Programa Ambiental para Construção - UFV PEDRANOPOLIS
Programa Ambiental para Construção - UFV PEDRANOPOLIS
Programa Ambiental para Construção - UFV PEDRANOPOLIS
CONSTRUÇÃO
Empreendimento:
Empreendedor:
Janeiro de 2019
I. Sumário
2.6. Metodologia..................................................................................................... 8
1
2.6.7. Gestão dos Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos da Construção Civil ............. 29
2.6.14. Referências...................................................................................................... 60
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1. APRESENTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
CNPJ: 31.739.003/0001-75
Endereço: Rodovia Vicinal Chafi Marão, km 9, Zona Rural, CEP: 15630-000, Pedranópolis (SP).
Potência: 90 MW
E-mail: [email protected]
CNPJ: 16.985.926/0001-13
1
Responsável Técnico e contato com a CETESB: Luiz Gustavo Gallo Vilela, Geólogo, CREA nº
5060653694
E-mail: [email protected]
Serão implantadas três unidades que estão em localizadas em área contígua na zona rural do
município de Pedranópolis, nas propriedades denominadas de Fazenda Marinheiro, Sítio
Xodó, Sítio Santa Izabel e Sítio Nossa Senhora Aparecida, próxima à Rodovia Vicinal Municipal
Chafi Marão (Km 9) que interliga Pedranópolis ao distrito de Santa Isabel do Marinheiro. A
capacidade de cada uma e sua área estão descritas a seguir:
A seleção do local seguiu critérios físicos da área, com base na análise rigorosa de certos
requisitos que tornam perfeitamente viável à implantação do projeto, principalmente com
relação à declividade do relevo que apresenta boas condições para implantação do parque,
incidência de radiação solar abundante na região, minimização dos impactos ambientais
devido à pouca adulteração na paisagem local e critérios de logísticas, tais como a conexão
direta com a linha de transmissão de energia elétrica da CTEEP que atravessa a área.
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Figura 1. Imagem de satélite com a localização das usinas fotovoltaicas Pedranópolis 1, 2 e 3.
Desta forma, tal empreendimento será um marco na consolidação do uso da radiação solar
no Brasil por ser um dos pioneiros na geração e utilização de fonte alternativa e renovável de
produção de energia elétrica limpa, dando provimento à diversificação esperada da matriz
energética brasileira com a disponibilização de energia estratégica não associada à geração de
gases do efeito estufa (GEE).
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2. PAC – PROGRAMA AMBIENTAL DE CONSTRUÇÃO
Diante deste cenário, o PAC da Usina de Energia Solar de Pedranópolis foi elaborado para
indicar medidas e técnicas construtivas indispensáveis para que se reproduza no campo o
padrão de desempenho ambiental necessários a implantação do empreendimento. Além
disso, o programa é o instrumento que possui os critérios básicos a serem supervisionados
pelo empreendedor e seguidos pelos empreiteiros durante a fase de implantação da obra,
num processo que assegura a redução dos impactos ambientais.
2.1. Justificativa
2.2. Objetivos
O PAC tem como objetivo organizar a implementação de ações e diretrizes básicas que
deverão ser adotadas durante a construção do empreendimento da usina fotovoltaica,
visando instituir técnicas adequadas que garantam a execução das obras com o controle,
monitoramento e mitigação dos impactos gerados ao meio ambiente, à saúde e segurança do
trabalhador, e à comunidade vizinha.
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2.3. Metas
As metas para o PAC foram definidas baseadas nos passos intermediários fundamentais para
cumprir com o objetivo do programa.
Serão divididas nas seguintes fases: i) Planejamento e Organização; ii) Prevenção; e iii)
Monitoramento e Mitigação, das quais seguem descritas mais detalhadamente:
i) Planejamento e organização
• Orientar quanto aos procedimentos para o licenciamento das áreas de apoio, de
acordo com as condições, das quais incluem a) Subestação compacta, b) Canteiro de
Obras; e c) área de Manutenção;
• Promover a segregação e destinação correta de 100% dos resíduos gerados;
• Orientar quanto à obtenção da Autorização para supressão de indivíduos arbóreos
isolados, para que a empreiteira tome ciência das áreas autorizadas para supressão,
sendo de responsabilidade da empreiteira a comprovação da destinação correta do
material lenhoso;
• Divulgar a importância estratégica e econômica do empreendimento para o
desenvolvimento local e regional, evidenciando os benefícios socioambientais;
• Elaborar material informativo para as atividades de comunicação social e educação
ambiental.
ii) Prevenção
• Evitar a propagação de incêndios, para prevenir acidentes de trabalho e ambientais;
• Atender à legislação específica referente a padrões de qualidade do ar e níveis de
ruído, para minimizar os impactos na saúde dos trabalhadores, da população do
entorno e do meio ambiente;
• Conformidade com os padrões e técnicas adequadas de uso e conservação de solo;
• Reduzir o risco de acidentes na rodovia através de sinalização junto aos locais de maior
movimentação de veículos, para evitar acidentes de despejos de combustíveis, e
proteção da vida dos trabalhadores;
• Contribuir com a proteção da saúde física e mental do trabalhador;
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• Promover o treinamento ambiental dos trabalhadores;
• Assegurar a correta disposição de resíduos sólidos e efluentes líquidos dos canteiros
de obras e frentes de trabalho, sendo a destinação responsabilidade do gerador;
• Assegurar a correta disposição dos resíduos verdes oriundos das atividades de
supressão, sendo a destinação responsabilidade do gerador;
• Promover a recuperação das áreas ocupadas por canteiros de obras e instalações de
apoio, para promover a recuperação da área e o estímulo a resiliência ambiental;
• Realizar fóruns de comunicação para viabilizar o diálogo e divulgação das
características básico-institucionais do empreendimento, com representantes do
poder público, comunidades lindeiras e trabalhadores do empreendimento.
iii) Monitoramento e Mitigação
• Contribuir no controle dos processos erosivos decorrentes da implantação das obras e
da supressão, para proteção do solo e dos recursos hídricos;
• Colaborar na implantação de medidas de controle visando à redução das emissões de
gases, poeiras e ruídos, para supervisionar as atividades e fornecer informações para
o cumprimento das normas;
• Promover a supervisão ambiental para eficiência da obra e proteção dos recursos
naturais;
• Controlar o tráfego e realizar adequações junto às travessias urbanas para dar
segurança aos pedestres;
• Instituir equipe de supervisão ambiental e de obra;
• Apresentar relatórios quadrimestrais, durante a implantação do empreendimento;
• Apresentar relatório de encerramento contemplando o balanço das atividades
desenvolvidas e dos resultados obtidos, bem como a recuperação de todas as áreas
afetadas pelas obras, a execução das ações de divulgação e comunicação social, além
da instalação de bacia de contenção e da caixa separadora de água e óleo na área da
Subestação, por meio de descritivos, comprovantes e registros fotográficos.
