Relatorio em Assistencia Farmaceutica

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ANHANGUERA

CURSO DE FARMÁCIA

KÉROLY DO NASCIMENTO SOUZA

RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM


ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

SOBRAL
2024
KEROLY DO NASCIMENTO SOUZA

RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM


ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

Relatório do Estágio Supervisionado em assistência


farmacêutica apresentado como requisito obrigatório
para a obtenção da pontuação necessária na disciplina
de Estágio Supervisionado em Kéroly do Nascimento
Souza

Orientador: Prof. Dr. João Paulo Manfré dos Santos

SOBRAL
2024
SUMÁRIO

1 APRESENTACAO ......................................................................3

2 INTRODUÇÃO ............................................................................4

3 ATIVIDADES DE ESTÁGIO.........................................................5

4 ATIVIDADES DE PLANO DE TRABALHO ADAPTADO .............6

5 TERMO DE VALIDACAO DO RELATÓRIO ...............................15

6 CONSIDERACOES FINAIS ........................................................16

7 REFERENCIAS ...........................................................................17
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1 APRESENTAÇÃO

O referente trabalho é o relatório de ações realizadas em Sobral, na


secretaria de saúde. E ter atasse de uma oportunidade de aprendizado em nossa
formação, onde nos dão a experiência de participar como profissionais no campo
profissional, vivenciando situações reais durante este estágio.
De acordo com o manual do estagiário, o estágio supervisionado trabalha
com uma associação de dimensões teóricas e práticas do currículo ofertado em
cada disciplina. Usando um modo articulado a interdisciplinaridade dos conteúdos
visando a aplicação dos conteúdos oferecidos. Assim sendo, desenvolve-se a
possibilidade de abrir uma janela para o futuro e refletir sobre a realidade em que o
profissional prestará serviço.
O estágio supervisionado é apresentado como oportunidade de
desenvolvimento através da observação, reflexão, pesquisa, planejamento,
execução e a avaliação das atividades realizadas concretizando a aproximação do
aluno com seu campo de atuação. Dando-os a oportunidade de adquirir
conhecimentos teóricos sólidos, sobre a área farmacêutica, bem como desenvolver
habilidades praticas, por meios desses estágios carregando junto a eles as
experiências extracurriculares.
Assim, este momento formativo totalizou uma carga horária de 78 horas,
acompanhadas por preceptor farmacêutico durante a participação do aluno.
Considera-se uma nova etapa de aprendizado, em que verificamos e aprendemos
com a experiência de outros profissionais que contribuíram significativamente para
nossa formação.
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2 INTRODUÇÃO

É sabido que é atribuído ao profissional farmacêutico diversas atividades de sua


inteira responsabilidade, contida no Art.13 de lei n°s 5.991/73, e 6.437/77, descreve
que é responsabilidade do farmacêutico a notificação aos órgãos de saúde e
sanitários competentes e laboratório industrial, efeitos colaterais relatados por
pacientes, reações adversas, intoxicações seja voluntária ou não, dependências
observadas, e registradas através de identificação (BRASIL, 2014).
Na mesma lei, descreve a obrigatoriedade do farmacêutico em manter a
atualização de cadastro com dados técnicos científico-científicos de drogas,
fármacos e medicamentos disponíveis na farmácia. Além de prestar orientação
farmacêutica, visando o esclarecimento do paciente em relação aos riscos,
conservação, e utilização de fármacos e medicamentos relacionados a terapia
usada, interações medicamentosas e manuseio correto do fármaco (BRASIL, 2014).
Por fim, estabelece que cabe ao profissional farmacêutico, no ato da
dispensação do medicamento verificar os aspectos técnicos e legais do
medicamento, visando garantir a eficácia e segurança da terapêutica prescrita
(BRASIL, 2014).
Através das atribuições a profissão farmacêutica, no primeiro dia, após toda a
apresentação do espaço e explicação relacionados aos medicamentos, fui orientada
a observar todo o trabalho realizado tanto pelo profissional, quanto pelo atendente
de farmácia.
Nos dias seguintes, o farmacêutico orientou-me quanto às atividades
desenvolvidas por ele como orientação de pacientes, aferição de pressão,
dispensação de medicamentos, receitas de medicamentos controlados pela ANVISA
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária), antimicrobianos, e medicamentos
psicotrópicos, relatório diário da saída destes medicamentos com suas respectivas
receitas, além do sistema do SNGPC (Sistema Nacional de Gerenciamento de
produtos Controlados e conferência do termômetro diariamente dos medicamentos
termo lábeis. Após isto, foi me dada autorização para a realização destas atividades,
sempre sob supervisão do profissional.
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3 ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO

