HISTÓRIA

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CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

A história do Brasil foi elaborada com foco a partir do período imperial , com certa influência
iluminista, ocultando uma parte, senão toda a ideia da existência de uma América
pré-colonização; além de um afastamento em relação aos demais países colonizados do
continente, impedindo um maior contato com experiências semelhantes. Com essa visão
eurocêntrica, só há uma desenvolvimento da história de civilizações, as que estão
além-mar. Assim, determinadas experiências e vivências (por exemplo, dos povos nativos)
não são consideradas suficientes ou autênticas para serem consideradas objetos de estudo.

Ao longo do desenvolvimento curricular da disciplina de história no país, ela se deu com


base no desenvolvimento europeu e posteriormente no desenvolvimento estadunidense
(devido a ascensão de sua influência) ; ambos vistos como modelo ideal de civilização.

Porém em alguns momentos, nos quais houveram reformas educacionais, onde estudo da
História da América foi incluído, porém de forma oscilada, dando importância a
determinados eventos, sem contextualização com a história europeia, ou seja, desarticulado
de uma linha cronológica.

REFORMAS EDUCACIONAIS

Reforma Francisco Campos - 1ª Reforma Educacional Nacional (1931), que levou


algumas estratégias para o ambiente escolar, sendo elas: a obrigatoriedade de frequência
escolar, sistema de avaliação regular, o aumento do ensino secundário ( aos alunos de
12-18 anos) para sete anos, os dois últimos anos era uma preparação para o ensino
superior. Houve também uma multiplicação de conteúdos no ensino de história e assim, o
estudo da História da América foi incluído.

Reforma Capanema - ocorreu em 1942 durante o Estado Novo, com demandas políticas
incidindo sobre a organização escolar. Foi reduzido o espaço para o estudo da história da
América e incluindo a História estadunidense, devido a ampliação de sua influência cultural,
política e econômica.

Ditadura Militar (1964-1985) - Criaram-se Políticas Educacionais que visavam a formação


do cidadão obediente e patriota, ou seja, um projeto educacional militarizado. Em 1971, a
História e a Geografia foram aglutinados em uma única disciplina, Estudos Sociais, que
estimularam o reconhecimento do Brasil e seu papel na América; ainda sem o espaço para
o estudo da América Latina.

Redemocratização - Reconstrução da disciplina de História, a partir da Lei das Diretrizes e


Bases da Educação Nacional (1996), que orientou a valorização da diversidade étnica do
país; estabelecendo o estudo da história afrodescendente e indígena.
Base Nacional Comum Curricular - Documento normativo que define os conteúdos que
devem ser ensinados nas escolas de Educação Básica no Brasil, foi homologada para o
ensino médio em 14 de dezembro de 2018, e em sua fase de elaboração contou com a
participação de agentes privados que tinham interesses mercadológicos na formação
educacional brasileira, o que representa um retrocesso, pois não dialoga com a pluralidade
de pautas sociais, desvalorizando diferentes percepções de mundo e os variados problemas
da educação brasileira. Prosseguindo com o mito do marco civilizatório como referência
para os estudos de História.

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