Código Tributário Nacional 2024
Código Tributário Nacional 2024
Código Tributário Nacional 2024
§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a
tenha conferido.
Presidência da República
Casa Civil § 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função
de arrecadar tributos.
Subchefia para Assuntos Jurídicos
Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a
que a Constituição a tenha atribuído.
LEI Nº 5.172, DE 25 DE OUTUBRO DE 1966.
CAPÍTULO II
Denominado Código Tributário Nacional
Limitações da Competência Tributária
Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui
Vigência
normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Seção I
Estados e Municípios.
(Vide Decreto-lei nº 82, de 1966)
(Vide Decreto nº 6.306, de 2007) Disposições Gerais
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: Art. 9º É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR I - instituir ou majorar tributo sem que a lei o estabeleça, ressalvado, quanto à majoração, o disposto nos arts. 21, 26
e 65;
Art. 1º Esta Lei regula, com fundamento na Emenda Constitucional n. 18, de 1º de dezembro de 1965, o sistema
tributário nacional e estabelece, com fundamento no art. 5º, inciso XV, alínea b, da Constituição Federal as normas gerais II - cobrar impôsto sôbre o patrimônio e a renda com base em lei posterior à data inicial do exercício financeiro a que
de direito tributário aplicáveis à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, sem prejuízo da respectiva corresponda;
legislação complementar, supletiva ou regulamentar.
III - estabelecer limitações ao tráfego, no território nacional, de pessoas ou mercadorias, por meio de tributos
LIVRO PRIMEIRO interestaduais ou intermunicipais;
Art. 2º O sistema tributário nacional é regido pelo disposto na Emenda Constitucional n. 18, de 1º de dezembro de c) o patrimônio, a renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos
1965, em leis complementares, em resoluções do Senado Federal e, nos limites das respectivas competências, em leis trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, observados os requisitos fixados
federais, nas Constituições e em leis estaduais, e em leis municipais. na Seção II deste Capítulo; (Redação dada pela Lei Complementar nº 104, de 2001)
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não d) papel destinado exclusivamente à impressão de jornais, periódicos e livros.
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
§ 1º O disposto no inciso IV não exclui a atribuição, por lei, às entidades nêle referidas, da condição de responsáveis
Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo pelos tributos que lhes caiba reter na fonte, e não as dispensa da prática de atos, previstos em lei, assecuratórios do
irrelevantes para qualificá-la: cumprimento de obrigações tributárias por terceiros.
I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei; § 2º O disposto na alínea a do inciso IV aplica-se, exclusivamente, aos serviços próprios das pessoas jurídicas de
direito público a que se refere este artigo, e inerentes aos seus objetivos.
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.
Art. 10. É vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional, ou que importe
Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. distinção ou preferência em favor de determinado Estado ou Município.
TÍTULO II Art. 11. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens de
qualquer natureza, em razão da sua procedência ou do seu destino.
Competência Tributária
SEÇÃO II
CAPÍTULO I
Disposições Especiais
Disposições Gerais
Art. 12. O disposto na alínea a do inciso IV do art. 9º, observado o disposto nos seus §§ 1º e 2º, é extensivo às
Art. 6º A atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência legislativa plena, autarquias criadas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, tão-somente no que se refere ao
ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do patrimônio, à renda ou aos serviços vinculados às suas finalidades essenciais, ou delas decorrentes.
Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei.
Art. 13. O disposto na alínea a do inciso IV do art. 9º não se aplica aos serviços públicos concedidos, cujo
Parágrafo único. Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito tratamento tributário é estabelecido pelo poder concedente, no que se refere aos tributos de sua competência, ressalvado
público pertencerá à competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos. o que dispõe o parágrafo único.
Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de Parágrafo único. Mediante lei especial e tendo em vista o interêsse comum, a União pode instituir isenção de
executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de tributos federais, estaduais e municipais para os serviços públicos que conceder, observado o disposto no § 1º do art. 9º.
direito público a outra, nos termos do § 3º do art. 18 da Constituição.
Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do art. 9º é subordinado à observância dos seguintes requisitos pelas
§ 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito
entidades nêle referidas:
público que a conferir.
I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; (Redação dada pela Seção I
Lcp nº 104, de 2001)
Impôsto sôbre a Importação
II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais;
Art. 19. O impôsto, de competência da União, sôbre a importação de produtos estrangeiros tem como fato gerador a
entrada dêstes no território nacional.
III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar
sua exatidão. Art. 20. A base de cálculo do impôsto é:
§ 1º Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, ou no § 1º do art. 9º, a autoridade competente pode I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;
suspender a aplicação do benefício.
II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da
§ 2º Os serviços a que se refere a alínea c do inciso IV do art. 9º são exclusivamente, os diretamente relacionados importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no
com os objetivos institucionais das entidades de que trata este artigo, previstos nos respectivos estatutos ou atos País;
constitutivos.
III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço da arrematação.
Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos compulsórios:
Art. 21. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases
I - guerra externa, ou sua iminência; de cálculo do impôsto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política cambial e do comércio exterior.
II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos orçamentários disponíveis; Art. 22. Contribuinte do impôsto é:
III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo. I - o importador ou quem a lei a ele equiparar;
Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as condições de seu resgate, observando, no II - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados.
que for aplicável, o disposto nesta lei.
Seção II
TÍTULO III
Impôsto sôbre a Exportação
Impostos
Art. 23. O impôsto, de competência da União, sôbre a exportação, para o estrangeiro, de produtos nacionais ou
CAPÍTULO I nacionalizados tem como fato gerador a saída dêstes do território nacional.
Disposições Gerais Art. 24. A base de cálculo do impôsto é:
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;
estatal específica, relativa ao contribuinte.
II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da
Art. 17. Os impostos componentes do sistema tributário nacional são exclusivamente os que constam dêste Título, exportação, em uma venda em condições de livre concorrência.
com as competências e limitações nele previstas.
