Programa Ambiental para Construção - UFV PEDRANOPOLIS

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PAC – PROGRAMA AMBIENTAL DE

CONSTRUÇÃO

Empreendimento:

USINA SOLAR FOTOVOLTAICA

Empreendedor:

USINA DE ENERGIA FOTOVOLTAICA DE


PEDRANOPOLIS LTDA.

Janeiro de 2019
I. Sumário

1. APRESENTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ........................................................... 1

1.1. Identificação do Empreendedor e Empreendimento ......................................... 1

1.2. Representante Legal ......................................................................................... 1

1.3. Empresa Responsável pela Elaboração do PAC .................................................. 1

1.4. Ficha Técnica do Empreendimento ................................................................... 2

2. PAC – PROGRAMA AMBIENTAL DE CONSTRUÇÃO ............................................. 4

2.1. Justificativa ...................................................................................................... 4

2.2. Objetivos .......................................................................................................... 4

2.3. Metas ............................................................................................................... 5

2.4. Indicadores Ambientais .................................................................................... 7

2.5. Público Alvo ..................................................................................................... 7

2.6. Metodologia..................................................................................................... 8

2.6.1. Mobilização da Mão-de-Obra e Conscientização ................................................. 8

2.6.2. Limpeza do Terreno para Obras ........................................................................... 9

2.6.3. Implantação do Canteiro de Obras..................................................................... 10

2.6.4. Controle de Erosão ............................................................................................. 11

2.6.5. Controle da Poluição e Proteção dos Recursos Hídricos .................................... 18

2.6.6. Cuidados com a Vegetação Nativa e APP ........................................................... 21

1
2.6.7. Gestão dos Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos da Construção Civil ............. 29

2.6.8. Recuperação de Áreas Degradadas .................................................................... 39

2.6.9. Mitigação dos Incômodos Gerados à População Lindeira ................................. 43

2.6.10. Ações de Comunicação Social e Educação Ambiental .................................... 44

2.6.11. Supervisão Ambiental e Monitoramento das Obras ...................................... 56

2.6.12. Cronograma Físico do PAC .............................................................................. 58

2.6.13. Equipe Técnica Responsável pela Elaboração do Programa: ......................... 59

2.6.14. Referências...................................................................................................... 60

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1. APRESENTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

1.1. Identificação do Empreendedor e Empreendimento

Empresa Responsável: USINA DE ENERGIA FOTOVOLTAICA DE PEDRANOPOLIS LTDA.

CNPJ: 31.739.003/0001-75

Endereço: Rodovia Vicinal Chafi Marão, km 9, Zona Rural, CEP: 15630-000, Pedranópolis (SP).

Telefone/Fax: (17) 3421-6778

Empreendimento: USINA SOLAR FOTOVOLTAICA - Geração de Energia Elétrica através de


Painéis Fotovoltaicos

Código CNAE: 3511-5/01

Tipo da Regularização: Licença de Instalação.

Potência: 90 MW

Área útil: 197,12 hectares

1.2. Representante Legal

Nome: Maria Cristina Gratão Fonseca

CPF: 202.773.828-23 RG: 24.931.015-6 SSP/SP

E-mail: [email protected]

1.3. Empresa Responsável pela Elaboração do PAC

Razão Social: LHG AMBIENTAL PROJETOS E CONSULTORIA LTDA.

CNPJ: 16.985.926/0001-13

Endereço: Rua Tietê, 3633, Bairro Santa Eliza, Votuporanga- SP

Fone: (17) 3421-5003 Celular: (17) 99656-9218

1
Responsável Técnico e contato com a CETESB: Luiz Gustavo Gallo Vilela, Geólogo, CREA nº
5060653694

E-mail: [email protected]

1.4. Ficha Técnica do Empreendimento

O Empreendimento refere-se à instalação de uma Usina Fotovoltaica, no município de


Pedranópolis/SP, com capacidade de 90 MWn de Potência em área de 197,12 hectares.

Serão implantadas três unidades que estão em localizadas em área contígua na zona rural do
município de Pedranópolis, nas propriedades denominadas de Fazenda Marinheiro, Sítio
Xodó, Sítio Santa Izabel e Sítio Nossa Senhora Aparecida, próxima à Rodovia Vicinal Municipal
Chafi Marão (Km 9) que interliga Pedranópolis ao distrito de Santa Isabel do Marinheiro. A
capacidade de cada uma e sua área estão descritas a seguir:

Tabela 1. Usinas do Complexo Fotovoltaico Pedranópolis.


Usina Fotovoltaica Potência Nominal (MWn) Área útil (ha)
Pedranópolis 1 30 75,12
Pedranópolis 2 30 63,93
Pedranópolis 3 30 58,07
Total 90 197,12

A seleção do local seguiu critérios físicos da área, com base na análise rigorosa de certos
requisitos que tornam perfeitamente viável à implantação do projeto, principalmente com
relação à declividade do relevo que apresenta boas condições para implantação do parque,
incidência de radiação solar abundante na região, minimização dos impactos ambientais
devido à pouca adulteração na paisagem local e critérios de logísticas, tais como a conexão
direta com a linha de transmissão de energia elétrica da CTEEP que atravessa a área.

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Figura 1. Imagem de satélite com a localização das usinas fotovoltaicas Pedranópolis 1, 2 e 3.

Fonte: Google Earth modificado.

A implantação do empreendimento objetiva gerar energia elétrica e inserir no mercado


energético do país uma solução sustentável para o grande consumo interno de energia,
mediante a utilização de um processo limpo que utiliza o sol como fonte de matéria prima.

A escolha de Pedranópolis, se deve pelos motivos já explicitados anteriormente e


especialmente ao fato de que o índice potencial de irradiação aponta que, a região oeste do
estado de São Paulo tem os melhores potenciais para a exploração da energia solar
fotovoltaica. A área do empreendimento e sua região apresentam alta taxa de radiação solar
diária entorno de 6,5 a 7,0 Kwh/m2/dia, em um índice nacional que varia de 4,00 a
7,00Kwh/m2/dia.

Desta forma, tal empreendimento será um marco na consolidação do uso da radiação solar
no Brasil por ser um dos pioneiros na geração e utilização de fonte alternativa e renovável de
produção de energia elétrica limpa, dando provimento à diversificação esperada da matriz
energética brasileira com a disponibilização de energia estratégica não associada à geração de
gases do efeito estufa (GEE).

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2. PAC – PROGRAMA AMBIENTAL DE CONSTRUÇÃO

Os impactos ambientais gerados em empreendimentos de aproveitamento solar fotovoltaico


estão estreitamente relacionados à sua localização, às características físico-climáticas do local
de implantação e às características dos ecossistemas locais (Barbosa, et al., 2015). As
adequações das áreas de ocupação, instalação das placas solares, construção das estruturas
e instalações adjacentes mínimas constituem os principais impactos previstos. Contudo, sob
uma análise generalizada, os impactos negativos apresentados por sistemas fotovoltaicos são
bastante reduzidos quando comparados com os impactos positivos e as vantagens de sua
implantação (Inatomi & Udaeta, 2005).

Diante deste cenário, o PAC da Usina de Energia Solar de Pedranópolis foi elaborado para
indicar medidas e técnicas construtivas indispensáveis para que se reproduza no campo o
padrão de desempenho ambiental necessários a implantação do empreendimento. Além
disso, o programa é o instrumento que possui os critérios básicos a serem supervisionados
pelo empreendedor e seguidos pelos empreiteiros durante a fase de implantação da obra,
num processo que assegura a redução dos impactos ambientais.

2.1. Justificativa

Este programa justifica-se pela necessidade de estabelecimento de práticas preventivas


construtivas que norteiem um conjunto de ações que possam promover a redução dos
impactos causados pelas obras sobre os recursos naturais locais, os operários e a qualidade
de vida das populações do entorno.

2.2. Objetivos

O PAC tem como objetivo organizar a implementação de ações e diretrizes básicas que
deverão ser adotadas durante a construção do empreendimento da usina fotovoltaica,
visando instituir técnicas adequadas que garantam a execução das obras com o controle,
monitoramento e mitigação dos impactos gerados ao meio ambiente, à saúde e segurança do
trabalhador, e à comunidade vizinha.

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2.3. Metas

As metas para o PAC foram definidas baseadas nos passos intermediários fundamentais para
cumprir com o objetivo do programa.

Serão divididas nas seguintes fases: i) Planejamento e Organização; ii) Prevenção; e iii)
Monitoramento e Mitigação, das quais seguem descritas mais detalhadamente:

i) Planejamento e organização
• Orientar quanto aos procedimentos para o licenciamento das áreas de apoio, de
acordo com as condições, das quais incluem a) Subestação compacta, b) Canteiro de
Obras; e c) área de Manutenção;
• Promover a segregação e destinação correta de 100% dos resíduos gerados;
• Orientar quanto à obtenção da Autorização para supressão de indivíduos arbóreos
isolados, para que a empreiteira tome ciência das áreas autorizadas para supressão,
sendo de responsabilidade da empreiteira a comprovação da destinação correta do
material lenhoso;
• Divulgar a importância estratégica e econômica do empreendimento para o
desenvolvimento local e regional, evidenciando os benefícios socioambientais;
• Elaborar material informativo para as atividades de comunicação social e educação
ambiental.
ii) Prevenção
• Evitar a propagação de incêndios, para prevenir acidentes de trabalho e ambientais;
• Atender à legislação específica referente a padrões de qualidade do ar e níveis de
ruído, para minimizar os impactos na saúde dos trabalhadores, da população do
entorno e do meio ambiente;
• Conformidade com os padrões e técnicas adequadas de uso e conservação de solo;
• Reduzir o risco de acidentes na rodovia através de sinalização junto aos locais de maior
movimentação de veículos, para evitar acidentes de despejos de combustíveis, e
proteção da vida dos trabalhadores;
• Contribuir com a proteção da saúde física e mental do trabalhador;

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• Promover o treinamento ambiental dos trabalhadores;
• Assegurar a correta disposição de resíduos sólidos e efluentes líquidos dos canteiros
de obras e frentes de trabalho, sendo a destinação responsabilidade do gerador;
• Assegurar a correta disposição dos resíduos verdes oriundos das atividades de
supressão, sendo a destinação responsabilidade do gerador;
• Promover a recuperação das áreas ocupadas por canteiros de obras e instalações de
apoio, para promover a recuperação da área e o estímulo a resiliência ambiental;
• Realizar fóruns de comunicação para viabilizar o diálogo e divulgação das
características básico-institucionais do empreendimento, com representantes do
poder público, comunidades lindeiras e trabalhadores do empreendimento.
iii) Monitoramento e Mitigação
• Contribuir no controle dos processos erosivos decorrentes da implantação das obras e
da supressão, para proteção do solo e dos recursos hídricos;
• Colaborar na implantação de medidas de controle visando à redução das emissões de
gases, poeiras e ruídos, para supervisionar as atividades e fornecer informações para
o cumprimento das normas;
• Promover a supervisão ambiental para eficiência da obra e proteção dos recursos
naturais;
• Controlar o tráfego e realizar adequações junto às travessias urbanas para dar
segurança aos pedestres;
• Instituir equipe de supervisão ambiental e de obra;
• Apresentar relatórios quadrimestrais, durante a implantação do empreendimento;
• Apresentar relatório de encerramento contemplando o balanço das atividades
desenvolvidas e dos resultados obtidos, bem como a recuperação de todas as áreas
afetadas pelas obras, a execução das ações de divulgação e comunicação social, além
da instalação de bacia de contenção e da caixa separadora de água e óleo na área da
Subestação, por meio de descritivos, comprovantes e registros fotográficos.

