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MODERNISMO

Movimento Modernista
Chama-se modernismo ou
movimento modernista, o
conjunto de manifestações
culturais que permearam as
artes no final do século XIX e
início do século XX.

Enquadram-se nesta
classificação, dentre outros
campos culturais, a literatura,
a pintura, a escultura, a
arquitetura, a música, o teatro
e o cinema.
O movimento moderno baseou-se na ideia de que as formas tradicionais das
Artes e da organização social tornaram-se ultrapassadas e que se fazia
fundamental deixá-las de lado para criar no lugar uma nova cultura. Uma
gama hiper diversificada de fenômenos artísticos, o Modernismo é um
movimento tão eclético e plural que pode ser muitos em um: modernismos.

Esta constatação apoiou a ideia de reexaminar cada aspecto da existência,


do comércio à filosofia, com o objetivo de achar o que seriam as "marcas
antigas" e substituí-las por novas formas, e possivelmente melhores formas.

Em essência, o movimento moderno argumentava que poderiam existir


novas realidades sobre o Mundo e a Existência e que as pessoas deveriam
adaptar a suas visões de mundo a fim de aceitar que o que era novo
também poderia ser belo
Em princípio, o movimento Modernista pode ser descrito como uma rejeição
da tradição e uma tendência a encarar problemas sob uma nova perspectiva
baseada em ideias e técnicas atuais.

Na literatura, o movimento simbolista teria uma grande influência no


desenvolvimento do Modernismo, devido ao seu foco na sensação.

A aversão à tradição colocada pelos impressionistas faz do Impressionismo


um dos principais movimentos artísticos a ser visto como "moderno".

Além do Simbolismo e do Impressionismo, outros movimentos modernos


também são de fundamental importância dentro do Modernismo, tais como o
Expressionismo, o Fauvismo, o Surrealismo, o Dadaísmo, o Cubismo, o
Abstracionismo e o Concretismo, por exemplo.
Uma série de escritores, pensadores e artistas fizeram a ruptura com os
meios tradicionais de se organizar Arte, em paralelo às mudanças nos
métodos organizacionais de outros campos como a Filosofia e a Sociologia.

O argumento era o de que se a natureza da realidade mesma estava em


questão, e as suas restrições, as atividades humanas até então comuns
estavam mudando, então a arte também deveria mudar.

O Modernismo encontra expressão em todas as linguagens artísticas,


sobretudo na Literatura, Pintura, Música, Cinema e Arquitetura.

Principais nomes: Baudelaire, Mallarmé, Rimbaud, Monet, Degas, Cezànne,


Van Gogh, Munch, Matisse, Picasso, Braque , Chagall, Salvador Dalí, Luis
Buñuel, Frida Kahlo, Tarsila do Amaral, Virgínia Woolf, Charles Chaplin, Fritz
Lang, Vertov, Klimt, Miró, Kandinsky , Gaudí , Claude Debussy , Maurice
Ravel e tantos outros.
O Modernismo é um movimento
Artístico e Estético.

Um momento de muita
efervescência, ebulição e
afloramento criativo, artístico,
estético, poético.

Um BOOM Cultural.
Uma Revolução Cultural.
Os artistas e intelectuais modernistas
apresentam-se como a vanguarda das Artes
Européias.

Revolucionam o conceito de Beleza e de Arte


no campo Estético.

Muito influênciados por:


Edgard Alan Poe
Arthur Shopenhauer
Friedrich Nietzsche
Heinz Hartmann
Sigmund Freud
Incomodados com as consequências
negativas do capitalismo e da sociedade
Industrial, Os artistas Modernistas viam a
Razão triunfante da Ciência e da tecnologia
com um olhar crítico.

Buscavam preencher o vazio existencial


provocado pelo cientificismo e o tecnicismo
com elementos míticos, místicos, alegóricos,
metafóricos.