Parágrafo único. Para os efeitos do inciso II, considera-se a entrega como efetuada no porto ou lugar da saída do
Art. 18. Compete: produto, deduzidos os tributos diretamente incidentes sôbre a operação de exportação e, nas vendas efetuadas a prazo
superior aos correntes no mercado internacional o custo do financiamento.
I - à União, instituir, nos Territórios Federais, os impostos atribuídos aos Estados e, se aqueles não forem divididos
em Municípios, cumulativamente, os atribuídos a êstes; Art. 25. A lei pode adotar como base de cálculo a parcela do valor ou do preço, referidos no artigo anterior,
excedente de valor básico, fixado de acordo com os critérios e dentro dos limites por ela estabelecidos.
II - ao Distrito Federal e aos Estados não divididos em Municípios, instituir, cumulativamente, os impostos atribuídos
aos Estados e aos Municípios. Art. 26. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases
de cálculo do impôsto, a fim de ajustá-los aos objetivos da política cambial e do comércio exterior.
Art. 18-A. Para fins da incidência do imposto de que trata o inciso II do caput do art. 155 da Constituição
Federal, os combustíveis, o gás natural, a energia elétrica, as comunicações e o transporte coletivo são considerados Art. 27. Contribuinte do impôsto é o exportador ou quem a lei a êle equiparar.
bens e serviços essenciais e indispensáveis, que não podem ser tratados como supérfluos. (Incluído pela Lei
Complementar nº 194, de 2022) Art. 28. A receita líquida do impôsto destina-se à formação de reservas monetárias, na forma da lei.
CAPÍTULO III
Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo: (Incluído pela Lei Complementar nº 194, de 2022)
Impostos sôbre o Patrimônio e a Renda
I - é vedada a fixação de alíquotas sobre as operações referidas no caput deste artigo em patamar superior ao
das operações em geral, considerada a essencialidade dos bens e serviços; (Incluído pela Lei Complementar nº 194, Seção I
de 2022)
Impôsto sôbre a Propriedade Territorial Rural
II - é facultada ao ente federativo competente a aplicação de alíquotas reduzidas em relação aos bens referidos Art. 29. O impôsto, de competência da União, sobre a propriedade territorial rural tem como fato gerador a
no caput deste artigo, como forma de beneficiar os consumidores em geral; e (Incluído pela Lei Complementar nº propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localizado fora da zona urbana
194, de 2022) do Município.
III - (Revogado pela Lei Complementar nº 201, de 2023) Art. 30. A base do cálculo do impôsto é o valor fundiário.
Art. 31. Contribuinte do impôsto é o proprietário do imóvel, o titular de seu domínio útil, ou o seu possuidor a
CAPÍTULO II qualquer título.
Impostos sôbre o Comércio Exterior Seção II
§ 1º Para os efeitos dêste impôsto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal; observado o requisito Art. 38. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos.
mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou
mantidos pelo Poder Público: Art. 39. A alíquota do impôsto não excederá os limites fixados em resolução do Senado Federal, que distinguirá,
para efeito de aplicação de alíquota mais baixa, as transmissões que atendam à política nacional de habitação. (Vide
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; Ato Complementar nº 27, de 1966)
II - abastecimento de água; Art. 40. O montante do impôsto é dedutível do devido à União, a título do impôsto de que trata o art. 43, sôbre o
provento decorrente da mesma transmissão.
III - sistema de esgotos sanitários;
Art. 41. O impôsto compete ao Estado da situação do imóvel transmitido, ou sôbre que versarem os direitos cedidos,
IV - rêde de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar; mesmo que a mutação patrimonial decorra de sucessão aberta no estrangeiro.
V - escola primária ou pôsto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado. Art. 42. Contribuinte do impôsto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei.
§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de Seção IV
loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que
localizados fora das zonas definidas nos têrmos do parágrafo anterior. Impôsto sôbre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza
Art. 33. A base do cálculo do impôsto é o valor venal do imóvel. Art. 43. O impôsto, de competência da União, sôbre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato
gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:
Parágrafo único. Na determinação da base de cálculo, não se considera o valor dos bens móveis mantidos, em
caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade. I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;
Art. 34. Contribuinte do impôsto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso
qualquer título. anterior.
Seção III § 1o A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição
jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)
Impôsto sôbre a Transmissão de Bens Imóveis e de Direitos a êles Relativos
Art. 35. O impôsto, de competência dos Estados, sôbre a transmissão de bens imóveis e de direitos a êles relativos § 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em
tem como fato gerador: que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo. (Incluído pela Lcp nº 104, de
2001)
I - a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do domínio útil de bens imóveis por natureza ou por acessão
física, como definidos na lei civil; Art. 44. A base de cálculo do impôsto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos
tributáveis.
II - a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de garantia;
Art. 45. Contribuinte do impôsto é o titular da disponibilidade a que se refere o artigo 43, sem prejuízo de atribuir a lei
III - a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos incisos I e II.
essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis.
Parágrafo único. Nas transmissões causa mortis, ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos sejam os
Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis a condição de
herdeiros ou legatários.
responsável pelo impôsto cuja retenção e recolhimento lhe caibam.
Art. 36. Ressalvado o disposto no artigo seguinte, o impôsto não incide sôbre a transmissão dos bens ou direitos
CAPÍTULO IV
referidos no artigo anterior:
Impostos sôbre a Produção e a Circulação
I - quando efetuada para sua incorporação ao patrimônio de pessoa jurídica em pagamento de capital nela
subscrito; Seção I
II - quando decorrente da incorporação ou da fusão de uma pessoa jurídica por outra ou com outra. Impôsto sôbre Produtos Industrializados
Parágrafo único. O impôsto não incide sôbre a transmissão aos mesmos alienantes, dos bens e direitos adquiridos Art. 46. O impôsto, de competência da União, sôbre produtos industrializados tem como fato gerador:
na forma do inciso I dêste artigo, em decorrência da sua desincorporação do patrimônio da pessoa jurídica a que foram
conferidos. I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira;
Art. 37. O disposto no artigo anterior não se aplica quando a pessoa jurídica adquirente tenha como atividade II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do art. 51;
preponderante a venda ou locação de propriedade imobiliária ou a cessão de direitos relativos à sua aquisição.