No estágio em assistência farmacêutica auxiliei a farmacêutica em diversas


tarefas, como atendimento aos pacientes, dispensação de medicamentos,
organização e controle de estoque, orientação sobre o uso correto de
medicamentos, verificação de prescrições médicas, e até mesmo participação em
programas de atenção farmacêutica, onde também pude acompanhar pacientes com
doenças crônicas em visitas domiciliares.
Além disso, também pude estar envolvida em atividades relacionadas à
farmacovigilância e gestão da qualidade. Esse estágio me proporcionou uma
oportunidade valiosa para aprender na prática e desenvolver habilidades essenciais
para essa área farmacêutica. E quando estamos estagiando em assistência
farmacêutica, acabamos ajudando os farmacêuticos em várias tarefas. Incluindo
atender os pacientes, dispensar as medicações, organizar o estoque, orientar sobre
como usar os medicamentos corretamente e até participar de programas de cuidado
farmacêutico para acompanhar pacientes com doenças crônicas. Também podemos
ajudar na verificação de prescrições médicas, ficar de olho em possíveis efeitos
colaterais dos medicamentos e até ajudar na gestão da qualidade. É uma
oportunidade incrível para aprender na prática e desenvolver habilidades
importantes para nossa futura carreira na área farmacêutica na parte da assistência
ao paciente em geral . Estagiei na Centro de Saúde da Família Dr. Estevam Ferreira
da Ponte (Junco) e aprendi muito durante esse período. Essa experiência me
proporcionou um entendimento mais profundo sobre a gestão de abastecimento
farmacêutico, o manejo adequado de medicamentos e a importância do papel da
farmácia na comunidade. Foi uma oportunidade valiosa que me preparou para
futuras responsabilidades na área farmacêutica.
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4 ATIVIDADES DO PLANO DE TRABALHO ADAPTADO

O ciclo de assistência farmacêutica tem como objetivo garantir aos cidadãos


brasileiros a amplificação e a qualificação do acesso a medicamentos, por meio de
suas fases como seleção, programação, aquisição, armazenamento, distribuição,
dispensação e utilização nos níveis de gestão do SUS.
Dentro desse modelo, temos que o ciclo de assistência farmacêutica promove o
acesso da população não só aos medicamentos, bem como garante seu uso
racional e dessa forma promover a saúde e o bem-estar na população.
Assim, dentro deste panorama temos diversos pontos de atuação, que garantem o
acesso universal e permeia toda a rede de serviços do Sistema Único de Saúde
(SUS).
Suponha que você ao finalizar a graduação em Farmácia, inicie sua jornada
profissional no Sistema Único de Saúde com assistência farmacêutica. Baseado
nisto, trace as estratégias que utilizaria no componente básico da assistência
farmacêutica por meio dos seguintes passos:

a) Defina o grupo específico de atuação da sua área, com base na


prevalência de doenças do seu município, bairro ou região; Por exemplo:
idosos, hipertensos, tabagistas, diabéticos, entre outros.

