Teorico - Eletrotermofototerapia 4 PDF
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Material Teórico
Criolipólise e Radiofrequência
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Natalia Conti
Criolipólise e Radiofrequência
• Criolipólise;
• Radiofrequência.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Proporcionar aos profissionais de estética um conhecimento mais amplo dos con-
ceitos, aplicabilidades e técnicas de aplicação desses tipos de terapias empregadas
na estética;
• Trabalhar de forma correta e segura, além de equipamentos mais utilizados
nos tratamentos.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Criolipólise e Radiofrequência
Criolipólise
A Criolipólise consiste em uma técnica não invasiva que promove extração da
temperatura com objetivo de gerar uma atrofia terapêutica no tecido adiposo (re-
dução da gordura localizada). Essa vem se tornando um dos recursos terapêuticos
mais populares e eficientes nos últimos anos para redução efetiva e seletiva da
adiposidade localizada.
Sistema de Criolipólise
O sistema de extração de temperatura (equipamento) é composto por um apli-
cador que apresenta, em sua interface interna, uma pastilha semicondutora de
energia, que recebe uma excitação elétrica e realiza extração de calor do tecido.
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Essa pastilha, então, realiza uma troca de calor por outra interface com a água que,
via sistema, chega ao aplicador. Assim, o calor que é extraído do tecido, passa para
a outra interface da pastilha, e é resfriado pela água. Para o controle real e perfeito
da temperatura (para que não haja intercorrências, como a temida queimadura), o
aplicador apresenta um termostato que regula de segundo em segundo a tempera-
tura local (previamente ajustada pelo terapeuta).
Modalidades de Criolipólise
A criolipólise convencional consiste na colocação do aplicador e extração da
temperatura por um tempo pré-determinado. Então, ao final do tempo, remove-
-se o aplicador e realiza-se uma modalidade para auxílio da reperfusão do tecido
(como a massagem local, por exemplo). Mas, existem hoje algumas modalidades e
diferenciações da criolipólise convencional, como a Criolipólise de contraste.
Figura 2
Fonte: Acervo do Conteudista
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UNIDADE Criolipólise e Radiofrequência
Figura 3 – Células isoladas de tecido adiposo de ratas Wistar expostas ao frio (8°C) por 0, 10 e 25 min)
Fonte: Adaptado de Hernán Pinto, et al; 2014
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• Etapa 1: a segunda geração de criolipólise consiste em um pré-aquecimento
do tecido antes de seu resfriamento, preparando a região (aumentando, por
exemplo, a maleabilidade de áreas com gorduras mais compactas, como culo-
tes e flancos, por exemplo). No processo de aquecimento inicial, ocorre a con-
dução do calor da interface de alumínio do aplicador para o tecido subcutâneo;
• Etapa 2: durante a extração de temperatura do tecido, temos a redução signi-
ficativa do fluxo de sangue. O controle da extração do calor no momento do
resfriamento e sua manutenção permitem maior segurança ao procedimento
(por isso equipamentos que garantem a avaliação real da temperatura no pel-
tier são mais seguros);
• Etapa 3: nesse momento entra, então, o processo de aquecimento final, por
condução do calor da superfície da placa para o tecido subcutâneo, através
da pele. Geram-se assim, espécies reativas de oxigênio e ativação de enzimas
proteolíticas denominadas caspases que iniciarão o processo de morte celular
programada. A imediata reperfusão promove maior eficiência ao procedimen-
to e minimiza a possibilidade de complicações, além de proporcionar conforto
ao próprio profissional, que está dispensado de realizar a massagem manual.
Técnica de Aplicação
A criolipólise pode ser aplicada em qualquer área que tenha acúmulo de gordura
e que o terapeuta consiga acoplar o manípulo de forma efetiva. Confira no link a
seguir as seguintes regiões de aplicação.