III - a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão.
§ 1º Considera-se caracterizada a atividade preponderante referida neste artigo quando mais de 50% (cinqüenta por
cento) da receita operacional da pessoa jurídica adquirente, nos 2 (dois) anos anteriores e nos 2 (dois) anos Parágrafo único. Para os efeitos deste impôsto, considera-se industrializado o produto que tenha sido submetido a
subseqüentes à aquisição, decorrer de transações mencionadas neste artigo. qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo.
§ 2º Se a pessoa jurídica adquirente iniciar suas atividades após a aquisição, ou menos de 2 (dois) anos antes dela, Art. 47. A base de cálculo do impôsto é:
apurar-se-á a preponderância referida no parágrafo anterior levando em conta os 3 (três) primeiros anos seguintes à data
da aquisição. I - no caso do inciso I do artigo anterior, o preço normal, como definido no inciso II do art. 20, acrescido do montante:
I - o importador ou quem a lei a êle equiparar; Impôsto sôbre Serviços de Transportes e Comunicações
II - o industrial ou quem a lei a êle equiparar; Art. 68. O impôsto, de competência da União, sôbre serviços de transportes e comunicações tem como fato gerador:
III - o comerciante de produtos sujeitos ao impôsto, que os forneça aos contribuintes definidos no inciso anterior; I - a prestação do serviço de transporte, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valôres, salvo quando o
trajeto se contenha inteiramente no território de um mesmo Município;
IV - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão.
II - a prestação do serviço de comunicações, assim se entendendo a transmissão e o recebimento, por qualquer
Parágrafo único. Para os efeitos dêste impôsto, considera-se contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de processo, de mensagens escritas, faladas ou visuais, salvo quando os pontos de transmissão e de recebimento se
importador, industrial, comerciante ou arrematante. situem no território de um mesmo Município e a mensagem em curso não possa ser captada fora dêsse território.
Impôsto Estadual sôbre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias Art. 70. Contribuinte do impôsto é o prestador do serviço.
Impôsto Municipal sôbre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias Arts. 71 a 73 (Revogados pelo Decreto-lei nº 406, de 1968
Seção I
Impôsto sôbre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, e sôbre Operações Relativas a Títulos e Valôres Mobiliários
Impôsto sôbre Operações Relativas a Combustíveis, Lubrificantes, Energia Elétrica e Minerais do País
Art. 63. O impôsto, de competência da União, sôbre operações de crédito, câmbio e seguro, e sôbre operações
relativas a títulos e valôres mobiliários tem como fato gerador: Art. 74. O impôsto, de competência da União, sôbre operações relativas a combustíveis, lubrificantes, energia
elétrica e minerais do País tem como fato gerador:
I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do montante ou do valor que
constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado; I - a produção, como definida no art. 46 e seu parágrafo único;
II - quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de II - a importação, como definida no art. 19;
documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado em montante equivalente à moeda
III - a circulação, como definida no art. 52;
estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por êste;
IV - a distribuição, assim entendida a colocação do produto no estabelecimento consumidor ou em local de venda ao
III - quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela emissão da apólice ou do documento equivalente, ou público;
recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável;
V - o consumo, assim entendida a venda do produto ao público.
IV - quanto às operações relativas a títulos e valôres mobiliários, a emissão, transmissão, pagamento ou resgate
dêstes, na forma da lei aplicável. § 1º Para os efeitos dêste impôsto a energia elétrica considera-se produto industrializado.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172compilado.htm 7/31 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172compilado.htm 8/31
10/05/2024, 19:03 L5172COMPILADO 10/05/2024, 19:03 L5172COMPILADO
§ 2º O impôsto incide, uma só vez sôbre uma das operações previstas em cada inciso dêste artigo, como dispuser a I - publicação prévia dos seguintes elementos:
lei, e exclui quaisquer outros tributos, sejam quais forem sua natureza ou competência, incidentes sôbre aquelas
operações. a) memorial descritivo do projeto;
Art. 75. A lei observará o disposto neste Título relativamente: b) orçamento do custo da obra;
I - ao impôsto sôbre produtos industrializados, quando a incidência seja sôbre a produção ou sôbre o consumo; c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;
II - ao impôsto sôbre a importação, quando a incidência seja sôbre essa operação; d) delimitação da zona beneficiada;
III - ao impôsto sôbre operações relativas à circulação de mercadorias, quando a incidência seja sôbre a e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para tôda a zona ou para cada uma das áreas
distribuição. diferenciadas, nela contidas;
Seção II II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos
referidos no inciso anterior;
Impostos Extraordinários
III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso
Art. 76. Na iminência ou no caso de guerra externa, a União pode instituir, temporariamente, impostos anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial.
extraordinários compreendidos ou não entre os referidos nesta Lei, suprimidos, gradativamente, no prazo máximo de
cinco anos, contados da celebração da paz. § 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a que se refere a
alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatôres individuais de
TÍTULO IV valorização.
Taxas § 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, da
forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integraram o respectivo cálculo.
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas
respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou TÍTULO VI
potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Distribuições de Receitas Tributárias
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a impôsto
nem ser calculada em função do capital das emprêsas. (Vide Ato Complementar nº 34, de 1967) CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito,
interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à Art. 83. Sem prejuízo das demais disposições dêste Título, os Estados e Municípios que celebrem com a União
segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades convênios destinados a assegurar ampla e eficiente coordenação dos respectivos programas de investimentos e serviços
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à públicos, especialmente no campo da política tributária, poderão participar de até 10% (dez por cento) da arrecadação
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 31, de 1966) efetuada, nos respectivos territórios, proveniente do impôsto referido no art. 43, incidente sôbre o rendimento das
pessoas físicas, e no art. 46, excluído o incidente sôbre o fumo e bebidas alcoólicas.