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2.4. Indicadores Ambientais
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2.6. Metodologia
A empreiteira responsável pela implantação da obra deve prezar pela saúde e segurança do
trabalhador e das ambientais, promovendo a capacitação e treinamento da mão-de-obra, que
deverá seguir as normas e regulamentos com o intuito de evitar e mitigar os danos ambientais
nas questões inerentes ao empreendimento.
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O cronograma e as capacitações a serem desenvolvidas com os trabalhadores da obra estão
descritos no item 2.6.10. (Ações de Comunicação Social e Educação Ambiental).
Para evitar danos ao solo e ao recurso hídrico, a limpeza do terreno deverá ser realizada de
forma individualizada, ou seja, por unidade de projeto (Usina Fotovoltaica – UFV) e de acordo
com a melhor logística de trabalho. Desta forma, a limpeza do terreno não poderá ocorrer de
forma simultânea em todas as UFVs devendo, portanto, ocorrer de forma escalonada. Além
disso, as técnicas de conservação de solo e de drenagem deverão ocorrer concomitantemente
a limpeza do terreno, tomando como base as orientações contidas neste estudo e no projeto
de drenagem, apresentado em paralelo durante esta etapa do licenciamento. Assim, durante
a etapa de implantação do empreendimento deverão ser consideradas as seguintes
condicionantes:
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• Proteger a vegetação nativa remanescente das áreas do entorno para que não sejam
atingidas pelas obras, por meio de isolamento, sinalização e controle de acessos e uso
indevido dos funcionários;
• Não intervir em Áreas de Preservação Permanente de qualquer natureza sem a prévia
e expressa autorização do órgão ambiental competente;
O canteiro de obras será instalado no Projeto Pedranópolis 1, que deverá ser realizado dentro
dos limites da área licenciada para o empreendimento, no qual está inserido em uma área de
aproximadamente 5.000 m², constituído basicamente de áreas de armazenamento de
materiais (módulos fotovoltaicos e resíduos) de combustíveis, e de áreas de vivência
(refeitório, dispensa, escritório e etc.), conforme a Figura 2.
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• A coleta, segregação, armazenamento e destinação final dos resíduos e efluentes da
obra, devem estar em conformidade com as normas ambientais e de acordo com as
orientações contidas ao longo desse estudo.
Fatores de erodibilidade
E = R.K.LS.C.P
em que:
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K - fator erodibilidade do solo (t.h/MJ.mm)LS - fator topográfico (adimensional)
O EAS (2014) ainda caracteriza o tipo climático de Pedranópolis com invernos secos e verão
chuvoso (Aw na classificação de Köppen) com temperatura média anual de 24°C, tendo a
média das máximas de 33,5°C e a média das mínimas de 18°C. A precipitação pluviométrica
média anual entorno de 1.362 mm.
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Assim, diante deste cenário e das fragilidades ambientais, algumas medidas são necessárias
para evitar pontos críticos de erodibilidade durante o processo de instalação de estruturas e
conseguinte infraestruturas associadas.
Dentre as atividades que possam acarretar condições para a ocorrência de processos erosivos
ressalta-se aquelas em que há interferência na cobertura e exposição do solo, movimentação
e revolvimento do solo, tráfego de maquinários e outros veículos, construção de benfeitorias
e aquelas localizadas próximas às áreas mais sensíveis, como alta declividade, solo exposto,
vegetação nativa e área de preservação permanente. Dessa forma, lista-se:
Atividade Descrição
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Os corredores centrais têm por objetivo permitir o acesso a todos e cada uma das
casas de inversores pré-fabricadas, unidade de controle e subestação, tanto para a
fase de construção como para a fase de operação.
As canaletas que deverão ser abertas para o cabeamento elétrico serão construídas
elétricas
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Figura 3. Modelo de seção transversal dos corredores centrais.
Além da identificação das possíveis atividade que possam aumentar o risco de erodibilidade,
deve-se atentar para os pontos com maior declividade e a proximidade com vegetações
nativas (reservas e áreas de preservação permanente) e cursos d’água.
Para promover o controle e a minimização dos danos causados por processos erosivos estão
relacionadas abaixo as ações que deverão ser seguidas:
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• Instalar dispositivos de contenção de água pluvial e sistemas de drenagem ao longo
das placas solares e estradas (vide projeto de Drenagem);
• Promover abertura de aceiros de proteção para as áreas de vegetação nativa e
preservação permanente;
• Sinalizar as áreas próximas às áreas de vegetação nativa e preservação permanente
onde houver circulação de pessoas para manter o ambiente limpo e sem
degradação;
• Cuidados e boas práticas com o manejo de resíduos nas áreas de obras para não
atingir as áreas de proteção ambiental e ou causar contaminação de solo e água.
• Possibilitar a maior cobertura possível do solo com vegetação nativa ou gramínea
no caso dos locais de instalação de placas solares;
• Não revolvimento ou preparo do terreno em períodos com alto índice
pluviométrico;
• Abertura de bacia de captação (caixa seca) para contenção da água pluvial nas
estradas, internas e externas de acesso do empreendimento;
• Nos locais em que forem cortadas as árvores isoladas e houver a destoca das raízes,
o espaço no subsolo que se fará em virtude de tal operação deve ser estabilizado.
Para isso, há necessidade de nivelar esse espaço;
• Promover a imediata reconformação das curvas de nível, em caso de necessidade
de intervenção nas linhas de contenção (terraços);
• Promover o plantio de gramíneas nos carreadores situados entre os arranjos dos
painéis;
• Revestir o acesso principal e o aceiro, com brita, preferencialmente de resíduo de
construção civil - RCC, para minimizar a impermeabilização e a emissão de material
particulado;
• Promover a limpeza periódica das caixas secas com vistas a promover a
conservação e melhoria no armazenamento de quantidade de água e sedimento.