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2.4. Indicadores Ambientais

Os indicadores considerados como representativos para o presente Programa são os


seguintes:

• Número de ocorrência de acidentes de trabalho;


• Número de ocorrência de focos erosivos e de assoreamento;
• Registros de reclamações da relação com a população do entorno;
• Número de ocorrência de áreas contaminadas;
• Dados relativos à interferência na qualidade da água subterrânea e superficial;
• Registros da interferência com o sistema viário local;
• Sistema de sinalização da obra;
• Dados da geração de ruídos, vibrações e poeira;
• Percentual de resíduos segregados;
• Percentual de efluentes tratados em conformidade com os padrões de qualidade e
legislação vigente;
• Número e representatividade do público determinado nos fóruns de comunicação;

• Conformidade de execução da supressão e compensação da vegetação, de acordo com


projetos e autorizações emitidas pelo órgão ambiental competente.

2.5. Público Alvo

O presente programa dirige-se às empresas contratadas para as obras e consequentemente


aos trabalhadores envolvidos em todas as etapas de implantação, distribuídos nas etapas de
construção e montagem do empreendimento, abrangendo profissionais especializados ou
não, que atuarão nas diversas áreas de edificação e de divulgação do projeto. Dirige-se
também a comunidade lindeira direta e indiretamente afetada pelo empreendimento que
atuarão como disseminadores de informações, bem como ao empreendedor, no qual caberá
a supervisão do atendimento aos procedimentos estabelecidos neste programa.

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2.6. Metodologia

2.6.1. Mobilização da Mão-de-Obra e Conscientização

A empreiteira responsável pela implantação da obra deve prezar pela saúde e segurança do
trabalhador e das ambientais, promovendo a capacitação e treinamento da mão-de-obra, que
deverá seguir as normas e regulamentos com o intuito de evitar e mitigar os danos ambientais
nas questões inerentes ao empreendimento.

Todos os trabalhadores deverão ajustar-se às exigências locais, no tocante a qualquer


atividade impactante ao meio ambiente, atentando para o código de conduta a ser
implantado pela contratada, que dentre outras, deverá estabelecer especificações mínimas
para proteção da fauna e flora, da qualidade da água, ar e solo.

Os treinamentos deverão ser realizados por consultores, fornecedores, colaboradores


especializados, e responsáveis pela Comunicação Social e Educação Ambiental (item 2.6.10.)
com vistas a minimizar os acidentes ambientais e tensões sociais.

O conteúdo da capacitação deverá tratar os seguintes aspectos:

• Condições e meio ambiente de trabalho;


• Preservação e proteção ambiental;
• Cuidados com a vegetação nativa e Área de Preservação Permanente - APP’s;
• Controle do fogo e prevenção de incêndios florestais;
• Controle de poluição das obras e do canteiro de obras;
• Gestão dos resíduos sólidos e efluentes líquidos gerados;
• Riscos de acidentes com animais peçonhentos;
• Uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI);
• Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) existentes no canteiro de obra e instalações
de apoio;
• Aspectos sociais e mitigação de incômodos relacionados a população nas áreas de
influência direta e indireta ao empreendimento.

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O cronograma e as capacitações a serem desenvolvidas com os trabalhadores da obra estão
descritos no item 2.6.10. (Ações de Comunicação Social e Educação Ambiental).

2.6.2. Limpeza do Terreno para Obras

Para evitar danos ao solo e ao recurso hídrico, a limpeza do terreno deverá ser realizada de
forma individualizada, ou seja, por unidade de projeto (Usina Fotovoltaica – UFV) e de acordo
com a melhor logística de trabalho. Desta forma, a limpeza do terreno não poderá ocorrer de
forma simultânea em todas as UFVs devendo, portanto, ocorrer de forma escalonada. Além
disso, as técnicas de conservação de solo e de drenagem deverão ocorrer concomitantemente
a limpeza do terreno, tomando como base as orientações contidas neste estudo e no projeto
de drenagem, apresentado em paralelo durante esta etapa do licenciamento. Assim, durante
a etapa de implantação do empreendimento deverão ser consideradas as seguintes
condicionantes:

• Promover a limpeza do terreno de forma escalonada, de acordo com a melhor logística


de trabalho;
• Implantar as técnicas de conservação do solo e do projeto de drenagem;
• Caso seja necessário remover a camada de solo orgânico, armazená-lo em local
protegido contra erosões e deslizamentos;
• Utilizar apenas bota-fora delimitados e autorizados para este fim;
• Certificar-se da existência de autorização do IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional, quanto à liberação das áreas de intervenção delimitadas para
início das obras de construção;
• Cuidados com fauna para evitar acidentes e promover a indução do deslocamento
natural;
• Caso a empreiteira venha realizar ou subcontratar o trabalho de supressão da
vegetação de indivíduos arbóreos isolados, seguir estritamente a autorização
ambiental emitida pelo órgão competente;

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• Proteger a vegetação nativa remanescente das áreas do entorno para que não sejam
atingidas pelas obras, por meio de isolamento, sinalização e controle de acessos e uso
indevido dos funcionários;
• Não intervir em Áreas de Preservação Permanente de qualquer natureza sem a prévia
e expressa autorização do órgão ambiental competente;

• Não realizar, em hipótese alguma, pichações em rochas naturais.

2.6.3. Implantação do Canteiro de Obras

O canteiro de obras será instalado no Projeto Pedranópolis 1, que deverá ser realizado dentro
dos limites da área licenciada para o empreendimento, no qual está inserido em uma área de
aproximadamente 5.000 m², constituído basicamente de áreas de armazenamento de
materiais (módulos fotovoltaicos e resíduos) de combustíveis, e de áreas de vivência
(refeitório, dispensa, escritório e etc.), conforme a Figura 2.

O canteiro de obra deverá seguir as seguintes diretrizes:

• A supressão de vegetação só poderá ocorrer com a autorização do órgão ambiental


correspondente, no qual consta detalhes ao longo desse estudo;
• Os acampamentos deverão garantir condições adequadas de segurança, higiene e
conforto aos trabalhadores e envolvidos de acordo com normas e regulamentações
vigentes;
• Não deverá ser permitido despejo de esgotos em corpos hídricos, devendo ser
implantado o sistema de tratamento conforme licenciamento específico;
• As áreas de risco deverão ser sempre sinalizadas e de controle restrito;
• Deverá haver piso com revestimento impermeável e dispositivo de contenção e
filtragem de óleos e graxas nas áreas de manutenção, oficina mecânica, abastecimento
de combustíveis e armazenamento de derivados de petróleo e produtos químicos em
geral, evitando com essas medidas a contaminação do solo e cursos d’água;

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• A coleta, segregação, armazenamento e destinação final dos resíduos e efluentes da
obra, devem estar em conformidade com as normas ambientais e de acordo com as
orientações contidas ao longo desse estudo.

Figura 2. Planta do canteiro de obras .

Fonte: Solatio Energia.

2.6.4. Controle de Erosão

Fatores de erodibilidade

O potencial de erosão de um local é determinado em virtude de algumas variáveis. A Equação


Universal de Perda de Solo (EUPS) é apresentada da seguinte forma:

E = R.K.LS.C.P

em que:

E – Taxa média anual de erosão (t/ha/ano)

R - fator de erosividade da chuva (MJ.mm/ha.h.ano)

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K - fator erodibilidade do solo (t.h/MJ.mm)LS - fator topográfico (adimensional)

1. C - fator de uso e manejo (adimensional)

P - fator de prática conservacionista (adimensional)

Assim, nota-se que a erodibilidade de um local varia conforme a quantidade e distribuição de


chuva, tipo de solo, declividade do local, tipo de uso do solo e práticas de conservação do solo.

Segundo o EAS do referido empreendimento, o tipo de solo encontrado na área se enquadra,


na subordem LATOSSOLO – PODZÓLICO VERMELHO AMARELO + LATOSSOLO VERMELHO
ESCURO textura média, ambos classificados como A moderado (EAS, 2014). Possui topografia
suave a suavemente ondulada, com declividade de 0% a 2% (EAS, 2014). Em adição, de acordo
com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (1995), o empreendimento encontra-se em
área de alta suscetibilidade a erosão por sulcos, ravinas e boçorocas de grande porte (rochas
sedimentares/básicas).

O tipo de uso e ocupação do solo é recoberto predominantemente pelo cultivo de cana-de-


açúcar, em menor proporção áreas com gramíneas destinada pastagem para criação de gado
de leite, além de algumas espécies arbóreas isoladas. Para o referido empreendimento
ocorrerá a supressão de indivíduos arbóreos isolados e roçada das gramíneas exóticas, e o
único fragmento da área será preservado. No local do empreendimento, não há sinais
evidentes de erosão em estado de ravina ou voçoroca.

Para implantação do empreendimento não haverá serviços de terraplanagem, pois a


instalação das placas acompanha o nível do terreno. De acordo com EAS (2014), os
carreadores e vias internas existentes serão reaproveitados, mas haverá abertura de novas
vias de acesso entre os conjuntos internos de painéis fotovoltaicos.

O EAS (2014) ainda caracteriza o tipo climático de Pedranópolis com invernos secos e verão
chuvoso (Aw na classificação de Köppen) com temperatura média anual de 24°C, tendo a
média das máximas de 33,5°C e a média das mínimas de 18°C. A precipitação pluviométrica
média anual entorno de 1.362 mm.

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Assim, diante deste cenário e das fragilidades ambientais, algumas medidas são necessárias
para evitar pontos críticos de erodibilidade durante o processo de instalação de estruturas e
conseguinte infraestruturas associadas.

Dentre as atividades que possam acarretar condições para a ocorrência de processos erosivos
ressalta-se aquelas em que há interferência na cobertura e exposição do solo, movimentação
e revolvimento do solo, tráfego de maquinários e outros veículos, construção de benfeitorias
e aquelas localizadas próximas às áreas mais sensíveis, como alta declividade, solo exposto,
vegetação nativa e área de preservação permanente. Dessa forma, lista-se:

Atividade Descrição

A superfície do terreno será preparada realizando-se uma limpeza para deixar a


área adequada a receber as estruturas. A operação é considerada necessária para
a construção das casas de inversores, valas de cabos, valetas, sarjetas e outros
Preparo do dispositivos de drenagem, vias de acesso internas e carreadores entre os painéis.
solo Não se esperam grandes movimentos de solo, pois existem pequenas elevações na
área, os quais serão eliminadas e utilizados para o nivelamento do terreno. As
fundações da estrutura serão feitas de acordo com as condições do terreno.

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Os corredores centrais têm por objetivo permitir o acesso a todos e cada uma das
casas de inversores pré-fabricadas, unidade de controle e subestação, tanto para a
fase de construção como para a fase de operação.

Seguirá as seguintes especificações:


Corredor
i. Reaterro em material selecionado e compactado (de preferência usar o
central de
terreno de corte, se o mesmo tiver condições de uso).
acesso
ii. Seção de rodagem de 4m, acrescido de mais 1m para cada lado para inclusão
(Figura 3)
das drenagens.
iii. Pavimento em BGS (Brita Graduada Simples) e/ou reciclada, de resíduos de
construção civil (RCC), de espessura de 15 cm, sobre base compactada a pelo
menos 95% do ensaio Proctor Normal.