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão
competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha Parágrafo único. O processo das distribuições previstas neste artigo será regulado nos convênios nêle referidos.
como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
Art. 84. A lei federal pode cometer aos Estados, ao Distrito Federal ou aos Municípios o encargo de arrecadar os
Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o art. 77 consideram-se: impostos de competência da União cujo produto lhes seja distribuído no todo ou em parte.
I - utilizados pelo contribuinte: Parágrafo único. O disposto neste artigo, aplica-se à arrecadação dos impostos de competência dos Estados, cujo
produto êstes venham a distribuir, no todo ou em parte, aos respectivos Municípios.
a) efetivamente, quando por êle usufruídos a qualquer título;
CAPÍTULO II
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade
administrativa em efetivo funcionamento; Impôsto sôbre a Propriedade Territorial Rural e sobre a Renda e Proventos de qualquer natureza
II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade, ou de Art. 85. Serão distribuídos pela União:
necessidades públicas;
I - aos Municípios da localização dos imóveis, o produto da arrecadação do impôsto a que se refere o artigo 29;
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.
II - aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, o produto da arrecadação, na fonte, do impôsto a que se
Art. 80. Para efeito de instituição e cobrança de taxas, consideram-se compreendidas no âmbito das atribuições da refere o art. 43, incidente sôbre a renda das obrigações de sua dívida pública e sôbre os proventos dos seus servidores e
União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, aquelas que, segundo a Constituição Federal, as dos de suas autarquias.
Constituições dos Estados, as Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios e a legislação com elas compatível,
competem a cada uma dessas pessoas de direito público. § 1º Independentemente de ordem das autoridades superiores e sob pena de demissão, as autoridades
arrecadadoras dos impostos a que se refere êste artigo farão entrega, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios,
TÍTULO V das importâncias recebidas, à medida que forem sendo arrecadadas, em prazo não superior a 30 (trinta) dias, a contar
da data de cada recolhimento.
Contribuição de Melhoria
§ 2º A lei poderá autorizar os Estados, o Distrito Federal e os Municípios a incorporar definitivamente à sua receita o
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no produto da arrecadação do impôsto a que se refere o inciso II, estipulando as obrigações acessórias a serem cumpridas
âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra por aquêles no interesse da arrecadação, pela União, do impôsto a ela devido pelos titulares da renda ou dos proventos
valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da tributados.
obra resultar para cada imóvel beneficiado.
§ 3º A lei poderá dispor que uma parcela, não superior a 20% (vinte por cento), do impôsto de que trata o inciso I
Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos: seja destinada ao custeio do respectivo serviço de lançamento e arrecadação. (Suspensa a execução pela RSF nº 337,
de 1983)
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10/05/2024, 19:03 L5172COMPILADO 10/05/2024, 19:03 L5172COMPILADO
CAPÍTULO III Mais de 2% até 5%:
Fundos de Participação dos Estados e dos Municípios Pelos primeiros 2%............................................................................... .................. 2
Acima de 0,0055 até 0,0065 ..................................... 0,6 Para cada 3.396, ou fração excedente, mais 0,2
Acima de 0,0065 até 0,0075 ..................................... 0,7 b) Acima de 16.980 até 50.940
Acima de 0,0075 até 0,0085 ..................................... 0,8
Pelos primeiros 16.980 1,0
Acima de 0,0085 até 0,0095 ..................................... 0,9
Acima de 0,0095 até 0,0110 ..................................... 1,0 Para cada 6.792 ou fração excedente, mais 0,2
Acima de 0,0110 até 0,0130 ..................................... 1,2 c) Acima de 50.940 até 101,880
Acima de 0,0130 até 0,0150 ..................................... 1,4
Pelos primeiros 50.940 2,0
Acima de 0,0150 até 0,0170 ..................................... 1,6
Acima de 0,0170 até 0,0190 ..................................... 1,8 Para cada 10.188 ou fração excedente, mais 0,2
Acima de 0,0190 até 0,0220 ..................................... 2,0 d) Acima de 101.880 até 156.216
Acima de 0,220 ............................................... ......... 2,5
Pelos primeiros 101.880 3,0
Parágrafo único. Para os efeitos dêste artigo, determina-se o índice relativo à renda per capita de cada entidade
participante, tomando-se como 100 (cem) a renda per capita média do País. Para cada 13.584 ou fração excedente, mais 0,2
I - 10% (dez por cento) aos Municípios das Capitais dos Estados; (Redação dada pelo Ato Complementar nº 35, §§ 4º e 5º (Revogados pela Lei Complementar nº 91, de 1997)
de 1967)
Seção IV
II - 90% (noventa por cento) aos demais Municípios do País. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 35, de
1967) Cálculo e Pagamento das Quotas Estaduais e Municipais
§ 1º A parcela de que trata o inciso I será distribuída proporcionalmente a um coeficiente individual de participação, Art. 92. O Tribunal de Contas da União comunicará ao Banco do Brasil S.A., conforme os prazos a seguir
resultante do produto dos seguintes fatôres: (Redação dada pelo Ato Complementar nº 35, de 1967) especificados, os coeficientes individuais de participação nos fundos previstos no art. 159, inciso I, alíneas “a”, “b” e “d”,
da Constituição Federal que prevalecerão no exercício subsequente: (Redação dada pela Lei Complementar nº 143,
a) fator representativo da população, assim estabelecido: (Redação dada pelo Ato Complementar nº 35, de 1967) de 2013) (Produção de efeito) (Vide Lei Complementar nº 143, de 2013)
Art. 93. (Revogado pela Lei Complementar nº 143, de 2013) (Produção de efeito) II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa;
LIVRO SEGUNDO Art. 101. A vigência, no espaço e no tempo, da legislação tributária rege-se pelas disposições legais aplicáveis às
normas jurídicas em geral, ressalvado o previsto neste Capítulo.
NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO
Art. 102. A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País, fora dos
TÍTULO I respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de que participem, ou do que
disponham esta ou outras leis de normas gerais expedidas pela União.