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Monitoramento e controle de processos erosivos
Adotando-se para o monitoramento a inspeção “in loco” dos focos erosivos, com acesso por
via terrestre, existem dois termos principais: i) estabilidade dos focos erosivos; ii)
recomendação para serviços de manutenção.
A manutenção periódica dos terraços, estruturas das estradas, canais, drenos, entre outros, é
de fundamental importância para se atingir o objetivo de estabilização do solo e dos processos
erosivos que por ventura ocorrerem. O colapso de uma simples estrutura pode comprometer
todo o empreendimento.
Para tal avaliação e elaboração do checklist, os itens mínimos a serem avaliados serão:
Itens
Fotografia
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Tipo de Erosão
Uso do Solo
Proximidade de APP
Solo
Vegetação
Necessidade de intervenção
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presentes no curso d’água são originados, da erosão da bacia hidrográfica das margens e dos
próprios leitos dos rios (Miranda, 2011).
Assim, as medidas preventivas empregadas neste estudo auxiliam para evitar a produção dos
sedimentos e que os transporte dos mesmos chegue até o curso d’água evitando a formação
de depósitos nos cursos d’água e consequentemente aos reservatórios.
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• Revestir com brita, preferencialmente de RCC, o corredor central de acesso, recuo
perimetral e aceiros próximos às áreas de vegetação nativa para diminuir a emissão de
material particulado e ainda auxiliar na infiltração de águas pluviais;
• Promover a manutenção das vias de acesso, por meio da roçada das gramíneas nos
carreadores entre os painéis, e reposição e reorganização das britas nos aceiros, recuo
perimetral e corredor de acesso;
• Sinalizar as áreas próximas às áreas de vegetação nativa e preservação permanente
onde houver circulação de pessoas para manter o ambiente limpo e sem degradação;
• Promover cuidados e boas práticas com o manejo de resíduos nas áreas de obras para
não atingir as áreas de proteção ambiental.
Para prevenir a poluição dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos que margeiam o
empreendimento, a empreiteira deverá:
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Figura 4. Imagem de satélite com o Córrego Marinheirinho presente no entorno do
empreendimento (linha azul) e respectivas UFVs: Pedranópolis 1: delimitada pela linha amarela;
Pedranópolis 2: delimitada pela linha vermelha; e Pedranópolis 3: delimitada pela linha azul.
De acordo com o EAS, a vegetação natural remanescente é considerada uma área de transição
da Mata Atlântica com encraves de Cerrado e se insere no Bioma Mata Atlântica. A maior
parte da cobertura vegetal original encontra-se devastada, estando a área composta em
grande extensão por cana de açúcar, e em menor por gramíneas exóticas brachiaria
(pastagem).
A vegetação nativa presente no interior da área útil das usinas está disposta em indivíduos
arbóreos isolados permeadas pela matriz antrópica. Com relação a fragmentos florestais,
ocorre um de aproximadamente 12 hectares entre as usinas, mas fora da área útil destas, e
outro fragmento de cerca de 30 hectares, ao norte da usina Pedranópolis 1, também fora da
área útil do empreendimento.
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Não haverá intervenção nestes fragmentos florestais pelo empreendimento.
A APP do entorno tem aproximadamente 10,03 ha de extensão, está bem preservada com
tipologia de floresta ribeirinha disposta em vários estágios de sucessionais (EAS, 2014). Cabe
ressaltar que o empreendimento não fará qualquer intervenção em APPs, e seus limites
delimitados pela legislação devem ser respeitados.
Assim, este documento apresenta orientações e diretrizes gerais, sendo que a quantificação,
localização, identificação das espécies a serem suprimidas, e as técnicas de compensação
estão relacionadas no Projeto de Recuperação Florestal e documentos para a autorização para
supressão de vegetação (ASV), apresentados no processo de licenciamento do
empreendimento, nas quais devem ser seguidas estritamente.
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• Todo equipamento deverá ser vistoriado antes do início das atividades para avaliar o
funcionamento e inconformidades, bem como imposições da legislação quanto aos
dispositivos de segurança, ruído, vibrações, manutenção e outros;
• As operações de limpeza, abastecimento e manutenção dos equipamentos utilizados
na supressão e compensação deverão ser realizadas dentro da área licenciada;
• As atividades deverão ser interrompidas caso as condições climáticas ou outros
eventos que comprometam a segurança dos trabalhados;
• A empreiteira deverá realizar capacitações (vide item 2.6.10.), com vistas a minimizar
os acidentes de trabalho, ambientais e tensões sociais, por meio do desenvolvimento
dos seguintes temas: i) estudo do plano de corte; ii) condições e meio ambiente de
trabalho; iii) preservação e proteção ambiental; iii) controle do fogo e prevenção de
incêndios florestais; iv) riscos de acidentes com animais peçonhentos; v) fauna de
ocorrência da região e técnicas para a proteção e deslocamento; vi) primeiros socorros
em caso de acidentes com animais ou de trabalho; vii) Legislações ambientais – crimes
ambientais (Lei n°9.605/98), código florestal (Lei n°12.651/12), proteção à fauna (Lei
n°5.197/67, restrições de caça, pesca e outros.