Explor
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UNIDADE Criolipólise e Radiofrequência
Figura 7 – Aplicador mini Figura 8 – Aplicador plano Figura 9 – Aplicador Full Freeze
Fonte: Adaptado de Divulgação Fonte: Adaptado de Divulgação Fonte: Divulgação
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Figura 10
Fonte: Acervo do Conteudista
Parâmetros
São necessários alguns ajustes de parâmetros para que se obtenha a programa-
ção correta da modalidade de criolipólise escolhida. São eles:
• Modo de emissão do vácuo: varia em contínuo e pulsado. O modo pulsado
é indicado no início e no final da terapia, para estimular o massageamento
do tecido. O modo contínuo é indicado no modo de resfriamento. A pressão
costuma variar de 0 até -70 Kpa ou -550 mmHg. A sucção é subjetiva, de-
vendo manter a pele dentro do aplicador, cobrindo as placas, suficientemente
confortável para o paciente. Pode-se iniciar com um nível mais alto e diminuir
ao longo do tratamento;
• Temperatura de aquecimento: quando escolhido o modo de contraste, é
necessário ajustar. Costuma-se utilizar entre 38 e 40ºC. Em média utilizamos
entre -7 a -10º;
• Temperatura de resfriamento: há equipamentos que chegam até -11ºC.
Varia-se conforme a técnica escolhida;
• Tempo de aplicação: variável de 30 a 60 minutos dependendo da quantidade
de tecido adiposo na região de tratamento ou a critério do profissional.
O resultado se inicia desde o primeiro dia, mas é válido ressaltar que a partir do
14º dia após a criolipólise, os macrófagos começam a envolver e digerir os corpos
apoptóticos. O resultado final só é alcançado a partir de 30, 60 dias (às vezes, até
90 dias).
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UNIDADE Criolipólise e Radiofrequência
Contraindicações
• Lipoaspiração ou qualquer outro procedimento cirúrgico na área, nos últimos
6 meses;
• Crioglobulinemia;
• Hemoglobinúria paroxística ao frio;
• Síndrome de Sjögren;
• Lúpus Eritematoso Sistêmico;
• Doença de Reynaud;
• Urticária ao frio;
• Feridas abertas ou infectadas;
• Gravidez;
• Hérnia na região;
• Neoplasia ou tumor;
• Excesso de gordura visceral;
• Hipovitaminose D.
Radiofrequência
A radiofrequência é, hoje, considerada a principal tecnologia para tratamento
da flacidez de pele. Consideramos como padrão ouro nessa finalidade terapêuti-
ca, além de também estar indicada como coadjuvante no tratamento de diversas
patologias. Tudo isso se dá pelo aumento controlado da temperatura local, com
manutenção adequada da mesma. Considerada, então, uma termoterapia.
Figura 11
Fonte: Acervo do Conteudista
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Efeitos Terapêuticos e Indicações
A radiofrequência tem como finalidade a elevação da temperatura tecidual a ní-
veis que possam favorecer respostas fisiológicas. A RF age por conversão, ou seja,
converte uma energia eletromagnética em efeito térmico, à medida que a energia
está sendo absorvida pelos tecidos.
A passagem da RF pelo tecido pode produzir uma série de fenômenos que deri-
vam do aumento de temperatura. Temos, então, a rotação dos dipolos: as molécu-
las de água (bipolares), quando expostas à RF, rotacionam na mesma frequência do
campo eletromagnético aplicado. Causam um atrito entre os tecidos, produzindo
calor. A energia penetra em nível celular, na epiderme, derme e hipoderme e al-
cança inclusive as células musculares.