Começaria definindo o grupo específico de atuação da minha área, com base na


prevalência de doenças na região em que estou inserida. Isso poderia incluir a
identificação de grupos como idosos, hipertensos, diabéticos, gestantes, crianças ou
qualquer outro grupo que tenha uma alta prevalência de doenças que demandem
intervenção farmacêutica.
Ao compreender as necessidades específicas desses grupos, seria possível
direcionar os esforços para garantir o acesso e uso racional de medicamentos, além
de oferecer orientações e suporte personalizado para cada grupo. A atuação focada
e direcionada para as necessidades locais é essencial para promover um impacto
significativo na saúde da população atendida.
Essa abordagem personalizada permitiria a criação de estratégias específicas para
cada grupo, levando em consideração suas necessidades e particularidades. Dessa
forma, seria possível garantir um atendimento mais eficaz e alinhado com as
demandas da comunidade local.

b) Determine a organização do componente básico da atenção


farmacêutica com base no grupo populacional escolhido?

Com base no grupo populacional escolhido, a organização do componente básico da


atenção farmacêutica seria estruturada de forma a atender às necessidades
específicas desses grupos. Isso poderia incluir a criação de programas e serviços
farmacêuticos personalizados, como por exemplo:
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1. Clínicas especializadas: Estabelecimento de clínicas ou espaços de


atendimento farmacêutico direcionados para o grupo populacional escolhido, onde
profissionais farmacêuticos poderiam oferecer serviços personalizados, como
acompanhamento da adesão ao tratamento, monitoramento da pressão arterial,
glicemia, entre outros.
2. Educação em saúde: Desenvolvimento de programas educativos voltados
para o grupo escolhido, com o objetivo de promover o autocuidado e a compreensão
sobre o uso adequado de medicamentos e medidas preventivas específicas para as
condições prevalentes nesse grupo.
3. Acompanhamento farmacoterapêutico: Implementação de serviços de
acompanhamento individualizado para garantir a eficácia e segurança do tratamento
medicamentoso, com foco na prevenção de interações medicamentosas e efeitos
adversos.
4. Dispensação personalizada: Adaptação dos serviços de dispensação de
medicamentos para atender às necessidades específicas do grupo populacional
escolhido, considerando fatores como embalagens especiais, horários alternativos
de atendimento ou entrega em domicílio.
Essas são apenas algumas das diversas estratégias que poderiam ser adotadas
para organizar o componente básico da atenção farmacêutica com base no grupo
populacional escolhido. A personalização dos serviços farmacêuticos é fundamental
para garantir que as necessidades específicas desses grupos sejam atendidas de
forma eficaz e abrangente.

c) Analise criticamente a Relação Municipal de Medicamentos (Remune) e


relacione se esta relação garante o acesso universal desse grupo de risco aos
medicamentos necessários para garantir a sua saúde e bem-estar.

A Relação Municipal de Medicamentos (Remume) é um instrumento fundamental


para garantir o acesso universal da população aos medicamentos necessários para
a promoção da saúde e bemestar. No contexto do grupo de risco escolhido, é
essencial que a Remume seja analisada criticamente para assegurar que atenda às
necessidades específicas desse grupo.
Ao relacionar a Remume com o acesso universal aos medicamentos necessários
para garantir a saúde e bem-estar do grupo de risco, é importante considerar os
seguintes pontos:
1. Abrangência da lista: A Remume deve incluir uma variedade de
medicamentos que atendam às necessidades terapêuticas do grupo de risco,
abrangendo desde medicamentos essenciais para o controle de doenças crônicas
até aqueles utilizados em situações agudas ou de emergência.
2. Disponibilidade dos medicamentos: É crucial que os medicamentos listados
na Remume estejam disponíveis de forma regular e contínua nas unidades de
saúde, garantindo que os pacientes tenham acesso oportuno aos tratamentos
prescritos.
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3. Acesso equitativo: A Remume deve garantir que todos os pacientes do grupo