Os procedimentos adotados nesta etapa têm por finalidade mitigar o dano causado com a
supressão e prevenir riscos provenientes da atividade, com as seguintes orientações:
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• O “Plano de Corte” é um documento que deverá ser elaborado pela empreiteira antes
do início das atividades de supressão, por meio de um levantamento e planejamento
com detalhamento da forma que será realizado a exploração, a condução da limpeza
de cipós, sub-bosque, tipo de maquinário, e da direção da queda das árvores visando
propiciar o deslocamento da fauna para os remanescentes. Deverá constar ainda, a
abertura de trilhas e estradas, evitando solos instáveis e a movimentação de terra e
complementação nas indicações para coleta de germoplasma para a manutenção da
variabilidade genética, destinação dos diferentes tipos de materiais vegetais dentro da
propriedade, além de outras particularidades pertinentes diagnosticadas para a área;
• O controle das ações de supressão deve ser realizado pelos profissionais da área
ambiental e de supervisores de obra;
• Demarcação in loco do perímetro de supressão, a fim de evitar desmatamento
desnecessário;
• Nas parcelas externas à demarcação deverão ser fixadas placas de advertência e
proibição de corte;
• Se identificada a necessidade de resgate de fauna ou sementes, a coordenação deverá
organizar o cronograma das equipes de campo com a finalidade de evitar conflito com
a atividade de corte;
• O início e fim das atividades de supressão e limpeza deverão estar em consonância
com o cronograma de obra, de modo a evitar a exposição do solo por períodos
prolongados e reprogramação das atividades de implantação do empreendimento;
• É proibido o uso de fogo e de produtos químicos de qualquer espécie para eliminação
de vegetação, bem como a queima do material oriundo de desmatamento;
• A operação de retirada da vegetação por meio do método mecanizado pressupõe a
habilitação e experiência dos operadores, sendo que todas as manobras devem ser
previamente planejadas, de modo a minimizar os impactos sobre a vegetação do
entorno;
• Deverá ser feita uma pesquisa na área a ser suprimida pelos supervisores ambientais
em busca de espécies em estágio de reprodução, ou seja, com sementes, no intuito de
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montar um banco de germoplasma ou para serem utilizadas na produção de mudas
nos viveiros para recomposição paisagística.
Todo material florestal proveniente da supressão da vegetação nativa deverá ser gerenciado
dentro de cada propriedade, destinado ao proprietário rural e utilizado apenas dentro do
respectivo imóvel licenciado. Caso o proprietário resolva dar destino para esta madeira fora
da área licenciada o mesmo deverá promover a solicitação prévia do Documento de Origem
Florestal – DOF.
Assim, este item contempla as diretrizes das atividades que circundam as ações para remoção,
armazenamento e manejo do material proveniente da supressão da vegetação, nos quais
estão descritos a seguir:
a) Classificação e segregação
b) Desgalhamento e Nucleação
O desgalhamento deverá ocorrer após a derrubada das árvores, sempre rente ao tronco, de
maneira que não permaneçam pontas. Os galhos e resíduos florestais sem interesse para
atividades humanas poderão ser utilizados no entorno das áreas de compensação florestal,
como sistemas de nucleação – transposição de galharias, que consiste no acúmulo desses
materiais em ações de restauração ambiental com a função de imitar a natureza e seus
processos formando abrigo para a fauna e condições para os processos de regeneração
natural.
Todo material oriundo da supressão da vegetação (galhos, toras, folhas, cipós, frutos entre
outros) deverão ser removidos e destinados ao local adequado dentro da propriedade que
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deverá ser estipulado no “Plano de Corte”. A remoção deverá ser realizada de modo
mecanizado, por meio de tratores e seus implementos ou, manualmente, para os casos de
pequena monta. É expressamente proibido depositar o material da supressão em corpos
d’água.
d) Baldeio
Toda a madeira cortada (toras) deverá ser transferida de dentro dos talhões para as margens
das estradas ou carreadores até locais seguros.
e) Armazenamento do Material
O local de armazenamento do material vegetal deverá atender tanto aos critérios técnicos
quanto ambientais, mas de forma geral deverá preferencialmente ser em locais secos,
geralmente dispostas em barracões para evitar que fenômenos meteorológicos possam
danificar a madeira extraída, e fora das Áreas de Preservação Permanente. A topografia do
terreno deverá ser considerada de modo a manter as pilhas estabilizadas e as áreas devem
ser de fácil acesso para manipulação e escoamento do material.
O material vegetal de uso potencial, como as madeiras em toras ou em pranchas, deve ser
empilhado de forma organizada, e classificado segundo suas dimensões.
O material mais fino como folhas, frutos resultantes do desgalhamento e desdobro dos
indivíduos poderão ser utilizados como forração e compostagem nas áreas de compensação
florestal.
Quantificação Volumétrica
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Fauna Terrestre – cuidados e procedimentos
Nos processos de corte de árvores isoladas, bem como atividades que envolvam a roçada de
gramíneas, podem ocorrer fuga e afugentamento da fauna local para áreas mais seguras. Pode
ocorrer ainda a destruição de alguns locais de abrigo natural para a fauna local e até a
eliminação de grupos da microfauna, devido principalmente à eventual remoção da vegetação
quanto pelo revolvimento das camadas mais superficiais do solo. Outro impacto a ser
mencionado se dá quanto às mudanças nas rotas de fuga e nos limites naturais das
comunidades formadas pelas espécies locais, além da remoção de tocas e esconderijos de
determinadas espécies, pode causar a fuga de parte da fauna ou ainda sua invasão às áreas
do empreendimento.
Diante deste contexto, a supressão deverá ser realizada na direção das áreas remanescentes,
induzindo o deslocamento progressivo e orientativo da fauna na busca de refúgio. Assim, a
sistemática a ser adotada deverá:
• Durante a limpeza prévia, o uso de foice, facões e similares, garantirá a prévia fuga da
fauna local;
• A fauna associada aos ambientes suprimidos deverá ser identificada e acompanhada
por um profissional capacitado durante toda a atividade de supressão de vegetação, o
qual supervisionará, e eventualmente, induzirá o deslocamento natural desses
animais;
• As equipes de frente de serviço de supressão vegetal deverão receber orientação
acerca da metodologia de desmate e favorecimento da fuga natural da fauna silvestre,
prevenção de acidentes com animais peçonhentos e primeiros socorros;
• O manejo e o transporte da fauna silvestre in situ somente poderá ser realizado por
meio de licença e autorização ambiental da Cetesb;
• As atividades de supressão podem causar injurias aos animais silvestres, além disso,
por questões ecológicas e de hábitos de vida pode haver a necessidade de
deslocamento induzido de animais para vegetações nativas fora do empreendimento.
Entretanto, independentemente do tamanho ou grupo taxonômico, caso haja
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necessidade de manejo e transporte da fauna silvestre in situ, a empreiteira
responsável deverá acionar a Polícia Militar Ambiental que atenda a região de
Pedranópolis e/ou outro órgão ambiental estadual ou municipal competente, para que
realize a captura e o transporte do animal até o CRAS – Centro de Reabilitação de
Animais Silvestres ou Área de Soltura de Animais Silvestres (ASAS), ou na inexistência
para locais de atendimento veterinário de vida silvestre e áreas de soltura próximas.