É então que ocorre um “resgate” dos mitos e


das tragédias.
Mito – Origens “narrativa sagrada e
simbólica”

Teogonia – Hesíodo
Metamorfoses – Ovídeo
Ilíada e Odisseia – Homero

Prometeu – fogo (conhecimento)


Pandora (mulher/pecado)
Danae (sêmem de ouro)
Tragédia – “canto do bode”

Édipo
Antígona
Medéia
Hamlet
Romeu e Julieta
Gota dágua

Destino – inexorabilidade do destino,

Catarse – Purificação da Alma


A Arte influencia o pensamento filosófico e vice versa.
Tanto a Arte como os Artistas influenciam a Filosofia e
os filósofos, como os Filósofos e a Filosofia influencia
os Artistas e a Arte.

Portanto, Os CONCEITOS de Arte e de BELEZA são de


fundamental importância para que se possa
compreender a História do Pensamento Humano.

A Arte, assim como a Filosofia, expressa o


pensamento da sociedade em seus períodos
históricos.

Fazendo parte do que entendemos por Cultura, A Arte


é determinada pela cultura e determina a CULTURA de
um POVO.
Beleza
A questão da beleza instigou os filósofos ao longo da
História a criarem conceituações que influenciaram a
tradição em torno do Belo da Antiguidade até os
tempos atuais.

Segundo a corrente Platônica, o Belo existiria em si, a


partir de uma essência ideal, objetiva, independente
do gosto.

Esta tendência compôs o ideal universal de Beleza


dominando a Arte da Antiguidade até o séc XVII.
No séc. XVII os Empiristas originaram outra tradição:

O Belo tornou-se relativo, subjetivo, circunscrito ao


gosto de cada um.

Oposição que seria resolvida por Kant no séc. XVIII,


para quem a objetividade está no objeto e a
subjetividade no sujeito.

O Belo, em Kant, existe em si, no objeto, mas cada


sujeito percebe ou não a Beleza a partir de sua
subjetividade.
Desde Aristóteles, em A Poiética e A Retórica,
O Belo decorre de certa harmonia entre as
partes de um objeto e sua relação com o todo.

E toda a tradição filosófica dedicada a Estudar


o Belo na Arte era entendida como Poética.

No século XVIII, Alexander Baumgarten,


empregou a palavra Estética pela primeira vez,
como sendo o estudo da Arte e do Belo.
Para Baumgarten, o Belo é fruto de um consenso,
de um acordo comum:

“O consenso dos pensamentos entre si em direção


à unidade.”

“O consenso da Ordem”

“O consenso interno dos signos com a ordem das


coisas”

Baumgarten fundamenta um modelo criado por


Leibniz para estudar a Natureza Espiritual do
Homem em três níveis: Razão (Lógica) Vontade
(Ética) e Sentimento (Estética)
Para Baumgarten, o acordo entre
pensamentos, ordem e signos exige que os
indivíduos tenham destreza, perspicácia,
imaginação, sutileza de espírito, gosto
refinado e apurado, aptidão para reconhecer
e expressar a força e a elegância dos objetos
belos. de Beleza:
Conceitos
Pitágoras (séc. VI a.C): A origem do belo está nas leis objetivas da Natureza
que se expressam nas estruturas e formas da matéria. Matemática

Platão (séc. IV a.C) : O Belo é o Bem. Ou seja, o Belo está associado ao bem, a
verdade, a perfeição. Mundo das Idéias.

Aristóteles (séc. IV a.C) : A beleza se fundamenta na proporção entre as partes.


Leonardo Da Vinci
Plotino (séc. III): A natureza do Belo é explicitada pela experiência subjetiva, A
beleza depende a interpretação individual.

David Hume (séc. XVII): Os indivídos percebem a beleza de modo distinto, por
isso, beleza não é uma qualidade das coisas. Ela existe somente no Espírito de
quem as contempla.