Legislação Tributária
Art. 103. Salvo disposição em contrário, entram em vigor:
CAPÍTULO I
I - os atos administrativos a que se refere o inciso I do art. 100, na data da sua publicação;
Disposições Gerais
II - as decisões a que se refere o inciso II do art. 100, quanto a seus efeitos normativos, 30 (trinta) dias após a data
Seção I da sua publicação;
Disposição Preliminar III - os convênios a que se refere o inciso IV do art. 100, na data nêles prevista.
Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os Art. 104. Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os
decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sôbre tributos e relações jurídicas a eles dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda:
pertinentes.
I - que instituem ou majoram tais impostos;
Seção II
II - que definem novas hipóteses de incidência;
Leis, Tratados e Convenções Internacionais e Decretos
III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte, e
Art. 97. Sòmente a lei pode estabelecer: observado o disposto no artigo 178.
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos arts. 21, 26, 39, 57 e 65; Aplicação da Legislação Tributária
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do art. 52, Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim
e do seu sujeito passivo; entendidos aquêles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos têrmos do artigo 116.
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos arts. 21, 26, 39, 57 e 65; Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos
nela definidas; dispositivos interpretados;
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
penalidades.
a) quando deixe de defini-lo como infração;
§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais
oneroso. b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido
fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;
§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II dêste artigo, a atualização do valor
monetário da respectiva base de cálculo. c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.
Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão CAPÍTULO IV
observados pela que lhes sobrevenha.
Interpretação e Integração da Legislação Tributária
Art. 99. O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis em função das quais sejam expedidos,
determinados com observância das regras de interpretação estabelecidas nesta Lei. Art. 107. A legislação tributária será interpretada conforme o disposto neste Capítulo.
I - a analogia; II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos têrmos de
direito aplicável.
II - os princípios gerais de direito tributário;
Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a
III - os princípios gerais de direito público; finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da
obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. (Incluído pela Lcp nº 104,
IV - a eqüidade.
de 2001)
§ 1º O emprêgo da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.
Art. 117. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo disposição de lei em contrário, os atos ou negócios
§ 2º O emprêgo da eqüidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido. jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados:
Art. 109. Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de I - sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento;
seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos tributários.
II - sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio.
Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de
direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:
pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias.
I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como
Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sôbre: da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário; II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.
Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira mais favorável ao Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu
acusado, em caso de dúvida quanto: cumprimento.
I - à capitulação legal do fato; Art. 120. Salvo disposição de lei em contrário, a pessoa jurídica de direito público, que se constituir pelo
desmembramento territorial de outra, sub-roga-se nos direitos desta, cuja legislação tributária aplicará até que entre em
II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos; vigor a sua própria.
TÍTULO II Seção I
CAPÍTULO I Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade
pecuniária.
Disposições Gerais
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador;
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de
lei.
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas,
nela previstas no interêsse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. Art. 122. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que constituam o seu objeto.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo
relativamente à penalidade pecuniária. pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das
obrigações tributárias correspondentes.
CAPÍTULO II
Seção II
Fato Gerador
Solidariedade
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua
ocorrência. Art. 124. São solidàriamente obrigadas:
Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a I - as pessoas que tenham interêsse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal;
prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.
II - as pessoas expressamente designadas por lei.
Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos:
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.
Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172compilado.htm 15/31 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172compilado.htm 16/31
10/05/2024, 19:03 L5172COMPILADO 10/05/2024, 19:03 L5172COMPILADO
I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais; I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos; (Redação dada
pelo Decreto Lei nº 28, de 1966)
II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um dêles,
subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo; II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou
adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação;
III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais.
III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.
Seção III
Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em
Capacidade Tributária
outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas,
Art. 126. A capacidade tributária passiva independe: transformadas ou incorporadas.
I - da capacidade civil das pessoas naturais; Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado,
quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a
II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.
civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios;
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio
III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra
profissional. razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido,
devidos até à data do ato:
Seção IV
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
Domicílio Tributário
II - subsidiàriamente com o alienante, se êste prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da
Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.
aplicável, considera-se como tal:
§ 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial: (Incluído pela Lcp nº 118, de
I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual 2005)
de sua atividade;
I – em processo de falência; (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua sede, ou, em relação aos
atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento; II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial.(Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território da entidade tributante. § 2o Não se aplica o disposto no § 1o deste artigo quando o adquirente for: (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
§ 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos dêste artigo, considerar-se-á como I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em
domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que recuperação judicial;(Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
deram origem à obrigação.
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, consangüíneo ou afim, do devedor falido ou em
§ 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a
recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo anterior.
III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão
CAPÍTULO V
tributária.(Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
Responsabilidade Tributária
§ 3o Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade produtiva isolada
Seção I permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de 1 (um) ano, contado da data de
alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de créditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao
Disposição Geral tributário. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo Seção III
crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do
contribuinte ou atribuindo-a a êste em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação. Responsabilidade de Terceiros
Seção II Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte,
respondem solidàriamente com êste nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:
Responsabilidade dos Sucessores
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
Art. 129. O disposto nesta Seção aplica-se por igual aos créditos tributários definitivamente constituídos ou em curso
de constituição à data dos atos nela referidos, e aos constituídos posteriormente aos mesmos atos, desde que relativos a II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
obrigações tributárias surgidas até a referida data.
III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por êstes;
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse
de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
de melhoria, sub-rogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua
quitação. V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sôbre o respectivo preço. VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sôbre os atos praticados por
êles, ou perante êles, em razão do seu ofício;
Art. 131. São pessoalmente responsáveis:
VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Disposições Gerais Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos:
Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta. I - quando a lei assim o determine;
Art. 140. As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislação tributária;
privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe deu origem.
III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do inciso anterior, deixe
Art. 141. O crédito tributário regularmente constituído somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade
suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais não podem ser dispensadas, sob pena de administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade;
responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivação ou as respectivas garantias.
IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária
CAPÍTULO II como sendo de declaração obrigatória;
Constituição de Crédito Tributário V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade
a que se refere o artigo seguinte;
SEÇÃO I
VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à
Lançamento aplicação de penalidade pecuniária;
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou
entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, simulação;
determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a
aplicação da penalidade cabível. VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento anterior;
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou,
funcional. ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial.