+
– + + + – –
–
– + + + –
+ –
– – + + –
– + – + + + – –
Figura 12
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UNIDADE Criolipólise e Radiofrequência
Para cada indicação, se faz necessário obedecer aos parâmetros que permitem elevar a
Explor
temperatura tecidual nos limites seguros, evitando respostas excessivas, as quais podem
agravar o quadro, ou seja, somente utilizar o recurso quando o aumento da temperatura
tecidual é permitido e quando se faz necessário. Todos os tipos de pele podem ser tratados
Técnica de Aplicação
Para uma realização adequada e segura da técnica, é necessária a preparação
do paciente:
• Remover todo e qualquer objeto metálico que estiver em contato direto com a
pele do paciente, além de qualquer dispositivo eletrônico;
• Posicionar o paciente de maneira confortável;
• Preparar a área de tratamento por meio de uma higienização, delimitação da
área e lubrificação com gel ou gel glicerinado (há equipamentos no mercado
que orientam uso de glicerina líquida ou óleo vegetal);
• Antes do início da aplicação de radiofrequência, deve-se aferir a temperatura
da região a ser tratada com o termômetro infravermelho;
Importante! Importante!
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• Sensação do paciente: trata-se de um método indolor, com referência de
um calor local intenso/suportável durante o procedimento, que desaparece
em pouco tempo. Eritema local também pode aparecer após o procedimento,
desaparecendo em até 24 horas. Alguns pacientes também referem sensação
de estiramento no tecido, condição que também se resolve em algumas horas.
Explor
Parâmetros
• Frequência: alguns modelos de equipamentos de radiofrequência apresentam
a tecnologia multifrequencial para que o profissional tenha liberdade de esco-
lher em que tecido alvo deseja concentrar a energia. Frequências como 0,6,
1,2 e 2,4 MHz costumam ser as mais utilizadas. Em relação à profundidade de
ação, sabe-se que quanto maior a frequência, maior a atenuação nos tecidos,
sendo assim, a frequência mais alta é considerada mais superficial. A frequên-
cia também está relacionada à velocidade de aquecimento. Novos estudos têm
mostrado que o tempo para alcance da temperatura terapêutica é um fator
relevante para os resultados em cada patologia a ser tratada. Portanto, em
tratamentos nos quais é necessário o alcance rápido da temperatura para se
obter o efeito terapêutico desejado, deve-se trabalhar com a frequência mais
alta da radiofrequência, como por exemplo, no tratamento da flacidez tissular.
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UNIDADE Criolipólise e Radiofrequência
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Contraindicações
• Gestantes;
• Portadores de Marca-passo ou outros dispositivos elétricos implantados;
• Pacientes que fazem uso de aparelho auditivo devem retirá-los para serem
submetidos ao tratamento;
• Tuberculose;
• Sobre tumores malignos;
• Sobre dermatoses e preenchimentos;
• Doenças infecciosas agudas e inflamações agudas;
• Patologias de base descompensadas;
• Sobre regiões com alterações de sensibilidade.
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UNIDADE Criolipólise e Radiofrequência
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Terapêutica em Estética
BORGES, Fabio; SCORZA, Flavia. Terapêutica em Estética. 1. Ed. São Paulo:
Phorte, cap 7 p.139-184, 2016.
Eletrotermofototerapia
AGNE, J.E (Org). Eletrotermofototerapia. Santa Maria: O autor, 2013. 448p.
Vídeos
Effect - Protocolo Corporal
https://youtu.be/1ihM1S0F7sQ
Workshop HTM - Criolipólise convencional e criolipólise de contraste
https://youtu.be/BHNZTci7fL0
Leitura
Contrast lipocryolysis: Pre-and post-session tempering improves clinical results
PINTO, H; MELAMED, G. Contrast lipocryolysis: Pre-and post-session tempering
improves clinical results. Adipocyte, v. 3, n. 3, p. 212-214, 2014.
https://goo.gl/EVJADk
Avaliação dos efeitos da radiofrequência no tecido conjuntivo
DE CARVALHO G. F. et al. Avaliação dos efeitos da radiofrequência no tecido
conjuntivo. Revista Brasileira de Medicina , v. 3, p. 10-25.
https://goo.gl/g4LH2u
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Referências
BORGES, F. S. Dermato-funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções es-
téticas. São Paulo: Phorte, 2006.
LOW A., REED J., WARD R., Eletroterapia explicada- princípios e prática. 4
ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. 14 ex
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