• Para os animais que necessitarem de tratamento veterinário, e após o tratamento caso
estejam aptos ao retorno à vida silvestre, o mesmo deverá ser encaminhado
novamente aos remanescentes da área onde foi capturado;
• Se as exigências ecológicas e área de vida do animal silvestre for incompatível com o
tamanho dos fragmentos remanescentes na área do empreendimento, este deverá ser
encaminhado para outras áreas, indicadas pelo órgão ambiental competente;
• Não capturar, ferir ou matar qualquer espécime de fauna encontrada na área do sítio;
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2.6.7. Gestão dos Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos da Construção Civil
Resíduos sólidos
O gerenciamento dos resíduos deverá ser realizado com base em quatro princípios:
• Redução da geração;
• Segregação;
• Reutilização e reciclagem, e;
• Transporte e destinação final apropriada.
Planejamento
Deverá ser realizado um levantamento prévio da geração e estimativa do volume de cada tipo
de resíduo. Além disso, deverá ser elaborado um sistema de sinalização que indique a
localização dos pontos de coleta e depósito de resíduos. Deverá ser definido um responsável
que comunicará a necessidade da retirada dos resíduos dos locais de acondicionamento inicial
sempre que estes estiverem cheios e prontos para a transferência para o ponto de destinação
final.
Treinamento
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Classificação dos resíduos
Os resíduos deverão ser gerenciados conforme sua classificação, de acordo com as resoluções
CONAMA nº 307/02 e CONAMA nº 348/04, que classifica e estabelece critérios e
procedimentos para gestão de Resíduos da Construção Civil, e com a Norma NBR 10004/2004,
da ABNT, que estabelece critérios de classificação de outros resíduos, quanto aos seus riscos
potenciais ao meio ambiente e à saúde pública. Deve-se também observar e seguir as
recomendações presentes no Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos do
município de Pedranópolis e a na Lei Municipal nº 1396/2009 que cria o Programa Municipal
de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil - PROMGER.
Classe B – São os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como plásticos,
papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros.
Classe C – São os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações
economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação.
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assim como telhas e demais objetos, além de materiais que contenham amianto ou outros
produtos nocivos à saúde.
No que se refere aos seus potenciais riscos ambientais, para que os resíduos sólidos possam
ter manuseio e destinação adequados, deve-se obedecer à norma NBR 10.004/2004, que
classifica os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde
pública, para que possam ser gerenciados adequadamente, conforme abaixo:
Classe I – resíduos perigosos: apresentam risco à saúde pública ou ao meio ambiente, quando
manuseados ou destinados de forma incorreta; como lâmpadas fluorescentes e óleos usados,
ou apresentam características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou
patogenicidade.
Classe IIA – resíduos não-inertes: aqueles que não se enquadram nas classificações de
Resíduos Classe I ou IIB. Os Resíduos Classe IIA podem ter propriedades próprias, como:
combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água. Como exemplo desses
materiais, cita-se madeira, papel, papelão e restos de preparação de alimentos (resíduos
orgânicos). Em especial os orgânicos, oriundos de sobras de preparação de alimentos deverão
ter um tratamento especial.
Classe IIB - resíduos inertes: quando amostrados e submetidos a um contato com água
destilada, não têm nenhum de seus constituintes solubilizados em concentrações superiores
aos padrões de potabilidade da água. Como exemplo desses materiais, pode-se citar rochas,
tijolos, vidros e certos plásticos e borrachas, que não são decompostos prontamente.
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A segregação deve ser realizada preferencialmente pelo gerador na origem, sendo
distribuídos recipientes apropriados para tal. Assim, deve-se garantir o armazenamento
adequado dos resíduos desde a geração até a etapa de transporte. Deve ser assegurado que
os locais de acondicionamento temporário sejam verificados constantemente, a fim de não
haver mistura de resíduos.
De acordo com EAS (2014), os resíduos sólidos serão separados e acondicionados em um local
junto aos armazéns, antes da sua destinação final. Os resíduos domésticos serão depositados
em caçamba e rotineiramente coletados e destinados para aterro sanitário, a ser realizado
pela empresa prestadora do serviço de coleta municipal.
Os demais resíduos sólidos classificados como não perigosos (Classe II), conforme a NBR
10.004:2004, constituídos de sucatas de metais ferroso, de metais não ferrosos e outros, serão
depositados no pátio de armazenagem e periodicamente comercializados e/ou destinados às
empresas de reciclagem. Já os painéis solares fotovoltaicos sucateados e/ou danificados cuja
vida útil é de cerca de 25 a 30 anos, serão armazenados em containers depositados no pátio
de serviço para posterior encaminhamento ao fabricante para reciclagem ou reparos.
Os responsáveis pelo gerenciamento dos resíduos deverão fazer inspeções duas ou mais vezes
por semana para verificar a eficiência na segregação e informar os resultados à administração
e gerência locais.
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é extremamente importante, por exemplo, para a reciclagem de resíduos, que quando
molhados ou contaminados, deixam de ser recicláveis.
A limpeza e organização dos locais de disposição deve ser realizada simultaneamente com a
coleta e triagem, ou seja, imediatamente, os pontos deverão passar por varrição e ou lavagem.
A limpeza preferencialmente deverá ser executada pelo próprio operário responsável pela
disposição dos resíduos nos pontos. Assim, haverá necessidade de dispor com agilidade os
resíduos nos locais indicados para acondicionamento inicial, evitando comprometimento da
limpeza e da organização evitando a dispersão dos resíduos. Quanto maior for a frequência
de limpeza, melhor será o resultado final.
Para otimização da gestão de resíduos deverão ser estabelecidas condições especificas para
acondicionamento inicial, transporte interno e acondicionamento final de cada resíduo
identificado e coletado.
Acondicionamento Inicial: Deverão ser estabelecidos pontos o mais próximo possível dos
locais de geração dos resíduos, dispondo-os de forma compatível com o volume de geração
de cada setor e apresentando a boa organização dos espaços dos mesmos. Em alguns casos,
os resíduos deverão ser coletados e levados diretamente para os locais de acondicionamento
final.
A seguir, os tipos de resíduos e a indicação de acondicionamento inicial ideal para cada tipo.