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o a) os tributos a que se aplica;
dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida
autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. b) o número de prestações e seus vencimentos, dentro do prazo a que se refere o inciso I, podendo atribuir a
fixação de uns e de outros à autoridade administrativa, para cada caso de concessão em caráter individual;
§ 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crédito, sob condição resolutória da
ulterior homologação ao lançamento. c) as garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado no caso de concessão em caráter individual.
§ 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação, praticados pelo sujeito Art. 154. Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os créditos definitivamente constituídos
passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito. à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente
notificado ao sujeito passivo.
§ 3º Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão, porém, considerados na apuração do saldo porventura
devido e, sendo o caso, na imposição de penalidade, ou sua graduação. Parágrafo único. A moratória não aproveita aos casos de dolo, fraude ou simulação do sujeito passivo ou do terceiro
em benefício daquele.
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado
Art. 155. A concessão da moratória em caráter individual não gera direito adquirido e será revogado de ofício,
esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente
sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não cumprira ou deixou
extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
de cumprir os requisitos para a concessão do favor, cobrando-se o crédito acrescido de juros de mora:
CAPÍTULO III
I - com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação do beneficiado, ou de terceiro em
Suspensão do Crédito Tributário benefício daquele;
Disposições Gerais Parágrafo único. No caso do inciso I deste artigo, o tempo decorrido entre a concessão da moratória e sua
revogação não se computa para efeito da prescrição do direito à cobrança do crédito; no caso do inciso II deste artigo, a
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: revogação só pode ocorrer antes de prescrito o referido direito.
I - moratória; Art. 155-A. O parcelamento será concedido na forma e condição estabelecidas em lei específica. (Incluído pela Lcp
nº 104, de 2001)
II - o depósito do seu montante integral;
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; § 1o Salvo disposição de lei em contrário, o parcelamento do crédito tributário não exclui a incidência de juros e
multas. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
§ 2o Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as disposições desta Lei, relativas à moratória. (Incluído pela
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; (Incluído pela Lcp Lcp nº 104, de 2001)
nº 104, de 2001)
§ 3o Lei específica disporá sobre as condições de parcelamento dos créditos tributários do devedor em recuperação
VI – o parcelamento. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) judicial. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da § 4o A inexistência da lei específica a que se refere o § 3o deste artigo importa na aplicação das leis gerais de
obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela conseqüentes. parcelamento do ente da Federação ao devedor em recuperação judicial, não podendo, neste caso, ser o prazo de
parcelamento inferior ao concedido pela lei federal específica. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
SEÇÃO II
CAPÍTULO IV
Moratória
Extinção do Crédito Tributário
Art. 152. A moratória somente pode ser concedida:
SEÇÃO I
I - em caráter geral:
Modalidades de Extinção
a) pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o tributo a que se refira;
Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
b) pela União, quanto a tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, quando
simultaneamente concedida quanto aos tributos de competência federal e às obrigações de direito privado; I - o pagamento;
II - em caráter individual, por despacho da autoridade administrativa, desde que autorizada por lei nas condições do II - a compensação;
inciso anterior.
III - a transação;
Parágrafo único. A lei concessiva de moratória pode circunscrever expressamente a sua aplicabilidade à
determinada região do território da pessoa jurídica de direito público que a expedir, ou a determinada classe ou categoria IV - remissão;
de sujeitos passivos.
V - a prescrição e a decadência;
Art. 153. A lei que conceda moratória em caráter geral ou autorize sua concessão em caráter individual especificará,
sem prejuízo de outros requisitos: VI - a conversão de depósito em renda;
I - o prazo de duração do favor; VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e
4º;
II - as condições da concessão do favor em caráter individual;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
I - em moeda corrente, cheque ou vale postal; Art. 168. O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados:
II - nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por processo mecânico. I - nas hipótese dos incisos I e II do artigo 165, da data da extinção do crédito tributário; (Vide art 3 da LCp nº 118,
de 2005)
§ 1º A legislação tributária pode determinar as garantias exigidas para o pagamento por cheque ou vale postal,
desde que não o torne impossível ou mais oneroso que o pagamento em moeda corrente. II - na hipótese do inciso III do artigo 165, da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em
julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória.
§ 2º O crédito pago por cheque somente se considera extinto com o resgate deste pelo sacado.
Art. 169. Prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição.
§ 3º O crédito pagável em estampilha considera-se extinto com a inutilização regular daquela, ressalvado o disposto
no artigo 150. Parágrafo único. O prazo de prescrição é interrompido pelo início da ação judicial, recomeçando o seu curso, por
metade, a partir da data da intimação validamente feita ao representante judicial da Fazenda Pública interessada.
§ 4º A perda ou destruição da estampilha, ou o erro no pagamento por esta modalidade, não dão direito a
restituição, salvo nos casos expressamente previstos na legislação tributária, ou naquelas em que o erro seja imputável à SEÇÃO IV
autoridade administrativa.
Demais Modalidades de Extinção
§ 5º O pagamento em papel selado ou por processo mecânico equipara-se ao pagamento em estampilha.
Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à
Art. 163. Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesma autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou
pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou provenientes de penalidade pecuniária vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública. (Vide Decreto nº 7.212, de 2010)
ou juros de mora, a autoridade administrativa competente para receber o pagamento determinará a respectiva
Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei determinará, para os efeitos deste artigo, a
imputação, obedecidas as seguintes regras, na ordem em que enumeradas:
apuração do seu montante, não podendo, porém, cominar redução maior que a correspondente ao juro de 1% (um por
I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar aos decorrentes de responsabilidade cento) ao mês pelo tempo a decorrer entre a data da compensação e a do vencimento.
tributária;
Art. 170-A. É vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo
II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos impostos; sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. (Artigo incluído pela Lcp nº 104, de 2001)
Parágrafo único. A lei indicará a autoridade competente para autorizar a transação em cada caso. II - aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão.
