Caso 5 - Calor

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ALUNAS: LORENA LOPES, PAULA FEITOSA.

TURMA: 88
DOCENTE: CARLOS.

AGENTE FISÍCO: CALOR

Ribeirão Preto – SP

21.10.2023
CASO 5: CALOR

Em uma empresa siderúrgica, forma realizadas medições para avaliar a exposição ocupacional
ao agente calor no setor de aciaria. Foi identificado que a exposição é permanente e, pelos
valores medidos, que o limite de tolerância foi ultrapassado, segundo o Anexo 3 da NR 15 –
atividades e Operações Insalubres.
Foram tomadas algumas medidas de controle, tais como aclimatização, reposição de água e
sais minerais, palmilhas de fibras cerâmicas para isolar o calor, vestimentas aluminizadas, etc.
Em uma análise mais aprofundada, chegou-se à conclusão de que, apenas com essas medidas,
o calor poderia continuar produzindo efeitos, desde caibras até a exaustão de calor.
O calor está no Anexo IV do RPS, do decreto nº 3.048/99 e suas alterações. É, portanto, um
agente nocivo que dá direito á aposentadoria especial. Assim, a empresa, com base na
conclusão do LTCAT, decide pagar 6% a mais sobre o salário para a Previdência Social,
correspondente GFIP 4 (no PPP), ou quando entrar em vigor o código 4 da Tabela 2 – Grau de
exposição a agentes nocivos, do Anexo 3 do MOS – Versão 2.1, para financiar a aposentadoria,
de modo que o trabalhador tenha somente 25 anos de atividades na aciaria.

Questão: Efetue uma análise crítica do caso, contextualizando a ação corretiva e verificando se
existem outras medidas a serem tomadas.

Analise crítica em relação as medidas já tomadas:

Aciaria = Unidade em usina siderúrgica onde o ferro-gusa é convertido em aço.

Figura
Figura 1 UMADE
1 SETOR ACIARIA EMEM
ACIARIA FUNCIONAMENTO
FUNCIONAMENTO

Mesmo após serem adotadas medidas que minimizam a exposição dos trabalhadores do setor
ao calor, que de acordo com NR-15 Anexo 03, do Ministério do Trabalho e Emprego estabelece
que níveis de temperatura acima de 26,7º IBUTG (índice usado para avaliação da exposição ao
calor) são considerados insalubres. Conforme afirmação, essas medidas ainda não foram
suficientes para que o ambiente de trabalho seja um lugar salutar, deste modo algumas
medidas ainda não adotadas podem colaborar para este fim, são elas:
De acordo com a classificação da atividade levando em conta as informações do setor pode-se
concluir que é um trabalho pesado e fatigante ainda no anexo 03 da NR15 o regime de
trabalho intermitente será definido conforme quadro N.º 1 da NR 15, nestes casos deverá ser
adotado o regime de escala de trabalho de 45 minutos de trabalho e 15 minutos de pausa
ressaltado que os minutos de pausa contam como tempo de trabalho , tendo como referente à
temperatura de 26,8 a 28,0, se o local de descanso for o mesmo ambiente em que as
atividades são executadas ou a disponibilização de locais climatizados ou termicamente mais
amenos para recuperação térmica.

Conforme NR 09 Anexo 3 outra medida pode ser implantada:


Medida de prevenção:
• Programar os trabalhos mais pesados (acima de 414W - quatrocentos e
quatorze watts), preferencialmente nos períodos com condições térmicas mais
amenas, desde que nesses períodos não ocorram riscos adicionais.
Medidas corretivas:
• Adequar os processos, as rotinas ou as operações de trabalho;

• Disponibilizar acesso a locais, inclusive naturais, termicamente mais amenos, que


possibilitem pausas espontâneas, permitindo a recuperação térmica nas atividades
realizadas em locais abertos e distantes de quaisquer edificações ou estruturas
naturais ou artificiais.
Procedimentos de emergência:
A organização deve possuir procedimento de emergência específico para o calor,
contemplando:
• Meios e recursos necessários para o primeiro atendimento ou encaminhamento do
trabalhador para atendimento; e

• Informação a todas as pessoas envolvidas nos cenários de emergências.

Conforme NHO 06 outras medidas podem ser implantadas:


• Alternância de operações que geram exposições a níveis mais elevados de calor com
outras que não apresentem exposições ou impliquem exposições a menores níveis,
resultando na redução da exposição horária;

• Permissão para interromper o trabalho quando o trabalhador sentir extremo


desconforto ao calor ou identificar sinais de alerta ou condições de risco à sua saúde.

414W quatrocentos e quatorze watts = Medidas que excede o nível de conforto térmico, causando
o estresse térmico.
Com relação ao pagamento de insalubridade:
Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância
estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente
de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo
da região, segundo se classifiquem nos graus máximos, médio e mínimo. Neste caso o mínimo
a ser paga a título de adicional de insalubridade é de 10% então é necessário o reajuste do
valor pago aos colaboradores para que fique dentro do exigido pela legislação.

Conclusão:
Com a adoção de todas as medidas apontadas e visando um melhor desempenho e sobre tudo
a melhoria e manutenção da saúde e melhores condições de trabalho para os trabalhadores
do setor, acreditamos que todo o investimento trará os melhores resultados na produção e
com isso maior lucratividade para a empresa. O empregador junto com seu setor de Segurança
do Trabalho, deve sempre deixar seus colaboradores treinados, informados sobre as medidas
de prevenção que devem ser tomadas, e munidos de EPIs, para que sua saúde e de toda
equipe seja preservada, mesmo que sua função seja diretamente exposta ao agente físico
mencionado nessa análise .Devemos ressaltar a importância dos trabalhadores no
levantamento de melhorias, pois não tem apontamento melhor do que o deles devido a
exposição direta a execução da função.
Analisamos também que a necessidade de adequar a porcentagem paga ao trabalhador desse
setor, exigida legalmente na legislação e na NR15.

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Lorena Lopes Paula Feitosa
Técnico (a) em Segurança do Trabalho Técnico (a) em Segurança do Trabalho

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