de risco tenham acesso igualitário aos medicamentos necessários,
independentemente de sua condição socioeconômica ou local de residência.
4. Atualização e revisão periódica: A lista de medicamentos da Remume deve
ser revisada periodicamente para incluir novas terapias, atualizar protocolos
terapêuticos e garantir a adequação às necessidades emergentes do grupo de risco.
Ao analisar criticamente a Remune em relação ao acesso universal dos grupos de
risco aos medicamentos necessários, é fundamental avaliar se ela cumpre
efetivamente esses critérios. Caso identifique deficiências na lista em relação às
necessidades do grupo populacional escolhido, seria importante propor revisões e
atualizações que garantam o atendimento pleno das demandas terapêuticas
específicas desse grupo.

d) Levante as possibilidades mais comuns de polifarmácia para o grupo


populacional escolhido.

As possibilidades mais comuns de polifarmácia para o grupo populacional escolhido


podem incluir o uso concomitante de múltiplos medicamentos para tratar diferentes
condições de saúde.

e) Identifique quais estratégias podem ser utilizadas para se evitar a


polifarmácia nesse grupo escolhido.

A polifarmácia, que é o uso simultâneo de múltiplos medicamentos por um indivíduo,


pode ser especialmente problemática em grupos de risco, pois aumenta o risco de
interações medicamentosas, efeitos adversos e problemas de adesão ao tratamento.
Para evitar a polifarmácia nesse grupo escolhido, algumas estratégias podem ser
utilizadas:
1. Revisão da terapia medicamentosa: É importante que os profissionais de
saúde realizem uma revisão regular da terapia medicamentosa dos pacientes do
grupo de risco. Isso envolve avaliar a necessidade contínua de cada medicamento,
identificar possíveis duplicações ou interações medicamentosas e ajustar a
prescrição conforme necessário.
2. Simplificação da terapia: Quando possível, os profissionais de saúde devem
buscar simplificar a terapia medicamentosa do grupo de risco. Isso pode incluir a
substituição de medicamentos por opções com regimes posológicos mais simples ou
combinações fixas que reduzam o número total de comprimidos a serem tomados.
3. Educação do paciente: É essencial fornecer educação adequada aos
pacientes do grupo de risco sobre o uso correto dos medicamentos prescritos. Isso
inclui orientações sobre horários de administração, interações possíveis e sinais de
efeitos adversos. Dessa forma, os pacientes estarão mais bem informados para
tomar decisões conscientes sobre sua terapia medicamentosa.
4. Coordenação interprofissional: Uma comunicação efetiva entre os diferentes
profissionais de saúde envolvidos no cuidado do grupo de risco é fundamental para
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evitar a polifarmácia. O compartilhamento de informações sobre prescrições,


resultados de exames e histórico médico dos pacientes auxilia na identificação de
possíveis problemas de polifarmácia.
5. Uso de tecnologia: O uso de tecnologia, como sistemas eletrônicos de
prescrição e registros médicos eletrônicos, pode ajudar a reduzir erros de prescrição
e facilitar o monitoramento da terapia medicamentosa do grupo de risco. Lembretes
eletrônicos para tomada correta dos medicamentos também podem ser úteis.
Essas estratégias podem ser aplicadas em conjunto para evitar a polifarmácia no
grupo escolhido, garantindo que o tratamento medicamentoso seja seguro, eficaz e
adequado às necessidades individuais de cada paciente.

f) Elabore orientações que serão dadas ao grupo populacional escolhido


com base no conceito do uso racional de medicamentos.