Art. 172. A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada
parcial do crédito tributário, atendendo: ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 24, de 1975)
I - à situação econômica do sujeito passivo;
Art. 179. A isenção, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade
II - ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato; administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento
dos requisitos previstos em lei ou contrato para sua concessão.
III - à diminuta importância do crédito tributário;
§ 1º Tratando-se de tributo lançado por período certo de tempo, o despacho referido neste artigo será renovado
IV - a considerações de eqüidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso; antes da expiração de cada período, cessando automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro dia do período para
o qual o interessado deixar de promover a continuidade do reconhecimento da isenção.
V - a condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante.
§ 2º O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo
Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o 155.
disposto no artigo 155.
SEÇÃO III
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados:
Anistia
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;
Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede,
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente não se aplicando:
efetuado.
I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele;
previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito
passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento. II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou
jurídicas.
Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição
definitiva. Art. 181. A anistia pode ser concedida:
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005) II - limitadamente:
III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado montante, conjugadas ou não com
penalidades de outra natureza;
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor.
c) a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares;
CAPÍTULO V
d) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixação seja atribuída pela
Exclusão de Crédito Tributário mesma lei à autoridade administrativa.
SEÇÃO I Art. 182. A anistia, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade
administrativa, em requerimento com a qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento
Disposições Gerais dos requisitos previstos em lei para sua concessão.
Art. 175. Excluem o crédito tributário: Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o
disposto no artigo 155.
I - a isenção;
CAPÍTULO VI
II - a anistia.
Garantias e Privilégios do Crédito Tributário
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias
dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela conseqüente. SEÇÃO I
Isenção Art. 183. A enumeração das garantias atribuídas neste Capítulo ao crédito tributário não exclui outras que sejam
expressamente previstas em lei, em função da natureza ou das características do tributo a que se refiram.
Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as condições e
requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração. Parágrafo único. A natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário não altera a natureza deste nem a da
obrigação tributária a que corresponda.
Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a determinada região do território da entidade tributante, em função de
condições a ela peculiares. Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que sejam previstos em lei, responde pelo
pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo,
§ 1o
A indisponibilidade de que trata o caput deste artigo limitar-se-á ao valor total exigível, devendo o juiz Administração Tributária
determinar o imediato levantamento da indisponibilidade dos bens ou valores que excederem esse limite. (Incluído pela
Lcp nº 118, de 2005) CAPÍTULO I
§ 2o
Os órgãos e entidades aos quais se fizer a comunicação de que trata o caput deste artigo enviarão Fiscalização
imediatamente ao juízo a relação discriminada dos bens e direitos cuja indisponibilidade houverem promovido. (Incluído
pela Lcp nº 118, de 2005) Art. 194. A legislação tributária, observado o disposto nesta Lei, regulará, em caráter geral, ou especificamente em
função da natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das autoridades administrativas em matéria
SEÇÃO II de fiscalização da sua aplicação.
Preferências Parágrafo único. A legislação a que se refere este artigo aplica-se às pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes ou
não, inclusive às que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal.
Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição,
ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho. (Redação dada pela Lcp nº Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou
118, de 2005) limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos
comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.
Parágrafo único. Na falência: (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles
I – o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição, nos efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a que se
termos da lei falimentar, nem aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado; (Incluído pela Lcp nº refiram.
118, de 2005)
Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de fiscalização lavrará os
II – a lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos créditos decorrentes da legislação do termos necessários para que se documente o início do procedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo
trabalho; e (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) máximo para a conclusão daquelas.
III – a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigo serão lavrados, sempre que possível, em um dos livros
fiscais exibidos; quando lavrados em separado deles se entregará, à pessoa sujeita à fiscalização, cópia autenticada pela
Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, autoridade a que se refere este artigo.
recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento. (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005) (Vide ADPF 357)
Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informações de
Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros:
seguinte ordem: (Vide ADPF 357)
I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício;
I - União; (Vide ADPF 357)
II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais instituições financeiras;
II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata; (Vide ADPF 357)
III - as empresas de administração de bens;
III - Municípios, conjuntamente e pró rata. (Vide ADPF 357)
IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;
Art. 188. São extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo V - os inventariantes;
de falência. (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)
VI - os síndicos, comissários e liquidatários;
§ 1º Contestado o crédito tributário, o juiz remeterá as partes ao processo competente, mandando reservar bens
suficientes à extinção total do crédito e seus acrescidos, se a massa não puder efetuar a garantia da instância por outra VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério,
forma, ouvido, quanto à natureza e valor dos bens reservados, o representante da Fazenda Pública interessada. atividade ou profissão.
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se aos processos de concordata. Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre os
quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade
Art. 189. São pagos preferencialmente a quaisquer créditos habilitados em inventário ou arrolamento, ou a outros ou profissão.
encargos do monte, os créditos tributários vencidos ou vincendos, a cargo do de cujus ou de seu espólio, exigíveis no
decurso do processo de inventário ou arrolamento. Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou
de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo
Parágrafo único. Contestado o crédito tributário, proceder-se-á na forma do disposto no § 1º do artigo anterior.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172compilado.htm 27/31 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172compilado.htm 28/31
10/05/2024, 19:03 L5172COMPILADO 10/05/2024, 19:03 L5172COMPILADO
ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. (Redação dada pela Lcp nº 104, de 2001) Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-
constituída.
§ 1o Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos no art. 199, os seguintes: (Redação dada
pela Lcp nº 104, de 2001) Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo
do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite.
I – requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça; (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) CAPÍTULO III
II – solicitações de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública, desde que seja comprovada a Certidões Negativas
instauração regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito
passivo a que se refere a informação, por prática de infração administrativa. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando exigível, seja feita por certidão
negativa, expedida à vista de requerimento do interessado, que contenha todas as informações necessárias à
§ 2o O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da Administração Pública, será realizado mediante processo identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o pedido.
regularmente instaurado, e a entrega será feita pessoalmente à autoridade solicitante, mediante recibo, que formalize a
transferência e assegure a preservação do sigilo. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos termos em que tenha sido requerida e será
fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do requerimento na repartição.