A função principal das drenagens é a de permitir o encaminhamento das águas que


se acumulam sobre o acesso, assim como nas zonas de entorno, para receber e
canalizar longitudinalmente as precipitações.
O sistema de drenagem superficial adotado consiste basicamente na disposição de
Drenagens
sarjetas/valetas nos bordos dos acessos, cuja missão é a de receber e canalizar as
águas pluviais do acesso e do escoamento superficial do talude de corte se houver
(vide projeto de Drenagem).

As canaletas que deverão ser abertas para o cabeamento elétrico serão construídas

Canaletas de forma que fiquem protegidas contra processos erosivos.

elétricas

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Figura 3. Modelo de seção transversal dos corredores centrais.

Fonte: LHG, 2015.

Além da identificação das possíveis atividade que possam aumentar o risco de erodibilidade,
deve-se atentar para os pontos com maior declividade e a proximidade com vegetações
nativas (reservas e áreas de preservação permanente) e cursos d’água.

Para estas áreas deve-se ter cautela com relação a:

• Preparo do solo e abertura de estradas internas;


• Exposição do solo em grande extensão;
• Circulação de veículos e maquinários;
• Instalação de dispositivos de drenagem.

Medidas preventivas e mitigadoras

Para promover o controle e a minimização dos danos causados por processos erosivos estão
relacionadas abaixo as ações que deverão ser seguidas:

• Promover a limpeza do terreno de forma escalonada, de acordo com a melhor


logística de trabalho;
• Promover a remoção da vegetação rasteira e/ou culturas mediante o uso de
herbicidas, de forma gradativa e modular.
• Evitar a exposição do solo em grandes extensões;
• Executar técnicas de conservação do solo e do projeto de drenagem (vide projeto)
concomitante a limpeza do terreno e durante a abertura de estradas;
• Manter os terraços em curva de nível preservados e funcionais;

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• Instalar dispositivos de contenção de água pluvial e sistemas de drenagem ao longo
das placas solares e estradas (vide projeto de Drenagem);
• Promover abertura de aceiros de proteção para as áreas de vegetação nativa e
preservação permanente;
• Sinalizar as áreas próximas às áreas de vegetação nativa e preservação permanente
onde houver circulação de pessoas para manter o ambiente limpo e sem
degradação;
• Cuidados e boas práticas com o manejo de resíduos nas áreas de obras para não
atingir as áreas de proteção ambiental e ou causar contaminação de solo e água.
• Possibilitar a maior cobertura possível do solo com vegetação nativa ou gramínea
no caso dos locais de instalação de placas solares;
• Não revolvimento ou preparo do terreno em períodos com alto índice
pluviométrico;
• Abertura de bacia de captação (caixa seca) para contenção da água pluvial nas
estradas, internas e externas de acesso do empreendimento;
• Nos locais em que forem cortadas as árvores isoladas e houver a destoca das raízes,
o espaço no subsolo que se fará em virtude de tal operação deve ser estabilizado.
Para isso, há necessidade de nivelar esse espaço;
• Promover a imediata reconformação das curvas de nível, em caso de necessidade
de intervenção nas linhas de contenção (terraços);
• Promover o plantio de gramíneas nos carreadores situados entre os arranjos dos
painéis;
• Revestir o acesso principal e o aceiro, com brita, preferencialmente de resíduo de
construção civil - RCC, para minimizar a impermeabilização e a emissão de material
particulado;
• Promover a limpeza periódica das caixas secas com vistas a promover a
conservação e melhoria no armazenamento de quantidade de água e sedimento.

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Monitoramento e controle de processos erosivos

O monitoramento é implícito ao controle de processos erosivos, já que as indicações de


manutenção e a proposição de medidas complementares podem garantir a contínua
funcionalidade na diminuição da atividade erosiva.

Adotando-se para o monitoramento a inspeção “in loco” dos focos erosivos, com acesso por
via terrestre, existem dois termos principais: i) estabilidade dos focos erosivos; ii)
recomendação para serviços de manutenção.

A manutenção periódica dos terraços, estruturas das estradas, canais, drenos, entre outros, é
de fundamental importância para se atingir o objetivo de estabilização do solo e dos processos
erosivos que por ventura ocorrerem. O colapso de uma simples estrutura pode comprometer
todo o empreendimento.

As medidas de manutenção como limpeza, desobstrução e reparos de canais e tubulações


contribuem também para prolongar a vida útil do empreendimento. Sugere-se uma visita de
monitoramento nos pontos mais sensíveis à erosão com periodicidade mensal. Tal análise
deve ser registrada a partir de um check-list e fotografias. Os pontos a serem amostrados
devem ser determinados conforme necessidade no decorrer na instalação e operação do
empreendimento. Durante os períodos com alto índice pluviométrico, caso haja necessidade,
os monitoramentos podem ser realizados com menor periodicidade.

Para tal avaliação e elaboração do checklist, os itens mínimos a serem avaliados serão:

Itens

Localização (GPS e Ponto de Referência)

Número do Ponto Amostrado

Fotografia

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Tipo de Erosão

Uso do Solo

Proximidade de Vegetação Nativa

Proximidade de APP

Solo

Vegetação

Estado da obra de contenção de erosão

Necessidade de intervenção

2.6.5. Controle da Poluição e Proteção dos Recursos Hídricos

Segundo EAS (2014), o empreendimento está localizado na Bacia Hidrográfica do Turvo


Grande, principia-se à margem esquerda do córrego do Marinheirinho. No interior das usinas
não há corpos hídricos, porém margeando a sul/leste está o Córrego do Marinheirinho que
em aproximadamente 25 km deságua no Rio Grande. Devido à proximidade com o
reservatório da Usina Hidrelétrica Água Vermelha deve haver atenção especial com relação
ao carreamento de sedimentos ao curso d’água. O acúmulo destes sedimentos pode
promover o comprometimento com relação a redução do volume útil do reservatório,
alterações na vazão regularizada e consequentemente na capacidade de geração de energia
elétrica.

O termo sedimentação se refere ao processo de erosão, transporte de sedimentos e sua


respectiva deposição (assoreamento) (Miranda, 2011). Grande parte dos sedimentos

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presentes no curso d’água são originados, da erosão da bacia hidrográfica das margens e dos
próprios leitos dos rios (Miranda, 2011).

Assim, as medidas preventivas empregadas neste estudo auxiliam para evitar a produção dos
sedimentos e que os transporte dos mesmos chegue até o curso d’água evitando a formação
de depósitos nos cursos d’água e consequentemente aos reservatórios.

Para prevenir o carreamento de sedimentos para os cursos d’água que margeiam o


empreendimento deve-se promover a proteção das áreas de preservação permanente, com
vistas a atenção especial durante os momentos de abertura de estradas internas, circulação
de veículos e instalação de dispositivos de drenagem, por meio das seguintes ações
preventivas:

• Executar todas as medidas preventivas já propostas neste estudo, com atenção


especial ao escalonamento da limpeza das UFVs aliada a execução de técnicas de
conservação de solo e drenagem;
• Evitar a exposição do solo em grandes extensões;
• Promover contenção provisória mediante deposição de sacos de areia
transversalmente ou telado apropriado para retenção e deposição do solo nas linhas
de maior declive e próximas às áreas de preservação permanente e ao plantio
compensatório;
• Promover a proteção contra eventuais danos oriundos da construção que possam
danificar a área e/ou plantio da Recuperação Florestal do referido empreendimento;
• Instalar dispositivos de contenção de água pluvial e sistemas de drenagem ao longo
das placas solares e estradas;
• Abrir aceiros de proteção para as áreas de vegetação nativa e preservação
permanente;
• Promover o plantio de gramíneas nos carreadores entre os painéis para aumentar a
infiltração e diminuir o volume e a velocidade da água pluvial na superfície do terreno;

19
• Revestir com brita, preferencialmente de RCC, o corredor central de acesso, recuo
perimetral e aceiros próximos às áreas de vegetação nativa para diminuir a emissão de
material particulado e ainda auxiliar na infiltração de águas pluviais;
• Promover a manutenção das vias de acesso, por meio da roçada das gramíneas nos
carreadores entre os painéis, e reposição e reorganização das britas nos aceiros, recuo
perimetral e corredor de acesso;
• Sinalizar as áreas próximas às áreas de vegetação nativa e preservação permanente
onde houver circulação de pessoas para manter o ambiente limpo e sem degradação;
• Promover cuidados e boas práticas com o manejo de resíduos nas áreas de obras para
não atingir as áreas de proteção ambiental.

Para prevenir a poluição dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos que margeiam o
empreendimento, a empreiteira deverá:

• Possuir equipamentos de emergência para contenção de derrames;


• Possuir cadastros de prestadores de serviços habilitados para atendimentos de
emergências de derrames de produtos químicos;
• Realizar o tratamento dos efluentes no caso de fossas sépticas seguindo as indicações
da NBR 7229/93 e da NBR 13969/97 ou Estações de Tratamento de Esgoto (ETE)
Compactas, obedecendo aos parâmetros da NBR 12209/92 (antiga NB 570/90);
• Promover a sinalização e identificação de corpos hídricos próximos as vias de trânsito
internas.

20
Figura 4. Imagem de satélite com o Córrego Marinheirinho presente no entorno do
empreendimento (linha azul) e respectivas UFVs: Pedranópolis 1: delimitada pela linha amarela;
Pedranópolis 2: delimitada pela linha vermelha; e Pedranópolis 3: delimitada pela linha azul.

Fonte: Google Earth, 2018.

2.6.6. Cuidados com a Vegetação Nativa e APP

De acordo com o EAS, a vegetação natural remanescente é considerada uma área de transição
da Mata Atlântica com encraves de Cerrado e se insere no Bioma Mata Atlântica. A maior
parte da cobertura vegetal original encontra-se devastada, estando a área composta em
grande extensão por cana de açúcar, e em menor por gramíneas exóticas brachiaria
(pastagem).

A vegetação nativa presente no interior da área útil das usinas está disposta em indivíduos
arbóreos isolados permeadas pela matriz antrópica. Com relação a fragmentos florestais,
ocorre um de aproximadamente 12 hectares entre as usinas, mas fora da área útil destas, e
outro fragmento de cerca de 30 hectares, ao norte da usina Pedranópolis 1, também fora da
área útil do empreendimento.

21
Não haverá intervenção nestes fragmentos florestais pelo empreendimento.

A APP do entorno tem aproximadamente 10,03 ha de extensão, está bem preservada com
tipologia de floresta ribeirinha disposta em vários estágios de sucessionais (EAS, 2014). Cabe
ressaltar que o empreendimento não fará qualquer intervenção em APPs, e seus limites
delimitados pela legislação devem ser respeitados.

Não há unidades de conservação em um raio de 10 km da área do empreendimento (EAS,


2014).

Assim, este documento apresenta orientações e diretrizes gerais, sendo que a quantificação,
localização, identificação das espécies a serem suprimidas, e as técnicas de compensação
estão relacionadas no Projeto de Recuperação Florestal e documentos para a autorização para
supressão de vegetação (ASV), apresentados no processo de licenciamento do
empreendimento, nas quais devem ser seguidas estritamente.

Para melhor entendimento, a metodologia foi subdividida em dois subprogramas:

I) Subprograma de Supressão de Vegetação;

II) Subprograma de Compensação Florestal.