1. Compreensão da prescrição: Explique a importância de compreender


completamente as prescrições médicas, incluindo o nome do medicamento, dose,
frequência de administração e duração do tratamento. Incentive-os a esclarecer
quaisquer dúvidas com os profissionais de saúde.
2. Adesão ao tratamento: Destaque a importância de seguir rigorosamente as
orientações prescritas, tomando os medicamentos nos horários corretos e
completando o curso de tratamento conforme indicado. Explique como a adesão ao
tratamento é crucial para alcançar os melhores resultados terapêuticos.
3. Evitar automedicação: Alerta sobre os riscos da automedicação e enfatize que
o uso de medicamentos sem orientação médica pode ser prejudicial à saúde.
Incentive-os a sempre buscar a orientação de um profissional de saúde antes de
iniciar qualquer novo tratamento medicamentoso.
4. Monitoramento de efeitos adversos: Oriente o grupo populacional escolhido a
estar atento a possíveis efeitos adversos dos medicamentos e a relatar prontamente
qualquer sintoma incomum aos profissionais de saúde responsáveis pelo seu
cuidado.
5. Armazenamento adequado: Explique a importância de armazenar os
medicamentos corretamente, em locais apropriados, protegidos da luz, umidade e
calor, e fora do alcance das crianças.
6. Descarte correto: Informe sobre a importância do descarte adequado de
medicamentos vencidos ou não utilizados, evitando sua contaminação ambiental e o
uso inadvertido por outras pessoas.
Essas orientações baseadas no uso racional de medicamentos visam capacitar o
grupo populacional escolhido a tomar decisões informadas sobre seu tratamento
medicamentoso, promovendo uma abordagem responsável e consciente em relação
ao uso dos medicamentos.

g) Determine a forma de orientação escolhida: verbal, escrita, cartilha,


mensagens de texto 4 (WhatsApp, SMS), entre outros.
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A forma de orientação escolhida para o grupo de risco pode variar de acordo com a
preferência e as necessidades específicas dos pacientes. No entanto, considerando
a eficácia e a praticidade, uma combinação de orientação verbal e escrita,
juntamente com o uso de mensagens de texto (WhatsApp, SMS), pode ser uma
abordagem abrangente e eficaz.
1. Orientação verbal: A orientação verbal é fundamental para esclarecer
dúvidas, fornecer instruções personalizadas e estabelecer uma comunicação direta
entre os profissionais de saúde e os pacientes do grupo de risco. Durante consultas
médicas ou atendimentos clínicos, os profissionais podem aproveitar esse momento
para fornecer orientações detalhadas sobre a terapia medicamentosa, esclarecer
questões sobre o uso correto dos medicamentos e discutir quaisquer preocupações
específicas dos pacientes.
2. Orientação escrita: A orientação escrita pode ser fornecida por meio de
folhetos informativos, cartilhas ou materiais impressos que ofereçam informações
claras e acessíveis sobre os medicamentos prescritos, incluindo posologia,
interações medicamentosas, possíveis efeitos colaterais e outras orientações
relevantes. Esses materiais podem servir como um recurso de referência para os
pacientes do grupo de risco.
3. Mensagens de texto (WhatsApp, SMS): O uso de mensagens de texto pode
complementar a orientação verbal e escrita, oferecendo lembretes regulares sobre a
administração dos medicamentos, dicas de cuidados com a saúde, alertas sobre
consultas médicas agendadas e outras informações relevantes. As mensagens de
texto podem ser uma forma conveniente de manter os pacientes engajados em seu
tratamento medicamentoso e promover a adesão às orientações fornecidas pelos
profissionais de saúde.
4. Com essa abordagem combinada, os pacientes do grupo de risco podem se
beneficiar da orientação abrangente e múltipla, que atende às diferentes formas de
absorção de informações e reforça a importância do cuidado com a terapia
medicamentosa.
Considerando a necessidade de alcançar efetivamente o grupo populacional
escolhido e promover a compreensão das orientações sobre o uso racional de
medicamentos, a forma de orientação escolhida pode abranger várias modalidades.
Dentre as opções, uma abordagem eficaz poderia combinar orientações verbais, por
meio de consultas individuais ou em grupo com profissionais de saúde, com
materiais escritos, como folhetos informativos ou cartilhas ilustrativas que reforcem
as informações transmitidas verbalmente. Além disso, o uso de mensagens de texto,
como via WhatsApp ou SMS, também pode ser uma forma complementar e prática
de reforçar as orientações, fornecendo lembretes sobre adesão ao tratamento e
dicas sobre o uso correto dos medicamentos.
Essa abordagem multifacetada permitiria atingir o grupo populacional escolhido de
maneira abrangente, proporcionando diferentes canais para absorção e reforço das
orientações sobre o uso racional de medicamentos.