§ 3o Não é vedada a divulgação de informações relativas a: (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a existência de créditos não
vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.
I – representações fiscais para fins penais; (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)
Art. 207. Independentemente de disposição legal permissiva, será dispensada a prova de quitação de tributos, ou o
II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública; (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) seu suprimento, quando se tratar de prática de ato indispensável para evitar a caducidade de direito, respondendo,
porém, todos os participantes no ato pelo tributo porventura devido, juros de mora e penalidades cabíveis, exceto as
III - parcelamento ou moratória; e (Redação dada pela Lei Complementar nº 187, de 2021) relativas a infrações cuja responsabilidade seja pessoal ao infrator.
IV - incentivo, renúncia, benefício ou imunidade de natureza tributária cujo beneficiário seja pessoa jurídica. Art. 208. A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazenda Pública,
(Incluído pela Lei Complementar nº 187, de 2021) responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito tributário e juros de mora acrescidos.
Art. 199. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios prestar-se-ão Parágrafo único. O disposto neste artigo não exclui a responsabilidade criminal e funcional que no caso couber.
mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e permuta de informações, na forma estabelecida,
Disposições Finais e Transitórias
em caráter geral ou específico, por lei ou convênio.
Art. 209. A expressão "Fazenda Pública", quando empregada nesta Lei sem qualificação, abrange a Fazenda
Parágrafo único. A Fazenda Pública da União, na forma estabelecida em tratados, acordos ou convênios, poderá Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
permutar informações com Estados estrangeiros no interesse da arrecadação e da fiscalização de tributos. (Incluído
pela Lcp nº 104, de 2001) Art. 210. Os prazos fixados nesta Lei ou legislação tributária serão contínuos, excluindo-se na sua contagem o dia de
início e incluindo-se o de vencimento.
Art. 200. As autoridades administrativas federais poderão requisitar o auxílio da fôrça pública federal, estadual ou
municipal, e recìprocamente, quando vítimas de embaraço ou desacato no exercício de suas funções, ou quando Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição em que corra o
necessário à efetivação de medida prevista na legislação tributária, ainda que não se configure fato definido em lei como processo ou deva ser praticado o ato.
crime ou contravenção.
Art. 211. Incumbe ao Conselho Técnico de Economia e Finanças, do Ministério da Fazenda, prestar assistência
CAPÍTULO II técnica aos governos estaduais e municipais, com o objetivo de assegurar a uniforme aplicação da presente Lei.
Dívida Ativa Art. 212. Os Poderes Executivos federal, estaduais e municipais expedirão, por decreto, dentro de 90 (noventa) dias
da entrada em vigor desta Lei, a consolidação, em texto único, da legislação vigente, relativa a cada um dos tributos,
Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição repetindo-se esta providência até o dia 31 de janeiro de cada ano.
administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em
processo regular. Art. 213. Os Estados pertencentes a uma mesma região geo-econômica celebrarão entre si convênios para o
estabelecimento de alíquota uniforme para o imposto a que se refere o artigo 52.
Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos deste artigo, a liquidez do crédito.
Parágrafo único. Os Municípios de um mesmo Estado procederão igualmente, no que se refere à fixação da alíquota
Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente: de que trata o artigo 60.
I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a Art. 214. O Poder Executivo promoverá a realização de convênios com os Estados, para excluir ou limitar a
residência de um e de outros; incidência do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias, no caso de exportação para o exterior.
II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos; Art. 215. A lei estadual pode autorizar o Poder Executivo a reajustar, no exercício de 1967, a alíquota de imposto a
que se refere o artigo 52, dentro de limites e segundo critérios por ela estabelecidos.
III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado;
Art. 216. O Poder Executivo proporá as medidas legislativas adequadas a possibilitar, sem compressão dos
IV - a data em que foi inscrita; investimentos previstos na proposta orçamentária de 1967, o cumprimento do disposto no artigo 21 da Emenda
Constitucional nº 18, de 1965.
V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito.
Art. 217. As disposições desta Lei, notadamente as dos arts 17, 74, § 2º e 77, parágrafo único, bem como a do art. 54
Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição.
da Lei 5.025, de 10 de junho de 1966, não excluem a incidência e a exigibilidade: (Incluído pelo Decreto-lei nº 27, de
Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior, ou o erro a eles relativo, são causas de 1966)
nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de
primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo I - da "contribuição sindical", denominação que passa a ter o imposto sindical de que tratam os arts 578 e seguintes,
para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada. da Consolidação das Leis do Trabalho, sem prejuízo do disposto no art. 16 da Lei 4.589, de 11 de dezembro de 1964;
(Incluído pelo Decreto-lei nº 27, de 1966)
III - da contribuição destinada a constituir o "Fundo de Assistência" e "Previdência do Trabalhador Rural", de que
trata o art. 158 da Lei 4.214, de 2 de março de 1963; (Incluído pelo Decreto-lei nº 27, de 1966)
IV - da contribuição destinada ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, criada pelo art. 2º da Lei 5.107, de 13 de
setembro de 1966; (Incluído pelo Decreto-lei nº 27, de 1966)
V - das contribuições enumeradas no § 2º do art. 34 da Lei 4.863, de 29 de novembro de 1965, com as alterações
decorrentes do disposto nos arts 22 e 23 da Lei 5.107, de 13 de setembro de 1966, e outras de fins sociais criadas por
lei. (Incluído pelo Decreto-lei nº 27, de 1966)
Art. 218. Esta Lei entrará em vigor, em todo o território nacional, no dia 1º de janeiro de 1967, revogadas as
disposições em contrário, especialmente a Lei n. 854, de 10 de outubro de 1949. (Renumerado do art. 217 pelo Decreto-
lei nº 27, de 1966)
H. CASTELLO BRANCO
Octavio Bulhões
Carlos Medeiros Silva
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172compilado.htm 31/31