Normas gerais - segurança e conscientização

A empreiteira contratada responsável pela supressão e compensação da vegetação deve


prezar pela saúde e segurança do trabalhador e das questões ambientais, promovendo a
capacitação e treinamento da mão-de-obra, que deverá seguir as normas e regulamentos com
o intuito de evitar e mitigar os danos aos trabalhadores e ambientais nas questões inerentes
ao empreendimento.

De forma geral, a empreiteira deverá seguir as seguintes orientações:


• Utilização de material de proteção pelos trabalhadores: equipamentos de proteção
individual – EPI previstos em legislação específica de acordo com as atividades
realizadas;

22
• Todo equipamento deverá ser vistoriado antes do início das atividades para avaliar o
funcionamento e inconformidades, bem como imposições da legislação quanto aos
dispositivos de segurança, ruído, vibrações, manutenção e outros;
• As operações de limpeza, abastecimento e manutenção dos equipamentos utilizados
na supressão e compensação deverão ser realizadas dentro da área licenciada;
• As atividades deverão ser interrompidas caso as condições climáticas ou outros
eventos que comprometam a segurança dos trabalhados;

• A empreiteira deverá realizar capacitações (vide item 2.6.10.), com vistas a minimizar
os acidentes de trabalho, ambientais e tensões sociais, por meio do desenvolvimento
dos seguintes temas: i) estudo do plano de corte; ii) condições e meio ambiente de
trabalho; iii) preservação e proteção ambiental; iii) controle do fogo e prevenção de
incêndios florestais; iv) riscos de acidentes com animais peçonhentos; v) fauna de
ocorrência da região e técnicas para a proteção e deslocamento; vi) primeiros socorros
em caso de acidentes com animais ou de trabalho; vii) Legislações ambientais – crimes
ambientais (Lei n°9.605/98), código florestal (Lei n°12.651/12), proteção à fauna (Lei
n°5.197/67, restrições de caça, pesca e outros.

Subprograma Supressão da Vegetação Nativa

Orientações gerais - Supressão e limpeza

Os procedimentos adotados nesta etapa têm por finalidade mitigar o dano causado com a
supressão e prevenir riscos provenientes da atividade, com as seguintes orientações:

• A empreiteira responsável pelas atividades de supressão da vegetação nativa deverá


possuir experiência específica neste tipo de serviço e possuir profissional habilitado
para coordenação das atividades;
• No local da obra, de preferência em áreas de maior fluxo e de visibilidade deverá ser
fixada placa com informações pertinentes (n° de processo e autorização, proprietário,
entre outras) à licença para a supressão da vegetação;

23
• O “Plano de Corte” é um documento que deverá ser elaborado pela empreiteira antes
do início das atividades de supressão, por meio de um levantamento e planejamento
com detalhamento da forma que será realizado a exploração, a condução da limpeza
de cipós, sub-bosque, tipo de maquinário, e da direção da queda das árvores visando
propiciar o deslocamento da fauna para os remanescentes. Deverá constar ainda, a
abertura de trilhas e estradas, evitando solos instáveis e a movimentação de terra e
complementação nas indicações para coleta de germoplasma para a manutenção da
variabilidade genética, destinação dos diferentes tipos de materiais vegetais dentro da
propriedade, além de outras particularidades pertinentes diagnosticadas para a área;
• O controle das ações de supressão deve ser realizado pelos profissionais da área
ambiental e de supervisores de obra;
• Demarcação in loco do perímetro de supressão, a fim de evitar desmatamento
desnecessário;
• Nas parcelas externas à demarcação deverão ser fixadas placas de advertência e
proibição de corte;
• Se identificada a necessidade de resgate de fauna ou sementes, a coordenação deverá
organizar o cronograma das equipes de campo com a finalidade de evitar conflito com
a atividade de corte;
• O início e fim das atividades de supressão e limpeza deverão estar em consonância
com o cronograma de obra, de modo a evitar a exposição do solo por períodos
prolongados e reprogramação das atividades de implantação do empreendimento;
• É proibido o uso de fogo e de produtos químicos de qualquer espécie para eliminação
de vegetação, bem como a queima do material oriundo de desmatamento;
• A operação de retirada da vegetação por meio do método mecanizado pressupõe a
habilitação e experiência dos operadores, sendo que todas as manobras devem ser
previamente planejadas, de modo a minimizar os impactos sobre a vegetação do
entorno;
• Deverá ser feita uma pesquisa na área a ser suprimida pelos supervisores ambientais
em busca de espécies em estágio de reprodução, ou seja, com sementes, no intuito de

24
montar um banco de germoplasma ou para serem utilizadas na produção de mudas
nos viveiros para recomposição paisagística.

Categorização, Destinação e Armazenamento do Material Vegetal

Todo material florestal proveniente da supressão da vegetação nativa deverá ser gerenciado
dentro de cada propriedade, destinado ao proprietário rural e utilizado apenas dentro do
respectivo imóvel licenciado. Caso o proprietário resolva dar destino para esta madeira fora
da área licenciada o mesmo deverá promover a solicitação prévia do Documento de Origem
Florestal – DOF.
Assim, este item contempla as diretrizes das atividades que circundam as ações para remoção,
armazenamento e manejo do material proveniente da supressão da vegetação, nos quais
estão descritos a seguir:
a) Classificação e segregação

Em virtude da elevada variedade e para organização da segregação e aproveitamento mais


adequado da madeira, os materiais oriundos da supressão deverão ser categorizados antes
das operações de remoção, armazenagem e de manejo.

b) Desgalhamento e Nucleação

O desgalhamento deverá ocorrer após a derrubada das árvores, sempre rente ao tronco, de
maneira que não permaneçam pontas. Os galhos e resíduos florestais sem interesse para
atividades humanas poderão ser utilizados no entorno das áreas de compensação florestal,
como sistemas de nucleação – transposição de galharias, que consiste no acúmulo desses
materiais em ações de restauração ambiental com a função de imitar a natureza e seus
processos formando abrigo para a fauna e condições para os processos de regeneração
natural.

c) Remoção e destinação final do Material Vegetal

Todo material oriundo da supressão da vegetação (galhos, toras, folhas, cipós, frutos entre
outros) deverão ser removidos e destinados ao local adequado dentro da propriedade que

25
deverá ser estipulado no “Plano de Corte”. A remoção deverá ser realizada de modo
mecanizado, por meio de tratores e seus implementos ou, manualmente, para os casos de
pequena monta. É expressamente proibido depositar o material da supressão em corpos
d’água.

d) Baldeio

Toda a madeira cortada (toras) deverá ser transferida de dentro dos talhões para as margens
das estradas ou carreadores até locais seguros.

e) Armazenamento do Material

O local de armazenamento do material vegetal deverá atender tanto aos critérios técnicos
quanto ambientais, mas de forma geral deverá preferencialmente ser em locais secos,
geralmente dispostas em barracões para evitar que fenômenos meteorológicos possam
danificar a madeira extraída, e fora das Áreas de Preservação Permanente. A topografia do
terreno deverá ser considerada de modo a manter as pilhas estabilizadas e as áreas devem
ser de fácil acesso para manipulação e escoamento do material.

O material vegetal de uso potencial, como as madeiras em toras ou em pranchas, deve ser
empilhado de forma organizada, e classificado segundo suas dimensões.

f) Aproveitamento de Material Residual Final

O material mais fino como folhas, frutos resultantes do desgalhamento e desdobro dos
indivíduos poderão ser utilizados como forração e compostagem nas áreas de compensação
florestal.

Quantificação Volumétrica

Entre as recomendações para o controle da supressão estão a quantificação volumétrica


posterior à supressão, cubagem rigorosa da madeira, lenha e cascas, assim como das toras
empilhadas. Para mais detalhes vide o Projeto de Recuperação Florestal elaborado para o
empreendimento.

26
Fauna Terrestre – cuidados e procedimentos

Nos processos de corte de árvores isoladas, bem como atividades que envolvam a roçada de
gramíneas, podem ocorrer fuga e afugentamento da fauna local para áreas mais seguras. Pode
ocorrer ainda a destruição de alguns locais de abrigo natural para a fauna local e até a
eliminação de grupos da microfauna, devido principalmente à eventual remoção da vegetação
quanto pelo revolvimento das camadas mais superficiais do solo. Outro impacto a ser
mencionado se dá quanto às mudanças nas rotas de fuga e nos limites naturais das
comunidades formadas pelas espécies locais, além da remoção de tocas e esconderijos de
determinadas espécies, pode causar a fuga de parte da fauna ou ainda sua invasão às áreas
do empreendimento.

Diante deste contexto, a supressão deverá ser realizada na direção das áreas remanescentes,
induzindo o deslocamento progressivo e orientativo da fauna na busca de refúgio. Assim, a
sistemática a ser adotada deverá:

• Durante a limpeza prévia, o uso de foice, facões e similares, garantirá a prévia fuga da
fauna local;
• A fauna associada aos ambientes suprimidos deverá ser identificada e acompanhada
por um profissional capacitado durante toda a atividade de supressão de vegetação, o
qual supervisionará, e eventualmente, induzirá o deslocamento natural desses
animais;
• As equipes de frente de serviço de supressão vegetal deverão receber orientação
acerca da metodologia de desmate e favorecimento da fuga natural da fauna silvestre,
prevenção de acidentes com animais peçonhentos e primeiros socorros;
• O manejo e o transporte da fauna silvestre in situ somente poderá ser realizado por
meio de licença e autorização ambiental da Cetesb;
• As atividades de supressão podem causar injurias aos animais silvestres, além disso,
por questões ecológicas e de hábitos de vida pode haver a necessidade de
deslocamento induzido de animais para vegetações nativas fora do empreendimento.
Entretanto, independentemente do tamanho ou grupo taxonômico, caso haja

27
necessidade de manejo e transporte da fauna silvestre in situ, a empreiteira
responsável deverá acionar a Polícia Militar Ambiental que atenda a região de
Pedranópolis e/ou outro órgão ambiental estadual ou municipal competente, para que
realize a captura e o transporte do animal até o CRAS – Centro de Reabilitação de
Animais Silvestres ou Área de Soltura de Animais Silvestres (ASAS), ou na inexistência
para locais de atendimento veterinário de vida silvestre e áreas de soltura próximas.
• Para os animais que necessitarem de tratamento veterinário, e após o tratamento caso
estejam aptos ao retorno à vida silvestre, o mesmo deverá ser encaminhado
novamente aos remanescentes da área onde foi capturado;
• Se as exigências ecológicas e área de vida do animal silvestre for incompatível com o
tamanho dos fragmentos remanescentes na área do empreendimento, este deverá ser
encaminhado para outras áreas, indicadas pelo órgão ambiental competente;
• Não capturar, ferir ou matar qualquer espécime de fauna encontrada na área do sítio;

• Não promover a retirada de ninhos.

Subprograma de compensação florestal

O subprograma de compensação florestal surge da necessidade de se adequar às exigências


legais devido à supressão de vegetação nativa para fins de implantação da UFVs de
Pedranópolis.

De acordo com a Licença Ambiental Prévia nº 295/14/IE de 20/08/2014, o plantio


compensatório deverá ocorrer prioritariamente nas APPs da área do empreendimento e do
entorno e na formação de corredores florestais, visando a ampliação da proteção dos corpos
d’água e o habitat para a fauna local.

Os dados quantitativos, qualitativos, metodologia, e o local para a compensação florestal


estão descritos no documento intitulado “Projeto de Recuperação Florestal da Usina de
Energia Solar de Pedranópolis”.

Cabe aos supervisores da supressão e compensação florestal vistoriarem periodicamente a


área para promover o controle e mitigação de eventuais danos.