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d. Papelão (sacos e caixas de embalagens) e papeis (escritórios e administração): em
bombonas sinalizadas e revestidas internamente por saco de ráfia ou plástico, para
pequenos volumes. Como alternativa para grandes volumes: bags ou fardos;
e. Metal (ferro, ferragens, aço, fiação revestida, arame etc.): em bombonas sinalizadas ou em
pilhas;
f. Serragem: em sacos de ráfia próximos aos locais de geração;
g. Solos: em pilhas, e preferencialmente, para imediata remoção (carregamento dos
caminhões ou caçambas estacionárias logo após a remoção do local de origem);
h. Resíduos perigosos presentes em embalagens plásticas e de metal, instrumentos de
aplicação como broxas, pinceis, óleo lubrificante usado, baterias, lâmpadas, trapos e
estopas contaminadas, etc.: manuseio com cuidados observados pelo fabricante do insumo
na ficha de segurança da embalagem ou do elemento contaminante do instrumento de
trabalho. Imediato transporte pelo usuário para local de acondicionamento final;
i. Restos de uniforme, botas e trapos sem contaminação por produtos químicos: disposição
em bags ou sacos de ráfia ou de plástico;
j. Restos de alimentos e suas embalagens, copos plásticos usados e papeis sujos (refeitório,
sanitário e áreas de vivencia): cestos, bombonas, lixeiras, sendo todos com tampas,
próprios para resíduos orgânicos, revestidos por sacos plásticos para coleta convencional.
Transporte interno
Para a movimentação dos resíduos na área interna do empreendimento poderão ser utilizados
carriolas, cestos, bombonas, sacos plásticos e até mesmo transporte manual.
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b. Facilitação para a coleta;
c. Segurança para os usuários.
As soluções para o acondicionamento final poderão variar desde que respeitados os fatores
acima citados.
Os pontos de acondicionamento interno finais deverão ter fácil acesso externo, facilitando
assim o recolhimento para a destinação final.
Para otimização do processo de destinação final dos resíduos sólidos, deverá ser levado em
conta o compromisso ambiental, melhor viabilidade econômica e obediência à legislação
pertinente, controlando e rastreando os resíduos descartados de forma a garantir a
destinação apropriada para cada tipo. Na Tabela 2 são apresentas as possíveis alternativas
para a destinação final apropriada a cada tipo de resíduo.
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Tabela 2. Tipos de destinação adequada para cada resíduo sólido.
Tipo de resíduo Recomendações Destinação final sugerida
Empresas, cooperativas ou
Máximo aproveitamento dos
Plástico (embalagens, aparas de associações de coleta seletiva que
materiais contidos e a limpeza das
tubulações, etc.) comercializam ou reciclam estes
embalagens.
resíduos.
Empresas, cooperativas ou
Papelão (sacos e caixas de associações de coleta seletiva que
Proteger das intempéries.
embalagens) e papeis (escritório) comercializam ou reciclam estes
resíduos.
Empresas, cooperativas ou
Metal (ferro, aço, fiação revestida, associações de coleta seletiva que
Proteger das intempéries.
aram, etc.) comercializam ou reciclam estes
resíduos.
Lixo orgânico comum Ensacar e proteger de intempéries Destinar a aterro sanitário licenciado.
Para o efetivo controle e legalização das atividades de gestão de resíduos, deve ser cumprido
o seguinte procedimento:
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Formalização da destinação dos resíduos sólidos. Esta deverá ser realizada por meio da
identificação e cadastramento dos destinatários contendo, no mínimo: data, razão social,
CNPJ, nome do responsável, telefone, endereço da destinação e resíduos que serão
destinados.
Efluentes líquidos
De acordo com EAS (2014), não há geração de efluentes industriais no processo de operação,
pois não há utilização de água no seu processo produtivo.
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qualidade para o lançamento de efluentes e, além disso, deverão ser seguidos os padrões
estabelecidos para o processo de aquisição de outorga. Vale ressaltar que, a partir de análises
das recomendações observadas nas normas técnicas pertinentes, e com base nas estimativas
das cargas componentes dos efluentes que deverão ser gerados, deverão ser definidos os
tratamentos e o monitoramento para estabelecimento dos padrões de qualidade do efluente
a ser lançado.
Efluentes sanitários
Os efluentes dos refeitórios deverão passar por tratamento prévio, por intermédio de caixas
de gordura, antes de serem encaminhados ao sistema de tratamento juntamente com os
efluentes sanitários. Atenção especial deve ser dada à disposição adequada dos efluentes
tratados, observando-se a necessidade de obtenção de outorga autorizando o lançamento
dos mesmos.
Caso haja tanques sépticos, estes deverão atender as recomendações da Norma NBR
7.229/93, da ABNT, que dispõe sobre seus projetos, construção e operação. Da mesma forma,
será aplicada a Norma NBR–13.969, também da ABNT, que cuida das Unidades de Tratamento
e disposição final dos efluentes líquidos de tanques sépticos.
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Efluentes líquidos oleosos
A água efluente dos sistemas de separação de água e óleo, estando de acordo com os limites
legais, poderá ser lançada a um curso de água próximo; em caso negativo, será reprocessada
ou adequadamente tratada.
Deverão ser instalados também dispositivos para redução de velocidade do fluxo e retenção
de sedimentos no ponto de descarte, de forma a evitar pontos de erosão e assoreamento do
corpo receptor.
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das obras), e erradica ou minimiza o aumento ou surgimento de turvação nas águas e a
redução/perda de habitats da fauna. As ações têm por objetivo recuperar as áreas cujas
características preexistentes foram alteradas pela inserção do empreendimento.
Tais ações e medidas mitigadoras e reparatórias foram citadas e estabelecidas ao longo desse
estudo, mas serão ressaltadas novamente neste item.
Assim, a seguir serão estabelecidas ações que tenham por objetivo promover a recuperação
das áreas que por ventura sejam degradadas em decorrência das obras da UFV de
Pedranópolis.
Medidas preventivas
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• Promover a estabilidade das vias de acesso, recuo perimetral, corredor central de
acesso, e de carreadores entre os painéis, por meio de brita, preferencialmente
reciclada, e plantio de gramíneas, conforme já discriminado neste estudo;
• Promover a desmobilização da estrutura do acampamento;
• Ao término da obra, promover a recuperação das áreas ocupadas por canteiros de
obras e instalações de apoio, a fim de possibilitar o retorno, ao máximo possível, ao
estado anterior à obra.
