foi ampliado, ganhou vias de serviço e um novo
pátio de manobras.
Em 1995, o Aeroporto de Florianópolis – Hercílio Luz foi elevado à categoria de
internacional.
Figura 2 - Mapa de uso do solo 2002
Na área apresentada na Figura 3, observa-se que o solo está sendo removido e obras de
construção civil estão em desenvolvimento. Percebe-se também que uma nova ampliação do
aeroporto toma forma e conforme a expansão acontece a área é afetada. No canto direito
superior o crescimento da área urbana em torno do aeroporto se desenvolve entre os dois
períodos de forma acentuada.
Figura 6 - Mapa representativo dos ecossistemas da Ilha de Santa Catarina em seu estado atual
Dacito (diques)
Cretáceo
Andesito/Traquiandesito (diques) Enxame de Diques Florianópolis
Basalto/Diabásio (diques)
Tufos e Ignimbritos
indiferenciados
Suíte Plutônio-Vulcânica
Cambirela
Rochas piroclásticas estratificadas
Neoproterozóico
Tufos e Ignimbritos com maiores
concentrações em bombas
Granito Itacorubi
Milonito
Meso/Paleoproterozoico Complexas Águas Mornas
Migmatito/Ortognaisse
Os impactos ambientais causados pela aviação civil estão intimamente ligados a duas
vertentes: a primeira é decorrente da operação das aeronaves e a segunda é através da
construção, operação e ampliação de aeroportos. Nos últimos anos, as atividades
aeroportuárias vêm gerando através do seu funcionamento, diversos impactos ambientais,
esses impactos são responsáveis pela degradação do meio ambiente, o consumo de
combustível fóssil, por exemplo, estimula o aumento do aquecimento global, colabora para a
ausência do ozônio e também para a formação da chuva ácida, de acordo com a ICAO
(FONTE). A partir disso, os aeroportos passaram a funcionar de acordo com as legislações
ambientais (FLEMMING; QUALHARINI, 2009).
Outra fonte dos impactos ambientais é a necessidade de expansão dos aeroportos,
devido ao aumento da demanda de passageiros. A alteração e a renovação dos aeroportos
existentes, exige o licenciamento ambiental, para que através de estudos, possa-se ter o
controle da qualidade do meio ambiente (CONAMA, 2015). Portanto, os aeroportos têm o
dever de atender as necessidades de mitigar seus impactos ambientais e promover a
sustentabilidade, através de seu funcionamento e de programas nas expansões, por eles
sofridas. Abaixo, serão analisados alguns impactos ambientais provenientes da operação de
atividades aeroportuárias, sendo: os resíduos, os ruídos, a qualidade do ar, o reuso da água,
eficiência energética e as condições socioambientais.
Fonte: Stara,2021
10.1.3 Drenagem da área
Devido a área de drenagem ser relativamente pequena, ( 0,00250 km²), e considerando
a normalização do terreno com uma declividade de 0,3%, a área não terá a necessidade de
execução de canal específico para a drenagem.
I - ELABORAÇÃO
DE PROJETOS,
ESTUDOS Unid. 1 R$ 7.296,83 R$ 7.296,83
TÉCNICOS E
TOPOGRAFIA
II -
ADMINISTRAÇÃO
mês 2 R$ 11.788,03 R$ 23.576,06
LOCAL E
SEGURANÇA
III - EMISSÃO DO
Unid. 1 R$ 2.460,02 R$ 2.460,02
AFE ANVISA
IV - SERVIÇOS
GERAIS
IV.1- ENGENHEIRO
CIVIL SENIOR
hr/mês 24 R$ 348,00 R$ 8.352,00
(COORDENADOR
GERAL)
IV.2 - ENGENHEIRO
hr/mês 24 R$ 348,00 R$ 8.352,00
AMBIENTAL
V - SERVIÇOS
TOPOGRÁFICOS
V.2 - AUXILIAR DE
hr 120 R$ 6,37 R$ 764,40
TOPÓGRAFO
V.3 -
LEVANTAMENTO
m² 24.835,50 0,42 R$ 10.430,91
PLANIALTIMÉTRIC
O CADASTRAL
TOTAL: R$ 64.800,22
Fonte: Autoria Própria, 2023
Na segunda parte orçamentária, a da implementação, se tem a materialização das
necessidades estabelecidas na primeira parte, como listado na tabela abaixo (Quadro 3 -
Implementação):
Quadro 3 - Implementação
Preço
Preço total
DISCRIMINAÇÃO Unid. Quant. unitário
(R$)
(R$)
R$
I - VEÍCULO COMERCIAL LEVE Unid. 2 R$ 6.920,52
3.460,26
II - MAQUINÁRIO
R$
II.1 - CAMINHÃO DE TERRAPLENAGEM mês 1 R$ 8.547,46
8.547,46
II.2 - ESCARIFICADOR mês 1 R$ 174,34 R$ 174,34
II.3 - CAÇAMBA DE 5m³ mês 1 R$ 268,03 R$ 268,03
III - MAQUINÁRIO DE PLANTIO
24835,
III.1 - SERVIÇO DE DESMATAMENTO E LIMPEZA m² R$ 0,20 R$ 4.967,10
5
IV - TERRAPLANAGEM m³ 3000 R$ 6,00 R$ 18.000,00
IV.1 - ESCAVAÇÃO, CARGA E TRANSPORTE DE
MATERIAL DE 1° CATEGORIA (DMT<50 m), INCLUSIVE m³ 3000 R$ 1,64 R$ 4.920,00
SEÇÃO PADRÃO
V - BARRACÃO DE MADEIRA/ALMOXARIFADO m² 25 R$ 129,34 R$ 3.233,50
VI - SINALIZAÇÃO DA ÁREA Unid. 3 R$ 25,00 R$ 75,00
TOTAL: R$ 47.105,95
Fonte: Autoria Própria, 2023
Medidas de prevenção
mês 1,00 R$ 200,00 R$ 200,00
de incêndios
Plano de
mês 1,00 R$ 800,00 R$ 800,00
Monitoramento
PIS PIS
IRPJ
(7,6%) Taxa (7,6%)
Venda Venda ISS (15%)
Qtd Adm
Unitário Total (5%) CSSL
COFINS (5%) COFINS
(9%)
(1,65%) (1,65%)
Serviço -
R$ R$ R$ R$
Supervisão 1 R$ 8.700,80 R$ 435,04 R$ 804,82
8.700,80 435,04 503,02 710,91
técnica
Muda -
Unid. R$ 5,00 450 R$ 2.250,00
Tarumã-branco
Muda -
Unid. R$ 4,00 950 R$ 3.800,00
Supiarana-Igapó
Muda -
Unid. R$ 3,00 1500 R$ 4.500,00
Caixeta-branca
Total R$ 27.200,00
Fonte: Autoria Própria, 2023
Sendo dessa forma, o custo total da operação leva em conta o período de 01 mês (30
dias).