28
2.6.7. Gestão dos Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos da Construção Civil

Resíduos sólidos

Para o gerenciamento de resíduos sólidos, deverão ser desenvolvidos procedimentos que


determinem as formas de identificação, classificação, segregação, acondicionamento,
armazenamento temporário, transporte e destinação final de cada resíduo. Cada categoria de
resíduo será coletada, segregada e armazenada em recipientes individuais, devidamente
identificados e cobertos.

O gerenciamento dos resíduos deverá ser realizado com base em quatro princípios:

• Redução da geração;
• Segregação;
• Reutilização e reciclagem, e;
• Transporte e destinação final apropriada.

Planejamento

Deverá ser realizado um levantamento prévio da geração e estimativa do volume de cada tipo
de resíduo. Além disso, deverá ser elaborado um sistema de sinalização que indique a
localização dos pontos de coleta e depósito de resíduos. Deverá ser definido um responsável
que comunicará a necessidade da retirada dos resíduos dos locais de acondicionamento inicial
sempre que estes estiverem cheios e prontos para a transferência para o ponto de destinação
final.

Treinamento

Para efetiva segregação dos resíduos gerados, o comprometimento dos envolvidos é


fundamental. Assim, devem ser realizados treinamentos onde se dê ênfase ao adequado
manejo dos resíduos, visando, principalmente, sua completa triagem. Também deve-se
desenvolver procedimentos e controles administrativos, com treinamento dos responsáveis
pelo controle da documentação relativa ao registro da destinação dos resíduos.

29
Classificação dos resíduos

Os resíduos deverão ser gerenciados conforme sua classificação, de acordo com as resoluções
CONAMA nº 307/02 e CONAMA nº 348/04, que classifica e estabelece critérios e
procedimentos para gestão de Resíduos da Construção Civil, e com a Norma NBR 10004/2004,
da ABNT, que estabelece critérios de classificação de outros resíduos, quanto aos seus riscos
potenciais ao meio ambiente e à saúde pública. Deve-se também observar e seguir as
recomendações presentes no Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos do
município de Pedranópolis e a na Lei Municipal nº 1396/2009 que cria o Programa Municipal
de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil - PROMGER.

Segundo a Resolução CONAMA nº 307/02 e Resolução CONAMA nº 348/04, os resíduos da


construção civil devem ser classificados da seguinte forma:

Classe A - Resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:


a. Resíduos de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras
obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;
b. Resíduos de construção, demolição, reformas e reparos de edificações tais como
componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento, etc.),
argamassa e concreto;
c. Resíduos de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em
concreto (blocos, tubos, meios-fios, etc.) produzidas nos canteiros de obras.

Classe B – São os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como plásticos,
papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros.

Classe C – São os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações
economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação.

Classe D – São os resíduos perigosos provenientes do processo de construção, tais como


tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde, oriundos
de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros,

30
assim como telhas e demais objetos, além de materiais que contenham amianto ou outros
produtos nocivos à saúde.

No que se refere aos seus potenciais riscos ambientais, para que os resíduos sólidos possam
ter manuseio e destinação adequados, deve-se obedecer à norma NBR 10.004/2004, que
classifica os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde
pública, para que possam ser gerenciados adequadamente, conforme abaixo:

Classe I – resíduos perigosos: apresentam risco à saúde pública ou ao meio ambiente, quando
manuseados ou destinados de forma incorreta; como lâmpadas fluorescentes e óleos usados,
ou apresentam características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou
patogenicidade.

Classe IIA – resíduos não-inertes: aqueles que não se enquadram nas classificações de
Resíduos Classe I ou IIB. Os Resíduos Classe IIA podem ter propriedades próprias, como:
combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água. Como exemplo desses
materiais, cita-se madeira, papel, papelão e restos de preparação de alimentos (resíduos
orgânicos). Em especial os orgânicos, oriundos de sobras de preparação de alimentos deverão
ter um tratamento especial.

Classe IIB - resíduos inertes: quando amostrados e submetidos a um contato com água
destilada, não têm nenhum de seus constituintes solubilizados em concentrações superiores
aos padrões de potabilidade da água. Como exemplo desses materiais, pode-se citar rochas,
tijolos, vidros e certos plásticos e borrachas, que não são decompostos prontamente.

Segregação e acondicionamento dos resíduos

A segregação e o acondicionamento dos resíduos são baseados nas características físico-


químicas e microbiológicas e nas áreas de destinação para essa finalidade, respeitando a
classificação de cada resíduo para que, uma vez acondicionados, sejam claramente
identificados.

31
A segregação deve ser realizada preferencialmente pelo gerador na origem, sendo
distribuídos recipientes apropriados para tal. Assim, deve-se garantir o armazenamento
adequado dos resíduos desde a geração até a etapa de transporte. Deve ser assegurado que
os locais de acondicionamento temporário sejam verificados constantemente, a fim de não
haver mistura de resíduos.

De acordo com EAS (2014), os resíduos sólidos serão separados e acondicionados em um local
junto aos armazéns, antes da sua destinação final. Os resíduos domésticos serão depositados
em caçamba e rotineiramente coletados e destinados para aterro sanitário, a ser realizado
pela empresa prestadora do serviço de coleta municipal.

Os demais resíduos sólidos classificados como não perigosos (Classe II), conforme a NBR
10.004:2004, constituídos de sucatas de metais ferroso, de metais não ferrosos e outros, serão
depositados no pátio de armazenagem e periodicamente comercializados e/ou destinados às
empresas de reciclagem. Já os painéis solares fotovoltaicos sucateados e/ou danificados cuja
vida útil é de cerca de 25 a 30 anos, serão armazenados em containers depositados no pátio
de serviço para posterior encaminhamento ao fabricante para reciclagem ou reparos.

Nesse contexto, as estruturas de acondicionamento deverão contar com vistorias,


treinamentos regulares e intensivos, fixação de cartazes elucidativos, orientação e supervisão
contínua, realizados por pessoas responsáveis, capacitadas e, principalmente, com a
participação de todos os envolvidos.

Os responsáveis pelo gerenciamento dos resíduos deverão fazer inspeções duas ou mais vezes
por semana para verificar a eficiência na segregação e informar os resultados à administração
e gerência locais.

O sistema de acondicionamento de resíduos poderá ser feito por meio da utilização de


bombonas, tambores, sacos plásticos, big-bags, baias e caçambas estacionárias.

Todos os recipientes de acondicionamento deverão ser identificados de acordo com os tipos


de resíduos gerados em cada setor, sendo dotados de tampa para reduzir as chances de
proliferação de vetores e evitar a infiltração das águas de chuva e lavagem de ambientes. Isso

32
é extremamente importante, por exemplo, para a reciclagem de resíduos, que quando
molhados ou contaminados, deixam de ser recicláveis.

Limpeza e aspectos gerais

A limpeza e organização dos locais de disposição deve ser realizada simultaneamente com a
coleta e triagem, ou seja, imediatamente, os pontos deverão passar por varrição e ou lavagem.
A limpeza preferencialmente deverá ser executada pelo próprio operário responsável pela
disposição dos resíduos nos pontos. Assim, haverá necessidade de dispor com agilidade os
resíduos nos locais indicados para acondicionamento inicial, evitando comprometimento da
limpeza e da organização evitando a dispersão dos resíduos. Quanto maior for a frequência
de limpeza, melhor será o resultado final.

Fluxo dos resíduos

Para otimização da gestão de resíduos deverão ser estabelecidas condições especificas para
acondicionamento inicial, transporte interno e acondicionamento final de cada resíduo
identificado e coletado.

Acondicionamento Inicial: Deverão ser estabelecidos pontos o mais próximo possível dos
locais de geração dos resíduos, dispondo-os de forma compatível com o volume de geração
de cada setor e apresentando a boa organização dos espaços dos mesmos. Em alguns casos,
os resíduos deverão ser coletados e levados diretamente para os locais de acondicionamento
final.

Tipos de resíduos e acondicionamento inicial

A seguir, os tipos de resíduos e a indicação de acondicionamento inicial ideal para cada tipo.

a. Blocos de concreto, argamassa, concreto e outros assemelhados: deverão ser


acondicionados em pilhas formadas próximas aos pontos de geração.
b. Madeira: em bombonas sinalizadas ou em pilhas;
c. Plásticos (sacaria de embalagens, aparas de tubulações etc.): em bombonas sinalizadas e
revestidas por saco de ráfia ou plástico ou utilizar fardos;

33
d. Papelão (sacos e caixas de embalagens) e papeis (escritórios e administração): em
bombonas sinalizadas e revestidas internamente por saco de ráfia ou plástico, para
pequenos volumes. Como alternativa para grandes volumes: bags ou fardos;
e. Metal (ferro, ferragens, aço, fiação revestida, arame etc.): em bombonas sinalizadas ou em
pilhas;
f. Serragem: em sacos de ráfia próximos aos locais de geração;
g. Solos: em pilhas, e preferencialmente, para imediata remoção (carregamento dos
caminhões ou caçambas estacionárias logo após a remoção do local de origem);
h. Resíduos perigosos presentes em embalagens plásticas e de metal, instrumentos de
aplicação como broxas, pinceis, óleo lubrificante usado, baterias, lâmpadas, trapos e
estopas contaminadas, etc.: manuseio com cuidados observados pelo fabricante do insumo
na ficha de segurança da embalagem ou do elemento contaminante do instrumento de
trabalho. Imediato transporte pelo usuário para local de acondicionamento final;
i. Restos de uniforme, botas e trapos sem contaminação por produtos químicos: disposição
em bags ou sacos de ráfia ou de plástico;
j. Restos de alimentos e suas embalagens, copos plásticos usados e papeis sujos (refeitório,
sanitário e áreas de vivencia): cestos, bombonas, lixeiras, sendo todos com tampas,
próprios para resíduos orgânicos, revestidos por sacos plásticos para coleta convencional.

Transporte interno

Para a movimentação dos resíduos na área interna do empreendimento poderão ser utilizados
carriolas, cestos, bombonas, sacos plásticos e até mesmo transporte manual.

Grandes volumes deverão ser transportados com auxílio de caminhão ou empilhadeira.

Acondicionamento interno final

O acondicionamento interno final deverá ser planejado levando em consideração a definição


do tamanho, quantidade, localização e os tipos de dispositivos a serem utilizados para cada
tipo de resíduo gerado, preocupando-se com os seguintes aspectos:

a. Volume e características físicas dos resíduos;

34
b. Facilitação para a coleta;
c. Segurança para os usuários.

As soluções para o acondicionamento final poderão variar desde que respeitados os fatores
acima citados.

Os pontos de acondicionamento interno finais deverão ter fácil acesso externo, facilitando
assim o recolhimento para a destinação final.

Incentivo a reutilização e reciclagem de materiais

O empreendedor deve dar atenção especial a possibilidade da reutilização de materiais ou


mesmo a viabilidade econômica da reciclagem dos resíduos. Através da correta gestão de
resíduos sólidos e do seu correto manejo é possível a identificação de materiais reutilizáveis,
que gerarão economia por dispensarem a compra de novos materiais.

Destinação dos resíduos sólidos gerados

Para otimização do processo de destinação final dos resíduos sólidos, deverá ser levado em
conta o compromisso ambiental, melhor viabilidade econômica e obediência à legislação
pertinente, controlando e rastreando os resíduos descartados de forma a garantir a
destinação apropriada para cada tipo. Na Tabela 2 são apresentas as possíveis alternativas
para a destinação final apropriada a cada tipo de resíduo.