Monitoramento e mitigação
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Para monitorar a eficácia das medidas preventivas implantadas será sugerido o checklist a
seguir:
Listar Contagem,
mensalmente extensão em
Identificação e todas as hectares e
Identificar cadastramento ocorrências percentual de
áreas de todas as efetivas de áreas
degradadas áreas áreas degradadas não
degradadas. degradadas e previstas no
identificar as projeto de
causas. engenharia.
Recuperar Contagem,
áreas Implantar extensão em
degradadas Recuperação medidas de hectares e
das áreas recuperação percentual da
degradadas. das áreas recuperação
degradadas. das áreas
degradadas
Garantir a Contagem,
Monitorar a Identificar
adequada extensão em
recuperação estágio e
recuperação hectares da
das áreas estabilidade da
das áreas recuperação
degradadas recuperação.
degradadas. das áreas.
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2.6.9. Mitigação dos Incômodos Gerados à População Lindeira
A UFV Pedranópolis de 1 a 3 será instalada em região rural, distante de áreas urbanas, 1,14
km da Rodovia Chafic Marão (Km 9) que interliga Pedranópolis ao Distrito de Santa Isabel do
Marinheiro. Tal condição de localização próxima à rodovia não provocará incômodos à
população moradora, acostumada aos ruídos da rodovia.
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• Realizar a britagem da via de acesso principal para diminuir a emissão de particulados
durante a obra;
• Promover manutenção de maquinário e equipamentos para diminuir a emissão de
ruídos, vazamentos de combustíveis e emissão de gases efeito estufa;
• Monitorar os ruídos provenientes da implantação do empreendimento, a fim de
amenizar e controlar os efeitos deste impacto de acordo com parâmetros constantes
na NBR-15.151 e NBR-15.152;
• Promover o correto acondicionamento de óleos, graxas e produtos de limpeza para
evitar acidentes com a contaminação do solo, dos recursos hídricos e animais
silvestres;
• Não utilizar áreas fora dos limites licenciados para estocagem de material de obra,
mesmo que em caráter provisório.
Uma das formas de gerar conteúdo de informação e educação sobre o empreendimento é por
meio da educomunicação, a partir do pressuposto básico do exercício do direito de todos à
expressão e à comunicação, no qual permitem a produção de conhecimento, elaboração de
projetos colaborativos e de mudanças sociais. A Educomunicação é uma linha de ação do
Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA), ou seja, Comunicação para a Educação
Ambiental, que é definida como ações para produzir, gerir e disponibilizar de forma interativa
e dinâmica, as informações voltadas para a sustentabilidade (ProNEA, 2014).
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Diante deste cenário, foram descritos os procedimentos que deverão ser adotados e os
mecanismos de acompanhamento que possibilitarão a avaliação da eficácia do sistema de
gestão. É importante considerar que este documento deve ser entendido como elemento
norteador e normativo, devendo ser rigorosamente seguido por cada um dos executores e
supervisionado pelo empreendedor.
Para melhor entendimento da metodologia a ser adotada, o presente item foi subdividido em
dois subprogramas:
Público alvo
O público alvo das ações são os moradores do entorno, trabalhadores da obra, assim como os
disseminadores de informações e conhecimentos como docentes, discentes e órgãos públicos
municipais e estaduais.
Esse levantamento, deverá ser realizado primeiramente por meio de revisão dos documentos
gerados no processo de licenciamento (Estudo Ambiental Simplificado, entre outros) para
conhecimento prévio dos dados físicos, bióticos e sócio econômicos da região. Pesquisas em
órgãos públicos municipais, estaduais, internet e outras fontes para o diagnóstico e obtenção
de informações relativas a dados locais e regionais, e que também fornecerão informações
importantes a respeito da comunicação regional, cultura e festas locais, dentre outros. Cabe
ressaltar ainda que segundo a IN n° 02/2012 do Ibama nas ações educativas deverá ser dada
prioridade aos grupos sociais em situação de maior vulnerabilidade socioambiental
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impactados pela atividade em licenciamento, sem prejuízo dos demais grupos potencialmente
afetados.
As equipes executoras da CS e EA deverão interagir entre si, uma vez que o pessoal da EA
subsidiará o conteúdo dos materiais (folders, panfletos e banners) e o grupo da CS será
responsável pela elaboração (criação, diagramação, layout, design, impressão) e mídia
adequada.
Escolha de mascote
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além de conter uma identidade visual do empreendimento, o endereço do site, ouvidoria e
outros canais de comunicação pertinentes.
Banners: além do treinamento, material visual como banners deverão ser utilizados para
demonstrar os locais corretos para a destinação de resíduos sólidos, bem como materiais de
conscientização e sensibilização no que diz respeito aos cuidados com a flora, fauna e água.
Deverá conter também, mapa com a indicação das áreas verdes e recursos hídricos na área e
no entorno do empreendimento. Os banners deverão ser estrategicamente posicionados ao
longo de todo o canteiro de obras do empreendimento e nos fóruns de comunicação.
Ouvidoria (0800) e caixa de sugestões: Deverá atuar como canal interativo e de fácil acesso,
para informações, sugestões e reclamações, provindas dos afetados diretamente, assim como
de qualquer parte do território nacional.
Site: Deverá ser planejado com a característica de que a preocupação é com o usuário,
buscando satisfação subjetiva e conforto. Para que isso seja alcançado o site deverá possuir
uma comunicação sem ruídos, clara, acessível entre o emissor e receptor, atendendo as
principais características: i) interatividade – diferentes recursos que servem de ponte como o
link “Fale Conosco”, em que o usuário poderá entrar em contato para tirar dúvidas, fazer
críticas ou sugestões, vínculo com redes sociais e de vídeos em que é possível divulgar notícias
sobre as ações de educação ambiental, compartilhar vídeos, fotografias entre outros; ii)
multimídia – o site deverá conter recursos que consigam captar a atenção do usuário de forma
atraente e dinâmica; iii) informação e atualização – o site deverá possuir a preocupação de
oferecer atualização diária de notícias tanto das obras quanto dos programas socioambientais;
e iv) acessibilidade – o site deverá ser limpo, claro e objetivo com as informações
disponibilizadas.
Fóruns de comunicação
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detalhadamente na metodologia para a EA, deverão viabilizar o diálogo e a divulgação das
características básico-institucionais do empreendimento, a abrangência, seu executor, o
conceito, os impactos socioambientais gerados, e atualização do fluxo de informação entre os
acontecimentos do empreendimento e do município. É o momento no qual se busca o
estreitamento de laços com diferentes atores da sociedade visando a criação de uma rede de
comunicação no âmbito local.