PREPARAÇÃO/ELABORAÇÃO R$ 64.800,22
IMPLEMENTAÇÃO R$ 74.305,95
ACOMPANHAMENTO/MANEJO R$ 9.810,80
Os resíduos gerados pelas operações, tal como os sacos plásticos das bag de
armazenamento do solo, plástico envoltos das mudas e os sacos de adubo, serão destinados à
recicladora ISC Recicla.
10.2 Espécies Recomendadas para Plantio nas Área a Ser Recuperada
As mudas adquiridas para a recuperação são nativas do local onde está sendo realizada
a recuperação, indicadas por estudos de espécies nativas utilizando a base de dados Embrapa.
Estas mudas serão adquiridas em fornecedor credenciado pelo órgão ambiental e com as
devidas licenças para a operação.
O fornecedor de mudas é um representante local, da cidade de Florianópolis, este tem
suas devidas licenças comprovadas.
No Quadro 6, foram listadas as espécies nativas mais adequadas para recompor a área
em análise.
Nome Estratégia de
Nome Comum Uso econômico
Científico ocupação
Artesanal, Látex,
Pau-viola, Tarumã-branco,
Madeireiro,
Citharexylum
Medicinal, Recobrimento
myrianthum No estado de Santa Catarina: Tarumã,
Oleaginoso,
Tucaneiro.
Ornamental
Alimentício,
Artesanal,
Syagrus Forrageiro, Fibra,
Jerivá Diversidade
romanzoffiana Madeireiro,
Medicinal, Melífero,
Ornamental
Fonte: Adaptado de EMBRAPA (s/ ano)
11 CONCLUSÕES
ABREU, S. L.; REICHERT, J. M.; REINERT, D. J.. Escarificação mecânica e biológica para
a redução da compactação em argissolo franco-arenoso sob plantio direto. Revista Brasileira
de Ciência do Solo, [S.L.], v. 28, n. 3, p. 519-531, jun. 2004. FapUNIFESP (SciELO).
http://dx.doi.org/10.1590/s0100-06832004000300013
CAMARA, Rodrigo Kurylo; KLEIN, Vilson Antonio. Escarificação em plantio direto como
técnica de conservação do solo e da água. Revista Brasileira de Ciência do Solo, [S.L.], v.
29, n. 5, p. 789-796, out. 2005. FapUNIFESP (SciELO).
http://dx.doi.org/10.1590/s0100-06832005000500014
JACTO NEXT (org.). "O que é escarificação do solo e quais são os principais
benefícios?". Disponível em:
https://blog.jacto.com.br/o-que-e-escarificacao-do-solo/#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20
a%20escarifica%C3%A7%C3%A3o,solo%2C%20para%20cavar%20a%20terra. Acesso em:
15 jun. 2023
PARANÁ (Estado). Estabelece procedimentos para elaboração, análise, aprovação e
acompanhamento da execução de Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas ou Alteradas
- PRAD.. Portaria Nº 170. Curitiba, PR, n. 170.
TOMAZZOLI, E.;; PELLERIN, J.; HORN FILHO, N. Geologia da Ilha de Santa Catarina,
Santa Cataria, Brasil. Geociências, São Paulo, UNESP, v. 37, n. 4, p. 715-731, 2018.
Disponível em: https://doi.org/10.5016/geociencias.v37i4.11656
TOMAZZOLI, E.;; PELLERIN, J.; HORN FILHO, N. Mapa Geológico da Ilha de Santa
Catarina. 1:2.000. Cartas planialtimétricas do IBGE, ed. 1. Universidade Federal de Santa
Catarina. ISBN: 978-85-905992-3-4. Disponível em:
https://lmot.paginas.ufsc.br/files/2014/08/Geolog_Ilha7.pdf
“Estratégia de recuperação | Regeneração Natural com Manejo | Enriquecimento”.
EMBRAPA, s/ ano. Disponível em:
<https://www.embrapa.br/codigo-florestal/enriquecimento>. Acesso em: 21, junho 2023
“Estratégia de recuperação | Regeneração Natural com Manejo |Controle de plantas
competidoras”. EMBRAPA, s/ ano. Disponível em:
<https://www.embrapa.br/codigo-florestal/controle-de-plantas-competidoras>. Acesso em: 22,
junho 2023.
“Estratégias de recuperação”. EMBRAPA, s/ ano. Disponível em:
<https://www.embrapa.br/codigo-florestal/estrategias-e-tecnicas-de-recuperacao>. Acesso
em: 19, junho 2023.