35
Tabela 2. Tipos de destinação adequada para cada resíduo sólido.
Tipo de resíduo Recomendações Destinação final sugerida

Privilegiar reciclagem de modo a Áreas de transbordo e triagem, áreas


Blocos de concreto, argamassas, restos
permitir seu aproveitamento como para reciclagem ou aterros de resíduos
de concreto e similares
agregado da construção civil licenciados

Atividades econômicas que possibilitem a


Uso em caldeiras. Garantir separação
reciclagem destes resíduos, a
Madeira da serragem dos demais resíduos de
reutilização de peças ou uso como
madeira
combustível em fornos e caldeiras.

Empresas, cooperativas ou
Máximo aproveitamento dos
Plástico (embalagens, aparas de associações de coleta seletiva que
materiais contidos e a limpeza das
tubulações, etc.) comercializam ou reciclam estes
embalagens.
resíduos.

Empresas, cooperativas ou
Papelão (sacos e caixas de associações de coleta seletiva que
Proteger das intempéries.
embalagens) e papeis (escritório) comercializam ou reciclam estes
resíduos.

Empresas, cooperativas ou
Metal (ferro, aço, fiação revestida, associações de coleta seletiva que
Proteger das intempéries.
aram, etc.) comercializam ou reciclam estes
resíduos.

Reutilização dos resíduos em


superfícies impregnadas com óleo para
Serragem Ensacar e proteger de intempéries
absorção e secagem, produção de
briquetes (geração de energia).

Desde que não sejam contaminados,


destinar a pequenas áreas de
Examinar a caracterização prévia dos
Solos aterramento, bota-foras ou em aterros
solos para definir a destinação
de resíduos da construção civil, todos
devidamente licenciados

Lixo orgânico comum Ensacar e proteger de intempéries Destinar a aterro sanitário licenciado.

Retorno ao fabricante, encaminhar


Materiais, instrumentos e embalagens
Maximizar a utilização para a redução para aterros licenciados para recepção
contaminados por resíduos perigosos,
dos resíduos descartados. de resíduos perigosos e ou empresas
lâmpadas, baterias, pneus, óleo etc.
que reciclem ou utilizem tais materiais.

Placas e módulos fotovoltaicos Acondicionar e proteger das


Retorno ao fabricante.
avariados ou inutilizados intempéries

Fonte: Gestão Ambiental de Resíduos de Construção Civil – Experiência do SindusCon –SP.

Formalização, controle e legalização dos procedimentos

Para o efetivo controle e legalização das atividades de gestão de resíduos, deve ser cumprido
o seguinte procedimento:

36
Formalização da destinação dos resíduos sólidos. Esta deverá ser realizada por meio da
identificação e cadastramento dos destinatários contendo, no mínimo: data, razão social,
CNPJ, nome do responsável, telefone, endereço da destinação e resíduos que serão
destinados.

Uma vez realizado o procedimento de cadastramento do destinatário, cada atividade de


coleta executada deverá implicar na emissão de um documento que registrará a destinação
dos resíduos coletados.

Avaliação da gestão de resíduos sólidos

O checklist é uma ferramenta fundamental para avaliação do desempenho da gestão de


resíduos. A avaliação deve ser feita através da designação de pontos para cada aspecto
analisado (níveis da pontuação: Péssimo = 1,0 a 2,9; Fraco = 3,0 a 4,9; Regular = 5,0 a 8,9 e
Ótimo = 9,0 a 10).

Efluentes líquidos

Durante as fases de implantação e execução do empreendimento haverá geração de


efluentes, sendo os efluentes gerados basicamente: esgoto sanitário, efluentes líquidos
oleosos e águas pluviais. A água necessária para a construção, destinada aos funcionários, nas
rotinas de manutenção e limpeza, e nas instalações de segurança contra incêndio será suprida
por um poço tubular profundo (EAS, 2014), adequadamente licenciado através de outorgas
de perfuração e/ou utilização Serão de responsabilidade do empreendedor, controle e
monitoramento dos efluentes gerados durante todas as atividades tanto de implantação
quanto na execução do empreendimento.

De acordo com EAS (2014), não há geração de efluentes industriais no processo de operação,
pois não há utilização de água no seu processo produtivo.

Os procedimentos para o gerenciamento de efluentes líquidos deverão seguir as orientações


apresentadas na Resolução CONAMA nº 430/2011, a qual dispõe sobre classificação dos
corpos d’água e seu enquadramento, bem como, estabelece as condições e padrões de

37
qualidade para o lançamento de efluentes e, além disso, deverão ser seguidos os padrões
estabelecidos para o processo de aquisição de outorga. Vale ressaltar que, a partir de análises
das recomendações observadas nas normas técnicas pertinentes, e com base nas estimativas
das cargas componentes dos efluentes que deverão ser gerados, deverão ser definidos os
tratamentos e o monitoramento para estabelecimento dos padrões de qualidade do efluente
a ser lançado.

A seguir serão apresentados os procedimentos específicos, os quais cada tipo de efluente


gerado deverá ser submetido:

Efluentes sanitários

Os efluentes sanitários originados no refeitório, vestiários e banheiros deverão ser


direcionados para o sistema de tratamento mais adequado para tal volume, exceto os
originados nos banheiros químicos que porventura venha a ser utilizados. Estes serão
recolhidos pelos seus fornecedores. De acordo com EAS (2014), o esgoto doméstico será
destinado à fossa séptica de 6 m3, a ser construída em conformidade com os parâmetros
estabelecidos em Normas Técnicas da ABNT.

Os efluentes dos refeitórios deverão passar por tratamento prévio, por intermédio de caixas
de gordura, antes de serem encaminhados ao sistema de tratamento juntamente com os
efluentes sanitários. Atenção especial deve ser dada à disposição adequada dos efluentes
tratados, observando-se a necessidade de obtenção de outorga autorizando o lançamento
dos mesmos.

Caso haja tanques sépticos, estes deverão atender as recomendações da Norma NBR
7.229/93, da ABNT, que dispõe sobre seus projetos, construção e operação. Da mesma forma,
será aplicada a Norma NBR–13.969, também da ABNT, que cuida das Unidades de Tratamento
e disposição final dos efluentes líquidos de tanques sépticos.

38
Efluentes líquidos oleosos

Estes efluentes são provenientes de oficinas e áreas de manutenção de maquinas e veículos.


Os efluentes líquidos oleosos deverão passar por uma caixa separadora de água e óleo. As
áreas de abastecimento de combustíveis, oficinas e manutenção dos veículos e equipamentos
serão cobertas e pavimentadas com piso impermeável, com canaletas de drenagem
superficial direcionadas à caixa separadora.

As águas de drenagem, provenientes de todos os locais passíveis de contaminação com óleo,


deverão ser encaminhadas a um sistema de separação água-óleo, seguido de destinação
apropriada do óleo. Para isso deverão ser instaladas caixas separadoras de água e óleo, em
pontos estratégicos das redes de drenagem, de forma a recolher e separar as águas de
lavagem de máquinas, equipamentos e veículos.

A água efluente dos sistemas de separação de água e óleo, estando de acordo com os limites
legais, poderá ser lançada a um curso de água próximo; em caso negativo, será reprocessada
ou adequadamente tratada.

Drenagem de águas pluviais

Em toda a área do empreendimento e vias de acesso deverá ser implantado sistema de


drenagem, composto por sistema de canaletas, coletores e bueiros (vide Projeto de
Drenagem). Tal sistema deverá garantir o fluxo contínuo no escoamento das águas pluviais,
evitando pontos de alagamento.

Deverão ser instalados também dispositivos para redução de velocidade do fluxo e retenção
de sedimentos no ponto de descarte, de forma a evitar pontos de erosão e assoreamento do
corpo receptor.

2.6.8. Recuperação de Áreas Degradadas

A recuperação de áreas degradadas por obras erradica ou minimiza a evolução de processos


erosivos, de instabilidades dos maciços implantados (cortes, aterros e bota-fora) ou dos
terrenos naturais, de assoreamentos das linhas de drenagem (natural ou sistemas decorrentes

39
das obras), e erradica ou minimiza o aumento ou surgimento de turvação nas águas e a
redução/perda de habitats da fauna. As ações têm por objetivo recuperar as áreas cujas
características preexistentes foram alteradas pela inserção do empreendimento.

As ações impactantes que podem originar áreas degradadas são:

• Supressão de cobertura vegetal;


• Limpeza do terreno;
• Canteiros de obras;
• Deposição de material sobressalente em áreas de bota-fora.

Tais ações e medidas mitigadoras e reparatórias foram citadas e estabelecidas ao longo desse
estudo, mas serão ressaltadas novamente neste item.

Assim, a seguir serão estabelecidas ações que tenham por objetivo promover a recuperação
das áreas que por ventura sejam degradadas em decorrência das obras da UFV de
Pedranópolis.

Medidas preventivas

• Promover a supressão da vegetação e limpeza do terreno dentro dos limites


estabelecidos no processo de licenciamento ambiental do referido empreendimento;
• Nivelar e estabilizar o subsolo nos locais em que forem cortadas as árvores isoladas e
remanescente e houver a destoca das raízes;
• Promover a imediata reconformação das curvas de nível, em caso de necessidade de
intervenção nas linhas de contenção (terraços);
• Destinar o solo removido, desde que não sejam contaminados e viável
construtivamente, a pequenas áreas de aterramento, bota-foras ou em aterros de
resíduos da construção civil, todos devidamente licenciados;
• Promover o disciplinamento das águas pluviais, de acordo com o “Projeto de
Drenagem” e técnicas de conservação do solo;

40
• Promover a estabilidade das vias de acesso, recuo perimetral, corredor central de
acesso, e de carreadores entre os painéis, por meio de brita, preferencialmente
reciclada, e plantio de gramíneas, conforme já discriminado neste estudo;
• Promover a desmobilização da estrutura do acampamento;
• Ao término da obra, promover a recuperação das áreas ocupadas por canteiros de
obras e instalações de apoio, a fim de possibilitar o retorno, ao máximo possível, ao
estado anterior à obra.

É de responsabilidade da empreiteira a demolição, recuperação do terreno, revegetação, de


todas as áreas que receberam intervenção temporária, desde áreas de vivência a sistemas
viários. Ainda, todos os resíduos gerados durante a fase de desmobilização deverão ser
classificados, separados, retirados e dispostos adequadamente.

Monitoramento e mitigação

O monitoramento será desenvolvido pelo supervisor de obras e pelo supervisor ambiental no


qual deverão:

• Verificar a conformidade ambiental relacionados com a programação de obras e


com os processos construtivos;
• Inspecionar diariamente os trechos para certificação de que as “condições de
campo” ao longo do eixo de projeto, são efetivamente as definidas no projeto
executivo;
• Inspecionar a supressão da vegetação, seus limites, bem como a estabilização dos
processos de destocamento;
• Inspecionar a execução do projeto de drenagem e as técnicas de conservação de
solo, bem como seu cronograma.
• Vistoriar a estabilidade das vias de acesso, aceiros, recuos perimetrais e
carreadores;
• Propor soluções para mitigação dos possíveis danos.

41
Para monitorar a eficácia das medidas preventivas implantadas será sugerido o checklist a
seguir:

Objetivo Meta Ações Indicadores

Listar Contagem,
mensalmente extensão em
Identificação e todas as hectares e
Identificar cadastramento ocorrências percentual de
áreas de todas as efetivas de áreas
degradadas áreas áreas degradadas não
degradadas. degradadas e previstas no
identificar as projeto de
causas. engenharia.