As informações obtidas dos stakeholders deverão compor um banco de dados que deverá
conter no mínimo: nome do município, telefone de contato, nome completo e e-mail. As
informações deverão ser organizadas em planilha eletrônica constando a estratégia de
gerenciamento de cada contato.
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visitante da Usina Fotovoltaica e que ofereça um espaço adequado para disseminação do
conhecimento relativo as questões socioambientais do empreendimento.
O espaço deverá conter estruturas mínimas de convívio social como uma sala que possibilite
a realização de exposições, palestras e apresentação sobre o empreendimento e banheiros.
A fim de permear todos os eixos da área afetada pelo empreendimento, as ações, deverão
ocorrer em duas frentes, sendo destinados às:
Comunidades Lindeiras;
Trabalhadores da obra.
O quantitativo relativo as atividades que incluem reuniões, mini-cursos, oficinas e plantios
deverão ser definidos pelos executores das ações durante a etapa de “Identificação de
Stakeholders e Diagnóstico Socioambiental”.
Comunidades Lindeiras
Plano de ação: Para traçar o público e as instituições que serão atendidas pelo
programa será necessário fazer um levantamento, que deverá ser realizado durante a etapa
de “Identificação de Stakeholders e Diagnóstico Socioambiental”, das instituições do
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município de Pedranópolis/SP como, escolas particulares e públicas da rede municipal e
estadual, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e de Obras, clubes de serviço e demais
representantes da sociedade civil. A partir deste levantamento deverá ser estipulado a
frequência e o local de ocorrência das seguintes atividades:
Mini-Cursos: Tal atividade será oferecida ao corpo docente das instituições públicas e
particulares. Os temas tratados no curso deverão permear assuntos relativos aos: i) tipos
de produção de energia no Brasil e seus impactos ambientais dentro do planejamento
integrado de recursos (social, política, técnico-econômica e ambiental); e ii) energia
fotovoltaica no Brasil e no mundo – benefícios, perspectivas e uso.
Oficinas: Para esta atividade poderá ser realizado palestras, jogos educativos, discussões
em grupo, vídeos, documentários, e demais atividades que desenvolvam o senso crítico
dos participantes e mudança de postura com as questões ambientais. Os temas a serem
trabalhados deverão ser definidos após a identificação e ao diagnóstico ambiental
realizado no início de implantação deste programa. As oficinas serão oferecidas aos
discentes e serão realizadas nas escolas particulares e públicas da rede estadual e
municipal de Pedranópolis. As oficinas deverão ser distribuídas ao longo dos quatro
bimestres do ano letivo.
50
como mais uma ferramenta de informação e incentivo à participação individual e
coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente,
entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício
da cidadania.
Trabalhadores da obra
Oficinas: Para esta atividade poderá ser realizado palestras, jogos educativos, discussões
em grupo, vídeos, documentários, e demais atividades que desenvolvam o senso crítico
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dos participantes e mudança de postura com as questões ambientais. As oficinas
deverão ser realizadas mais intensamente no início da execução das obras e,
posteriormente mais espaçadamente ou de acordo com a entrada de novas frentes de
trabalho. As oficinas abordarão assuntos relativos ao cumprimento das normas e
procedimentos relativos à proteção do meio ambiente, saúde e segurança e cuidados
com o meio ambiente, como já citado ao longo deste estudo, especialmente no item
2.6.1. Deverão ainda abordar de forma geral, ações para a proteção da flora e fauna;
relação com a comunidade; controle sistemático de resíduos e saneamento; prevenção
e controle de acidentes, dentre outros que serão estabelecidos no Diagnóstico e
Identificação Socioambiental e também nas reuniões iniciais.
A equipe para este objetivo deve contar minimamente de uma equipe formada por um técnico
de meio físico, um profissional ligado ao meio social e um profissional de comunicação e
marketing.
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Cronograma de atividades
As ações de CS e EA deverão ser realizadas de acordo com o cronograma a seguir:
ETAPAS Mês
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Identificação de
Stakeholders e
Diagnóstico
Sociambiental
ETAPAS CS
Escolha de mascote
Produção de arte,
conteúdo e impressão
Folder/panfleto/banner
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Ouvidoria
Caixa de sugestões
Site
Fóruns de Comunicação
Organização do banco de
dados
Visitações
ETAPAS EA
Comunidade lindeira
Reuniões
Mini-cursos
Oficinas
54
Distribuição de Folders e
Panfletos Informativos
Plantio Simbólico
Trabalhadores da Obra
Reuniões
Oficinas
Código de Conduta
55
2.6.11. Supervisão Ambiental e Monitoramento das Obras
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• Apresentar relatório de encerramento contemplando o balanço das atividades
desenvolvidas e dos resultados obtidos, bem como a recuperação de todas as áreas
afetadas pelas obras, a execução das ações de divulgação e comunicação social, além
da instalação de bacia de contenção e da caixa separadora de água e óleo na área da
Subestação, por meio de descritivos, comprovantes e registros fotográficos.
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2.6.12. Cronograma Físico do PAC
ETAPAS DO PROGRAMA Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8 Mês 9 Mês 10 Mês 11 Mês 12
Mobilização da mão-de-obra e
conscientização
Monitoramento e Controle:
Controle de erosão
Desmobilização da estrutura do
acampamento
Supervisão ambiental
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2.6.13. Equipe Técnica Responsável pela Elaboração do Programa:
CRBio 1 – 082091/01
59
2.6.14. Referências
BARBOSA, W.P.F., AZEVEDO, A.C.S.D., COSTA, A. L. & PINHEIRO, R.B.. Estudo para penetração
de investimentos em Energia Solar Fotovoltaica no Estado de Minas Gerais. In:: Energia e
Direito. Rio de Janeiro: Lumen Juris,2015.
IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas. 1995. Mapa de erosão do Estado de São Paulo. São
Paulo. Relatório, 33.402.
PRETI, F.A.; FREITAS, N.Q. & LOPES, A. 2014. Estudo Ambiental Simplificado – Projeto Usinas
Pedranópolis 1, 2, 3 e 4. Votuporanga/SP.
60