h) Analise criticamente as estratégias que podem ser utilizadas para se ter uma
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relação de confiança com a população atendida pelo serviço de saúde e as


melhores formas de se garantir uma comunicação assertiva e com bons
resultados sob a ótica da assistência farmacêutica.

Estabelecer uma relação de confiança com a população atendida pelo serviço de


saúde é essencial para uma assistência farmacêutica eficaz. Aqui estão algumas
estratégias que podem ser utilizadas para construir essa relação de confiança:
1. Comunicação clara e empática: É importante que os profissionais de saúde,
incluindo os farmacêuticos, sejam claros e empáticos ao se comunicarem com os
pacientes. Isso envolve ouvir atentamente suas preocupações, responder às suas
perguntas de forma compreensível e demonstrar interesse genuíno em seu bem-
estar.
2. Educação e informação: Fornecer informações completas e compreensíveis
sobre os medicamentos prescritos, incluindo seus benefícios, possíveis efeitos
colaterais e instruções de uso, ajuda a aumentar a confiança dos pacientes. Os
profissionais de saúde devem estar preparados para explicar os aspectos técnicos
de forma acessível, utilizando linguagem clara e evitando jargões médicos.
3. Respeito à autonomia do paciente: É fundamental respeitar a autonomia do
paciente, envolvendo nas decisões relacionadas ao seu tratamento medicamentoso.
Os profissionais de saúde devem incentivar a participação ativa do paciente na
escolha do medicamento, considerando suas preferências, necessidades e valores
individuais.
4. Confidencialidade: Garantir a confidencialidade das informações dos
pacientes é crucial para estabelecer confiança. Os profissionais de saúde devem
seguir rigorosamente as diretrizes éticas e legais relacionadas à privacidade dos
pacientes.
5. Acesso e disponibilidade: Estar acessível e disponível para responder às
dúvidas e preocupações dos pacientes é uma estratégia importante. Isso pode
envolver a criação de canais de comunicação adequados, como linhas telefônicas
de apoio, e o estabelecimento de horários de atendimento convenientes para os
pacientes.
6. Feedback e avaliação: Buscar constantemente o feedback dos pacientes
sobre a assistência farmacêutica recebida pode ajudar a identificar áreas de
melhoria e fortalecer a relação de confiança. Os profissionais de saúde devem estar
abertos a críticas construtivas e comprometidos em aprimorar continuamente a
qualidade dos serviços prestados.
Em resumo, uma comunicação assertiva, baseada na empatia, educação e respeito
à autonomia do paciente, aliada à confidencialidade, acesso e disponibilidade dos
profissionais de saúde, são algumas das melhores formas de garantir uma relação
de confiança com a população atendida pelo serviço de saúde sob a ótica da
assistência farmacêutica.

ATIVIDADE B – Dispensação, Uso Racional de Medicamentos e Polifarmácia


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O processo de dispensação de medicamentos, parte importantíssima do ciclo da