Recuperar Contagem,
áreas Implantar extensão em
degradadas Recuperação medidas de hectares e
das áreas recuperação percentual da
degradadas. das áreas recuperação
degradadas. das áreas
degradadas

Garantir a Contagem,
Monitorar a Identificar
adequada extensão em
recuperação estágio e
recuperação hectares da
das áreas estabilidade da
das áreas recuperação
degradadas recuperação.
degradadas. das áreas.

Para cadastramento das áreas degradadas sugere-se o modelo a seguir:

Localização (GPS Ação da obra


Extensão Situação da
e Ponto de Fotografia geradora da
(hectares) Recuperação
Referência) área degradada

42
2.6.9. Mitigação dos Incômodos Gerados à População Lindeira

A UFV Pedranópolis de 1 a 3 será instalada em região rural, distante de áreas urbanas, 1,14
km da Rodovia Chafic Marão (Km 9) que interliga Pedranópolis ao Distrito de Santa Isabel do
Marinheiro. Tal condição de localização próxima à rodovia não provocará incômodos à
população moradora, acostumada aos ruídos da rodovia.

Os incômodos gerados à população moradora nas proximidades das Usinas foram


relacionados principalmente à emissão de gases e material particulado durante a implantação
do empreendimento. Os potenciais relacionados à geração de incômodos à população são
considerados temporários e de pequena magnitude, tendo em vista o tipo de intervenção, a
localização em área rural com baixa densidade demográfica e o reduzido efetivo de
trabalhadores durante a fase de implantação. Assim, para mitigação dos danos o
empreendedor deverá seguir as orientações relacionadas abaixo.

As atividades de transporte, movimentação de terras, armazenagem e manuseio de materiais


deverão ser realizadas de acordo com as Normas Regulamentadoras do Ministério do
Trabalho e Emprego, NR-11 e NR-18.

Além dessas condicionantes a empreiteira responsável pela implantação do empreendimento


deverá ainda:

• Promover a utilização de equipamentos com maior capacidade de geração de ruídos


em horário comercial;
• Evitar horários de picos e noturnos para transporte de materiais e equipamentos;
• Divulgar periodicamente as atividades programadas assim como o andamento da obra
definido nas ações de Comunicação Social e Educação Ambiental;
• Sinalizar e controlar a velocidade dos veículos automotores nas principais vias de
acesso internas, para promover a diminuição de particulados no ar e deposição em
áreas de vegetação nativa;
• Diminuir a emissão de particulados por meio da umectação das vias não britadas;

43
• Realizar a britagem da via de acesso principal para diminuir a emissão de particulados
durante a obra;
• Promover manutenção de maquinário e equipamentos para diminuir a emissão de
ruídos, vazamentos de combustíveis e emissão de gases efeito estufa;
• Monitorar os ruídos provenientes da implantação do empreendimento, a fim de
amenizar e controlar os efeitos deste impacto de acordo com parâmetros constantes
na NBR-15.151 e NBR-15.152;
• Promover o correto acondicionamento de óleos, graxas e produtos de limpeza para
evitar acidentes com a contaminação do solo, dos recursos hídricos e animais
silvestres;
• Não utilizar áreas fora dos limites licenciados para estocagem de material de obra,
mesmo que em caráter provisório.

• Sinalização e identificação de áreas próximas a corpos hídricos superficiais.

2.6.10. Ações de Comunicação Social e Educação Ambiental

As ações de Comunicação Social e Educação Ambiental constituem uma ferramenta valiosa de


elos de conexão, integração e comunicação entre funcionários, comunidades lindeiras, e o
empreendimento no que tange as questões relativas as características ao ambiente natural
local e o ambiente construído, mitigação de impactos negativos e maximização de benefícios
e oportunidades geradas pelo empreendimento.

Uma das formas de gerar conteúdo de informação e educação sobre o empreendimento é por
meio da educomunicação, a partir do pressuposto básico do exercício do direito de todos à
expressão e à comunicação, no qual permitem a produção de conhecimento, elaboração de
projetos colaborativos e de mudanças sociais. A Educomunicação é uma linha de ação do
Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA), ou seja, Comunicação para a Educação
Ambiental, que é definida como ações para produzir, gerir e disponibilizar de forma interativa
e dinâmica, as informações voltadas para a sustentabilidade (ProNEA, 2014).

44
Diante deste cenário, foram descritos os procedimentos que deverão ser adotados e os
mecanismos de acompanhamento que possibilitarão a avaliação da eficácia do sistema de
gestão. É importante considerar que este documento deve ser entendido como elemento
norteador e normativo, devendo ser rigorosamente seguido por cada um dos executores e
supervisionado pelo empreendedor.

Para melhor entendimento da metodologia a ser adotada, o presente item foi subdividido em
dois subprogramas:

Subprograma I – Comunicação Social - CS

Subprograma II – Educação Ambiental - EA

Público alvo

O público alvo das ações são os moradores do entorno, trabalhadores da obra, assim como os
disseminadores de informações e conhecimentos como docentes, discentes e órgãos públicos
municipais e estaduais.

Identificação de Stakeholders e Diagnóstico Socioambiental

A identificação de stakeholders trata-se da classificação de pessoas ou organizações que


podem ser atingidas pela execução do empreendimento, bem como sistematizar os dados
importantes aos interesses, envolvimento e impacto desses no seu sucesso.

Esse levantamento, deverá ser realizado primeiramente por meio de revisão dos documentos
gerados no processo de licenciamento (Estudo Ambiental Simplificado, entre outros) para
conhecimento prévio dos dados físicos, bióticos e sócio econômicos da região. Pesquisas em
órgãos públicos municipais, estaduais, internet e outras fontes para o diagnóstico e obtenção
de informações relativas a dados locais e regionais, e que também fornecerão informações
importantes a respeito da comunicação regional, cultura e festas locais, dentre outros. Cabe
ressaltar ainda que segundo a IN n° 02/2012 do Ibama nas ações educativas deverá ser dada
prioridade aos grupos sociais em situação de maior vulnerabilidade socioambiental

45
impactados pela atividade em licenciamento, sem prejuízo dos demais grupos potencialmente
afetados.

Os levantamentos já realizados durante as etapas do licenciamento do empreendimento


fornecem um primeiro passo e direcionamento para as questões socioambientais que deverão
ser abordadas nas reuniões, mini-cursos e oficinas.

Subprograma de Comunicação Social - CS

A comunicação social é extremamente relevante para o processo de licenciamento ambiental,


pois atribui voz às comunidades, ouve atenciosamente suas opiniões e divulga as ações
ambientais desenvolvidas pelo empreendimento.

As equipes executoras da CS e EA deverão interagir entre si, uma vez que o pessoal da EA
subsidiará o conteúdo dos materiais (folders, panfletos e banners) e o grupo da CS será
responsável pela elaboração (criação, diagramação, layout, design, impressão) e mídia
adequada.

Escolha de mascote

Visto a necessidade de maior identificação entre os públicos de interesse, dentro das


atividades desenvolvidas, deverá ser escolhido uma mascote para o empreendimento em
questão. A espécie escolhida deverá causar empatia com o público atendido, por isso a
escolha deverá se dar por algum animal de ocorrência do bioma do empreendimento, que no
caso específico está localizado na Mata Atlântica. A mascote deverá ser utilizada de forma
lúdica nos materiais impressos (folder, panfleto e banners) de educação ambiental e em
qualquer outro meio de comunicação.

Ferramentas de Divulgação do Empreendimento

Folder/panfleto: deverá conter as características básico-institucionais do empreendimento,


permitindo a divulgação de uma grande quantidade de informações. Deverá conter no mínimo
a abrangência do empreendimento, seu executor, o conceito e programas de Gestão
Ambiental, difusão de conhecimento para a valorização e conservação dos recursos naturais,

46
além de conter uma identidade visual do empreendimento, o endereço do site, ouvidoria e
outros canais de comunicação pertinentes.

Banners: além do treinamento, material visual como banners deverão ser utilizados para
demonstrar os locais corretos para a destinação de resíduos sólidos, bem como materiais de
conscientização e sensibilização no que diz respeito aos cuidados com a flora, fauna e água.
Deverá conter também, mapa com a indicação das áreas verdes e recursos hídricos na área e
no entorno do empreendimento. Os banners deverão ser estrategicamente posicionados ao
longo de todo o canteiro de obras do empreendimento e nos fóruns de comunicação.

Ouvidoria (0800) e caixa de sugestões: Deverá atuar como canal interativo e de fácil acesso,
para informações, sugestões e reclamações, provindas dos afetados diretamente, assim como
de qualquer parte do território nacional.

Site: Deverá ser planejado com a característica de que a preocupação é com o usuário,
buscando satisfação subjetiva e conforto. Para que isso seja alcançado o site deverá possuir
uma comunicação sem ruídos, clara, acessível entre o emissor e receptor, atendendo as
principais características: i) interatividade – diferentes recursos que servem de ponte como o
link “Fale Conosco”, em que o usuário poderá entrar em contato para tirar dúvidas, fazer
críticas ou sugestões, vínculo com redes sociais e de vídeos em que é possível divulgar notícias
sobre as ações de educação ambiental, compartilhar vídeos, fotografias entre outros; ii)
multimídia – o site deverá conter recursos que consigam captar a atenção do usuário de forma
atraente e dinâmica; iii) informação e atualização – o site deverá possuir a preocupação de
oferecer atualização diária de notícias tanto das obras quanto dos programas socioambientais;
e iv) acessibilidade – o site deverá ser limpo, claro e objetivo com as informações
disponibilizadas.

Fóruns de comunicação

A apresentação formal para os representantes do poder público, comunidades lindeiras e


trabalhadores deverá ocorrer sobre forma de reuniões, mini-cursos, oficinas e com o material
de comunicação (folder, panfleto e banner). Estes encontros, que serão descritos

47
detalhadamente na metodologia para a EA, deverão viabilizar o diálogo e a divulgação das
características básico-institucionais do empreendimento, a abrangência, seu executor, o
conceito, os impactos socioambientais gerados, e atualização do fluxo de informação entre os
acontecimentos do empreendimento e do município. É o momento no qual se busca o
estreitamento de laços com diferentes atores da sociedade visando a criação de uma rede de
comunicação no âmbito local.

Organização de banco de dados

As informações obtidas dos stakeholders deverão compor um banco de dados que deverá
conter no mínimo: nome do município, telefone de contato, nome completo e e-mail. As
informações deverão ser organizadas em planilha eletrônica constando a estratégia de
gerenciamento de cada contato.

Os dados referentes a reclamações, sugestões e elogios deverão estar organizados em planilha


eletrônica e com coluna para o status da situação do atendimento. As demandas deverão ser
encaminhadas formalmente ao referido setor para resolução da problemática, em prazo
determinado no referido documento.

Atendimento à demanda de visitações

A importância da ação comunicativa atrelada à educação ambiental e encontros face a face


tem se acentuado em decorrência da exigência legal para empreendimentos deste porte.
Garantir o acesso ao público interessado por meio de visitações estruturadas, guiadas e
monitoradas, constituem uma importante ferramenta na busca de aliados e potenciais
multiplicadores de uma nova consciência em relação as questões ambientais, bem como dos
benefícios do empreendimento para o meio ambiente e de forma direta para população do
entorno. O processo de visitação ocorrerá de acordo com cronograma e agendamento
determinados pelo responsável da execução destas ações.

