Relação Juridico Tributária

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Prof.

Fabiana Caricati

DIREITO TRIBUTÁRIO
RELAÇÃO JURÍDICO-TRIBUTÁRIA
Referência: OAB |Direito Tributário

Relação Jurídico-Tributária

HI – FG – OT - CT
Referência: OAB |Direito Tributário

HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA:

“a descrição que a lei faz de um fato tributário que,


quando ocorrer, fará nascer a obrigação tributária”
Vittorio Cassone

- momento abstrato, previsto em lei, hábil a deflagrar


a relação jurídico-tributária
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FATO GERADOR:

“é a materialização da hipótese de incidência,


representando o momento concreto de sua
realização” Geraldo Ataliba

- com a realização da HI, teremos o FG – adaptação do


fato à norma – fenômeno da subsunção
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Art.4º do CTN:
A natureza jurídica específica do tributo (taxas,
impostos, contribuições de melhoria) é determinada
pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo
irrelevantes para qualificá-la:
I - a denominação e demais características formais
adotadas pela lei;
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.
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O fato gerador ganha importância por definir a lei a ser


aplicada no momento da cobrança do tributo –
princípio da irretroatividade tributária (art.150, III, a,
CF).

- primeiro a lei que define a HI – depois o fato gerador


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Art.118 do CTN: A definição legal do fato gerador é


interpretada abstraindo-se:
I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados
pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem
como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;
II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

- Princípio - tributo não tem cheiro - atos nulos, ilícitos


são tributados – interpretação objetiva
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FG INSTANTÂNEOS, FG PERIÓDICOS OU CONTÍNUOS


FG INSTANTÂNEOS
- sua realização se dá num determinado momento de
tempo – para cada ato concretizado no mundo real,
haverá um fato gerador específico.

Exemplo: ICMS, IPI, IOF, II, IE, ITBI, ITCMD, entre outros
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FG PERIÓDICOS (COMPLEXOS)
- sua realização se põe ao longo de um espaço de
tempo.
- são fatos isolados em um período de tempo que
serão agregados para compor um só fato gerador.

Exemplo: IR
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FG CONTINUADOS (CONTÍNUOS)
- sua realização se dá de forma duradoura e estável no
tempo, normalmente no período de 1 ano.

Exemplo: IPTU, ITR, IPVA


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OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

Elementos da OT:
1 – sujeito ativo
2 – sujeito passivo
3 – objeto
4 – causa
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1 – Sujeito Ativo - CREDOR – art.119 e 120 do CTN

Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica


de direito público, titular da competência para exigir o
seu cumprimento.
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Sujeito Ativo Direto

- entes tributantes, detentores de competência


tributária (poder legiferante) – União, Estados, Distrito
Federal e Municípios
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Sujeito Ativo Indireto

- entes parafiscais, detentores de capacidade


tributária ativa (poder de arrecadação e fiscalização) –
CREA, CRM, CRC
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Sujeito Passivo – DEVEDOR – art.121 e 122 CTN


Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa
obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.

Par. único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:


I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com
o fato gerador;
II - responsável, quando, sua obrigação decorra de
disposição de lei.
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Art. 122. Sujeito passivo da obrigação acessória é a


pessoa obrigada às prestações que constituam o seu
objeto.

Art.123. Convenções particulares, relativas à


responsabilidade pelo pagamento do tributo, não
podem ser opostas `a Fazenda Pública. Ex: Contrato de
locação - IPTU
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Sujeito Passivo DIRETO – contribuinte – relação


pessoal e direta com o fato gerador. Ex: proprietário
do imóvel em relação ao IPTU

Sujeito Passivo INDIRETO – responsável – terceira


pessoa escolhida por lei para pagar o tributo, objetiva
facilitar a arrecadação e fiscalização.
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3 – OBJETO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA


- Prestação a que se submete o sujeito passivo diante
do fato imponível deflagrador da obrigação tributária.

- Prestação de cunho pecuniário – principal – obrigação de


dar
- Se não pecuniário – acessória – obrigação de fazer ou de
não fazer - Prestações em função da arrecadação ou
fiscalização de tributos.
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3 – OBJETO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

Art. 113. A obrigação tributária é principal ou


acessória.
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do
fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo
ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente
com o crédito dela decorrente.
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§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação


tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou
negativas, nela previstas no interesse da arrecadação
ou da fiscalização dos tributos.

§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua


inobservância, converte-se em obrigação principal
relativamente à penalidade pecuniária (multa).
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OBS:
A obrigação acessória pode existir sem que exista a
obrigação principal, em virtude de isenção ou
imunidade, por exemplo, e que deve ser prevista em
lei, com natureza jurídica de obrigação de fazer ou não
fazer
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4. CAUSA DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA


- É o vínculo jurídico motivador do liame jurídico
obrigacional entre o sujeito ativo e passivo
- Vínculo jurídico pode ser a lei ou a legislação
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a
situação definida em lei como necessária e suficiente à
sua ocorrência.
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Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é


qualquer situação que, na forma da legislação
aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que
não configure obrigação principal.
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Lei tributária - Art. 97 – Princípio da Legalidade –


necessidade de lei em sentido em estrito para ocorrer
a obrigação tributária principal

Legislação tributária – Art.96 – obrigação acessória


decorre de qualquer situação fática prevista na
legislação tributária
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Domicílio tributário
- É o lugar de exercício dos direitos e cumprimentos
das obrigações.

- Para o DT, é o local determinado pela legislação,


onde o sujeito passivo é chamado para cumprir
seus deveres da ordem tributária.
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Domicílio tributário
Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou
responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação
aplicável, considera-se como tal:

I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou,


sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de
sua atividade;
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II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às


firmas individuais, o lugar da sua sede, ou, em relação aos
atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada
estabelecimento;

III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer


de suas repartições no território da entidade tributante.
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§ 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em


qualquer dos incisos deste artigo, considerar-se-á como
domicílio tributário o lugar da situação dos bens ou da
ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.

§ 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio


eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a
fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do
parágrafo anterior.
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Regra geral – domicílio de eleição

Na ausência de eleição – aplica-se o art. 127, I, II, III do CTN

Na impossibilidade de aplicar o art. 127, I, II e III e no caso


de recusa fundada na Administração (art.127, §3º-
praticidade fiscal), aplica-se o art. 127, §1º do CTN – lugar
da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que
deram origem à obrigação.
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Relação Jurídico-Tributária
HI - fato abstrato
FG - fato concreto
OT - sujeito ativo e passivo, objeto principal ou
acessório da obrigação tributária, causa da obrigação
tributária - lei ou legislação
DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO
CT ?
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Referências
SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. São
Paulo: Saraiva, 2018.
CASSONE, Vittorio. Direito Tributário. São Paulo: Atlas,
2017.
ATALIBA, Geraldo. Hipótese de Incidência Tributária.
São Paulo: Malheiros, 2002.
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