assistência farmacêutica, permite dentre seus vários pontos um melhor controle do
uso de medicamentos, um maior acesso da população a medicamentos adequados,
com base nos critérios clínicos e epidemiológicos, e o devido acompanhamento
profissional de acordo com as necessidades clínicas do paciente.
Sabemos que é parte do processo, trabalharmos com o uso racional de
medicamentos, com vistas a garantir à população a ciência dos riscos causados
pelos medicamentos, evitando assim problemas e agravos comuns quanto ao uso
inadequado, como as intoxicações e as reações adversas.
Uma das formas de atuação nesse cenário se dá por meio de programas de
educação em saúde/orientações para sociedade, esclarecendo por exemplo os
riscos de danos causados pelo uso inadequado de medicamentos e de poli farmácia.
Essas orientações perpassam por cenários como a conscientização da população,
problemas da automedicação, armazenamento e descartes corretos dos
medicamentos, além é claro de permear maior adesão e eficiência dos tratamentos
propostos.
Essas formas de atuação baseadas na orientação devem atingir não somente os
usuários do Sistema Único de Saúde, mas também os prescritos desses
medicamentos. Assim como, devem contemplar os medicamentos, fitoterápicos,
homeopáticos, e plantas medicinais.
Você como profissional responsável pela atenção farmacêutica, com base nos dados
epidemiológicos da sua Regional de Saúde/Unidade de Saúde, elabore:

a) Manual de Boas Práticas de Dispensação e Procedimentos Operacionais,


com base nas resoluções vigentes da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa)

E essencial revisar as resoluções vigentes da Anvisa relacionadas à dispensação de


medicamentos, como a RDC 44/2009, que dispõe sobre Boas Práticas
Farmacêuticas. A partir disso, você pode estruturar o manual incluindo
procedimentos operacionais padrão para a dispensação, armazenamento e controle
de estoque de medicamentos, além de orientações sobre atendimento ao público e
registro de informações relevantes.
É fundamental incluir orientações específicas para a sua Regional de
Saúde/Unidade de Saúde, levando em consideração as particularidades locais e as
necessidades da população atendida.
Além disso, o manual deve abordar questões relacionadas à biossegurança,
descarte adequado de medicamentos vencidos e não utilizados, e a importância do
acompanhamento farmacoterapêutico.
Lembre-se de que a elaboração desse manual deve ser feita em conformidade com
a legislação vigente e com o objetivo de promover a segurança e o cuidado com os
pacientes atendidos na sua unidade.

b) Proposta de monitoramento do medicamento pós-medicação.


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Uma abordagem eficaz de monitoramento pós-medicação pode incluir a criação de


um sistema de acompanhamento farmacoterapêutico, no qual os pacientes são
orientados a relatar quaisquer efeitos adversos ou falta de eficácia percebidos após
o início do tratamento. Isso pode ser feito por meio de questionários estruturados,
entrevistas ou formulários específicos.
Além disso, é importante promover a educação do paciente sobre a importância de
relatar qualquer sintoma incomum ou reação adversa ao medicamento, incentivando
a comunicação aberta e transparente entre o paciente e a equipe de saúde.
Integrar tecnologias como aplicativos móveis ou plataformas online para
acompanhamento remoto também pode ser uma estratégia relevante, facilitando o
registro e monitoramento dos sintomas relatados pelos pacientes.
Por fim, estabelecer um sistema de notificação e registro de eventos adversos
relacionados ao uso de medicamentos, em conformidade com as diretrizes da
Anvisa, é essencial para garantir a coleta e análise adequada dessas informações.

c)Elaboração de programa de dispensação de medicamentos excepcionais.

Essencial identificar quais são os medicamentos considerados excepcionais na sua


região, levando em conta as diretrizes e protocolos estabelecidos pelas autoridades
de saúde. Esses medicamentos geralmente são destinados ao tratamento de
doenças raras, crônicas ou complexas.
Em seguida, é necessário estabelecer critérios claros para a elegibilidade dos
pacientes ao programa. Isso pode incluir a comprovação diagnóstica da condição
que requer o uso do medicamento, bem como a análise da gravidade da doença e a
falta de alternativas terapêuticas adequadas.
Uma vez que os critérios de elegibilidade tenham sido definidos, é importante
estabelecer um fluxo operacional para a solicitação, análise e aprovação dos
pedidos de dispensação dos medicamentos excepcionais. Isso pode envolver a
criação de formulários específicos, a definição de prazos para análise dos pedidos e
a designação de uma equipe responsável pela avaliação e acompanhamento do
programa.
Além disso, é fundamental garantir uma logística eficiente para o armazenamento e
distribuição desses medicamentos, considerando suas características especiais,
como refrigeração ou transporte adequado.
Por fim, é importante estabelecer mecanismos de avaliação contínua do programa,
monitorando o acesso aos medicamentos excepcionais, a adesão ao tratamento e
os resultados clínicos obtidos.

d)Elaboração de protocolo técnico efetivo de uso racional de medicamentos.