Ainda, visando um atendimento mais estruturado, caso o empreendedor tenha interesse,


durante a execução deste programa poderá ser elaborado um projeto para construção de
“Centro de Visitação” com a premissa de edificação de um local que possa acolher o público

48
visitante da Usina Fotovoltaica e que ofereça um espaço adequado para disseminação do
conhecimento relativo as questões socioambientais do empreendimento.

O espaço deverá conter estruturas mínimas de convívio social como uma sala que possibilite
a realização de exposições, palestras e apresentação sobre o empreendimento e banheiros.

A elaboração do projeto também deverá ser pautada no princípio da construção sustentável,


que basicamente consiste na redução e otimização do consumo de materiais e energia,
redução dos resíduos gerados, na preservação do ambiente natural e melhoria da qualidade
do ambiente construído (ventilação cruzada, iluminação natural, pisos permeáveis, uso de
energias renováveis entre outros).

Subprograma de Educação Ambiental - EA

A fim de permear todos os eixos da área afetada pelo empreendimento, as ações, deverão
ocorrer em duas frentes, sendo destinados às:

 Comunidades Lindeiras;
 Trabalhadores da obra.
O quantitativo relativo as atividades que incluem reuniões, mini-cursos, oficinas e plantios
deverão ser definidos pelos executores das ações durante a etapa de “Identificação de
Stakeholders e Diagnóstico Socioambiental”.

Comunidades Lindeiras

Envolver a comunidade e difundir conhecimento sobre a valorização dos recursos naturais e


a necessidade de preservação da biodiversidade da região juntamente com as questões
ambientais inerentes à implantação da usina fotovoltaica é uma excelente ferramenta para
busca de soluções para as problemáticas ambientais e fortalecimento da cidadania. Para que
isso seja alcançado a seguinte metodologia é proposta.

Plano de ação: Para traçar o público e as instituições que serão atendidas pelo
programa será necessário fazer um levantamento, que deverá ser realizado durante a etapa
de “Identificação de Stakeholders e Diagnóstico Socioambiental”, das instituições do

49
município de Pedranópolis/SP como, escolas particulares e públicas da rede municipal e
estadual, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e de Obras, clubes de serviço e demais
representantes da sociedade civil. A partir deste levantamento deverá ser estipulado a
frequência e o local de ocorrência das seguintes atividades:

Reuniões: Deverão ser realizadas reuniões iniciais com os representantes do poder


público, em especial Secretarias Municipais de Meio Ambiente, Obras e Educação, além
de representantes das comunidades locais, demais representantes de entidades da
sociedade civil e diretores de escolas, para estabelecer as temáticas específicas de cada
grupo. Esta atividade além de fornecer um elemento norteador serve também com
caráter informativo para diferentes atores da comunidade local favorecendo o
pensamento crítico e participativo da comunidade afetada pelo empreendimento. Além
disso, a atividade permite a formação de disseminadores de informações relativas ao
empreendimento.

Mini-Cursos: Tal atividade será oferecida ao corpo docente das instituições públicas e
particulares. Os temas tratados no curso deverão permear assuntos relativos aos: i) tipos
de produção de energia no Brasil e seus impactos ambientais dentro do planejamento
integrado de recursos (social, política, técnico-econômica e ambiental); e ii) energia
fotovoltaica no Brasil e no mundo – benefícios, perspectivas e uso.

Oficinas: Para esta atividade poderá ser realizado palestras, jogos educativos, discussões
em grupo, vídeos, documentários, e demais atividades que desenvolvam o senso crítico
dos participantes e mudança de postura com as questões ambientais. Os temas a serem
trabalhados deverão ser definidos após a identificação e ao diagnóstico ambiental
realizado no início de implantação deste programa. As oficinas serão oferecidas aos
discentes e serão realizadas nas escolas particulares e públicas da rede estadual e
municipal de Pedranópolis. As oficinas deverão ser distribuídas ao longo dos quatro
bimestres do ano letivo.

Distribuição de Folders e Panfletos informativos: Os materiais de apoio deverão ser


distribuídos durante a execução das atividades citadas anteriormente, para que sirvam

50
como mais uma ferramenta de informação e incentivo à participação individual e
coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente,
entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício
da cidadania.

Plantio simbólico: Como forma de mostrar o comprometimento nas questões relativas


à supressão da vegetação para execução do empreendimento, deverá ser realizado
plantios simbólicos, ao longo da implantação do empreendimento, tendo como público
alvo, alunos, docentes e moradores da área adjacente ao empreendimento.

As instituições de ensino selecionadas para o desenvolvimento das atividades, bem como os


docentes e discentes, deverão ser escolhidos conjuntamente com as Secretarias Municipais e
Estaduais de Educação e seus respectivos diretores de escola, em um processo que favoreça
a interdisciplinaridade e a transversalidade de forma a garantir a formação articulada e
abrangente de formação.

Trabalhadores da obra

As atividades a serem desenvolvidas com os trabalhadores da obra tem por finalidade


promover a sensibilização ambiental e social, fornecendo conhecimento que possibilitem
atitudes individuais e coletivas de preservação e respeito ao meio ambiente não só para as
ações envolvidas no empreendimento, mas para mudanças de comportamento e estilo de
vida. As ações de treinamento e capacitação dos trabalhadores devem introduzir os conceitos
dos 3R (reduzir, reusar e reciclar) e serão distribuídas da seguinte maneira:

Reuniões: a primeira atividade a ser desenvolvida são as reuniões com as diferentes


frentes de trabalho para estabelecimento das temáticas que serão trabalhadas com os
diferentes grupos. Para que seja possível abordar os diferentes temas de acordo com a
atividade desempenhada pela equipe de trabalho, será necessário a formação de ao
menos dois grupos, sendo um deles do operacional e o outro do administrativo.

Oficinas: Para esta atividade poderá ser realizado palestras, jogos educativos, discussões
em grupo, vídeos, documentários, e demais atividades que desenvolvam o senso crítico

51
dos participantes e mudança de postura com as questões ambientais. As oficinas
deverão ser realizadas mais intensamente no início da execução das obras e,
posteriormente mais espaçadamente ou de acordo com a entrada de novas frentes de
trabalho. As oficinas abordarão assuntos relativos ao cumprimento das normas e
procedimentos relativos à proteção do meio ambiente, saúde e segurança e cuidados
com o meio ambiente, como já citado ao longo deste estudo, especialmente no item
2.6.1. Deverão ainda abordar de forma geral, ações para a proteção da flora e fauna;
relação com a comunidade; controle sistemático de resíduos e saneamento; prevenção
e controle de acidentes, dentre outros que serão estabelecidos no Diagnóstico e
Identificação Socioambiental e também nas reuniões iniciais.

Código de conduta: a ser implantado pelos executores do empreendimento, que dentre


outras, deverá estabelecer especificações mínimas para a proteção da fauna e flora, da
qualidade da água, ar e solo.

Equipe técnica responsável

O responsável pelo desenvolvimento e implantação das ações de comunicação social e


educação ambiental é o empreendedor (proprietário da obra) e, caso aconteça, sua empresa
contratada para este fim.

A equipe para este objetivo deve contar minimamente de uma equipe formada por um técnico
de meio físico, um profissional ligado ao meio social e um profissional de comunicação e
marketing.

52
Cronograma de atividades
As ações de CS e EA deverão ser realizadas de acordo com o cronograma a seguir:

AÇÕES DE COMUNICAÇÃO SOCIAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

ETAPAS Mês

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Identificação de
Stakeholders e
Diagnóstico
Sociambiental

ETAPAS CS

Escolha de mascote

Produção de arte,
conteúdo e impressão
Folder/panfleto/banner

53
Ouvidoria

Caixa de sugestões

Site

Fóruns de Comunicação

Organização do banco de
dados

Visitações

ETAPAS EA

Comunidade lindeira

Reuniões

Mini-cursos

Oficinas

54
Distribuição de Folders e
Panfletos Informativos

Plantio Simbólico

Trabalhadores da Obra

Reuniões

Oficinas

Código de Conduta

55
2.6.11. Supervisão Ambiental e Monitoramento das Obras

Os serviços de supervisão ambiental e monitoramento das obras têm como objetivo


verificar e fazer cumprir: i) as especificações técnicas e construtivas aplicáveis durante a
implantação relativas ao meio ambiente; ii) as medidas preventivas, mitigadoras,
corretivas e compensatórias de impactos ambientais previstas neste estudo; e iii) as
exigências estabelecidas nas licenças e autorizações ambientais relativas ao serviço de
construção. A equipe responsável pela supervisão deverá ser definida pela empreiteira
responsável pela obra.

Escopo dos serviços:

• Estabelecer a estratégia de supervisão ambiental do empreendimento e detalhar


o planejamento das atividades considerando as peculiaridades das obras a serem
executadas e as características socioambientais da região afetada;
• Acompanhar e orientar a obtenção e atualização das licenças ambientais e
autorizações específicas, bem como o atendimento das exigências,
recomendações deste programa;
• Realizar vistorias técnicas para acompanhamento dos serviços de construção e
registro de ocorrências ambientais, assim como comunicar as ocorrências aos
setores competentes por meio da emissão de Comunicação de Não-conformidades
e Notificações Ambientais;
• Prestar a apoio à solução de situações que envolvam impactos ambientais não
previstos e não-conformidades ambientais;

• Apresentar relatórios quadrimestrais, durante a implantação, conforme rege o Parecer


Técnico nº 295/14/IE, de 20/08/2014, no qual deverá contemplar as atividades
desenvolvidas no período, registros de eventuais não conformidades identificadas e
respectivas medidas corretivas adotadas, com registros fotográficos, a comprovação
da destinação adequada de resíduos e efluentes gerados;

56
• Apresentar relatório de encerramento contemplando o balanço das atividades
desenvolvidas e dos resultados obtidos, bem como a recuperação de todas as áreas
afetadas pelas obras, a execução das ações de divulgação e comunicação social, além
da instalação de bacia de contenção e da caixa separadora de água e óleo na área da
Subestação, por meio de descritivos, comprovantes e registros fotográficos.

57
2.6.12. Cronograma Físico do PAC

Programa Ambiental de Construção

ETAPAS DO PROGRAMA Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8 Mês 9 Mês 10 Mês 11 Mês 12

Mobilização da mão-de-obra e
conscientização

Monitoramento e Controle:

Limpeza do terreno para as obras

Implantação do canteiro de obras

Controle de erosão

Controle da poluição e proteção dos


recursos hídricos

Gerenciamento dos Resíduos da


Construção Civil

Recuperação de áreas degradadas

Desmobilização da estrutura do
acampamento

Supervisão ambiental

58
2.6.13. Equipe Técnica Responsável pela Elaboração do Programa:

Responsável Técnico e Coordenador:

Luiz Gustavo Gallo Vilela – Geólogo, MSc

CREA SP: 5060653694

Tatiane Gisele Alves Polizeli – Bióloga, MSc

CRBio 1 – 082091/01

59
2.6.14. Referências

BARBOSA, W.P.F., AZEVEDO, A.C.S.D., COSTA, A. L. & PINHEIRO, R.B.. Estudo para penetração
de investimentos em Energia Solar Fotovoltaica no Estado de Minas Gerais. In:: Energia e
Direito. Rio de Janeiro: Lumen Juris,2015.

INATOMI, T.A.H., UDAETA, M.E.M.. III Workshop Internacional Brasil-Japão: Implicações


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