Kant (séc. XVIII): O Belo passa a existir para o sujeito, no sujeito. Deixando de
existir no objeto como algo em si. Cada pessoa é capaz de estabelecer juízos
estéticos e de julgar objetos como belos.

Hegel (séc. XIX): Diferenciação entre o Belo Artístico e o Belo Natural. O Belo
artístico é o único com interesse estético. O belo natural é superior ao artístico.

Croce (séc.XX): O Belo é influenciado pelas nossas idéias e pela nossa psicologia.

Lukács / Brecht (séc. XX): Definição do Belo artístico como expressão do homem
social, trabalhador e criador.

Adorno / Walter Benjamim (séc. XX): estética marxista e pós-marxista que visa
procurar um novo significado para o Belo e para a Arte.
Claude Monet
Edgard Degas
Gustave Klimt
Paul Klee
Edward Munch
Munch pintou ao longo de décadas quatro versões de O Grito. Três delas
estão em museus na Noruega, enquanto a quarta, de 1895, estava nas
mãos de Petter Olsen, um empresário norueguês cujo pai foi amigo e
patrono de Munch, tendo adquirido inúmeros quadros ao artista.
Nesta versão de 1895 as cores são mais fortes do que nas outras três
versões e é a única em que a moldura foi pintada pelo artista com o poema
que descreve uma caminhada ao pôr-do-sol que inspirou a pintura. Outra
particularidade única desta versão é que uma das figuras que está em
segundo plano olha para baixo, para a cidade.
Em 2 de Maio de 2012 essa versão foi vendida pelo preço recorde de 119,9
milhões de dólares (cerca de 91 milhões de euros), na Sotheby's, New
York, tornando-se a obra mais cara vendida em leilão, superando o quadro
de Pablo Picasso, até então recordista, Nu, Folhas e Busto, que em maio de
2010 foi leiloado por 106,5 milhões de dólares (81 milhões de euros).
Poema

“O Grito”
‘Estava andando pela estrada com dois amigos
O sol se pondo com um céu vermelho sangue
Senti uma brisa de melancolia e parei
Paralisado, morto de cansaço…
… meus amigos continuaram andando - eu continuei parado
tremendo de ansiedade, senti o tremendo Grito da natureza’
Edvard Munch
Van Gogh
Cezanne
Pablo Picasso
Dalí
Frida Kahlo
Miró
Kandinsky
Mondriand
Semana de Arte Moderna
de 1922
O modernismo no Brasil tem como marco
simbólico a Semana de Arte Moderna,
realizada em São Paulo, no ano de 1922.

A semana de 22 é considerada um divisor de


águas na história da cultura brasileira.

O evento - organizado por um grupo de


intelectuais e artistas por ocasião do
Centenário da Independência - declara o
A defesa de um novo ponto de vista estético e o
compromisso com a independência cultural do país
fazem do modernismo sinônimo de "estilo novo",
diretamente associado à produção realizada sob a
influência de 1922.

Heitor Villa-Lobos na música;


Mário de Andrade e Oswald de Andrade, na
literatura;
Victor Brecheret, na escultura;
Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Tarsila do
Amaral e Cândido Portinari na pintura, são
Tarsila do Amaral
Anita Malfatti
Cândido Portinari
Villa Lobos
Oswald de Andrade
O Manifesto Antropófago foi publicado no
primeiro exemplar da Revista de
Antropofagia, em 1928.

O Manifesto seguiu-se ao Manifesto do


Pau-Brasil, de 1924.

No manifesto de 1924, Oswald já


enfatizava a necessidade de criar uma arte
baseada nas características do povo
O manifesto Antropógafo foi lido por
Oswald pela primeira vez na casa de seu
amigo Mário de Andrade.

Nele, Oswald propõe que somente será


possível a criação de uma arte
genuinamente brasileira quando o nosso
povo mestiço apropriar-se (deglutir) a arte
europeia e produzir uma arte
completamente nova.
Tropicália

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