A elaboração de um protocolo técnico efetivo de uso racional de medicamentos, é


necessário considerar uma abordagem abrangente que englobe diversos aspectos
relacionados à prescrição, dispensação, administração e monitoramento dos
medicamentos. Aqui estão algumas diretrizes que podem ser úteis:
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1. Revisão da Evidência Científica: Baseie o protocolo em evidências científicas


atualizadas, levando em consideração diretrizes nacionais e internacionais, bem
como estudos clínicos relevantes.
2. Diretrizes de Prescrição: Estabeleça critérios claros para a prescrição de
medicamentos, incluindo indicações apropriadas, posologia adequada, duração do
tratamento e considerações sobre interações medicamentosas.
3. Educação e Envolvimento do Paciente: Inclua orientações para promover a
educação do paciente sobre o uso correto dos medicamentos, os possíveis efeitos
colaterais e a importância da adesão ao tratamento.
4. Monitoramento e Avaliação: Defina parâmetros para o monitoramento da
eficácia e segurança dos medicamentos prescritos, bem como estratégias para
avaliar a adesão do paciente ao tratamento.
5. Uso de Medicamentos Genéricos e Equivalência Terapêutica: Inclua
orientações sobre o uso de medicamentos genéricos e a equivalência terapêutica,
promovendo a utilização de opções mais acessíveis sem comprometer a qualidade
do tratamento.
6. Farmacovigilância: Estabeleça procedimentos para o registro e notificação de
eventos adversos relacionados ao uso de medicamentos, promovendo a segurança
do paciente.
7. Integração Multidisciplinar: Incentive a colaboração entre profissionais de
saúde, incluindo médicos, farmacêuticos e enfermeiros, para garantir uma
abordagem integrada no uso racional de medicamentos.
Ao desenvolver um protocolo técnico efetivo de uso racional de medicamentos, é
fundamental adaptar as diretrizes gerais às necessidades específicas da sua
unidade de saúde, levando em consideração as características da população
atendida e os recursos disponíveis.
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5 TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO


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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante o meu estágio em assistência farmacêutica pude vivenciar a importância


da colaboração entre equipes multidisciplinares e a implementação de estratégias
eficazes para a prevenção e controle de doenças infecciosas, em especial ao
cuidado do paciente, preservando seu bem e estar e mantenho o habito de guardar
bem os medicamentos com seus respectivos modos de preservação. Lá eu pude
desempenhar um papel crucial no sucesso dos programas desenvolvidos como a
farmácia de medicamentos e alto custo e mais outros projetos do governo e
prefeitura municipal e Sobral.
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REFERÊNCIAS

Guia para implantar / implementar as atividades de controle da hanseníase


nosplanos estaduais e municipais de saúde / elaborado por Gerson
FernandoMendes Pereira... [et al]. - Brasília: Ministério da Saúde, 1999. Disponível
em:

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/municard.pdf. Acesso em: 25 de junho


2024

TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2002.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento


deImunização e
Doenças Transmissíveis. Guia de tratamento da malária no Brasil [recurso
eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,Departamento
de Imunização e Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, disponível
em:

https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/janeiro/29/af-guia-tratamento-
malaria-28jan20isbn.pdf. Acesso em: 30 de junho de 2024

COSTA, L. M. Estágio curricular supervisionado na graduação em


enfermagem:revisitando a historia.
REBEn, Brasília, v. 60, n. 6, p. 706-710, nov./dez. 2007.

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